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DEZEMBRO/2010
DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL – MINI MERCADOS DO VALE DO JARÍ
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SUMÁRIO
TEMA PÁGINA
APRESENTAÇÃO................................................................................................. 02
1. Histórico ........................................................................................................ 04
2. Classificação................................................................................................. 04
3. Panoramas...................................................................................................... 05
2. Oportunidade.................................................................................................. 33
4. O Empresário Profissional............................................................................ 35
5. Gestão do Negócio......................................................................................... 36
6. Considerações Finais.................................................................................... 37
DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL – MINI MERCADOS DO VALE DO JARÍ
APRESENTAÇÃO
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2. CLASSIFICAÇÃO
A venda de produtos alimentícios é realizada através de vários tipos ou formatos
de estabelecimentos comerciais, que costumam ser classificados da seguinte forma:
Auto-serviço: produtos alimentícios dispostos em formato self-service e com
check-outs (caixas) na saída:
supermercados
hipermercados
lojas de conveniência
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3. PANORAMAS
Em 1996, a concorrência entre os supermercados se intensificou ainda mais. As
grandes redes entraram na guerra de preços e as margens de lucro do setor diminuíram.
Para aumentar a margem de lucro e concorrer em um mercado bastante competitivo, as
redes de supermercados ampliaram o número de seções, promovendo produtos com
margem de lucro maior, sendo os mais escolhidos: padaria, CD's, perfumaria fina, bazar
e eletroeletrônicos.
A competição no setor de supermercados levou, além da guerra de preços entre
as grandes redes, a uma expansão do crédito ao consumidor, levando o setor a buscar
permanentemente o aumento da eficiência para a obtenção de melhores resultados.
Em janeiro de 1997, além da continuação dos problemas dos anos anteriores,
começou a ser cobrado o tributo CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira), refletindo no preço final dos produtos. No final de março, outro fato
pressionou os custos dos supermercados: a medida provisória que exige a liquidação
das importações no momento de entrada no país, proibindo financiamentos inferiores a
360 dias. A medida afetou principalmente as pequenas e médias lojas que tinham
dificuldade de efetuar o pagamento à vista. Em abril/97, novo impacto com o aumento da
alíquota do IOF.
Um efeito bastante forte sobre a demanda dos supermercados foi o excessivo
endividamento do consumidor no ano de 1996 e início de 1997 com bens de consumo
durável, demonstrado pelos elevados índices de inadimplência no início e meio do ano.
O orçamento do consumidor comprometido e a queda da massa salarial causaram
duas modificações nos supermercados:
1.) O consumidor voltou a escolher um mix de produtos mais básicos, deixando de lado
os supérfluos (geralmente mais caros), e
2.) O consumidor voltou a comprar nas grandes redes de supermercados que passaram
a oferecer preços menores .
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4.1. Concorrência
No negócio de varejo alimentício a observância dos seguintes itens e valores
percebidos pelos clientes influência a decisão de compra dos consumidores,
determinando sua preferência:
Localização,
preço,
qualidade dos produtos e variedade da oferta,
atendimento,
conforto/agilidade na passagem pelo caixa/ausência de filas,
serviços/conveniência,
condições de venda e prazos de pagamento.
4.2. Localização
A localização, ou o ponto, é apontado pelas empresas do setor como sendo fator
fundamental para o bom desempenho do negócio, como de regra para todo o setor
varejista; no futuro, o desenvolvimento tecnológico poderá proporcionar formas
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4.3. Logística
A estabilidade de preços e o aumento da concorrência enfatizaram a preocupação
com a eficiência operacional em detrimento do enfoque financeiro, impulsionando novos
procedimentos baseados nos padrões de competitividade internacionais, dos quais se
destacam aqueles liderados pela rede Wal-Mart, maior varejista mundial.
Dentre estes novos procedimentos destaca-se a ênfase no aspecto logístico das
principais atividades características do comércio (compras, entrada, distribuição e
comercialização) e sua correta integração, baseada no princípio de ganhos
compartilhados ao longo da cadeia (supply chain), através da realização de acordos de
parceria entre fornecedores, atacadistas, varejistas e distribuidores.
Esta nova concepção operacional constitui-se em uma das mais efetivas fontes de
vantagem comparativa sustentável, capaz de otimizar a operação total. Dela decorrem,
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por exemplo, redução de inventários, que libera espaços para vendas ou outras funções,
menor necessidade de centros de distribuição e a maximização da eficiência no uso de
frotas, entre outros benefícios.
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4.7. Sortimento
A escolha da oferta em quantidade e qualidade está ligada a uma correta definição
do mix oferecido que alcance a preferência dos clientes-alvos através da seleção de
mercadorias que proporcionem combinação ótima entre margem e giro. A eficiência na
administração do giro médio do estoque é fundamental neste negócio que
tradicionalmente vende à vista e paga a prazo.
Em termos de tendências quanto à formação do mix, observam-se:
a expansão das vendas de produtos com marcas próprias, que diminui a
concentração por fornecedor, reduz custo e eleva a lealdade do consumidor,
adoção das chamadas vendas-solução, que são produtos de maior valor
agregado, em geral pratos prontos e semi-preparados;
produtos geradores de fluxo de consumidores por serem de compras
freqüentes, perecíveis, por exemplo;
aumento da venda de medicamentos;
diminuição de commodities.
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4.8. Marketing
O marketing estratégico é necessário para o estabelecimento de marcas e nomes
sólidos tendo como premissa preços mais baixos, concorrência acirrada e limitações
crescentes para a diferenciação de produtos e serviços. Focar e conhecer exatamente a
clientela que atinge ou pretende atingir, buscando a melhor forma de fazer isto e ser
percebido pelos clientes como tal é muito relevante em termos de concorrência e de
obtenção e de manutenção de fidelidade, caracterizada pela satisfação na compra, que
induz à recompra e divulgação por parte dos clientes.
O marketing de relacionamento, auxiliado pela informatização dos dados permite o
conhecimento do tipo de compra efetuada por cliente podendo gerar promoções
diferenciadas.
4.9. Preços
A fixação de preços por parte dos supermercados é influenciada pelos preços
praticados pelos concorrentes de qualquer porte. As técnicas mais freqüentes
empregadas pelos supermercados, identificadas em estudo são:
shopping de preços - pesquisa em lojas concorrentes dos preços praticados para
uma cesta de cerca de 400 produtos,duas a três vezes por semana;
discriminação espacial de preços, uma vez que as empresas são formadas por
cadeias de lojas distribuídas por uma região, estado ou mais, levando à uma
tendência de descentralização dos sistemas de precificação ou esquemas mistos,
nos quais a principal responsabilidade pela fixação de preços é dos gerentes de
loja ou encarregados de seções e ou departamentos;
“precificação psicológica” (R$ 2,99, R$ 0,88, R$ 59,95 etc...), que apesar da
inexistência acadêmica de efeitos comprovados é bastante usada.
Loss-leader pricing visa atrair clientes para a loja através de promoções; a venda
de produtos com preços abaixo do custo é compensada pelo lucro da venda de
outros itens do sortimento das lojas.
de recursos de controle da contribuição individual dos itens e seções de cada loja, para o
faturamento e para o lucro da empresa.
Outro item importante a considerar é o significativo percentual de perdas (furtos,
roubos, extravios, quebras, danos, etc.), que atingem em média 2% do valor das vendas
das empresas varejistas brasileiras indicando a importância das ações voltadas para sua
redução, que envolvem: política de procedimentos operacionais, de recursos humanos,
de vigilância e equipamentos de segurança, dentre outras.
Pesquisas baseadas em casos norte-americanos indicam que para recuperar uma
perda de 2% a 3% é necessário um volume adicional de vendas de 25%. Nos
supermercados os produtos em que se notam maiores perdas são: bebidas finas,
importados, bazar e perfumaria. As perdas por deterioração de produtos perecíveis
podem ser elevadas, chegando a alcançar o índice de 30% em algumas empresas. O
transporte de mercadorias é outra fonte de perdas.
4.10. Margens
No Brasil, estima-se que os supermercados mais eficientes trabalham com
margens da ordem de 2%, enquanto a margem média estaria entre 1% e 1,5%. O
acirramento da concorrência tem impactos diretos sobre a margem, dada uma certa
tendência de homogeneização dos preços. Nos EUA, a média nos supermercados é de
1%, enquanto que a da Wal Mart estaria em 3%.
Em termos mundiais, as maiores margens são conseguidas pela Inglaterra, onde
os supermercados investem fortemente em serviços e o mercado é altamente
concentrado.
Fontes
recursos próprios
fornecedores
mercado de capitais
leasing
4.14. Tendências
O consumidor brasileiro está passando por uma transformação quanto aos seus
hábitos de consumo e compra, exigindo cada vez mais, um nível na qualidade de serviço
elevado no varejo e na indústria. Entender as suas necessidades e expectativas tornou-
se uma questão de sobrevivência.
Com isso, a primeira e mais importante etapa do processo de gerenciamento de
supermercados é compreender a visão do consumidor da loja. É fundamental saber o
que ele pensa, o que espera, deseja e o que considera importante na compra. Com
essas informações em mãos, consegue-se definir de forma mais eficiente o mix de
produtos, a exposição, as melhores promoções e o preço ideal.
A Concentração de Empresas
Em 1997 o “supermercadismo” brasileiro amenizou a busca pela concentração do
setor, alcançando o seu pico em 2000 e inaugurando uma nova fase, o de
investimentos na aquisição (compra) de novos supermercados.
Assim, as grandes empresas supermercadistas vêm desde 1998 fazendo intensos
investimentos na aquisição de redes e ingressando em 2001 num processo de
reinvestimento nas empresas compradas, fazendo um ajuste interno indispensável
para que, a partir de 2002 pudessem alavancar o seu volume de vendas.
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Associativismo
A realidade atual exige do pequeno varejista, sem distinção, uma reflexão mais
profunda, um comportamento audaz, uma revisão séria sobre suas premissas,
valores, objetivos, missão e, acima de tudo, o reavivamento corporativo. O ritmo
das mudanças de mercado tornou-se tão rápido que a capacidade de mudar e de
aprender se tornou uma vantagem competitiva. Falta, portanto, ao pequeno
varejista capacidade e ação para medir seus próprios custos, identificar seu
desperdício, reconhecer seu pontos fracos e corrigir seus erros para aprimorar
seus acertos.
As grandes empresas já estão se transformando em mega empresas. As médias
empresas que não se prepararam para atender as exigências de competitividade
não resistem às sedutoras ofertas de compras e estão deixando de existir. Às
pequenas empresas resta um único caminho alternativo a sobrevivência: ou
agrupam-se na busca de escala comercial e racionalização de custos
operacionais ou vão ser esmagadas.
A partir desse cenário, nasce uma aliança estratégica de sobrevivência para o
pequeno varejista: o conceito de Associativismo. Esta prática, sob uma
coordenação profissional, passa a ter um papel estratégico no que diz respeito à
liderança de grupos de pequeno varejista, com inúmeras possibilidades de
soluções, novas técnicas de negociação, logística, acordos com fornecedores,
informática, ações de marketing, acesso ao capital competitivo e à terceirização
de serviços. Este conceito tem o potencial de ser o “filtro” e formador de consenso
e facilitador de projetos para seus filiados.
O processo de associativismo tem quatro quesitos básicos e obrigatórios à sua
sobrevivência e credibilidade: identidade (identificação padronizadas de seus
filiados), Unidade (linguagem única de seus filiados), Envolvimento e
Comprometimento (conscientização participativa dos filiados). Tende a ser um
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fenômeno que busca adesões não somente nos grandes pólos industriais e
comerciais do Brasil – onde há uma concorrência acirrada entre as grandes redes
de supermercados – como também em áreas no interior do país, onde apesar de
não existirem grandes redes pressionando os pequenos varejistas, a formação de
um grupo que faz sentido perante o relativo isolamento que cada empresa
pequena do ramo sofre.
Sendo assim, o associativismo é sem dúvida, uma tendência eficaz para os
pequenos supermercadistas, pois, oferece maior poder de barganha, negociação
e persuasão perante os fornecedores.
Atendimento
Muitos supermercadistas ainda não despertaram para a importância do
relacionamento e as possibilidades que esse instrumento oferece. Para trabalhar
adequadamente este aspecto são necessárias ações programadas, cujos
processos exigem uma comunicação eficiente. Mas nada é mais eficaz do que
uma boa abordagem direta ao consumidor.
O sucesso de uma abordagem depende de capacitação, engajamento e da
motivação da equipe. Por mais que o proprietário esteja presente, é o clima do
ambiente interno que vai dar ao consumidor a sensação de bom serviço e o
prazer em estar na loja. A motivação do quadro de pessoal faz com que os
funcionários sejam mais solícitos, prestativos, receptivos e transparecendo
alegria.
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1. ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Com a promulgação da Constituição em 05 de outubro de 1988, o Amapá é
elevado à categoria de Estado. No entanto, o processo de fragmentação do espaço já
era notória como estratégia de poder. Assim em 1987, criaram-se os municípios de
Santana, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes e Laranjal do Jarí. Com a promulgação da
Constituição Estadual em 1991, através de plebiscito criou-se os seguintes municípios:
Amapari, Serra do Navio, Cutias do Araguari, Porto Grande, Itaubal do Piriri e Pracuúba.
E por fim em 1995 foi criado o último Município chamado de Vitória do Jarí, definido a
atual configuração do espaço territorial Amapaense.
Especificamente com relação aos Municípios de Laranjal do Jarí e Vitória do Jarí,
ambos surgiram em função do Complexo Industrial Jarí Celulose, o qual se encontra
implantado no Estado do Pará, mas precisamente no inicio dos anos 1970. A área
ocupada hoje pelas Cidades, que ficam a margem esquerda do Rio Jarí, foi povoada por
uma intensa corrente migratória, que ali se alojou de forma desordenada na busca de
melhores condições de vida, surgindo uma cidade construída espontaneamente.
Diferentemente do que ocorreu com o lado paraense, que possui a cidade de Monte
Dourado, uma cidade planejada.
2. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
2.1. LARANJAL DO JARI
O município de Laranjal do Jari sofreu um forte processo de migração, durante as
décadas de 1970 e 1980 em que a população aumentou consideravelmente. Este é o
terceiro município em número de habitantes do estado, ficando atrás de Santana e da
capital Macapá. Atualmente, a cidade conta com um número de habitantes de 37.491, de
acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, sendo a terceira maior cidade do Estado.
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Com relação ao tamanho dos empreendimentos, existe uma grande variação, mas
podemos afirmar que os estabelecimentos visitados possuem áreas de vendas variando
entre 40 m² e 300 m². Um pequeno número possui área para depósito, sendo que os
demais guardam seus produtos para venda nas próprias gôndolas.
b) Horário de Funcionamento:
Os donos de mercantis possuem uma jornada grande de trabalho, praticamente
inexistindo folgas, mesmo nos feriados e fins de semana.
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d) Automação Comercial:
Trata-se da adoção de modernos instrumentos de tecnologia da informação que
possibilitam o aumento da competitividade das MPE. A automação comercial tem como
objetivos:
Aumentar a velocidade no atendimento a clientes na empresa;
Reduzir possibilidade de erros nas vendas;
Aumentar, de forma significativa, o fluxo de clientes por check-out;
Ampliar o número de consumidores mais satisfeitos e confiantes em seu negócio;
Proporcionar menor desgaste dos funcionários.
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a) Enquadramento Fiscal;
b) Endividamento oficial;
c) Formas de Recebimento;
d) Inadimplência
a) Enquadramento Fiscal:
O sistema tributário brasileiro estabelece 4 (quatro) modalidades diferentes de
apuração e recolhimento dos principais tributos federais:
Simples
Lucro Arbitrário
Lucro Real
Lucro Presumido
Na pesquisa as empresas visitadas são MICRO e PEQUENAS EMPRESAS e sua
situação fiscal é apresentada abaixo:
b) Endividamento Oficial:
Esta questão foi levantada para verificar se os empreendedores possuíam dívidas
referentes a impostos ou encargos sociais.
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c) Formas de Recebimento:
Esse item se refere as facilidades criadas para atender os clientes. Também mostra
a flexibilidade do empreendedor e sua percepção do mercado.
Este item mostra que os comerciantes estão aderindo ao uso de cartões, como
forma segura de recebimento e guarda de numerário. Entretanto, a venda informal, com
registro em pequenos cadernos, ainda impera na grande maioria dos estabelecimentos
visitados.
d) Inadimplência
A inadimplência mostra a fragilidade da relação entre empresa e seus clientes. Ela
pode ocorrer de forma sazonal ou por falta de critérios da empresa em selecionar crédito
para seus clientes. No caso, percebemos que os dois fatos ocorrem no Vale do Jarí, pois
os Municípios vivem um momento de crise financeira e as Empresas não fazem nenhum
tipo de seleção de seus clientes, sendo os créditos ofertados através de simples análises
documentais ou apenas por indicação de outros clientes.
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a) Principais fornecedores
b) Prazo médio de entrega
c) Prazo médio de pagamento
d) Serviços Extras
e) Conhecimento e envolvimento com o SEBRAE
a) Principais Fornecedores
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Armazém Timbiras
J. Letícia
Armazém Fortaleza
Armazém São Paulo
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d) Serviços Extras:
Em função da concorrência e da exigência cada vez maior por parte dos
consumidores, os mercantis devem constantemente desenvolver novas estratégias para
agradar seu público.
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Que os consumidores tornam-se a cada dia mais exigentes, não dá para negar.
Hoje, eles estão ainda mais preocupados com o quê e onde comprar. O preço, quase
sempre decisivo na hora das compras, perdeu um pouco de seu peso, principalmente
para a classe média alta que vive nas grandes cidades do país. A qualidade de vida é que
passou a ditar o melhor lugar para comprar. Afinal, para fugir de congestionamentos, filas,
horas perdidas à procura de uma vaga para estacionar, os consumidores buscam, antes
de qualquer outra coisa, a conveniência. Prezam a localização das lojas e dos mercados,
e dão preferência aos pontos-de-venda que se localizam a poucos passos de casa ou do
trabalho.
O novo comportamento fez com que um estilo de comércio bastante comum no
passado ressurgisse com novo ímpeto. O renascimento do chamado mercado de
vizinhança, que reúne estabelecimentos que costumam suprir as necessidades diárias
dos consumidores localizados num raio de 600 metros a 1 quilômetro, abriu novas
oportunidades de negócios para empreendedores de todos os portes.
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A pergunta é: nesta disputa entre Davi e Golias, quem sai ganhando? Os pequenos
empreendedores, que conseguem identificar e atender a clientela de acordo com suas
necessidades ou as grandes redes que têm maior poder de compra, inteligência executiva
e know-how? A resposta é unânime entre os especialistas: as lojas de vizinhança, sejam
de grandes redes ou de empresas de pequeno porte, estão no caminho certo. Uma
pesquisa feita pelo instituto americano Wirthlin Worldwide, especializado em marketing,
concluiu que os consumidores das grandes cidades estão sentindo falta do atendimento
que as pequenas lojas costumam oferecer, porque as grandes redes, em geral, lançam
mão de um atendimento pasteurizado.
As lojas de vizinhança, por sua vez, perceberam que tinham uma arma poderosa
contra as grandes redes, que é o conhecimento de hábitos de cada consumidor. Por isso,
podem oferecer mais facilmente um atendimento personalizado, detectar a cultura local e,
assim, conseguem suprir suas lojas com produtos e serviços mais adequados ao seu
público. Uma boa parte dos minimercados de bairros, por exemplo, entrega as compras
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2. OPORTUNIDADE
Para surpreender o cliente, Hannud, do Emporium São Paulo, por exemplo, conta
que adquiriu 32 computadores de mão, que estão espalhados pelas quatro lojas da rede,
para otimizar o atendimento. Fruto de um investimento de 50.000 reais, ele criou uma
nova forma de fazer compras. Assim, no lugar dos tradicionais carrinhos oferecidos pelos
supermercados de todos os portes, no Emporium São Paulo os consumidores podem
passear pelas lojas com os pequenos computadores e adquirir o produto que desejam
com um simples toque no código de barras do mesmo com o aparelho. Ao passar pelo
caixa, a clientela pode solicitar que a mercadoria seja entregue em casa, na hora e no dia
em que o cliente desejar. Hannud afirma que só pensou em investir em computadores de
mão para facilitar a compra em razão de suas lojas estarem em bairros de classe A e B.
"Conseguimos aumentar a freqüência do público jovem e isso foi muito positivo."
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4. O EMPRESÁRIO PROFISSIONAL
O empresário de Mini-mercados deve buscar:
a) Deve ser antes de tudo estratégico. Delegar e cobrar responsabilidades no campo
operacional é o melhor caminho. Não deixe o estratégico de lado, pois as
atividades operacionais “engolem” o dia-a-dia do empresário.
b) Deve estar preparado para enfrentar desafios e muitos sacrifícios e disposto a
correr riscos;
c) Deve gostar de relacionar-se com pessoas, principalmente respeitá-las e entende-
las;
d) Total dedicação dos empresários/sócios, que devem ter absoluta afinidade com o
negócio.
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5. GESTÃO DO NEGÓCIO
O que é necessário:
Manter uma estrutura administrativa e operacional adequada;
Dominar as tecnologias de gestão operacional;
Investir em informática, automatização e logística;
Definir um planejamento para médio prazo, estabelecendo as metas a serem
perseguidas e promovendo as ações necessárias para sustentar o crescimento
e a solidez do negócio;
Atentar para as mudanças de hábitos de consumo do brasileiro
Buscar informações estratégicas com relação à concorrência, à localidade
onde funciona o mini-mercado e do seu público consumidor;
Pesquisar permanentemente o nível de satisfação dos clientes. Isso pode ser
realizado da forma mais simples possível! No caixa por exemplo pode
implementar perguntas simples como: O Sr.(a) encontrou o que procurava?
Foi bem atendido? Gostou de nossa loja? Teve alguma dificuldade?
Acompanhamento contínuo das tendências do mercado, interpretando quais
as implicações imediatas no seu negócio. É simples leia as revistas
especializadas, visite seus concorrentes, Encontre um tempo para sair do seu
negócio e enxergar o mercado;
Promover divulgação/propaganda/publicidade/promoções;
Participar dos eventos promovidos no setor;
Fazer campanhas sociais/educativas/ecológicas/recreativas junto à
comunidade local;
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Entretanto, acreditamos que este fator possa ser resolvido a partir da aplicação de
controles mais precisos e eficientes, que ajudarão o Empresário no diagnóstico e análise
de sua situação, culminando com resultados mais positivos.
Este caminho não é tão fácil! Um dos fatores que dificultam esta escalada ao
sucesso reside, na maioria das vezes, na grande experiência de grande número dos
Empresários deste segmento. O raciocínio é fácil: quanto mais experiência, menos
suscetíveis a mudança. Assim, trata-se de mudança de comportamento, que requer
tempo e paciência.
Por outro lado, trata-se de um negócio que tem perspectiva de gerar bons ganhos
para quem atuar de forma profissional no mercado e até mesmo para empresários que
pretendem ingressar nesse mercado. As circunstâncias exigem elevado grau de
persistência, comprometimento, percepção do mercado e principalmente muita
criatividade.
A concorrência existe e não deve ser considerada pelo atual e/ou futuro
empresário como obstáculo ao negócio, e sim como elemento essencial na busca de
melhoria contínua.
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