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FACULDADE SEAMA

BIANCA OLIVEIRA BITTENCOURT


CAROLINE DE SOUZA VIEIRA
CLÍCIA HELENA PIRES DA COSTA DO NASCIMENTO
DANIELLE SILVA DOS SANTOS
MIRLAINE KELLY DE LIMA NUNES
PEDRO HENRIQUE FERNANDES
RYAN PATRICK GRAÇA BARBOSA
THIAGO MORAES FERREIRA

O ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA DE PESQUISA

MACAPÁ
2011
BIANCA OLIVEIRA BITTENCOURT
CAROLINE DE SOUZA VIEIRA
CLÍCIA HELENA PIRES DA COSTA DO NASCIMENTO
DANIELLE SILVA DOS SANTOS
MIRLAINE KELLY DE LIMA NUNES
PEDRO HENRIQUE FERNANDES
RYAN PATRICK GRAÇA BARBOSA
THIAGO MORAES FERREIRA

O ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Trabalho apresentado como requisito avaliativo


da nota parcial de G1, referente à disciplina de
Metodologia Científica do curso de bacharelado
em Direito da Faculdade Seama, ministrado
pela Profª Alzira Nogueira.

MACAPÁ
2011
SUMÁRIO
4

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo explanar sobre o método “O estudo de caso”,
cujo é uma das várias estratégias de realizar uma pesquisa sólida. Outros modos
incluem experiências vividas, históricas, e a análise de informação de arquivo.

O estudo de caso constitui uma estratégia de pesquisa utilizada nas Ciências


Sociais com bastante regularidade. Cada estratégia possui vantagens e
desvantagens que dependem de três condições: 1) o tipo de questão da pesquisa;
2) o controle que o investigador tem sobre eventos comportamentais atuais, e 3) o
enfoque em acontecimentos contemporâneos ao invés de fenômenos históricos.

Em geral, estudos de casos se constituem na estratégia preferida quando o


"como" e/ou o "por que" são as perguntas centrais, tendo o investigador um pequeno
controle sobre os eventos, e quando o enfoque está em um fenômeno
contemporâneo dentro de algum contexto de vida real.

Estudos de casos podem ser classificados de várias maneiras: explicativos,


cognitivos e expositivos. Para melhor compreender o método, ele foi divido em seis
tópicos principais, o qual irá conter várias recomendações e dicas para preparar uma
boa pesquisa, todas fundamentadas no livro de Robert K. Yin e apoiadas com outras
referências.
5

1 ENTENDENDO O ESTUDO DE CASO

Nas ciências sociais existem várias estratégias para fazer pesquisa, como por
exemplo, os experimentos, levantamentos, pesquisas históricas, análise de arquivos
e o estudo de caso.

Pode-se utilizar o estudo de caso em diversas situações, contribuindo com o


conhecimento dos fenômenos individuais ou de grupos, sociais, políticos, além de
outros fenômenos, pois o estudo de caso permite preservar as características
holísticas e significativas dos conhecimentos da realidade.

Embora, alguns cientistas sociais acreditam que essa estratégia de pesquisa


é apenas para fase exploratória de uma investigação, os estudos de caso, assim
como as outras estratégias, podem ser, exploratórios, descritivos ou explanatórios.
Agora, você deve se perguntar: então, o que diferencia os estudos de caso das
demais estratégias de pesquisa?

Existem três condições para que se possa fazer essa diferenciação:

• Quanto ao tipo de questão da pesquisa:

Que trata das questões que a pesquisa irá abordar (“quem”, “o que”, “onde”,
“como” e “por que”). Por exemplo, se a questão é do tipo “quem” ou “onde” (ou seus
derivados – “quantos” e “quanto”) favorecem estratégias de levantamento de dados
ou análise de arquivos, tendo como objetivo da pesquisa descrever a incidência ou a
predominância de um fenômeno, ou quando ele for previsível sobre certos
resultados.

Entretanto, as questões “como” e “por que” podem ser usadas no estudo de


caso, nas pesquisas históricas ou nos experimentos.

• Quanto à abrangência do controle sobre eventos comportamentais:

Como mostrado na condição anterior, questões dos tipos “como” e “por que”
nos levam a três estratégias, pesquisas históricas, estudo de caso e experimento.
Nessa situação o estudo de caso vai ser utilizado quando se examinam
6

acontecimentos atuais, mas não se podem manipular comportamentos relevantes,


ou seja, não tem controle sobre os eventos comportamentais.

• Quanto ao grau de enfoque em acontecimentos contemporâneos em


oposição a acontecimentos históricos:

O estudo de caso, diferente da pesquisa histórica, focaliza em


acontecimentos contemporâneos, mas podendo lidar com técnicas utilizadas na
pesquisa histórica, tais como, documentos e artefatos, porém com dois diferenciais,
a observação dos acontecimentos estudados e as entrevistas das pessoas
envolvidas.

Portanto, quando se abordam questões do tipo “como” e “por que”, quando o


pesquisador não tem tanto controle sobre os acontecimentos e quando o foco é em
fenômenos atuais dentro de contexto da realidade, o estudo de caso é a melhor
estratégia a ser utilizada.

De acordo com Yin (2005, p. 32), o estudo de caso é um estudo empírico que
investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as
fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são
utilizadas várias fontes de evidência.

A necessidade de utilizar a estratégia de pesquisa “Estudo de Caso” vem da


vontade de entender um fenômeno social complexo.

O estudo de caso abrange a lógica de planejamento, as técnicas de coleta de


dados e as abordagens de análise dos dados, ou seja, é uma estratégia de pesquisa
abrangente, que proporciona uma visão ampla do que está sendo estudado.

2 PROJETANDO O ESTUDO DE CASO

2.1 APLICAÇÕES DO ESTUDO DE CASO

O estudo de caso pode ser aplicado para as seguintes situações:

• Explicar ligações causais em intervenções ou situações da vida real que são


complexas demais para tratamento através de estratégias experimentais ou
levantamento de dados;
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• Descrever um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu;

• Avaliar uma intervenção em curso e modifica-la com base em um Estudo de


Caso ilustrativo;

• Explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem clareza no


conjunto de resultados.

2.2 COMPONENTES DO PROJETO DA PESQUISA

• Uma questão de estudo do tipo: “como” e/ou “por que”;

• Proposições orientadoras do estudo, enunciadas a partir de questões


secundárias;

• Unidade de análise, por exemplo, indivíduo, organização, setor;

• Estabelecer a lógica que ligará os dados às proposições do estudo;

• Critérios para interpretar os achados – referencial teórico e categorias.

Não se deve confundir “generalização analítica” – própria do Estudo de Caso –


com “generalização estatística”, pois o que se generaliza, no Estudo de Caso, são
aspectos do “modelo teórico encontrado”. O caso não é um elemento amostral.

2.3 CRITÉRIOS PARA JULGAR A QUALIDADE DO PROJETO DA PESQUISA


ATRAVÉS DE TESTES LÓGICOS

Validade de constructo: estabelecer definições conceituais e operacionais


dos principais termos e variáveis do estudo para que se saiba exatamente o que se
quer estudar. O teste é realizado através da busca de múltiplas fontes de evidência
para uma mesma variável.

Validade Interna: estabelecer o relacionamento causal que explique que em


determinadas condições (causas) levam a outras situações (efeitos). Deve-se testar
a coerência interna entre as proposições iniciais, desenvolvimento e resultados
encontrados.
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Validade Externa: estabelecer o domínio sobre o qual as descobertas podem


ser generalizadas. Deve-se testar a coerência entre os achados do estudo e
resultados de outras investigações assemelhadas.

Confiabilidade: mostrar que o estudo pode ser repetido obtendo-se


resultados assemelhados. O protocolo do Estudo de Caso e a base de dados são
fundamentais para os testes que indicam confiabilidade.

3 PREPARAÇÃO PARA A COLETA DA EVIDÊNCIA DO ESTUDO DE CASO

3.1 O QUE É NECESSÁRIO ANTES DE DAR INÍCIO À COLETA DOS DADOS DO


ESTUDO DE CASO

A maioria das pessoas associa a realização do estudo de caso com a coleta


de dados, onde essa realização é iniciada com a pesquisa e o desenvolvimento do
projeto de estudo de caso.

Se a preparação para a coleta dados não for bem realizada, ela se tornará
complexa e difícil, prejudicando assim toda a investigação, e todos os seus
preliminares (definições de pesquisa e o desenvolvimento do projeto do estudo de
caso).

É necessário adicionar em qualquer preparação de estudo de caso quatro


tópicos importantes, como o treinamento, o desenvolvimento de um protocolo (este é
o meio mais eficaz, pela confiabilidade dos estudos de caso), a triagem dos
candidatos ao caso e a condução do estudo de caso-piloto.

3.2 O PESQUISADOR DO ESTUDO DE CASO: HABILIDADES DESEJADAS

Os cientistas iniciantes são geralmente atraídos para o estudo de caso, pois


acreditam que seja algo fácil, acreditando que só irão aprender procedimentos
técnicos e que seus próprios defeitos na habilidade não serão importantes.

Na verdade as demandas de um estudo de caso são muito maiores do que


qualquer outro método de pesquisa, isso porque, os procedimentos de coleta não
são rotineiros. Quando a fase de coleta de dados do projeto de pesquisa é
conduzida por um assistente, e este realiza a atividade com um comportamento
arbitrário mínimo, então essa atividade se torna rotineira.
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A condução de estudos de caso não progride neste mesma proporção. Do


contrário, necessita de um pesquisador experiente para uma condução de alta
qualidade em virtude de uma interação contínua entre os assuntos teóricos e os
dados coletados.

Apesar de não existir controle de entrada para investigar as habilidades para


o estudo de caso, há algumas qualidades que serão descritas abaixo.

3.2.1. Formular boas questões

Um bom pesquisador deve saber formular boas questões e interpretar as


respostas, ou seja, ele deve se questionar durante a coleta de dados. Essa
capacidade é um pré-requisito para os investigadores dos estudos de caso, pois a
pesquisa é sobre questões, não necessariamente resposta.

3.2.2 Ser bom ouvinte

O pesquisador deve ser um bom ouvinte, não deixando que suas ideologias e
preconceitos o confundam. Deve ser capaz de assimilar uma grande demanda de
novas informações imparcialmente. Essa habilidade também precisa ser aplicada à
observação da evidência documental.

3.2.3 Exercitar Adaptabilidade e a Flexibilidade

O pesquisador deve ser adaptável e flexível para que novas situações sejam
vistas como oportunidades. O hábil investigador deve lembrar o objetivo original da
investigação, mas ele deve estar disposto a adaptações dos procedimentos ou dos
planos se ocorrerem eventos não prévios.

3.2.4 Ter uma noção clara dos assuntos em estudo

O pesquisador deve ter uma noção clara dos assuntos em estudo, o que
reduz eventos relevantes e as informações a serem buscadas. Para permanecer no
foco é preciso entender a finalidade da investigação do estudo de caso, seus
aspectos teóricos ou políticos. Deve-se ser capaz de interpretar a informação à
medida que está sendo coletada, verificando a presença de contradições.
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3.2.5 Evitar o viés

Todas as condições precedentes serão anuladas se o pesquisador procurar


usar apenas um estudo de caso para fortalecer uma posição sem fundamento sério.
Os pesquisadores são propensos a esse problema porque devem entender sobre os
assuntos antecipadamente.

3.3 PREPARAÇÃO E TREINAMENTO PARA UM CASO DE ESTUDO ESPECÍFICO

3.3.1 Proteção dos sujeitos humanos

Em algum momento entre o término do projeto e o início da coleta de dados, será


necessário mostrar o que o pesquisador planeja proteger as pessoas em seu estudo
de caso. A necessidade específica dessa proteção dá-se pelo fato de que quase
todos os estudos de caso são cobertos por assuntos pessoais contemporâneos.
Sendo assim, o pesquisador é responsável pela condução do seu estudo de caso
com cuidado e sensibilidade. Os cuidados envolvem:

• O consentimento informado de todas as pessoas que podem fazer parte do


estudo de caso, solicitando que sua participação seja voluntária;

• Proteger os que participam do estudo de qualquer dano, evitando o uso de


dissimulação no estudo;

• Proteger a privacidade e a confiabilidade dos que participam para que não


fiquem em posição indesejada;

• Tomar precauções que possam ser necessárias para proteger grupos


especialmente vulneráveis (que envolva crianças, por exemplo).

Todas as instituições têm um Conselho de Revisão Institucional (CRI). Este é


encarregado de revisar e aprovar toda a pesquisa com sujeitos humanos antes que
ela possa prosseguir, coibindo os objetivos do estudo e do plano do pesquisador
para proteger as pessoas que podem fazer parte do estudo.

O dever do pesquisador antes do prosseguimento do seu estudo de caso é


procurar o CRI em sua instituição, seguir suas orientações e obter aprovação.
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3.3.2 Treinamento do estudo de caso como seminários

O pesquisador precisa ter alguns planos para a coleta de dados antes de


buscar a provação, mas a finalização dos planos só ocorrerá se a provação dor
concedida. Todo pesquisador de estudo de caso deve ser capaz de operar como um
pesquisador sênior, devendo pensar sobre si mesmo como um pesquisador
independente, tomando decisões inteligentes ao longo do processo de coleta de
dados.

A investigação do estudo de caso deve contar com uma equipe de estudo de


caso, pois um único caso exige intensa coleta de dados no mesmo local,
demandando uma equipe de investigadores, também porque envolve casos
múltiplos, com pessoas diferentes, sendo necessárias para cobrir cada local ou para
revezar entre os locais ou uma combinação das duas primeiras condições. Assim
todos os membros contribuirão para o desenvolvimento do rascunho, que seria uma
versão submetida para aprovação do CRI, sendo considerada a versão final do
protocolo.

A meta geral do treinamento é fazer com que todos os participantes consigam


entender os conceitos básicos, a terminologia e os aspectos metodológicos
relevantes ao estudo. Todos os membros devem saber por que o estudo está sendo
feito, que evidência está sendo procurada, quais variações podem ser antecipadas e
o que constituirá evidência de apoio ou contrária para qualquer proposição
determinada.

3.3.3 Revisão e Desenvolvimento do protocolo

Cada investigador fica responsável pela revisão do material de leitura


apropriado, relacionado à porção atribuída, acrescentando qualquer outra
informação que seja relevante e liderando questões que esclareça essas questões
do protocolo.

3.3.4 problemas a serem abordados

Se o problema no plano de estudo ou na habilidade da equipe de pesquisa for


reconhecido a tempo, antes de iniciar a coleta de dados, estes atrapalharão menos.
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Esses problemas devem aparecer durante o treinamento, por pressão dos bons
pesquisadores.

Esses problemas podem ser, por defeitos no projeto, por incompatibilidade


entre a equipe que investiga, por prazos e expectativas impraticáveis, em relação
aos recursos disponíveis.

3.4 O PROTOCOLO PARA O ESTUDO DE CASO

O protocolo e o questionário de levantamento dirigem-se a um único ponto


dos dados. Apesar das semelhanças, existem diferenças importantes. O protocolo é
mais do que um questionário, contém procedimentos e regras a serem seguidas. O
protocolo é uma maneira muito importante para aumentar a confiabilidade da
pesquisa de estudo de caso, orienta o investigador na realização da coleta de dados
de um caso único.

O protocolo baseia-se em estruturas teóricas, questões e hipóteses. Deve ter


procedimento de campo, estruturas de tabelas para séries específicas de dados e
fontes de informações para responder cada questão.

3.4.1 Visão geral do projeto de estudo de caso

A visão geral deve englobar informações dos antecedentes do projeto, sendo


investigadas leituras relevantes sobre questões. A maior parte dessa visão geral
deve ser dedicada aos assuntos substantivos sendo investigados.

3.4.2 Procedimentos de campo

Na realização dos estudos de caso o pesquisador deve se submeter à


disponibilidade do entrevistado, não a sua própria. Ao observar as atividades da vida
real, o pesquisador está invadindo o mundo do sujeito estudado e não o contrário.

Esse processo leva à necessidade de procedimentos de campo explícitos e


bem-planejados, envolvendo diretrizes para os comportamentos de enfrentamento.
Os procedimentos de campo precisam enfatizar as tarefas importantes na coleta de
dados incluindo acessos aos entrevistados, ter recursos suficientes enquanto ao
campo (computador pessoal, papel, grampo de papel e um local silencioso), fazer
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uma programação clara das atividades de coleta de dados, tomar providências para
os eventos não antecipados, incluindo as mudanças na disponibilidade, dos
entrevistados.

3.4.3 Questões de estudo de caso

O núcleo do protocolo é um conjunto de questões substantivas que refletem


sua linha de investigação. Algumas pessoas podem considerar esta parte do
protocolo como o instrumento do estudo de caso, porém duas características
distinguem as questões de estudo de caso das de um instrumento de levantamento.
Essas serão explicadas abaixo.

3.4.3.1 Orientação geral das questões

São formuladas para o investigador e não para o entrevistado. Assim o


protocolo é dirigido a um grupo totalmente diferente ao do instrumento de
levantamento. As questões do protocolo são os lembretes relacionados com a
informação necessária a ser coleta e por quê.

3.4.3.2 Níveis de questões

As questões no protocolo do estudo de caso devem distinguir claramente os


diferentes tipos de níveis da questão. O nível 1 são questões feitas sobre
entrevistados específicos, o nível 2 são questões feitas sobre casos individuais, o
nível 3 são questões feitas sobre o padrão das descobertas entre os casos múltiplos,
o nível 4 são questões feitas sobre todo um estudo (visitando a informação além da
evidência do estudo) e finalmente o nível 5 são questões normativas sobre as
recomendações e as conclusões políticas, indo além do escopo estrito do estudo.

Sobre os níveis 1 e 2 ambos os tipos são mais comumente confundidos, pois


os investigadores acham que suas questões de investigações são semelhantes às
questões específicas que farão no campo. Só que a linha de investigação verbal é
diferente da linha de investigação mental e essa é a diferença entre esses níveis.
Não é fácil ter em mente as questões do nível 2, assim como não é fácil articular as
questões do nível 1 durante a comunicação com um entrevistado.
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A questão do nível 3 não pode ser abordada até que os dados de todos os
casos únicos sejam examinados. Os níveis 4 e 5 também vão bastante além de
qualquer estudo de caso individual.

3.4.4 Confusão indesejada entre a unidade de coleta de dados e a unidade de


análises

A confusão comum começa porque as fontes de coleta de dados podem ser


pessoas, individualmente, enquanto a unidade de análise pode ser um coletivo,
quando o estudo de caso é sobre uma comunidade, uma organização ou um grupo
social.

3.4.5 Outros dispositivos de coleta de dados

O esboço básico do relatório de estudo de caso deve ser parte do protocolo,


facilitando a coleta dos dados relevantes e reduzindo a possibilidade de que seja
necessária uma nova visita ao local do estudo de caso. A existência desse esboço
não deve apresentar uma adesão rígida ao protocolo pré-projetado.

3.5 TRIAGEM DOS CASOS

A seleção final dos casos, às vezes, é simples porque você optou pelo estudo
de um caso singular, cuja identidade já era conhecida desde o inicio de sua
investigação.

No entanto, pode haver muitos candidatos qualificados para um estudo de um


caso, você pode escolher seu caso único final ou uma série de casos múltiplos. A
meta é garantir que você identifique os casos finais apropriadamente, antes da
coleta final dos casos.

Quando você tem apenas 20 ou 30 possíveis candidatos que poderiam servir


como seus casos, a triagem pode consistir na interrogação de pessoas
conhecedoras sobre cada candidato.

Antes de coletar os dados, deve-se definir um conjunto de critérios


operacionais de acordo com os candidatos qualificados para servir como seus
casos. Escolha casos que forneçam os melhores dados.
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Quando o número de candidatos for maior, o procedimento é dividido em dois


estágios: O primeiro consiste na coleta de dados quantitativos relevantes sobre todo
o grupo de alguma fonte de arquivo (bases estatísticas de escola ou empresas).
Talvez você tenha que obter os dados de arquivo de alguma fonte central (Agencia
federal estadual ou local). A meta é reduzir o número de candidatos a 20 ou 30. O
segundo consiste em realizar o procedimento de parágrafo prévio.

3.6 O ESTUDO DE CASO-PILOTO

Os casos-piloto podem ser conduzidos por várias razões não relacionadas


com os critérios para a seleção dos casos finais no projeto do estudo de caso.
Exemplo: Os informantes em um local-piloto podem ser acessíveis e agradáveis, no
local pode haver uma quantidade incomum de documentações de dados.

O caso-piloto é mais informativo, auxiliando-o a desenvolver linhas de


questões, proporcionando um esclarecimento conceitual ao projeto de pesquisa. O
texto piloto deve ocorrer, preferencialmente, antes da busca da aprovação final do
CRI. Por esse motivo, alguns tópicos merecem maior discussão: a seleção dos
casos-piloto, a natureza da investigação para os casos-piloto e a natureza dos
relatórios.

3.6.1 Seleção dos Casos-Piloto

A proximidade geográfica pode ser um dos principais critérios para a seleção


de um ou vários casos-piloto. Pode ser tido como um “laboratório” no detalhamento
do seu protocolo, permitindo a observação dos diferentes fenômenos a partir de
muitos ângulos distintos.

3.6.2 Escopo da Investigação-Piloto

Pode ser muito mais amplo e menos focado do que o plano final de coleta de
dados. A investigação cobre tanto os aspectos substantivos e metodológicos. Os
dados-piloto proporcionam insight considerável aos assuntos básicos.

As fontes duplas de informação os ajudam a garantir a reflexão aos aspectos


teóricos ou políticos significativos.
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3.6.3 Relatórios dos Casos-Piloto

Os relatórios dos casos-piloto são valiosos para os pesquisadores e devem


ser redigidos claramente. Uma diferença entre os relatórios-piloto e os relatórios
verdadeiros de estudos de caso é que os relatórios-piloto devem ser explícitos sobre
as lições aprendidas, tanto para o projeto de pesquisa quanto para os
procedimentos de campo.

Se mais de um caso-piloto for planejado, o relatório de caso-piloto pode


indicar as modificações a serem testadas no caso-piloto seguinte.

O relatório pode conter a agenda para o caso-piloto subsequente. Se forem


realizados casos-piloto suficientes, a agenda final pode realmente tornar-se um bom
protótipo para o protocolo final do estudo de caso.

4 COLETA DE EVIDÊNCIA DO ESTUDO DE CASO

Para que haja uma boa pesquisa de estudo de caso é necessário usar no
mínimo 6 fontes de evidências, contudo o pesquisador deve estar familiarizado com
os procedimentos da coleta.

As 6 fontes apresentadas neste trabalho são:

• Documentação

A informação documental é a que sobressai para todos os tópicos de estudo


de caso, visto que os documentos são úteis mesmo que não sejam sempre precisos
e possam apresentar parcialidade, por isso é uma fonte que deve ser usada
cuidadosamente.

Para um pesquisador iniciar sua coleta de dados o essencial seria começar


pela documentação, visto que é um material que contêm informações valiosas, o
que pode fortalecer a pesquisa. Porém é necessário ser cauteloso, pois existem
muitos documentos falsos que contêm informações erradas, e nesse caso a verdade
precisa ser irrefragável.
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• Registros em Arquivos

Para muitos estudos de casos os registros de arquivos se tornam de grande


importância, sendo que não se generaliza a todos. Normalmente nas pesquisas são
usados arquivos de uso público (censo ou dados estatísticos), registros de serviços
(números), registros organizacionais (orçamentos) e entre outros.

Como visto, os registros de arquivos variará de estudo de caso para outro,


tendo alguns com relevância passageira. No caso de ser relevante é necessário
confirmar os dados com exatidão, visto que em certas pesquisas esse tópico tem
finalidade específica.

• Entrevista

Primeiramente as entrevistas são conversas guiadas e não investigações


estruturadas. Para que ocorra êxito na entrevista é necessário o pesquisador usar
dois métodos, o 1º seria seguir sua própria linha de investigação e o 2º seria
formular questões verdadeiras e consistentes, para que sirvam as necessidades de
sua linha de investigação.

Existem três métodos de entrevista, a entrevista em profundidade, entrevista


focada e por última entrevista de levantamento formal.

A entrevista de Profundidade tem como base o pesquisador perguntar ao(s)


respondente(s) sobre fatos de um assunto, podendo pedir para que estes exponham
seus próprios pensamentos e opiniões. Nesse caso geralmente a entrevista tem um
longo período de tempo, não tendo uma única ocasião; o entrevistado pode sugerir
outras pessoas para serem entrevistadas. Vale ressaltar que os informantes-chaves
são frequentemente fundamentais para um sucesso de estudo de caso.

Na entrevista focada o informante é entrevistado em um curto período de


tempo (horas). Tem como finalidade importante nesta entrevista, fortalecer
determinados fatos que o pesquisador já considera estabelecido.

Por ultimo tem o levantamento formal, que neste caso não seria obrigatório,
sendo assim dependendo de estudo de caso para outro. Esse tipo de levantamento
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poderia ser projetado como parte de estudo de caso integrado, ou seja, produzir
dados quantitativos como parte de evidência da pesquisa.

Finalizando este tópico, as entrevistas são uma fonte de evidência essencial


do estudo de caso, visto que a maioria delas é sobre assuntos humanos ou eventos
comportamentais. Vale ressaltar que é necessário agir com cautela, para que sua
opinião não faça parte literalmente da pesquisa.

• Observações diretas

O estudo de caso deve ocorrer no ambiente natural do caso, então por isso o
pesquisador estará sempre criando a oportunidade para as observações diretas. As
observações podem variar das atividades de coleta de dados formais às informais.

As observações diretas podem ser feitas durante a visita de campo, incluindo


as ocasiões em que outras evidências, como as das entrevistas, estejam sendo
coletadas. As observações podem ser tão valiosas que o pesquisador pode até
mesmo fotografar o local do estudo de caso, que, no entanto essas fotografias
ajudarão a transmitir importantes características do caso aos observadores externos.

Para evitar problemas seria bom haver mais de um observador, para que
houvesse um aumento de confiabilidade. Diante disso a evidência observacional é
frequentemente útil para proporcionar informação adicional sobre o assunto
pesquisado.

• Observação Participante

A observação participante é uma modalidade especial de observação na qual


o pesquisador passa assumir vários papéis na situação do estudo de caso, sendo
assim participando realmente dos eventos estudados.

Normalmente esse tipo de fonte é usada em estudos antropológicos, os quais


tem diferentes grupos sociais e culturais. Esse tipo de observação garante
oportunidade ao estudo, pois está relacionada com capacidade de obter acesso aos
eventos e grupos, de outro modo, seriam inacessíveis ao estudo. Outro quesito
importante é a capacidade de captar a realidade do ponto de vista de alguém
“interno”, o que se diferencia das demais fontes de pesquisa.
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Esse tipo de fonte muitas vezes pode trazer grandes complicações ao estudo,
pois o observador participante pode não saber diferenciar suas posições ou papéis
de defesa, o segundo problema é tomar partida de apoio a um grupo ou
organização, e o terceiro problema seria exigir um excesso de atenção ao
observador, o que pode tomar grande parte do seu tempo. Por último, se ocorrer da
organização ou do grupo estarem dispersos pode gerar dificuldade por parte do
observador, comprometendo todo o projeto de estudo de caso.

• Artefatos Físicos

É a fonte final da coleta de evidências, seria um dispositivo tecnológico, uma


ferramenta ou um instrumento. Essa fonte tem um grau menor de importância em
relação às demais fontes, mas caso ele seja relevante, os artefatos podem ser um
componente de grande importância ao estudo de caso.

A partir de certas matérias encontradas, pode ocorrer de haver uma pesquisa


mais ampla, pode ter mais resultados para o campo de investigação.

Essas são as 6 fontes de evidências de extrema necessidade para um


pesquisador, visto que esta é a primeira finalidade para o começo de pesquisa, cujo
sua meta é coletar o máximo de evidências, com objetivo de fazer uma análise de
caso com convicção, para que não haja dados errados.

4.1 TRÊS PRINCÍPIOS DA COLETA DE DADOS

São princípios relevantes para as seis fontes, se caso usados


apropriadamente, podem ajudar a tratar dos problemas de estabelecimento da
validade do constructo e da confiabilidade da evidência do estudo de caso.

4.1.1 Princípio 1: Uso de múltiplas fontes de evidência

Para fazer uma forte coleta de dados do estudo de caso, é necessário usar
diferentes fontes de evidências, pois a necessidade de usar múltiplas fontes de
evidência excede muito a dos outros métodos de pesquisa, como os experimentos,
os levantamentos e as histórias.
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O uso de múltiplas fontes de evidências nos estudos de caso permite que o


investigador aborde uma variação maior de aspectos históricos e comportamentais,
com isso se ganha uma enorme vantagem, o chamado desenvolvimento de linhas
convergentes de investigação, que seria um processo de triangulação e corrobação.

A coleta de dados de múltiplas fontes é mais cara do que quando os dados


são coletados de uma única fonte, por isso cada pesquisador precisa saber como
realizar grande variedade de técnicas de coletas de dados.

4.1.2 Princípio 2: Criar uma base de dados do estudo de caso

Este princípio refere-se à maneira de organizar e documentar os dados


coletados para os estudos de casos, sendo que sua documentação consiste em
duas coletas separadas, que seria os dados coletados e o relatório, ou seja, o livro.

Dificilmente ocorre a distinção dessas duas coletas, no entanto normalmente


os dados do estudo de caso são sinônimos à narrativa apresentada no relatório. O
banco de dados é de necessária importância ao estudo, visto que aumenta a
confiabilidade do trabalho; para isso um pesquisador tem que ter a disposição em se
comprometer a construir um banco de dados, o qual tem quatro componentes:
notas, documentos, tabelas e narrativas.

4.1.3 Princípio 3: Manter o encadeamento de evidências

Este princípio está baseado em uma noção similar à utilizada nas


investigações forense, ou seja, aplicação de métodos científicos e sistemáticos.

Neste princípio é permitido que um observador externo siga a derivação de


qualquer evidência das questões de pesquisa iniciais para finalizar as conclusões do
estudo de caso. Por isso nenhuma evidência original deve ser perdida, para evitar
problemas relacionados ao fato.

5 ANÁLISE DA EVIDÊNCIA DO ESTUDO DE CASO

5.1 ESTRATÉGIA ANALÍTICA

A análise de estratégia analítica é um dos aspectos menos desenvolvidos e


mais difíceis dos estudos de caso. Tudo depende do estilo de raciocínio empírico
21

rigoroso do investigador, apresentação de evidência e a das interpretações


alternativas.

Existem algumas estratégias gerais para estudo de caso. A primeira delas é


seguir as proporções teóricas que levam ao seu estudo de caso. Os objetivos
originais e o projeto para o estudo de caso são baseados nessas proporções, que
por sua vez, refletem um conjunto de questões de pesquisa, revisões de literatura e
novas hipóteses ou proporções. A proporção ajuda a focar a atenção em
determinados dados e a ignorar outros. A proporção também ajuda a organizar todo
estudo de caso, e definir as explanações alternativas a serem examinadas.

A segunda estratégia analítica é desenvolvimento da descrição de caso, ou


seja, desenvolver uma estrutura teórica para a organização do estudo de caso. Essa
estratégia é menos usada do que a primeira, mas serve como alternativa quando
existem dificuldades para fazer a primeira estratégia funcionar. O objetivo original do
estudo de caso pode não ser descritivo, mas a abordagem descritiva ajuda a
identificar as lições apropriadas a serem analisadas, mesmo a quantitativa.

A terceira estratégia é o uso de dados quantitativos e qualitativos. Os dados


quantitativos podem ser relevantes para seu estudo de caso por duas razões, eles
podem cobrir o comportamento ou os eventos que seu estudo está tentando explicar
os “resultados” em estudo de caso avaliador. Em segundo lugar, os dados podem
estar relacionados a uma quantidade de análise integrada no estudo mais amplo.
Em qualquer situação, os dados qualitativos podem ser críticos para a explanação
ou, por outro lado, para o teste das proposições chave do estudo de caso. Todos os
estudos ilustrativos ou unidades integradas podem ser uma ocasião para coleta de
dados quantitativos. Ainda assim, as principais questões de estudo de caso podem
estar em um nível superior: uma única escola, bairro, empresa, comunidade, etc.,
para explorar, descrever ou explicar os eventos neste nível superior devem ser
coletados e usados dados quantitativos, assim, o estudo de caso usa tanto os dados
quantitativos quanto os qualitativos.

5.2 TÉCNICAS ANALÍTICAS

O objetivo das técnicas analíticas é iniciar modestamente, trabalhar minuciosa


e introspectivamente e construir seu próprio repertório analítico ao longo do tempo.
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Para análise de estudo de caso, a primeira e uma das técnicas mais


desejáveis é o uso da lógica de combinação de padrão, ou seja, comparar o padrão
baseado empiricamente com o padrão previsto, se os padrões coincidirem, os
resultados podem ajudar o estudo de caso a fortalecer sua validade interna. Se o
estudo de caso for explanatório, os padrões podem estar relacionados com as
variáveis dependentes ou independentes do estudo. Se o estudo de caso for
descritivo, a combinação padrão prevista de variáveis especificas deve ser definida
antes da coleta de dados.

A segunda técnica analítica é a construção da explanação, um tipo especial


de combinação de padrão, o procedimento é mais difícil e, portanto, merece mais
atenção. Seu objetivo é analisar os dados do estudo de caso construindo uma
explanação sobre o caso. Os elementos da explanação visam explicar o fenômeno,
ou seja, estipular o conjunto presumido de elos causais sobre ele, ou como e por
que algo aconteceu. Na maioria dos estudos de caso, a construção da explanação
ocorre de forma narrativa. Os melhores estudos de caso são aqueles que referem
algumas proposições teoricamente significativas, pois as narrativas não são muito
precisas.

A terceira técnica analítica é a analise de séries temporais, que nada mais é


do que a condução de uma análise de séries temporais diretamente análogas e
conduzidas nos experimentos e nos quase experimentos. Essa análise pode seguir
alguns padrões intrincados, quanto mais intrincados e preciso o padrão, mais a
analise de séries temporais também proporcionará uma base firme para as
conclusões do estudo de caso. Nas séries temporais, pode apenas haver uma única
variável dependente ou independente. Nessas circunstancias, quando um grande
número de dados são relevantes e disponíveis, os testes estatísticos podem ser
usados até mesmo para analisar os dados. Em geral a analise de eventos
cronológicos é uma técnica frequente nos estudos de caso, podendo ser
considerada uma forma especial da análise de séries temporais.

A quarta técnica é a de modelos lógicos, que é a técnica cada vez mais útil
nos dias atuais, especialmente na realização das avaliações dos estudos de caso. O
modelo lógico estipula deliberadamente um encadeamento complexo de eventos,
são estagiados em padrões repetidos de causa-efeito-causa-efeito, pelos quais uma
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variável dependente, em um estágio anterior, torne-se a variável independente para


o estagio. O uso do modelo lógico consiste em combinar eventos empiricamente
observados com eventos teoricamente previstos. Pode-se considerar a técnica do
modelo lógico como outra forma de combinação padrão. O modelo lógico deve ser
definido antes da coleta de dados, para que seja possível testar o modelo vendo o
quanto os dados o sustentam.

A quinta e ultima técnica é da síntese cruzada dos casos, essa técnica aplica-
se, especificamente, a análise dos casos múltiplos. A análise é provavelmente mais
fácil e as constatações são mais robustas, havendo apenas um caso único. As
sínteses de casos cruzados podem ser realizadas se os estudos de caso individuais
tenham sido previamente conduzidos como estudos de pesquisa independente ou
como uma pré-projetada do mesmo estudo. O exame de tabelas de palavras é muito
importante em casos cruzados, contará fortemente com a interpretação
argumentativa, não com tabulações numéricas. É muito importante também saber
que é preciso desenvolver argumentos fortes, plausíveis e imparciais apoiados pelos
dados.

5.3 ANÁLISE DE ALTA QUALIDADE

Quatro princípios são importantes a toda boa pesquisa para garantir que a
analise seja de mais alta qualidade.

Primeiramente, a análise deve mostrar que a pesquisa foi baseada em todas


as evidencias, as estratégias analíticas devem cobrir exaustivamente as questões-
chave da pesquisa, incluindo o desenvolvimento de hipóteses rivais, ou seja, a
análise deve mostrar que foram usadas todas as evidencias disponíveis e as
interpretações devem dar conta de toda essa evidencia sem deixar pontas soltas
para que a análise não fique vulnerável.

Em segundo lugar a análise deve abordar todas as interpretações rivais


importantes fazendo uma explanação alternativa para umas ou mais descobertas.

Em terceiro lugar, a análise deve abordar o aspecto mais significativo no


estudo de caso, caso o estudo seja único ou múltiplo, deve-se demonstrar toda
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habilidade analítica do pesquisador para que o estudo se torne menos vulnerável às


possíveis descobertas negativas.

Em quarto, o pesquisador deve usar seu próprio conhecimento prévio de


especialista em seu estudo de caso, é fundamental que demonstre conhecer o
raciocínio e o discurso atual sobre o tópico do estudo de caso.

6 PRINCIPAIS ELEMENTOS PARA SE ELEBORAR UM RELATÓRIO DE ESTUDO


DE CASO

Para realizar bons estudos de caso é desejável torna-se bom na composição.


Um indicador de sucesso é ter considerado os trabalhos de escola ou da
universidade fáceis ou difíceis de fazer. O pesquisador bem-sucedido geralmente
percebe a fase composicional como uma oportunidade de realizar uma contribuição
importante para o conhecimento ou para a prática.

O início de qualquer pesquisa de estudo de caso pode ser a consulta a um


livro-texto que cubra a redação dos relatórios de pesquisa de maneira mais geral. A
principal finalidade é destacar os aspectos da composição e do relatório que estão
diretamente ligados com o estudo de caso tais como:

• Público-alvo dos relatórios de estudo de caso;

• Relatórios de estudo de caso como parte de maiores estudos de vários


métodos;

• Utilização de recursos visuais para a composição do estudo de caso;

• Adotar a metodologia ao se realizar um relatório de estudo de caso.

Existem quatro tipos de público-alvo:

• Colegas acadêmicos;

• Políticos, profissionais, líderes comunitários e outros profissionais não


especializados no estudo de caso ou em outras pesquisas da ciência social;

• Grupos especiais, como o comitê de dissertação e tese;


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• A instituição financiadora da pesquisa.

Na maioria dos relatórios de pesquisa, como os de experimentos, o segundo


público não é normalmente relevante, pois não seria esperado que o resultado de
um experimento de laboratório fosse dirigido a não especialistas. Para os estudos de
caso, no entanto, esse segundo tipo de público pode ser o alvo frequente do
relatório. Em outra comparação, o terceiro tipo de público raramente seria relevante
para certos tipos de pesquisa – como as avaliações – porque elas não são
adequadas, geralmente, como teses ou dissertações. Entretanto, para os estudos de
caso este terceiro tipo de público é também um usuário frequente do relatório,
devido ao grande número de teses e dissertações que contam com estudos de caso
nas ciências sociais. E para as instituições financiadoras da pesquisa, o significado
do estudo de caso, é tão importante quanto o rigor com o qual a pesquisa foi
conduzida.

Existem três procedimentos que compõem um relatório de estudo de caso, o


primeiro é a lista de referências, ela sempre pode ser aumentada, é o momento
onde se formaliza cada experiência para garantir que estejam completas. A seção
metodológica, esta pode ser rascunhada neste estágio, já que os principais
procedimentos para coleta e análise dos dados devem ser parte do projeto do
estudo de caso. A seção é revisão preliminar, seu estudo de caso estará
estabelecido sobre essas questões e proposições, com finalidade de prosseguir com
o desenvolvimento do protocolo e com a coleta dos dados.

Enquanto a seção metodológica deve incluir os aspectos relativos à seleção


do caso, os dados descritivos devem cobrir a informação qualitativa e quantitativa
sobre o caso. Além disso, o rascunho das seções descritivas, mesmo de forma
abreviada, pode estimular o raciocínio sobre o formato e estrutura geral.

Se o pesquisador tiver acesso a apenas “casos”, ou se os recursos forem


extremamente limitados, o estudo de caso subsequente talvez tenha que ser sobre
um tópico de significação da mediana.

• O caso ou casos individuais são incomuns e de interesse público geral;


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• Os aspectos subjacentes são nacionalmente importantes tanto em termos


teóricos quanto em termos políticos ou práticos;

• Seu caso deve preencher as duas condições precedentes.

Contrastando com essas duas condições promissoras, muitos estudantes


selecionam casos não diferenciados ou aspectos teóricos ultrapassados coo tópicos
para seus estudos de caso. Esta situação pode ser evitada, em parte, com a
investigação detalhada do corpo de pesquisa existente. Se não houver uma resposta
satisfatória, talvez deva ser planejado outro estudo de caso.

Essa seletividade não significa que a evidência deva ser citada de maneira
parcial, incluindo apenas, por exemplo, as evidências que sustentam as conclusões
do pesquisador. A evidência deve ser apresentada com neutralidade, juntamente
com dados que apoiam e dados que desafiam. O leitor deve ser capaz, então, de
tirar conclusões independentes sobre a validade de uma determinada interpretação.
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CONCLUSÃO

O trabalho objetivou explicar o método de Estudo de Caso, utilizado para a


realização de pesquisas, onde são necessários por parte do pesquisador bastante
cautela e disposição de tempo, visto que é uma pesquisa demorada e precisa de
dados verídicos para evitar questionamentos sobre o tema abordado.

Os seis tópicos principais exemplificaram métodos que um pesquisador deve


obedecer para concluir um estudo de caso, dando maior importância para a
utilização de dados de evidências, pois sem essas fontes é impossível fazer um
excelente Estudo de Caso.

Contudo é um método que abrange diversas questões especificamente com


enfoque nas relações sociais, permitindo uma visão ampla do que está sendo
estudado.
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REFERÊNCIAS

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Ed. São Paulo:
Atlas, 2008.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e Pesquisa Científica em Ciências Sociais.


2ª Ed. São Paulo: Atlas S.A, 2009.

YIN, Robert K. Estudo de caso: Planejamento e Métodos. 3ª Ed. Porto Alegre:


Bookman, 2005.

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