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FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS

THIAGO MARSAL FARIAS

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA EDI EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FOZ DO IGUAÇU – PR
2010
UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA EDI EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Trabalho de Conclusão de curso,


apresentado à banca examinadora da União
Dinâmica de Faculdades Cataratas – UDC,
como requisito parcial para obtenção da
Graduação de Bacharel em Sistemas de
Informação sob a orientação do professor
mestre Adélio de Souza Conter.

FOZ DO IGUAÇU – PR
2010
TERMO DE APROVAÇÃO

THIAGO MARSAL FARIAS

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA EDI EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à União Dinâmica de


Faculdades Cataratas, curso de Sistemas de Informação, para obtenção do grau de
Bacharel em Sistemas de Informação, aprovado pela banca examinadora formada
por:

_______________________________________
Orientador: Profº. Adélio de Souza Conter, Msc.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________
Profa. Judith Pavón Mendonza, Dra.

_______________________________________
Profº. Joylan Nunes Maciel, Msc.

Foz do Iguaçu – PR
Junho de 2010
Dedico esse trabalho à minha esposa
Fernanda C. C. Sousa Farias pela paciência,
tempo cedido para meus estudos, por
entender minha distância durante esse
trabalho e pelo apoio recebido, a Deus que
está por trás de todas minhas conquistas e
ao meu Orientador.
RESUMO

Com o crescimento constante da quantidade de informação, as empresas têm


buscado o aperfeiçoamento e o gerenciamento do conhecimento com o objetivo de
alcançar competitividade no mercado. Através da tecnologia elas procuram gerenciar
toda informação gerada pelo seu negócio, objetivando agilidade, confiabilidade e
redução de custos.
A procura por padrões de qualidade esta fazendo com que as empresas
aperfeiçoem a forma de se relacionar, melhorando o fluxo de comunicação com os
parceiros comerciais. Para aumentar a agilidade, confiabilidade e comunicação entre
elas, a ferramenta EDI (Electronic Data Interchange) é uma boa opção para alcançar
esses objetivos.
Esse trabalho tem como objetivo apresentar a EDI como ferramenta para
melhorar a comunicação entre empresas, viabilizando agilidade na comunicação,
rastreabilidade, qualidade nos produtos, redução de custo e integração com a cadeia
logística.

Palavras-Chave: Integração de Sistemas, Tecnologia de Identificação com EDI.


ABSTRACT

With the constant growth of information, companies have been looking for
improvement and information management to find competitiveness in the market.
The companies through information technology are looking to manage all information
generated by their business which brings speed, reliability and cost reduction.
The search for quality standards are every day making companies improve the
way they relate, improving the work flow of communication between trading partners.
To increase the agility, reliability and communication among them, the Electronic
Data Interchange - EDI is a good option to achieve these goals.
This paper aims to provide technology to improve communication between
companies in a supply chain, enabling flexibility in communication, traceability and
product quality, cost reduction and integration with the supply chain by EDI.

Keywords: Systems Integration, Technologies of identification with EDI.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Componentes básicos de um Sistema de Informação .............................. 15


Figura 2 - Funções de um Sistema de Informação.................................................... 16
Figura 3 - Tecnologia da Informação dentro da Organização ................................... 19
Figura 4 - Tecnologia da Informação fora da organização (Cadeia de Suprimentos)
.................................................................................................................................. 20
Figura 5 - Papel x EDI ............................................................................................... 25
Figura 6 - Utilização da EDI x Papel.......................................................................... 25
Figura 7 - Métodos para Intercâmbio Eletrônico de Dados ....................................... 29
Figura 8 - Intercâmbio Eletrônico de Dados - EDI ..................................................... 30
Figura 9 - Padrões EDI .............................................................................................. 31
Figura 10 - Ramo de atividade das empresas pesquisadas ...................................... 37
Figura 11 - Estados sediados pelas empresas.......................................................... 38
Figura 12 - Modelo de Comunicação - VAN .............................................................. 42
Figura 13 - Tunelamento de dados ........................................................................... 45
Figura 14 - Modelo da VPN ....................................................................................... 46
Figura 15 - EDI Tradicional........................................................................................ 47
Figura 16 - Interface WEB-EDI fornecido pela VAN .................................................. 48
Figura 17 - Integração de Sistemas com a EDI ......................................................... 51
Figura 18 - Estrutura do CRM para utilização da EDI ............................................... 53
Figura 19 - Estrutura EAN.UCC-128 ......................................................................... 62
Figura 20 - Número Global de Localização - GLN..................................................... 64
Figura 21 - Utilização de GLN para rotear mensagens ............................................. 65
Figura 22 - Mensagens EDI entre Indústria e Fornecedor ........................................ 68
Figura 23 - Fluxograma da mensagem EDI dentro da Indústria ................................ 69
Figura 24 - Envio de mensagem EDI no padrão UN/EDIFACT através de código de
barras ........................................................................................................................ 71
Figura 25 - Envio de mensagem no formato texto..................................................... 72
Figura 26 - Mensagem XML ...................................................................................... 73
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Sintaxe de mensagem EDI ....................................................................... 27


Tabela 2 - Fatura no formato ANSI ASC X12 ............................................................ 33
Tabela 3 - Fatura no formato UN/EDIFACT .............................................................. 35
Tabela 4 - Empresas Brasileiras que utilizam EDI .................................................... 36
Tabela 5 - Sistemas de códigos utilizados no Brasil ................................................. 60
Tabela 6 - Códigos para o envio de mensagens EDI ................................................ 66
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.


ANSI ASC X12 - American National Standards Institute Accredited Standards
Committee (Instituto Nacional Americano de Padrões Comitê Credenciado de
Padrões).
CR - Continuous Replenishment (Reposição Contínua).
CRM - Customer Relationship Management (Gerenciamento de Relacionamento de
Cliente).
EDI - Electronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).
EDIFACT - Electronic Data Interchange for Administration Commerce and Transport
(Intercâmbio Eletrônico de Dados para Administração do Comércio e Transporte).
EAN - International Article Numbering Association (Associação Internacional de
Automação Comercial).
EANBRASIL - Associação Brasileira de Automação Comercial.
ECR - Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente ao Consumidor).
ERP - Enterprise Resources Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).
GLN - Global Location Number (Número Global de Localização).
GTIN - Global Trade Item Number (Número Global para Identificação de Itens).
GTDI - Guidelines for Trade Data Interchange (Orientações para Transferência
Eletrônica de Dados).
HTTP - Hypertext Transport Protocol (Protocolo de Transporte de Hipertexto).
JIT - Just in Time (em Tempo Real).
LACES - London Airport Cargo EDP Scheme.
EFT - Transferência de Fundos Eletrônicos.
NBR - Norma Brasileira.
ONU - Organização das Nações Unidas.
QR - Quick Response (Resposta Rápida).
SCM - Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos).
SI - Sistemas de Informação.
TDCC - Transportation Data Coordinating Committee (Comitê de Coordenação de
Transporte de Dados).
TED - Transferência Eletrônica Disponível.
UCC - Uniform Code Council (Conselho de Código Único).
UNECE - Nações Unidas para Europa.
UN/EDIFACT - United Nations/Electronic Data Interchange For Administration
Commerce and Transport (União Nacional/Intercâmbio Eletrônico de Dados para
Administração do Comércio e Transporte).
VAN - Value Added Network (Rede de Valor Agregado).
VPN - Virtual Private Network (Rede Virtual Privada).
XML - Extensible Markup Language (Linguagem Extensível de Marcação).
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11

1.1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 11


1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 11
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 11
1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 12
1.4 METODOLOGIA .............................................................................................. 12
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 13

2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - SI ...................................................................... 14

2.1 CONCEITOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ........................................... 14


2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ...................................................... 17
2.2.1 Sistemas de Informação Operacional - SIO .................................................. 17
2.2.2 Sistemas de Informação Gerencial - SIG...................................................... 18
2.2.3 Sistemas de Informação Estratégico - SIE ................................................... 18
2.3 ESTRUTURA ................................................................................................... 19

3. INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS - EDI ................................................ 23

3.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 23


3.2 CONCEITOS DO INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS ....................... 26
3.3 PADRONIZAÇÃO ............................................................................................ 31
3.3.1 Padrão ANSI ASC X12 ................................................................................. 32
3.3.2 Padrão UN/EDIFACT .................................................................................... 34
3.4 EDI NO BRASIL ............................................................................................... 35
3.5 VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DA EDI ..................................................... 39
3.6 DESVANTAGENS NA IMPLANTAÇÃO DA EDI .............................................. 40
3.7 COMUNICAÇÃO.............................................................................................. 41
3.7.1 Value Added Network - VAN ......................................................................... 42
3.7.2 Virtual Private Network - VPN ....................................................................... 44
3.8 EDI TRADICIONAL .......................................................................................... 46
3.9 WEB-EDI ......................................................................................................... 47
4. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ATRAVÉS DA EDI ................ 49

4.1 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING - ERP ............................................... 49


4.2 CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - CRM ................................... 51
4.3 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - SCM ......................................................... 53
4.4 FERRAMENTAS PARA INTEGRAÇÃO DA EDI NOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO ...................................................................................................... 55
4.4.1 Quick Response - QR ................................................................................... 56
4.4.2 Efficient Consumer Response - ECR ............................................................ 56
4.4.3 Vendor Management Inventory - VMI ........................................................... 57
4.4.4 Continuous Replenishment - CR .................................................................. 57

5. TECNOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E SUA APLICAÇÃO COM EDI ................... 59

5.1 CÓDIGO DE BARRAS..................................................................................... 59


5.1.1 Padrão EAN.UCC ......................................................................................... 61
5.1.1.1 Etiqueta EAN.UCC-128 ............................................................................. 61
5.1.2 Código de Série de Unidade Logística - SSCC ............................................ 63
5.1.3 Global Trade Item Number - GTIN ................................................................ 63
5.1.4 Global Location Number - GLN ..................................................................... 64
5.1.5 Vantagem na Utilização do GTIN e GLN ...................................................... 65
5.2 ENVIANDO MENSAGEM ATRAVÉS DA EDI .................................................. 65
5.2.1 Mensagens Trocadas entre Fornecedor e Cliente ........................................ 68
5.3 ENVIO DE MENSAGEM EDI USANDO CÓDIGO DE BARRAS E UN/EDIFACT
............................................................................................................................... 69

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 75

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 77


11

1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

O rápido crescimento no fluxo das informações nas empresas e, o aumento


do uso de tecnologia da informação entre as instituições, fez com que elas se
preocupassem em gerir toda essa informação de forma padronizada, aprimorando
assim seus processos e também garantindo uma diminuição nos seus custos.
A competitividade entre as empresas pode ser aumentada pela agilidade e
confiabilidade da comunicação eletrônica. Através da sofisticação dos sistemas e
aumento da segurança na transmissão de dados eletrônicos entre empresas,
favorecida com o uso da internet, o intercâmbio eletrônico de dados EDI (Electronic
Data Interchange), surge como ferramenta para alcançar vantagem competitiva entre
empresas de diversos ramos de atividades e variados seguimentos de mercado.
Esta ferramenta é capaz de integrar as empresas, padronizando seus fluxos de
informações e apresentando resultados positivos.
Tendo em vista a grande utilização pelos diversos seguimentos de mercado,
por exemplo, auto peças, alimentícios, varejista, atacadista e manufatureiro. O
intercâmbio eletrônico de dados trouxe uma série de benefícios, que serão
explanados, permitindo a rápida transferência de informações e aumentando o poder
de decisão devido à qualidade das informações processadas (PORTO et al., 2000).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar a ferramenta EDI e fazer um estudo do seu conceito e arquitetura,


objetivando sua utilização na integração de sistemas de informações entre
empresas.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Apresentar Sistemas de Informação;


12

• Conceituar a EDI - Intercâmbio Eletrônico de Dados e contextualizar sua


estrutura;
• Mostrar integração de sistemas de informação através do EDI;
• Analisar tecnologia de identificação e aplicação em EDI;
• Expor as vantagens no uso do EDI entre empresas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo Porto et al. (2000), a EDI aparece como uma ferramenta capaz de
aperfeiçoar o relacionamento entre empresas, podendo ser definido como um fluxo
eletrônico e padronizado de dados entre empresas, que permite melhorar os
resultados tanto em termos operacionais quanto estratégicos.
Através da EDI pode-se alcançar uma melhora na comunicação entre
empresas parceiras, de modo que o fluxo de informação se torne dinâmico, rápido,
eficiente, econômico e proporcione as empresas uma redução nos custos.
A EDI foi desenvolvida para facilitar a troca de documentos eletrônicos e,
pode ser considerado como uma das principais ferramentas utilizada pelas
empresas para estenderem eletronicamente seus negócios, com uma rede de
computadores entre seus clientes e fornecedores utilizando o intercâmbio eletrônico
de dados (COLCHER e VALLE, 2000).

1.4 METODOLOGIA

Foi utilizado neste trabalho de pesquisa bibliográfica com embasamento


teórico específico na área de Sistemas de Informação, buscando conteúdo sobre
Intercâmbio Eletrônico de Dados e aplicação na integração de Sistemas de
Informação.
Esta pesquisa foi dividida em duas etapas: a primeira constitui na procura por
temas relacionados a intercâmbio eletrônico de dados, sistemas de informações,
troca de dados eletrônicos, transferência eletrônica de dados e ferramenta pra
integração de sistemas. Na segunda foram estabelecidos dois critérios para refinar
os resultados: a abrangência temporal dos estudos definida entre os anos de 1997 a
2010 e, o idioma, textos em português e inglês.
13

As buscas foram feitas também por meio das palavras encontradas nos títulos
e nos resumos dos artigos. Cabe ressaltar que a pesquisa foi realizada entre o
período de janeiro de 2009 a junho de 2010, de conformidade com o assunto
proposto, sendo descartados os estudos que não apresentaram objetivos
correlacionados ao tema deste trabalho.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em sete capítulos:


O primeiro capítulo expões as principais informações relacionadas a este
trabalho, à introdução e os objetivos específicos e gerais.
No segundo capítulo são apresentados os principais conceitos sobre
Sistemas de Informação e sua estrutura.
Já no terceiro capítulo serão apresentados os principais conceitos da EDI -
Intercâmbio Eletrônico de Dados, meios de comunicação e exemplos de padrões.
O quarto capítulo apresenta três sistemas de informação sendo: ERP
(Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management) e SCM
(Supply Chain Management) e juntamente com eles algumas das ferramentas para
integração com a EDI.
Logo, no quinto capítulo será analisada uma tecnologia de identificação
chamada de código de barras e sua aplicação na EDI, expondo as vantagens na
utilização entre empresas.
O sexto capítulo é composto pela conclusão e indicação de trabalhos futuros.
Por fim o sétimo capítulo apresenta as referências bibliográficas.
14

2. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - SI

Sistemas e tecnologia da informação podem ser considerados como uma


peça fundamental para alcançar o sucesso empresarial e organizacional. Portanto,
possuir dados, saber que possui informações disponíveis e saber extrair
conhecimento destas informações, gera enorme vantagem competitiva.
No entanto, os sistemas de informação possibilitam um maior e melhor
rendimento através da tecnologia e regras definidas, onde apontam resultados
desejados atribuídos pelas variáveis estabelecidas.
Segundo Laudon e Laudon (2007), tecnologia da informação (TI), define-se
como todo software e hardware que uma empresa necessita para atingir seus
objetivos organizacionais, isso incluem computadores, drives, e também softwares
como, por exemplo, os sistemas operacionais Windows ou Linux, Microsoft Office
entre vários outros softwares. Entretanto, SI (Sistemas de Informação) se tornam
mais complexos de serem compreendidos, eles devem ser analisados tanto da
perspectiva tecnológica quanto da organizacional.

2.1 CONCEITOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Na visão de Laudon e Laudon (2007) e Stair e Reynolds (2010), sistemas de


informação podem ser definidos como sendo um conjunto de componentes inter-
relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem
informações, que destinam a apoiar na tomada de decisões, coordenação e controle
de uma organização e, além disso, esses sistemas também auxiliam os gerentes e
colaboradores na análise de problemas, visualização de assuntos complexos e na
criação de novos produtos.
Os sistemas de informação definem-se como sendo um conjunto organizado
de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que
coleta, transforma e dissemina informação em uma organização como mostra a
figura 1 (O’BRIEN, 2004 e TURBAN et al., 2007).
15

Figura 1 - Componentes básicos de um Sistema de Informação


Fonte: adaptado de (O’BRIEN, 2004)

Segundo Turban et al. (2007) e Stair e Reynolds (2010), os componentes


básicos dos sistemas de informação são definidos como:
• Hardware: é um componente físico, como por exemplo, processador,
monitor, teclado e impressoras. Juntos, esses dispositivos recebem
dados e informações, os processam e os exibem;
• Procedimentos: é um conjunto de instruções sobre como combinar
todos os componentes para processar informações e gerar a saída
desejada;
• Redes: é uma rede de conexão com ou sem fio, onde permite que
diferentes computadores compartilhem informações;
• Banco de Dados: um banco de dados é uma coleção de arquivos ou
tabelas relacionadas contendo dados;
16

• Pessoas: são os indivíduos que utilizam tanto o hardware quanto o


software, interagem com eles ou se utilizam da sua saída;
• Software: é um programa ou conjunto de programas que permite que
o hardware processe os dados.
Existem três atividades em um SI que produzem as informações que as
organizações necessitam para tomar decisões, controlar operações, analisar
problemas e criar novos produtos ou serviços. Segundo Stair e Reynolds (2010),
essas atividades são definidas como entrada, processamento e saída ou do ponto
de vista de Turban et al. (2004), entrada, controle e saída, como mostra a figura 2.

Figura 2 - Funções de um Sistema de Informação


Fonte: adaptado de (TURBAN et al., 2004)

A entrada (ou input) captura ou coleta dados brutos de dentro da organização


ou de seu ambiente externo. O controle converte os dados brutos em uma forma
mais significativa, ou seja, auxilia os gestores na tomada de decisões por meio de
resultados apontados (LAUDON e LAUDON, 2007) e (TURBAN et al., 2004).
A saída (ou output) transfere as informações processadas às pessoas que as
utilizam ou às atividades pelas quais elas serão aplicadas. No entanto, os SI também
requer um feedback, onde através da saída gerada a determinados membros da
organização, irão ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de entrada (LAUDON e
LAUDON, 2007) e (TURBAN et al., 2004).
17

2.2 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Em uma organização existem diferentes departamentos, por exemplo,


contabilidade, finanças, gerenciamento de produção/operação, marketing e recursos
humanos. No entanto, existem também vários tipos de SI, onde cada um deles se
classifica de acordo com a sua forma de utilização e o tipo de retorno dado ao
processo de tomada de decisões.
Segundo O`Brien (2004), tipos de SI podem ser classificados conceitualmente
ora como operações, ora como sistemas de informação gerencial. Também são
classificados de forma a enfatizar os papéis principais onde cada um desempenha
nas operações e administração de uma organização.
Para Rezende (2008), SI pode ser classificado de diversas formas, onde
nelas tendem contribuir para as atividades de planejamento, desenvolvimento ou
aquisição de soluções para a organização. No que se diz critério de suporte a
decisões, a classificação dos SI podem ser: operacional, gerencial e estratégico.
No entanto, Laudon e Laudon (2007) explicam que para diferentes interesses,
especializações e níveis dentro de uma organização, existem também diferentes
tipos de SI, exemplo disso são: sistemas para conduzir campanhas de e-mail,
monitorar os anúncios publicados no Google, monitorar as transações básicas de
vendas, sistema para gerenciar fornecedores e assim por diante.
Difícil compreender todos os sistemas presente em uma organização e, ainda
mais difícil entender como eles se inter-relacionam. Portanto, será aclarada essa
complexa situação analisando os diferentes sistemas de informação.
Analisando o modelo convencional de SI, onde a ênfase está nos tipos
(operacional, gerencial e estratégico) listados abaixo, veremos que eles atribuem
uma relação de interdependências entre os níveis dos sistemas, níveis ou tipos das
informações e níveis hierárquicos, como por exemplo, corpo técnico, corpo gestor e
alta administração.

2.2.1 Sistemas de Informação Operacional - SIO

É responsável pelo processamento de operações e transações rotineiras e


cotidianas, incluindo seus próprios procedimentos. Incumbido também por controlar
18

os dados detalhados das operações e funções organizacionais, garantindo o


funcionamento harmônico da organização, também auxilia a tomada de decisões de
corpo técnico ou operacional das unidades departamentais.
As informações são apresentadas no melhor nível, ou seja, analítica,
detalhada e apresentada no tempo adequado (REZENDE, 2008).
De forma simples, o papel do SIO é processar transações eficientes, controlar
processos industriais, apoiar comunicações e colaboração e atualizar bancos de
dados da empresa (O’BRIEN, 2004).

2.2.2 Sistemas de Informação Gerencial - SIG

São responsáveis por resumir dados e preparar relatórios, principalmente


para o corpo gestor. Esses relatórios geralmente se referem a uma área funcional
específica, no entanto, eles são um tipo importante de SI de área funcional (Turban
et al., 2007).
De acordo com Rezende (2008), eles são encarregados do processamento de
grupos de dados das operações e transações operacionais, transformando-os em
informações agrupadas para gestão. Eles trabalham com dados resumidos das
operações e funções organizacionais auxiliando na tomada de decisões do corpo
gestor.

2.2.3 Sistemas de Informação Estratégico - SIE

Eles podem fornecer conselho especializado para tarefas operacionais, como


diagnóstico de equipamentos ou decisões gerenciais, como administração de
carteiras de empréstimos. Também são conhecidos como sistemas baseados no
conhecimento e fornecem conselho especializado e funcionam para os usuários
como consultores e especialistas (O’BRIEN, 2004).
Na visão de Rezende (2008), eles são capazes de fazer o processamento de
grupos de dados das atividades operacionais e transações gerenciais,
transformando-os em informações estratégicas. Ele visa auxiliar no processo de
tomada de decisões da alta administração da organização.
19

2.3 ESTRUTURA

As organizações utilizam vários tipos diferentes de SI, a figura 3 mostra no


topo da pirâmide os diferentes tipos de SI dentro da organização. Entretanto, na
figura 4 são mostrados diferentes tipos de SI entre organizações, que serão
apresentados no capítulo 4.

Figura 3 - Tecnologia da Informação dentro da Organização


Fonte: (TURBAN et al., 2007)
20

Figura 4 - Tecnologia da Informação fora da organização (Cadeia de Suprimentos)


Fonte: (TURBAN et al., 2007)

Segundo Turban et al. (2007), a base de um SI consiste na infra-estrutura de


TI, onde nela incide instalações físicas de componentes, serviços e pessoal onde
prestam suporte à organização.
Analisando a figura 3 da parte inferior, veja que os componentes de TI são o
hardware, software e as tecnologias de comunicação que proporcionam a base de
todos os SI da organização. No quadro acima, perceba que o pessoal de TI utiliza
seus componentes para prestarem serviços que são: gerenciamento de dados,
gerenciamento da segurança e do risco e desenvolvimento de sistemas.
Cada departamento ou área funcional dentro da organização possui seu
próprio SI, esses sistemas de informação departamental ou sistema de informação
de área funcional, estão localizados no alto da figura 3. Todos os SI são
responsáveis por apoiar uma área funcional específica na organização, como por
exemplo, SI de contabilidade, SI de finanças, SI de gerenciamento de
produção/operação (GPO), SI de marketing e SI de recursos humanos (TURBAN et
al., 2007).
Ainda abaixo do SI da área funcional (SIG, SAE), encontra-se dois Sistemas
de Informação que apóiam a organização como um todo, sendo os sistemas de
21

planejamento de recursos empresariais e os sistemas de processamento de


transações.
Segundo Turban et al. (2007), o ERP (Sistema de Planejamento de Recursos
Empresariais) é delineado para corrigir um problema dentro do SI da área funcional.
O ERP foi uma importante novidade, visto que os diversos SI da área funcional se
quer eram desenvolvidos como sistemas independentes e não se comunicavam uns
com os outros, no entanto o ERP veio resolver essa dificuldade através da
integração que será tratada no próximo capítulo.
O SPT (Sistema de Processamento de Transações) ampara o monitoramento,
coleta, armazenamento e o processamento de dados das transações comerciais
básicas da organização, gerando dados, por exemplo, quando você está em um
caixa do Wal-Mart, cada vez que passa um item pelo leitor de código de barras, isso
é uma transação. Portanto, o SPT angaria dados em tempo real e forneceria os
mesmos para sistemas corporativos utilizando a ferramenta EDI (Intercâmbio
Eletrônico de Dados) (TURBAN et al., 2007).
No entanto, este processo de coleta e troca de informação entre os sistemas
de uma cadeia de suprimentos ou parceiros comerciais, gera informação sobre seus
negócios podendo através delas alcançar competitividade no mercado em geral. No
próximo capítulo será abordado sobre uma ferramenta que auxilia os sistemas de
informação na troca eletrônica de informações.
Os sistemas de informação interorganizacional se conectam com duas ou
mais organizações e apóia muitas operações interorganizacionais onde as mais
conhecidas é o gerenciamento da cadeia de suprimentos como mostra a figura 4
(LAUDON e LAUDON, 2007).
Segundo Stair e Reynolds (2010) o gerenciamento da cadeia de suprimentos
de uma organização descreve o fluxo de matérias, informações, dinheiro e serviços,
desde o suprimento de matéria-prima, passando pela fábrica e depósito, até o
consumidor final.
Na visão de Turban et al., (2007), os sistemas de comércio eletrônico é outro
tipo de sistemas de informações interorganizacional. Através dele é possível realizar
transações chamadas de comércio eletrônico de empresa-a-empresa (business-to-
business - B2B) e empresa-a-consumidor (business-to-consumer - B2C), conforme
mostrado na figura 4.
22

Entretanto, a ferramenta EDI pode ser um diferencial para o comércio


eletrônico B2B na cadeia de suprimentos, onde através dele é possível controlar o
fluxo de informação entre organizações de forma pratica e eficiente.
23

3. INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS - EDI

A EDI (Electronic Data Interchange) é uma ferramenta para utilização da troca


eletrônica de dados através de um sistema de informação entre duas ou mais
organizações, de maneira que essas informações sejam transmitidas de forma
padronizada e possam ser interpretadas pelos sistemas correlacionados. A EDI tem
como principal objetivo a substituição do fluxo de papéis entre empresas,
aumentando assim o desempenho nos processos e reduzindo custos (PRATES e
GALLÃO, 2007).

3.1 HISTÓRICO

O intercâmbio eletrônico de dados surgiu no final dos anos 60, pela


necessidade e aprimorar o fluxo de informação e diminuir o volume de papéis
utilizados pelas empresas (YADAV, 2007).
Segundo Ladeira et al. (2006), a indústria norte-americana formada pelos
seguimentos de mercado dos transportes fluviais, aéreos e terrestres, foi
responsável pelo surgimento da EDI. Foi através da necessidade de melhorar a
comunicação entre empresas que, a indústria teve como objetivo desenvolver um
software que viesse a melhorar a comunicação e eliminar todo o volume de papel
utilizado, onde extinguisse o retardo nos processos de comunicação entre os
parceiros.
A partir daí deu-se origem ao primeiro Comitê de Coordenação de Transporte
de Dados TDCC (Transportation Data Coordinating Committee). Esse comitê foi
publicado em 1975. Posteriormente, visando à necessidade de criar uma maneira
para que essas transações de dados pudessem ser interpretadas de forma clara e
fácil, foi criado um dos primeiros padrões da EDI, chamado de ANSI ASC X12,
montado em 1979 baseado no desenvolvimento do TDCC (HSIEH e LIN, 2004 apud
LADEIRA et al., 2006).
24

Segundo Yadav (2007, p.4), no período dos anos 70, o Ministério


Britânico, por sua vez com assistência da (SITPRO - the British
Simplification of Trade Procedures Board), também estava
desenvolvendo seus próprios padrões de documentos eletrônicos,
chamado de Tradacoms. Porém, este se referia a um padrão
embasado no comércio Europeu, e, em seguida foram prorrogados
pela comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa
(UNECE) que a partir daí ficou conhecida como (Guidelines for Trade
Data Interchange - GTDI).

No início da década de 70, foi através da empresa LACES (London Airport


Cargo EDP Scheme), responsável pelo sistema para fretes no aeroporto de
Heathrow em Londres, que o primeiro caso de sucesso no uso da EDI como uma
ferramenta de intercâmbio de dados deu origem (BITTAR e LIMA, 1997).
Na visão de Bittar e Lima (1997), uma empresa considerada pioneira na
utilização da EDI é a Chrysler onde por volta dos anos 80, iniciou um plano de
redução de custos, com isso fazendo com que vários parceiros de negócios
compartilhassem informações através da EDI.
Segundo Florida (2009), em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos em
várias empresas de diferentes seguimentos, comparando a troca de mensagem
através de papel e EDI, entre 1999 a 2010 conforme ilustra a figura 5, pode-se
observar que entre os anos de 1999 e 2000, somente 22% das empresas trocavam
mensagem através da EDI.
Contudo, dez anos após, esse número cresceu para 95,10% como mostra a
figura 6, ou seja, nos dias atuais esse número é significativo e, as empresas buscam
a cada dia melhorar sua comunicação e reduzir custo. A EDI vem como ferramenta
para suprir essas necessidades.
25

Figura 5 - Papel x EDI


Fonte: (FLORIDA, 2009)

Figura 6 - Utilização da EDI x Papel


Fonte: (FLORIDA, 2009)

Assim a EDI apresentou-se como uma ferramenta para revolucionar a forma


de cliente e fornecedor se relacionar, estreitando suas relações e buscando
26

aprimorar conhecimento, deixando a preocupação com os processos mecânicos,


onde a EDI auxilia automatizando os processos (LADEIRA et al., 2006).

3.2 CONCEITOS DO INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS

A EDI surgiu como um diferencial positivo trazendo mudanças na maneira de


realizar negócios no mundo inteiro, através de um sistema de informação entre duas
ou mais organizações, fazendo a integração desses sistemas para a troca de
mensagens.
Segundo Porto (2000), através do uso da EDI é possível buscar um equilíbrio
positivo entre a qualidade de seus produtos e serviços e as necessidades
específicas dos diversos parceiros comerciais que se utilizam do mesmo sistema.
Segundo a EANBRASIL (2004), Associação Brasileira de Automação
Comercial, empresa que está encarregada através de um Decreto Federal1 de
orientar a implantação de código nacional de produto no país, ou seja, o código de
barras e a padronização para a EDI. A EDI funciona como uma ferramenta para
efetuar a transmissão automática de informações comerciais entre sistemas de
informações, onde todos os documentos utilizados pelas empresas são
transformados em forma de mensagens a serem transmitidas adequadamente pelos
meios eletrônicos, entre aplicações de sistemas de informações utilizados entre
cliente e fornecedor ou até mesmo pelos parceiros comerciais.
A mensagem EDI consiste em seguimentos de cabeçalhos e, através deste
procedimento é construída a estrutura da mensagem, a tabela 1 mostra os principais
cabeçalhos para mensagens EDI.

1 o
Decreto n 90.595, de 29 de Novembro de 1984
Art. 1o Fica criado o Sistema de Codificação Nacional de Produtos, e definido o Padrão Internacional
EAN, para todo Território Nacional. Parágrafo Único – A codificação nacional de produtos de que trata este
artigo, visa a identificação de produtos, por equipamentos de automação, nas operações do Comércio, no
Mercado Interno.
27

Descrição Cabeçalho Utilização


Notificação da Cadeia de Caracteres de Serviços UNA Opcional
Cabeçalho do Intercâmbio UNB Obrigatório
Cabeçalho do Grupo Funcional UNG Opcional
Cabeçalho da Mensagem UNH Obrigatório
Terminador de Mensagem UNT Obrigatório
Terminador de Grupo Funcional UNE Opcional
Terminador de Intercâmbio UNZ Obrigatório

Tabela 1 - Sintaxe de mensagem EDI


Fonte: adaptado de (COLCHER e VALLE, 2000)

Segundo Turban et al. (2007), a mensagem EDI é construída ou convertida


através de um conversor chamado de tradutor, para ser enviada através da VAN -
Rede de Valor Agregado ou VPN - Rede Virtual Privada.

Segundo Jilovec (2004), a mensagem EDI é interpretada pelo software EDI e


transformada em um arquivo de texto no formato padrão adotado pela empresa
como mostra o item 3.3.

No ponto de vista de Turban et al. (2007), os principais componentes da EDI


são:
• Tradutores de EDI: um tradutor de EDI converte dados para um
formato padrão antes de serem transmitidos;
• Mensagens de transações comerciais: a EDI transfere,
principalmente, mensagens sobre transações comerciais repetitivas.
Essas transações incluem ordens de compra, fatura, aprovações de
crédito, avisos de entrega e confirmações;
• Padrões de formatação de dados: como as mensagens de EDI são
repetitivas, faz sentido usar padrões de formatação (codificação).
Segundo Ferreira e Silveira (2007), a EDI é uma ferramenta que origina a
redução de papéis e burocracia, trazendo maior eficácia e agilidade. O fato de trocar
dados eletronicamente simplifica bastante os processos, tornando-os mais baratos e
seguros.
28

A EDI oferece muitos benefícios em comparação com um sistema de entrega


manual. Através da EDI é possível minimizar os erros de entrada de dados, pois
cada entrada é verificada pelo computador, além disso, o tamanho da mensagem
pode ser menor e também ser protegida, também diminui o tempo do ciclo, aumenta
a produtividade e elimina o armazenamento de papel (TURBAN et al., 2007).
No ponto de vista de Rodrigues (2005) e Turban et al. (2007), existem duas
formas pelas quais as informações fluem no mundo dos negócios conforme ilustra a
figura 7:
a) Sem EDI: que diferem nas mensagens, fax, e-mail, memorandos e até
mesmo através de cartas;
b) Com EDI: onde são definidas pelos pedidos de compras, aviso de
despacho, faturas e pagamentos, extratos financeiros, escala de
entrega, avisos de embarque e dados de nota fiscal eletrônica.
29

Figura 7 - Métodos para Intercâmbio Eletrônico de Dados


Fonte: (TURBAN et al., 2007)

Portanto, à medida que a empresa opta por utilizar um processo sem EDI, ela
estará tendo um esforço excessivo gerando um alto nível de retrabalho, conferência
dos formulários a serem enviados as empresas parceiras e o custo gerado será
elevado, ao contrário de um envio de mensagem eletrônica através das mensagens
estruturadas.
30

Segundo Giehl (2005), a EDI funciona como sendo um sistema intermediário


entre o ERP (Enterprise Resources Planning), CRM (Customer Relationship
Management) e o SCM (Supply Chain Management), fazendo o envio de mensagens
eletrônicas para todos de uma cadeia de suprimento, controlando o fluxo físico de
produtos, para trocarem informações pertinentes seus negócios como mostra a
figura 8, trazendo vários benefícios que serão explanados no item 3.5.

Figura 8 - Intercâmbio Eletrônico de Dados - EDI


Fonte: (GOL, 2005 apud GIEHL, 2005)

Um dos benefícios em se ter a EDI como um sistema intermediário como


supra descrito, é que os produtos podem ser controlados através de códigos de
barras, possibilitando seu controle dês da aquisição da matéria-prima até o
consumidor final, através do código EAN.UCC, trazendo maior segurança e agilidade
para os negócios. O conceito de códigos de barras e seus respectivos benefícios
serão apresentados no capítulo 5 (EANBRASIL, 2004).
Entretanto, na medida em que os sistemas EDI vão se comunicando e o nível
de informação aumenta, é importante que um padrão para troca de mensagens seja
definido, por exemplo, seria caótico existir 100 padrões para troca de mensagens
para alcançar um só objetivo que é enviar e receber uma mensagem, portanto existe
a necessidade de adoção de um padrão universal.
31

3.3 PADRONIZAÇÃO

Segundo Bittar e Lima (1997), dois padrões para EDI tem sido muito utilizado
em países como EUA e Europa, como mostra a figura 9, atendendo somente os
padrões dos seus respectivos mercados internos.

Figura 9 - Padrões EDI


Fonte: (APEDI, 200X)

À medida que a EDI se expandiu internacionalmente, padrões para troca de


mensagens se fizeram necessários. Esses padrões surgem para fazer uma
conciliação dos padrões nacionais para uma unificação universal, ou seja, as
organizações internacionais trabalham para unificar esses padrões para simplificar o
intercâmbio de informações.
Segundo EANBRASIL (2004), padrões como UN/EDIFACT para troca de
mensagens ou documentos eletrônicos, tornam-se importante para fazer com que as
informações sejam entregues aos sistemas de informações das empresas de vários
países e possam ser interpretadas sem auxílio ou interferência humana. Atribuindo
às pessoas que utilizam a EDI somente o papel de se obter das informações por
meio de relatórios gerados pelos sistemas.
Assim, a EDI foi desenvolvida para facilitar a troca de documentos eletrônicos
utilizando os padrões apresentados a seguir, que pode ser considerado como uma
das principais ferramentas utilizada pelas empresas para estenderem
eletronicamente seus negócios, com uma rede de computadores entre seus clientes
e fornecedores utilizando o intercâmbio eletrônico de dados.
No início da utilização da EDI foram desenvolvidos formatos onde atenderiam
isoladamente as necessidades individuais de cada empresa. Em pouco tempo foram
percebidas as limitações destes formatos, surgindo assim à necessidade de outros
32

padrões, para atender as necessidades exigidas pelas empresas, para integrar seus
sistemas com a EDI (COLCHER e VALLE, 2000).
Segundo a Ferreira e Assumpção (2005), a utilização de um padrão para
fazer a troca eletrônica de dados entre parceiros comerciais é importante para
facilitar a interpretação de todo o fluxo de informação gerado pelas empresas
parceiras através de sistemas. Se não houvesse a adoção de um padrão, o fluxo de
informação seria tão grande que chegaria ao ponto onde não seria mais possível de
ser administrada.
Com a adoção de um padrão, a empresa possibilita contrair novos parceiros
comerciais que já utilizam sistemas EDI, e também permite a participação de outras
empresas de diferentes seguimentos de mercado a participarem no mesmo grupo
(FERREIRA e ASSUMPÇÃO, 2005).
Antes do surgimento do padrão EDIFACT que atualmente é o padrão mais
utilizado no mundo, existiam dois tipos de padrões utilizados, o ANSI ASC X12
(American National Standards Institute Accredited Standards Committee) “Instituto
Nacional Americano de Padrões Comitê Credenciado de Padrões” que teve origem
na América do Norte e, GTDI (Guidelines for Trade Data Interchange) “Orientações
para Intercâmbio de Dados Comerciais” que teve origem na Europa (YADAV, 2007).
As mensagens EDI funcionam da seguinte forma: as empresas ao efetuarem
uma venda emitem para o consumidor uma nota de saída ou nota fiscal, essa nota
pode ser interpretada apenas por humanos.
Segundo EANBRASIL (2004), para a EDI o processo é o mesmo, porém, as
informações são interpretadas pelos softwares EDI e traduzidas, onde serão
enviadas para os sistemas destinatários através do padrão UN/EDIFACT, onde o
sistema EDI possa interpretá-las e efetuar tarefas, nas quais estarão contidas na
mensagem.

3.3.1 Padrão ANSI ASC X12

No entanto, as informações contidas nas notas ou faturas precisam ser


interpretadas e traduzidas para uma linguagem que o computador interprete, além
disso, a informação deve ser entregue em um formato onde o sistema
correspondente possa interpretá-la.
33

Segundo Jilovec (2004), para sanar este problema o comércio Americano


passou a utilizar o padrão ANSI ASC X12, para enviar mensagens através da EDI,
portanto, a tabela 2 mostra como uma fatura convencional é enviada através do
formato ANSI ASC X12.

Formato ANSI ASC X12 Conteúdo da Fatura


GS*INI*012345678*087654321*040713*2219*
000000001*X003040!
ST*810*0001!
BIG*040713*1001*040625*P89320! DATE 7/13/04
ORDER DATE 6/25/04
INVOICE# 1001
CUSTOMER ORDER# P989320
N1*BT*ACME DISTRIBUTING COMPANY! CHARGE TO Acme Distributing Company
N3*P.O. BOX 33327! P.O. Box 33327
N4*ANYTOWN*NJ*44509! Anytown, NJ 44509
N1*ST*THE CORNER STORE! SHIP TO The Comer Store
N3*601 FIRST STREET! 601 First Street
N4*CROSSROADS*MI*48106! Crossroads, MI 48106
N1*RI*SMITH CORPORATION! REMIT TO Smith Corporation
N3*900 EASY STREET! 900 Easy Street
N4*BIG CITY*NJ*15455! Big City, NJ 15455
PER*AD*C.P.JONES*TE*6185558230! CORRESPONDENCE TO Accounting Dept.
C.P. Jones
(618) 555-8230
ITD*01*3*2**10! TERMS OF SALE 2% 10 Days from invoice date
Quantity Unit Supplier Brand Code Description
Unit Price
IT1**3*CA*12.75**VC*6900!
IT1**12*EA*.475**VC*P450!
IT1**4*EA*.94**VC*1640Y!
IT1**1*DZ*3.40**VC*1507!
TDS*5111*! Invoice total
CAD*M****CONSOLIDATED TRUCK! Via Consolidated Truck
CIT*4*20! (4 Line items, Hash Total 20)
SE*21*0001!
GE*1*000000001!

Tabela 2 - Fatura no formato ANSI ASC X12


Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo Dias (2004), mensagens enviadas através do padrão ANSI X12,


ficariam limitadas ao mercado interno dos Estados Unidos, devido seu formato ter
sido criado e desenvolvido para suportar somente seu padrão de mercado.
34

Por outro lado, o UN/EDIFACT foi criado para superar essa dificuldade,
unindo os diferentes padrões em um único padrão universal ilustrado no item
seguinte.

3.3.2 Padrão UN/EDIFACT

O padrão UN/EDIFACT, tem como objetivo, unificar os padrões comerciais


dos países, formando uma corrente unificada, tornando a EDI muito mais fácil de ser
introduzido nas empresas.
Na visão de Colcher e Valle (2000), a comunicação de forma unificada torna
eficiente a EDI, de maneira que a mensagem é enviada no formato UN/EDIFACT, o
sistema responsável pela recepção dos dados, fará a leitura dos dados, eliminando
a conversão de padrões.
O padrão UN/EDIFACT, está sendo adotado por todas as empresas
participantes da EDI, pela sua forma simples de comunicação e por facilitar a
comunicação entre empresas de diferentes países. Além de facilitar a comunicação
esse padrão engloba os padrões mundiais, fazendo com que as empresas não
percam com a mudança. De acordo com a tabela 3 pode-se observar uma fatura
sendo enviada através do padrão UN/EDIFACT (JILOVEC, 2004).

Formato UN/EDIFACT Conteúdo da Fatura


UNH+1+INVOIC:D:95B:UN'BCM++1001’ INVOICE# 1001
DTM+3:0407713:101’ DATE 7/13/04
DTM+4:040625:101’ ORDER DATE 6/25/04
DTM+11:040713:101’ SHIP DATE 7/13/04
RFF+ON:P989320’ CUSTOMER ORDER# P989320
NAD+BT+++ACME DIST. COMPANY’ CHARGE TO Acme Distributing Company
P.O. BOX 33327+ ANUTOWN+NJ++44509’ P.O. Box 33327
Anytown, NJ 44509
NAD+ST+++THE COMER STORE’ SHIP TO The Comer Store
601 FIRST STREET+CROSSROADS+MI+48106’ 601 First Street
Crossroads, MI 48106
NAD+RE+++SMITH CORPORATION’ REMIT TO Smith Corporation
900 EASY STREET+BIG CITY+NJ+15455’ 900 Easy Street
Big City, NJ 15455
CTA+AR+C.P. JONES’ CORRESPONDENCE TO Accounting Dept.
COM+6185558230:TE’ C.P. Jones
(618) 555-8230
PAT+22+ZZZ:::2% 10, Net 30+9:1:D10’ TERMS OF SALE 2% 10 Days from invoice date
PCD+12:2’
35

TDT+1+++31+:::CONSOLIDATED TRUCK’ Via Consolidated Truck


Quantity Supplier Brand Code Description Unit
Price
LIN+001++6900:BP’ 3 Ca 6900 Cellulose Sponges 12.75
IMD+F++:::CELLULOSE SPONGES’
QTY+47:3:3CS’
MOA+38:12.75’
LIN+002++P450:BP’ 12 Ea P450 Plastic Pails .475
IMD+F++:::PLASTIC PAILS’
QTY+47:12:EA’
MOA+38:.475’
LIN+003++1640:BP’ 4 Ea 1640Y Yellow Dish Drainer .94
IMD+F++:::YELLOW DISH DRAINER’
QTY+47:4:EA’
MOA+38:0.94’
LIN+004++1507:BP’ 1 Dz 1507 6* Plastic Flower Pots 3.40
IMD+F++:::6” PLASTIC FLOWER POTS’
QTY+47:1:DPC’
MOA+38:3.40’
UNS+S’ (4 Line items, Hash Total 20)
CNT+2:4’
TDS*5111*! Invoice total
MOA+39:51.11 Via Consolidated Truck
UNT+34+1’

Tabela 3 - Fatura no formato UN/EDIFACT


Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo EANBRASIL (2004), o envio de mensagens EDI possibilita o


controle do fluxo de produtos das empresas, além desse controle é possível que o
mercado mundial possa acrescentar algumas vantagens através da tecnologia de
identificação para melhorar ainda mais o controle desse fluxo.
Essa tecnologia é a utilização e códigos inequívocos chamado de código de
barras que serão estudados com maiores detalhes no capítulo 5.

3.4 EDI NO BRASIL

No Brasil, a EDI tem sido adotado pelas empresas há vários anos, tem
melhorado a comunicação eletrônica com seus parceiros.
Segundo pesquisa realizada por Prates e Gallão (2007) dentre o período de
2003-2004, no Brasil existem várias empresas que utilizam a EDI, conforme se
observa na tabela 4.
36

Porém, Turban et al. (2007) complementa que a utilização da EDI vem sendo
feita por empresas de grande porte, devido o investimento inicial ser significativo e
os custos operacionais contínuos também serem altos, pelo uso de VAN particular.

Empresas Tipo Porte Estado

ATIVA Auto peças Grande Ceará

CONDIP Auto peças Grande Rio de Janeiro

DINATEC Auto peças Grande São Paulo

DURATEX Louças e Metais Grande São Paulo

EMBRATEL Telefonia Grande São Paulo

FRANÇÓI Utensílios Domésticos Grande São Paulo

IBM Tecnologia de Informação Grande São Paulo

IRMÃOS RUSSI Supermercado Grande São Paulo

LASA Departamentos Grande São Paulo

LÍDER STAR Representação Comercial Grande São Paulo

MAGAZINE LUÍZA Departamentos Grande São Paulo

PÃO DE AÇÚCAR Supermercado Grande São Paulo

TRAMONTINA Utensílios Domésticos Grande Rio Grande do Sul

TRISTOP Auto peças Grande Rio Grande do Sul

WALL MART Supermercado Grande São Paulo

Tabela 4 - Empresas Brasileiras que utilizam EDI


Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

Pode-se observar que entre as empresas apresentadas na tabela 4, as auto


peças somam 26% do mercado como mostra a figura 10.
Segundo Longato (2006), a EDI cresceu rapidamente dentro do setor de auto
peças, pelo fato das empresas Ford e Wolkswagen, há mais de 20 anos terem
37

adotado a EDI e vem fazendo com que os seus parceiros de negócios passem a
utilizar juntamente com elas a EDI para realizarem seus negócios.

Figura 10 - Ramo de atividade das empresas pesquisadas


Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

Na visão de Prates e Gallão (2007), outro fator importante é a localização


dessas empresas, de acordo com a figura 11, 73% delas encontram-se instaladas
em São Paulo. A pesquisa aponta a região escolhida pelas empresas não só de auto
peças, mas por outras também, devido à localização central que melhora as
negociações internacionais e também ajuda reduzir custos, pela fácil distribuição de
seus produtos.
A pesquisa realizada mostrou uma ligação entre a implantação da EDI nas
empresas e a localização das mesmas, resultando na fácil distribuição de seus
produtos, alcançando resultados positivos onde serão apresentadas no item 3.5.
38

Figura 11 - Estados sediados pelas empresas


Fonte: (PRATES e GALLÃO, 2007)

A EDI é apenas uma ferramenta que visa agilizar e automatizar todo processo
de transação eletrônica da empresa, que vai da importação do produto ou aquisição
do mesmo no mercado interno, distribuição e entrega ao consumidor. Também
auxilia as empresas a gerir toda informação do seu negócio, ajudando no seu
desempenho, através da armazenagem das informações trocadas através da EDI,
gerando relatórios para posteriormente ajudar na tomada de decisões (PRATES e
GALLÃO, 2007).
No ponto de vista de Dias (2006), no Brasil um exemplo do uso da EDI
utilizado pelo Sistema de Pagamento Brasileiro, é o TED (Transferência Eletrônica
Disponível), um dos mais utilizados pelos bancos para fazer transferências de
valores entre conta corrente.
Além disso, Dias (2006) salienta que no mundo ele é o sistema mais
atualizado, trazendo segurança para mais de 140 mil transferências por dia. Embora
ele não seja apenas utilizado pelos bancos, mas também pelas indústrias de cartão
de crédito, aviação e também na área da saúde, usufruindo dos benefícios que a
EDI proporciona para trocar informações médias, faturas e fazer cobranças
eletrônicas de maneira muito mais rápida.
39

3.5 VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DA EDI

Diversas são as vantagens obtidas com o uso da EDI, cujo maior interesse
das empresas é nos pontos estratégicos, ou seja, somar o poder de decisão devido
à pequena margem de erro, onde esta tecnologia permite uma maior eficiência
(EANBRASIL, 2004).
Segundo Colcher e Valle (2000), a EDI possibilita uma rápida transferência
nos documentos entre as empresas e diminui os custos, eliminando gastos com
processos lentos e retransmissão dos mesmos, sem contar que a mensagem EDI
custa em média um terço do valor da mensagem remetida pelos meios
convencionais.
Segundo Ferreira e Silveira (2007), os benefícios de utilizar a EDI é a redução
do fluxo de papéis; tempo usado para envio via correio; entrada manual de dados;
erros em dados; despesas com área administrativa e tempo para o ciclo de
transações comerciais. Permitindo o fluxo mais rápido e preciso da informação; uma
ligação muito próxima com os fornecedores; implantação de sistemas de inventário
JIT (just-in-time); uso de modernas redes de comunicações e melhor serviço ao
cliente. E por último facilita a produtividade, lucratividade e vantagem competitiva.
Segundo EANBRASIL (2004), com a implantação da EDI, podem ser
apresentados para organização vários benefícios, tanto nas áreas estratégias como
nas operacionais, como por exemplo:

• Redução de custos administrativos e operacionais, frente à brusca


redução dos trâmites, que originam monte de papéis, os quais operam
em fluxos viciosos de vai-e-vem de vias de documentos, protocolos e
assinaturas;

• Alinhamento com os padrões de identificação física dos itens comerciais


e unidades logísticas, ou seja, reconhecimento dos produtos através dos
códigos de barras;

• Redução do estoque à medida que o gerenciamento dos produtos


permite a reposição calculada sobre o consumo através do JIT,
firmando-se alianças estratégicas entre fornecedores e clientes;
40

• Aumento de vendas devido ao monitoramento constante do consumo e


planejamento pré-acordado para a rápida reposição por parte do
fornecedor;

• Eliminação de erros, uma vez que a EDI elimina os inevitáveis erros


resultantes da entrada manual de dados;

• Aumento da produtividade, pois a EDI permite que as companhias


controlem e manejem melhor as necessidades de produção, compras e
entregas. A EDI é um componente chave nos elos entre cliente,
fornecedor e transportador na fabricação JIT e na "quick response",
resultado rápido na significativa redução nos níveis de estoque;

• Outros benefícios como a redução de saldos; redução de itens faltantes;


redução de devoluções; agilidade no recebimento de mercadorias; entre
outros.
Deste modo, esta tecnologia traz junto às suas práticas entre as empresas
parceiras, não só uma melhoria em seus processos, mas também uma
reorganização e adequação nos processos, garantindo vantagem competitiva para o
mercado global.

3.6 DESVANTAGENS NA IMPLANTAÇÃO DA EDI

Segundo Ferreira e Assumpção (2005), dificilmente é revelado que a EDI


possui desvantagens. Comumente são correlacionados como desvantagens os seus
obstáculos e barreiras enfrentados no processo de implantação, como por exemplos
resistência às mudanças, alto custo de implantação, incompatibilidade de hardware
e software, tempo de aprendizado e gasto com treinamento.
Ainda que a EDI tenha inúmeras vantagens, porém não foram todas as
empresas que adotaram esse sistema. As mudanças exigidas na estrutura da
organização para implantar os padrões da EDI é um fator de retardo para sua
implantação (ALBERTIN, 2000).
De acordo com Silva (2009), podem ser definidos como desvantagens do uso
da EDI os seguintes fatores:

• Custo de implantação elevado;


41

• Acessibilidade restrita devida ao custo;

• Requerimentos rígidos impostos por padrões;

• Soluções parciais;

• Soluções fechadas;

• Barreiras culturais;

• Falta de treinamento no uso da ferramenta;

• Falta de pessoal qualificado;

• Falta de serviços de apoio dos fornecedores de tecnologia da


informação.
Segundo Porto et al. (2000), pode ser levado em conta como um ponto
negativo o fator chamado de “efeito dominó”, que pode ocorrer através de erros
atribuídos pelos parceiros comerciais, ou falhas de segurança no sistema,
comprometendo assim a integridade nos sistemas dos diversos parceiros. Também
os riscos de interrupções na conexão da rede de trabalho, registros alterados ou até
mesmo alterações que possam ser introduzidas nas mensagens através de um ruído
na comunicação.
No entanto, para alcançar excelência na utilização da EDI, é necessário que
os integrantes da empresa passem a aceitar e se comprometer com os resultados a
serem alcançados, além do domínio e o claro entendimento dos seus objetivos, más
também a existência de parceiros comerciais dispostos a trocar informações e
conhecimento sobre o uso da EDI se torna indispensável (PORTO et al., 2000).

3.7 COMUNICAÇÃO

Para que ocorra a troca eletrônica de dados através da EDI, é necessário que
exista um meio físico de comunicação. Uma vez que os softwares EDI convertem os
dados dos padrões EDI para os padrões de arquivos internos da empresa, eles
precisão ser transferidos para o destino.
Segundo Jilovec (2004), para a comunicação EDI existem opções de meios
de comunicação, onde nelas incluem rede privada ponto a ponto, infra-estrutura
42

pública que é a internet e rede de valor agregado, oferecidas pelas empresas de


VAN (Value Added Network) e VPN (Virtual Private Network).

3.7.1 Value Added Network - VAN

As vantagens trazidas para as empresas que utilizam a EDI se tornam


possíveis através das linhas diretas de comunicação entre os parceiros comerciais,
chamada de Value Added Network - VAN. Ela consiste no meio de comunicação
mais eficaz para implementação da EDI, formando um canal direto e seguro para
transferência de dados (COSTA, 2005).
Segundo Rodrigues (2005), pode-se definir VAN como sendo um canal
exclusivo de comunicação, distribuído por empresas privadas de telecomunicações
como Embratel, Proceda, IBM Brasil entre outras. Essas empresas distribuem um
canal de comunicação exclusivo como mostra o modelo na figura 12, para que os
dados sejam transferidos com rapidez e segurança.

Figura 12 - Modelo de Comunicação - VAN


Fonte: (DEVELOPER, 2009)

Segundo Ferreira e Assumpção (2005), as VANs são provedores de acessos


além de oferecer outros serviços baseados em rede de valor agregado como
segurança, conversão de protocolos e conversão de mensagens, gerenciamento da
43

rede, permitindo interação com diferentes sistemas internos dos parceiros de uma
rede.
Segundo Interchange (2005) apud Giehl (2005), os benefícios em usar os
serviços de uma VAN são:

• Uso de um único canal de comunicação, diminuindo os esforços com a


administração da rede;

• Controle de acesso as caixas postais cadastradas por meio de


validação;

• Registro de todas as etapas do processo de comunicação e


transmissão dos arquivos;

• Possibilidade de recuperação de mensagens;

• Padronização de layouts;

• Independência de tecnologia dos parceiros.

Segundo Rodrigues (2005), as VANs são atribuídas em uma rede privada,


reservada somente aos parceiros comerciais daquela cadeia de suprimentos. As
VANs fazem todo o gerenciamento do tráfego das informações que são postadas
pelos parceiros.
Um fator importante para troca de mensagens através da VAN é a segurança,
esse fato é favorecido por ela, devido às notificações de entrega e recebimento que
ela emite, onde as falhas ocorridas podem ser tratadas e reparadas, por exemplo:
uma mensagem perdida pode ser retransmitida facilmente, sem prejuízo para os
parceiros (RODRIGUES, 2005).
Segundo Rodrigues (2005) e Turban et al. (2007), o valor para que uma
empresa possa manter uma VAN é elevado, isso inviabiliza a utilização pelas
pequenas empresas, ainda que acrescentado ao custo elevado para implantação da
EDI, pode-se afirmar que, seria intangível para essas empresas alcançarem um
relacionamento com grandes parceiros de negócio.
Portanto, uma alternativa é utilizar a infra-estrutura pública de comunicação à
Internet, onde através das redes virtuais privadas podem ser transferidos os dados
com segurança aliado ao baixo custo.
44

3.7.2 Virtual Private Network - VPN

Segundo Forouzan (2004), a VPN (Virtual Private Network) utiliza redes


públicas de telecomunicações para realizar comunicações de dados privados, ou
seja, ela utiliza a Internet e uma variedade de protocolos especializados para
suportar comunicações privadas.
No entanto, Comer (2007) expõe que as VPNs seguem um modelo cliente-
servidor, no qual autentica os usuários, criptografam dados e gerência sessões com
os servidores. Assim, a sessão entre dois usuários só podem ser realizados uma vez
que o túnel de comunicação foi aberto entre eles, clientes e servidores VPN são
normalmente usados nos três cenários:

• Para suportar o acesso remoto a uma intranet;

• Para suportar conexões entre múltiplas intranets dentro da mesma


organização;

• Para participar de redes entre as duas organizações, formando uma


extranet.
O benefício obtido pela VPN é o baixo custo necessário para suportar esta
tecnologia dentro da empresa, em comparação com a VAN. Além disso, a VPN
também pode se conectar diretamente a outros servidores VPN (BLUMENSCHEIN e
FREITAS, 2000).
Segundo Forouzan (2004), a VPN pode estender a conexão do servidor com
a intranet ou extranet, podendo alcançar várias redes VPN. Também são utilizados
vários protocolos de rede diferentes em sua infra-estrutura, como exemplo o PPTP
(Protocolo de Tunelamento Ponto a Ponto).
No processo denominado tunelamento onde os pacotes são criptografados e
acondicionados dentro de pacotes IP (Protocolo de Internet), cria-se um invólucro ao
redor da mensagem para ocultar seu conteúdo, a partir daí empresa como, por
exemplo, A, B, C e D, podem criar uma conexão privada que trafega pela rede
pública, como mostra a figura 13 (LAUDON e LAUDON, 2007).
45

Figura 13 - Tunelamento de dados


Fonte: adaptado de (LAUDON e LAUDON, 2007)

A VPN pode ser instalada em um único computador que esteja conectado


diretamente à Internet, ou em um computador que esteja conectado em uma rede da
empresa ou de uma rede de PCs, onde pode ser conectado via software e colocado
no firewall da empresa para garantir a segurança (TITTEL, 2002).
Do ponto de vista da EDI, conexões VPN são ideais para empresas que
desejam se conectar a parceiros comerciais através de uma única ligação a baixo
custo, ou seja, os fornecedores ou parceiros podem estabelecer uma conexão da
sua intranet a intranet da empresa parceira através da internet com VPN, como
mostra a figura 14.
46

Figura 14 - Modelo da VPN


Fonte: (TURBAN et al., 2007)

3.8 EDI TRADICIONAL

A EDI tradicional é responsável pela troca de mensagem através de um canal


de comunicação, excluindo totalmente a intervenção humana em seu processo de
intercâmbio eletrônico de dados.
A EDI tradicional compõe a troca de mensagem de forma padronizada,
utilizando os meios de comunicação disponibilizados pelas VANs ou VPNs, fazendo
a comunicação direta entre a empresa automatizando completamente o processo de
troca de mensagens (COSTA, 2005) e (TURNAN et al., 2007).
Segundo Rodrigues (2005), ele serve como rede direta de comunicação entre
as empresas e, tem como serviço uma espécie de caixa postal, onde recebe e
encaminha mensagens postadas aos sistemas de destino, como mostra a figura 15.
47

Figura 15 - EDI Tradicional


Fonte: (RODRIGUES, 2005)

3.9 WEB-EDI

Segundo Turban et al. (2007), o custo da implantação da EDI e aquisição de


uma VAN se tornam caro, por isso, a não aceitação de parceria pelas pequenas
empresas se tornou uma barreira para seu crescimento, fazendo com que as VANs
disponibilize acesso através da internet.
Segundo Rodrigues (2005), a maneira de integrar as pequenas empresas ao
sistema EDI através da VAN, é desenvolvendo uma interface web onde através dela
os pequenos parceiros possam de forma manual, ou seja, acesso humano, acessar
uma caixa de mensagens e, estar postando e recebendo suas mensagens, através
da internet, como mostra a figura 16.
48

Figura 16 - Interface WEB-EDI fornecido pela VAN


Fonte: (RODRIGUES, 2005)

No entanto, Turban et al. (2007) relata a VPN como um meio alternativo para
grandes e pequenas empresas que buscam baixo custo, segurança e automatização
nos processos de troca de mensagens através da EDI.
49

4. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ATRAVÉS DA EDI

Atualmente as empresas necessitam de ferramentas para ajudar a gerenciar


seus negócios, então eles optam por utilizar sistemas onde possa gerir toda sua
informação e mostrar apenas resultados. Para que isso ocorra, existe no mercado
softwares como ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship
Management) e SCM (Supply Chain Management), que desenvolvem funções de
acordo com as características de mercado de cada uma das empresas.
Porém, para o mercado logístico, existe também a ferramenta EDI, que
automatiza toda troca de informações eletrônica entre parceiros comerciais, no
entanto, esse sistema precisa ser integrado com o sistema da empresa, evitando
que a informação seja retirada de um sistema como, por exemplo, o ERP, CRM ou
SCM e passado para a EDI fazer a transferência dos dados eletronicamente.
A vantagem de ter apenas um sistema controlando seu negócio é a rapidez e
agilidade na troca de informações eletrônica, possibilitando economia de tempo e
custo (VOLLMANN et al., 2005).

4.1 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING - ERP

Na visão de Vollmann et al. (2005), o ERP é um software amplo para suportar


as decisões concorrentes com o planejamento e controle dos negócios, no entanto o
ERP é considerado pelas comunidades de informações, como sendo um termo para
descrever um software que integra programas de aplicações em finanças, produção,
logística, vendas e marketing, recursos humanos entre outras funções da empresa.
Essa integração é feita através de uma base de dados compartilhada por todas as
funções da empresa que utiliza aplicações de processamento de dados.
Vale salientar que segundo Vollmann et al. (2005), o software ERP deve
conter quatro aspectos importantes para determinar a qualidade do sistema:
• O software dever ser multifuncional em escopo, tendo como habilidade
seguir os resultados monetários financeiros em termos monetários, as
atividades de aquisição em unidades de material, as vendas em termos
de unidade e de serviços e a produção ou processos de conversão em
unidades de recursos ou pessoas, ou seja, o software deve produzir
50

resultados inerentes relacionados às necessidades das pessoas para o


dia a dia do trabalho;
• O software deve ser integrado, quando uma transação de dados
representando uma atividade de negócios entra através de uma das
funções, os dados relacionados a outras funções pertinentes ao negócio
também mudam, evitando o retrabalho de relançar os dados no sistema,
assegurando a todos uma visão comum do sistema;
• O software precisa ser modular na sua estrutura, de modo que possa ser
combinado com um sistema expansível, estreitamente focado numa
função particular ou conectado com softwares de outras fontes ou outras
aplicações;
• O software deve facilitar o planejamento e controle clássico das
atividades de produção, incluindo previsão, planejamento da produção e
gerenciamento de estoques.
Pode-se dizer que o ERP é um software que permite a integração de todos os
departamentos de uma empresa, onde será alimentada uma base de dados e, todas
as áreas correlacionadas farão a utilização desses dados para obter informações. O
ERP permite o planejamento integrado através das áreas funcionais da empresa e,
também apóia a execução integrada através das áreas funcionais (CICERO, 2008).
Segundo Dias (2004), empresas tem buscado agilizar seus processos de
negócio em toda empresa através do ERP, e com isso também estão buscando se
integrar com os parceiros de negócio melhorando a comunicação entre si. A
integração de sistemas como, por exemplo, o ERP com a EDI funciona de maneira
que, a EDI busque as informações da empresa na base de dados ERP e troque
essas informações através de canais de comunicação utilizadas pela VAN (Value
Added Network) e VPN (Virtual Private Network), tornando a EDI um sistema
intermediário entre o sistema do cliente e fornecedor, como ilustra a figura 17.
51

Figura 17 - Integração de Sistemas com a EDI


Fonte: (DIAS, 2004)

Segundo Vollmann et al. (2005) e Turban et al. (2007), exemplo de integração


de sistemas ERP com EDI é a empresa Wal-Mart. Onde seus dados são utilizados
pela Wal-Mart e pelos fornecedores externos, esses dados são dados de vendas e
estoques atuais dos produtos vendidos pela Wal-Mart e também pelas lojas Sam’s
Club. Esses dados são trocados ente eles pelo sistema ERP através da EDI,
utilizando ferramentas que serão abordas no item 4.4.

4.2 CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT - CRM

A cada dia que passa, as empresas têm investido em TI (Tecnologia da


Informação), para poder gerir todo seu conhecimento, onde será utilizado para
tomada de decisões, portanto, o CRM (Customer Relationship Management) deve
ser considerado um sistema para atingir metas e ajudar no relacionamento com os
clientes.
Segundo Laudon e Laudon (2007), CRM é considerado gestão de negócios
através do relacionamento com o cliente, para buscar lucratividade e aumentar a
competitividade, destacando para isso a participação da tecnologia para automatizar
os diversos processos de negócios, como vendas e suporte a vendas em campo.
52

O CRM integra pessoas, processos e tecnologia para aperfeiçoar o


gerenciamento de todos os relacionamentos, incluindo os parceiros de negócios,
além dos consumidores e canais de distribuição (OLIVEIRA e LELES, 2005).
Segundo Laudon e Laudon (2007), um sistema CRM é um diferencial para as
empresas, devido às informações dos clientes serem fieis, o que podem ser
importantes para atingir vantagens competitivas.
Segundo Oliveira e Leles (2005), existem dois tipos de CRM, o analítico e
operacional:
• Analítico: visam eficiência no processo de tomada de decisão, tendo
informações sobre os clientes, caminho para aumentar a rentabilidade,
novas estratégias visando à competitividade.
• Operacional: tem como foco o relacionamento ao atendimento ao
cliente, automação de vendas, comércio eletrônico, a eficiência dos
processos transacionais na área das vendas, tendo o cliente como foco
principal.
A EDI está presente no CRM operacional, juntamente na sua aplicação de
comércio eletrônico e automação de vendas, entretanto, busca fidelizar o seu cliente.
Na visão de Colangelo Filho (2001), o CRM utiliza a base do ERP onde está
concentrada toda a estrutura departamental da empresa, ou seja, o ERP fica
responsável pelos processos internos e o CRM se responsabiliza pelos processos
externos. Neste caso o CRM como armazena informações pertinentes ao seu cliente
e não há razão de compartilhar essas informações através da EDI. Por este motivo
os sistemas ERP são responsáveis por viabilizar as diversas categorias de comércio
eletrônico. A figura 18 mostra que o ERP funciona como um intermediário para a
EDI, entre seu cliente e fornecedor, para trocarem informações entre si.
53

Figura 18 - Estrutura do CRM para utilização da EDI


Fonte: (COLANGELO FILHO, 2001)

4.3 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - SCM

Segundo Gomes e Ribeiro (2004), SCM (Supply Chain Management) ou


Gestão da Cadeia de Suprimentos como é chamado, faz o controle de matérias,
informações e finanças, no processo que vai desde o fornecedor ao consumidor. Por
exemplo: o fabricante comprando de seus fornecedores, os atacadistas comprando
de vários fabricantes, os varejistas comprando de vários atacadistas, formando um
B2B (business-to-business) onde é considerado um processo bastante relevante,
para os negócios entre empresas.
Entretanto, para que o B2B aconteça de forma simples e eficiente, a EDI pode
ser implementado junto com o SCM, auxiliando assim, nos processos de troca de
informações entre parceiros.
Na visão de Cohen e Roussel (2005), a cadeia de suprimentos representa
uma rede de organizações, através de ligações, nos dois sentidos, dos diferentes
processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são
colocados nas mãos do consumidor final.
A meta fundamental do sistema SCM é reduzir o estoque, e por outro lado,
garantir que os produtos estejam disponíveis quando necessários, o SCM pode ser
dividido em três fluxos principais (GOMES e RIBEIRO, 2004).
• Fluxo de produtos;
• Fluxo de informações;
• Fluxo financeiro.
54

No entanto Gomes e Ribeiro (2004) expõem que o conceito de SCM é uma


expansão da logística, devido o gerenciamento estar primeiramente focado com a
otimização de fluxos dentro da empresa, por outro lado, o SCM reconhece que a
integração por si só não é suficiente. O objetivo buscado é conectar o mercado, a
rede de distribuição, o processo de fabricação e a atividade de aquisição, de forma
que os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais altos, e ainda mantendo o
custo baixo.
Segundo Gomes e Ribeiro (2004), algumas práticas eficazes no SCM tem
sido implementada no mundo todo, com base na simplificação e obtenção de uma
cadeia produtiva mais eficiente. Com isso, foram obtidos vários resultados positivos,
como pode ser observado um desses procedimentos:
• Divisão de informações e integração da infra-estrutura com clientes e
fornecedores: A integração de sistemas de informações e a utilização
crescente de sistemas como a EDI, entre fornecedores e clientes têm
permitido a prática, como exemplo: reposição automática do produto na
prateleira no cliente conhecido como (Efficient Consumer Response -
ECR). Estas práticas vêm proporcionando, trabalhar com estoque zero
ou just-in-time como é chamado, e diminuem os níveis de estoque que
são gerados. Também, a utilização de representantes permanentes (in
plant representatives) junto aos clientes tem facilitado, entre outras, o
melhor balanceamento entre as suas necessidades e a capacidade
produtiva do fornecedor, bem como uma agilidade maior na resolução de
problemas. Por fim, a utilização de sistemas de informações, sistemas
para geração, envio, recepção, armazenamento ou outra forma de
processamento de mensagem eletrônica.
Com a utilização de uma ferramenta como a EDI, estreita ainda mais as
relações entre os parceiros da cadeia de suprimento, realizando trocas de
informações pertinentes à movimentação de mercadorias e de seus respectivos
pagamentos entre eles, com essa ferramenta, todos os parceiros comerciais podem
gastar seu tempo para tomar decisões de áreas como marketing, produção,
logística, compras, entre outras, reduzindo custo total da cadeia de distribuição
(COHEN e ROUSSEL, 2005).
No entanto, Gomes e Ribeiro (2004) mostram que, em conseqüência da
utilização da ferramenta EDI, os estoques passam a ser menores entre a produção e
55

o momento da compra, compartilhando ganhos por todos os parceiros comerciais,


inclusive o consumidor, que além de receber os produtos a um custo menor, também
ganha em qualidade, obtendo uma redução de 42% no valor do produto.
Segundo Gomes e Ribeiro (2004), a introdução do ECR (Efficient Consumer
Response) no Brasil foi graças à Associação Brasileira de Atacadistas e
Distribuidores - ABAD e Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS.
O ECR tem por finalidade melhorar o desencadeamento das operações
logísticas, fazendo padronizações, dentre elas está a difusão da utilização da EDI na
logística. Também tem como objetivo promover uniformização de toda cadeia de
abastecimento, reduzindo custos causados por desperdícios, retrabalho e
ineficiências em cada etapa da cadeia de suprimento, repassando esse beneficio ao
consumidor. Isso se da ao fato da cadeia de suprimento, trocar informações a
respeito de suas operações para reduzir a ineficiência do produto, venda compra e
distribuição de mercadorias, através da ferramenta EDI.

4.4 FERRAMENTAS PARA INTEGRAÇÃO DA EDI NOS SISTEMAS DE


INFORMAÇÃO

Segundo Colangelo Filho (2001), para automatizar o processo logístico, as


empresas estão buscando por alternativas que visam auxiliar no bom
desenvolvimento logístico, ou seja, melhorar sua capacidade de produzir, distribuir e
no relacionamento com o cliente. A EDI proporciona para as empresas formar um
comércio eletrônico através dos seus sistemas, possibilitando melhoria na
comunicação, agilidade nos processos, rastreabilidade de produtos entre outros que
foram abordados no item 3.5.
Porém, quando se trata de cadeia de suprimentos existe um conjunto de
ferramentas, abordados nos itens subsequentes, podendo ser utilizadas em conjunto
com a EDI para melhorar o gerenciamento de estoque e distribuição dos produtos
(FIRMO e LIMA, 2004).
A seguir serão expostas algumas das ferramentas utilizadas em conjunto com
a EDI fazendo a comunicação entre os sistemas apresentados acima, ajudando no
gerenciamento dos produtos, reduzindo custo, estoque e melhora na distribuição dos
mesmos.
56

4.4.1 Quick Response - QR

Segundo Firmo e Lima (2004), os fornecedores no QR (Quick Response),


Resposta Rápida, recebem dados de vendas dos clientes através dos pontos de
vendas, utilizando essas informações para sincronizar sua operação de produção e
estoques com as vendas reais. O cliente continua fazendo seus pedidos de forma
individual utilizando a EDI, porém o fornecedor faz a leitura das vendas efetuadas
pelos seus clientes, podendo aprimorar sua previsão de produção, não perdendo
com grandes estoques de produtos e perdas na produção.
O QR surgiu nos Estados Unidos, pelo setor do vestuário, aperfeiçoando a
operação de distribuição, os produtos não são mais armazenados em centros de
distribuição, e sim movimentados através da EDI, visando à redução no tempo de
resposta no fluxo de produtos e em conseqüência disso a redução dos níveis de
estoque (COLANGELO FILHO, 2001).

4.4.2 Efficient Consumer Response - ECR

No ECR (Efficient Consumer Response), resposta eficiente ao consumidor, o


que se buscada é a melhoria na qualidade, simplificação de rotinas e procedimentos,
padronização e racionalização dos processos de distribuição, através de parcerias
entre a cadeia de suprimentos, que são: fabricante, distribuidor, atacadista, varejista
e todos voltados para o consumidor final, visando melhorias para o cliente final como
rapidez na entrega dos produtos, e redução dos preços, através de um sistema de
reposição automática dos estoques consumidos nos pontos de venda (GOMES e
RIBEIRO, 2004).
Segundo Firmo e Lima (2004), o ECR utiliza a EDI para fazer a transmissão
eletrônica de dados para os fabricantes do consumo dos pontos de venda, tornando
uma rápida reposição do estoque consumido, e também envia dados aos
fornecedores onde facilita o controle do fluxo de matérias e produtos dentre a cadeia
de suprimentos, proporcionando a produção do fabricante o mais próximo da
demanda real.
No entanto, o ECR facilita a introdução dos códigos de barras através da
automatização do processo de distribuição dos produtos pelos fornecedores, por
57

exemplo, o fabricante distribui determinado produto e atribui um código de barras a


ele, em seguida envia uma mensagem EDI para o cliente informando que
determinado produto foi enviado e o seu código, no check-out do cliente ele somente
ira ler o código de barras e, então saberá todos os dados daquele produto (GIEHL,
2005).

4.4.3 Vendor Management Inventory - VMI

Segundo Firmo e Lima (2004) e Colangelo Filho (2001) VMI (Vendor


Management Inventory), este se baseia no gerenciamento de estoques da cadeia de
suprimentos, onde os fornecedores utilizam a EDI para melhor programar suas
operações, diminuindo custos de produção, distribuição e manutenção de estoques.
Através do VMI o fornecedor faz parceiras com os clientes, responsabilizando-se por
gerenciar o seu estoque, automatizando todo seu processo de reposição, viabilizado
pela troca intensiva de informações via EDI.
Os benefícios do VMI é a redução dos custos administrativos de compras e
falta de estoque, para o fornecedor os ganhos estão associados na maior
previsibilidade da demanda de produtos. A EDI e VMI fazem a integração com os
sistemas do comprador e vendedor, e suas principais funções são: promover a
comunicação ente os sistemas da cadeia de suprimentos e interpretar dados de
estoque e movimentações do vendedor e gerenciar seus estoques, gerando ordens
de compra para produtos (COLANGELO FILHO, 2001).

4.4.4 Continuous Replenishment - CR

O CR (Continuous Replenishment) ou reposição contínua é uma prática que


elimina a necessidade de pedidos de compras, ela possui como meta proporcionar
uma cadeia de suprimentos flexível e eficiente, onde seja suprido o estoque do
cliente de forma contínua. Essa reposição acontece de acordo com os dados que
são trocados via EDI freqüentemente entre os parceiros, onde os pontos de venda
enviam dados referentes às vendas efetuadas e o fornecedor prepara
carregamentos em intervalos regulares e assegura a flutuação dos estoques dos
clientes entre o estoque máximo e mínimo (FIRMO e LIMA, 2004).
58

As ferramentas apresentadas mostram ser eficientes para a integração da


EDI com os sistemas de informações apresentados. No entanto, o capítulo 5
apresenta a utilização dessa ferramenta através da utilização da EDI e a tecnologia
dos códigos de barras, proporcionando automatização dos processos logísticos.
59

5. TECNOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E SUA APLICAÇÃO COM EDI

As empresas estão buscando padrões de qualidade nos produtos e serviços,


como por exemplo, rastreabilidade, automatização e eficiência na aquisição e
entrega dos produtos. Para isso existe a tecnologia de identificação chamada de
código de barras que aplicado em conjunto com a EDI se torna uma ferramenta
eficiente para a cadeia de suprimentos.
Portanto, neste capítulo será apresentada a troca e mensagens EDI e
também os códigos de barras, tendo como exemplo o setor calçadista, que utiliza a
EDI e o código de barras.

5.1 CÓDIGO DE BARRAS

O código de barras é uma tecnologia para transferência de dados codificados


de um produto físico ou para despacho de produtos através de um sistema de
computador. Os dados contidos no código de barras podem ser lidos de forma
automática através de dispositivos ópticos e transferidos através de mensagens EDI
(Eletronic Data Interchange) para um sistema de computador (GIEHL, 2005).
Segundo Colangelo Filho (2001), a EAN (International Article Numbering
Association), desenvolveu padrões para simbologia de código de barras, chamado
de UCC (Uniform Code Council). Na tabela 5 são mostrados os padrões UCC
utilizados no Brasil.

Código Aplicação
EAN-13 Identificação de unidade de consumo.
EAN-8 Identificação de unidade de consumo, quando a embalagem
não tem espaço físico para marcar EAN-13.
EAN.UCC-14 Identificação de caixas de papelão, fardos e unidades de
despacho em geral.
UCC.EAN-128 Unidades de distribuição, permitindo a identificação de
características como lote, série etc.
ISBN International Standard Book Number, utilizado para
identificação de livros e administrado no Brasil pela
60

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.


ISSN International Standard Serial Number, utilizado para
identificação de periódicos (revistas, encartes etc.), e
administrado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de
Informação, Ciência e Tecnologia, de Brasília (IBICT).

Tabela 5 - Sistemas de códigos utilizados no Brasil


Fonte: (COLANGELO FILHO, 2001)

Os padrões UCC foram projetados para facilitar as transações comerciais de


produtos, onde qualquer usuário no mundo pode scanear o código de barras e obter
suas informações.
Segundo EANBRASIL (2004), o código de barras é uma tecnologia que
auxilia a cadeia de suprimentos em melhorar o fluxo de informações e controle de
seus produtos. No entanto, o código de barras e a EDI podem contribuir da seguinte
forma:

• No despacho do produto o escaneamento dos GTIN (Global Trade Item


Number) e GLN (Global Location Number), pode melhorar no
cumprimento dos pedidos pelo fornecedor, aumentar a precisão,
velocidade das entregas e ser usado para gerar avisos de mensagens
eletrônicas;

• No recebimento do produto o escaneamento do GTIN e de números de


pedidos de compra ajuda no recebimento e controle das entregas e na
conferência das entregas em relação aos pedidos pendentes, os avisos
de mensagens eletrônicas permite que o cliente concilie entrega de
faturas eletrônicas;

• No escaneamento do GTIN dos produtos despachados, recebidos ou


devolvidos, permite que todos os parceiros atualizem suas contagens de
estoque, dentro de sistema automatizado de reposição, o escaneamento
dos dados no ponto-de-venda pode ser agregado ao final do dia de
trabalho e enviado como um relatório de dados de venda através da EDI
que ativa a entrega de mercadorias no dia seguinte.
61

Segundo Colangelo Filho (2001), normas de controle de qualidade como ISO


9000, estão impactando fortemente nas empresas, aumentando uma demanda para
que elas proporcionem a rastreabilidade total dos produtos. O escaneamento do
código de barras e a EDI permitem que as empresas rastreiem seus produtos
através do padrão UCC, podendo assim adquirir padrão e qualidade nos produtos e
serviços.
No entanto, a EDI e o padrão UCC estão permitindo a automatização do
processo de abastecimento de estoque e, possibilitando que o tanto cliente e
fornecedor troquem informação dos produtos que os oneram.

5.1.1 Padrão EAN.UCC

O padrão EAN.UCC é um conjunto de padrões que permite o gerenciamento


eficiente da cadeia de suprimentos a nível global por meio de identificação
inequívoca de produtos, unidade logística, locais e serviços, e ainda para aplicação
de rastreabilidade, comércio eletrônico, automação comercial e integração logística
(GLOVER e BHATT, 2007).
Segundo Giehl (2005), o padrão EAN.UCC provê o uso de números
inequívoco para identificar mercadorias no mundo todo. Esses números são
representados por símbolos que correspondem a código de barras e possibilita a
identificação eficiente dos produtos para o envio de mensagens através da EDI.
A EANBRASIL (2004) afirma que a EDI é a melhor forma de transmitir
informações ao longo da cadeia de suprimentos, pela automatização e segurança
dos canais de comunicação, a fim de confiar os arquivos eletrônicos para ser
transferidos e para recuperar informações das mercadorias, proporcionando também
padrões de qualidade para obtenção de ISO.

5.1.1.1 Etiqueta EAN.UCC-128

A EDI faz a troca de informações eletrônicas, portando a etiqueta EAN.UCC-


128, possibilita que a EDI troque as informações contidas nesta etiqueta. Portanto,
será apresentado neste trabalho como o cliente e fornecedor pode automatizar o
processo de compra e abastecimento de estoque.
62

Segundo Felício (2001), a etiqueta EAN.UCC-128 permite a codificação de


dados, como por exemplo, data de produção, informação adicional do produto,
quantidade, durabilidade mínima e máxima e SSCC (Código Serial de Unidade
Logística), utilizado para o envio de mensagem através da EDI.
Segundo EANBRASIL (2004), a estrutura da etiqueta EAN.UCC-128 é
composta pro três seções, como mostra a figura 19.

Figura 19 - Estrutura EAN.UCC-128


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Na terceira seção é fornecido o código de barras GTIN e SSC, essas


informações são determinantes para a EDI, a aplicação destas informações é para
todos os setores da esfera mundial, abrangendo mensagens UN/EDIFACT a serem
trocadas via EDI (EANBRASIL, 2004).
Segundo Giehl (2005), através da identificação dos produtos, utilizando a
etiqueta apresentada, é possível que o fornecedor embarque os produtos
63

respectivamente identificados e depois encaminhe através da EDI informações


contidas na etiqueta, facilitando o recebimento pelo cliente.
Posteriormente, os produtos serão recebidos pelos clientes e podem ser
checados através de leitura óptica do código de barras e checados com a
mensagem EDI recebida, obtendo toda informação do produto, assim, facilitando
assim conferência e movimentação dos produtos (GIEHL, 2005).
No entanto, para essa troca de mensagens ser eficiente, serão mostrados
alguns padrões de códigos de barras que são essenciais para a EDI, que são os
SSCC, GTIN e GLN.

5.1.2 Código de Série de Unidade Logística - SSCC

O SSCC (Código de Série de Unidade Logística) é um padrão pra


identificação exclusiva de unidades de transportes individuais, ele permite identificar
as mercadorias embaladas, por exemplo, quando produtos são selecionados e
embalados em caixas mistas, para atender pedidos individuais, o uso do SSCC com
a EDI pode dar suporte as operações como despacho, rastreio de despacho,
distribuição posterior e recebimento de embalagens (GLOVER e BHATT, 2007).
Segundo Felício (2001), todas as informações sobre as mercadorias dentro
de uma embalagem ou unidade de transporte são comunicadas antecipadamente
pelo EDI através de mensagens eletrônica “aviso de despacho” no padrão
UN/EDIFACT. Quando ocorrer o recebimento da mercadoria todas as informações
relativas a ela poderão ser acessadas através do scaneamento do código SSCC.

5.1.3 Global Trade Item Number - GTIN

O GTIN (Global Trade Item Number) é o meio mais eficiente de identificar


produtos, ele é composto por uma etiqueta exclusiva contendo 14 dígitos que
contém a identificação do fabricante, fornecida pelo UCC ou EAN (COLANGELO
FILHO, 2001).
Segundo EANBRASIL (2004), a EDI não depende somente de mensagens
padronizadas, mas também do uso de códigos internacionais, a utilização de
64

códigos padronizados internacionalmente viabiliza a utilização da EDI entre


parceiros comerciais.
No entanto, a utilização do GTIN para a cadeia de suprimentos é
extremamente importante para facilitar as transações comerciais através da EDI e
facilitar a inclusão de novos parceiros comerciais. Isso, porque o GTIN marca os
produtos através de uma seqüência numérica que pode ser identificados por
humanos e, também pode ser atribuído código de barras facilitando a leitura por
máquina sendo rápido e automático (FELÍCIO, 2001).

5.1.4 Global Location Number - GLN

Assim como ocorre com os produtos, os códigos são os meios mais eficientes
de trocar informações, o GLN serve para identificar locais, empresas, endereços ou
informações sobre locais particulares e requisitos especiais de comércio como
mostram a figura 20 (COLANGELO FILHO, 2001).

Figura 20 - Número Global de Localização - GLN


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Giehl (2005), os números de localização não apenas servem para


serem utilizados pelos parceiros comerciais, bem como, sua criação foi embasada
para fazer o roteamento de mensagens EDI para aplicativos de sistemas da cadeia
de suprimentos, por exemplo, Supply Chain Management.
A vantagem de utilizar o GLN é a localização eficiente para as transações
EDI, tornando-se um componente chave. São preferíveis que todos os parceiros
utilizem o mesmo padrão de codificação de localização, fazendo com que as
65

mensagens EDI sejam direcionadas de forma precisa aos sistemas das empresas
parceiras como mostra a figura 21 (EANBRASIL, 2004).

Figura 21 - Utilização de GLN para rotear mensagens


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

5.1.5 Vantagem na Utilização do GTIN e GLN

Segundo Glover e Bhatt (2007), os códigos de identificação GTIN e GLN é


exclusividade internacional, isso quer dizer que, no mundo não há nenhum risco de
duplicidade de código gerando conflitos entre sistemas EDI. Isso, devido às
informações dos produtos, serviços ou locais, estarem mantidas em banco de dados,
que são conservados pela organização internacional EAN.
O fato das informações estarem contidas em banco de dados é concebido
pelo caso de ser rápida eficiente e menos dispendioso, do que a alteração da
estrutura de códigos para acrescentar novos significados (GIEHL, 2005).

5.2 ENVIANDO MENSAGEM ATRAVÉS DA EDI

Quando os parceiros comerciais desejam melhorar sua comunicação e


agilizar suas transações, eles optam por utilizar mecanismos que garantam rapidez e
confiabilidade para seus negócios.
Segundo Colcher e Valle (2000) e EANBRASIL (2004), pode ser adicionado à
cadeia de suprimentos uma tecnologia muito eficiente em conjunto com a EDI para
diversos seguimentos de mercado, chamado de código de barras, para alcançar os
66

objetivos buscados que são: rapidez, rastreabilidade e segurança em transações


comerciais.
Portanto, quando parceiros optam por utilizar essa ferramenta, automatizando
todo o processo de compra e venda de produtos, algumas regras devem ser
definidas e para definir essas regras ocorrem acordos comerciais entre os parceiros
de negócios, onde ficam estabelecidas regras que diferem para cada seguimento de
mercado, como por exemplo, condições de pagamento, preços, padrões de
mensagens EDI, meios de comunicação, entre outras (COLCHER e VALLE, 2000).
No entanto para que essa transação possa ocorrer de forma automatizada,
através da EDI e utilizando código de barras, serão mostrados na tabela 6 os
códigos para o envio de mensagens EDI e logo abaixo serão explicados cada um
deles.

Código Descrição
PRICAT Lista de Preços
ORDERS Pedido de Compra
ORDRSP Resposta de Pedido de Compra
ORDCHG Alteração de Pedido de Compra
DESADV Aviso de Despacho
INVOIC Fatura

Tabela 6 - Códigos para o envio de mensagens EDI


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Giehl (2005) cada código contém informação que será recebida e
traduzida pela EDI e repassada para o sistema da empresa, cada código representa
um papel específico que são:
• A mensagem PRICAT é enviada pelo fornecedor aos seus clientes, sendo
utilizada como um catálogo ou lista de todos os produtos do fornecedor,
podendo ser usada também como aviso antecipado de alterações nas
linhas de produtos, o catálogo pode conter informações descritivas,
logísticas ou financeiras de cada produto. A mensagem enviada pode
conter informações gerais sobre os produtos, válidas para todos os seus
67

clientes, ou informações específicas para um único cliente, por exemplo,


condição de pagamento.
• A mensagem ORDERS é enviada de cliente para o fornecedor, solicitando
produtos ou serviços e especificando a quantidade, data e local de
entrega. O cliente irá fornecer o código do local de entrega e códigos dos
produtos selecionados através das listas de preços obtidos através do
PRICAT.
• Então é enviada uma mensagem ORDRSP pelo fornecedor ao seu cliente
informando o recebimento do pedido de compra, onde será aguardada
sua confirmação ou o não aceite de toda ou parte da compra, ou até
mesmo propondo emendas na compra. A mensagem ORDRSP também
pode se utilizada para responder a uma mensagem ou alterar pedido de
compra.
• Uma mensagem ORDCHG pode ser enviada pelo cliente ou fornecedor
para especificar detalhes de alterações dos pedidos de compras que
foram enviados anteriormente através do ORDRSP. O cliente pode então
solicitar alteração ou cancelamento de um ou mais itens.
• O aviso DESADV é uma mensagem especificando detalhes de
mercadorias despachadas, contendo informações sobre o conteúdo
detalhado do carregamento, sob condições estabelecidas entre
comprador e vendedor através de acordos comerciais. A mensagem
informa ao cliente quais mercadorias e quando foram despachadas,
permitindo que seja feito um recebimento planejado para receber e
conferir as mercadorias e posteriormente enviar a confirmação do
recebimento.
• A mensagem INVOIC é enviada pelo fornecedor ao cliente solicitando o
pagamento das mercadorias, sob condições estabelecidas nos acordos
comerciais entre ambas as partes. Essas mensagens também podem ser
qualificadas como nota de crédito e nota de débito.
Na seção seguinte, será apresentado como o setor calçadista troca
mensagens eletrônicas e o fluxo da mensagem dentro da empresa, utilizando
padrão de mensagem UN/EDIFACT e código de barras.
68

5.2.1 Mensagens Trocadas entre Fornecedor e Cliente

O procedimento de envio de uma mensagem EDI origina de uma necessidade


do cliente, onde a partir da necessidade se exige que seja efetuada a compra de
produto ou matéria-prima que posteriormente possa ser comercializado.
Segundo EANBRASIL (2004), os procedimentos comerciais entre os
parceiros da cadeia de suprimentos estão acordados através de acordos firmados
ente eles e, posteriormente só serão trocadas mensagens EDI fazendo solicitação
de compra e venda de produtos. A figura 22, mostra o processo de troca de
mensagem entre fornecedor e cliente, a figura abaixo ilustra cliente como sendo
lojista.

Cadeia Coureiro-Calçadista
PRIC
AT AT
PRIC
ORD
RS ERS
ORDE
INVO
IC INDÚSTRIA IC
INVO DESA
DV LOJISTA
FORNECEDOR DV
DESA

OPERADOR Consumidor
LOGÍSTICO Final

Figura 22 - Mensagens EDI entre Indústria e Fornecedor


Fonte: (GOL, 2005 apud GIEHL, 2005)

As mensagens trocadas acima pelo setor calçadista são: a lista de preços


PRICAT onde nela é enviada uma lista de produtos para a aceitação do cliente, em
seguida o cliente devolve uma mensagem ORDERS, que pode ser à aceitação
imediata do produto ou alguma alteração, posteriormente a aceitação pelo cliente o
fornecedor envia uma fatura através do INVOIC, e por fim, o fornecedor envia uma
mensagem DESADV, que informa ao cliente os dados do produto e detalhes para
entrega.
Esse fluxo de mensagens será feito de forma automatizada pela ferramenta
EDI dentro da organização. Segundo Jilovec (2004) as mensagens EDI e os códigos
de barras GTIN e GLN possibilitam automatização. A EDI envia os dados dos
produtos através do padrão UN/EDIFACT, como será mostrado no item 5.3, para o
69

seu cliente informando os dados contidos na etiqueta EAN.UCC-128, que são


legíveis para humanos.
O fluxo das mensagens recebidas pela EDI será automatizado por ela
executando tarefas que estarão contidas nas mensagens recebidas. A figura 23
mostra passo a passo como as mensagens são interpretadas dentro da indústria
através de um fluxograma.

Figura 23 - Fluxograma da mensagem EDI dentro da Indústria


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

5.3 ENVIO DE MENSAGEM EDI USANDO CÓDIGO DE BARRAS E UN/EDIFACT

Os códigos de barras ajudam o comércio automatizando o processo logístico,


ligando a compra e entrega de produtos. Segundo Jilovec (2004) e EANBRASIL
(2004), os códigos GTIN, SSCC e GLN, facilitam a troca de mensagens padronizada
pela EDI, isso porque, códigos constitui a maneira mais eficiente de transmitir dados
ou informações. O GTIN contém dados de informações do produto e o GLN contém
70

informação de localização, utilizado para identificar empresas, já o SSCC permite a


identificação de um conjunto de produtos embalados em caixas mistas.
Uma compra efetuada pelo cliente pode ser totalmente automatizada,
utilizando EDI para fazer o envio de mensagem e os códigos de barras para
controlar os produtos.
Segundo Jilovec (2004), a tecnologia dos códigos de barras é utilizada pelos
comerciantes, para identificação dos produtos nas vendas e para facilitar o
recebimento pelos clientes. A EDI e o código de barras não só automatiza a compra
e entrega como também automatiza o processo de crédito e débito, através o envio
de fatura eletrônica como mostra a figura 24.
O processo se inicia através do pedido de compra utilizando a mensagem EDI
PRICAT e ORDERS, posteriormente é enviada a fatura através do INVOIC, e por fim
a confirmação de envio que é enviada pelo DESADV. A partir daí o código de barras
se integra com a EDI. Quando o produto é identificado com a etiqueta EAN.UCC-
128, a indústria envia uma mensagem EDI, contendo os códigos SSCC, GTIN e
GLN, informando todos os dados do pedido do cliente, facilitando no recebimento,
figura 24 (EANBRASIL, 2004).
71

Figura 24 - Envio de mensagem EDI no padrão UN/EDIFACT através de código de barras


Fonte: (EANBRASIL, 2004)

Segundo Jilovec (2004), para o cliente automatizar o processo de compra, é


necessário a utilização de scanners ópticos que fazem a leitura de código de barras.
Os scanners fazem a leitura do código de barras no recebimento dos produtos,
fazendo a busca através dos códigos SSCC na mensagem EDI recebidas do
fornecedor.
O resultado dessa operação gera uma fatura, que será transformada em uma
mensagem no padrão UN/EDIFACT, como mostrado no capítulo 2 tabela 3,
contendo dados da empresa, dos produtos e também os códigos de barras, gerando
72

uma mensagem de texto ilustrada através da figura 25 ou XML (Extensible Markup


Language) figura 26. A mensagem então é trocada entre os sistemas das empresas
concluindo uma transação comercial (JILOVEC, 2004 e GIHEL, 2005).

Figura 25 - Envio de mensagem no formato texto


Fonte: (GIEHL, 2005)

Segundo Laudon e Laudon (2007), XML é uma linguagem de marcação


utilizada para descrição de dados de texto a fim de descrever as propriedades dos
dados. O XML ocorre na marcação de tags que se distinguem dos dados não
marcados “<tag = “texto”> ou <tag> texto<tag/>”.
Portanto, Jilovec (2004) diz que uma mensagem EDI pode ser estruturada em
XML utilizando tags, cada tag representará alguns dos procedimentos listados
acima, como por exemplo:
73

Figura 26 - Mensagem XML


Fonte: (JILOVEC, 2004)

Segundo Gol (2005), Grupo de Otimização Logística do Setor Calçadista,


apresenta caso de logística dentro da Via Marte empresa calçadista Brasileira, onde
mostram objetivos junto aos fornecedores, utilização de integração através de
padrões UCC e resultados atingidos através dessa integração, resultados esses que
são: reposição sob demanda, sistemas de identificação no padrão UCC e EDI para
troca eletrônica de mensagens.
De acordo com Gol (2005) a Via Marte faz a integração com seus parceiros
através do código de barras e EDI, com isso os resultados alcançados foram:

• A redução do tempo de recebimento dos produtos em 1/3;

• Redução dos erros entre ordem de compra a praticamente zero;

• Redução do tempo de validação dos documentos de entrada originada


pelo fornecedor;

• Fechamento preciso dos pedidos na sua expedição;

• Rastreamento desde a produção até o lojista;

• Previsão sobre necessidade de produção futura.


74

Desta maneira a integração da EDI e o uso da tecnologia de código de barras


trouxeram benefícios significantes, não somente diminuindo custos, mas também
automatizando todo o processo logístico, não apenas pela utilização da troca
eletrônica de mensagens EDI, mas também pelos padrões desenvolvidos pelas
EANBRASIL, que é o padrão EAN.UCC, automatizando todo o processo logístico.
75

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho mostrou uma visão geral sobre a EDI (Eletronic Data
Interchange) entre os sistemas de informação. O objetivo foi expor que a aplicação
da EDI em sistemas de informação possibilita a sua integração entre sistemas e
tecnologias, trazendo maior agilidade, confiabilidade, redução de custos e integração
com a cadeia de suprimentos.
Sendo a EDI o principal foco deste trabalho, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica visando trazer informações importantes sobre o assunto, expondo a EDI
como ferramenta que facilete o processo de comunicação entre a cadeia de
suprimentos.
Dessa forma, a EDI exemplificou-se como ferramenta que facilita o processo
de troca de mensagens entre empresas de uma cadeia de suprimentos, trazendo
consigo vantagens que podem ser exploradas.
Este trabalho mostrou também que o uso da EDI é imprescindível para a
integração eficiente entre empresas. Também expôs a necessidade de utilização de
padrões para a troca de informações, evitando que com aumento dos parceiros
comerciais e suas necessidades, possam gerar prejuízos para sua administração.
A EDI mostra-se como ferramenta bastante capaz para automatizar
processos e diminuir custos.
Entretanto, este trabalho demonstrou que a aplicação da ferramenta EDI
possibilita a integração de empresas em uma cadeia de suprimentos, automatizando
o processo logístico e padronizando esses processos para serem trocados através
de mensagens eletrônicas.
É possível afirmar que a utilização da EDI e tecnologias diminuam custos e
tragam uma série de benefícios para empresa tais como: automatização do processo
logístico, redução de estoque, reastreabilidade dos produtos, além disso, permite a
indústria fazer projeções daquilo que será necessário produzir, de acordo com a
troca contínua de mensagens antre ela e seus clientes.
Como perspectiva de trabalhos futuros pode-se relacionar:
Ampliar um estudo sobre a integração da EDI com a tecnologia de código de
barras e RFID, exemplificando o conceito, arquitetura e benefícios.
Desenvolver um estudo da comunicação EDI através da internet utilizando
VPN (Virtual Private Network) e XML (Extensible Markup Language). Mostrar
76

também, quais os meios de comunicação, tipos e padrões de segurança. Até mesmo


exemplificar um estudo comparativo entre VAN (Value Added Network) e VPN.
Apresentar estudos de casos de empresas que implantarão EDI e mostrar os
resultados obtidos através da sua implantação.
Produzir um estudo sobre a relação da EDI entre e-procurement (Aquisição
Eletrônica) e e-sourcing (Leilão Eletrônico).
Mostrar a utilização da EDI na implementação da NF-e (Nota Fiscal
Eletrônica).
77

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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