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RECRISTALIZAÇÃO

A recristalização é uma método de purificação de compostos orgânicos que são sólidos


a temperatura ambiente. O princípio deste método consiste em dissolver o sólido em um
solvente quente e logo esfriar lentamente. Na baixa temperatura, o material dissolvido
tem menor solubilidade, ocorrendo o crescimento de cristais. Se o processo for lento
ocorre a formação de cristais então chamamos de cristalização, se for rápida chamamos
de precipitação. O crescimento lento dos cristais, camada por camada, produz um
produto puro, assim as impurezas ficam na solução. Quando o esfriamento é rápido as
impureza são arrastadas junto com o precipitado, produzindo um produto impuro. O
fator crítico na recristalização é a escolha do solvente. O solvente ideal é aquele que
dissolve pouco a frio e muito a quente.

Escolha do solvente e dissolução do sólido

Como já foi dito a escolha do melhor solvente é primordial. A curva de solubilidade


bem íngreme é a ideal como mostra o comportamento da acetanilida em água.

O primeiro problema em uma cristalização é escolher um solvente no qual o material


a ser cristalizado mostre o comportamento da solubilidade desejado. No caso ideal, o
material deve ser moderadamente solúvel a temperatura ambiente e ainda quase
completamente solúvel no ponto de ebulição do solvente escolhido.
A solubilidade dos compostos orgânicos é uma função das polaridades do solvente e
do soluto. A regra geral é: "semelhante dissolve semelhante". Se o soluto é muito polar,
será necessário um solvente muito polar para dissolvê-lo; se for apolar, será necessário
um solvente apolar para dissolvê-lo. Geralmente compostos que tem grupos funcionais
capazes de formar pontes de hidrogênio (por exemplo, -OH, -NH-,-COOH, -CONH-)
será mais solúvel em solventes hidroxílicos, como H2O ou CH3OH, do que em
hidrocarbonetos, como tolueno ou hexano. Se o grupo funcional não for a parte
principal da molécula, esse comportamento de solubilidade deve ser revertido. Por
exemplo, dodecanol, é quase insolúvel em H2O, sua cadeia de doze carbonos faz com
que ele se comporte mais como um hidrocarboneto do que um álcool.
Tabela 1: Ordem decrescente de polaridade do Solvente

H20 Água

RCOOH Ácidos orgânicos (ácido acético)

RCONH2 Amidas (N,N-dimetilformamida)

ROH Álcool ( metanol, etanol)

RNH2 Aminas ( trietilamina, piridina)

RCOR Aldeidos, cetonas (acetona)

ROCOOR Ésteres (Acetato de etila)

RX Haletos orgânicos (CH2Cl2>CHCl3>CCl4)

ROR Éteres ( éter dietilico)

ArH Aromáticos (benzeno, tolueno)

RH Alcanos (hexano, éter petróleo)

Um bom solvente para recristalização deve dissolver grande quantidade da


substância em temperatura elevada e pequenas quantidades em temperaturas mais
baixas. O solvente deve dissolver as impurezas mesmo a frio ou, então, não dissolvê-las
mesmo a quente.
Outros fatores como a facilidade de manipulação, a volatilidade, a inflamabilidade e
o custo devem ser também considerados.
É recomendável fazer testes em tubos de ensaio, com os solventes mais comuns.
Observa-se a ação dos solventes a frio e à temperatura de ebulição, a formação de
cristais durante o resfriamento e o volume necessário por grama da amostra a ser
purificada. Às vezes, uma mistura de dois solventes é mais conveniente. Isto é feito
quando um dos solventes dissolve bem a substância a frio e o outro não, mesmo a
quente. A técnica consiste em aquecer o material a purificar como melhor solvente até a
ebulição da solução da solução, e adicionar lentamente o pior solvente, até aparecer uma
ligeira turvação. Adiciona-se, então, pequena quantidade do melhor solvente, de modo a
obter uma solução límpida e quente.
Para minimizar as perdas do material para a água mãe, é desejável saturar o solvente
em ebulição com soluto. A solução quando resfriada devolverá a maior quantidade
possível de soluto como cristais. Para alcançar esse máximo, o solvente é levado ao seu
ponto de ebulição e o soluto é dissolvido com uma grande quantidade mínima de
solvente em ebulição. Para esse procedimento é recomendável manter um recipiente em
ebulição. Desse recipiente, uma pequena porção de solvente é adicionado a um frasco
que contém o sólido a ser cristalizado. E essa mistura é aquecida com ocasional agitação
até que recomece a ebulição.
Deve-se tomar cuidado para não escolher um solvente que tenha ponto de ebulição
mais alto que o composto a ser cristalizado, pois o composto pode se fundir formando
uma espécie de óleo que não se recristaliza quando o solvente esfriar, formando um
líquido super resfriado, se isso ocorrer, deve-se então tentar dissolver novamente o óleo
e deixar resfriar novamente para tentar a recristalização. Soluções supersaturadas ou
certos tipos de impurezas também provocam a formação desse óleo, por exemplo a
acetanilida em água numa concentração maior que 5,5 % pode formar o óleo.
Um solvente com baixo ponto de ebulição permite ser removido com mais facilidade
do soluto purificado depois de filtrado e lavado. Se for muito volátil deve se tomar os
devidos cuidados.
Outro dado muito importante que também deve ser levado em conta é a toxidade do
solvente. Quando o solvente for muito volátil, inflamável, tóxico ou caro aconselha se
usar um condensador de refluxo.
Tabela: Solventes usados na recristalização

Ponto Ponto Solubilidade Observações


ebulição fusão em água

Água destilada 100 0 + A ser usada sempre que


for apropriada

Metanol 65 * + Inflamável

Etanol absoluto 78 -114 + Inflamável

95% Etanol 78 -114 + Inflamável

Benzeno 80 5 - Inflamável e toxico

Clorofórmio 61 -63,5 - Não inflamável,


vapores tóxicos

Ácido acético (glacial) 118 17 + Não muito inflamável,


vapores irritantes

Dioxano 101 11 + Inflamável

Acetona 56 -94 + Inflamável

Éter etílico 35 -123 - Inflamável

Éter de petroleo 30 - 60 * - Imflamável

Tetracloreto de carbono 77 * - Odor característico

Cristalização
A cristalização deve ser feita em um erlenmeyer. A grande abertura no topo do
béquer é um excelente apanhador de poeira. A abertura estreita do erlenmeyer
reduz a contaminação por poeira e pode ser guardado por um longo período.
Deve-se evitar a evaporação de todo o solvente, senão a purificação não se
realizará, e os cristais serão contaminados com impurezas da água-mãe.
Costuma-se deixar o filtrado obtido na filtração a quente em repouso, de um dia
para o outro ou deixar resfriar até temperatura ambiente e levar a banho de gelo
para cristalizar.
Resfriamento rápido resulta na formação de cristais muito pequenos que
adsorvem impurezas com maior facilidade. Em geral, caso não formem cristais
com facilidade, a substância cristalina pode-se separar da solução sob a forma de
um líquido oleoso. Isso é bastante comum no caso de substâncias de baixo ponto de
fusão.
Se isso ocorrer, pode-se adicionar um pouco mais de solvente, reaquecer,
misturar e deixar esfriar espontaneamente. Assim que o óleo começar a se separar
agita-se fortemente a mistura, a fim de dispersar o óleo, forçando o crescimento
dos cristais no seio da solução. Em outras ocasiões recomenda-se arranhar o
interior do recipiente com um bastão de vidro ou adicionar alguns cristais do
produto, para nuclear a formação de cristais.
O procedimento recomendável é o de deixar a solução resfriar lentamente até
atingir a temperatura ambiente, pode-se então levar a solução a um banho de gelo.

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