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Dr Sergio Scheer
Pro-Reitor Pesquisa Pos-Graduacao UFPR
E-mail: scheer@ufpr.br
Dr Alexandre Biz
Professor pós-graduação UFPR
biz@ufpr.br
RESUMO: Com a evolução das ferramentas de projeto, desde a era pré-papel, passando pela
prancheta, CAD até os sistemas BIM, questiona-se se estes novos conceitos estão sendo
absorvidos pelos profissionais de projeto. Diante desta realidade desenvolveu-se uma dinâmica a
ser utilizada em sala de aula que permite a interação dos alunos com o processo de transição das
ferramentas. A dinâmica foi desenvolvida com base na pesquisa bibliográfica sobre ferramentas
de projeto e avaliada com base em questionários feitos com os alunos no dia da apresentação. A
validação ocorreu em duas oportunidades com alunos de graduação e pós-graduação da UFPR.
Os resultados no ensino de conceitos de ferramentas de desenvolvimento de projeto permitem
considerar que a mesma facilita a fixação do aprendizado. Este artigo relata a dinâmica, de seus
resultados e discussões gerados na aplicação.
ABSTRACT: Project tools evolution is discussed, since the pre-paper era until CADs and BIM.
One may wonder if these concepts are being absorbed by professionals. Facing this reality, it was
decided to develop a classroom activity to allow students to get in touch with the evolution of such
project methods. The activity here is named: “Design: from paper to BIM”. This activity was created
based on bibliographical research on such design methods and evaluated by two surveys that the
students answered on the day they took part in the activity. The activity was validated in two
groups of UFPR students (one of undergrads and one of grad school students). The results
showed that the activity helped students to learn and remember the concepts. This paper
describes the activity and its results.
EIXO: Projeto
Introdução
Diante desta constatação surge a proposta de desenvolver uma dinâmica lúdica para apresentar
conceitos de técnicas de projeto a alunos de graduação e pós-graduação.
Ferramentas de Projeto
Azuma et al. (2007) afirma que a evolução do projeto em papel para digital trouxe melhorias para
o processo de correção de projetos e trouxe mais flexibilidade para o desenvolvimento dos
mesmos. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) também permitem projetos mais
complexos em termos de geometria, documentação, dados digitais e controle dos processos de
projeto e produção, e pesquisas na área de afirmam que TIC’s tem influência positiva sobre o
projeto (PENTTILLÄ, 2006; AYRES, 2007).
A evolução das ferramentas de projeto são descritas nos tópicos seguintes baseadas em revisão
de literatura específica da área. Estas informações localizam no tempo as ferramentas e práticas
mais utilizadas e servem de base para discussão sobre a relação entre a importância da técnica
do projetista e da capacidade tecnológica das ferramentas.
Na era medieval não existia a figura do arquiteto ou designer. Existia somente o construtor ou o
artesão, e o mesmo era o que fazia tanto o trabalho de projeto quanto da construção ou
fabricação em si. (KOLAREVIC, 2003).
Na área da construção, todo o projeto poderia ser representado diretamente no solo do local da
construção, usando um esquadro em L, um nível e um barbante. (STRIKER; KUNINHOLM apud
OUSTERHOUT, 1999) Segundo Ousterhout (1999), o esquadro provavelmente não era usado
para conferir ângulos do “projeto”, e sim para conferir os ângulos das pedras que os compunham.
Um dos motivos para isso era o fato de não existir papel. O próprio pergaminho era utilizado para
livros e textos religiosos. Outras vezes desenhos arquitetônicos eram representados pedras e
tijolos.
3
Outra questão que dificultava o design na idade média era o fato de que as representações
perspectivas e ortográficas não surgiram antes da renascença, ou seja, os construtores não
dispunham destas ferramentas. Estes trabalhavam utilizando muito poucos desenhos e modelos
para comunicar as suas idéias. (KOLAREVIC, 2003).
Antes da era CAD, projetistas desenvolviam seus projetos utilizando réguas, compassos, curvas
francesas, canetas presas à linhas e até modelos de argila e outros tipos de maquetes.
(PENTILLA, 2006)
Segundo KOLAREVIC (2003), antes da era CAD, projetos complexos como o museu Guggenheim
Bilbao seriam proibitivamente lentos, caros e trabalhosos para serem executados através de
desenhos à mão.
Lawson (2002) afirma que mesmo depois da era CAD, desenhos à mão podem até não serem
mais usados para comunicar os resultados aos clientes, engenheiros e construtores, mas é um
passo central para o desenvolvimento de idéias. O autor ainda afirma que a falta de habilidade
com desenho do projetista torna-se um fator limitante quando se trata de desenhos à mão.
1.3. CAD 2D
Segundo Pentilla (2006), na década de 80, o CAD começa a aparecer mais na prática do Design.
Finalmente ele firma sua posição como a principal ferramenta no design na década de 90. O
conceito mais popularizado para CAD é o de desenho digital 2D. AYRES (2007) define os
sistemas CAD 2D como uma “prancheta eletrônica”, onde o usuário apenas edita as formas
geométrica primitivas como linhas e curvas.
1.4. CAD 3D
Pouco tempo depois do surgimento do CAD 2D, surge também o CAD 3D, apesar de ser um
aspecto importante, muitos usuários o denominavam 2,5D, visto que a terceira dimensão consistia
de um espessamento da segunda dimensão (desenho 2D + altura). (PENTILLA, 2006)
Esses sistemas 3D podem ser definidos como uma maquete eletrônica, visto que o projetista edita
sólidos geométricos como paralelepípedos, esferas, cascas, cilindros sem se preocupar com os
materiais. (AYRES, 2007)
4
1.5. Modelagem paramétrica – BIM (Building information modeling)
Segundo Eastman et. al. (2008), um sistema BIM é aquele que permite a construção de um
modelo digital de uma edificação. Sendo que este modelo, quando completo, contém a geometria
precisa e informação relevante para a construção do edifício (como materiais, preços, instruções
de montagem e etc.). Outra característica importante dos sistemas BIM é que estes procuram
abranger todo o ciclo de vida da edificação (desde projeto e construção até manutenção e
demolição).
Esta característica permite aos sistemas BIM identificar os objetos e atribuir-lhes informações é
chamada de modelagem paramétrica. De acordo com Lee et. al. (2006), estas características
podem ser definidas como BOB (do inglês building object behaviour). São estas características
que definem o comportamento e montagem dos objetos.
Metodologia
O segundo estágio é a fase do desenho em papel. Com estas ferramentas o projetista podia
representar de forma planificada suas idéias. Aqui os profissionais já começam a possuir
formação profissional.
A dinâmica começa com a divisão dos alunos em cinco equipes e instruídos sobre sua tarefa com
a sugestão para elaborar um projeto de um produto utilizado apenas os materiais fornecidos, não
podendo ser utilizados nenhum material além dos sugeridos, incluindo papéis, canetas, cadernos
e etc.
Sugere-se que seja adotado um produto simples e de fácil compreensão para todo o grupo. Neste
caso os grupos estudados tiveram que projetar uma casinha de cachorro com as seguintes
características:
CASINHA DE CACHORRO
Deve possuir paredes e telhado
Deve apresentar ao menos uma porta
Deve apresentar ao menos duas
janelas
Deve possuir uma cama
Deve possuir duas tigelas para
alimentação
FIGURA 1 – Produto utilizado na dinâmica
Os grupos recebem 15 minutos para desenvolver seu projeto conforme orientados, com um
adicional de mudança no projeto no meio do tempo concedido. Neste caso, é solicitada a redução
de duas janelas para apenas uma e concedidos 5 minutos a mais devido à alteração.
Após este período os alunos devem responder em 5 minutos um questionário 1 (explicar o que
contem neste instrumento). Em seguida, as equipes devem apresentar seus projetos para o
restante da turma. Parte-se para responder o questionário 2 que contem……,
A finalização busca abrir um espaço para discussão e apresentação expositiva do tema. Neste
momento os alunos relatam as experiências verbalmente aos professores e colegas.
Os materiais utilizados por cada equipe são descritos e as justificativas sobre escolha destes
materiais são apresentadas. Espera-se que as equipes passem por dificuldades e facilidades
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proporcionadas por cada ferramenta de projeto durante a simulação com os materiais
apresentados, entretanto, as equipes não são orientadas sobre como usar cada material,
permitindo assim que as mesmas desenvolvam naturalmente práticas para o uso de cada
ferramenta.
Equipe 1 - Para representar a tecnologia da era pré-papel, os alunos receberam apenas uma
lousa ou quadro branco, giz ou canetas específicas para o quadro, um apagador e um barbante.
Estes materiais se assemelham ao método primitivo pelo fato de serem uma representação única
do modelo, não podendo existir várias folhas e detalhamentos diferentes. Outra semelhança é a
fragilidade do material. Como uma chuva mais forte poderia estragar o desenho e linhas feitos no
solo pelo projetista, um esbarrão de uma mão no quadro ou lousa pode apagar o desenho.
Equipe 2 - Para representar as ferramentas da era da prancheta e papel, foram fornecidas aos
alunos algumas folhas de papel tamanho A3, régua, esquadro compasso e lápis de cor. Isto se
assemelha de forma muito próxima ao método de design estudado. A utilização de lápis de cor foi
feita para que seja demonstrada a dificuldade de alteração dos desenhos da era pré-CAD, quando
um erro ou uma mudança fazia necessário redesenhar o projeto inteiro.
Equipe 3 - Para representar a era CAD 2D os alunos utilizaram um programa simples de desenho,
como MS Paint ou SketchUP, dependendo da experiência que estes já tinham com o sistema
adotado. As dificuldades foram bastante semelhantes às que se encontram no desenho CAD real.
Equipe 4 - Para simular a modelagem 3D, os alunos utilizaram massa de modelar. Dessa forma
apenas transfere-se o trabalho que primeiramente seria feito no computador para um trabalho
manual. Além da massa de modelar, foram também fornecidos instrumentos para cortar, amassar
e realizar acabamentos no material.
Equipe 5 - Para representar os sistemas BIM foram usadas peças plásticas (do tipo “Lego”). As
peças foram entregues aos alunos divididas por cor e por tipo nas seguintes categorias: Telhado,
parede, portas, janelas, e uma última categoria definida “outras”, que os alunos podiam atribuir
uma nova categoria para aquele tipo de peça (como móveis ou vegetação). Os alunos receberam
a instrução de que não poderiam utilizar uma peça para a função que não a prevista. Assim como
num sistema paramétrico, os alunos trabalharam com objetos carregados com informação e
comportamento, sofrendo as limitações impostas pelos mesmos.
A dinâmica foi validada primeiramente aos alunos do mestrado e as falhas corrigidas para a
apresentação para os alunos da graduação:
7
Os alunos da equipe 1 “métodos primitivos – lousa” utilizaram a segunda caneta para traçar linhas
retas, logo na turma da graduação foi fornecida apenas uma caneta.
A equipe 5 “BIM – peças plásticas” teve dificuldades quanto ao tamanho das peças como portas e
janelas e a quantidade de tijolinhos plásticos, logo foram fornecidas portas e janelas menores na
graduação.
Quando a dinâmica foi apresentada na turma da graduação, as correções adotadas surtiram efeito
positivo para o desenvolvimento da atividade, entretanto surgiu uma nova falha:
A equipe 2 “métodos tradicionais – lápis e papel” usou cortes e dobras para montar o produto, o
que mostra que não houve clareza ao definir que deveriam utilizar o material somente para
desenho.
Resultados Obtidos
De acordo com os questionários respondidos pelos alunos foram obtidos dados com relação às
dificuldades e facilidades encontradas por eles durante o projeto. São apresentados os principais
pontos abordados nas discussões e respostas dos alunos, e os dados resumidos são
apresentados na tabela no apêndice do artigo.
(c)
(d)
Turma da Pós-Graduação
Turma da Graduação
Os alunos relataram que a facilidade e praticidade quanto ao uso das ferramentas permitiu maior
liberdade para desenvolvimento do projeto, entretanto, foram influenciadoras diretas na qualidade
final já que exigia habilidade manual.
1.10. Essa falta de habilidade, na opinião dos alunos, poderia ser suprida com o uso de
sistemas computacionais. Equipe 2 – Ferramentas Tradicionais / Lápis e Papel
9
(a)
(b)
(c)
(d)
a) Turma da Pós-Graduação
Os alunos não relataram nenhuma dificuldade no método. Como vantagens relataram a Facilidade
de expressão. Isto se relaciona com o que foi defendido por LAWSON (2002), acerca de que as
ferramentas lápis e papel são ideais para o processo criativo.
Turma da Graduação
Houve uma discussão inicial entre os membros da equipe para escolher como desenvolver o
projeto usando o material oferecido. Assim, preferiram usar cortes e dobras ao invés do desenho.
Sendo assim, encontraram dificuldades quanto à falta de material, pois não possuíam nenhum
material adesivo, comprometendo assim, na opinião dos membros, a qualidade final do projeto.
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1.11. Equipe 3 – Ferramentas CAD/ Computador Paint
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4 - (a) Equipe 3 da pós-graduação trabalhando (b) Resultado da equipe 3 da pós-graduação (c)
Equipe 3 da graduação trabalhando (d) Resultado da equipe 3 da graduação
a) Turma da Pós-Graduação
Como vantagens relataram a praticidade de poder refazer e alterar sem comprometer o resultado
final e a possibilidade de se fazer uma representação gráfica para o cliente usando uma
apresentação simples. O fato de poder fazer alterações com facilidade foi uma das grandes
vantagens trazidas pelo uso do computador como ferramenta de projeto, logo se pode perceber
que esta possibilidade relatada pelos alunos se assemelha com a realidade de projetos.
Turma da Graduação
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Os alunos destacaram que neste método a qualidade final do projeto sofre influencia significativa
da qualidade do equipamento utilizado. No caso, houveram dificuldades no manuseio do mouse
do computador. Entretanto, como avaliação final, a ferramenta foi considerada eficiente por
permitir diversas funcionalidades de desenho e facilidades de alteração de projeto.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5- (a) Equipe 4 da pós-graduação trabalhando (b) Resultado da equipe 4 da pós-graduação (c)
Equipe 4 da graduação trabalhando (d) Resultado da equipe 4 da graduação
a) Turma da Pós-Graduação
Turma da Graduação
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Os alunos sentiram dificuldades para iniciar o trabalho, ou seja, definir as formas iniciais do
produto. Destacaram a facilidade de manuseio e visualização oferecidos pelo método, que reflete
diretamente na qualidade do produto final.
(b)
(a)
(c) (d)
Figura 6 - (a) Equipe 5 da pós-graduação trabalhando (b) Resultado da equipe 5 da pós-graduação (c)
Equipe 5 da graduação trabalhando (d) Resultado da equipe 5 da graduação
a) Turma da Pós-Graduação
Análise da Dinâmica
O segundo questionário respondido pelos alunos continha um item para que relacionar as
ferramentas usadas na dinâmica e as ferramentas de projeto que aquelas buscavam representar.
Tente fazer um paralelo entre as ferramentas usadas pela sua turma (primeira coluna) e as
ferramentas tradicionais de design/arquitetura/engenharia (segunda coluna):
1 – Quadro branco e canetas ( ) CAD 3D (Sketch up, AutoCAD, Microstation)
2 – Desenho em papel ( ) Desenho Técnico
3 – Paint no computador ( ) Ferramentas usadas antes da invenção do papel
4 – Massa de modelar ( ) CAD 2D (Sketch up, AutoCAD, Microstation)
5 – Peças plásticas de montar ( ) Sistemas de modelagem de informações de n Dimensões
(Revit, Archicad)
Figura 7-Questão de validação
Houve entre esses alunos erros relevantes quanto a relacionar a massa de modelar, onde 38%
dos alunos entenderam como representação do método primitivo. Este erro pode estar ligado ao
fato de uma interpretação da massa de modelar como o método construtivo primitivo, com casas
construídas com misturas de água e terra, areia, argila e demais materiais similares.
As peças plásticas foram relacionadas erroneamente com o CAD 3D por 31% dos alunos da pós-
graduação. Este resultado pode evidenciar que estes alunos não compreenderam a principal
característica das ferramentas de modelagem, que é a integração de informações construtivas ao
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modelo final, representada na dinâmica no fato de cada peça plástica possuir utilidades pré-
definidas.
Houve acertos da maioria quanto as relações entre o desenho em papel e o método tradicional, o
paint no computador e o CAD 2D e as peças plásticas e os sistemas de modelagem de
informações, todas apresentando índices maiores que 50% de acertos.
A interpretação do quadro branco e canetas foi diferente para vários alunos, resultando em
respostas semelhantes quanto à representação do método primitivo (resposta correta), CAD 2D e
método tradicional, sendo este último o item com maior número de resultados, 38% das respostas.
Do mesmo modo que ocorreu na turma de pós-graduação, muitos interpretaram o uso de massa
de modelar como o método primitivo, apresentando neste caso um erro maior, alcançando 69%
dos alunos. Este fato causou desentendimentos quanto à representação da modelagem 3D, que
alcançou altos índices de erro, com 44% para uso de paint no computador, 25% para desenho em
papel e 19% para peças plásticas de montar.
Cabe lembrar que a equipe que utilizou as ferramentas para desenho em papel utilizou corte e
dobra. Entretanto, durante a apresentação do seu projeto, este desentendimento foi discutido, o
que auxiliou a compreensão dos demais alunos sobre esta ferramenta, comprovada nos acertos
relativos a este item.
Figura 8– pós-graduação
15
Figura 9– graduação
Conclusões
A dinâmica se mostrou um método bastante efetivo para trazer para sala de aula discussões
quanto à adoção de novas tecnologias para desenvolvimento de projetos. Mesmo de modo lúdico,
as discussões geradas refletiam bastante as expectativas destes alunos, futuros profissionais,
quanto ao mercado de trabalho.
Foi discutida como a evolução tecnológica concede melhor suporte para o desenvolvimento de
projetos e para a apresentação do produto final aos clientes. Formatos mais claros e com melhor
qualidade, como modelos tridimensionais, explicitam que a atividade projetual em papel está
perdendo espaço no mercado.
Na mesma temática, foi discutido que para o uso de novas tecnologias é necessário um processo
de atualização tecnológica dos escritórios de projeto, já que para tanto são exigidos equipamentos
de maior desempenho e profissionais especializados. Portanto, pode não ser acessível para
pequenas empresas.
Por fim, foi discutida a questão das competências profissionais, colocando em opostos a técnica
construtiva e projetual, e a habilidade de uso das novas ferramentas. Nesse contexto, o
conhecimento técnico pode não ser bem utilizado caso o projetista não consiga expressá-lo
usando as novas tecnologias. Da mesma forma, o domínio das ferramentas não garante um
projeto com qualidade. Os profissionais devem então desenvolver competências nos dois campos
para poder participar do mercado competitivo.
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Quanto à análise dos conhecimentos absorvidos pelos alunos, os resultados da turma da
graduação não foram satisfatórios como os apresentados pela turma de pós-graduação.
Entretanto, este resultado não está ligado ao nível de escolaridade de turma, e sim ao fato da
turma de pós-graduação possuir vários engenheiros e arquitetos e a turma de graduação, apesar
de inseridos em uma temática de desenvolvimento de projetos, pertencerem a uma diferente área,
a de Gestão da Informação, sem contato direto com as ferramentas de projeto apresentadas.
Este fato, junto aos erros quanto ao uso das ferramentas da dinâmica, mostram que esta deve ser
apresentada de forma mais clara e com atenção para que todos entendam suas instruções
iniciais. Entretanto, quando observado o contexto geral, a dinâmica se mostrou eficiente para a
construção do conhecimento sobre a evolução das ferramentas de projeto.
Bibliografia
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arquitetônico. Brasil - Curitiba, PR. 2007. 6 p. Workshop brasileiro de gestão do processo de projetos na
construção de edifícios, 7., 2007, Curitiba, PR
AZUMA, F.; MACHADO, C. B. Z.; FREITAS, M.C. D.; SCHEER, S.; SCHMID, A. L. Inovação tecnológica:
técnicas e ferramentas aplicadas ao projeto de edificações. Revista Produção Online, v. 07, p. 01, 2007.
EASTMAN, C, TEICHOLZ, P., SACKS, R. and LISTON, K. (2008). BIM Handbook: A Guide to Building
Information Modeling for Owners, Managers, Designers, Engineers, and Contractors. John Wiley
KOLAREVIC, B. - Architecture in the digital age: design and manufacturing - EDITORA Spon Press –
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LEE, G.; SACKS R.; EASTMAN C.M.; Specifying parametric building object behavior (BOB) for a
building information modeling system - Automation in Construction Volume 15, Issue 6, November 2006,
Pages 758-776 Knowledge Enabled Information System Applications in Construction. - 2006
LAWSON, BRYAN - CAD and Creativity Does the Computer Really Help – Creativity and Cognition –
2002.
OUSTERHOUT, R. - Master builders of Byzantium – Princeton University Press; illustrated edition edition
(December 28, 1999)
Apêndice
Muito Muito
Questões Equipes Fácil Difícil
fácil Difícil
1 100%
2 100%
Facilidade de visualizar o modelo 3 100%
4 33% 33% 33%
5 34% 66%
1 50% 50%
2 100%
Facilidade de trabalhar com a
3 100%
ferramenta
ós-Graduação
4 34% 66%
5 34% 66%
1 100%
2 100%
Facilidade de executar mudanças 3 50% 50%
4 66% 34%
5 34% 66%
Muito
Questões Equipes Boa Regular Ruim
boa
1 50% 50%
2 100%
Qualidade gráfica final 3 50% 50%
4 66% 34%
5 66% 34%
Muito Muito
Questões Equipes Fácil Difícil
fácil Difícil
1 100%
2 100%
Facilidade de visualizar o modelo 3 66% 34%
4 34% 66%
5 34% 66%
1 50% 50%
2 100%
Facilidade de trabalhar com a
3 100%
ferramenta
4 34% 66%
Graduação
5 66% 34%
1 100%
2 50% 50%
Facilidade de executar mudanças 3 100%
4 34% 66%
5 34% 66%
Muito
Questões Equipes Boa Regular Ruim
boa
1 50% 50%
2 25% 75%
Qualidade gráfica final 3 66% 34%
4 66% 34%
5 66% 34%