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ABC da Caatinga

A partir desta semana, O Estado Verde passa a dedicar uma página inteira ao nosso rico e ameaçado
bioma. Uma parceria com a Associação Caatinga, onde mostraremos a você, cidad

A partir desta semana, O Estado Verde passa a dedicar uma página inteira ao nosso rico e ameaçado
bioma. Uma parceria com a Associação Caatinga, onde mostraremos a você, cidadão, por que tanto
necessitamos preservá-lo. Vamos disseminar o “ABC da Caatinga”, uma forma de publicidade da região
que, esperamos, ajude a sensibilizar a todos.

Caatinga: uma breve introdução


A Caatinga, do tupi “mata branca”, é a região semiárida mais rica em biodiversidade do mundo e uma das
mais populosas. Só ocorre no Brasil e é uma floresta exuberante na primeira metade do ano e seca na
segunda metade.
Tristemente mais de 45% da sua área total já foi desmatada, o que a coloca entre as regiões brasileiras
mais degradadas. Somente 8% da Caatinga são protegidos por unidades de conservação, áreas
especialmente estabelecidas para a proteção das plantas, animais e recursos naturais.
Entre 2002 e 2008, o Ceará foi o segundo estado que mais desmatou a Caatinga deixando quase 40% da
Caatinga cearense destruída. A falta de incentivos para a conservação, de estrutura adequada de
fiscalização e de programas ampliados de fomento a alternativas de uso sustentável das riquezas da
Caatinga são as principais razões para a alta taxa de desmatamento. E o acesso insuficiente ao
conhecimento, o baixo índice de disseminação de tecnologias sustentáveis contribuem de forma direta
para o agravamento do quadro de degradação.

Com o aquecimento global, áreas degradadas na Caatinga estão cada vez mais suscetíveis ao processo de
desertificação, o que já ocorre no sertão dos Inhamuns, por exemplo. Diversos projetos ambientais vêm
sendo desenvolvidos num grande esforço para reverter este quadro. São iniciativas de organizações da
sociedade civil que têm feito grande diferença na preservação da Caatinga. Nas próximas semanas, você
conhecerá algumas dessas iniciativas que estão mudando a cara da Caatinga.

Sinta o clima da Caatinga


O projeto “No Clima da Caatinga” será realizado a partir de fevereiro pela Associação Caatinga, com o
patrocínio do programa Petrobrás Ambiental, no sertão de Crateús. O projeto atuará na proteção e
recuperação de quatro microbacias e no apoio à adoção de tecnologias sustentáveis em 16 comunidades
rurais no entorno da Reserva Natural Serra das Almas e beneficiará diretamente mais de cinco mil
pessoas.

Isso deverá contribuir para a mitigação de efeitos do aquecimento global através da fixação e redução de
emissões de CO2. Também serão desenvolvidas ações de educação ambiental durante todo o projeto. A
partir desta semana, você poderá acompanhar aqui, semanalmente, o passo a passo deste importante
projeto ambiental para o Ceará.

Carnaúba
Nome científico: Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore
No tupi, significa “árvore que arranha pelo seu caule espinhoso”. É mais conhecida como árvore da vida,
pois dela tudo se aproveita, e ocorre naturalmente na Caatinga. Sua copa exuberante pode chegar a 15
metros de altura. As flores são pequenas, de cor creme e frutos ovalados de cor verde-escura no
amadurecimento.

É uma palmeira elegante e ornamental, muito utilizada para o paisagismo e a arborização urbana
nordestina. Suas folhas são recobertas por uma cera fina colhida anualmente em diversas partes do Ceará,
gerando trabalho e renda para milhares de famílias. A cera refinada tem muitas aplicações, desde a
indústria de alimentos e cosméticos, até a indústria farmacêutica. As folhas secas são utilizadas como
cobertura de casas, para confecção de chapéus, bolsas, esteiras, cordas e cestos.

 Quebrando alguns mitos sobre a Caatinga


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Diversos mitos foram historicamente criados sobre a Caatinga e quatro deles são mencionados com
frequência: o primeiro diz que a Caatinga é homogênea, isso quer dizer que ela é igual em todos os
lugares onde ocorre; o segundo diz que ela tem poucas espécies de plantas e animais; o terceiro conta que
ela ainda é pouco alterada pelas mãos do homem; e o quarto diz que a Caatinga não tem grande
importância ambiental.

Sabemos, entretanto, que estes quatro mitos estão superados, pois a Caatinga tem centenas de diferentes
tipos de paisagens únicas e uma importante biodiversidade, sendo entre as regiões semiáridas no planeta a
que apresenta a maior biodiversidade. Ela está entre os ecossistemas brasileiros mais degradados e,
diferentemente de outros tipos de vegetação, é única no mundo.

Além disso, a Caatinga é muito rica pela cultura, tradições e conhecimentos do seu povo. Quando
cuidamos da Caatinga também estamos preservando o seu patrimônio cultural. Algumas instituições que
trabalham pela valorização e proteção da Caatinga desenvolvem atividades de educação ambiental e de
valorização da cultura local buscando a superação destes mitos e de certa forma estigmas movidas pela
crença que somente cuidamos daquilo que conhecemos, respeitamos e podemos nos identificar.

Sinta o clima da Caatinga


O projeto “No Clima da Caatinga” idealizado pela Associação Caatinga e patrocinado pelo programa
Petrobras Ambiental será implementado no sertão de Crateús, no município de mesmo nome. O projeto
irá contribuir para a redução de algumas das maiores causas do aquecimento global através da
recuperação de áreas degradadas, incluindo nascentes, com o plantio de mudas nativas, a capacitação de
moradores de 16 comunidades envolvidas no projeto para a implantação da produção de mel da abelha
jandaíra, da confecção de fornos solares e fogões ecoeficientes que utilizam até 40% menos lenha, de
sistemas de compostagem, da disseminação de técnicas para a redução de queimadas e para a conservação
de microbacias.

Soldadinho do Araripe

Nome científico: Antilophia bokermanni


Categoria de ameaça: Criticamente ameaçado de extinção (IUCN, 2007)

O Soldadinho do Araripe é considerado uma das mais surpreendentes descobertas da ornitologia. A


espécie foi descoberta em dezembro de 1996, no distrito de Arajara, em Barbalha, no Ceará.

É uma espécie endêmica, isso quer dizer que só ocorre aqui, único lugar no mundo. A ave é territorialista
e alimenta-se quase que exclusivamente de frutos. Os ninhos são construídos exclusivamente pela fêmea,
sobre os córregos, geralmente a pouca altura, onde são postos dois ovos. Ele é encontrado nas encostas
norte-orientais da Chapada do Araripe. Habita especificamente as matas ciliares, que hoje em dia, face à
ocupação do vale do Cariri, são praticamente restritas às nascentes dos mais de 300 córregos situadas
entre 300m e 600m de altitude, nos municípios cearenses de Barbalha, Crato e Missão Velha, em uma
faixa de mata estreita e sinuosa, com menos de 70km de extensão e largura média de cerca de 500m.

Ao todo, menos de quatro mil hectares de mata abrigam esta espécie. A estimativa da população dentro de
sua área de distribuição é de cerca de 800 indivíduos. Ele está entre as aves mais ameaçadas de extinção
no planeta. O desmatamento, contaminação e uso desordenado das nascentes é a principal ameaça à sua
existência.

 A caatinga é uma vegetação caracterizada pela  ausência  de água, se localiza principalmente em parte do
Nordeste brasileiro. Caatinga ou mata branca devido ao longo periódo com falta de água a vegetação fica
branca, e devido ao solo arenoso refletindo o Sol, um chão duro e cheio de pedras. As arvores são aqui e
acolá. Como as folhas caem economizando água, devido ser pelas folhas que se processa a respiração da
plantas. Uma vegetação característica é o cacto, que por não possuir folhas  possuem um caule grosso
verde e grosso com capacidade para armazenar água em seu interior para os tempos secos.
 A barriguda é uma das maiores arvores da caatinga tem este nome por armazenar água em seu caule que
fica gordo. Facheiro, mandacaru, xiquexique coroa- de- frade são nomes de cactos. Suas folhas são
espinhos pouco respiram e guardam agua em seus caules.
Mesmo sendo um ambiente aparentemente hostil vamos encontrar muitos animais .
Nesta paisagem são comuns os mocós, roedores levemente maior que um ratão, passam o dia em
verdadeiras fornalhas que são suas tocas feitas de pedras sob o Sol forte. Eles são os petiscos dos gaviões,
de gatos -do -mato, cobras e até homens. Não é a toa que a qualquer barulhinho saem correndo e enfiam
debaixo de sua toca quente.
As avoantes vem de longe botar seus ovos e criar seus filhotes na caatinga. são pequenas pombas que vem
de longe em busca de comida, mas na verdade elas se tornam a comida de caçadores, homens ou bicho.
O carcará é um gavião forte grande corajoso, enfrenta cobras, caça bicho grande, enfrenta galinhas e até
bezerros come carniça e tem pose de rei.  Pode ser espantado pelos beija- flores e bem-te- vis, forte na
defesa de seus ninhos.
O camaleão fica estático encima de um tronco mas muda de cor ficando da cor do tronco quando se vê
ameaçado,fica maior do que seu tamanho normal para se defender estufando o papo. 
O teiú é um lagarto grande um verdadeiro filé para o sertanejo, carne saborosa. Tem uma aparência
assustadora , mas é manso e come insetos, vermes e lagartas. Adora chupar ovo e perde o seu rabo na
brigas porque esta é sua arma  poderosa.
A cascavel é venenosa possui um chocalho e contra seu veneno só seu próprio veneno em forma de soro.
O maracajá é um gato, e que gato! é selvagem vive em  buracos das arvores  e do chão, muito bom
caçador não passa fome na caatinga mas é também muito caçado tem um pelo lindo que serve para as
mulhres se adornar a sí ou em forma de tapetes. Mas pode ser amigo se criado desde pequeno
domesticado.
Na caatinga se encontra o tipo humano bem característico o tão cantado vaqueiro e foi na caatinga que
sobreviveu os cangaceiros. Quando vem a seca estes valentes homens vão para a periferia da cidade
grande engroçar os bolsões de miséria.... mas se chove alguns voltam com a disposição para recomeçar
tudo novamente.

Mais sobre: A CAATINGA

A caatinga é consirado o uncio bioma exclusivamente brasileiro, ou seja, que dificilmente pode ser
encontrado em outras regições do planela. Ela possui uma área total de 734.478 km², extendendo-se sobre
os estados do Maranahão, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, Paraiba, Ceará e norte de
Minas.

Infelizmente, a caatinga sofreu com a exploração humana ao longo desses anos. Alguns especialistas
acreditam que ela era uma mata heterogenia e rica em biodiversidade. Hoje, grande parte de sua
vegetaçao (xefofila) está adpatada as condições de aridez.

Nesta regiao, já foram registradas 17 especies de anfibios, 120 de mamiferos, 695 de aves e 44 de repteis.
A caatinga também apresenta várias especies de arvores frutiferas e com potencialidades medicinais,
como a aroeira, o quatro-patacas e a braúna. Infelizmente, este este bioma brasileiro é pouco valorizado.

ENERGIAS RENOVÁVEIS: O FUTURO DA CAATINGA


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Quase 40% da energia utilizada na Caatinga é proveniente da lenha. A origem da maior parte desta lenha
ainda é de desmatamento não legalizado. Isso quer dizer que a lenha extraída em grande parte não é
resposta pelo plantio de novas árvores ou pelo manejo sustentável das matas nativas que transformaria
essa numa fonte de energia renovável.

Avanços significativos têm acontecido em todo o país e também no Ceará quanto à utilização de outras
energias renováveis, principalmente eólica e solar. Esses avanços são encorajadores por se tratarem de
fontes de energia menos poluentes, que emitem menos carbono na sua produção e emissão zero na sua
utilização e principalmente representam fontes de energia que se renovam permanentemente graças ao
vento e ao sol.

Em Tauá está surgindo a maior usina de energia solar da América Latina, aproveitando-se do clima
favorável do sertão. Com apenas duas placas solares de porte pequeno já seria possível cobrir as
necessidades básicas de uma família. No caso da energia eólica, devido ao grande potencial do litoral do
Ceará os aerogeradores estão cada vez mais presentes na nossa paisagem e já fornecem energia para a
rede. É importante que os locais de instalação das usinas eólicas sejam bem planejados para reduzir
potenciais impactos ambientais negativos, como por exemplo, interferências de aerogeradores em rotas
migratórias de aves ou a perturbação da paisagem.

BIODIVERSIDADE DA CAATINGA
Mocó
Nome científico: Kerodon rupestris
É um mamífero roedor típico da Caatinga, encontrado em áreas pedregosas do estado do Piauí ao estado
de Minas Gerais, excluindo áreas costeiras. Os adultos medem aproximadamente 40cm e podem chegar a
pesar 1kg, um pouco maior que um preá, com cauda ausente ou vestigial e pelagem cinzenta. A coloração
do dorso é cinza claro e a parte posterior das coxas é castanho-ferruginoso.

São excelentes saltadores, escalando rochas e galhos de árvores, onde se alimentam de suas folhas. As
patas são dotadas de coxins calosos pouco excedidos pelas unhas rígidas que lhes dão habilidade para
galgar superfícies pedregosas e troncos de árvores. O animal possui comportamento social e forma grupos
familiares. Em cativeiro, vive até 11 anos. A gestação dura em torno de 65 dias, nascendo 1 ou 2 filhotes
por gestação e no máximo cada fêmea gera 5 filhotes por ano.

A espécie atinge a idade adulta aos 200 dias de vida. Sofre grande pressão de caça, pois a carne é bastante
apreciada em algumas regiões.
 

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