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ISSN: 1984-6126

N. 27/2010

Híbrido de cravina de corte: nova alternativa para a floricultura

Natalia Teixeira Schwab1, Marcia Xavier Peiter2, Rogerio Antonio Bellé3, Angélica Rossana Castro de
Souza4, Mauricio Neuhaus5

A família Caryophyllaceae compreende o gênero Dianthus, ao qual pertencem o cravo (Dianthus


caryophyllus L.), a cravina dos poetas (Dianthus barbatus L.), a cravina chinesa (Dianthus chinensis L.)
e algumas espécies híbridas, sendo muitas destas utilizadas comercialmente (PILON, 2004). O nome do
gênero vem do grego “dios = divino e anthos= flores” que significa „ a flor dos deuses‟ e apresenta odor
perfumante característico, vasta gama de cores e capacidade de florescer durante o ano todo (LARSON,
1992).
De modo geral, o gênero Dianthus caracteriza-se por ser exigente em condições ambientais na
produção de flores de corte, sendo que o melhor ambiente aéreo é aquele que apresenta uma faixa de
temperatura entre 10 a 18ºC durante o inverno e 12 a 21ºC durante o verão, além de alta radiação. Já
para o ambiente radicular, este deve ser bem drenado, com pH que pode variar de 6,0 a 7,2 e apresentar
alta sanidade (BELLÉ, 1997).
LARSON (1992) afirma que as condições ideais para a produção de cravos e cravinas são
semelhantes àquelas que ocorrem na região dos platôs Andinos, em altitudes entre 2600 a 3650 metros,
onde as faixas de temperatura noturna variam entre 4,4 a 7,2ºC e as diurnas situam-se na faixa dos 14,4
a 20ºC durante o ano todo. Além disso, tal região possuiu alta intensidade luminosa e um fotoperíodo
constante de 12 horas, solo rico em matéria orgânica e pH entorno de 5,5 a 6,0.
A sanidade é um dos fatores de produção mais difíceis de ser equacionado, uma vez que se têm
limitações ecológicas quanto ao uso de produtos químicos para a sua esterilização. A principal doença
responsável pela alta perda de plantas de Dianthus spp. é a fusariose (Fusarium oxysporum f. sp.
dianthi), cuja presença é constante na floricultura (MANICOM et al, 1990; MANULIS et al, 1993;
CHIOCCHETTI et al, 1999). Cravos produzidos em canteiros diretamente no solo têm apresentado
problemas sanitários crescentes, principalmente com Fusarium (LARSON, 1992).
_____________________________
1
Eng. Agrônoma, mestranda do PPGEA, CCR, UFSM, RS. Bolsista da CAPES. e-mail: natalia_schwab@hotmail.com
2
Eng. Agrônoma, Professora Adj. Depto de Engenharia Rural, CCR, UFSM.
3
Eng. Agrônomo, Professor Tit. Depto de Fitotecnia, CCR, UFSM.
4
Bióloga, mestranda do PPGG, CCR, UFSM. Bolsista CAPES.
5
Eng. Agrônomo, mestrando do PPGEA, CCR, UFSM, RS. Bolsista da CAPES.

Campus Universitário – Faixa de Camobi, km 9 – CEP:97105-900 – Santa Maria, RS - Fone: 0(xx)55-3220-8403


UAP – CCR - E-mail: sandraelisa@smail.ufsm.br
Fonte: Natalia Teixeira Schwab

Figura 1 – À esquerda: detalhe da flor da cravina; À direita: aspecto da cravina cultivada em


canteiro em ambiente protegido. Santa Maria, 2010.

A Colômbia destaca-se como o principal produtor e exportador de cravos de corte para a


América do Norte e Europa, representando esta cultura como a terceira mais importante do país. Os
cravos são a terceira flor mais importada pela Europa, perdendo apenas para rosas e crisântemos, sendo
a Alemanha a principal importadora mundial desta espécie (LARSON, 1992). Já as cultivares híbridas,
como é o caso da cravina, vem tomando espaço no gosto do consumidor.
Os híbridos interespecíficos de Dianthus chinensis compreendem a vasta maioria das cultivares
comercializadas atualmente no mercado, justamente pelo fato destes cruzamentos terem resultado em
indivíduos mais tolerantes aos problemas sanitários. Podem apresentar flores simples, semi-duplas ou
totalmente duplas, podendo produzir flores de cores variadas em uma mesma planta (DANSEREAU &
KESSLER & LU, 2007).
Dianthus hybrida „Melody‟ ou popularmente cravina é uma espécie que tanto pode ser utilizada
para a composição em jardins ou como flor de corte, destinada à complementação de buquês. É um
híbrido F1, originário do cruzamento entre Dianthus chinensis L. Conforme informações da SAKATA
SEEDS AMERICA (2009), é uma planta adaptada à condições de pleno sol, sendo que as temperaturas
ideais à serem mantidas no seu cultivo giram em torno de 15 a 22ºC. O pH para seu cultivo deve estar
em torno de 5,5 a 6,5 e devem ser utilizados fertilizantes ricos em nitrato de amônio. As plantas
geralmente atingem 60 a 75 cm, sendo que a máxima altura das hastes é conseguida em situações de
temperaturas baixas e suprimento com nitrato de cálcio. Em condições de dia longo a planta floresce
dentro de um período de três meses, sendo seu ciclo prolongado na ocorrência de dias curtos.
O surgimento de novos cultivares e híbridos interespecíficos capazes de melhorar a qualidade do
produto final têm expandido o cultivo de Dianthus e, com isso, têm sido identificados novos problemas
decorrentes dos mesmos. Os cultivos sucessivos em estufa aumentam os problemas fitossanitários e a
salinização do solo, tornando o controle da irrigação dificultado. O domínio dessa problemática pode
ser conseguido em partes pelo uso de substratos inertes, com características físicas e químicas mais
estáveis, o que possibilita um melhor controle da fertirrigação, resultando na maximização de volume e
qualidade de plantas produzidas.
Fonte: Angélica Rossana Castro de Souza

Figura 2 - Prancha botânica da cravina (Dianthus hybrida „Melody‟). Santa Maria, 2010.

Considerações Finais

A cravina é uma flor de corte que apresenta cultivo promissor no Estado devido ao fácil cultivo e
beleza ornamental, podendo, desta forma, atender o mercado local. Buscou-se auxiliar floricultores e
interessados na atividade a obter informações básicas sobre o cultivo e manejo da espécie, incentivando
a produção desse cultivo como uma nova alternativa econômica.
Literatura citada

BELLÉ, R. A. Caderno Didático: Floricultura. Santa Maria: [s.n.], 1997. 181p.

CHIOCCHETTI, A.; BERNARDO, I.; DABOUSSI, M.; GARIBALDI, A.; GULLINO, L.; LANGIN.
T.; MIGHELI, Q. Detection of Fusarium oxysporum f. sp. dianthi in Carnation Tissue by PCR
Amplification Transposon Insertions. The Americam Phytopathological Society. v. 89, n. 12, p.
1169-1175, 1999.

DANSEREAU, K.; KESSLER, J. R.; LU, W. Greenhouse Production of Dianthus. Alabama


Cooperative Extension System. Alabama A&M and Auburn Universities. Alabama, EUA. 2007.
ANR- 1313. p. 1-7. Disponível em: <www.aces.edu>. Acesso em: 11 março 2009.

LARSON, R.A. Introduction to Floriculture. San Diego, California, 2nd ed., 1992. 636 p.

MANICOM, B. Q.; BAR-JOSEPH, M.; KOTZE, J. M.; BECKER, M. M. A Restriction Fragment


Length Polymorphism Probe Relating Vegetative Compatibility Groups and Pathogenicity in Fusarium
oxysporum f. sp. dianthi. The Americam Phytopathological Society. v. 80, n. 4, p. 336-339, 1990.

MANULIS, S.; KOGAN, N.; REUVEN, M.; BEN-YEPHET, Y. Use of the RAPD Tecnique for
identification of Fusarium oxyspotum f. sp. dianthi from Carnation. The Americam Phytopathological
Society. v. 84, n. 1, p. 98-101, 1993.

PILON, P. Dianthus. Greenhouse Product News. v. 14, n. 6, 2004. Disponível em:


<http://www.gpnmag.com/Dianthus-article5249>. Acesso em: 26 outubro 2008.

SAKATA SEED AMERICA. Dianthus Melody. Disponível em: <www.sakata. com>. Acesso em: 8
abril 2009.

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