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Sistemas CAD/CAM/CAE
Sumário:
1. Sistemas para CAD/CAM/CAE
Resumo da terminologia utilizada. Introdução
2. Modelação geométrica de objectos
Sistemas de representação interna: Fios de arame; Sólidos; Superfícies.
Prestações dos sistemas CAD à elaboração de modelos e construção de desenhos: O ambiente
do programa; Utilitários básicos dos programas para o desenho
3. Métodos de cálculo e simulação em CAD
Introdução. Modelo de cálculo
4. O Controlo Numérico
Introdução. O controlo numérico e a máquina – ferramenta. Sistemas CNC/ DNC
1. Sistemas para CAD/CAM/CAE
1.1 Resumo da terminologia utilizada
CAD (Computer Aided Design) DAC (Projecto Assistido por Computador)
CAE (Computer Aided Engineering) EAC (Engenharia Assistida por Computador)
CAM (Computer Aided Manufacturing) PAC (Produção Assistida por Computador)
FMS (Flexible Manufacturing System) SFP (Sistema Flexível de Produção)
NC (Numerical Control) CN (Controlo Numérico)
CNC (Computer Numerical Control) CNC (Controlo Numérico por Computador)
DNC (Direct Numerical Control) CND (Controlo Numérico Directo-Descentralizado)
1.2 Introdução
O desenho e a produção com ajuda de computadores, a que é comum chamar de CAD/CAM, é
uma tecnologia que poder-se-ia decompor em numerosas disciplinas.
Historicamente, o CAD e o CAM, que nasceram separadamente, foram-se mesclando
gradualmente até que formaram uma tecnologia soma das duas, de tal forma que os sistemas
CAD/CAM são considerados, hoje em dia, como uma disciplina de identidade única.
O CAE é um processo integrado que abarca todas as funções de engenharia que vão do desenho
propriamente dito até à produção.
A evolução do CAD/CAM foi devida, em parte, ao facto desta tecnologia ser fundamental para
se obterem ciclos de produção mais rápidos e produtos elaborados de maior qualidade.
2. Modelação geométrica de objectos
Numa primeira fase define-se interactivamente a forma tridimensional do objecto ou conjunto de
objectos a desenhar. O computador armazena um modelo tridimensional completo do objecto,
que permite a obtenção de qualquer vista, assim como secções, detalhes e planos. Para além
disso, o modelo de representação tridimensional contém a informação necessária para o cálculo
das propriedades geométricas do objecto que se está a conceber: volume, peso, centro de
gravidade, momento de inércia, etc.
Existem campos, porventura, nos quais o projecto 3D é realmente necessário:
• modelação por elementos finitos
• em engenharia mecânica, quando se tratam de projectos muito complexos ou quando se
desejam obter fitas de controlo numérico
• em arquitectura pode ser útil para estudar as características do projecto de um edifício
2.1 Sistemas de representação interna
Em função das características do objecto a conceber, ao utilizador caberá optar por seleccionar a
forma de representação:
a) modelação por fios de arame
b) modelação por superfícies
c) modelação por sólidos
Um aspecto importante para o utilizador é a integração e conversão das três formas básicas de
representação na mesma base de dados. O utilizador poderá optar por representar cada
componente do seu desenho na forma mais adequada de representação e utilizar as vantagens de
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uma e outras, segundo o critério pessoal.
2.1.1 Fios de arame
Trata-se de um tipo de representação amplamente tem o grave inconveniente de ser ambíguo (fig.
utilizado para o desenho de formas simples, 1) e de não permitir a produção de secções e
enquanto que a modelação sólida é a mais vistas com eliminação de partes ocultas.
recente forma de representação para objectos
tridimensionais. A aproximação através de
sólidos foi identificada como a tendência do
futuro em CAD/CAM/CAE.
Os modelos de fios de arame utilizam redes de
linhas interconectadas para representar os
contornos dos objectos físicos desenhados. Estas
estruturas são relativamente simples de criar e
apresentam uma definição geométrica suficiente
para muitas aplicações de desenho. Contudo, tem
algumas limitações: por exemplo, as superfícies
abauladas ou arredondadas são impossíveis de
representar.
Através de simples transformações geométricas
de projecção, pode-se obter qualquer vista do Figura 1 - c) Modelo de arames ambíguo, já
objecto. Apesar disso, este modelo de arames que pode corresponder tanto ao sólido d) como
ao representado em e)
2.1.2 Sólidos
O utilizador pode combinar sólidos elementares
(prismas, cilindros, cones e esferas), moldando
com eles a forma do corpo final. As operações
que pode realizar com estes sólidos primitivos
são: 1) translação, escala e rotação, para situar as
primitivas em posição adequada; 2) união; 3)
intersecção; 4) diferença.
Estes sistemas retêm as primitivas utilizadas e o
conjunto de operações que se realizaram com
elas.
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Entre as duas formas de representação citadas,
encontra-se a modelação por superfícies. Neste
sistema, amplia-se a informação do modelo de
arames, incluindo novos dados sobre as faces do
objecto.
As faces exteriores de um objecto são
representadas por diferentes tipos de superfícies.
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