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“PROJETO EDUCAÇÃO CONTINUADA”

MANUAL DE
ROTINAS TRABALHISTAS
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CONCEITO DE EMPREGADOR (Art. 2º da CLT)

“considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os


riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços”

• considera-se empregador:

- a empresa individual ou coletiva


- que, assumindo os riscos da atividade econômica
- admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços

CONCEITO DE EMPREGADO (Art. 3º da CLT)

“considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”

• considera-se empregado:

- pessoa física
- que presta serviços de natureza não eventual a empregador
- sob a dependência deste
- e mediante salário

Elementos Caracterizadores:

- pessoalidade
- não Eventualidade
- onerosidade
- subordinação

• pessoalidade: a prestação do serviço é executada por pessoa física específica

• não eventualidade: não importa por quanto tempo o serviço foi prestado.
Importa que a atividade da empresa e o serviço prestado sejam da mesma
natureza
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• onerosidade: o serviço prestado pelo trabalhador é remunerado em dinheiro ou
em bens

• subordinação: situação em que se encontra o trabalhador decorrente da limitação


contratual da autonomia de sua vontade. Situação que transfere ao empregador o
poder de direção sobre a atividade que desempenhará o trabalhador

"Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,


impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação"(Art. 9º da CLT)

REGISTRO DE EMPREGADO

• deve ser efetuado antes do empregado começar a trabalhar ( Art. 41 da CLT)


• sempre exigir a CTPS para anotação antes do empregado começar a trabalhar
(Art.29 da CLT)
• solicitar um comprovante de residência (opcional)

Requisitos (Art. 1º Portaria 3.626/91 do MTb):

• identificação do empregado: nome, filiação, data e local de nascimento, sexo,


endereço, CPF, identidade
• número da CTPS
• data de admissão e demissão
• cargo ou função
• remuneração e forma de pagamento
• local e horário de trabalho (inclui os intervalos)
• concessão de férias
• número do PIS
• acidente de trabalho / doença profissional

• deverá estar numerado e arquivado seqüencialmente e por estabelecimento (Art.


2º Portaria 3.626/91 do MTb)
• deverá permanecer no local de trabalho/estabelecimento (Art. 3º)
• folhas de continuação/alterações/atualizações poderão ser centralizadas
(empresas com vários estabelecimentos)
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REGISTRO INFORMATIZADO DE EMPREGADO (Portaria 1.121/95 do MTb)

• deverá estar numerado e arquivado seqüencialmente (Art. 2º)


• deverá permanecer no local de trabalho/estabelecimento (Art. 3º Portaria
3.626/91 do MTb)
• folhas de continuação/alterações/atualizações poderão ser centralizadas
(empresas com vários estabelecimentos)

• 6 módulos:

Módulo I - Registro de Empregados:


- mesmas informações do registro normal
- mais grau de instrução
- registro no Conselho Regional (se for o caso)

Módulo II – Remuneração
Módulo III - Local e Jornada de Trabalho
Módulo IV - Descansos (na jornada, na semana, férias)
Módulo V - Afastamentos Legais

Módulo VI - Informações sobre Segurança e Saúde


- participação em CIPA
- exames periódicos
- habilitação/treinamento previsto em NR

• deverá garantir a segurança, inviolabilidade, manutenção e conservação das


informações
• registro individual
• registro original, acrescido de retificações/averbações
• duplicação de arquivos (backup)
• livre acesso pela fiscalização (tela, impressão, gravação)
• rotinas auto explicativas

• deverá manter em cada CPD memorial descritivo especificando:


- instalações do CPD
- localização dos estabelecimentos da empresa
- ambiente de informática
- equipamentos utilizados
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- sistema gerenciador de rede
- sistema gerenciador de banco de dados
- linguagem de programação de hardware e software

• deverá manter em cada CPD memorial descritivo especificando:


- autoria do sistema
- detalhamento suficiente para avaliação
- durabilidade
- segurança
- capacidade
- garantias contra sinistro

• deverá possibilitar o acesso à fiscalização a todas os dados dos últimos 12 meses (no
mínimo)

ANOTAÇÕES NA CTPS (Art. 29 da CLT)

• por ocasião do registro do empregado


• na data-base (salário, função, outros)
• na rescisão contratual
• necessidade de comprovação perante o INSS
• por solicitação do empregado
• por ocasião das férias
• a CTPS deverá ser entregue pelo empregado e pelo empregador CONTRA RECIBO
• deverá ser devolvidas no prazo de 2 dias
• acidentes de trabalho a cargo do INSS (Art. 30 da CLT)
• alteração de estado civil (Art. 31 da CLT)
• as anotações serão feitas seguidamente, aproveitando todas as linhas de cada folha, sem
abreviaturas e SEM RAZURAS
• poderá ser utilizado etiqueta gomada
• poderá ser adotada Ficha de Anotações e Atualizações de CTPS, cuja cópia será
fornecida ao empregado pelo menos 1 vez por ano
• não é impedimento para anotação de contrato de trabalho um outro contrato sem baixa
pré-existente firmado com outro empregador
• também não é impedimento o registro com data retroativa de modo que a admissão seja
anterior a um contrato pré-existente
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Procedimentos Complementares:

Antes da Admissão:

Atestado de Saúde Admissional - ASO

Após a Admissão:

informação no CAGED até o dia 15 do mês seguinte (Lei nº 4.923 de 23/12/1965)

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO (Art. 442 da CLT)

• é o acordo tácito ou expresso correspondente a relação de emprego

Acordo Tácito

• é o acordo materializado pelas práticas aceitas ou toleradas pelas partes

• tudo aquilo que é habitualmente praticado na vigência do contrato mas não


manifestado expressamente

Acordo Expresso

• manifestado verbalmente

• manifestado por escrito

Modalidades

Contrato por Prazo Determinado

• contrato cuja vigência dependa:


- de termo prefixado
- da execução de serviços especializados
- da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada

• somente será válido em se tratando de:


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- contrato de experiência
- atividades empresariais de caráter transitório
- serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a pré determinação do prazo

• não poderá ser estipulado por mais de 2 anos (Art. 445 da CLT)
• não poderá exceder de 90 dias quando for contrato de experiência
• poderá ser prorrogado uma única vez desde que a soma dos prazos não ultrapasse os
limites estabelecidos (Art.451 da CLT)
• admite-se contrato de experiência uma única vez na mesma função para mesmo
empregador

Contrato por Prazo Indeterminado

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

• a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos


existentes (Art.448 da CLT)
• é lícito o exercício de toda e qualquer atividade compatível com a condição pessoal e
com a função para a qual o trabalhador for contratado, salvo existência de cláusula
expressa restritiva da condição (Art. 456 da CLT)

REMUNERAÇÃO (Art.457 da CLT)

• compreendem a remuneração além do SALÁRIO (pago ou devido pelo empregador) as


gorjetas que receber (pagas por terceiros)

• integram o SALÁRIO:

- a importância fixa estipulada (Salário Base)


- comissões
- percentagens
- gratificações ajustadas
- horas extras

• também integram o salário as seguintes prestações (quando fornecidas


habitualmente):

- alimentação (até 20%) (não confundir com a refeição fornecida no local de


trabalho - Lei 3.030 de 19/12/1956)
- habitação (até 25%)
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- vestuário/equipamentos (exceto o laboral)
- outras prestações in natura

• a parcela em dinheiro não será inferior a 30%

• não integram ao salário as seguintes utilidades:

- vestuários/equipamentos utilizados no trabalho


- educação do trabalhador (não inclui a família)
- transporte para deslocamento de ida e volta ( não exclui o pgto de horas in itinere)
- assistência médica ao trabalhador (não inclui a família)
- seguro de vida e de acidentes pessoais
- previdência privada

Forma de Estipulação de Pagamento

• por dia
• por semana
• por quinzena
• por mês
• por produção

• em qualquer caso, não poderá ser inferior ao salário mínimo ou piso salarial
da CCT

Pagamento Estipulado por Quinzena ou Semana:

• efetuado até o quinto dia subsequente ao vencimento (IN nº1 de 07/11/89 do


MTE)

Pagamento Estipulado por Mês:

• até o 5º dia útil do mês seguinte


• a contagem dos dias inclui-se o sábado e exclui-se o domingo e o feriado (IN
nº1 de 07/11/89 do MTE)

Pagamento de Comissões (Art. 486 da CLT)

• só é exigível depois de ultimada a transação


• transações parceladas, é devida por ocasião da liquidação de cada parcela
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• pagamento deverá ser efetuado no local do trabalho
• deverá ser efetuado dentro do horário de serviço ou imediatamente ao
encerramento deste (Art. 465 da CLT)
• ao analfabeto, o pagamento deverá ser feito sempre em dinheiro (Art. 1º da
Portaria 3.281 de 07/12/1994 do MTE)
• pagamento via sistema bancário: disponibilidade dos valores até o último dia do
prazo
• pagamento através de cheque deve ser assegurado:
• horário que permita o desconto imediato
• transporte ao estabelecimento de crédito se for o caso

Salário Família (Lei nº 4.266 de 03/10/1963)

• cota devida por filho menor de 14 anos, salvo de inválido (Art. 88 do Decreto nº 3.048
de 06/05/99)
• pagamento mensal
• custeio efetuado mediante sistema de compensação (Art. 3º e 5º)
• pagamento condicionado à (Art. 84 Dec. nº 3.048 06/05/99):
• apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória até 6 anos de idade
• comprovação semestral de freqüência à escola, a partir de 7 anos de idade
• exigir atestado de freqüência escolar e o testado de vacinação
• exigir do empregado a certidão de nascimento dos filhos (Art. 67 da Lei nº 8.213 de
24/07/1991)
• exigir os comprovantes legais a cada 6 meses
• abrir a Ficha de Salário Família (Anexo I)
• abrir Termo de Responsabilidade (Art. 89 do Decreto nº 3.048 de 06/05/99)

VALE TRANSPORTE (Lei nº 7.418 de 16/12/1985)

• utilização efetiva em despesa de deslocamento residência-trabalho e vice-versa


• sistema de transporte coletivo urbano público (Art. 1º)
• não tem natureza salarial (Art. 2º)
• poderá ser descontado mensalmente do empregado até 6% do salário base (Art. 3º)
• fica dispensado de fornecer VT o empregador que proporcionar, por meio próprio ou
contratado, em veículo adequado, o deslocamento de seus empregados (Art. 8º)
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VALE TRANSPORTE (Decreto n 95.247 de 17/11/1987)

• empregado ao requerer VT fornecerá por escrito (Art. 7º):


- nome
- endereço
- serviços e meios de transporte urbano mais adequados ao seu deslocamento

• empregado firmará Termo de Compromisso de Utilização de Vale Transporte (Art. 7º)


• VT será antecipado ao empregado (Art. 2º)
• arquivar recibo da compra dos VT (Art. 21)
• arquivar o recibo de entrega de VT ao empregado
• é vedado substituir o VT por antecipação em dinheiro (Art. 5º)

DESCONTOS (Art. 462 da CLT)

• adiantamentos de salário
• autorizados em lei
• autorizados em CCT
• danos causados pelo empregado na ocorrência de dolo e desde que previstos no contrato
de trabalho
• até 25% do SM pela alimentação preparada e fornecida pelo empregador ( ver as
condições no PAT)

GRATIFICAÇÃO DE NATAL (Lei nº 4.090 de 13/07/1962)

• corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro por mês trabalhado no ano


• fração igual ou superior a 15 dias trabalhados computa-se como mês integral
• será proporcional na extinção do contrato de trabalho a qualquer tempo
• as faltas serão computadas no mês de ocorrência

• será paga em duas parcelas:

- 1ª parcela: de 1º de janeiro à 30 de novembro e corresponderá a metade do salário


do mês de referência
- 2ª parcela até o dia 20 de dezembro

• não é obrigatório o pagamento simultâneo a todos os empregados


• a 1ª parcela será paga por ocasião das férias se requerida pelo empregado no mês de
janeiro
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• ocorrendo extinção do contrato, havendo adiantamento da gratificação, poderá esta ser
compensada com qualquer verba rescisória
• para aqueles que recebem verbas variáveis a qualquer título, será calculada pela média
das importâncias recebidas até o mês de recebimento
• no recebimento da 2ª parcela, calculada da forma do item anterior, será descontado o
adiantamento efetuado a título de 1ª parcela

ABONO SALARIAL (Lei nº 7.859 de 25/10/1989 e Lei nº 7.998 de 11/01/1990)

• assegurado a todo trabalhador que:

- estejam cadastrados a pelo menos 5 anos no PIS (Lei Complementar nº 26 de


11/09/1975)
- perceberem de empregadores, no ano-base, até dois salários mínimos de
remuneração mensal
- tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 dias no ano-base

• abono será de 1 salário mínimo vigente na data do pagamento


• é pago de acordo com a data de aniversário do trabalhador (cronograma do MF)

PARTICIPAÇÃO EM LUCROS E RESULTADOS (Lei nº 10.101 de 19/12/2000)

•poderá ser instituída por comissão paritária no âmbito da empresa ou convenção


coletiva
• não substitui nem complementa a remuneração do empregado
• não tem natureza salarial
• periodicidade mínima de 6 meses
• tributação exclusiva e na fonte

JORNADA DE TRABALHO

Jornada Normal de Trabalho (Art. 58 da CLT)

• será fixada em até 8 horas por dia e até 44 semanais


• variações de horário inferiores à 5 min ao limite de 10 min diários não serão
computadas
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• tempo de eslocamento in itinere não será computado, salvo quando o
empregador fornecer a condução para os locais de difícil acesso ou não
servidos por transporte público
• microempresas e empresas de pequeno porte poderão negociar mediante
acordo coletivo ou CCT o tempo médio e a forma de remuneração

Jornada Suplementar (Art. 59 da CLT)

• realizada em até 2 horas


• prevista em acordo individual escrito ou convenção coletiva de trabalho
• valor pelo menos 50% superior a hora normal
• nas atividades insalubres somente com permissão do MTE (Art. 60 da CLT)

Compensação / Banco de Horas (Art.59 § 2º da CLT)

• válido somente se houver convenção ou acordo coletivo de trabalho


• total da jornada (normal + suplementar) não superior à 10 horas
• período base de compensação: 1 ano

• no fechamento do período base:

- saldo positivo de horas trabalhadas: pagamento como horas suplementares


- saldo negativo de horas: encargo do empregador
- mesmo raciocínio em caso de rescisão contratual

• com a alteração do § 2º do artigo 59 da CLT pela MP 1.952-26 de 26/07/2000


não é mais permitido o acordo individual de compensação de jornada dentro da
semana
• era muito utilizado para compensar o sábado (4 horas) nos outros dias da
semana

Trabalho em Regime de Tempo Parcial (Art.58-A da CLT)

• é aquele cuja duração não ultrapasse a 25 horas semanais


• salário é pago proporcionalmente ao regime normal
• não podem prestar horas extras
• para empregados existentes, somente mediante opção e na forma prevista em
instrumento de negociação coletiva (CCT ou AC)
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Jornada Suplementar. Necessidade Imperiosa. Ocorrência (Art. 61 da CLT)

• força maior
• realização ou conclusão de serviços inadiáveis
• serviço cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto

• deve ser comunicada ao MTE em 10 dias a partir da ocorrência

Força Maior

• é todo acontecimento inevitável em relação a vontade do empregador e para a


realização do qual este não concorreu direta ou indiretamente
• a imprevidência do empregador exclui a força maior
• total da jornada (normal + suplementar) sem limite
• valor da hora suplementar pelo menos igual à hora normal

Realização ou conclusão de serviços inadiáveis e


Serviço cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto

• total da jornada (normal + suplementar) não superior à 12 horas


• valor da hora suplementar pelo menos 50% superior à hora normal

Controle de Jornada (Art. 74 da CLT)

• deverá ser afixado Quadro de Horário de Trabalho em local bem visível


• deverá ser discriminativo por empregados, caso o horário não for único para
todos os empregados
• para estabelecimentos com mais de 10 empregados será obrigatório o controle
individualizado da anotação da hora de entrada e da saída, devendo haver a pré
assinalação do período de repouso
• neste caso, fica dispensado o uso de quadro de horário (Art. 13 da Portaria 3.626
de 13/11/1991)

• se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário constará explicitamente


em ficha ou papeleta de serviço externo (parágrafo 3º)
• na ficha deverá indicações de convenções e acordos coletivos de trabalho

• não se aplica nos seguintes casos (Art. 62 da CLT):

- atividade externa incompatível com a fixação de horário (anotação em CTPS)


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- cargos de gestão (gerentes, diretores, etc.)
- gratificação de função igual ou superior a 40% do salário base

Horas in itinere:

• é considerado como trabalho efetivo o deslocamento de ida e retorno, utilizando


transporte do empregador, quando inexistente transporte público regular ( § 2º do Art.
58 da CLT)
• a mera insuficiência de transporte público não enseja em pagamento de horas in itinere
(jurisprudência)

Horário Noturno:

• entre 22 hs e 5 hs (trabalho urbano)


• entre 21 hs e 5 hs (trabalho rural na lavoura)
• entre 20 hs e 4 hs (trabalho rural na pecuária)

• hora noturna: 52 min e 30 seg


• 20% de acréscimo sobre a hora normal

Descanso Intrajornada (Art. 71 da CLT)

• trabalho contínuo:

- de até 4 horas: não há obrigação de intervalo


- entre 4 e 6 horas:15 minutos de intervalo
- superior a 6 horas: intervalo mínimo de 1 hora

• havendo autorização do MTE poderá ser reduzido para 30 min


• intervalo máximo de 2 horas
• havendo acordo individual ou CCT o intervalo pode ser superior a 2 horas (depende da
atividade)

Descanso entre duas jornadas de trabalho (Art. 66 da CLT):

• descanso mínimo de 11 horas consecutivas

Descanso na semana efetivamente trabalhada DSR (Art. 67 da CLT):

• descanso de 24 horas consecutivas


• preferencialmente aos domingos
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• feriados
• atividades autorizadas para realização de trabalho aos domingos deverão manter escala
de revezamento de descanso semanal
• a escala deve assegurar pelo menos um domingo a cada 7 semanas (Art. 1º Portaria 417
de 10/06/66)
• para o comércio varejista em geral, a escala deve assegurar pelo menos um domingo a 4
semanas (Art. 6º da Lei 10.101/2000)
• para as mulheres, a escala deve assegurar pelo menos um domingo a cada 15 dias (Art.
386 da CLT)
• o descanso semanal é obrigatório
• concedido em um dia de cada semana (Art. 1º Decreto 27.048 de 12/08/49)
• semana: de segunda à domingo
• trabalho em dia de feriado, quando autorizado, será remunerado em dobro ou
compensado em outro dia determinado pelo empregador ( Art. 9º da Lei 605 de
05/01/49)
• não confundir feriado compensado com repouso semanal remunerado
• atividades autorizadas ao trabalho dominical está relação anexa ao Decreto nº 27.048 de
12/08/1949

Feriados

• Lei nº 662 de 06/04/1949:


- 1º de janeiro
- 1º de maio
- 7 de setembro
- 15 de novembro
- 25 de dezembro

• Lei nº 1.266 de 08/12/1950:


- eleições gerais
- 21 de abril

• Lei nº 6.802 de 30/06/1980:


- 12 de outubro

• Lei nº 9.093 de 12/09/1995:


- dia de Santa Catarina declarada em lei estadual
- feriados religiosos declarados em lei municipal no máximo de quatro
- inclui entre os quatro a sexta-feira da paixão
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Remuneração do DSR (Art. 7º da Lei 605 de 05/01/49):

• trabalho por dia ou semana:


- um dia de serviço computadas as horas extras habituais

• trabalho por hora:


- nº de horas de um dia de serviço computadas as horas extras habituais

• trabalho por produção:


- produção da semana dividido pelo nº de dias úteis

• considera-se já remunerado o DSR do empregado mensalista ou quinzenalista cujos


descontos por falta sejam efetuados na base de 30 ou 15 dias respectivamente (Art. 7º
da Lei 605 de 05/01/49)

• não será devido o DSR quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver
trabalhado toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho
(Art. 6º da Lei 605 de 05/01/49)

Faltas Justificadas (Art. 473 da CLT) :

• 2 dias consecutivos: morte de cônjuge, ascendente, descendente, filho ou


dependente
• 3 dias consecutivos: casamento
• 5 dias consecutivos: nascimento de filho
• 1 dia a cada 12 meses: doação de sangue devidamente comprovada
• 2 dias: alistamento eleitoral
• prestação de provas no concurso vestibular devidamente comprovado
• cumprimento das exigências do serviço militar
• comparecimento para depor como testemunha
• comparecimento à Justiça
• paralisação de serviço por conveniência do empregador
• doença devidamente comprovada
• acidente devidamente comprovado
• acidente de trabalho devidamente comprovado
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Atestado Médico (Portaria nº 3.291 de 20/02/1984 do MPAS)

• na dispensa de serviço por incapacidade até 15 dias


• deve conter:
• tempo de dispensa por extenso e numérico
• C.I.D.
• assinatura do médico ou dentista
• carimbo contendo nome e registro profissional

• a dispensa deve coincidir com os registro médico

ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENÇA OCUPACIONAL

• deverá ser comunicado em 24 hs ao INSS


• Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT será preenchida em 3 vias
• Enviar cópia do atestado e dos laudos médicos

FÉRIAS (Art. 130 da CLT)

• direito após cada período de 12 meses (período de aquisição):


- 30 dias: computadas até 5 faltas
- 24 dias: computadas de 6 à 14 faltas
- 18 dias: computadas de 15 à 23 faltas
- 12 dias: computadas de 24 à 32 faltas

• proporcional por qualquer motivo a partir de 6 meses (Convenção 132 da OIT e


Dec. 3.197 de 5/10/99)

• a época de concessão será definida pelo empregador


• será concedida nos 12 meses subseqüentes (período de concessão)
• poderá ser concedida em dois períodos, um dos quais não será menor que 10
dias
• aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos, serão concedidas de uma só vez
• aos menores de 18 anos estudantes, coincidirão com as férias escolares

• será participada por escrito e mediante recibo com antecedência mínima de 30 dias
(Aviso de Férias)
• a remuneração das férias serão pagas até 2 dias antes do seu início
• férias concedidas fora do prazo legal implicará em seu pagamento em dobro
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perderá o direito a férias:

• mais de 32 dias de faltas no período aquisitivo


• rescisão com readmissão após 60 dias
• licença por mais de 30 dias com percepção dos salários
• paralisação parcial ou total dos serviços da empresa com percepção dos salários por
mais de 30 dias
• percepção de auxílio-doença ou auxílio-doença acidentário por mais de 6 meses
• iniciar-se-á novo período de aquisição por ocasião do retorno

FÉRIAS COLETIVAS (Art. 139 da CLT)

• poderá ser concedida por seção, estabelecimento ou para toda a empresa


• poderá ser concedida em dois períodos, um dos quais não será menor que 10 dias
• deverá comunicar o MTE com antecedência mínima de 15 dias (dia de início e fim,
setores abrangidos) com cópia ao sindicato laboral
• empregado contratado há menos de 12 meses gozarão férias proporcionais e iniciando-
se novo período de aquisição

REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS (Art. 142 da CLT)

• corresponde a remuneração devida na data de sua concessão


• quando o salário for pago por hora:
• média das horas do período aquisitivo X valor da hora na data da concessão
• quando o salário for pago por produção:
• média da produção do período aquisitivo X valor unitário da produção na data da
concessão
• quando o salário for pago por comissão:
• média das comissões dos últimos 12 meses anteriores a data da concessão

• computa-se proporcionalmente ao nº de meses recebidos no período de aquisição


(atualização até a data da concessão):

- adicional de insalubridade
- adicional de periculosidade
- adicional noturno
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• computa-se também a média das horas extras do período de aquisição X valor da hora
extra na data da concessão

Adicional de Férias (Art. 7º inciso XVII da CF)

• corresponde a 1/3 toda a remuneração de férias

Abono Pecuniário de Férias (Art. 143 da CLT)

• é facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário


• remuneração correspondente aos dias de férias devidos

Férias no Trabalho em Regime de Tempo Parcial (Art. 130-A da CLT)

• será concedida na seguinte proporção:

- 18 dias: para jornadas semanais de 23 à 25 horas


- 16 dias: para jornadas semanais de 21 à 22 horas
- 14 dias: para jornadas semanais de 16 à 20 horas
- 12 dias: para jornadas semanais de 11 à 15 horas
- 10 dias: para jornadas semanais de 06 à 10 horas
- 08 dias: para jornadas semanais de até 05 horas

• não se aplica o abono pecuniário de férias

TRABALHO DA MULHER - NORMAS ESPECIAIS

Admissão

• é proibido exigir atestado ou exame para comprovação de esterilidade ou gravidez por


ocasião da admissão ou permanência no emprego

Descanso

• em caso de prorrogação da jornada normal será obrigatório um intervalo de 15 min


(Art. 384 da CLT)
• escala de revezamento de folga semanal assegurando DSR pelo menos em um domingo
a cada quinzena (Art. 386 da CLT)

Locais de Trabalho
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• estabelecimentos com 30 mulheres ou mais terão local apropriado para a guarda
sob vigilância e assistência de seus filhos no período de amamentação (Art. 389
da CLT)
• local poderá ser suprido por creches próximas do local de trabalho ou residência
das trabalhadoras
• não havendo creches nas condições acima, a empresa suprirá a necessidade
através de outra creche, sendo o transporte por sua conta
• os locais deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação,
uma cozinha dietética e uma instalação sanitária (Art. 400 da CLT)

Proteção à Maternidade

licença maternidade de 120 dias sem prejuízo do salário (Art. 392 da CLT)
afastamento dar-se-á mediante atestado médico que será dado nos 28 dias antes do
parto
• os períodos de repouso antes e depois do parto poderão ser aumentados em até 2
semanas cada, mediante atestado médico
• em caso de aborto: repouso de 2 semanas (Art. 395 da CLT)
• transferência de função, quando as condições de saúde exigirem, assegurado o retorno a
função anterior
• dispensa do trabalho pelo tempo necessário para a realização de consultas médicas e
exames
• garantia de salário mantendo direitos e vantagens
• quando o salário for variável: média dos 6 últimos meses de trabalho
• 2 descansos especiais de 30 min para amamentação durante a jornada até 6 meses após
o parto (Art. 396 da CLT)
• prazo de 6 meses poderá ser dilatado a critério da autoridade competente

• licença maternidade por ocasião de adoção ou guarda judicial:

- 120 dias no caso de criança até 1 ano de idade


- 60 dias no caso de criança maior de 1 ano até 4 anos de idade
- 30 dias no caso de criança maior de 4 anos de idade

• será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda

TRABALHO DO MENOR - NORMAS ESPECIAIS


21
• considera-se menor o trabalhador com mais de 14 e menos de 18 anos
(Art. 402 da CLT e CF)

• é vedado o trabalho à menores de 16 anos salvo na condição de aprendiz a partir dos 14


anos (Art. 7º inciso XXXIII da CF)

• ao menor é vedado o trabalho (Art. 405 da CLT) :

- em condição de insalubridade
- em condição perigosa
- em local ou serviço prejudicial à sua moralidade
- em qualquer caso a critério do MTE/Juiz de Menores (Art. 407 da CLT)
- noturno (Art. 404 da CLT)
- extraordinário (horas suplementares) (Art. 413 da CLT)

• considera-se local prejudicial à moralidade:


- teatros, cinemas, boates, cassinos, cabarés etc. (salvo autorização judicial)
- circo na função de acrobata, ginasta saltimbanco (salvo autorização judicial)
- venda a varejo de bebidas alcoólicas
- trabalho com impressos que prejudiquem sua formação moral
- trabalho realizado nas ruas e praças depende de prévia autorização do Juiz de
Menores

• responsável legal pelo menor poderá em qualquer caso pleitear a rescisão do contrato
do menor
• responsável participará da rescisão contratual do menor

• no caso de força maior, excepcionalmente, poderá estender a jornada da seguinte forma


(Art. 413 da CLT) :

- Total da jornada (normal + suplementar) não superior à 12 horas


- Valor da hora suplementar pelo menos 50% superior à hora normal

• horário de trabalho não pode ser incompatível com o horário escolar (Art. 427 da CLT)

ATIVIDADE SINDICAL

• empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional,


não pode ser impedido do exercício de suas funções nem transferido para lugar que
dificulte ou impossibilite o desempenho das sua atribuições sindicais (Art. 543 da CLT)
22
• considera-se licença não remunerada o afastamento de empregado para o desempenho
de cargo sindical eletivo, salvo disposição em contrário no contrato de trabalho,
convenção ou acordo coletivo
• estabilidade do empregado sindicalizado a partir do registro de candidatura para cargo
sindical eletivo até 1 ano após o final do mandato

Contribuições ao Sindicato

• toda associação sindical deverá ter seu registro efetuado nas DRT do MTE (Art.
558 da CLT)
• empregador descontará na folha de pagamento as contribuições devidas ao
sindicato, desde que autorizadas pelo empregado (Art. 545 da CLT)
• empregador descontará obrigatoriamente na folha de pagamento a Contribuição
Sindical - CS (tributo) do empregado
• repasse será feito até o 10º dia subsequente ao desconto

Contribuição Sindical CS

• a CS é obrigatória a todos os empregados, empregadores e profissionais liberais,


independente de serem ou não associados (Art. 579 da CLT)

• a CS será recolhida anualmente e consistirá (Art. 580,582 e 587 da CLT):

- 1 dia de trabalho do mês de março para empregados, recolhida em abril


- 30% do VR para autônomos e profissionais liberais, recolhida em fevereiro
- para empresas, recolhida em janeiro:
- 0,8% capital social até 150 VR
- 0,2% capital social de 150 até 1.500 VR
- 0,1% capital social de 1.500 até 150.000 VR
- 0,02% capital social de 150.000 até 800.000 VR

• tabela progressiva equivalente ao IR


• contribuição mínima de 60% da VR
• fração de VR sempre arredondada para cima
• empregados admitidos após o mês de março será descontada a CS no mês subsequente
ao da admissão, salvo comprovação do recolhimento em outra empresa (Art. 601 e 602
da CLT)
• entidades dispensadas de registro de capital social, a base de calculo será de 40% do
movimento econômica do exercício anterior e aplicar-se-á a tabela
• entidades sem fins lucrativos estão dispensadas da CS
23
• a CS patronal será rateada quando a empresa possuir estabelecimentos em territórios
diferentes (Art. 580 da CLT)
• a CS laboral será recolhida por sindicato, respeitado o territoridariedade
• inexistindo sindicato, a CS será recolhida à federação ou, na falta desta, à confederação
(Art. 589 da CLT)

• quando a empresa realiza diversas atividades econômicas (Art. 581 da CLT):

- se existe atividade preponderante, recolher para o sindicato desta


- se não há atividade preponderante, recolher para cada sindicato respectivo

• atividade preponderante é a que caracteriza o objetivo final para cuja obtenção


todas as demais atividades convergem, exclusivamente, em regime de conexão
funcional

• profissional liberal empregado poderá optar por recolher para sua categoria
específica desde que em exercício da função (Art. 585 da CLT)
• a CS é documento indispensável a ser exigido em licitações públicas e nos
contratos de fornecimento para entidades públicas
• registros, licenças, autorizações, etc., fornecidas pelo poder público, estão
sujeitas à comprovação da CS (Art. 608 da CLT)
• deverá ser anexada à guia de recolhimento da CS laboral, relação
individualizada da contribuição por trabalhador e respectivo sindicato
favorecido (Art. 606 da CLT)

CONTRATO DE TRABALHO – ALTERAÇÕES

• só é lícita a alteração por mútuo consentimento e desde que não acarrete, direta
ou indiretamente prejuízo ao empregado (Art.468 da CLT)

• não se considera alteração o retorno de empregado da função de confiança para


a função efetiva

Transferência

• só é lícita a transferência de empregado para localidade diversa estabelecida no


contrato, se houver a sua concordância (Art.469 da CLT)
• não se considera transferência a movimentação de empregado que não acarrete
necessariamente a mudança de seu domicílio
• não há necessidade de concordância de empregado que exerce cargo de confiança e que
o contrato contenha a transferência como condição de sua realização
24
• em caso de transferência de empregado por necessidade de serviço será acrescido ao
seu salário (básico e adicionais) um pagamento suplementar de pelo menos 25%
enquanto durar tal situação
• em caso de extinção de estabelecimento é licita a transferência do empregado,
independente de sua concordância e não é devido o adicional de 25%
• as despesas da transferência correrão por conta do empregador

• implica em extinção de estabelecimento a mudança de endereço (entendimento


doutrinário)

• é licita a transferência entre estabelecimentos de empresas de um mesmo grupo


econômico (mesma propriedade)

Procedimentos na Transferência:

No registro de empregado no estabelecimento de destino:

• abrir novo registro


• mencionar no campo de anotações gerais a transferência e os elementos motivadores
• mencionar os dados do registro de origem (nº de registro, CGC, razão social) a data da
transferência
• opcional: manter na empresa de destino cópia do registro de origem

No registro de empregado no estabelecimento de origem:

• mencionar no campo de anotações gerais a transferência e os elementos


motivadores
• mencionar os dados do registro de destino (nº de registro, CGC, razão social)
• data da transferência

• fazer o CAGED de transferência


• alterar a GFIP
• anotar a CTPS nas páginas de anotações gerais

CONTRATO DE TRABALHO - SUSPENSÃO

• é assegurado ao empregado afastado, por ocasião de seu retorno, todas as


vantagens que em sua ausência tenham sido atribuídas à categoria (Art. 471 da
CLT)
25
• nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento não será
computado na contagem do prazo se assim acordarem as partes (Art. 472 da
CLT)
• a suspensão disciplinar do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa
em rescisão injusta de contrato de trabalho
• não é permitido rescindir o contrato de trabalho de empregado afastamento em
virtude do serviço militar obrigatório ou encargo público (Art. 472 da CLT)
• empregado deverá notificar o empregador a sua intenção de retornar dentro de
30 dias após o término do serviço militar obrigatório ou encargo público

• perde a garantia o empregado que engajar ao serviço militar


• empregado que for aposentado por invalidez terá seu contrato de trabalho
suspenso (Art. 475 da CLT)
• recuperando o empregado a capacidade laborativa e sendo a aposentadoria
cancelada, fica-lhe assegurado o retorno
• se o empregador admitir substituto para o aposentado, poderá rescindir com este
o respectivo contrato de trabalho sem indenização legal desde que a interinidade
esteja prevista no contrato

AVISO PRÉVIO (Art. 487 da CLT)

Ocorrência:

contratos por prazo indeterminado


contratos por prazo determinado que contiverem cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão antecipada (Art.481 da CLT)
tem por finalidade dar ciência à outra parte com antecedência de que o contrato
será extinto
não interfere no curso do contrato
aviso prévio incorpora-se ao tempo de serviço para todos os efeitos
na falta do aviso prévio, o mesmo será indenizado à outra parte
será de, no mínimo, 30 dias
a base de cálculo é a maior remuneração do trabalhador aplicada à rescisão
horas extras habituais integram o aviso prévio indenizado

se a rescisão for promovida pelo empregador, caberá ao empregado optar, sem


prejuízo da remuneração normal:
- trabalhar o tempo do aviso com redução de 2 horas em sua jornada normal, ou
- faltar 7 dias corridos e trabalhar em horário normal os dias restantes
• pode ser reconsiderado durante o seu curso, se assim concordarem as partes
• será sempre efetuada tendo por base a maior remuneração percebida pelo empregado
26
reajuste salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o
empregado pré-avisado, inclusive no aviso prévio indenizado (Art. 487 da CLT)
RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO (Art. 477 da CLT)

providenciar atestado médico demissional antes do pagamento da rescisão


poderá utilizar o atestado médico periódico se estiver dentro da validade
será assistida para empregados com mais de 1 ano de serviço, salvo disposto em
convenção ou acordo coletivo de trabalho

reajuste salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o


empregado pré-avisado, inclusive no aviso prévio indenizado (Art. 487 da CLT)
demissão no período de 30 dias que antecedem a data base da categoria obriga ao
pagamento de indenização no valor de um salário do empregado (Art 9 da Lei
7.238/84)

valores não recebidos em vida pelo empregado serão pagos em cotas iguais aos
dependentes habilitados pela Previdência Social ou sucessores indicados em alvará
judicial (Lei nº 6.858 de 24/11/1980)

são competentes para dar assistência na rescisão de contrato de trabalho:


sindicato da categoria laboral ou autoridade do MTE
representante do Ministério Público ou Defensor Público, na falta dos primeiros
Juiz de Paz, na falta dos demais

a assistência será sem ônus para empregador e empregado

deverá ser especificada a natureza de cada parcela a ser paga e discriminado o seu
valor
• a quitação dar-se-á tão somente ao exato valor discriminado em cada parcela sendo
assegurado ao empregado pleitear qualquer diferença que achar ter direito
• pagamento será efetuado por ocasião do ato de rescisão, em dinheiro, cheque
visado/administrativo ou comprovante de depósito bancário em dinheiro
• pagamento de empregado analfabeto será efetuado sempre em dinheiro
• qualquer compensação ou desconto no pagamento não poderá exceder o equivalente a 1
mês de remuneração

• pagamento deverá ser efetuado nos seguintes prazos:


- até o 1º dia útil imediato ao término do contrato
- até o 10º dia, quando ausente o aviso prévio
- até o 10º dia, quando o aviso prévio for indenizado
- até o 10º dia, quando o empregado for dispensado de cumprir o aviso prévio
27
• pagamento fora do prazo: multa em favor do empregado equivalente a sua
remuneração, salvo se ele der causa a mora
• nos contratos por prazo determinado, a parte que, sem justa causa, rescindir o contrato,
indenizará a outra parte a remuneração da metade dos dias restantes do contrato
(Art.479 da CLT)

• os contratos por prazo determinado que contiverem cláusula assecuratória do direito


recíproco de rescisão antecipada aplica-se as regras dos contratos de trabalho por prazo
indeterminado (Art.481 da CLT)

• constituem justa causa pelo empregador:

- abandono de emprego
- ato de indisciplina ou de insubordinação
- embriaguez em serviço
- violação de segredo da empresa
- condenação criminal do empregado transitada em julgado
- negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e
quando constituir ato de concorrência ou quando for prejudicial ao serviço
- agressão física ou verbal

• documentos obrigatórios na homologação (IN SRT/MTE 03 de 21/06/2002):

- carta de preposto ou ato constitutivo do empregador


- Termo de Rescisão de Contrato de trabalho 5 vias
- Aviso Prévio (em caso de aviso trabalhado) ou pedido de demissão
- Atestado de Saúde Demissional ou Periódico
- CTPS devidamente atualizada
- CCT da categoria ou sentenças normativas aplicáveis
- extrato para fins rescisórios do FGTS
- GFIPs comprobatórias dos recolhimentos do FGTS não localizados no
extrato
- Guia de recolhimento do FGTS e Contribuição Social rescisórios GRFC
- demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos
valores devidos
- Comunicação da Dispensa – CD 2 vias
- Requerimento do Seguro Desemprego 2 vias
- pagamento em dinheiro ou cheque visado
- prova bancária de quitação, quando for o caso
28
• impedimentos na homologação (IN SRT/MTE 03 de 21/06/2002):

- gravidez da empregada, desde a sua confirmação até 5 (cinco) meses após o


parto
- candidatura do empregado para o cargo de direção de CIPA desde o registro
da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 1 (um) ano após o final do
mandato
- candidatura do empregado sindicalizado a cargo de direção ou
representação sindical desde o registro da candidatura e, se eleito, ainda que
suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato
- garantia de emprego dos representantes dos empregados-membros, titulares
ou suplentes, de Comissão de Conciliação Prévia – CCP, instituída no âmbito da
empresa, até 1 (um) ano após o final do mandato
- demais garantias de emprego decorrentes de lei, CCT ou sentença
normativa
- suspensão contratual
- atestado de saúde ocupacional – ASO com declaração de inaptidão

ESTABILIDADE

• empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto


• empregado eleito para cargo de direção de CIPA, inclusive o suplente, desde o registro
da candidatura até 1 ano após o término de seu mandato
• empregado eleito para cargo de representação ou direção sindical, inclusive suplente
desde o registro da candidatura até 1 ano após o final de seu mandato
• empregado eleito para cargo de representação em CCP, inclusive suplente desde o
registro da candidatura até 1 ano após o final de seu mandato
• empregado vítima de acidente de trabalho, que entrou em benefício previdenciário, 1
ano após o retorno do benefício às suas funções na empresa
• empregado afastado para prestar o serviço militar obrigatório desde a incorporação até
30 dias após a baixa
• demais garantias decorrentes de lei convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa

SEGURO DESEMPREGO (Lei nº 7.998 de 11/01/1990)

• terá direito o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:


29
- ter recebido salários de empregador pessoa jurídica nos 6 meses anteriores a
dispensa
- ter sido empregado pelo menos 6 meses nos últimos 36 meses que antecederam a
data da dispensa que deu origem ao Requerimento de Seguro – Desemprego
- não estar em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da Previdência
Social (exceto auxílio acidente e auxílio suplementar da Lei nº 6.367/76)
- não estar em gozo de auxílio desemprego
- não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de
sua família

• poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo

Resolução nº 64 do CODEFAT de 28/07/1994:

• será concedido de forma contínua ou alternada a cada período aquisitivo de 16 meses da


seguinte forma:

- 3 parcelas: mínimo de 6 meses até 11 meses de tempo de serviço nos últimos 36


meses
- 4 parcelas: mínimo de 12 meses até 23 meses de tempo de serviço nos últimos 36
meses
- 5 parcelas: mínimo de 24 meses de tempo de serviço nos últimos 36 meses

• a fração igual ou superior a 15 dias será computada como mês integral


• para o cálculo do seguro-desemprego considerar-se-á a média dos salários dos últimos 3
meses de trabalho

• será fornecido ao trabalhador, por ocasião da rescisão:

- Requerimento do Seguro-Desemprego
- Comunicação de Dispensa – CD
- 3 vias do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho

• faixas de salário médio: ver tabela expedida pelo MTE

• nenhum benefício terá valor inferior a 1 salário mínimo


• prazo para requerer o seguro é de 120 dias
• havendo indeferimento do requerimento o trabalhador poderá impetrar recurso junto à
DRT
• novo período aquisitivo começará a contar da data da dispensa que deu origem a última
habilitação.
• seguro-desemprego será suspenso:
30

- na admissão em novo emprego


- no início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social
exceto o auxílio-acidente e o abono de permanência em serviço

• admitido em novo emprego e sendo dispensado sem justa causa, poderá receber as
parcelas restantes referentes ao período aquisitivo anterior
neste caso novo período aquisitivo começará a contar a partir desta demissão

• seguro-desemprego será cancelado:

- pela recusa de oferta de emprego condizente com sua qualificação e remuneração


anterior
- pela comprovação de falsidade de informações necessárias à habilitação
- pela comprovação de fraude visando a percepção indevida do seguro-desemprego
- por morte do segurado

• à exceção da última hipótese, as demais sujeitarão ao cancelamento do benefício por 2


anos, dobrados na reincidência

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE


(Lei nº 9.841 de 05/10/1999)

• dispensada das seguintes obrigações trabalhistas:

- quadro de horário
- anotação de férias no registro de empregados
- matrícula de aprendizes nos cursos de aprendizagem
- manutenção de Livro de Inspeção do Trabalho - LIT

• assegurado o critério da dupla visita exceto para:

- falta de registro
- anotação de CTPS
- na reincidência, fraude resistência e embaraço

TRABALHO DOMÉSTICO (Lei nº 5.859 de 11/12/72)

• considera-se empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de


finalidade não lucrativa à pessoa ou família, no âmbito residencial destas
31

• direitos assegurados:

- salário mínimo
- irredutibilidade de salários
- 13º salário
- repouso semanal remunerado, perferencialmente aos domingos
- férias anuais de 30 dias úteis remuneradas com adicional de pelo menos 1/3 sobre
a remuneração (dispositivo alterado
- licença maternidade de 120 dias a cargo do INSS
- licença paternidade de 5 dias
- aviso prévio
- vale transporte

• direitos não assegurados:

- jornada de trabalho regulada, salvo se previsto no contrato


- estabilidade de qualquer natureza (acidente, gestação, representação sindical, etc.)
- FGTS
- seguro desemprego
- abono salarial do PIS

• é facultada a inclusão do empregado doméstico no FGTS mediante requerimento do


empregador
• se houver a inclusão, fará jus ao benefício do seguro-desemprego no valor de 1 SM por
um período máximo de 3 meses contados da despedida sem justa causa
• benefício será concedido àquele que tiver trabalhado como doméstico pelo menos 15
meses nos últimas 24 meses contados da dispensa sem justa causa

• deverá apresentar junto ao órgão do MTE os seguintes documentos:

- CTPS
- TRCT código de saque 1
- comprovante de recolhimento do FGTS do período
- declaração de não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua
manutenção e de sua família
- declaração de não estar em gozo de nenhum benefício previdenciário, exceto
auxílio-acidente e pensão por morte

• deverá ser requerido dentro de 90 dias


• novo requerimento somente após 16 meses
32

TRABALHO TEMPORÁRIO (Lei nº 6.019 de 03/01/1974)

• é aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender necessidade de:

- substituição temporária de pessoal permanente


- acréscimo extraordinário de serviços

• só é admissível no trabalho urbano


• considera-se acréscimo extraordinário de serviço, além das demandas oriundas de
fatores imprevisíveis, os denominados “Picos de Venda” ou “Picos de Produção”

• empresa de trabalho temporário é aquela cuja atividade consiste em colocar à


disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente
qualificados
• a empresa tomadora exerce durante a vigência do contrato o poder disciplinar, técnico e
diretivo sobre o trabalhador temporário
• os trabalhadores temporários são remunerados pela empresa de trabalho temporário
• a remuneração será equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da
empresa tomadora
• demais direitos trabalhistas equivalentes aos prescritos aos demais trabalhadores
urbanos

• contrato entre empresa de trabalho temporário e empresa tomadora deverá:

- ser obrigatoriamente escrito


- constar o motivo justificador da demanda por trabalho temporário
- conter a modalidade de remuneração da prestação do serviço

• com relação à um mesmo empregado, o contrato entre empresas não poderá exceder de
6 meses
• contrato entre empresa de trabalho temporário e o trabalhador temporário deverá ser
obrigatoriamente escrito

• na CTPS do trabalhador registrar-se-á a condição de temporário


• é vedada a cobrança de qualquer emolumento de trabalhador à título de mediação
exceto os descontos legais
• a responsabilidade da empresa tomadora pelo inadimplemento de obrigação trabalhista
de trabalhador temporário é subsidiária, exceto na falência da empresa de trabalho
temporário contratada, caso em que a responsabilidade será solidária
33

PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - PAT


(Lei nº 6.321 de 14/04/1976, Decreto nº 5 de 14/01/1991 e Portaria MTb nº 87 de 28/01/1997)

• tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores visando promover
sua saúde e prevenir as doenças profissionais
• empregador pessoa jurídica
• a inscrição no PAT dá-se mediante requerimento à SSST, em formulário próprio
adquirido na ECT
• a participação financeira do trabalhador fica limitada a 20% do custo direto do
benefício concedido
• empregador poderá manter serviço próprio de refeições e/ou distribuição de alimentos
ou contratar entidade fornecedora e/ou prestadora de serviço registrada no PAT
• poderá ser fornecido documento de legitimação (vale) em valor suficiente para suprir as
exigências no PAT

• cabe ao empregador garantir que a refeição produzida ou fornecida contenha no mínimo


os seguintes valores nutritivos:

- refeição menor: 300 calorias e 6% de NdpCal


- refeição maior: 1.400 calorias e 6% de NDpCal
• nos PAT a parcela in natura fornecida pelo empregador não tem natureza salarial

• é vedado ao empregador:

- suspender, reduzir ou suprimir o PAT a título de punição ao trabalhador


- utilizar o PAT como forma de premiação

• a execução inadequada do PAT implicará em cancelamento da inscrição

EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO

• Súmula 331 do TST:


34
“I-A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o
vínculo diretamente com o tomador de serviços, salvo no caso de trabalho
temporário
II-Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviço de
vigilância, de conservação e limpeza bem com a de serviços especializados ligados
à atividade-meio do tomador desde que inexistente a pessoalidade e a
subordinação.”

• a Doutrina e a Jurisprudência não admitem a terceirização de serviços ligados à


atividade-fim pela impossibilidade de afastamento dos elementos caracterizadores do
vínculo empregatício

• a atividade-fim consiste na razão de ser da empresa


• é o desempenho específico de tais atividades que determina a continuidade e o
desenvolvimento do empreendimento

• registro dos empregados da empresa contratada permanecerão na empresa tomadora


• os empregados da empresa contratada deverão usar cartão de identificação tipo crachá
contendo:

- nome
- admissão
- PIS
- horário
- função

COOPERATIVAS

Requisitos Conceituais:

• constituídas entre operários de uma determinada profissão, de profissões de uma mesma


classe econômica
• têm como finalidade primordial melhorar o rendimento e as condições de trabalho
pessoal de seis associados
• dá oportunidade de auferir ganho superior àquele que teria se ofertasse seu trabalho
isoladamente (Princípio da Redistribuição Pessoal Diferenciada)
• contratam obras, tarefas, trabalhos ou serviços coletivamente por todos ou por grupos
de alguns associados
• dispensam a intervenção de um patrão ou empresário
• não há pessoalidade no serviço prestado à cliente
• Sempre ocorre a adesão voluntária dos associados
35

• além da oferta de trabalho, oferece serviços e benefícios, tais como:


- saúde
- aquisição de equipamentos
- alimentação a baixo custo

• cooperado é sócio destinatário dos serviços prestados pela cooperativa (Princípio da


Dupla Qualidade)

Fatos que podem ser constatados:

• desconhecimento por parte dos trabalhadores, por ocasião de sua adesão, dos direitos e
deveres próprios da categoria de cooperados
• não participação nas decisões (Assembléias; reuniões...)
• desconhecimento pelo cooperado dos termos do contrato entre Cooperativa e Tomadora
• cooperados são ex-empregados da empresa tomadora ou empresa do mesmo grupo
econômico
• não existência de identidade profissional entre os associados
• a prestação surge em decorrência de circunstância não excepcional e ligada diretamente
a atividade principal da tomadora
• subordinação e pessoalidade em relação à tomadora
• documentos constitutivos e contábeis irregulares

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