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Planejamento Tributário

Eduardo Borges

1
Tópicos
da palestra
ƒNoções introdutórias
ƒRegimes tributários
ƒAlternativa de remuneração de sócios
ƒAlternativa de venda de imóvel
ƒAquisição de participação societária
ƒEliminação de contingências
ƒAtualização

2
Noções
Introdutórias
ƒFato Gerador: materialização da hipótese de
incidência prevista na lei, gerando a obrigação
tributária (ex: comprar imóvel)

ƒBase de Cálculo: valor sobre o qual é aplicado um


percentual (alíquota), resultando no valor do tributo
a pagar (ex: valor venal do imóvel)

ƒAlíquota: percentual que aplicado sobre a base de


cálculo determina o valor do tributo a ser recolhido
(pago)

3
Noções
Introdutórias

ƒPrincípio da Legalidade em Matéria Tributária

-reserva absoluta da lei em matéria de criação e


majoração de tributos

ƒPrincípio da Tipicidade em Matéria Tributária

-fato gerador deve ser integral e detalhadamente


expresso em lei

4
Noções
Introdutórias

ƒElisão

-condutas (atos ou omissões) lícitas, não simuladas e


anteriores ao fato gerador

ƒEvasão

-condutas ilícitas ou posteriores ao fato gerador,


incluindo simulação, fraude e sonegação

5
Noções
Introdutórias

ƒSonegação

Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente


a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o
conhecimento por parte da autoridade fazendária:

I - da ocorrência do fato gerador da obrigação


tributária principal, sua natureza ou circunstâncias
materiais;

II - das condições pessoais de contribuinte,


suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal
ou o crédito tributário correspondente.
6
Noções
Introdutórias

ƒFraude

Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir


ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária principal, ou a excluir ou
modificar as suas características essenciais, de modo a
reduzir o montante do imposto devido, ou a evitar ou diferir
o seu pagamento.

7
Noções
Introdutórias

ƒFraude x Elisão

“I. A evasão fiscal distingue-se da elisão fiscal pela


manipulação dolosa do fato gerador. Nesta última,
inocorre fraude, mas economia fiscal.
II. Atendidos os requisitos do direito à fruição do incentivo
fiscal previsto no DL 1.892/81, é ilegal a resistência da
autoridade fazendária em reconhecê-lo, baseada na
ocorrência de contrato de lease back.
(...).” – Acórdão do TRF da 1ª Região

8
Noções
Introdutórias

ƒFraude x Elisão

“IRPJ E CSLL - TRANSFERÊNCIA DE ESTOQUE DE IMÓVEIS


NO INTUITO EXCLUSIVO DE EVITAR A CORREÇÃO
MONETÁRIA DE BALANÇO - EVASÃO TRIBUTÁRIA COM
ABUSO DE DIREITO - É abusiva, e não produz efeitos
perante o Fisco, a formalização de contrato particular, em
28 de dezembro, para transferência do estoque de imóveis
à empresa ligada, com subseqüente rescisão do contrato
no mês de janeiro do ano seguinte, com o intuito exclusivo
de afastar a correção monetária das demonstrações
financeiras que incide sobre os custos dos imóveis do Ativo
Circulante.” - Acórdão do Conselho de Contribuintes
9
Noções
Introdutórias

ƒSimulação

Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas


diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou
transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula
não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou
pós-datados

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Noções
Introdutórias
ƒSimulação x Elisão

“IRPJ - SIMULAÇÃO NA INCORPORAÇÃO.- Para que se


possa materializar, é indispensável que o ato praticado
não pudesse ser realizado, fosse por vedação legal ou por
qualquer outra razão. Se não existia impedimento para a
realização da incorporação tal como realizada e o ato
praticado não é de natureza diversa daquela que de fato
aparenta, não há como qualificar-se a operação de
simulada. Os objetivos visados com a prática do ato não
interferem na qualificação do ato praticado. Portanto, se o
ato praticado era lícito, as eventuais conseqüências
contrárias ao fisco devem ser qualificadas como casos de
elisão fiscal e não de ‘evasão ilícita’.” – Acórdão do
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Conselho de Contribuintes
Noções
Introdutórias
ƒNegócio Jurídico Indireto

Utilização de um determinado negócio que não é


tipicamente utilizado para a obtenção de uma
determinada finalidade; mas as partes desejam o negócio
e seus efeitos típicos (validade condicionada à ausência
de proibição)

ƒSimulação

As partes realizam atos de desfazimento ou neutralização


dos efeitos do ato praticado ostensivamente, havendo
desconformidade entre o desejado e o praticado.
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Noções
Introdutórias
ƒNegócio Jurídico Indireto = Elisão

“IRPJ- INCORPORAÇÃO ATÍPICA- A incorporação de


empresa superavitária por outra deficitária, embora
atípica, não é vedada por lei, representando negócio
jurídico indireto.” – Acórdão do Conselho de Contribuintes

13
Noções
Introdutórias
ƒMedida Provisória nº 66, de 29.08.2002
(desconsideração de atos ou negócios jurídicos)

Para a desconsideração de ato ou negócio jurídico dever-


se-á levar em conta, entre outras, a ocorrência de:
- falta de propósito negocial; ou
- abuso de forma.
Para o efeito do disposto no inciso II do § 1º, considera-se
abuso de forma jurídica a prática de ato ou negócio
jurídico indireto que produza o mesmo resultado
econômico do ato ou negócio jurídico dissimulado.

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Regimes Tributários
ƒSIMPLES

-ME (micro empresa): receita anual até 120 mil

-EPP (empresa de pequeno porte): receita anual acima


de R$ 120 mil e até R$ 1,2 milhão

-Inclui: IRPJ, CSL, PIS, COFINS, IPI e


INSS (empregador)

-Exclui: IOF, II, IE, ITR, IR sobre aplicações financeiras


(tributação exclusiva), CPMF, FGTS e
INSS (empregado)

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Regimes Tributários
ƒSIMPLES - restrições

-Não podem optar: microempresa ou de pequeno porte


que ultrapassarem os limites no ano imediatamente
anterior; sociedade por ações; instituição financeira ou
equiparada e empresas de factoring; empresa cuja
atividade seja de compra e venda, loteamento,
incorporação ou construção de imóveis, locação ou
administração de imóveis; qualquer profissão que
dependa de habilitação profissional; empresa que
participe do capital de outra pessoa jurídica etc.

-Aquisição de empresa optante pelo Simples não dá


direito a crédito de ICMS

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Regimes Tributários
ƒSIMPLES – ME – alíquotas – regra geral
(aumento de 1% a cada R$ 30 mil; IPI: adicional de 0,5%)

ME não ME
Receita bruta contribuinte contribuinte
acumulada do IPI do IPI
Até R$
60.000,00 3,00% 3,50%
De R$
60.000,01 até
90.000,00 4,00% 4,50%
De R$
90.000,01 até
120.000,00 5,00% 5,50% 17
Regimes Tributários
ƒSIMPLES – ME – alíquotas – prestadores de serviços (+ 30%)
(aumento de 50%)
ME não ME
Receita bruta contribuinte contribuinte
acumulada do IPI do IPI
Até R$
60.000,00 4,50% 5,25%
De R$
60.000,01 até
90.000,00 6,00% 6,75%
De R$
90.000,01 até
120.000,00 7,50% 8,25%
18
Regimes Tributários
ƒSIMPLES – EPP – alíquotas – regra geral
(aumento de 0,4% a cada R$ 120 mil)

ME não ME
Receita bruta contribuinte contribuinte
acumulada do IPI do IPI
Até R$
240.000,00 5,40% 5,90%
De R$
240.000,01 até
360.000,00 5,80% 6,30%
Acima de R$
1.200.000,00 10,32% 10,92%

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Regimes Tributários

ƒSIMPLES PAULISTANO

-Se contribuinte do ISS apenas: + 1%

-Se contribuinte do ISS e do ICMS: + 0,5%

-Darf-Simples

ƒSIMPLES PAULISTA (“caipira”)

-ME (até R$150m por ano): isenção

-EPP Classe A (de R$150m-R$720m): 2,1526%

-EPP Classe B (de R$720m-R$1.200m): 3,1008% 20


Regimes Tributários

ƒSIMPLES PAULISTA - restrições

-Não podem optar: empresa constituída sob a forma de sociedade


por ações; em que o titular ou sócio seja pessoa jurídica ou, ainda,
pessoa natural domiciliada no exterior; em que o titular ou sócio
participe do capital de outra empresa ou que já tenha participado de
microempresa ou empresa de pequeno porte desenquadrada de ofício
do regime por prática de infração fiscal; que possua mais de um
Estabelecimento; contribuinte que exerça atividades de importação
de produtos estrangeiros, exceto quando destinados à integração
no ativo imobilizado ou a seu uso e consumo, armazenamento ou
depósito de mercadorias de terceiros, as de caráter eventual ou
provisório etc.

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Regimes Tributários

ƒSIMPLES – desenquadramento / exclusão

-alteração no enquadramento: próximo exercício


(ex: aumento do faturamento; salvo se 1º ano)

-exclusão: a partir do evento que causou a exclusão

ƒSIMPLES PAULISTA

-alteração no enquadramento: a partir do evento


(ex: aumento do faturamento)

-exclusão: a partir do evento ou retroativo

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Regimes Tributários

ƒIR / CSL – LUCRO PRESUMIDO

-Podem optar: receita total até R$ 48 milhões/ano

-Restrições (principais): instituições financeiras; seguradoras;


factoring; empresas que tenham lucros, rendimentos e ganhos
de capital auferidos no exterior etc.

-Calculados sobre percentual da receita bruta trimestral

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Regimes Tributários

BASE PRESUMIDA
IR CSL
IR (MP 232) CSL (MP 232)
GERAL (COM./IND.) 8% idem 12% idem
TRANSPORTES 16% idem 12% idem
SERVIÇOS 32% 40% 32% 40%
ADM. LOC. IMÓVEIS 32% 40% 32% 40%

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Regimes Tributários

ƒLUCRO PRESUMIDO x LUCRO REAL

Levar em consideração:

-Rendimentos adicionados à base presumida: de aplicações


financeiras sujeitas; valores recuperados correspondentes
a custos ou despesas; receita de locação de imóvel etc.

-Ganhos de capital adicionados à base presumida: alienações


de bens e direitos, participações societárias, devolução de capital
em bens ou direitos, operações de mútuo, hedge etc.

-Créditos de PIS/COFINS (não-cumulatividade)

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Regimes Tributários

ƒLUCRO PRESUMIDO x LUCRO REAL

-Alíquotas:

-IR: 15%

-IR adicional: 10%


(sobre a parcela que ultrapassar R$ 20 mil x número de
meses do período de apuração)

-CSL: 9%

-Opção: data do pagamento da 1ª parcela do IR/CSL

26
Regimes Tributários

ƒLUCRO PRESUMIDO x LUCRO REAL

-PIS/COFINS:

Lucro Presumido: 3,65%

Lucro Real: 9,25% sobre [total das receitas –


insumos/custos/despesas que dão direito a crédito]

Bancos, DTVM, CTVM, leasing, securitizadora de créditos


imobiliários/financeiros: 4,65% sobre [receitas –
despesas de captação e outras]

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Regimes Tributários

ƒLUCRO REAL

-Apurado com base na apuração do resultado contábil e


ajustado por adições e exclusões previstas em lei;

-LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real (ou do lucro


tributável);

-2 modalidades: Anual e Trimestral (definitivo).

28
Regimes Tributários

ƒLUCRO REAL

Apuração Anual:

-recolhimentos mensais com base na receita (como se fosse


Lucro Presumido),

-paga-se mensalmente o IR e CSL conforme apuração acima;

-nesse caso, a apuração não depende da contabilidade.

29
Regimes Tributários

ƒLUCRO REAL

Apuração Anual:

-há possibilidade de reduzir/suspender o pagamento do IR e CSL,


se comprovado pela apuração contábil mais ajustes (Lucro Real)
que esta é menor que a apuração pela base estimada

-apura-se pela estimativa (como se fosse Lucro Presumido) e


pelo Lucro Real e pode-se pagar, dos dois, o menor

-há ajuste ao final do exercício: a pagar ou restituir/compensar

-limite à compensação de prejuízos (30%)


30
Regimes Tributários

ƒLUCRO REAL x LUCRO PRESUMIDO

Exemplo:

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Remuneração de Sócios

ƒDISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

-apura-se o lucro contábil (que não se confunde com o


lucro fiscal) e sua distribuição aos sócios é isenta de IR

-a isenção independe se o acionista é pessoa física, jurídica,


domiciliada no País ou no exterior, nem do seu tipo societário
(S.A., Ltda.)

-deve-se observar o ano de formação de cada lucro

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Remuneração de Sócios

ƒDISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Lucros Acumulados Tributação


até 88 23% ou 25%*
de 89 a 92 8%
de 93 isentos
de 94 a 95 15%
a partir de 96 isentos

* se PJ que paga a PF não for S.A.


33
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

-a Lei 9.249/95 permitiu as pessoas jurídicas


remunerassem seus sócios (cotistas ou
acionistas), através de JCP;

-os sócios podem ser pessoas físicas, jurídicas


ou domiciliadas no exterior

-quanto maior o lucro e o PL da empresa, maior


o benefício fiscal auferido

34
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

-o índice utilizado para calcular os juros é a Taxa


de Juros de Longo Prazo (TJLP)

-o valor da remuneração é contabilizado como


despesa financeira de juros

-sobre o pagamento dos juros há retenção de


imposto de renda à alíquota de 15%

35
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

-a despesa de JCP é calculada pela aplicação


da variação acumulada da TJLP sobre o PL

-o valor da despesa dedutível de JCP está


limitado a 50% dos lucros acumulados ou
lucros do próprio exercício

-momento de deduzir a despesa de TJLP: no


pagamento ou crédito da despesa

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Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

-os juros terão retenção de IR fonte de 15%,


sendo tal imposto (para quem recebe os
juros): antecipação para pessoa jurídica
tributada pelo Lucro Real e Presumido; ou
definitivo para pessoa física e pessoa
jurídica isenta;

- os JCP podem ser imputados ao valor dos


dividendos obrigatórios previstos na Lei
da S.A.

37
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

Contabilização:

para empresa que paga:


débito: despesa financeira $ 100
crédito: IR fonte $ (15)
crédito: Caixa/Bancos $ (85)

para empresa que recebe:


débito: Caixa/Bancos $ 85
débito: IR fonte $ 15
crédito: receita financeira ($100)

38
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

Efeito fiscal:

Pessoa
Física
PJ deduz até 34%
(25% de IR e 9% de CSL)

Pessoa Economia fiscal líquida


de até 19%
Jurídica (34% - 15% de IRF) 39
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

Efeito fiscal:

Residente
exterior
PJ deduz até 34%
(25% de IR e 9% de CSL)

Pessoa Economia fiscal líquida


de até 19%
Jurídica (34% - 15% de IRF) (paraíso) 40
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

Efeito fiscal:

Pessoa
Jurídica
PJ deduz até 34%
(25% de IR e 9% de CSL)

Pessoa Economia fiscal líquida


de até 34% (exceto: CPMF,
Jurídica Pis/Cofins) 41
Remuneração de Sócios

ƒJUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP)

Efeito fiscal:

-para pessoa jurídica que recebe, a receita de


JCP é tributada pelo PIS/Cofins, CSLL/IRPJ

-se ela repassa para os sócios, a despesa


reduz a base da CSLL/IRPJ

-é questionável a incidência do PIS/Cofins, já


que os JCP têm natureza de dividendos (há
precedentes judiciais)
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Venda de Imóvel

ƒValor contábil inferior ao valor de mercado

Venda pela PJ

-IR (15%+10%) e CSL (9%) sobre o ganho de capital

Venda pela PF

-redução de capital a valor contábil

-IR (15%) sobre ganho de capital.

Economia: 34%-15% = 19%

43
Aquisição de
participação societária

O patrimônio líquido pode ser diferente do valor da


empresa por vários motivos, dentre eles:

-vedação à correção monetária

-restrição à apropriação do goodwill

Consequência: aquisição da participação com ágio

Havendo incorporação, o ágio com fundamento em


rentabilidade futura poderá ser amortizado no
lucro real à razão de 1/60 por mês (máximo)
nos 5 anos seguintes. 44
Eliminação de contingências

-denúncia espontânea - multa de mora

-parcelamento

-anistia / remissão

-compensação

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Atualização
-Fisco Federal (www.receita.fazenda.gov.br)

-INSS (www.previdenciasocial.gov.br)

-Fisco Estadual SP (www.pfe.fazenda.sp.gov.br)

-Fisco Municipal SP
(www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/financas/
tributos/tributos.asp)

-Boletins informativos
(www.iob.com.br, www.fiscosoft.com.br,
www.tributario.net, www.cenofisco.com.br,
www.noticiasfiscais.com.br)
46
Eduardo Borges
eborges@levysalomao.com.br
tel: 11 3365.3659

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