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Mercado de Trabalho

Faculdades Integradas Campo-Grandenses

APOSTILA SOBRE
MERCADO DE TRABALHO

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 1


Mercado de Trabalho

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Capítulo 1
O Mercado de Trabalho
Até pouco tempo, as relações de trabalho eram caracterizadas por meio de contratos formais
realizados entre ‘patrões’ e ‘empregados’. Quanto mais tempo o trabalhador ficasse em uma
empresa, maiores seriam suas chances de ‘fazer carreira’ e menor a possibilidade de ser
rompido o vínculo trabalhista. Neste mesmo cenário, o perfil do trabalhador médio era
constituído por indivíduos do sexo masculino, de baixa escolaridade, formado “no chão de
fábrica”, que trabalhava nas indústrias, diretamente nas linhas de produção.
Hoje, o cenário mudou. Vivemos o aprofundamento da inovação tecnológica e da globalização
do mercado, onde indústrias e conhecimentos espalham-se por todos os cantos do planeta.
Esse movimento de evolução tecnológica e interdependência de mercados fazem com que as
mudanças sejam cada vez mais rápidas, e seus impactos cada vez mais fortes, gerando uma
necessidade de acompanhamento do capital humano nos países desenvolvidos, em especial
nos em desenvolvimento, para conseguirem acompanhar o nível de concorrência
internacional.
O Brasil encontra-se em meio a esse turbilhão de mudanças globais, além sofrer os bônus,
sofre também o ônus dessas mudanças. Assim, a economia brasileira necessita adaptar-se a
realidade atual para ser competitivo no mundo globalizado.
Com a globalização e o avanço tecnológico, o mercado de trabalho ficou cada vez mais
exigente. A cada dia que passa a especialização é um dos fatores predominantes para o
desenvolvimento profissional e a sua respectiva colocação no mercado de trabalho.

Os Jovens e o Mercado de Trabalho


Duas pesquisas, duas realidades. Mais da metade dos jovens brasileiros estão desempregados,
mas ainda assim mostram otimismo; os jovens norte-americanos têm empregos à disposição, e
claro, só podiam estar também otimistas.

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Vamos ver do lado brasileiro o que os números mostram em relação aos jovens no mercado de trabalho.
No Brasil, apenas 36% dos jovens entre 15 e 24 anos têm emprego, outros 22% já trabalham,
mas estão desempregados atualmente; na média, os jovens demoram 15 meses para
conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação, nas regiões metropolitanas. No total,
66% deles, complementam a renda familiar.

O jovem no Brasil
A remuneração mensal - A remuneração é o principal item de satisfação dos jovens que
trabalham: 17% deles dizem que a remuneração mensal é o fator número um de satisfação. A
distribuição percentual, conforme a remuneração é a seguinte:
27% - entre 1 e 2 salários mínimos
26% - até 1 salário mínimo
24% - entre 2 e 3 salários mínimos
19% - mais de 3 salários mínimos
3% - não responderam
1% - não é remunerado

O destino do salário
57% - Parte do que ganham entra no orçamento familiar
30% - Ganham só para si
9% - Tudo o que ganham entram no orçamento familiar
3% - Não responderam

A jornada de trabalho
34% - 8 horas
14% - 6 horas
13% - de 1 a 5 horas
13% - 11 horas ou mais
10% - 10 horas
9% - 9 horas

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6% - 7 horas
2% - outras respostas / não responderam

O tempo atrás do emprego


34% - até seis meses
25% - de seis meses a 1 ano
22% - mais de 2 anos
14% - de 1 ano até 2 anos
6% - não responderam

Jovens brasileiros com formação têm mais sucesso


Para os jovens que têm alguma ocupação ou profissão, a realidade é menos dura: embora
somente 41% tenham sido absorvidos pelo mercado formal de trabalho, 82% do universo
estão de alguma forma trabalhando e conseguindo remuneração mensal fixa ou variável.
Segundo a pesquisa, para 79% dos 1.806 jovens entrevistados, apenas ter um emprego já é
motivo de satisfação. Vejamos a distribuição dos entrevistados de acordo com o vínculo
empregatício:
37% não têm carteira assinada
15% têm carteira assinada
15% trabalham por conta própria em ocupação temporária
5% estão em outras situações
3% trabalham por conta própria em ocupação regular
2% são universitários e trabalham como autônomos
2% são funcionários públicos
2% trabalham para a própria família, sem remuneração fixa
1% é de estagiários
Fonte: http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/palavra/jbotelho/ge140202.htm
Pesquisa da Fundação Perseu Abramo

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Capítulo 2
Motivação e Autoestima

Motivação Pessoal
Quando pensamos sobre a concepção de um projeto pessoal de vida temos que ter em
mente dois verbos: o fazer e o ser (podemos incluir ainda um terceiro verbo: o ter), ou
seja, o que fazer para ser o que queremos e ter o que queremos. Um projeto começa
com um desejo de estar melhor, uma noção difusa, que não define como; para realizá-
lo é preciso ter clareza para onde se quer ir, construindo uma estratégia para poder
atingir, porém a realização é limitada pelas crenças e paradigmas pessoais. Para
acontecer uma ação bem sucedida é preciso ter disciplina e dedicação.
Uma pessoa interessada em criar um projeto pessoal de vida, seja para escolher uma
carreira profissional, mudar de emprego ou aprimorar suas habilidades, precisa seguir
algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar;
que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Após a definição de que haverá
mudança, é preciso apreender o sistema de crenças pessoais, ou seja, entender as
crenças, as verdades subjetivas, o que influi na forma de sentir e agir. As crenças
existem para a sobrevivência do sujeito, são sistemas lógicos (ou pretensamente
lógicos) gerados numa estrutura mental, as crenças mais significativas se instalam no
período da infância, da formação estrutural do sujeito. Muitas crenças são irracionais,
fantásticas, mágicas, não sendo fundamentada em fatos, mas por estarem ligadas ao
campo emocional, acabam tendo influência quase que absoluta no nosso modo de

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pensar, sentir e agir. O sistema de crenças tem por finalidade evitar a dor (o
sofrimento, o perigo); buscar o prazer (físico, de realização psicológica ou estética); e
proceder a julgamentos primitivos como bom (carinho, calor, prazer) ou ruim (frio, dor,
ausência de carinho).
Não existem pessoas sem sistemas de crenças, porém muitas crenças agem de forma a
limitar o sujeito, ou melhor, agem contra a pessoa, como por exemplo, podemos citar
as crenças catastróficas: problemas não escolhem hora nem lugar, escolhem você; se
algo tiver que dar errado, dará. (a famosa Lei de Murphy). Assim, a questão é definir
que crenças queremos ter. Mudar crenças é mudar a forma de se pensar, e isso não é
nada fácil, é preciso ter dedicação e perseverança e muito planejamento estratégico
para desenvolver um sistema de crenças que façam mais sentido para a forma como se
quer viver.
Os fatores que determinam o sucesso são o entusiasmo, o fazer por prazer, dedicação,
empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação,
autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e,
principalmente, ter clareza para onde se queremos ir e como chegar, além de
desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o
sucesso são o negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-estima, insegurança,
inibição, omissão (medo de correr riscos), perfeccionismo (medo de errar), mentiras,
trapaças, tramóias e mau humor.
A atitude construtiva para o desenvolvimento da estrutura do pensamento estratégico
é a reciclagem da imagem (romper com o passado de insucesso), desenvolver
competências (continuamente), evitar a busca frenética de resultados (falsa
produtividade), assumir e cumprir compromissos (evitar justificativas), controlar a
soberba (evitar atitude presunçosa), vencer a inveja (foco produtivo), ser polido, usar a
cortesia (evitar impulsividade), participar, interessar-se pelos outros, saber ouvir,
expor, pedir e negar.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 6


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Qualquer pessoa que queira crescer, em qualquer nível da vida, deve lembrar que os
significados do que acontece ou aconteceu, daquilo que se colocam nos caminhos da
vida, depende de como se olha para esses fatos. O passado é aquilo que se acredita
que ele foi e não aquilo que talvez ele tenha sido, por isso mudar a linguagem (o
pensamento) possibilita experimentar novos modos de sentimentos e significados.
Referência:
MOACIR, Carlos - "Motivação para Crescer. Gestão de Projeto Pessoal. Competências Essenciais" (2002) apontamentos de aulas
ministradas no Curso de Especialização em Psicologia Social das Organizações do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho
do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo.

10 dicas para se automotivar


Motivação pessoal é um grande diferencial no trabalho. Muitas vezes, o que separa um
profissional bom de outro ruim (ou um excelente de um razoável) não é a universidade
que frequentaram, nem as notas que tiveram, nem seu curriculo, mas sim a
capacidade de se automotivar.
É evidente que as empresa percebem e sabem deste fato — não é segredo para
ninguém. Procuram formas de manter seus funcionários sempre motivados,
apresentando desafios adequados, dando incentivos salariais, benefícios, participação
nos lucros e promoções. Porém — acontece nas melhores famílias — é comum chegar
o dia que o profissional está desmotivado.

Algumas dicas de motivação


Trace uma meta principal importante. Se você se sente em um beco sem saída, acorda
todas as manhãs sem vontade de trabalhar, o que poderia acontecer para que esta
realidade mudasse? Trace uma meta ao mesmo tempo realizável e que represente o
retorno do seu prazer em trabalhar. Talvez abrir um negócio próprio, mudar de área
de atuação, fazer uma nova graduação, ou seja, algo que faça seu coração bater e,
exagerando um pouco, seus olhos encherem de lágrimas.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 7


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Trace metas parciais menores. É bem provável que sua meta principal não possa ser
realizada imediatamente. Se pretende abrir um negócio, precisa fazer o plano de
negócio; se deseja mudar de área de atuação, provavelmente fará algum curso na
nova área. Determine metas menores que possam ser concretizadas em curto prazo.
Isso lhe dará autoconfiança, recobrando um pouco da motivação.

Determine recompensas. Nada mais motivador que a sensação de sucesso. Se você


consegue um bom resultado em algo que desejava, terá mais forças para buscar a
próxima vitória. Determine recompensas pessoais para cada meta parcial atingida. O
sentimento de sucesso será reforçado, motivando para novas conquistas.

Use o método do trabalho em tiros. Às vezes estamos numa situação tão extrema de
desmotivação que não conseguimos sequer dar o primeiro passo. Ficamos parados
(deitado no sofá e acordando meio dia?) e a inércia nos impede de sair desta situação.
A técnica de trabalho em tiros (O objetivo é se concentrar como um nadador ou
corredor em um treino, ao realizar várias repetições de atividade intensa e
completamente focada. Assim, você se dedica inteiramente a uma tarefa por um
período muito curto — de um a dez minutos, por exemplo. Depois disso, tem-se um
pequeno período de descanso e repete novamente outro tiro.) é uma grande aliada
nessas horas. Ela acaba de vez com a procrastinação (se deixar para depois — protelar
o que pode ou deve fazer agora) em casos extremos.

Determine as próximas ações. Esta etapa do GTD também evita a procrastinação. Claro
que não é o mesmo que aplicar a metodologia Getting Things Done por completo, mas
em conjunto com o método de trabalho em tiros, facilita a saída da inércia. Determinar
as próximas ações é como um guia de primeiros passos pessoais.

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Encontre um parceiro. Encontre alguém que lhe motive. Pode ser um colega de
trabalho com quem possa conversar ou alguém para desenvolver trabalhos em equipe.
É como numa academia de ginástica. Ir sozinho é muito mais difícil do que ir com um
amigo.

Converse com sua família. Apoio familiar em horas difíceis de qualquer natureza é
crucial. Não seria diferente com motivação. Converse com sua esposa / esposo / pai
/ mãe / irmão / irmã, peça opinião, fale o que pensa. O sentimento de conforto dará
tranquilidade para tomar medidas bem pensadas.
Leia um livro. Esta é uma dica bem ampla, devido à enorme variedade de tipos de
livros. Mas é fato que os livros são aliados poderosos. Você pode buscar um livro mais
técnico caso queira aprender algo novo; um romance caso queira abstrair; ou um livro
de auto-ajuda para procurar mais dicas que lhe tirem desta situação.

Pratique um esporte. O resultado é imediato. Quando praticamos esporte, nos


sentimos mais dispostos para tudo. Acordar, trabalhar, conversar, interagir e… praticar
esportes. Se você é uma pessoa de terapia, também é uma boa opção.

Mude de emprego. O ideal é que não precisemos recorrer a métodos conscientes de


motivação pessoal com frequência. Mas, como diz Steve Jobs, se você acorda todas as
manhãs pensando que não fará naquele dia o que gostaria de fazer no último dia de
sua vida, esta pode ser a melhor opção. Tenha cautela e evite decisões precipitadas. Se
estiver determinado, saiba sair do emprego.
Fonte: http://fazendoacontecer.net/2009/08/19/motivacao-pessoal-10-dicas-para-se-automotivar/

Autoestima

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 9


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Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma
como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg,
2003).
A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou
competente ou incompetente", "Eu sou benquisto ou malquisto") e emoções
autossignificantes associadas (por exemplo, triunfo ou desespero, orgulho ou
vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo,
assertividade ou temeridade, confiança ou cautela). Em acréscimo, a autoestima pode
ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de
autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima).
Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular (por
exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de
extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me
orgulhoso quanto a mim no geral").
Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O VALOR DA AUTOESTIMA
A autoestima, juntamente com o amor-próprio, é a base para o ser humano. É a cura
para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de
origem emocional e relações destrutivas.
A autoestima começa a se formar na infância, a partir de como as outras pessoas nos
tratam. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa na
autoestima quando adultos. Perde-se a autoestima quando se passa por muitas
decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por
nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém,
mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio.
Quando a autoestima está baixa a pessoa se sente inadequada, insegura, com dúvidas,
incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz. Não acredita

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 10


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ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de se cuidar,
desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, desistindo
facilmente de tudo que começa.
Como ela mesma não se ama se sujeita a qualquer tipo de relação para ter alguém ao
seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças
para sair delas. Vale lembrar que esse processo acontece inconscientemente. A pessoa
não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que
pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio,
agressividade, depressão, punição, doenças.
Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques
pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes. O maior indicador de uma
pessoa com baixa autoestima é quando sente intensa necessidade de agradar, não
consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre
querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente
importante para si mesma. Com isso, se abandona cada vez mais.
A autoestima também influencia na escolha dos relacionamentos. Aqueles com
elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando
uniões saudáveis, criativas e harmoniosas. Já a baixa autoestima acaba atraindo ou
mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se
deixa envolver nem manter relações destrutivas. Há também uma relação direta e
muito importante entre desempenho profissional e autoestima, mas esse é outro
assunto.
A autoestima influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos
ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a
autoestima. Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz
interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos
sem medo, sentir-se competente, capaz de se tornar independente da aprovação dos

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 11


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outros, tudo isso faz com que a autoestima se eleve. Mas é um processo gradativo que
exige trabalho e conscientização.

DICAS PARA ELEVAR SUA AUTOESTIMA

Melhor caminho para o autoconhecimento: diálogo interno

Características da baixa autoestima:


- insegurança
- inadequação
- perfeccionismo
- dúvidas constantes
- incerto do que se é
- sentimento vago de não ser capaz de realizar nada >> depressão
- não se permite errar
- necessidade de: agradar
- aprovação
- reconhecimento

O que diminui a autoestima?

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 12


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- críticas e autocríticas
- culpa
- abandono
- rejeição
- carência
- frustração
- vergonha
- inveja
- timidez
- insegurança
- medo
- humilhação
- raiva
- e, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional)

Quando começa a se formar


Na infância. A partir de como as outras pessoas nos tratam. Quando criança pode-se
alimentar ou destruir a autoconfiança. Autoestima baixa geralmente está relacionada a
falsos valores. Crença que é necessária aprovação da mãe ou pai.

Para elevar a autoestima é preciso:


- autoconhecimento
- manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho)
- identificar as qualidades e não só os defeitos
- aprender com a experiência passada
- tratar-se com amor e carinho
- ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 13


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- manter diálogo interno


- acreditar que merece ser amado(a) e é especial
- fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler,
descansar, ouvir música, caminhar.

Resultados da autoestima elevada


- mais à vontade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto
- sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem
- harmonia entre o que sente e o que diz
- necessidade de aprovação diminui
- maior flexibilidade aos fatos
- autoconfiança elevada
- amor-próprio aumenta
- satisfação pessoal
- maior desempenho profissional
- relações saudáveis
- paz interior
Lembre-se:
"A pessoa mais especial e importante no mundo é você!"
Fonte:http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/colunas/021129_psy_auto_estima.htm por: Rosemeire Zago - Psicóloga clínica.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 14


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Capítulo 3
Marketing Pessoal

O modelo de sociedade em que vivemos dita padrões de competitividade


extremamente elevados em praticamente todas as áreas. Tanto em aspectos visuais,
de comunicação e de conhecimento, quanto em outros aparentemente secundários,
pequenas diferenças podem determinar o sucesso ou o fracasso. .Talvez seja um
modelo injusto, mas a realidade é que este é o modelo em que transitamos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 15


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O reconhecimento de competências e habilidades é fundamental para diferenciar e


situar um indivíduo no contexto social em que vive e determina, em grande parte, a
maneira como ele estará posicionado para o sucesso profissional e pessoal.

É fato que nem todos possuem as mesmas competências e habilidades. Porém, muitos
as possuem e, por uma série de fatores, elas não são facilmente reconhecíveis. As
habilidades encobertas geram uma grande desvantagem, especialmente quando a
competição é acirrada. Todos já se perguntaram: porque fulano de tal, sendo menos
preparado, menos hábil, menos esforçado e experiente, galgou sucesso pessoal ou
profissional maior do que o nosso?

Talvez uma das respostas seja a prática do Marketing Pessoal.

Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e
desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e
profissional, bem como para dar visibilidade a características, habilidades e
competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por parte
de outros.

Foi-se o tempo em que marketing pessoal era um instrumento político, falso, visando
apenas uma conquista específica. Hoje, para avançar em meio à verdadeira selva social
em que se transformou o capitalismo, ele vem se tornando uma ferramenta cada vez
mais necessária para todos, do mais simples ao mais sofisticado.

Os elementos fundamentais, quando se atesta que o caminho do sucesso é a prática


do marketing pessoal, são:

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 16


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- A qualidade do posicionamento emocional para com os outros


- A comunicação interpessoal
- A montagem de uma rede relacionamentos (Networking)
- O correto posicionamento da imagem
- A prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais

Posicionamento emocional pode ser definido como sendo a forma com que as pessoas
se lembrarão de um individuo. Algumas pessoas se recordam de outras pela maneira
cortês, positiva e educada como foram tratadas, pela sinceridade e zelo com que
tiveram o contato, enfim, pelas emoções positivas que remetem à imagem de outrem.
Ao contrário, há pessoas que deixam uma imagem profundamente negativa, mesmo
que o contato interpessoal tenha sido curto.

Assim, a prática do marketing pessoal deverá ser responsável por um grande cuidado
na maneira como se dão os contatos interpessoais. São fundamentais para isso,
atitudes que remetam à atenção, simpatia, assertividade, ponderação, sinceridade e
demonstração de interesse pelo próximo, de uma forma autentica e transparente. Reza
uma máxima do marketing pessoal: atenção personalizada a quem quer que seja
nunca é investimento sem retorno.

A comunicação interpessoal pode ser definida como sendo o grande elo que destaca
um individuo em meio à massa. Quando ele fala, quando se expressa por escrito ou
oralmente, quando cria vínculos de comunicação continuada, o individuo externa o
que tem de melhor em seu interior. Assim, usar um português correto e adequado a
cada contexto, escrever bem, vencer a timidez, usar diálogos motivadores e edificantes
e manter um fluxo de comunicação regular com as pessoas é básico para um bom

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 17


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desenvolvimento do marketing pessoal. Temos sempre a tendência de ver as pessoas


que se comunicam bem como líderes no campo em que atuam.

Rede de relacionamentos pode ser definida como uma teia de contatos, nos mais
variados níveis, fundamentais para o individuo se situar socialmente, tanto de forma
vertical (com relações em plano mais elevado que o seu) quanto horizontalmente (com
seus pares, em plano semelhante).

Quando se fala em rede de contatos, dois desafios surgem imediatamente:


dimensionar os relacionamentos de forma plural, isto é, ser capaz de se relacionar em
qualquer nível, tornando-se lembrado por todos de forma positiva; e manter a rede de
contatos, enviando mensagens periodicamente, fazendo-se presente em eventos
sociais e tratando aos outros com atenção e cordialidade.

Posicionamento de imagem pode ser definido como uma adequação visual ao contexto
social. É fato que a sociedade hipervaloriza a imagem e, exageros à parte, o princípio
do cuidado visual precisa ser analisado realisticamente. Assim, o traje correto e
adequado ao momento, a combinação estética de peças, cores e estilo, bem como os
cuidados físicos fundamentais (o corte do cabelo, a higiene, a saúde dentária, etc) são
importantes para uma composição harmônica e atrativa da imagem.

Finalmente, a prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais são o
grande elemento do marketing pessoal e, como destaque social, a melhor forma de
galgar um lugar nas mentes e corações dos que nos cercam.

Não é preciso dizer que apoiar, ajudar e incentivar as pessoas devem ser um conjunto
de atitudes sinceras, transparentes e baseadas no que se tem de melhor. Até porque

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 18


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ações meramente aparentes são facilmente detectadas e minam a essência do


marketing pessoal verdadeiro. O segredo, portanto, é sempre se perguntar: de que
maneira posso ajudar? De que forma posso apoiar? Como posso incentivar o
crescimento, o progresso e o bem-estar do próximo?

Quando bem praticado, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz


para o alcance do sucesso social e profissional. E o melhor é que, além de beneficiar
que o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão ao redor.
Que tal mudar alguns velhos paradigmas e repensar o nosso próprio marketing
pessoal?

Fonte: http://www.skywalker.com.br/ - sérgio Luiz de Jesus

Marketing Pessoal hoje é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus
pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a seu favor no
ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de
liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também
fazem parte do Marketing Pessoal.

As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A


preocupação com o capital intelectual e a ética são fundamentais na definição do perfil
daqueles que serão parceiros / colaboradores.

Alguns detalhes merecem atenção especial:


• Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;
• Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;
• Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de
frustração e angústia;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 19


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• Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de


obstáculos;
• Manter-se motivado;
• Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela
trabalhe como seu diferencial;
• Seja absolutamente pontual;
• Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído
com detalhes de menor importância;
• Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à
situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;
• Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite
gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;
• Controle suas emoções, mas não as anulem, elas são muito importantes para
mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo
tratado;
• Cuidado com o uso do celular;
• Não fale demais nem de menos.

Case
O Marketing Pessoal por Max Gehringer

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 20


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Você sabe como crescer e aparecer dentro da empresa? Conheça os mandamentos do


chamado marketing pessoal.
Por que ótimos funcionários muitas vezes não conseguem ser promovidos? Porque
eles estão fazendo tudo certo, mas esquecem de algo muito importante: o marketing
pessoal.
Num escritório de consultoria fazendo uma pesquisa sobre marketing pessoal -
qualidades que fazem com que alguns consigam se destacar dos demais. Nós pedimos
a cada um dos entrevistados para pegar um papel e escrever o nome de duas pessoas
que, na opinião de cada um, mais se enquadrasse em todos esses itens que vamos
discutir. Por que duas pessoas? Porque cada pessoa tem o direito de votar em si
mesmo.
Ao final da votação, não vamos escolher o melhor ou a melhor. Se a gente
simplesmente pegar um que foi o mais votado, nós vamos criar mais problema do que
qualquer outra coisa para a pessoa. Vamos selecionar três ou quatro pessoas.
Marketing é o conjunto de ferramentas que uma empresa usa para fazer com que seus
produtos sejam conhecidos, apreciados e comprados. Marketing pessoal é para que
um profissional faça exatamente a mesma coisa, só que em benefício da própria
carreira.
Nós começamos a aplicar o marketing pessoal às nossas carreiras a partir do momento
em que o nível dos candidatos no mercado de trabalho começou a ficar muito igual. É
a habilidade que um funcionário tem de aparecer sem ser chato e de conseguir a
simpatia da chefia sem ser puxa-saco.
Eu sempre digo que a melhor avaliação que a gente faz é de garçom. "Eu fico atento no
movimento do cliente", diz o garçom Edson da Silva. Se a gente, inadvertidamente,
olha para o garçom e não precisa de nada, ele nunca está olhando para a gente. "A
gente fica no nosso canto para não atrapalhar o cliente, mas sempre de olho na mesa",
comenta Edson. Quando a gente precisa de alguma coisa, o garçom está olhando para

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 21


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a gente. Se a gente só conseguir fazer o que o garçom faz, nós nunca vamos ser chatos
na vida.

Veja, a seguir, os dez mandamentos do marketing pessoal.


1º - Liderança
Algumas pessoas têm uma habilidade muito maior de influenciar as outras. "O Clayton
está sempre preocupado se a gente precisa de alguma coisa" comenta a caixa Laísa dos
Santos. "Ele socorre a gente", diz a caixa Ester Alves. O Clayton é um formador de
opinião, e a empresa percebe isso rapidamente.
2º - Confiança
Quando eu pergunto "Quanto foi o jogo?", eu imediatamente olho para uma pessoa.
Eu não falo assim: "quanto foi?", olhando ao redor. Essa é a pessoa em que nós
confiamos.
3º - Visão
É alguém entender o que está fazendo e por que está fazendo, e sugerir pequenas
mudanças para melhorar o próprio trabalho ou o trabalho dos colegas. Do que nós
estamos falando? Pequenas idéias, uma por dia, de R$ 3. Muita gente fica esperando
muito para ter uma grande idéia na vida de R$ 200 milhões e perde a oportunidade de
ter a pequena idéia de todo dia.
4º - Espírito de equipe
É oferecer ajuda aos colegas, mesmo sem ser solicitado. De coração aberto, quantas
pessoas realmente fazem isso?
5º - Maturidade
É saber solucionar conflitos sem provocar mais conflitos. "Ele prefere conversar e não
resolver em discussão", diz o repositor de loja William Matias. "Um ajudando o outro é
que a gente vai ser uma equipe melhor", acredita o repositor de loja Antônio
Raimundo Nascimento.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 22


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6º - Integridade
É fazer o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser excessivamente ambicioso e
atropelar quem aparece pela frente. Pesquisa instantânea de opinião: quem nunca foi
prejudicado na carreira? Quem tem vontade de prejudicar alguém? Qual das duas
perguntas que eu fiz mostra falta de integridade? A segunda? Se eu tiver o desejo,
assim, de me vingar, isso mostra a minha falta de integridade? Não. O desejo não
mostra. É por isso que nós temos sentimentos, nós temos emoções e, muitas vezes, no
trabalho, nós temos que guardar isso para a gente mesmo. Eu, sinceramente, tenho
vontade de atropelar um monte de gente, mas eu não vou fazer isso.
7º - Visibilidade
Ser o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário para uma
tarefa. O que eu me lembro nos últimos 25 anos da minha vida corporativa, todo
mundo que levantou a mão quando eu pedi um voluntário, hoje, ou é gerente, ou é
diretor, ou é presidente de empresa. Impressionante.
8º - Empatia
É saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros. "Foi o
Emerson. Isso foi ontem ainda. Ele montou lá na frente da loja uma exposição de
brinquedos que foi muito lindo mesmo. Elogiei, elogiei na hora", disse o fiscal de loja
Enedino dos Santos.
9º - Otimismo
Não é um otimismo burro, mas um otimismo com causa. A pressão do trabalho nos
leva a imaginar que as coisas são piores do que realmente são.
10º - Paciência
Isso é o que mais acontece com jovens recém-formados no mercado de trabalho.
Normalmente, uma pessoa com excelente formação acadêmica entra em uma
empresa e, seis horas depois, já está começando a pensar por que ela não foi

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 23


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promovida. De todas as qualidades que nós podemos ter, a paciência é talvez, a que se
a gente não tiver, vai nos prejudicar mais.
Evidentemente, não adianta ter tudo isso se o funcionário não consegue fazer aquilo
que ele é pago para fazer, dar bons resultados de curto prazo.
No grupo, foram três escolhidos. O primeiro é o Fabian, o segundo é o Júlio, e o
terceiro é o Rodrigo.
"Eu busco, no meu dia-a-dia, estar sempre ajudando as pessoas. Eu tenho o espírito de
equipe", explicou o assistente de vendas Rodrigo Zazzera. "Se eu estou ajudando o
companheiro, eu sei que, futuramente, ele vai me ajudar também", ressaltou o
analista de sistemas Fabian Schmidt. "Fiquei surpreso porque eu não vejo um destaque
da minha parte", disse o analista de sistemas Júlio César Arão.
A lição que vocês três estão dando é que basta vocês fazerem o que aprenderam em
casa: ter respeito pelo próximo. São lições que têm milhares de anos, mas é isso que
constrói uma imagem.
Em uma empresa séria, quem tem marketing pessoal recebe atenção da chefia e apoio
dos colegas. Em uma empresa medíocre, a mesma pessoa pode ser vista como uma
ameaça. Em um caso assim, não adianta querer mudar a empresa. É mais sábio mudar
de empresa.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 24


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Capítulo 4
O Que é Ser Profissional e
O Momento da Escolha
Ser profissional é possuir um conjunto de qualidades pessoais e refleti-las, de modo
apropriado na vida profissional. Qualidades como competência, ética, honestidade,
moral, ousadia são coisas de nossas personalidades que são quase obrigatórias num
bom profissional.
O "ser" profissional é não extravasar qualidades e defeitos pessoais além do
necessário. O problema é que para isso, nos serve o bom senso que nem todos o têm.
Não fazer de suas qualidades motivo de inveja no ambiente de trabalho, mas de
admiração. Ser ético é ótimo, mas não queira ser a ética encarnada, pois ética demais
atrapalha o andamento de tudo. O super competente vira o puxa saco, o cdf, o
aparecido, prejudicando uma equipe. Profissionalismo é ser regido por um equilíbrio
entre virtudes e defeitos. Ser impaciente é um defeito, mas paciência demais é ser
inerte ou não saber cobrar dos outros; às vezes um murro na mesa é necessário, mas
que seja na mesa, e não no subalterno, muito menos no superior.

O Profissional Atual = um Ser Humano Completo


Estamos vivendo a "era da informação, da velocidade e da orientação para resultados".
Muitas vezes, ficamos atônitos com a rapidez com que as mudanças acontecem. Já não
basta mais sermos especialistas em informática. Precisamos "entender do negócio",
senão como poderemos aplicar nossos conhecimentos em benefício da empresa, ou
em outras palavras: gerar resultados.
Muitos consultores e autores bem-sucedidos de livros de negócios e carreira dizem
que estamos vivendo a era dos multi-especialistas. Precisamos entender de muitos

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 25


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assuntos: administração, finanças, informática, outros idiomas, pessoas (esta talvez


seja a aptidão mais importante e mais difícil), trabalho em equipe, etc.
Como dominar tantas competências e, ao mesmo, tempo conciliar família, amigos,
atividades físicas e a pressão da empresa por resultados cada vez melhores e em
menor tempo? Com certeza não é fácil, mas é possível crescer profissionalmente e,
principalmente, com ética, sem abrir mão de uma vida pessoal com qualidade.

Conhecimentos são e sempre serão indispensáveis


Lembra do tempo em que era só pegar o diploma, esperar uma proposta de emprego,
trabalhar por "uns trinta anos" na mesma empresa e se aposentar? Essa época
simplesmente acabou. Hoje temos que nos manter em um estado de aprendizagem
contínuo. Educação e aprendizagem não é algo que tem data para terminar em um
momento determinado, como logo após a faculdade ou uma pós-graduação. Para que
o profissional possa manter-se no mercado é necessário estudar sempre, mantendo-se
atualizado com as mudanças tecnológicas, aprendendo a utilizar as novas ferramentas,
aprimorando o conhecimento de outros idiomas e assuntos.
Precisamos conhecer uma infinidade de assuntos, dentro os quais, poderia destacar os
seguintes: conhecimentos sobre finanças e investimentos, noções básicas sobre
contabilidade e economia, matemática financeira, um ou mais idiomas estrangeiros;
preferencialmente inglês e espanhol, bom domínio da gramática e das técnicas de
redação, administração, marketing, gerência de projetos, trabalho em equipe e
orientação para resultados.
Somente o estudo eficaz e continuado é capaz de garantir o domínio de tantos
assuntos. Por isso devemos nos preocupar, em primeiro lugar, em melhorar o nosso
rendimento nos estudos.
Aliás, o princípio de educação pela vida inteira não é nenhuma novidade dos tempos
modernos. Os gregos já defendiam um modelo de educação conhecido como

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 26


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"paidéia", em que um dos pilares deste modelo era uma educação diferenciada e
continuada, mesmo após a idade adulta. Em resumo: educação e estudo por toda a
vida.
O primeiro dilema: mais estudo demanda mais tempo
Para exemplificar o dilema de arranjar tempo para estudar tudo o que julgamos
necessário ou "que nos dizem" ser necessário, vou utilizar o exemplo da pessoa que eu
melhor conheço neste mundo: "eu".
Em primeiro lugar, temos que entender que não dá para estudar tudo o que achamos
que é importante ou nos dizem (jornais, revistas e sites da moda) ser indispensável
para uma carreira de sucesso. Devemos ser capazes de definir prioridades e segui-las à
risca.
Durante muito tempo comprei muito mais livros do que poderia ler. Cheguei a ter mais
de 30 livros esperando na fila. Constantemente, me preocupava pelo fato de não
conseguir ler e estudar todos os assuntos que eu julgava importantes. Uma simples
pausa para assistir a um jogo de futebol na televisão era motivo para consciência
pesada por não ter aproveitado melhor meu tempo. Onde é que já se viu perder um
jogo do Grêmio?
Neste período, acabei me afastando dos amigos, da família e até minha esposa
queixava-se, com a mais absoluta razão, de que eu quase não ficava com ela. Muitas
vezes eu me preocupava mais em ler um livro, do que em fazer uma análise sobre seu
conteúdo e sobre o valor daquela leitura para mim como ser humano e para a minha
carreira. O importante era diminuir a fila de livros não lidos, mesmo que isso
significasse cada vez menos horas de sono, de lazer e de atividades físicas. Pouco
importava se minha qualidade de vida estava péssima e piorando dia-a-dia.
Talvez o amigo leitor jamais tenha chegado a esse ponto, mas não é difícil concluir que
não dá para estudar tudo. O simples fato de o estudo ter se tornado uma carga muito

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 27


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pesada, mais uma obrigação do que um prazer, fez com que meu rendimento e meu
humor descessem a níveis preocupantes.
Não dá para aprender tudo ao mesmo tempo: Windows XP, Windows 2000, Linux,
Novell, UNIX, VB, Delphi, Java, Java Script, ASP, ASP.NET, C, C++, C#, XML, segurança,
finanças, economia, administração, fazer um MBA, uma pós... E, se você ainda estiver
vivo, quem sabe, uma cirurgia de ponte de safena.
Estudo e aperfeiçoamento contínuos são fundamentais sim, porém de forma
organizada e, principalmente, planejada. O foco deve estar na aplicação dos
conhecimentos adquiridos. Jamais no conhecimento por si só. Jamais se esqueça dos
seguintes princípios básicos: definição de prioridades e foco na aplicação dos
conhecimentos.
Parece e é o óbvio. Se cada vez temos mais assuntos para estudar, mais aptidões para
desenvolver e menos tempo para tudo isso é fundamental que formemos uma base
bem sólida para enfrentar os desafios atuais e os que ainda estão por vir. Como "base
sólida", considero o domínio de algumas técnicas vitais para que o profissional possa
manter o seu desempenho em níveis sempre elevados. Vamos falar um pouco sobre
alguns tópicos que considero vitais:

Administração do tempo – Saber administrar de maneira racional o "escasso" tempo


que dispomos é de fundamental importância. Muitas pessoas queixam-se de que não
tem tempo para nada, mas se observarmos com mais atenção veremos que mesmo
que o dia tivesse as "tão sonhadas 48 horas", essas pessoas não conseguiriam concluir
as suas tarefas, pelo simples motivo de que não administram corretamente o tempo.
Estamos sem controle do nosso tempo quando acumulamos mais informações do que
podemos absorver, quando trabalhamos de olho no relógio, querendo cumprir uma
carga de trabalho irreal, quando levamos uma vida sedentária com a desculpa que não
temos tempo para praticar uma atividade física ou quando enchemos nossa agenda
com atividades e compromissos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 28


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Serás organizado e não procrastinarás – Não é um mandamento, mas deve ser


encarado como tal. Sabe aquela história que: "na minha bagunça eu me acho"? O
profissional dos dias atuais tem que ser organizado, quer seja no trabalho, quer seja na
sua vida pessoal. No final de cada ano fazer um planejamento para o ano seguinte não
faz mal a ninguém. No planejamento é importante incluir quais os novos
conhecimentos você deseja adquirir, as novas aptidões que deseja desenvolver e,
principalmente, quais os objetivos que deseja alcançar. Parece incrível, mas muitas
pessoas, no meio da correria, não têm a noção exata de quais são seus objetivos.
Como diz um ditado oriental: "de que adianta correr se você está no caminho errado"?
Outra "praga", que deve ser combatida com veemência é a procrastinação, o popular
"empurrar com a barriga". Deixar para depois, começar amanhã ou quem sabe na
semana que vem? Nada disso. Quanto antes iniciarmos nossas tarefas, com mais
tranquilidade e qualidade poderemos completá-las, sem apuros e improvisações.

Trabalho em equipe e delegação de tarefas – Você é admitido na empresa e é mais do


que normal que no seu primeiro emprego, seja alocado para realizar algumas tarefas
operacionais. Mas como todo mundo, você quer evoluir, crescer, ser promovido. É
natural que venha a ocupar, com o passar do tempo, um cargo de gerência. Quem
sabe um dia será diretor, depois vice-presidente e, por que não, presidente. Não
importa o cargo que você ocupa, é fundamental que saiba trabalhar em equipe, em
outras palavras: "colaboração e cooperação". Isso não significa que não deva existir
competição, porém em doses saudáveis. Mas o fato é que somente o trabalho em
equipe é capaz de obter os resultados exigidos atualmente. Pela milionésima vez vou
citar o exemplo do time de futebol formado por onze craques, porém sem espírito de
equipe, onde cada um quer aparecer mais do que o outro. Com certeza este time será
derrotado por uma equipe formada por onze jogadores medianos, porém com forte
espírito de equipe, onde todos colaboram na busca de um objetivo comum. Na medida

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 29


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em que você vai ocupando cargos com características mais gerenciais do que
operacionais a delegação de tarefas torna-se um instrumento indispensável. Se você
chefia uma equipe é fundamental que confie nela. Com isso é possível delegar tarefas
e manter um nível de acompanhamento racional; pois de nada adianta delegar uma
tarefa e depois acompanhar, passo-a-passo a execução.
Não basta ser competente, os outros tem que saber que você é competente – É
importante que as pessoas saibam que você é um profissional competente, ético e em
que assuntos você pode ser considerado uma referência. Não é uma questão de ser
metido ou se achar o máximo. Devemos cuidar da nossa carreira da mesma maneira
que cuidamos de uma empresa. Tom Peters defende que o profissional deve cuidar da
divulgação do seu talento e habilidades, como se estivesse fazendo a divulgação do
produto de uma empresa. Peters ainda defende a idéia que devemos cuidar desde os
aspectos básicos com uma boa aparência, boa educação até questões mais avançadas
como fazer uma auto-avaliação do tipo: "qual o valor da marca – seu nome – para o
mercado de trabalho". A idéia básica é que você torne-se um profissional que as
empresas necessitem e que seja capaz de fazer o seu marketing pessoal com eficiência.
Outra palavra que está bastante em moda é "netwoking". Esta palavra é utilizada para
fazer referência à nossa rede de relacionamentos. Diversos autores são unânimes em
afirmar que não devemos nos descuidar da nossa rede de relacionamentos. De
preferência devemos ampliá-la para incluir contato com profissionais das mais diversas
áreas. Manter nossa lista de telefones e endereços de e-mail em dia é de fundamental
importância. Muitas vezes uma oportunidade surge na empresa onde um dos seus
contatos/amigos está trabalhando. É natural e ético que o seu contato/amigo indique
você para ocupar a vaga. Existem empresas que dão prêmios em dinheiro, para
funcionários que indicam conhecidos que sejam aprovados e admitidos para ocupar
uma vaga na empresa. A simples indicação não garante o emprego, pois o candidato
deverá passar pelo processo de avaliação da empresa. Além disso, se você não for

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 30


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competente, o seu amigo/contato não irá indicá-lo, pois ele não quer ser responsável
pela admissão de uma pessoa sem as competências exigidas pela empresa.

É hora de construir uma carreira de sucesso


Agora que você já conhece os fundamentos necessários para criar uma carreira de
sucesso, tais como administrar bem o tempo e a sua lista de contatos, ser organizado e
ter objetivos bem claros, é hora de construir uma carreira sólida e de sucesso.
Parece óbvio, mas devo reforçar a idéia de que o profissional de TI quer seja em nível
operacional, gerencial ou executivo, deve ter sólidos conhecimentos técnicos. Um
ponto importante a destacar é que "conhecimentos técnicos" significam o domínio de
algumas tecnologias essenciais e não, necessariamente, de produtos específicos. Este é
um erro que tenho observado, inclusive, em diversos cursos universitários para a
formação de profissionais de TI, ou seja, ao invés de ensinar tecnologia, ensinam a
utilizar determinados produtos. Claro que existem alguns produtos específicos que,
devido a grande aceitação pelo mercado, devem ser dominados pelo profissional de TI.
A seguir coloco uma lista das tecnologias e alguns produtos específicos que considero
essenciais que o profissional domine:
• Sistemas operacionais, principalmente Windows (9x, 2000, NT e XP), Linux e UNIX. •
Redes de computadores (conceitos, arquiteturas, dispositivos de hardware, etc.). •
TCP-IP e tecnologias relacionadas. • Orientação a objetos. • Princípios de análise e
projeto de software. • Segurança (criptografia, firewall, gerenciamento, VPN, PKI,
certificados digitais, etc.). • Banco de dados (modelo relacional, administração,
integração com a Web, etc.). • Gerência de projetos. • No mínimo uma

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 31


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ferramenta/linguagem de desenvolvimento. • Internet (arquitetura, utilização, modelo


de desenvolvimento para Web em três ou mais camadas).
Pode parecer muita coisa, mas o domínio destes assuntos segue uma ordem natural e
até intuitiva, mesmo nos atuais dias de correria. A maioria dos profissionais de TI
iniciou sua carreira aprendendo a utilizar um sistema operacional. Em seguida, muito
provavelmente, passou a estudar os princípios básicos de lógica de programação e
uma linguagem para testar os conceitos aprendidos. Em seguida, chegou o momento
de aprender a utilizar algumas ferramentas, como por exemplo, um redator de textos
e uma planilha de cálculos. E assim os conhecimentos vão sendo adquiridos um a um.
O problema está na velocidade com que novas tecnologias e produtos são lançados.
Recém estamos nos sentindo "confortáveis" com o Windows 2000 e já vem a
Microsoft com o Windows XP e, no ano que vem com a nova versão do Windows para
servidores (por enquanto chamada de Whistler, na versão Beta) e logo depois com o
Windows 7) e . Não adianta nos queixarmos, a atitude correta é nos adaptarmos.
No início da Revolução Industrial, quando foram criados os primeiros teares, muitos
empregados ficaram revoltados, com medo de perder o emprego. Outros procuraram
entender a mudança, aprendendo a operar as novas máquinas. Estes últimos
souberam se adaptar a uma situação de mudança e mantiveram seus empregos. Penso
que atitude correta é exatamente esta, ou seja, o profissional de TI precisa adaptar-se
ao ritmo em que vivemos. É simplesmente uma questão de adaptar-se ou ficar para
trás. Aqui quero mais uma vez tocar no ponto central, o qual me levou a escrever este
artigo: "é possível acompanhar o ritmo das mudanças, mantendo-se atualizado, sem
perder em qualidade de vida e convívio com a família e os amigos".
Um aspecto bastante valorizado pelas empresas são as certificações oficiais. Cada
empresa tem o seu próprio programa de certificação. Por exemplo, a certificação mais
valorizada da Microsoft é o título de MCSE – Microsoft Certified Systems Engineer. As
certificações da Cisco, IBM, Sun e Oracle também são bastante valorizadas no

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 32


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mercado. A certificação serve como uma espécie de atestado, o qual é um indicativo


das qualificações do profissional em um determinado produto ou tecnologia.
Aquele profissional que trabalhava exclusivamente fechado na sala de processamento
de dados, sem um contato mais direto com o restante da empresa, apenas realizando
tarefas estritamente técnicas, não existe mais. Hoje a empresa quer um profissional
completo, ou seja, um ser humano completo.
A Tecnologia da Informação é fundamental como suporte para todas as atividades de
uma empresa. Para que a TI possa atender as expectativas da empresa, dos
funcionários e dos clientes, é fundamental que os profissionais de TI conheçam a
empresa, os funcionários, os processos, os produtos, os clientes e o mercado. Em
outras palavras: conhecer o negócio. Por isso que além dos conhecimentos técnicos
são importantes os conhecimentos já citados anteriormente, tais como: finanças,
administração, marketing, contabilidade, economia, etc.
A alma de uma empresa é formada por pessoas, idéias e objetivos claros e definidos.
Para que as pessoas possam colocar suas idéias na busca de seus objetivos pessoais e
na busca dos objetivos da empresa é fundamental que todos tenham boas capacidades
de relacionamento. A empresa espera que o profissional seja ético, honesto, que tenha
espírito de equipe. Neste ponto a alta direção e os executivos da empresa
desempenham um papel fundamental na criação de um bom ambiente de trabalho. A
empresa tem que saber que os funcionários não ajudarão a empresa a alcançar seus
objetivos se a ela não ajudar o funcionário a realizar seus próprios sonhos. Um bom
ambiente de trabalho inclui uma estrutura sem grandes burocracias com infinitos
níveis hierárquicos que só atrapalham quem quer trabalhar; um ambiente onde a
criatividade é sempre incentivada e não sufocada por normas sem sentido; uma
política de remuneração justa e transparente; desafios constantes e direitos iguais
para todos. São pequenas coisas que podem começar a minar o ambiente de trabalho.
Pequenas regalias para a alta administração, ineficiência na comunicação interna, etc.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 33


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Dentro deste novo ambiente, o profissional deve ser capaz de se expressar com
naturalidade e eficiência. O domínio da gramática e das técnicas de redação é
fundamental, para que você possa expor suas idéias com clareza. Passamos uma
parcela considerável do nosso tempo respondendo e-mails, elaborando memorandos,
relatórios, notas técnicas e os mais variados tipos de documentos. O profissional que
domina as técnicas de redação tem maiores chances de se destacar e ser lembrado
para promoções. Além da comunicação escrita, também é de grande importância a
habilidade para fazer apresentações, quer seja para um público interno (colegas de
trabalho, chefes, etc.), quer seja para um público externo (clientes, fornecedores, etc.).

Todo este "arsenal" de conhecimentos e aptidões de nada adianta se você não for
"orientado para resultados". Em outras palavras: a empresa não paga você para
trabalhar oito horas ou para realizar determinadas tarefas; você é pago para obter
resultados. Para que você possa obter os resultados esperados pela empresa, são
fundamentais três "Cs": Conhecimento, Contribuição e Comprometimento. Sobre a
importância dos conhecimentos e do trabalho em equipe (contribuição) já falamos.
Mas tudo isso não adianta se você não estiver comprometido com suas idéias, projetos
e objetivos, estes alinhados com os objetivos da empresa. Comprometer-se é buscar os
resultados, dando o máximo de si. Quando um projeto está com problemas, se você
não estiver comprometido com o sucesso do projeto, começará a buscar desculpas que
justifiquem o "possível fracasso", ao invés de trabalhar intensamente na busca de
soluções. O profissional dos dias atuais tem que estar comprometido com os objetivos
da empresa e também com seus objetivos pessoais, a isso chamo de ética pessoal e
profissional.

A vida não é somente trabalho

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 34


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Leia esta pequena história:


Uma vez um mestre fez uma experiência com seus alunos. Pegou um vaso e encheu-o
com pedras grandes. Depois, ergueu o vaso e perguntou aos alunos: o vaso está cheio?
A turma se dividiu, com alguns dizendo que sim e outros que não. O mestre então
pegou algumas pedras pequenas e colocou-as no vaso. As pedras pequenas se
encaixaram entre as grandes, e o mestre ergueu o vaso, novamente, perguntando: o
vaso está cheio?
Desta vez a maioria da turma respondeu que sim. O mestre, então, pegou um saco de
areia e despejou dentro do vaso. Depois, repetiu a pergunta.
A grande maioria respondeu que sim. O mestre, então, pegou uma jarra de água,
derramou no vaso, e perguntou: o vaso está cheio?
A turma finalmente chegou a um consenso. Todos responderam que sim. Então o
mestre falou: Este vaso é como a nossa vida. Se eu tivesse colocado as pedras
pequenas, a areia ou a água em primeiro lugar, não haveria espaço para as pedras
grandes. As pedras grandes na nossa vida são: família, amigos, carreira, trabalho, lazer
e saúde. É fundamental que não descuidemos delas. Não podemos perder muito tempo
com coisas sem importância (as pedras pequenas), pois corremos o risco de não haver
espaço para as coisas que realmente são importantes (as pedras grandes).
Para mim, foi vital entender que a carreira é importante sim, principalmente em
tempos de alta rotatividade e de busca por profissionais cada vez mais qualificados.
Mas ela não é tudo. Uma carreira de sucesso é sustentada por muitos pilares e, sem
dúvida, família, lazer, amigos e saúde física e mental são alguns dos que têm maior
importância.
Reservar um tempo para a família, programar horas de lazer ou de bate-papo com os
amigos e realizar atividades físicas não podem, de maneira alguma, ser consideradas
atividades que nos "roubam tempo". Às vezes, é importante uma simples parada para
não fazer nada e refletir sobre a vida. A partir do momento em que conseguimos

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 35


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equilibrar esses aspectos, passamos a ver as coisas com mais clareza e a produzir mais
e melhor.

Planejamento e organização – mais um lembrete


Também não podemos descuidar de dois princípios básicos para uma carreira de
sucesso: organização e planejamento. A cada fim de ano planejo minha carreira para
os 365 dias que vão começar e sempre penso nos seguintes aspectos: novos
conhecimentos que desejo adquirir e aonde vou aplicá-los, provas e exames de
certificação que desejo fazer, projetos que pretendo implementar na minha empresa e
projetos pessoais que quero desenvolver (como escrever livros e artigos, ministrar
palestras e treinamentos).
O planejamento precisa ser feito de maneira consciente. Não adianta planejar uma
carga de atividades que você não vai dar conta. Também é importante ter consciência
de que nem sempre as coisas saem conforme o planejado. É preciso ter criatividade e
flexibilidade para contornar e solucionar imprevistos.
Melhorar a capacidade de organização e de gerenciamento do tempo, também é um
aspecto importante. Muitas vezes me pegava navegando na Internet horas a fio,
saltando de um portal para o outro, maravilhado com a quantidade de informações,
mas não chegava a ler sequer um artigo. Na verdade, nem mesmo lembrava do
assunto que me levou a acessar a Internet. É claro que a Internet é imprescindível,
porém devemos saber utilizá-la a nosso favor, sem nos perdermos na imensidão de
informações disponíveis.
Tomar café, assistir TV, ler um jornal a caminho do serviço, outro no avião, assinar um
monte de revistas; são sintomas do que Richard Saul Wurman descreve como
ansiedade de informação, em livro com este mesmo título. Segundo o autor:
"informação é aquilo que reduz a incerteza, a causa profunda da ansiedade. A

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 36


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ansiedade da informação acontece quando você sabe o que quer, mas não sabe como
chegar lá".
No começo é difícil. Diversas vezes, em meio a uma atividade de lazer, batia aquela
"dor na consciência" e eu pensava que deveria estar estudando ou terminando um
trabalho qualquer. Porém com o tempo, comecei a perceber a importância dessas
atividades.
Ainda não "zerei" a fila de livros que tenho para ler, nem dediquei o tempo que julgo
necessário para minha vida pessoal, mas confesso que já consigo passar um domingo
inteiro na beira da piscina, no clube, sem ficar com a consciência pesada. Este ano
também tive momentos maravilhosos com minha família e meus amigos. Sinto-me
mais leve e produzindo mais do que antes; consigo valorizar coisas que antes
passavam despercebidas. Até voltei a brincar com crianças, o que antes eu achava algo
irritante e sem graça. O caso era realmente sério!
Pare, viva. É possível crescer profissionalmente e obter sucesso, sem se isolar do
mundo, sem sentir-se sufocado, sem perder o foco no que realmente é importante e
nos faz feliz.
Fonte: www.juliobattisti.com.br/
Referências bibliográficas: Dawson, Roger. 13 Segredos para o Sucesso Profissional. Editora Futura. Figueiredo, José Carlos. Como
Anda Sua Carreira. Editora Infinito. Jensen, Bill. Simplicidade. Editora Campus. Kundtz, Dr. David. A Essencial Arte de Parar. Editora
Sextante. Leby, Pierry. A Conexão Planetária. Editora 34. Minarelli, José Augusto. Empregabilidade. Editora Gente. Oliveira, Marco
A. E Agora José? Editora SENAC. Peters, Tom. Série Reinventando o Trabalho. Editora Campus. Siegel, David. Futurize Sua Empresa.
Editora Futura. Shinyashiki, Roberto. Você, a Alma do Negócio. Editora Gente. Sterneberg, Robert J. Inteligência Para o Sucesso
Pessoal. Editora Campus. Wurman, Richard Saul. Ansiedade de Informação. Cultura Editores Associados.
www.intermanagers.com.br www.rtd.com.br www.futurizanow.com www.techrepublic.com www.plenitudeonline.com.br
www.tompeters.com www.cio.com.br

Dicas
Seguem mais algumas: por Luiz Carlos Moreno
1. Administrar suas emoções. Parodiando Blaise Pascal (1623-1662): “O coração tem
razões que a própria razão desconhece”. As emoções, longe de terem razões que a

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 37


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razão desconhece nunca se manifestam por acaso. Além disso, o seu papel, conforme
os especialistas admitem cada vez mais, é essencial no âmbito da nossa representação
do mundo, no âmbito da visão que nós temos do nosso passado e do nosso futuro, das
nossas sensações de bem-estar ou de mal-estar, das decisões que nós tomamos - ou
que não tomamos.
Alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, nojo, assim como embaraço, simpatia,
admiração ou vergonha: as emoções são as companheiras obrigatórias da nossa vida
interior. Com elas é preciso aprender a portar-se.
2. Aprender a fazer. Saber fazer. Querer fazer. Amar o que faz. Fazer de forma
excelente, esclarece e dá sentido ao que fazemos, dando-lhes um caráter único e
insubstituível, atribuindo consistência e significado para o que vai ser realizado.
3. Aprender muito sobre você mesmo, sua profissão e seu negócio (aquela atividade
da qual você vive), e mais um pouco de cada área do conhecimento. “Não é suficiente
saber que você deve saber. Você também deve colocar em pratica aquilo que sabe”.
4. Aprender... Desaprender... Aprender... Desaprender... Aprender... Educação
continuada: aperfeiçoamento, atualização e desenvolvimento. Pesquisas recentes
sobre desempenho humano, gerencial e comportamento organizacional identificam a
incapacidade de aprender com a experiência como o fator determinante do fracasso
na carreira.
5. Atualizar-se de todas as formas e através de todas as mídias possíveis.
6. Compreender definitivamente que empresa é um negócio que necessita de
resultados, e que estes (exceto os custos) são números vistosos e crescentes.
7. Confiar em si mesmo e... nos outros. Você necessita da colaboração de outras
pessoas para alcançar o sucesso. Ninguém alcança o sucesso sozinho. Existe um
pensamento oriental que diz: “se você emprega um homem, confie nele; se você não
confia nele, não o empregue”. Trabalhar em equipe é sempre mais produtivo, porque
as pessoas se complementam em seus conhecimentos, habilidades e atitudes.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 38


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8. Disponibilizar o seu talento e suas competências na equipe e na organização.


9. Estabelecer frequentes e intensos contatos com outros profissionais, pares e
amigos e com outras organizações.
10. Fazer o melhor. Uma vez que, se você não quiser ou não puder fazer, tem alguém
que quer e vai fazer.
11. Identificar suas forças e fraquezas. Com o nome de auto-avaliação e
autoconhecimento, constitui um procedimento estratégico.
12. Investir no seu talento e nas suas competências.
13. Pensar. Decidir. Agir. (Respeitando a seqüência).
14. Pesquisar, ler e questionar sempre. Sun Tzu escreveu sob o título ‘buscar
conhecimento’: “Aqueles que sabem quando e onde a batalha será travada podem
dispor de todos os seus recursos no lugar certo. Se não sabe onde, quem e quando a
batalha será travada, suas forças serão incapazes de ajudar umas às outras. A vitória
pode ser criada (mesmo que o inimigo seja mais numeroso, podemos impedir que ele
ataque)”.
15. Reconhecer e prestigiar os méritos alheios. Assumir sua responsabilidade e dar
crédito a quem merece. “Dê crédito e a confiança será mútua – caso contrário, ela não
irá existir”. Se uma empresa é um barco, todos estão no mesmo barco em total
interdependência.
16. Reconhecer que para realizar alguma coisa precisamos de outras pessoas que nos
forneçam idéias, informações, recursos.
17. Saber que “fé absoluta” é mais que convicção profunda.
18. Ser educado é ter respeito para com as pessoas, quem quer que seja, qualquer
que seja sua ocupação ou posição social e/ou profissional.
19. Ter a humildade de reconhecer que sabe pouco e que, portanto, ainda tem muito
que aprender.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 39


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20. Ter a ousadia de dizer “não sei”. Esse comportamento requer um misto de
humildade com sabedoria.
21. Usar todos os cérebros que estejam disponíveis na organização e fora dela,
porque é muito provável que você não usa todo o seu cérebro.
22. Valorizar a qualidade, o bem-estar humano e o ambiente. Ambiente aqui
entendido em sentido lato.
Fonte: rh.com.br – Luiz Carlos Moreno: Pedagogo. Pós-graduado em Administração da Educação; em Didática do Ensino Superior; em
Gestão Estratégica e Qualidade.

O Momento da Escolha
Dicas para Quem Quer Ingressar no Mercado de Trabalho

Mercado de trabalho é o conjunto de oportunidades de empregos oferecidos pelas


empresas públicas, privadas, de economia mista, pelas pessoas físicas etc, com regras
formais e informais estabelecidas para os salários, benefícios, carreira,
comportamentos e, em contrapartida, a disponibilidade de profissionais que desejam
ingressar neste mercado de trabalho.
Como já estamos cansados de saber e de acompanhar, o mercado de trabalho é
competitivo, cada vez mais exigente e está sempre à procura sempre dos melhores
profissionais. Para toda vaga aberta pelas empresas, existem sempre muitos
candidatos procurando emprego. Com isso, existem também algumas dificuldades
para quem quer ingressar neste tão concorrido mercado de trabalho.
Normalmente, as fontes de consultas de empregos são obtidas através de jornais,
empresas especializadas em RH (outplacement e headhunter), portas das fábricas ou
dos estabelecimentos comerciais, câmara de comércio, entidades de classe, amigos,
conhecidos etc.
O primeiro passo para o candidato se apresentar perante uma empresa, é através do
encaminhamento de um currículum vitae ou “currículo”, que pode ser efetuado por

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 40


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meios eletrônicos, pelo correio ou pessoalmente. O currículo deverá conter somente


as informações básicas sobre o candidato: nome, endereço, telefones, e-mail, estado
civil, número de filhos, idade, cargo que está se candidatando na empresa, resumo de
suas principais atividades, experiências profissionais, formação escolar e acadêmica,
atividades extracurriculares. O currículo não deverá conter mais do que duas páginas;
o ideal é uma página.
A segunda fase para o candidato, talvez a mais importante, é a participação deste no
processo de seleção, após o recrutamento de seu nome por parte da empresa que
possui a vaga disponível.
Entre todos os métodos utilizados pelas empresas, durante o processo de seleção,
talvez o mais importante continue sendo ainda, a entrevista. E é sobre a entrevista que
teceremos nossos comentários:
1) Como se comportar numa entrevista:
Nunca misturar problemas pessoais com a necessidade do emprego;
Valorizar o trabalho e o emprego;
Concentrar-se na função que está sendo discutida;
Cumprir os horários combinados;
Mostrar motivação à sua profissão e gosto ao trabalho;
Desviar dos assuntos que se sinta inseguro;
Dar situações de contorno aos seus pontos fracos. Ex: fala inglês? Não, mas falo o
espanhol...
Cuidar da postura do corpo. Falar com a cabeça na posição correta. Nunca abaixada ou
erguida demais;
Olhar sempre nos olhos do entrevistador;
Nunca gritar, nem falar baixo demais;
Não se antecipar às perguntas com outros assuntos. Aguardar o momento certo para
falar;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 41


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Ser honesto acima de tudo (no que você já fez e no que tem certeza que pode fazer).
Se não sabe a resposta correta para alguma pergunta, simplesmente; responda ao
entrevistador que não tem conhecimento sobre o que está sendo perguntado. É
melhor falar a verdade, do que arriscar em dar uma resposta duvidosa, que você não
pode comprovar mais tarde;
Procurar conhecer e obter informações, antes da entrevista, sobre a empresa na qual
estará participando do processo de seleção;
Demonstrar coragem para novos desafios, sempre com os pés no chão;
Questionar o entrevistador a respeito dos objetivos e planos da empresa e sobre as
características da função pretendida.

2) Como se apresentar para uma entrevista:


Chegar 20 minutos antes do horário marcado e se apresentar 10 minutos antes do
horário combinado. Relaxe "elimine" o aspecto suado, ansioso, apressado etc.
Usar roupa adequada à função que pretende trabalhar e sapatos engraxados. Para as
mulheres, não usar blusa transparente ou decotada, bem como saia curta e higiene
pessoal caprichada;
Cabelos cortados, arrumados e penteados e unhas bem cuidadas;
Não fumar durante a entrevista;
Ser cordial com todas as pessoas da empresa, inclusive com o entrevistador;
Não mascar chicletes;
Não beber no dia anterior e no dia da entrevista;
Não comer alho ou cebola no dia da entrevista;
Nunca usar óculos de sol durante a entrevista;
Não levar pai ou mãe na entrevista;
Cuidar da concordância verbal;
Não usar gírias ou palavrões;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 42


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3) O que falar numa entrevista:


Sempre a verdade;
Ser lógico, breve, simples e objetivo;

4) O que não falar numa entrevista:


Não reclamar da localização da empresa;
Não apontar aspectos negativos das atividades da empresa;
Não reclamar dos seus problemas pessoais; nem fale deles;
Não reclamar do emprego anterior, nem dos colegas ou ex-chefe;
Não discutir política, religião, esportes etc;
Não falar do assunto salário, antes da hora certa.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/dicas-para-quem-quer-ingressar-no-mercado-de-trabalho/21056/
Por Paulo Roberto Vieira

Capítulo 5
O Que é um Posto de Trabalho
Definição de trabalho
Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por
ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.

O trabalho na vida do homem

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 43


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O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as
civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera
conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico.
Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

Diferença entre trabalho e emprego


Vale dizer que há diferença entre trabalho e emprego. Enquanto o primeiro envolve a
atividade executada em si, o segundo refere-se ao cargo ou ocupação de um indivíduo
numa empresa ou órgão público.

O que é um posto de trabalho


O posto de trabalho é a unidade elementar de um processo produtivo, da sequência
de trabalho da própria organização, pois, regra geral, corresponde a cada indivíduo e à
respectiva tarefa. É constituído pelo homem e pelos instrumentos e meios auxiliares
indispensáveis à realização da tarefa.

Organização do Posto de Trabalho


O local deve ser adequado às tarefas que um profissional vai desempenhar. O
Ambiente deve ser propício à realização de um trabalho eficiente e eficaz.
É necessário escolher a pessoa certa para determinado trabalho. Para além da
formação acadêmica e cultural, a experiência em diversos setores é muito importante,
assim como as características físicas e psicológicas, que determinam a aptidão da
pessoa certa para o posto de trabalho em evidência. A seleção de pessoal é feita pela
empresa, que depois de ver o currículo de cada candidato, realiza uma entrevista para
melhor conhecer os horizontes profissionais e motivações do trabalhador. Algumas
empresas chegam a recorrer a provas especificas ou testes psicotécnicos.

Conceito de ergonomia no posto de trabalho

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 44


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A ERGONOMIA é o estudo cientifico da relação entre o homem e os seus meios,


métodos e espaço de trabalho. O seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de
diversas disciplinas cientificas que a compõe, um corpo de conhecimentos que dentro
de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação ao homem os
meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida.

Administração de Cargos e Salários


O sucesso de qualquer programa, não necessariamente em Cargos e Salários, envolve
a tarefa de mudar a mentalidade, o que não é muito fácil. Portanto, a fixação e ampla
comunicação dos objetivos é muito importante nesta fase. Seu estabelecimento revela
o que e em que grau se pretende alcançar. Dentre outros que a empresa poderá
acrescentar, os principais objetivos que podem ser alcançados pela Administração de
Cargos e Salários, são as seguintes:
• A determinação de estruturas salariais capazes de atrair o tipo de mão-de-obra que a
empresa precisa;
• A elaboração e o uso de análises de cargos para propiciar informes sobre o seu conteúdo e
posterior avaliação, e para outros fins de Recursos Humanos;
• A determinação de valores relativos dos cargos, através da avaliação;
• A correção de distorções salariais, descobertas pela avaliação;
• A determinação de linhas de acesso e o aproveitamento adequado dos mais capacitados;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 45


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• O estabelecimento de uma política com base nos níveis da comunidade;


• A definição de responsabilidades;
• A elaboração de normas para assegurar tratamento equitativo;
• A determinação de métodos e práticas de remuneração que evitem o uso ou manutenção de
discriminações injustificadas;
• A obtenção de maior produtividade;
• Outros.
Resumidamente, os objetivos, bem como os seus instrumentos, são os seguintes:
• Hierarquia salarial adequada: executada através de Avaliação de Cargos e Curva
Interna de Salários;
• Correspondência com salários de mercado: executada através de: Pesquisa
Salarial e Nova Estrutura Salarial;
• Estímulo à eficiência: executada através de Estudos para incentivos e Planos de
incentivos.

Descrição de Cargos
A Descrição de Cargos é à base de todo o sistema de Administração de Cargos e
Salários. Pois, a partir da descrição é que os cargos serão avaliados. Portanto, a
descrição deverá ser sucinto, direto e claro, de maneira que qualquer um leigo leia e
entenda.

Capítulo 6
Como o Mercado de Trabalho Funciona
O profissional bem sucedido não precisa apenas saber inovar, trabalhar em equipe e
estar apto a mudanças.

Outras características são exigidas pelo novo cenário.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 46


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Novo milênio, novas condutas, conceitos, globalização, explosão de informações... Será


que você está preparado para a nova realidade do mercado?
A competição será cada vez mais forte daqui para frente; ou você se ajusta às novas
condições ou pode desistir. As transformações que estão acontecendo no mercado
cobram de você mudanças internas, de conceitos e até mesmo de hábitos. É uma luta
importante para quem quiser alcançar seus objetivos.

E quais são as características que o novo mercado está exigindo de seus profissionais?
O profissional deste século terá de saber aproveitar as oportunidades, saber colaborar,
competir, estar apto às mudanças, pressões, principalmente saber inovar (com
eficiência) e até mesmo saber ser insubordinado. Resumindo, você terá de conhecer o
mercado globalizado e, como consequência, agir sobre os detalhes, pois aí estará a
grande diferença sobre seus concorrentes. Os conceitos de lealdade, controle e
autoridade estarão também cada vez mais reconhecidos dentro das empresas.
Mas as exigências do mercado não ficam só nisso, envolvem também ter habilidades
nos relacionamentos interpessoais, culturais, reciclar-se, fazer parcerias (partilhar
informações), ser rápido, eficiente e on-line (uso do celular e Internet).
As empresas também estão adaptando-se velozmente a esse novo mercado e, a cada
dia, procuram mais pessoas com novas idéias, conhecimentos e conceitos, pois o fator
experiência não será tão importante quanto era anteriormente. Outras características
que as empresas valorizarão muito mais são saúde e cidadania.
Quando falamos em saúde, estamos falando de sua saúde física e mental. Os cuidados
pessoais são muito importantes, as empresas globalizadas vêem que uma pessoa que
não sabe cuidar de sua saúde pessoal, não tem condições de assumir obrigações
empregatícias.
Já cidadania significa saber relacionar-se com as pessoas que trabalham com você,
seus vizinhos e sua comunidade. Atividades comunitárias e de voluntariado são bem
vistos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 47


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É muito importante também não esquecermos de somar a todas as características


citadas acima a mais importante: a determinação. Precisamos ser lutadores, mesmo
tendo consciência que nem sempre venceremos todas as batalhas.
Fonte: Arlei William Viola - Objetiv@ Consultoria

Capítulo 7
Como Ingressar no Mercado de Trabalho
Manual da Carreira

O novíssimo manual da carreira


Os ingredientes necessários para fazer sucesso

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 48


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Max Gehringer
Embora às vezes se confundam, e até pareçam sinônimos, emprego e carreira são duas
coisas muito diferentes. Emprego é uma atividade de curto prazo, cujo desfecho é
imprevisível. O emprego pode terminar amanhã cedo, por motivos que nada têm a ver
com o desempenho do ocupante. A chegada de um novo chefe, uma fusão entre
companhias, um programa de redução de despesas, a terceirização de um setor, ou a
venda pura e simples da empresa. Qualquer pessoa conhece vários profissionais que
perderam o emprego por um desses motivos. Mesmo assim, a maioria continua
acreditando que "essas coisas" só vão acontecer com os outros.

Carreira é um processo de longo prazo. E não é apenas, como o nome parece indicar o
encadeamento de vários empregos sucessivos. Carreira é a autogestão da vida
profissional. Como qualquer processo de gestão, requer três habilidades básicas -
planejar, estabelecer objetivos e tomar decisões corretas na hora certa. Nenhuma
dessas habilidades depende da empresa. Todas elas são pessoais e intransferíveis.

Em resumo, o emprego é o presente, uma relação transitória de utilidade mútua. A


carreira é o futuro - uma questão de saber se preparar para poder escolher. O que leva
a duas constatações não muito simpáticas. (1) Quem se preocupa demais com o
emprego esquece a carreira. (2) Alguém que esteja desempregado, ou descontente
com o emprego atual, só pode culpar a si mesmo.
É claro que há outro caminho de sucesso, fora da carreira. O mercado de trabalho é
um funil, cuja borda de entrada está cada vez mais larga e cujo bico de saída está se
estreitando a cada dia. A opção de abrir o próprio negócio, ou de ser um prestador de
serviço autônomo, que hoje ainda é uma via pouco explorada, deverá se tornar no
futuro próximo o caminho preferencial. Não tanto por vocação, mas por necessidade.
Isso não exime os candidatos a empresários de aprender os conceitos de como fazer

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 49


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carreira nas empresas. Por dois motivos. O primeiro é que muitas lições do manual
valem para os dois casos. Ao contrário do que muita gente pensa, quem abre um
negócio não deixa de ter chefe - passa a ter todos os clientes como chefe. O segundo
motivo é que, em algum momento, os empreendedores de verdade vão ter de saber
lidar com um monte de gente querendo fazer carreira em sua empresa.

Construir uma carreira bem-sucedida é tão simples como preparar um bolo. Mas quem
já preparou um bolo na vida sabe que a falta de um ingrediente não pode ser suprida
pelo excesso de outro. Não adianta ter bastante escolaridade e nenhuma experiência,
ou vice-versa. É preciso ter a quantidade necessária de cada um dos ingredientes. E é
preciso saber dosá-los.

Os 21 ingredientes necessários para uma boa carreira neste século XXI.

ESTABELECER A MARCA

Na Propaganda, existe um conceito fundamental - o Top of Mind. Numa tradução aproximada, isso
significa "a primeira marca que vem à cabeça do consumidor". E ser a primeira marca que é

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 50


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espontaneamente lembrada tem um valor inestimável. Há marcas tão fortes que valem mais que todos
os ativos da empresa. Em uma carreira profissional, a marca vem do berço: é o nome de batismo. É
preciso investir nele, para fazer com que fique gravado na mente das pessoas com poder de decisão.
Por isso, todas as oportunidades para reforçar o nome devem ser aproveitadas. Por exemplo, fazer
parte de grupos de trabalho que envolvam vários setores. Escrever artigos para o jornal interno. Ser o
primeiro a levantar a mão quando a empresa pedir um voluntário. Deve-se também criar uma
assinatura legível. Um trabalho bem-apresentado, mas identificado por um garrancho, é um trabalho
anônimo. E, ao começar uma conversa, nunca se deve perguntar: "Você lembra-se de mim?". Deve-se
começar dizendo o nome e depois repeti-lo quantas vezes forem necessárias, para que o interlocutor
nunca mais o esqueça.

CRIAR UMA REDE DE RELACIONAMENTOS

Em Português Corporativo, isso chama networking. Não é um círculo de amigos do peito, é uma lista
de pessoas profissionalmente úteis. Essa utilidade é indispensável na hora de conseguir um emprego:
atualmente, de cada dez boas vagas, sete são preenchidas por indicação direta. Como se estabelece
contato com essa gente tão importante? Tudo começa na escola. Alguém que tenha terminado uma
faculdade conheceu, no mínimo, 50 professores e 500 colegas durante os 16 anos de estudo.
Professores conhecem gerentes e diretores. Alguns dos colegas vão atingir, rapidamente, posições
respeitáveis em empresas. Mas apenas um em cada cem alunos se preocupa em preservar esses
contatos - o que é um erro fundamental. Pessoas que ligam para antigos colegas apenas na hora em
que ficam desempregadas (e precisam explicar quem são, ou quem foram) estão praticando o anti-
networking.
Outra maneira de conhecer gente interessante é participando de cursos profissionais de curta
duração. Nesses cursos, o conteúdo é menos importante que o intervalo para o café - o momento de
travar contatos. Porém, é preciso ter em mente que networking não é dizer "muito prazer" e já ir
entregando o currículo. Networking é como uma árvore, que precisa ser plantada e cuidada, para que
um dia possa render frutos. Em alguns casos, é como uma oliveira: só vai dar azeitona depois de 20
anos.

TER UM CURRÍCULO DIFERENTE

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 51


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Currículo, a origem da palavra explica, é uma breve lista de experiências acadêmicas e


profissionais. Não é uma autobiografia nem é uma obra de ficção, com longos
parágrafos que começam com "Implantei", "Economizei", ou "Liderei". Gerentes de
grandes empresas recebem cerca de 50 currículos por dia, pelo correio postal ou
eletrônico. Como chamar a atenção dessa gente, já que todos os currículos se parecem?
Transformando o currículo no anexo de uma carta pessoal. A carta, de dez linhas, deve
explicar por que o candidato quer trabalhar naquela empresa, e em nenhuma outra
empresa do mundo. Por exemplo, porque desde criancinha é consumidor do produto que a empresa
fabrica. Uma carta bem escrita é a garantia de que o currículo receberá o mínimo de atenção. Já um
currículo-padrão, por mais estético que seja, corre o risco de virar papel reciclado.

PREPARAR-SE PARA A ENTREVISTA

Currículo, a origem da palavra explica, é uma breve lista de experiências acadêmicas e profissionais.
Não é uma autobiografia nem é uma obra de ficção, com longos parágrafos que começam com
"Implantei", "Economizei", ou "Liderei". Gerentes de grandes empresas recebem cerca de 50
currículos por dia, pelo correio postal ou eletrônico. Como chamar a atenção dessa gente, já que todos
os currículos se parecem? Transformando o currículo no anexo de uma carta pessoal. A carta, de dez
linhas, deve explicar por que o candidato quer trabalhar naquela empresa, e em nenhuma outra
empresa do mundo. Por exemplo, porque desde criancinha é consumidor do produto que a empresa
fabrica. Uma carta bem escrita é a garantia de que o currículo receberá o mínimo de atenção. Já um
currículo-padrão, por mais estético que seja, corre o risco de virar papel reciclado.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 52


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NÃO EXAGERAR NA ENTREVISTA

Nenhum entrevistador vai criar uma série exclusiva de perguntas para cada candidato. Por isso, há
meia dúzia de perguntas recorrentes em entrevistas. O candidato deve ser objetivo nas respostas, sem
exagerar nem se estender demais. Alguns exemplos de perguntas e respostas: 1. Fale um pouco sobre
você - "um pouco" significa "não mais que dois minutos". 2. O que você espera de nossa empresa? -
"Oportunidades". 3. Qual é seu maior defeito? - "Falar quando é preciso ouvir. Mas estou aprendendo
a me controlar". Uma dica: diferentemente do que a maioria dos candidatos pensa, "perfeccionismo"
não é uma virtude que parece um defeito. É um defeito, mesmo. Todo perfeccionista é um mala-sem-
alça. 4. Onde você se vê daqui a cinco anos? - "Nesta empresa. E daqui a dez, também". 5. Por que
você se considera o melhor candidato para esta vaga? - "Não me considero, mas tenho certeza de que
não irei decepcionar". 6. Alguma coisa que você queira acrescentar? - "Sim. Gostaria que o senhor me
desse um par de sugestões para que eu possa começar meu trabalho com o pé direito". Muito
importante - e praticamente ninguém faz - é mandar uma carta para o entrevistador, no dia seguinte,
agradecendo-lhe pela oportunidade da entrevista. Se quatro candidatos foram igualmente bem num
processo de entrevistas, essa carta pode ser o fator de desempate.

ACERTAR NOS CURSOS

Um diploma de curso superior deixou de ser garantia de emprego. Já foi, até a década de 1980, mas
não é mais. Em caso de dúvida - e todo jovem normal de 17 anos tem um caminhão de dúvidas -, o
mais indicado é estudar Administração. É o curso mais genérico que existe e, portanto, o que abre um
leque maior de possibilidades. Mais tarde, quando a carreira começar a engrenar, o jovem poderá
fazer cursos específicos, de acordo com a área de atuação que escolheu. "Falar inglês" também já não
é um diferencial. É uma obrigação profissional, mesmo que a empresa não use o inglês. O inglês
deixou de ser o idioma dos Estados Unidos e dos países britânicos. Tornou-se a língua do mundo dos
negócios. Além do inglês, é recomendável aprender um segundo idioma. Para quem não aprendeu a
manusear computador desde criancinha, um curso de informática é indispensável. O mais importante
é que nenhum profissional, qualquer que seja sua idade, pode se dar ao luxo de passar dois anos sem
fazer um curso. Não para impressionar, mas para estar atualizado. E não importa se a empresa vai
pagar o curso ou não. Cursos não são feitos "para a empresa". São feitos para a carreira.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 53


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ENTENDER O CHEFE

Muitas empresas estão chamando os chefes de "líderes", ou de "gestores de pessoas",


porque a palavra "chefe" parece remeter ao tempo dos tupinambás.
Independentemente da terminologia, o chefe é o chefe. Em qualquer carreira, o passo
seguinte sempre passa pela opinião do chefe. Um subordinado pode achar que seu
chefe é um incapaz, incompetente, déspota e desatualizado - e, além disso, não corta os
pelinhos do nariz. Essa opinião pessoal sobre o chefe, mesmo se for correta (e, na
maioria dos casos, não é), só vai causar transtornos à carreira. Chefes tendem a auxiliar aqueles
subordinados que mostram respeito, agilidade e fidelidade. Que os fazem se sentir seguros, não
ameaçados. Que elogiam publicamente as boas coisas que o chefe faz. E vão travar o desenvolvimento
daqueles que contam piadas sobre o chefe e vivem criticando suas decisões, ou a falta delas. É mais
fácil entender tudo isso sendo chefe. Mas só chega a chefe quem soube ser chefiado.

CAUSAR UMA BOA IMPRESSÃO

Quem muda de emprego tende a usar a ex-empresa como referência. Isso é válido, desde que as
referências sejam negativas. Tomar a empresa anterior como modelo bem-acabado é ofender a
empresa atual. Um funcionário recém-contratado, todo mundo sabe, é cheio de conteúdo. Se não
fosse, não teria sido admitido. Mas o primeiro dia em um novo emprego - ou no primeiro emprego - é
que vai criar os rótulos. Rótulos grudam rápido, e não desgrudam mais. Um pós-graduado com MBA e
experiência em Copenhague poderá chegar ao fim do primeiro dia num novo emprego com uma
avaliação do tipo "Ele é um pentelho". Ou "Ele acha que sabe tudo". E nunca mais vai se livrar do
estigma. Ser auto-suficiente é bom, ser autoconfiante é ótimo. Mas existe uma palavra que vai
encantar os colegas e os superiores: humildade. E ela não está nas frases prontas ("Estou aqui para
somar"), mas nas atitudes pessoais. No primeiro contato, todo o passado profissional ou acadêmico
vale menos que um sorriso.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 54


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CONTROLAR A ANSIEDADE
Empregados são cheios de idéias. Alguns chegam a ter uma grande idéia por hora. De cada dez funcionários,
pelo menos seis sabem exatamente como a empresa poderia ser mais bem administrada. Mas, estranhamente,
aquele pessoal lá no topo da pirâmide não parece nem um pouco interessado em escutar. Por que isso
acontece? Porque nenhum funcionário é contratado para ter idéias geniais que vão mudar a empresa. Todo
funcionário é contratado com dois objetivos. (1) Executar bem um trabalho predeterminado. (2) Fazer
pequenas sugestões que vão melhorar o próprio trabalho. Só isso? Só. Saber se enquadrar em uma rotina pode
não ser estimulante, mas é necessário. Hoje, com uma oferta de bons candidatos muito superior ao número de
boas vagas, as empresas têm aproveitado para admitir pessoas que são super qualificadas para as funções que
elas vão executar. Na cabeça da empresa, essas pessoas farão o que precisa ser feito. Na cabeça delas, essas
pessoas poderão contribuir com muito mais do que a função exige. Mais ou menos como um engenheiro que
aceite uma vaga de pedreiro - ele não pode sair alterando o projeto do prédio, porque essa não é sua função,
embora ele tenha conhecimento para isso. Saber controlar a ansiedade significa entender a diferença entre "o
que eu devo fazer" e "o que eu posso fazer". Concentrar os esforços no que se deve fazer vai gerar a confiança
da empresa. E aí, futuramente, surgirão as oportunidades para o que se pode fazer. Nessa ordem.

APRENDER A SER LÍDER

Empresas nunca usaram tanto a palavra "liderança". De repente, parece que cada funcionário precisa
ser um líder de carteirinha. Evidentemente, qualquer grupo em que todos decidem agir como líderes
terá como conseqüência o caos absoluto. Quando empresas falam em liderança, elas não estão
dizendo "Esqueça as regras, tome a iniciativa e comece a dar ordens". Elas estão dizendo: "Quando
surgir uma oportunidade para você liderar, esteja pronto para ela". O que não significa que a
oportunidade vai surgir daqui a dez minutos. Ela pode até não surgir neste ano. Enquanto ela não
surge, é importante ter em mente que ser líder é uma coisa, e estar líder é outra. A primeira é uma
característica pessoal permanente, a segunda é uma delegação provisória da empresa. E a empresa
estará de olho naqueles que conseguirão se destacar em situações rotineiras de trabalho. São os que
dão bons exemplos de companheirismo. São aqueles que os colegas procuram quando precisam de
uma ajuda ou de um conselho. São os primeiros a reagir quando aparece uma emergência. Liderança é
a capacidade que algumas pessoas têm de aglutinar um grupo em torno de um objetivo prático - e de
interesse da empresa. É por causa da segunda metade da frase que muitos chefes são
incompreendidos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 55


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SER BOM SEM SER BONZINHO

A diferença é muito maior do que o uso do diminutivo parece pressupor. Ser bom vai impulsionar uma
carreira. Ser bonzinho vai retardá-la. O bonzinho é aquele funcionário que os colegas adoram, que o
chefe aprecia e que todo mundo na empresa elogia. Só que o bonzinho passa anos e anos fazendo a
mesma coisa. E isso acontece porque ele não reclama de nada, não pede oportunidades, não contraria
ninguém - nem mesmo quando sabe que tem razão. Pessoas assim são tão raras que os chefes não
admitem se desfazer delas. E o bonzinho vai ficando onde está. Paradoxalmente, sua maior virtude é
também o maior entrave para sua carreira. O bonzinho não precisa aprender a ser bom, porque ele já
é. Ele precisa, apenas, deixar de ser bonzinho.

APROVEITAR AS MUDANÇAS

Empresas mudam. Por incontáveis motivos. Mudam por estratégia, por tecnologia, por pressão da
concorrência, por necessidade de atualização ou por associação com outras empresas. Se existe uma
única certeza, em qualquer empresa, de qualquer setor, é que daqui a cinco anos as coisas serão
diferentes. Mas essa realidade nunca impediu que a palavra "mudança" causasse calafrios. Porque
ninguém vai perguntar: "Qual será o efeito benéfico da mudança para a empresa?". Qualquer ser
humano normal perguntará: "O que vai acontecer comigo?". No fundo, todos nós somos a favor de
qualquer mudança que podemos controlar. Nas empresas, praticamente todas as mudanças estão
fora do controle dos funcionários. Logo, em princípio, somos contra. Aí, existem duas alternativas:
ficar ou sair. Para os que ficam, há três opções: criticar, esperar para ver o que dá ou embarcar. De
modo geral, pode-se dizer que a maioria prefere ficar. E que a atitude da maioria dos que ficam é de
revolta ou de conformismo. Os poucos que embarcam são sempre os primeiros a ser beneficiados pela
mudança, se ela der certo. E, se não der, os que embarcaram ganharão a confiança da empresa. Para
uma carreira, duas coisas são positivas: mudar com a empresa ou mudar de empresa. E uma é
negativa: ignorar mudanças.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 56


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SER POLÍTICO

A palavra "político" anda meio desgastada. Por isso, nas empresas, tem quem se
ofenda quando é chamado de político. Mas isso continua sendo um elogio. Saber ser
político é vital para a carreira. O funcionário político pratica aquilo que a Política tem
de melhor: ele costura alianças, se relaciona bem em todas as direções do
organograma, sabe a hora de falar e a hora de engolir um sapo e faz um favor porque
sabe que um dia precisará de um. O primeiro passo para aprender a ser político em uma empresa é o
elogio. Basta escolher um colega não muito apreciado. O casca de ferida. E procurar, entre as tantas
coisas ruins que o casca tenha feito, algo que ele tenha feito de bom. E elogiar o casca pelo trabalho
bem-feito. Qualquer pessoa que conseguir dar esse passo, que às vezes pode até embrulhar o
estômago, começa a trilhar a estrada da política. Para quem não gosta do método, uma informação:
todos os presidentes de empresa são grandes políticos. E não se tornaram políticos depois de chegar à
presidência. Foi o contrário.

CONSTRUIR UMA IMAGEM

Esse é o Marketing Pessoal. É mais fácil entender a importância dele se pensarmos que o profissional é
um produto que está disponível no mercado de trabalho. Como qualquer produto, tem um certo
conteúdo e um certo valor. A questão é: como aumentar esse valor? Fazendo o que as empresas
fazem com seus produtos: marketing. Caprichar no visual e exaltar os pontos bons (porque os pontos
ruins serão ressaltados pela concorrência). Além disso, há outro fator que influencia nossa percepção
de um produto: a freqüência com que o vemos em comerciais. Os mais vistos são os mais lembrados.
O Marketing Pessoal é a propaganda que cada profissional faz de si mesmo, sem exagerar na dose
(para não se tornar ridículo) nem na freqüência (para não se tornar maçante). No mercado de
consumo, um bom produto é aquele que parece valer mais do que custa e oferecer mais do que
promete. Isso - e mais a divulgação disso - faz com ele mereça a fidelidade do consumidor. Como se
sabe, nenhuma empresa faz a propaganda da outra. Nas empresas, também não adianta ficar
esperando que os outros notem o que estamos fazendo e passem a divulgar nossas qualidades.
Nossos colegas estão mais preocupados com o marketing deles que com o nosso. Por isso, um
profissional nunca deve perder uma oportunidade de aparecer. Mas, para aparecer, antes é preciso

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 57


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realizar. Senão, é propaganda enganosa.

NEUTRALIZAR GENTE RUIM

Nas escolas, há uma resposta correta para cada questão. Para passar de ano, o aluno só compete
consigo mesmo. Se ninguém gostar dele, mas ele tirar boas notas, o objetivo será atingido. Em
empresas é diferente. Existem colegas invejosos, ou dissimulados, que não hesitarão em prejudicar
alguém para se beneficiar. Isso é tão reprovável quanto inevitável. Eles são uma minoria, é verdade,
mas podem causar estragos grandes. Identificar essas pessoas é essencial, e tentar ignorá-las é
ingenuidade. Elas devem ser combatidas. Numa conversa séria, cara a cara, sem levantar a voz e sem
fazer ameaças, apenas mostrando personalidade e exigindo respeito. Conversas assim sempre trazem
resultados concretos, porque a outra característica dos falsos é a covardia. Quando confrontados, eles
murcham e vão procurar outra vítima.

NÃO LEVANTAR BARREIRAS

Frases constantemente repetidas - "Eu não consigo aprender inglês", ou "Tenho pavor
de falar em público", ou "Não me explique porque eu não vou entender" - têm um
efeito perverso. Com o tempo, as pessoas que as repetem acabam se convencendo de
que são piores do que realmente são. A filosofia da auto-ajuda (mote básico:
"Acredite em você, e você vencerá") vende uma imensidão de livros com base numa
simples premissa: de modo geral, os brasileiros se depreciam, ao invés de se apreciar.
É verdade que existem pessoas tão patologicamente introvertidas que não conseguem engatar duas
frases ao fazer uma apresentação em uma reunião. Mas esses são casos clínicos e muito raros. Buscar
conforto em frases negativas pode até atrair ocasionais simpatias. Mas, para a carreira, elas
funcionam como freios. Quando uma delas vem à mente, basta lembrar que o acelerador é o pedal do
lado. Todo profissional bem-sucedido tem sua história de superação pessoal para contar - que
começou como uma simples frase: "Vou tentar", em vez de "Não vou conseguir".

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 58


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ADAPTAR-SE AO AMBIENTE

Existem empresas que praticam a meritocracia selvagem. Sua característica é o berro. Os que
conseguem resultados acima dos objetivos são regiamente premiados, os que não conseguem são
sumariamente expelidos. Existem empresas que são conservadoras. Sua característica é o bocejo.
Cada passo é cuidadosamente planejado, e as decisões só são tomadas depois de infindáveis reuniões.
Existem empresas de dono, em que o humor do proprietário conduz a mudanças bruscas de direção.
Sua característica é o pânico. Existem empresas em que tudo está previsto em normas escritas, do
traje de trabalho até as dimensões do cartão de visita. Sua característica é o silêncio. E,
evidentemente, existe a percepção de cada empregado - enquanto um acredita que está na melhor
empresa do mundo, seu colega ao lado pensa exatamente o contrário. Os chamados "funcionários
insatisfeitos" são aqueles que não conseguem se adaptar ao sistema adotado pela empresa. Eles
tendem a ver a empresa como ela poderia ser, não como ela é. O resultado é sempre a desilusão, a
falta de comprometimento e as críticas constantes. Só existem duas opções para casos assim. Ou o
funcionário se enquadra ou pede a conta. Nenhuma carreira ganha velocidade quando trafega na
contramão.

CAMINHAR PARA A PROMOÇÃO

A hierarquia é comumente representada como uma escada, na vertical. Mas, na verdade, ela é um
misto entre uma escada e uma rampa. Os degraus são longos e ficam a uma razoável distância uns dos
outros. Uma promoção acontece quando o empregado já percorreu todo o trajeto entre um degrau e
outro e - principalmente - quando já demonstrou que reúne boa parte das aptidões requeridas para
caminhar no degrau seguinte. Isso provoca muitas reclamações. Há situações em que, aparentemente,
o empregado promovido era pior do que o colega preterido. A empresa era míope? Ou foi
favorecimento? Na verdade, os colegas do enjeitado olharam para trás (o que ele já havia mostrado
em seu degrau). A empresa, ao decidir, olhou para a frente (o que o promovido poderia mostrar no
degrau seguinte). Para ser promovida, uma pessoa precisa saber quais são as qualificações exigidas
para o cargo pretendido, tanto pessoais quanto técnicas. E se preparar.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 59


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LIDAR COM FRUSTRAÇÕES

O mercado de trabalho tem flores. Mas, na maioria das vezes, são pepinos e abacaxis.
Todo profissional passa por períodos em que (a) ninguém parece notar que ele existe, ou
(b) ele parece ser o culpado por tudo o que acontece em seu setor. Os elogios
desaparecem, as críticas aumentam e os aumentos salariais viram miragem. Nesses
momentos, é necessária uma boa dose de calma e paciência. Quanto mais alguém se
concentrar nas coisas ruins, piores elas parecerão. É importante encontrar maneiras de
se desligar (ler, estudar, dedicar-se a algum hobby). Porém, há um limite para tudo. Um
período de dois anos sem promoções, sem aumentos nem nenhum vislumbre de uma nova
oportunidade já é um alerta. E três anos é o ponto extremo. Se nada aconteceu nesse período, a
probabilidade de que algo aconteça nos próximos três é remotíssima. É hora de mudar.

PREPARAR-SE PARA UMA DEMISSÃO

Ter três empregos diferentes em cinco anos já não é mais visto como um sinal de falta de direção
profissional. De modo geral, a rotatividade aumentou muito. Há empresas em que o "tempo médio de
casa" é de dez anos, mas raramente se encontra nelas alguém com dez anos de casa. Há um grupo
com até três anos, que muda constantemente, e outro grupo estável, com mais de 15 anos. A
estabilidade no emprego, embora ainda valorizada, deixou de ser um fator essencial em novas
contratações. Esse é o lado bom. O lado ruim é que empresas também estão demitindo sem muita
misericórdia. Nos últimos dois anos, algumas pesquisas revelaram que dois terços dos que foram
dispensados (quase três quartos, no caso executvos de nível mais alto) foram surpreendidos pela
demissão. Ficaram revoltados e não entenderam os motivos. Alguns se deprimiram. Outros tentaram
imaginar maneiras criativas de se vingar da empresa. Por maior que tenha sido o choque, todas essas
reações são desperdício de tempo. A decisão de demitir (assim como a decisão de pedir demissão) é
unilateral. Como o juiz que não desmarca o pênalti, mesmo que o time punido se esgoele ao reclamar

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 60


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da injustiça da marcação, a empresa também não volta atrás. A demissão não deve ser vista como
uma vergonha, ou como uma falha jurídica dos céus. Deve ser encarada naturalmente. No instante em
que ela ocorre, o currículo já deve estar atualizado. E os contatos das pessoas que poderão fazer
indicações também. Uma quantia em dinheiro, suficiente para seis meses de segurança financeira, já
deve estar no banco - para evitar que o demitido aceite uma vaga inadequada, na base do desespero.
Por outro lado, quem está preparado para uma demissão dificilmente é demitido.

ESCOLHER PARA NÃO ENCOLHER

O que é melhor: trabalhar em uma empresa grande ou em uma empresa de porte médio
ou pequeno? A primeira hipótese oferece mais oportunidades de carreira, mas a
segunda hipótese é mais viável estatisticamente. Atualmente, 80% das vagas da
iniciativa privada estão nas empresas menores. Embora as grandes companhias
apareçam mais na mídia, elas vêm diminuindo progressivamente o número de
empregados. Parte das vagas passou a ser terceirizada, outra parte foi enxugada pelos
programas de produtividade. As montadoras do ABC paulista são o perfeito exemplo dessa
transformação. Hoje, em relação há 30 anos, elas montam o dobro de carros com um terço de gente.
Evidentemente, grandes empresas são uma grife. Num processo para admitir oito estagiários em um
banco famoso, aparecem 6 mil candidatos. Por isso, começar a carreira em uma empresa menor é
uma idéia que faz sentido. Mesmo para quem já está empregado numa empresa grande, mudar para
uma menor também tem vantagens - até financeiras. Mas há uma desvantagem: a volta para uma
empresa de grande porte só será possível num nível hierárquico mais baixo.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 61


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Capítulo 8
Empregabilidade
Ainda que emprego seja uma das opções para se trabalhar, ela ainda é a alternativa
remunerada mais utilizada sendo desejável que assegure qualidade de vida com o
prazer de trabalhar em um ambiente agradável, no ritmo individualizado, e a
segurança desejável, de tal forma que desapareça o desejo de aposentadoria e o
trabalho seja parte integrante da vida. Trabalhar quando se quer, onde se quer, com
quem se quer, fazendo o que se quer assegura ao trabalho uma dimensão lúdica e
prazerosa.

Práticas convencionais de emprego precisam ser revistas. Conflitos institucionalizados


precisam ser esquecidos. Estruturas rígidas precisam ser flexibilizadas. Novas formas
de relacionamento devem ser adotadas. Sistemas de seleção reformulados.
Vinculações alternativas devem ser praticadas. Discursos ideológicos serem
esquecidos. A realidade está rapidamente sendo modificada, e o emprego não é mais
o emprego seguro, até a aposentadoria, com inserção num quadro de cargos e
salários, pois tudo isso está acabando e para muitos já acabou.
Hoje há três lutas básicas a serem enfrentadas e para cada uma delas existe uma
estratégia para se vencer:

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 62


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1. Ingressar no Mercado de Trabalho.


2. Preservar o Estágio ou Emprego.
3. Reconquistar um Emprego.
Nessas lutas, o certo é que para se conquistar um emprego os processos convencionais
de enviar currículo, se registrar em agências de emprego, fazer entrevistas, e
procedimentos similares, já não são eficazes. O mesmo acontece com a manutenção
do emprego, pois muitas pessoas são dispensadas, ou se demitem, por não terem
conseguido se ajustar às características da organização onde trabalhavam.
Das três lutas a mais difícil de ser enfrentada é a reconquista de emprego, e por esse
motivo é tão importante preservar o atual. Quanto mais tempo a pessoa fica fora do
mercado de trabalho mais difícil o retorno pelos métodos convencionais.
Há, entretanto, um aspecto positivo nessa competição. Os candidatos a emprego e os
que estão empregados, geralmente não são competentes em empregabilidade. Poucas
escolas preparam para o exercício de uma atividade remunerada. Assim sendo, quem
se prepara para ter empregabilidade leva uma grande vantagem sobre o universo de
desempregados, e assume uma vantagem competitiva na preservação do seu
emprego, sem perder de vista o fato de que emprego é uma das alternativas, havendo
a possibilidade do trabalho autônomo ou da atividade empresarial.

Emprego

Num país como o Brasil, onde a relação de emprego tem até justiça especializada para
julgar as demandas e decidir sobre conflitos, é natural que o empregador busque
alternativas para fugir desses problemas. Assinar uma carteira do trabalho é firmar um
contrato com milhares de cláusulas, a maioria delas “protegendo” o contratado, sendo
um dos motivos pelos quais a relação de emprego fica cada dia mais difícil de ser
estabelecida. O empregador que pode passar esse problema adiante o faz, utilizando,

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 63


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principalmente, o recurso da terceirização. Essa “solução”, entretanto, contraria a


vontade do empregador que é ter vinculado a ele os seus colaboradores, ciente de que
grande parte do valor de uma empresa está no capital humano, e também por ele se
sentir bem tendo o poder sobre eles.

O sonho do empregador é ter uma equipe que "vista a camiseta" da empresa, que seja
como uma família, como ele costuma dizer nas festinhas de fim de ano, ainda que se
comporte de forma contraditória, evitando dar estabilidade aos seus empregados e
mostrando, tantas vezes quanto possa, que é ele quem manda. Mas, mesmo assim, ele
espera que o empregado tenha sentido de “pertencimento" à empresa, que se refira a
ela dizendo, “a nossa empresa”, que tenha orgulho dela, o mesmo orgulho que ele
tem.

O empregador, na maioria das vezes, não foi preparado para lidar com empregados, é
desajeitado, pouco confiável nas suas decisões sobre pessoas, acha que tem de manter
distância para ser respeitado, comete injustiças, tem preferências pessoais, tem
sentimento de culpa quando ganha dinheiro, procura esconder seu padrão de vida, na
verdade, representa o papel de “patrão”, pois acha que assim é que deve se
comportar. Quando ele dirige uma empresa com Diretorias e Gerências especializadas,
essa postura permeia por esses setores, que procuram se comportar como acham que
o executivo principal deseja. Ainda que apresentado de forma caricatural, esse é o
ambiente mais usual no qual as pessoas desejam se inserir através de um emprego.

Até aqui destacamos a maneira de ser de empresário, caracterizando-o com sendo o


empregador. Mesmo em empresas ou organizações de grande porte, com
administração profissional, a situação não muda muito já que os dirigentes assumem o
papel de empresários e assim se comportam. Ainda que muitas vezes o empregado

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 64


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não tenha contato direto com o empresário ou com a diretoria que o representa, isso é
irrelevante já que essa maneira de ser está presente no que se denomina "cultura" da
organização.
Um desajuste com a cultura inviabiliza a relação de emprego e, mais cedo ou mais
tarde, o empregado será rejeitado pelo meio onde está indevidamente inserido. Por
esse motivo é fundamental que o candidato a emprego conheça as características da
cultura ideal para ele, pois somente assim poderá saber se está, ou postula, o emprego
adequado ou não. É importante esse entendimento já que a relação de emprego é a
forma mais usual pela qual as pessoas são remuneradas quando trabalham e a
empregabilidade não é um valor absoluto das pessoas, mas sim diretamente
relacionado com as condições do emprego desejado.

As pessoas não são despedidas e/ou têm dificuldade de conseguir emprego por azar,
como se fosse um jogo. As pessoas enfrentam essa situação por atitudes e
comportamentos que podem ser modificados. Assim sendo, a dispensa é sempre
previsível e muitas vezes decorrente de causas evitáveis, e a obtenção de emprego é
dificultada por procedimentos inadequados.

Geralmente o pretendente a um emprego acha que deve dizer qual sua formação, o
que fez até agora na vida, estágios e empregos anteriores, relacionamentos pessoais,
inserção social, e outras informações mais e coloca tudo isso num currículo, como se
isso fosse o suficiente para serem selecionados.

A análise do currículo, quando realizada por pessoas despreparadas, é geralmente


feita por critérios padronizados, tais como: Quanto tempo permaneceu em cada
emprego? (se durou pouco neles, não vai durar mais aqui). Há quanto tempo está sem
emprego formal? (se ninguém o quis até agora...). Ficou muitos anos num emprego e

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 65


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saiu? (deve estar superado). Investiu muitos anos estudando? (deve ser um teórico).
Solicita um salário abaixo do mercado? (logo, logo vai solicitar aumento). Apresenta
uma faixa de salário ampla? (nem sabe quanto vale).
O desempregado, para sair dessa situação, não tem de pedir um emprego, mas sim
conquistá-lo. O empregador quer ter com ele pessoas que vistam a camiseta da
empresa, que possam ter o sentido de pertencimento, coloquem a empresa acima de
sua vida particular, acima da família, tenham interesse pelo que fazem, não se
atenham a horários de saída, ainda que respeitem os de entrada, ou seja, o que mais
interessa não é o que esse pretendente ao emprego fez até hoje, mas qual seu
comportamento no novo emprego.
Num universo de desempregados, será escolhido aquele que se destaque dessa
multidão, dizendo: “Olha eu aqui! Sou diferente, quero trabalhar, ser útil , pertencer a
uma empresa, ser feliz no trabalho, ter orgulho de estar com vocês”. Para dizer isso
não adianta só mandar currículo, é preciso manifestar a vontade de pertencer e ser
útil, fazendo isso de forma criativa moderna, e fora do convencional, e quando
convidado para a entrevista, transformar esse encontro num entre conhecimento.

Ingressar no Mercado de Trabalho

O melhor mecanismo disponível para ingresso no Mercado de Trabalho é o Estágio,


sendo lastimável que muitos estágios não se transformem em primeiro emprego pelo
simples fato do estudante não estar preparado para se inserir numa organização.

Aqueles que já se formaram e não podem usufruir o sistema de Estágio, devem


considerar que hoje em dia o ingresso é facilitado pelos seguintes motivos:
1. A expectativa de ganho do ingressante é menor do que a de alguém com experiência;
2. As organizações valorizam a familiaridade dos jovens com novas tecnologias;
3. Pessoas experientes são pouco flexíveis e de difícil adaptação;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 66


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4. Organizações eficazes valorizam mais o potencial do que a experiência;


5. Investir em pessoas jovens é mais rentável do que em pessoas mais velhas.
A grande deficiência dos jovens reside no fato de não terem recebido uma orientação
quanto ao trabalho em uma organização, mas essa falha pode ser facilmente corrigida.

Preservar o Estágio ou Emprego

Deve-se preservar somente um estágio ou emprego no qual a pessoa esteja feliz.


Permanecer numa relação somente por razões econômico-financeiras é vender tempo
de vida, algo que não tem preço.
A felicidade no trabalho não depende exclusivamente de uma das partes, ela
geralmente é resultante da existência, ou não, de afinidade entre o que se faz e o que
se gostaria de fazer, em como se faz e como se gostaria de fazer, em com quem se
trabalha e com quem se gostaria de trabalhar, entre quando se trabalha e quando se
gostaria de trabalhar, em quanto se ganha e quanto se acha que deveria ganhar, e
assim por diante.
Assim sendo, a pessoa infeliz no trabalho pode vir a ser feliz desde que consiga
compatibilizar a sua maneira de ser com as condições que desfruta na organização, e
isso não é difícil, pois são poucos os casos irreconciliáveis.

Reconquistar um Emprego

A pessoa desempregada, premida pela situação, acaba por cometer erros graves que
vão gerando um encadeamento de fatos negativos, agravando-se a situação.
Um dos erros mais comuns é apostar na remessa de currículos na expectativa de ser
chamada para uma entrevista. Com esse sistema o desempregado transfere para o
empregador a faculdade de fazer a seleção, quando o desejável é que ele defina onde
desejaria trabalhar e partir para a conquista desse emprego.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 67


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Assumir emprego para não ficar desempregado pode ser uma “solução” desgastante,
geradora de experiências negativas que acabam por inviabilizar completamente a
conquista de um novo emprego.
A primeira coisa que um desempregado tem de fazer é definir se ele realmente tem
perfil para ser empregado, ou se sua vocação é para atuar como autônomo ou como
empresário. Isso é facilmente definido mediante um Teste que estabelece
quantitativamente esse perfil.
Caso realmente ele seja vocacionado para ser empregado é preciso se verificar,
também através de Testes, os valores e atitudes que ele entende como certas e
erradas e isso dará uma avaliação quantitativa de fatores positivos e negativos.

Fonte: http://www.empregabilidade.net

Capítulo 9
Estágio
O Estágio, obrigatório ou facultativo, representa um mecanismo muito eficaz de
complementação educacional, sendo um facilitador de inserção dos estudantes no
mercado de trabalho.
A nova Lei do Estágio corrigiu a situação anterior na qual literalmente os estudantes
eram “jogados” numa organização, sem preparo adequado, pelo fato das instituições
de ensino não incluírem a preparação para o trabalho nos seus projetos pedagógicos.
Agora, somente poderá estagiar quem esteja cursando uma escola que tenha incluído
no seu projeto pedagógico o estágio, sendo exigida uma correlação entre o que é
ensinado e o campo de atuação do estagiário.
Como essa correlação dificilmente pode ser estabelecida em termos
profissionalizantes ou de terminalidades ocupacionais, é preciso buscar uma formação
educacional abrangente e não específica, sendo óbvia a escolha da alternativa de
preparação para o trabalho.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 68


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Entender o que é uma organização, como elas se estruturam, quais as culturas


vigentes no nosso meio, o que é uma missão, como respeitar os valores, como
participar de uma reunião, como aproveitar o apoio das áreas de recursos humanos, e
tantos aspectos mais que constituem o acervo educacional do Programa de
Empregabilidade.
Como a nova Lei, acertadamente, estabelece a necessidade de existir uma correlação
entre o que é ensinado e a atividade do estagiário, torna-se essencial, e
imprescindível, incluir nos planos de educação conteúdos suficientemente genéricos
que viabilizem a correlação desejada. Estágio diretamente relacionado com
determinada terminalidade profissional é exceção, sendo inviável estabelecer essa
correlação para o caso de estudantes de cursos não profissionalizantes.
Como o Estágio tem a precípua finalidade de inserir o estudante no mercado de
trabalho, é recomendável que essa inserção seja decorrente de uma preparação para o
exercício do emprego. Uma Instituição de Ensino que não proporcione a inclusão de
preparação para o trabalho no seu plano didático, ou alguma outra forma genérica de
ensino de atividades não específicas, certamente impedirá que seus alunos possam
estagiar.
As Concedentes de Estágio que recebam estagiários fora das especificações bastante
claras da Lei 11.788/2008 certamente estarão incorrendo num erro que terá custos
muito elevados. Poderão cobrar esses custos do Agente de Integração que
encaminhou o estágio irregular, mas o melhor seria não ter de entrar num processo
judicial.
No sistema antes vigente os Agentes de Integração recebiam da concedente de estágio
um valor global, sob título de Bolsa Auxílio, do qual retinham uma parcela de até 20%
para remuneração do serviço de intermediação, e repassavam o restante ao
estagiário. Isso agora é ilegal, (Art. 5º § 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos
estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo),

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 69


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e o artifício antes utilizado certamente não mais será aceito, já que na prática é o
estagiário que está pagando ao Agente de Integração, pois caso não houvesse essa
dedução ele receberia o total do valor lançado pela concedente como despesa com
estagiário.
No sistema antes vigente a Concedente de Estágio contribuía com uma Bolsa Auxílio,
sendo previsível que a manutenção desse sistema poderá ser considerada como uma
doação ao Agente de Intermediação, e não como um pagamento por serviços
prestados pelo estagiário, mesmo porque quem paga o estagiário nesse sistema é o
Agente de Integração, utilizando a verba recebida da Concedente de Estágio. É
inaceitável essa remuneração de estagiários feita por valores globais parcialmente
distribuídos para os estagiários por um intermediário, com retenção de uma
percentagem para remuneração dos serviços de intermediação. Evidentemente quem
está pagando por esses serviços é o estagiário, e poderá se ressarcir do valor
descontado mediante uma ação trabalhista, por ser essa retenção ilegal. Vale recordar
que quem paga mal, paga duas vezes.
Quanto aos órgãos de administração pública direta, autárquica e fundacional de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídos no Art. 9o do texto da nova Lei, é ilegal a contratação de estagiários sem
licitação, já que quando feita através de Agentes de Integração e, mesmo em alguns
casos, de Instituições de Ensino, está implícita nessa contratação a remuneração de
serviços. Por outro lado, não prevalecerá mais a interpretação de que um estágio
irregular não pode gerar emprego por não ser aceito o ingresso na função publica de
alguém sem concurso. Essa interpretação, se antes já era surrealista, agora perde mais
sentido e, certamente, será responsabilizado quem autorizou a contratação irregular,
assumindo pessoalmente os custos dessa ilegalidade. Uma questão trabalhista com
esse objetivo não pretende um ingresso irregular e ilegal no setor público, mas o justo
ressarcimento a quem prestou serviços, autorizados de forma irregular.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 70


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No caso das empresas e profissionais liberais, conceder um estágio não deve ser busca
de vantagem financeira com utilização do trabalho de estudantes, mas sim uma
contribuição significativa para o processo educacional, mediante a utilização do
sistema mais indicado para seleção de futuros colaboradores.

Lei de Estágio

LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008

Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a


redação do art. 428 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as
Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e
8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo
único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida
Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 71


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2001; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de


trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário
formativo do educando.

§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional


e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a
vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação


das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto
pedagógico do curso.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 72


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§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga
horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida


à carga horária regular e obrigatória.

§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação


superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio
em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.

Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na prevista no §


2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza,
observados os seguintes requisitos:
I - matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de
educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e
atestados pela instituição de ensino;
II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do
estágio e a instituição de ensino;

III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas


no termo de compromisso.

§ 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter


acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por
supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no
inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação final.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 73


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§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação


contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a
parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária.

Art. 4º A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes
estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou
reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da
legislação aplicável.

Art. 5º As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério,


recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições
acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de
contratação com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de
licitação.
§ 1º Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento
do instituto do estágio:
I - identificar oportunidades de estágio;
II - ajustar suas condições de realização;
III - fazer o acompanhamento administrativo;
IV - encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;
V - cadastrar os estudantes.

§ 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração


pelos serviços referidos nos incisos deste artigo.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 74


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§ 3º Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem


estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a programação
curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários matriculados em
cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio curricular.

Art. 6º O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de partes cedentes,
organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de integração.

CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 7º São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus
educandos:

I - celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou


assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte
concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica
do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
II - avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação
cultural e profissional do educando;
III - indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como
responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário;
IV - exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis)
meses, de relatório das atividades;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 75


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V - zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para


outro local em caso de descumprimento de suas normas;
VI - elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de
seus educandos;
VII - comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de
realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três)


partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao
termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado,
progressivamente, o desempenho do estudante.
Art. 8º É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados
convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo
compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as condições de que
tratam os arts.6º a 14 desta Lei.

Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição


de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do termo de compromisso
de que trata o inciso II do caput do art. 3º desta Lei.

CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE

Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública


direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 76


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Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior
devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional,
podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações:

I - celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando


por seu cumprimento;
II - ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades
de aprendizagem social, profissional e cultural;
III - indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência
profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para
orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
IV - contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice
seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de
compromisso;
V - por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio
com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de
desempenho;
VI - manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de
estágio;
VII - enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses,
relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação
do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser
assumida pela instituição de ensino.

CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 77


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Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a
instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante
legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades
escolares e não ultrapassar:

I - 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de


educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional
de educação de jovens e adultos;
II - 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino
superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

§ 1º O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que
não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta)
horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da
instituição de ensino.

§ 2º Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou


finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos
à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom
desempenho do estudante.
Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2
(dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que
venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-
transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 78


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§ 1º A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e


saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

§ 2º Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do


Regime Geral de Previdência Social.

Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares.

§ 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário
receber bolsa ou outra forma de contraprestação.
§ 2º Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira
proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.

Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no


trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do
estágio.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 79


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vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os


fins da legislação trabalhista e previdenciária.

§ 1º A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este


artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da
decisão definitiva do processo administrativo correspondente.

§ 2º A penalidade de que trata o § 1º deste artigo limita-se à filial ou agência em que


for cometida a irregularidade.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu
representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e
da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o
art. 5º desta Lei como representante de qualquer das partes.
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das
entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:

I - de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;


II - de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III - de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV - acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.
§ 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores
empregados existentes no estabelecimento do estágio.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 80


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§ 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos,


os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.

§ 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo


resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente
superior.

§ 4º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de
nível médio profissional.

§ 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez


por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da vigência desta Lei
apenas poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.

Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 428. .................................................................................

§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de


Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não
haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem
desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional
metódica.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 81


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..........................................................................................................

§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos,
exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
..........................................................................................................

§ 7º Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do
disposto no § 1º deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a
freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental." (NR)

Art. 20. O art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em


sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.
Parágrafo único. (Revogado)." (NR)

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 22. Revogam-se as Leis nºs 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de


março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.

Brasília, 25 de setembro de 2008; 187º da Independência e 120o da República.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 82


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LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Fernando Haddad

André Peixoto Figueiredo Lima


D.O.U., 26/09/2008 - Seção 1

Capítulo 10
Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 83
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Networking

Networking: Amplie seu circulo de influência

“Achar caminhos para se aproximar de todos na unidade. Lutar para que as pessoas se
sintam importantes, fazendo parte de alguma coisa maior do que elas próprias” – Colin
Powell
Profissional: “Eu tenho uma experiência muito boa, minha formação é excelente, meu
currículo é impecável mas não encontro uma boa oportunidade de trabalho! O que
será que está faltando?”
Resposta: NETWORKING!

Afinal o que é fazer Networking? É estabelecer uma rede de relacionamentos com um


grupo de pessoas que poderão exercer influência positiva em sua carreira. Atualmente,
não basta apenas sermos competentes, é essencial que saibamos manter a nossa
empregabilidade. Uma das ferramentas mais eficazes para isso é o network que, aliás,
é mais do que uma ferramenta, é um hábito que bem desenvolvido poderá ajudá-lo a:
• Ter acesso a oportunidades no mercado de trabalho;
• Captar informações relevantes para seu dia a dia;
Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 84
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• Divulgar seu trabalho;


• Obter novos clientes;
• Solicitar conselho;
• Captar recursos financeiros para um projeto;
• Recomendar serviços;
• Etc.
Conhecer uma pessoa, pedir seu e-mail e enviar seu currículo não é fazer networking,
é ser CHATO! Fazer networking leva tempo e requer muita paciência.

O que preciso fazer para não ser considerado inconveniente?


Se a sua abordagem estiver baseada em alguns valores e seu foco for o ganha-ganha,
certamente você não será. Valores indispensáveis não só para networking, mas para
todo e qualquer relacionamento (namorado, amigo, filho, pai, profissionais) são:
respeito, transparência, lealdade e principalmente reciprocidade, pois além do
networking ser uma via de mão dupla, é preciso que o outro QUEIRA e DESEJE me
contatar.
E como é que eu faço para que o outro queira e deseje me contatar? Jeffrey Gitomer
(M.Books, 2007) nos ajuda com algumas dicas:
1. Ofereça valor: coloque a pessoa diante de contatos que possam resultar em
negócios para ela;
2. Seja sincero: mesmo que você comprometa a venda do seu serviço/produto
naquele momento irá gerar maior credibilidade para você.
3. Encontre vínculos: encontre algo em comum que os una.
4. Demonstre conhecimento:fale de coisas que interessem à outra pessoa.
5. Esteja presente: mesmo quando você não precisar de nada.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 85


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Já ouvi as seguintes perguntas:


P: Tenho que ser amigo do meu contato?
R: Isso dependerá de vocês dois. Caso haja uma afinidade maior entre vocês melhor
ainda, pois o vínculo de confiança se estabelece prontamente.
P: Meu concorrente (pessoa que ocupa o mesmo cargo que o meu em uma empresa
do mesmo segmento da que eu trabalho) pode fazer parte do meu Network?
R: Deve, pois caso você queira se recolocar futuramente ele certamente se tornará um
dos seus principais contatos.

Para expandir ainda mais o seu network, utilize tanto as formas off-line como as
formas on-line:

Off-line:
On-line:
• Família
• Redes sociais.
• Amigos
• Diretórios de negócio. Ex: LinkedIn
• Colegas
• Gerenciadores de contato. Ex:
• Associações
Plaxo
• Cursos
• Fóruns de debate. Ex: Yahoo Group

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 86


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• Comunicadores. Ex: Skype, MSN

Vale ressaltar que hoje em dia redes de relacionamentos são o quarto segmento mais
popular, acima de e-mail pessoal (dados da Nielsen Online), e os resultados são
tangíveis, pois encontramos pessoas fazendo negócios e amizades a todo o momento.
Mas não fique apenas atrás da telinha, agende um café, um almoço ou um happy hour
com seus contatos e procure levar convidados novos para que a rede já comece a se
multiplicar e prosperar.

Algumas razões para não praticar o networking:


• Despreparo
• Medo da rejeição
• Vergonha
• Procrastinação
• Auto-imagem limitada
A única maneira de superar o medo é começar a desenvolver autoconfiança por meio
de preparo. Treine, treine e treine.

Habilidades que contribuem com o seu networking:


• Ter coragem
• Ser determinado
• Ter empatia
• Saber ouvir
• Ter disciplina
• Ser criativo

Pausa para reflexão

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 87


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Agora, antes de prosseguir com a leitura, faça uma reflexão sobre como anda seu
desempenho em construir network:
1. Estou constantemente conhecendo pessoas novas?
2. Quando conheço pessoas novas consigo interagir logo de início?
3. Conheço as pessoas “mais importantes”da área em que atuo?
4. As pessoas me ligam para que eu as ajude a fazer contatos?

10 Passos para se construir uma rede de relacionamentos


1. Primeiro estabeleça o que você quer, defina o que você está buscando.
2. Faça uma lista das pessoas que você já conheceu na vida e procure manter
sempre atualizada.
3. Promova seu perfil nas principais redes de relacionamento.
4. Reflita quem são as 15 pessoas mais “influentes” na sua área e faça uma lista
com os respectivos nomes.
5. Verifique se entre as pessoas que você conhece, existe alguém que poderia te
apresentar para essas “pessoas influentes” listadas acima e/ou pesquise estes
nomes em artigos, livros, cursos, fóruns de discussões.
6. Priorize sua lista, organizando seus contatos em dois grandes grupos:
o Pessoas que irão ajudá-lo imediatamente a atingir seu objetivo
o Pessoas que você contatará assim que concluir os contatos do primeiro
grupo
7. Planeje sua abordagem e treine.
8. No contato com estas pessoas, busque informações relevantes e faça com que
elas se interessem por você.
9. Atualize a sua lista, anotando data e informações relevantes do último contato
e uma periodicidade para contatos futuros e qual o meio escolhido (encontro
pessoal, telefone/skype, e-mail, etc.)

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 88


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10. Para os seus principais contatos descreva quais serão os seus próximos passos e
se dedique a executá-los. AÇÃO, AÇÃO e mais AÇÃO!
Importantíssimo: Que este ciclo nunca termine e vire uma rotina na sua vida.
Como fazer seu Networking cada vez melhor
(com base nas vinte e duas dicas para networking, de José Augusto Minarelli – Editora
Gente, 2001)
1. Tenha interesse na pessoa. De vez em quando faça contato apenas para saber
como vai o outro. William James disse: “O mais profundo princípio da natureza
humana é a ânsia (fome humana insaciável) de ser apreciado”.
2. Seja proativo. Não espere que o outro tome iniciativa
3. Preste atenção no que os outros dizem ou contam. Ser escutado tem um
grande valor.
4. Seja específico e objetivo. Quando pedir ajuda a alguém, ajude o outro a ajudar
você.
5. Seja persistente sempre. Não se aborreça quando sentir certa rejeição, a
pessoa pode não estar em seus melhores dias.
6. Esteja sempre pronto para ajudar os outros, mesmo que o gesto não lhe traga
nenhum benefício imediato.
7. Sente-se perto de desconhecidos. Não fique sozinho nem passe todo o tempo
com aqueles que você já conhece.
8. Nunca faça comentários negativos de ninguém.
Para manter um relacionamento por longo tempo, fique atento aos elementos que
devem ser plenamente utilizados de acordo com Jeffrey Gitomer, autor do Livro Negro
do Networking:
PRIMEIRO, deve haver alguma atração intelectual ou emocional.
SEGUNDO, deve haver algum terreno comum, que seja interessante para os dois.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 89


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TERCEIRO, deve haver compromisso com uma comunicação regular contendo antes o
“dar” do que o “pedir”.
QUARTO, deve haver encontros ocasionais cara a cara.

Desafio sugerido para aplicação das dicas acima


Escolha três contatos valioso da sua lista, e:
• Identifique quem são e o que significam para você;
• Defina de que forma você pode agregar valor para estas pessoas;
• Prepare-se para fazer o contato de forma assertiva (lembre-se do nosso artigo
anterior);
• Providencie um encontro ou telefonema;
• Defina os próximos passos.
Agora é com você!
Fonte: Por Patricia Wolff - http://www.efetividade.net/2010/03/15/networking-amplie-seu-circulo-de-influencia

Dica
O que é uma networking?
Por MAX GEHRINGER
Uma rede. A Rede Globo de Televisão, por exemplo, tem esse nome porque uma centena de
emissoras afiliadas capta e retransmite o mesmo sinal. Se a Rede Globo fosse americana, ela
não chamaria Rede, chamaria Globo Networking. Foi dessa imagem de 'conexão permanente e
interesses comuns' que o povo de Recursos Humanos sacou o Networking entre pessoas - e é
isso que você está querendo saber como funciona. Essa rede de contatos profissionais é
fundamental. Através dela, você pode conseguir um emprego, ou ser indicada para uma
entrevista. Mas há algumas regrinhas essenciais que precisam ser observadas. A primeira:
nunca peça nada no primeiro contato. Tem gente que é apresentada ao gerente de uma

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 90


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empresa e já vai botando um currículo na mão dele. Isso é o anti-Networking. A segunda regra:
um Networking não é uma ação entre amigos. É uma ligação entre profissionais que podem se
auxiliar mutuamente. Se você é médica e eu sou advogado, um dia você precisará de um
advogado, e eu de uma médica. Logo, vale a pena ficarmos em contato. Mas e quem está
entrando agora no mercado de trabalho e tem muito a pedir e nada a oferecer? Bom, um
Networking deve começar já no ensino fundamental. Onde estão os antigos colegas de escola?
Vamos reunir a turma? Muitos desses colegas, algum dia, ocuparão cargos importantes. Como
não sabemos quem vai ser o quê, é preciso manter o relacionamento com todos eles. Essa é a
essência do Networking: conhecer o maior número possível de pessoas, e nunca perder o
contato. É preciso também frequentar cursos. Desses cursos rápidos, que duram um ou dois
dias. Nesses cursos, o intervalo para o café já está sendo chamado de Networking-Break. É a
constatação óbvia e prática de que conhecer os participantes será mais importante para a
carreira que o próprio conteúdo do curso.
Extraído da revista Época on line - http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1146611-1667,00.html, acessado em
06/03/2006.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 91


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Capítulo 11
As Profissões do Futuro

Onde você estará daqui a 5 anos? E daqui a 10 anos? Se essas perguntas já são difíceis
de responder, imagine tentar prever como será o Brasil no futuro. Onde estarão as
oportunidades de emprego? Diversas variáveis devem ser levadas em conta ao se
escolher a carreira profissional.
Num mercado de tantas incertezas, pelo menos uma coisa é certa: a necessidade de
formação acadêmica. Quem não se preparar perderá espaço no cada vez mais
concorrido mercado de trabalho. O clichê "investir na educação é investir no futuro"
nunca esteve tão em voga.
O mercado está expandindo as suas áreas e novos cursos surgem todos os dias com o
propósito de atender demandas por profissionais especializados ou pelo
desmembramento de habilitações tradicionais. Algumas novas graduações podem
representar boas oportunidades de trabalho.
Fique atento: estudiosos e pesquisadores apontam cinco segmentos com potencial de
crescimento das carreiras mais promissoras. São eles: Tecnologia, Agronegócio e Meio
Ambiente, Qualidade de Vida, Educação e Entretenimento.
Tecnologia
A informática e a telefonia celular são apontadas por especialistas como grandes
empregadoras no presente, que devem continuar assim no futuro, enquanto

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 92


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novidades, como a aguardada tevê digital, prometem abrir todo um novo campo de
trabalho.

A Tecnologia da Informação (TI) envolve hardwares, softwares e serviços. Em


Comunicação, estão os celulares, por exemplo. Em Informação, a área que mais cresce
no mundo é a de software, que diz respeito aos programas. Estes podem ser
produzidos para escala comercial (como Word e Windows) ou customizados, que são
encomendados por empresas para suprir suas necessidades.
Agronegócio e Meio Ambiente
O Brasil é um dos países em boas condições de enfrentar um grande temor do século
XXI: a falta de energia. Além dos recursos naturais que nos permitem ter hidrelétricas,
o País tem uma boa vantagem competitiva na agroenergia, especialmente com a
produção de etanol e biodiesel.
O mercado de trabalho para engenheiros agrônomos (na recuperação de pastagens
degradadas e produção de cana de forma sustentável), gestores (de usinas) e
engenheiros de logística (que cuidarão de escoamento e transporte de produto) irá
crescer.
Paralelamente, amplia-se a consciência ecológica das pessoas e a promoção de um
crescimento sustentável. Profissionais como gestores ambientais (que viabilizam a
exportação de móveis de madeira certificada para países desenvolvidos) e advogados
de direito ambiental serão mais requisitados.
Qualidade de Vida
O setor engloba a área de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, e de serviços.
Encaixam-se no perfil desta indústria profissionais como químicos e revendedores,
psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas - incluindo os quiropraxistas, uma ocupação
que cresce no País. Com a vaidade em alta, médicos dermatologistas e cirurgiões

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 93


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plásticos têm um amplo mercado pela frente e boa remuneração. Oportunidades de


trabalho, especialmente em spas e clínicas, surgirão também para esteticistas.
Educação
Em um mercado de trabalho que exigirá cada vez mais profissionais multimídia e super
especializados será necessário um grande contingente de professores para suprir esta
demanda por aprendizado. O professor com boa formação e antenado com as
tendências será valorizado.
Entretenimento
Diversão é coisa séria. O mercado de entretenimento se profissionalizou e os
consumidores buscam qualidade.
O grande destaque fica para o turismo. O Ministério do Turismo tem como meta até
2010 gerar 1,7 milhão de empregos e US$ 7,7 bilhões em divisas.
Dentro da internet, então, as oportunidades são incontáveis. Com a popularização da
banda larga, a produção de novelas e filmes para a internet será realidade. Isso
ampliará o mercado de trabalho para roteiristas, diretores produtores e atores.
Fonte: Diário do Nordeste do dia 26 de outubro de 2008.

AS PROFISSÕES DO FUTURO
Cinco especialistas em carreira apontam as áreas em que eles acreditam que haverá mais
oportunidades nos próximos anos

Áreas Profissões mais


Por que
promissoras cotadas

Engenheiros e gestores A pressão da sociedade contra a


Meio ambiente
ambientais poluição deverá crescer
Vicky Bloch
Sócia-diretora da Médicos, enfermeiros e
Saúde A população está envelhecendo
consultoria de carreira farmacêuticos
Vicky Bloch & Associados
A educação deverá receber
Educação Professores e
grandes investimentos

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 94


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administradores

Economistas, A globalização favorece


Mercado de capitais administradores, sociólogos profissionais de formação
e antropólogos diversificada

Vendedores, balconistas,
publicitários, O aumento da renda da
Bens de consumo
administradores, população favorece o consumo
Marcelo Mariaca
economistas e contadores
Sócio-presidente da
Mariaca, empresa de Engenheiros, cientistas da
O Brasil deverá se tornar um
recrutamento de Tecnologia computação e
pólo de serviços de tecnologia
executivos e consultoria de administradores
recursos humanos
Arquitetos, engenheiros,
A carência de moradias deverá
Imóveis corretores, administradores,
levar a investimentos na área
economistas e contadores

Por causa da demanda por


Engenheiros civis e de metais, estimulada pela China,
Mineração
Dárcio Crespi produção deverá abrir novas
oportunidades na área
Diretor-geral da empresa
de contratação de Engenheiros e cientistas da O Brasil deverá se tornar um
Tecnologia
executivos Heidrick & computação grande produtor de softwares

Struggles O Brasil é carente de


Médicos, farmacêuticos e
Saúde administradores de hospitais e
administradores
planos de saúde

A produção de softwares deverá


Gerson Correia Programadores e desenhistas
Tecnologia crescer, em especial a de jogos
Sócio-diretor da empresa industriais virtuais
de contratação de
Engenheiros de minas e A produção em águas profundas
executivos Talent Solution Petróleo
energia deverá se expandir

Engenheiros químicos e A indústria farmacêutica deverá


Química
farmacêuticos investir em novos produtos
Marcelo Ferrari
Diretor de desenvolvimento Engenheiros agrônomos e O Brasil deverá ser campeão em
Energia
de novos negócios da bioquímicos energias alternativas
Mercer Human Resources
Administradores,
Consulting
Mercado de capitais economistas, engenheiros e A poupança privada vai crescer
contadores

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76342-6012-456-1,00.html

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 95


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Capítulo 12
Como Elaborar um Bom Currículo
O currículo (também chamado de currículum vitae ou CV) é um documento que
agrupa informações pessoais de um profissional junto a sua formação acadêmica e sua
trajetória no mercado de trabalho, visando demonstrar suas qualificações,
competências e habilidades. De uma forma mais direta, o currículo descreve quem
você é e quais qualidades e experiências profissionais você possui.
Um bom currículo, bem apresentável e redigido, pode não garantir um emprego mas é
sem sombra de dúvidas, um passo importantíssimo para alcançá-lo. Grande parte das
pessoas tem dúvidas em como criar seu currículo, principalmente aquelas que estão
entrando agora no mercado de trabalho.

Modelo de Currículo
1) Cabeçalho ou Topo
No topo do currículo devem aparecer suas informações pessoais: nome completo,
estado civil, idade, endereço completo e, principalmente, seus dados de contato.
Acredite, muitas pessoas esquecem de colocar seu telefone e e-mail atualizados, são

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 96


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selecionadas e perdem assim a oportunidade de uma entrevista. Número da carteira


de identidade, CPF, Documento Militar e outros documentos ficam de fora.

2) Objetivo
O segundo tópico do seu currículo descreve a que vaga ou oportunidade você tem
interesse em concorrer.

3) Formação
Descreva nesta sessão sua formação acadêmica. Inclua apenas dados relevantes mais
atuais. Nenhum profissional de seleção deseja saber aonde você cursou seu pré-
primário.

4) Experiência Profissional
Nesta sessão você deve listar suas experiências profissionais mais importantes. A
maneira mais utilizada é listá-las em ordem inversa, ou seja, as mais recentes primeiro.
Informe o período em que esteve empregado, o nome da empresa, o cargo exercido,
as principais atividades e possíveis resultados destacáveis obtidos. Observe como isto é
feito no modelo de currículo preenchido disponível para download acima.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 97


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5) Qualificações e Atividades Profissionais


Aproveite este trecho do currículo para informar cursos que tenha concluído (que
sejam relevantes para a vaga almejada) e outras qualificações obtidas ao longo de sua
carreira.

6) Informações Adicionais
Utilize esta sessão opcionalmente para informar quaisquer outros dados que julgue
significativos para a vaga.

Dicas de Como Fazer um Currículo


Ao escrever seu currículo você deve observar uma série de regras e dicas que visam
diferenciá-lo entre os demais candidatos a vaga, destacando suas qualidades
profissionais e pessoais. Antes de começar a escrever este documento, procure fazer
uma reflexão sobre sua formação e carreira profissional, identificando seus pontos
fortes. Na hora de redigi-lo, faça-o com calma, sem pressa - leia e releia-o várias vezes
até ter a certeza de que está tudo certo.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 98


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Abaixo listamos alguns pontos importantes sobre como fazer um currículo chamativo
e atraente.

1) Não torne-se o "ilustre incomunicável" da vez


Pode parecer mentira, mas não é. Já recebemos inúmeros currículos em que os
autores simplesmente esqueceram-se de colocar seus dados de contato. Resultado:
currículo pré-selecionado durante a fase de triagem e o candidato eliminado por ser
impossível encontrá-lo.
As informações de contato, telefone fixo, telefone celular e e-mail, devem aparecer no
topo do currículo, junto ao nome, endereço e estado civil. Em caso de dúvidas, veja
nosso modelo de currículo. Lembre-se de manter esses dados sempre atualizados. No
caso do e-mail, liste apenas aquele que você utiliza com mais frequência.

2) Vá direto ao ponto
Deixe claro logo no início de seu currículo qual vaga está concorrendo ou qual área
está interessado. Não cite mais de uma vaga ou área, o que transmite a idéia de um
profissional sem foco.

3) Seja seletivo - inclua APENAS o essencial


Lembre-se de que o tempo médio de avaliação de um currículo por parte de um
profissional de seleção é de 45 segundos. Concentre-se naquelas informações
essenciais sobre você e sua carreira e que o diferenciam e capacitam-no para a vaga
em questão.
Se a vaga é para assistente financeiro, não é necessário mencionar sua experiência em
manutenção de impressoras. Se você possui 38 anos e concorre a uma vaga de gerente
comercial, não é necessário citar sua experiência como office-boy aos 15 anos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 99


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Quanto ao número de páginas utilize, no máximo, 3. Para a maioria das vagas, 1 ou 2


páginas bastam.

4) Uma boa apresentação conta muito


Embora o conteúdo certamente fale mais alto, a apresentação do currículo conta
muitos pontos a favor. Um currículo bem apresentável, organizado e impresso em um
bom papel, transmite a idéia de um profissional competente e diferenciado. Utilize
uma boa impressora e papéis brancos, no formato A4, de boa gramatura (90g/m2, por
exemplo). Não utilize xerox nem imprima seu documento frente e verso.

5) Facilite a leitura do avaliador


A maioria dos avaliadores de currículos já passou dos 40 anos. Assim, é natural que
estas pessoas tenham alguma dificuldade na leitura. Facilite este processo e ganhe
alguns créditos.
Use sempre letras na cor preta (ou cinza escuro) e com tamanho igual ou superior a 10
pontos. Evite utilizar fontes rebuscadas. Boas escolhas são Verdana, Georgia ou Arial,
fontes elegantes e formais. Configure seu editor de texto para deixar um espaço entre
as linhas. Deixe uma boa margem entre o conteúdo e a folha.
Agrupe as informações do seu currículo em blocos como Formação Acadêmica,
Experiência Profissional, Atividades e Cursos Complementares.

6) Cuidado com o português


Sempre é válido frisar: muito cuidado com o português. Evite abreviaturas. Após
redigir seu currículo no computador, utilize o corretor ortográfico do seu editor. Peça
sempre algum conhecido de confiança para revisar seu documento após finalizá-lo.

7) Dinheiro é um assunto a ser tratado na entrevista

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 100


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Não mencione sua pretensão salarial em seu currículo. O valor pode ser um empecilho
para que você seja chamado para uma entrevista, o momento oportuno para debater
sobre este assunto. Evite colocar também seus salários anteriores quando
descrevendo suas experiências passadas.

Dicas de Como NÃO FAZER um Currículo


Ao enviar seu currículo para concorrer a uma vaga de emprego, você deve ter em
mente o seguinte: as pessoas que trabalham com seleção NÃO TÊM TEMPO A
PERDER. Em um processo seletivo esses profissionais recebem centenas, até mesmo
milhares de currículos.
A primeira fase deste processo é a triagem. Nela, os selecionadores têm pouco tempo
para, dada uma pilha de currículos impressos ou ainda em formato digital, decidirem
quais deles devem ser selecionados para a próxima fase e quais vão diretamente para
o lixo. Se você não quer que sua chance de conquistar o emprego termine logo nesta
etapa, siga TODAS as dicas abaixo evitando diversos erros comuns:
1) Número de conta bancária, título de eleitor, MSN, identidade ficam de FORA.
Preencha o currículo apenas com informações ESSENCIAIS. Lembre-se: os
selecionadores NÃO TÊM TEMPO A PERDER.

2) Não importa se você é lindo(a). FOTO apenas se solicitado.


Ainda que você se pareça com o Reynaldo Gianecchini ou com a Gisele Bundchen, não
coloque sua foto em seu CV - isto é completamente desnecessário. As exceções a esta
regra são currículos de candidatos a vagas de modelo ou cuja beleza física esteja
diretamente associada a atividade a ser exercida.

3) Novela mexicana somente na televisão

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 101


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Embora sua história de vida ou situação atual possa ser de grande interesse para um
seriado televisivo, você deve chamar a atenção do selecionador por suas capacidades
profissionais. Evite escrever no currículo coisas do tipo "Por favor, preciso desse
emprego para sustentar meus 13 filhos doentes" ou ainda "Tenho muita vontade de
trabalhar nessa empresa, até de graça".

4) Papel somente branco - rosa, vermelho, azul, verde e de outras cores NUNCA
Infelizmente algumas pessoas acreditam que devem chamar a atenção pelo excesso.
Enviar seu currículo impresso em papel de cores "espalhafatosas" é certeza de chamar
a atenção... dentre os inúmeros currículos amassados e arremessados na lata de lixo.

5) Evite fonte rebuscadas


Nada de utilizar fontes como Comic Sans ou outras do gênero para chamar a atenção.
Utilizar fonte Times New Roman também não é aconselhável, desde que é uma fonte
comum e sem destaque. Boas escolhas são Verdana, Georgia ou Arial, fontes elegantes
e formais.

6) Não minta JAMAIS


Para não passar por situações constrangedoras ao serem pré-selecionados e, durante a
entrevista, serem pegos em suas mentiras. Um exemplo clássico é o relacionado a
idiomas. O sujeito diz ter nível fluente de inglês e, no meio da entrevista, o
selecionador, sem qualquer introdução, começa a falar nesta língua. O candidato baixa
a cabeça e pronuncia alguma desculpa qualquer. Resultado: MAIS UM ELIMINADO.

7) "Menas", "seje", "emcima" - POR FAVOR, NÃOOOOOOOOOOOOO!!!


Sempre é válido frisar: muito cuidado com o português. Após redigir seu currículo no
computador, utilize o corretor ortográfico do seu editor. Leia e releia seu texto. Peça

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 102


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sempre algum conhecido de confiança para revisar seu documento antes de enviá-lo
para as empresas.

8) Ninguém quer saber se você é um excelente atacante de futebol do clube do seu


bairro nem que fez um curso sobre como preparar comida chinesa no inverno
passado.
A não ser que você esteja concorrendo a uma vaga de jogador de futebol ou a um
restaurante essa regra é extremamente válida. Muitas pessoas costumam colocar uma
série de baboseiras ao final de seu currículo para preencher espaço. Evite ao máximo
utilizar este recurso para não passar a mensagem de alguém com pouca qualificação
para a vaga em si.

9) Nada de correções utilizando caneta.


A apresentação do currículo é tão importante quanto seu conteúdo. Caso encontre
algum erro, nunca utilize corretivo ou escreva de caneta esferográfica no mesmo.
Imprima uma nova cópia.

10) Não utilize XEROX.


Imprima seu currículo sempre em formato A4, utilizando uma impressora e papéis de
boa qualidade (gramatura 90g/m2). Não utilize XEROX.
Fonte: http://www.meucurriculum.com/

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 103


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Capítulo 13
Direitos e Deveres do Trabalhador

A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT


A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do
trabalho, nela previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 104


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Estado Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma
legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro
de um contexto de "estado regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações
trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu
várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso,
ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho
e proteger os trabalhadores.

Seus principais assuntos são:


• Registro do Trabalhador/Carteira de Trabalho
• Jornada de Trabalho
• Período de Descanso
• Férias
• Medicina do Trabalho
• Categorias Especiais de Trabalhadores
• Proteção do Trabalho da Mulher
• Contratos Individuais de Trabalho
• Organização Sindical
• Convenções Coletivas
• Fiscalização
• Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista
Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na
proteção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e
excessivamente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para
simplificação de normas aplicáveis a pequenas e médias empresas.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 105


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Os trabalhadores devem manter-se sempre bem informados sobre seus direitos e


deveres. As dúvidas mais frequentes são:
* Carteira de Trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço;
* Exames médicos de admissão e demissão;
* Repouso semanal remunerado, (1 folga por semana);
* Salário pago até o 5º dia útil do mês;
* Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro. Segunda parcela,
até 20 de dezembro;
* Férias de 30 dias com acréscimo de 1/3 do salário;
* Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário;
* Licença maternidade de 120 dias, com garantia de emprego até 5 meses depois do
parto;
* Licença paternidade de 5 dias corridos;
* FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a favor do empregado;
* Horas-extras pagas com acréscimo de 50% do valor da hora normal;
* Garantia de 12 meses em casos de acidente;
* Adicional noturno para quem trabalha de 20% de 22:00 às 05:00 horas;
* Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano),
alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na
Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico;
* Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão;
* Seguro-desemprego.

Deveres do Empregado para com a Empresa.


São deveres do empregado para com o empregador, inclusive, constituindo o seu não-
cumprimento, como motivo para despedimento do empregado por "justa causa":
* Agir com probidade;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 106


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* Ter um bom comportamento (aquele compatível com as normas exigidas pelo senso
comum do homem médio);
* Ter continência de conduta (compatível com a moral sexual e desde que relacionada
com o emprego);
* Evitar a desídia (caracterizada como a falta de diligência do empregado em relação
ao emprego, nas formas de negligência, imprudência e imperícia (embora hajam
divergências doutrinárias quanto à inclusão desta última));
* Não apresentar-se no trabalho embriagado (embora alguns autores sustentam que a
embriaguez habitual deve ser afastada da lei como justa causa);
* Guardar segredo profissional (quanto às informações de que dispõe sobre dados
técnicos da empresa e administrativos);
* Não praticar ato de indisciplina (descumprimento de ordens diretas e pessoais);
* Não praticar ato lesivo à honra e boa fama do empregador ou terceiros,
confundindo-se com a injúria, calúnia e difamação;
* Não praticar ofensas físicas, tentadas ou consumadas, contra o empregador, superior
hierárquico ou terceiros (quanto a estes desde que relacionadas com o serviço);
* Exigir serviços superiores às forças do empregado, defesos por lei, contrários aos
bons costumes ou alheios ao contrato;
* Tratar o empregado com rigor excessivo (válido para empregador ou por qualquer
superior hierárquico);
* Colocar o empregado em situação de correr perigo manifesto de mal considerável;
* Deixar de cumprir as obrigações do contrato (ex: atraso no salário);
* Praticar o empregador ou seus prepostos contra o empregado, ou sua família, ato
lesivo da sua honra ou boa fama;
* Ofenderem fisicamente o empregado, o empregador ou seus prepostos, salvo caso
de legítima defesa própria ou de outrem;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 107


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* Reduzir o trabalho por peça ou tarefa sensivelmente, de modo a afetar o salário.

Obs.: Para finalizar, o comportamento que se exige do empregado, de forma geral, tem
o seu paradigma na moralidade do homem médio e sua tipificação na lei é taxativa e
exaustiva em relação ao despedimento por justa causa, não cabendo ao empregador
criar outras formas não previstas em lei.
Não pode o empregador praticar, constituindo também justas causas, dando ao
empregado oportunidade de se afastar do serviço sem prejuízo da indenização.

Capítulo 14
Empreendedor e Empreendedorismo

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 108


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Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e


habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem
origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar.
O empreendedorismo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país,
promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da
população. É também um fator importantíssimo na geração de empregos e renda.
O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência
para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

Podemos citar como características do empreendedor:


- Criatividade
- Capacidade de organização e planejamento
- Responsabilidade
- Capacidade de liderança
- Habilidade para trabalhar em equipe
- Gosto pela área em que atua
- Visão de futuro e coragem para assumir riscos
- Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações
- Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas)
- Saber ouvir as pessoas
- Facilidade de comunicação e expressão

As características do empreendedor de sucesso

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 109


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O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do


administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas
e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa.

As características do empreendedor de sucesso são:


1- O empreendedor tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia;
2- Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de
realização;
3- Trabalha sozinho;
4- Tem perseverança e flexibilidade;
5- O fracasso é considera um resultado como outro qualquer. O empreendedor
aprende com os resultados negativos, aprende com os próprios erros;
6- Tem grande energia. É um trabalhador incansável. Ele é capaz de se dedicar
intensamente ao trabalho e sabe concentrar os seus esforços para alcançar
resultados;
7- Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra padrões impostos. Diferencia-se.
Tem a capacidade de ocupar um espaço não ocupado por outros no mercado,
descobrir nichos;
8- Tem forte intuição. O que importa não é o que se sabe, mas o que se faz;
9- Tem sempre alto comprometimento. Crê no que faz;
10- Cria situações para obter feedback sobre o seu comportamento e sabe utilizar
tais informações para o seu aprimoramento;
11- Sabe buscar, utilizar e controlar recursos;
12- É um sonhador realista. Embora racional, usa também a parte direita do
cérebro;

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 110


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13- É líder. Cria um sistema próprio de relações com os empregados. É comparado


a um “líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, extraindo deles o
que têm de melhor, mas conseguindo transformar o conjunto em algo
harmônico, seguindo uma partitura, um tema, um objetivo;
14- É orientado para resultados, para o futuro, para o longo prazo;
15- Aceita dinheiro como uma das medidas de seu desempenho;
16- Tem uma ótima rede de relações (networking);
17- O empreendedor de sucesso tem considerável conhecimento do ramo em que
atua;
18- Cultiva a imaginação e aprende a definir visões;
19- Defini quais conhecimentos deve dominar para realizar seus projetos;
20- Cria um método próprio de aprendizagem;
21- O empreendedor não é um aventureiro. Ele assume riscos, mas só aqueles que
pode manter sob seu controle;
22- Tem a capacidade de definir a partir do indefinido;
23- Sempre fica atento ao ambiente em que vive, para assim poder identificar
oportunidades.
Baseado nas pesquisas de Timmons (1994) e Hornaday (1982).
Fonte: O Segredo de Luísa.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 111


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Descrição do livro
Com mais de 150 mil exemplares vendidos, O segredo de Luísa se
tornou referência quando o assunto é empreendedorismo.
Adotado por universidades e MBA´s em todo o Brasil, o que faz
este livro ser tão especial e querido pelos leitores é o fato de tratar
do assunto através de uma saborosa história com trama, conflitos,
reviravoltas e personagens por quem nos apegamos e para quem
torcemos.
Usando como fio condutor a trajetória de Luísa, uma jovem mineira entusiasmada com a idéia de abrir
uma empresa para vender a deliciosa goiabada que sua tia produz, Fernando Dolabela ensina passo a
passo tudo o que é preciso saber para ir do sonho ao mercado.
Com uma estrutura completamente inovadora, o livro oferece a alternativa de se concentrar na história
ou se aprofundar nas informações específicas sobre marketing, plano de negócios, finanças,
administração e organização empresarial.
Esses ensinamentos são apresentados à medida que a história evolui, acompanhando o ritmo com que
Luísa vai aprendendo. Assim é possível descobrir aos poucos as etapas necessárias à criação de uma
empresa, desde sua idealização até à garantia de sua sobrevivência.
Além de apresentar um estudo completo da empresa de Luísa - que serve de modelo para qualquer
empreendimento -, o livro inclui testes para ajudar o leitor a conhecer seu perfil e descobrir o potencial
de seu futuro negócio.
Dessa forma interativa e dinâmica, Dolabela mostra como cada um pode desenvolver seus próprios
talentos para obter sucesso como empresário - mesmo que, como Luísa, não tenha nenhuma prática
comercial nem recursos para investir -, contanto que possua uma enorme vontade de realizar seus
sonhos.
• Editora: GMT EDITORES
• Autor: FERNANDO DOLABELA
• ISBN: 857542338X
• Origem: Nacional
• Ano: 2008
• Edição: 1

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 112


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• Número de páginas: 304

Fatores Internos e Externos à Empresa

Analise dos diferentes fatores que determinam o sucesso de uma empresa e os


diferentes estilos para resolução de problemas.

O atual cenário competitivo no qual as organizações estão inseridas se mostra cada dia
mais acirrado, e a exposição a essa competitividade, bem como a luta travada não
somente para continuar no mercado, mas sim para avançar na frente de seus
concorrentes, faz com que elas passem a considerar diversos fatores que podem levá-
las a obter um diferencial, e um dos itens de maior importância se dá na esfera da
análise dos fatores de influência internas e externas, ou seja, acontecimentos que
tanto podem vir a ajudar ou prejudicar a empresa.

As organizações estudam, preparam, analisam e praticam ações para ter a certeza de


sucesso em sua empreitada, ou na manutenção e crescimento de um mercado já
conquistado.

Boa parte desse estudo é feito com base nos fatores externos, ou seja, aqueles que
muitas vezes independem da própria organização, e é justamente por isso que o
cuidado necessita ser redobrado. Esse cuidado todo tem motivos de sobra, afinal, em
um país como o Brasil, onde mudanças ocorrem a todo o momento, é árduo preparar
o planejamento de maneira a evitar muitas turbulências.

Fatores como: mudanças políticas, econômicas, legais, tecnológicas, ou ainda até


comportamento social fazem parte de fatores externos e podem vir a trazer problemas
para os negócios.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 113


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O cuidado que deve ser tomado diz respeito a existir um excesso de zelo nas análises
externas, e em contrapartida um descuido dos fatores que se referem ao ambiente
interno, pois, essa deve ser a primeira análise a ser feita, pois, é o centro de todas as
coisas, é lá que repousam os “órgãos vitais” da organização.

Quando se fala em ambientes interno, as primeiras coisas que surgem provavelmente


são: relacionamento com fornecedores, clientes, acionistas, concorrentes, enfim com
os stakeholders (parte interessada ou interveniente), de uma forma geral.

Não resta dúvida alguma de que o cuidado com o ambiente externo, bem como os
stakeholders, é imperativo para a prosperidade dos negócios, mas nesse complexo
processo de análise há um fator que é tão importante quanto os outros já citados, mas
que por vezes acaba por ser mais valorizado, ou mais preterido, em detrimento de
outros fatores. Esse fator nada mais é do que a valorização do capital humano,
conhecer seus colaboradores.

Neste contexto, existem perguntas que a organização precisa fazer a si própria para
obter alguns parâmetros de como se encontram seus colaboradores em relação ao seu
empregador, perguntas tais como: Os meus colaboradores se sentem bem na
empresa? Como ela a enxerga? Possuem orgulho de trabalhar aqui? Estão satisfeitos
com o que fazem? Acreditam e ou compram nosso produtos/serviços? Como divulgam
a imagem da organização no seu networking (rede de relacionamento pessoal)?

É importante notar que nenhuma das questões está relacionada a qualquer tipo de
remuneração, ou seja, mais do que se preocupar com salários e benefícios, é primordial
saber como está o ambiente de trabalho, como é o relacionamento, se a cultura da

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 114


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organização é bem assimilada/aceita, se estão bem alocadas em suas funções, enfim,


são coisas que se bem estudadas e tomadas às providências devidas, culminam por
valorizar os colaboradores e os negócios da empresa.

Essa valorização, essa parte humana, muitas vezes é mais importante que unicamente
salários.

Diversos são os casos em que as pessoas são bem remuneradas, porém, não se sentem
a vontade no ambiente, não sentem que todo seu potencial está sendo aproveitado,
não acreditam no que fazem, portanto, para o bem estar da organização, cabe a ela
levantar esses dados, para melhorar seu processo, buscando o melhor para seus
colaboradores, para que eles por sua vez, possam se “doar” no desempenho da sua
função.

A preocupação nesse quesito do fator interno é praticamente compulsória, pois, cada


colaborador é um multiplicador de informações, portanto, se ele se sentir satisfeito e
feliz, passará essa informação direta ou indiretamente para todos seus contatos, sejam
eles clientes, fornecedores, ou até mesmo em seu ciclo de amizade, e esse repasse de
informação é absolutamente favorável.

A estrutura formal de suporta a empresa

A estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e estratégias


estabelecidos, ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica para
alcançar os objetivos da empresa, é o instrumento básico para concretização do
processo organizacional.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 115


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Para se organizar uma empresa, um estabelecimento, ou qualquer outro processo que


inclua relações interpessoais, são necessárias algumas funções básicas, ou seja, um
bom administrador precisa saber planejar sua empresa, precisa ter pulso e coerência
para dirigir um negócio e, além disso, precisa saber acompanhar, controlar a empresa,
o sistema a seguir identifica as funções básica da empresa.

Planejamento
Controle Organizacional
Direção

Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia a


empresa alguns aspectos:

- Responsabilidade
- Lideranças
- Motivações
- Organização das funções, informações e recursos

A estrutura organizacional dentro de um contexto geral se divide em duas estruturas, a


informais e formais.

Estrutura Informal

Esse tipo de estrutura se consiste numa rede de relações sociais e pessoais que não é
estabelecida formalmente, ou seja, a estrutura surge da interação entre as pessoas,
desenvolvendo-se espontaneamente quando as pessoas se reúnem entre si.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 116


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A informalidade é geralmente, mais instável, pois está sujeita aos sentimentos


pessoais, pois se trata de uma natureza mais subjetiva, ela não possui uma direção
certa e obrigatória
Hoje, em qualquer tipo de empresa, existe a estrutura informal. É errado pensar na
hipótese de que grupos informais apenas se formam dentro de um grupo religioso, ou
até mesmo dentro de uma sala de aula. Muitas estruturas informais existem dentro de
grandes empresas, e apresentam diferentes níveis de atuação.

Os lideres dos grupos informais surgem por várias causas, como por exemplo:

• Idade
• Competência
• Localização no trabalho
• Conhecimento
• Personalidade
• Comunicação
• Dentre várias outras situações.

Vale lembrar que a estrutura informal é um bom lugar para lideres formais se
desenvolverem, porem nem sempre um grande líder informal será um grande líder
formal, pois eles podem falhar com o medo da responsabilidade formal.

Algumas vezes, a estrutura informal se torna uma força negativa dentro da empresa,
porém se a administração conseguir conciliar e/ou integrar os grupos formais com os
informais, haverá uma harmonização nas tarefas, o que aí sim, se torna uma condição
favorável de rendimento e produção.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 117


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Sendo assim a estrutura informal possui algumas vantagens como, por exemplo:
 Rapidez no processo
 Redução de comunicação entre chefe e empregado
 Motiva e integra os grupos de trabalho
Contudo, possui suas desvantagens:
 Desconhecimento de chefia
 Dificuldade de controle
 Atrito entre pessoas

Com tudo isso, podemos notar que, um executivo astuto sabe muito bem conciliar
esse tipo de informalidade na sua estrutura organizacional.

Estrutura Formal

Essa é a estrutura que a grande maioria das empresas adota, é a estrutura


deliberadamente planejada, e formalmente representada, em alguns aspectos, em
organogramas.

Nessa fase, a definição de suas atribuições se torna mais criteriosa, ou seja, aqui a
estrutura formal pode alcançar proporções imensas.

No desenvolvimento da estrutura formal devem-se considerar os seus componentes,


seus condicionantes e seus vários níveis de influência. Pois será, a partir de uma
estrutura bem implementada que uma empresa irá alcançar seus objetivos
estabelecidos.

Os principais fatores para a criação de uma estrutura formal empresarial são:

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 118


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 Focar os objetivos estabelecidos pela empresa


 Realizar atividades que podem chegar nesses objetivos
 Distribuir as funções administrativas para cada funcionário desempenhar
 Levar em consideração habilidades e limitações tecnológicas
 Tamanho da empresa
E os componentes chaves para o bom funcionamento dessa formalidade são:
 Sistema de responsabilidade – que é constituído pela departamentalização
 Sistema de autoridade – nada mais é que a distribuição de poder
 Sistema de comunicação – é a interação entre todas as unidades da empresa
 Sistema de decisão – é o poder entender, definir e decidir uma ação solicitada

Uma estrutura organizacional se resume, simplesmente, em uma organização, que é


um desenho gráfico onde mostra cada integrante de uma empresa se delegando a uma
área específica. Podemos identificar num organograma simples de uma pequena
empresa, por exemplo, composta por: Presidência; Diretoria Administrativa; Diretoria
Financeira e seus respectivos subordinados.

Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia:


 Identificação das tarefas necessárias
 Organização das funções e responsabilidades
 Informações, recursos e feedback aos empregados
 Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos
 Condições motivadoras

O passo-a-passo para a criação da empresa


Por onde começar!?

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 119


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Se você tem interesse em iniciar seu próprio negócio, mas não sabe exatamente como
fazê-lo, siga os passos a seguir para ter uma noção sobre os principais cuidados para
aumentar suas chances de sucesso.
Deixar de ser funcionário para ser o dono do próprio negócio é o sonho de muitos
brasileiros. Tomar essa decisão é o primeiro passo. Para entrar de vez no meio
corporativo, é fundamental se adaptar aos significados de palavras como
planejamento e plano de negócios.
A preparação serve para estruturar o empreendimento e verificar sua viabilidade.
Conhecer o cliente, qual o seu perfil de consumo, quais os seus hábitos, o que ele
deseja, onde pretende comprar, quando e como está disposto a pagar. Responder a
essas perguntas é essencial. Se você tem essa meta, um caminho pode ser procurar um
contador ou um advogado com experiência na área. Á seguir acompanhe alguns
pontos fundamentais para começar a pensar:

Pesquisa
Esta é a ferramenta mais importante para definir as estratégias. Todos deveriam
contratar uma pesquisa antes mesmo de pensar em abrir um negócio, mas poucos o
fazem. O levantamento ajuda a descobrir o público-alvo, suas necessidades e hábitos.

Público
É preciso conhecer o público para oferecer-lhe um produto ou serviço. Pode ser um
item diferenciado ou algo comum, porém que não exista naquele lugar. O ideal é
encontrar respostas para: que necessidades não estão sendo atendidas? Quanto esse
consumidor quer pagar? Com que frequência consome? Que tipo de produtos e/ou
eles precisam?

O ponto

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 120


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É preciso estar perto do público (dependendo da atividade), mas não no meio da


concorrência. A localização ideal depende do produto ou serviço oferecido. Tente
responder às seguintes perguntas: as pessoas chegam a pé? De carro? É fácil
estacionar? O ponto tem visibilidade?

Fornecedores
Devem ser escolhidos pela qualidade, preço e confiabilidade. O preço do fornecedor
influencia no valor de venda e nas margens. Não é bom depender de um só, porque
qualquer problema pode acarretar desabastecimento e comprometer o andamento do
negócio.
Inovação
Ser diferente é bom, mas não é pré-requisito. Há espaço para coisas tradicionais,
desde que haja demanda. O errado é oferecer um produto tradicional para um público
que já está atendido.

Preço
Para formar preço de venda, é preciso levar em conta à remuneração dos sócios, o
fluxo de caixa, as datas de pagamento de fornecedores e de recebimentos das vendas.

Finanças
Normalmente, a empresa leva 12 a 24 meses para começar a ter lucro. É preciso estar
preparado para só investir neste período.

Oportunidade
A oportunidade é uma necessidade do cliente que não está sendo atendida. Pode ser
uma inovação, uma antecipação da necessidade que ainda não é percebida pelo
cliente.

Nome

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 121


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O nome da empresa ou a marca é a forma como o negócio será fixado na “mente” dos
clientes. Marcas com nomes e símbolos de difícil assimilação, ou que não são
associados com o negócio, dificultam a manutenção no mercado.

Sociedade
Numa sociedade, a complementaridade pode ser um diferencial. De nada adianta dois
sócios serem exímios técnicos e não dominarem gestão empresarial. Objetivos comuns
também são essenciais. Ter um sócio significa compartilhar riscos, dividir
investimentos e eventuais prejuízos, além de ter decisões compartilhadas que podem
minimizar erros.

Financiamento
Ao iniciar um negócio, o empreendedor terá de oferecer bens próprios, ou de
terceiros, como garantia do crédito. Quanto menos garantias, mais alto o juro cobrado
pelo banco, para compensar o risco de emprestar dinheiro.

O crédito para novas empresas se divide em dois tipos básicos: investimento e capital
de giro. O investimento é dinheiro destinado à aquisição de bens – como máquinas.
Nesse caso, a máquina é a garantia do banco, pois pode ser retomada em caso de
inadimplência.

O capital de giro é dinheiro para formar estoque ou manter o fluxo de caixa. Esse
financiamento pode ser tomado em diferentes formas e, dependendo das garantias
oferecidas, muda a taxa de juros - via de regra, mais alto que no investimento. O prazo
tende a ser menor, o custo, maior e normalmente não tem carência.

Uma das formas de financiamento é a antecipação de duplicatas, quando o credor


vende os produtos ou serviços a prazo e troca as notas fiscais (títulos) nos bancos pelo
pagamento na hora. O cheque especial é outra alternativa.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 122


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Antes de emprestar, as instituições financeiras fazem uma análise, que inclui, além das
garantias, o fluxo de caixa e a relação com clientes.

Agora vamos conhecer o passo-a-passo da legalização:

A) Preparação da empresa
1º Passo: Elabore um planejamento da atividade antes de iniciá-la.
Para aumentar as chances de sucesso de qualquer atividade, uma palavra é
fundamental: Planejamento. Um instrumento bastante simples e muito eficiente é o
Plano de Negócios. Qualquer se seja o negócio que pretende montar, você vai precisar
de ajuda, defina se os seus colaboradores serão sócios ou empregados, jamais tente
fazer tudo sozinho. O cônjuge nem sempre é a melhor opção.

Em uma empresa fazemos compras, vendas, pagamentos, precisamos ir a bancos, a


repartições públicas, etc.

É preciso conhecer quais são suas habilidades e características empreendedoras que


você já tem ou precisa desenvolver para estar à frente de seu negócio, e também da
concorrência.

2º Passo - Oriente-se sobre a melhor forma de legalização.

3º Passo – Prepare-se para gerenciar seu negócio de maneira adequada e moderna.

B) Relação de Documentos
 Documentação dos sócios
CPF
RG
PIS

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 123


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Comprovante de residência

 Documentos do local onde vai funcionar a empresa (busca de local)


Contrato de locação ou de compra e venda
IPTU do imóvel
Planta do imóvel (opcional)

 Busca de nome da empresa (formulário próprio da Prefeitura)


 Defina sua atividade empresarial
 Elabore o contrato social e providencie as averbações necessárias junto aos
cartórios cíveis
 Faça a inscrição da empresa na JUCERJ (registro do contrato social)
 No caso de prestadores de serviços, faça a inscrição da empresa no Cartório de
Registro de Pessoas Jurídicas
 Inscrição da empresa na Secretaria Municipal de Fazenda (Alvará de
Localização)
 Inscrição da empresa na Receita Federal (CNPJ)
 Registro da empresa no conselho regional da categoria (quando necessário)
 Demais inscrições e exigências que forem necessárias

Os sistemas de controles organizacionais

A importância da informação
O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou
algo relacionado com comunicação (Zhang, 1988), mas na realidade existem muitas e
variadas definições de informação, cada uma mais complexa que outra. Podemos
também dizer que Informação é um processo que visa o conhecimento, ou, mais

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 124


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simplesmente, Informação é tudo o que reduz a incerteza... “Um instrumento de


compreensão do mundo e da ação sobre ele” (Zorrinho, 1995).
A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer setor da atividade
humana e é indispensável mesmo que a sua procura não seja ordenada ou sistemática,
mas resultante apenas de decisões casuísticas e/ou intuitivas.
Uma empresa em atividade é, por natureza, um sistema aberto e interativo suportado
por uma rede de processos articulados, onde os canais de comunicação existentes
dentro da empresa e entre esta e o seu meio envolvente são irrigados por informação.
Atualmente as empresas estão rodeadas de um meio envolvente bastante turbulento
com características diferentes das habituais e os gestores percebem que, em alguns
casos, a mudança é a única constante. “Já Heraclito dizia não há nada mais
permanente do que a mudança” e Drucker (1993a) "desde que me lembro, o mundo
dos gestores tem sido turbulento,... certamente até muito turbulento, mas nunca
como nos últimos anos, ou como será nos próximos."
Por conseguinte, o turbilhão de acontecimentos externos obriga as organizações a
enfrentar novas situações, resultado de mudanças envolventes do negócio e que
constituem ameaças e/ou oportunidades para as empresas, fazendo com que tomar
decisões hoje, exija a qualquer empresário ou gestor estar bem informado e conhecer
o mundo que o rodeia. O aumento da intensidade da concorrência e da complexidade
do meio ambiente faz sentir, no mundo empresarial, a necessidade de obter melhores
recursos do que os dos seus concorrentes e de otimizar a sua utilização.
O aumento do comércio internacional, fruto da crescente interligação entre nações, a
expansão do investimento no exterior e a tendência da homogeneização dos padrões
de consumo fazem com que o mundo seja encarado como um só mercado, em que as
empresas têm de conviver com a competição internacional dentro dos seus mercados
e ao mesmo tempo tentarem penetrar nos mercados externos de forma a aproveitar
as novas oportunidades de negócio.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 125


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A empresa ao atuar num mundo globalizado está em estado de "necessidade de


informação" permanente, a vários níveis. A informação e suporte de uma organização
e é um elemento essencial e indispensável à sua existência. A aceitação deste papel,
pelos dirigentes de uma organização, pode ser um fator decisivo para se atingir uma
situação de excelência: quem dispõe de informação de boa qualidade, fidedigna, em
quantidade adequada e no momento certo, adquire vantagens competitivas, mas a
falta de informação nos leva a erros e à perda de oportunidades.
Nos dias atuais muito se fala no papel que a informação possui sobre a realização de
negócios entre as empresas. Há afirmações do tipo “a informação significa poder”, o
que significa que quanto mais informações de qualidade puderem deter, de mais
poderio estará dotada uma organização.

Os controles na empresa
Para desenvolver bem os processos organizacionais, o empresário, tem de criar e
manter controles administrativos que acompanhem o desenrolar das tarefas e
auxiliem a tomada de decisões. Os principais controles que uma empresa deve ter são
os relacionados às áreas de vendas, compras, despesas, estoques e finanças. Veja ao
que cada um deles se destina:
 Controle de vendas – O controle possibilita que o empresário possa prever
receitas e, consequentemente, programar as compras da empresa. Com um
controle bem estruturado, fica mais fácil acompanhar o comportamento
mensal das vendas, as variações sazonais e o tempo médio concedido para
pagamentos realizados a prazo.
 Controle de compras – Esse tipo de controle permite que o empresário
distribua melhor suas compras para os meses seguintes com base nas previsões

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 126


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de vendas e nos compromissos assumidos. Também permite determinar o


prazo médio das compras.
 Controle de despesas – O principal objetivo desse controle é ter um
acompanhamento da evolução dos gastos mensais de cada item de despesa.
Dessa forma, o empresário pode adotar medidas para conter gastos que
estejam crescendo sem justificativa. Além disso, o controle de despesas é
indispensável à elaboração do cálculo dos custos e do preço de venda de um
produto, serviço ou mercadoria.
 Controle de estoque – Para controlar o estoque, a empresa pode utilizar uma
planilha com uma ficha de controle para cada item, onde serão anotadas as
entradas e saídas de mercadoria ou material.
 Controle de estoque físico e financeiro – O controle físico e financeiro de
estoque tem como objetivo básico informar a quantidade disponível de cada
item existente na empresa, seja matéria-prima ou mercadoria, seja valor
monetário.
 Controle de resultados – O principal objetivo desse controle é ter uma visão
global da comparação entre receitas, despesas e o lucro ou prejuízo apurado no
período avaliado, além de fornecer subsídios para a tomada de decisão e
políticas orçamentárias.
 Controle do contas a pagar e receber – Esse tipo de controle permite o
acompanhamento dos registros das obrigações a pagar com terceiros e sobre
os direitos a receber proveniente das vendas.
 Controle do fluxo de caixa – Esse controle permiti o acompanhamento de
entrada e saída de recursos da empresa, além de contribuir com o processo de
gestão financeira a curto, médio e longo prazo.

A importância do Plano de Negócios

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 127


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Segundo Sahlman (Sahlman, 1997), importante professor da Harvard Business School,


poucas áreas têm atraído tanta atenção dos homens de negócio nos Estados Unidos
como os planos de negócios. Dezenas de livros e artigos têm sido escritos e publicados
naquele país tratando do assunto e propondo fórmulas milagrosas de como escrever
um plano de negócios que revolucionará a empresa. Isso começa a ocorrer também no
Brasil, devido principalmente ao fervor da nova economia (a Internet) e as
possibilidades de se fazer riqueza da noite para o dia. O cuidado que se deve tomar é o
de se escrever um plano de negócios com todo conteúdo que se aplica a um plano de
negócios e que não contenha números recheados de entusiasmo ou fora da realidade.
Nesse caso, pior que não planejar é fazê-lo erroneamente, e o pior ainda,
conscientemente. Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e
qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o
caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador. É evidente que
apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para determinar o sucesso do
negócio. Se assim ocorresse, a arte de administrar não seria mais arte, apenas uma
atividade rotineira, onde o feeling do administrador nunca seria utilizado. Mas existem
alguns passos, ou atividades rotineiras, que devem ser feitos por todo empreendedor.
A arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos realizados
racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu
negócio, bem como os riscos inerentes a esse mesmo negócio. Isso é o que se espera
de um plano de negócios. Que seja uma ferramenta para o empreendedor expor suas
idéias em uma linguagem que os leitores do plano de negócios entendam e,
principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. O
plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos
empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 128


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A maioria dos planos de negócios resume-se a textos editados sobre um modelo pré-
determinado e que não convencem ao próprio empreendedor. Geralmente são
escritos como parte dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma
incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgãos do
Governo etc, e que são feitos apenas para esse fim, às pressas, sem muita
fundamentação ou, como já foi dito, recheado de números mágicos. Como esperar que
convençam a um investidor, bancos, potenciais parceiros, fornecedores, à própria
empresa internamente, esses que são, geralmente, os públicos-alvos de um plano de
negócios? Deve-se ter em mente que essa ferramenta propõe-se a ser o cartão de
visitas do empreendedor, mas também pode ser o cartão de desqualificação do
mesmo empreendedor em busca de oportunidades. As oportunidades geralmente são
únicas e não podem ser desperdiçadas. E como cartão de visitas, o empreendedor
deve sempre ter à mão o plano de negócios de seu empreendimento, elaborado de
maneira primorosa e cuidadosamente revisado.

A Estrutura Tradicional de um Plano de Negócios


Para elaborar um plano de negócios eficaz existe uma estrutura que é geralmente
apontada, ainda que possam surgir algumas adaptações decorrentes do tipo de
atividade ou das condições particulares da empresa. Por exemplo, é normal que o
plano de negócios de uma empresa implantada há alguns anos no mercado e de maior
dimensão tenha que ser mais exaustiva na elaboração de um plano de negócios do que
uma em estado inicial. Também é natural que uma empresa cujos bens ou serviços
prestados requeiram um elevado grau de sofisticação tecnológica, seja obrigada a
elaborar um plano de negócios mais exaustivo relativamente àquelas empresas que

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 129


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não possuem esse grau de sofisticação. No entanto, quer se refiram a grandes ou a


pequenas empresas, mais ou menos sofisticadas, existe um conjunto de elementos
que, de uma forma mais ou menos desenvolvida, um plano de negócios deve sempre
conter:
1. Sumário executivo. Deverá resumir os aspectos essenciais contidos no plano de
negócios.
2. Apresentação da empresa. Descrição breve da empresa e da sua atividade.
3. Análise do produto ou serviço. Este item deve começar com uma breve
descrição dos produtos ou serviços da empresa, bem como os motivos pelos
quais eles são melhores que aqueles oferecidos pela concorrência.
4. Análise de mercado. Consiste na identificação do mercado alvo e quais as
formas de segmentação do mesmo que foram adotadas pela empresa, de
forma a assegurar a entrada no mercado.
5. Estratégia de marketing. Aqui são descritas as estratégias que serão adotadas
para colocar o produto ou serviço no mercado (ou seja, para o vender).
6. Análise financeira. Deve incluir as previsões financeiras e os demonstrativos da
empresa.
7. Perfil da gestão. Apresentação do perfil dos gestores, dos colaboradores, dos
profissionais externos contratados para prestarem apoio em certas áreas
específicas, etc.

Vamos conhecer com mais detalhe cada um destes elementos:

Sumário Executivo - O sumário executivo abre o plano de negócios e resume os pontos


mais importantes de todos os assuntos abordados no plano. O propósito do sumário
executivo é convencer os leitores potenciais das vantagens do seu negócio e encorajá-

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 130


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los a ler todo o plano. Assim, devem ser escritos num tom entusiástico, mas sempre
realista, em no máximo uma ou duas páginas. Deve incluir os seguintes tópicos:
• Objetivo do plano. A intenção que esteve por trás da sua elaboração (capação
de capitais próprios ou obtenção de empréstimos, a contratação de pessoas
qualificadas ou garantir o interesse de futuros parceiros) deve estar explícita de
forma clara no sumário executivo.
• Conceito de negócio. O seu negócio deve ser definido de uma forma clara e
breve. Deve indicar o que vai ser vendido, a quem e porque o negócio possui
uma vantagem competitiva.
• Dados financeiros. Apresentação dos pontos mais importantes, incluindo
vendas, lucros, fluxo de caixa e taxas de retorno do investimento.
• Necessidades financeiras. Quantificação em termos financeiros dos montantes
necessários para assegurar a execução do plano de negócios.
• Situação atual da empresa no mercado. Trata-se de descrever brevemente qual
a posição da empresa no mercado.
• Expectativas de crescimento. Consiste em demonstrar que a empresa tem
potencial para crescer e apresentar como pretende assegurar esse
crescimento.
• Realizações importantes. Envolve todos os detalhes e desenvolvimentos que
podem ser importantes para o sucesso da empresa, tais como, marcas,
patentes, ótima localização das instalações, contratos importantes, resultados
de estudos de mercado, etc.
Obs.: Lembre-se que, por vezes, esta é a única parte do plano que o potencial
investidor vai ler, logo deve ser escrito de forma a captar a sua atenção. Se o sumário
falhar na motivação do leitor, o mais certo é que este simplesmente não leia o resto do
plano de negócios.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 131


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Apresentação da empresa - A existência deste item pressupõe que o leitor do plano de


negócios não conhece quase nada da empresa. Assim, na apresentação da empresa
devem figurar quem é a empresa e os seus responsáveis, assim como o caminho que a
empresa pretende seguir. A Apresentação deve incluir os seguintes tópicos:
• Nome do negócio (incluindo formato jurídico – SA, LTDA, etc.) e dos sócios.
• Histórico da empresa (fundação, como surgiu à idéia, como começou, etc.).
• Objetivos fundamentais da empresa (taxa de crescimento para os próximos
cinco anos, conquista de uma determinada parte do mercado nos próximos
anos, entre outros).

Análise do produto (ou serviço) - Neste item, o plano de negócios deve descrever em
detalhe os bens e/ou serviços que a sua empresa pretende oferecer e a forma como
pretende produzir. Logo, envolve não só a descrição clara e pormenorizada do produto
(características, especificações técnicas, etc.), mas também o processo produtivo. O
objetivo é estabelecer claramente o que distingue o seu negócio dos concorrentes.
Nesta etapa, a análise do produto envolve as seguintes questões:
• Benefícios para o consumidor, mostrando o porque do seu produto (ou serviço)
ser o melhor, ou de qualidade superior do que os outros disponíveis no
mercado.
• Identificação do custo dos recursos humanos (remunerações) e materiais (fixos
e variáveis).
• Apresentação das necessidades de investimento em equipamentos e
instalações. No caso das instalações, refira ainda os motivos da escolha de uma
determinada localização (se esta for um aspecto relevante, claro).
• Considerações sobre a tecnologia, sobretudo no caso desta ser inovadora ou
única, incluindo elementos como caracterização de processos e a possibilidade
de proteção de propriedade industrial (patentes registradas).

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 132


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• Perspectivas quanto à evolução do produto (ou serviço) no futuro, que pode


passar pela criação de novos produtos (ou serviços) oferecidos ou de simples
alterações nos produtos atualmente oferecidos. Esta perspectiva é de grande
importância, sobretudo em setores de rápido incremento tecnológico, em que
os respectivos ciclos de vida dos produtos tendem a ser mais curtos.

Análise de mercado - A análise de mercado ao nível do plano de negócios, deve incidir


sobre dois aspectos. Em primeiro lugar, deve identificar e caracterizar os concorrentes
(atuais e potenciais), os consumidores (atuais e potenciais), assim como incluir uma
análise do mercado em geral. Em segundo lugar, deve explicar em que momento é que
o produto ou serviço tem condições de sucesso naquele mercado, apresentando quais
as necessidades de mercado que satisfaz e como se diferencia da concorrência em
termos de qualidade, preço, localização, ou quaisquer outros fatores.

Estratégia de marketing - Neste item do plano, são descritas a estratégia global de


marketing e as diversas políticas do marketing mix (Produto, Preço, Distribuição e
Comunicação). A seguir, apresentamos um pequeno sumário das questões a serem
inclusas:
• Estratégia global de marketing. Identificação dos principais elementos do
programa de marketing.
• Preço. Explicação e justificativas da política de preços (métodos de
determinação e objetivos).
• Vendas. Referência à forma como se pretende vender os seus produtos ou
serviços (no estabelecimento, no domicílio do comprador, se vai ou não
constituir uma força de vendas especializada, na internet, etc.).
• Distribuição. Descrição dos canais de distribuição que pretende utilizar.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 133


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• Comunicação. Trata-se aqui de mostrar o mix de comunicação que irá utilizar


para promover o seu negócio junto do seu público alvo.
• Produto ou Serviço. Aspectos que não tenham sido abordados na “análise do
produto” (embalagem marca, etc.).
Neste item do plano, devem ainda ser incluídas as previsões relativas à evolução futura
das vendas, bem como os critérios utilizados na previsão.

Análise financeira – Este item incorpora o plano financeiro da empresa no seu plano
de negócios, ou seja, é chegado o momento de traduzir em valores, todos os aspectos
já discutidos no plano. As bases da análise financeiras são as demonstrações
financeiras (Demonstração de Resultados, Balanço, Demonstrativo de Origens e
Aplicações de Recursos). Estes instrumentos serão utilizados na análise histórica, para
a projeção da evolução dos negócios nos próximos anos (as previsões não devem ir
para além dos três a cinco anos). Este item deve ainda conter um orçamento de caixa
(previsão dos recebimentos e pagamentos a realizar num determinado período) pelo
menos para o primeiro ano de atividade e, eventualmente, uma análise do ponto de
equilíbrio das vendas (volume de vendas em valor e em quantidade para o qual a
empresa obtém “lucro 0”).

Perfil da gestão - O currículo dos integrantes da equipa de gestão deverão fazer parte
deste item do plano. Além do passado profissional e acadêmico dos principais
responsáveis da empresa, devem ainda ser referenciados:
• A estrutura organizacional da empresa, incluindo títulos e níveis
responsabilidade.
• Descrição das realizações e experiência dos principais responsáveis da
empresa.
• A estrutura de recursos humanos (dimensão, competências, etc.) atual e futura.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 134


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• Apresentação dos profissionais externos (advogados, contabilistas, consultores)


aos quais a empresa recorre ou pretende vir a recorrer.
Este item é de extrema importância no plano de negócios, uma vez que as qualidades
e a experiência da equipa (sobretudo dos mais altos responsáveis da empresa) tendem
a ser um aspecto fundamental na análise dos potenciais investidores.

Capítulo 15
Como ser um Vencedor

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 135


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“A vontade de me tornar, melhor a cada dia é o que me faz sonhar e lutar para
transformar o meu projeto, que um dia foi um simples pensamento, em um sentido de
vida”.
(Adaptado by Teddy) Por Rerisson Bessa

Quem não deseja ser bem sucedido na vida? Eis aqui as sete chaves que abrirão as
portas para o seu futuro brilhante.
Há alguns anos atrás, uma pesquisa feita por MICHAEL JEFFREYS, revelou o que
estimula as pessoas de maior sucesso em termos de motivação. Entre os entrevistados
estão os autores de livros sobre “como ser bem-sucedido” e os palestrantes
motivacionais mais importantes dos Estados Unidos.

1ª CHAVE:
Assuma a Responsabilidade
Em uma sociedade em que as pessoas culpam todo mundo – desde os pais até o
governo – pelo seu fracasso, os superstars motivacionais não aceitam o papel de
vítimas. Seu lema é: “Só depende de mim”.
Eles percebem que, ao dizer que alguém ou algo além de você mesmo o está
impedindo de atingir o sucesso, você está entregando seu poder de bandeja. Está
dizendo: “Você tem mais controle sobre a minha vida do que eu mesmo”.
Veja o caso de Les Brown. Abandonado pelos pais ao nascer e rotulado como
“deficiente mental educável” na infância, tinha todos os motivos para perder a
esperança. Mas, quando no 2º Grau um professor lhe disse: “A opinião de alguém a
seu respeito não deve necessariamente se tornar realidade”, Brown se deu conta de
que seu futuro estava nas próprias mãos. Ele foi em frente e se tornou parlamentar do
estado de Ohio e escritor, ganhando hoje 20 mil dólares por hora como um dos
principais palestrantes motivacionais dos Estados Unidos.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 136


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Brown entendeu que você não pode controlar certos elementos da vida, como, por
exemplo, a natureza, o passado e as outras pessoas. Mas pode controlar os próprios
pensamentos e ações. Assumir a responsabilidade pela sua vida é uma das atitudes
que mais promovem a realização pessoal.

2ª CHAVE:
Viva “de Propósito”
Talvez o que mais distinga os superstars motivacionais das outras pessoas seja o fato
de eles viverem a vida “de propósito” – fazendo o que acreditam ter nascido para
fazer. “Ter um objetivo na vida é o elemento mais importante no processo para se
tornar uma pessoa que explora todo o seu potencial”, explica Wayne Dyer, autor do
best seller Seus pontos fracos.
Não viver segundo seus propósitos consiste em fazer apenas o esforço suficiente para
ir levando a vida com um mínimo de problemas. Mas quando você tem propósitos, sua
maior preocupação é fazer bem seu trabalho. Você ama o que faz – e isso se torna
visível. As pessoas querem negociar com você porque sentem o seu
comprometimento.
Como viver “de propósito?” Encontrando uma causa em que se acredita e criando uma
empresa comercial em torno dela. Mike Ferry, ex-vendedor de cursos em
audiocassetes, acreditou que os membros da Associação Americana de Corretores de
Imóveis precisavam de ajuda para desenvolver técnicas de vendas. Ele então fundou a
Mike Ferry Organization, uma empresa de treinamento voltada para o setor
imobiliário. A empresa gerou mais de 20 milhões de dólares por ano em vendas.

3ª CHAVE:

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 137


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Escreva um Plano
Tentar alcançar seus objetivos sem um plano de ação é como tentar dirigir numa
estrada desconhecida sem um mapa. O tempo, a energia e o dinheiro gastos
provavelmente o fará desistir muito antes de chegar.
Bbrian Tracy, um dos mais bem-sucedidos instrutores na área de vendas, palestrantes
e escritores americanos, afirma: “Objetivos que não vão para o papel não são
objetivos. São meras fantasias”.
Com um mapa nas mãos, contudo, você cai aproveitar a viagem e chegar ao seu
destino o mais rápido possível.

4ª CHAVE:
Pague o Preço
Não há nada de errado em querer uma casa, um carro de luxo ou um milhão de
dólares. O problema é que praticamente todo mundo deseja isso. Mas os bem-
sucedidos descobrem quanto custa realizar o sonho – e depois o fazem acontecer. Sem
reclamar do trabalho que dá.
Les Brown tem um calo na orelha esquerda. Por quê? “Quando decidi começar a fazer
palestras, não tinha credenciais, reputação, credibilidade ou experiência, então
precisei telefonar para muitas pessoas”, explica ele. “Ligava para mais de cem pessoas
por dia a fim de pedir uma oportunidade de falar para seus grupos. Este calo vale
vários milhões de dólares!”

5ª CHAVE:
Torne-se um “expert”
Um fator marcante nos palestrantes motivacionais que entrevistei é o seu fenomenal
estímulo para serem os melhores. Eles fazem de tudo para aprimorar suas habilidades.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 138


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Patrícia Fripp, que faz palestras para executivos das maiores empresas dos EUA sobre
como ter mais sucesso na vida, participou de um workshop de humor e contratou um
professor de oratória para aprimorar sua habilidade de falar em publico. Patrícia fez
isso mesmo depois de ser apontada como uma das melhores palestrantes dos
Estados Unidos por uma revista especializada.
Se alguém o filmasse em ação no trabalho, para uma fita com instruções praticas
dirigidas a outras pessoas, você se orgulharia da fita ou ficaria constrangido? Se você
escolheu a ultima opção, decida hoje trabalhar para ser o melhor na sua área. Estude
os especialistas, descubra o que os melhores estão fazendo e depois faça como eles.

6ª CHAVE:
Nunca Desista
Pode soar óbvio, mas quando você está genuinamente comprometido com seu
objetivo, desistir nem passa pela sua cabeça. É preciso estar disposto a fazer o que
quer que seja para alcançá-lo.
Quando Jack Canfield e Mark Victor Hansen compilaram canja de galinha para a alma,
mais de cem editores recusaram o livro. Mas, ao invés de desistirem, os dois
continuaram concentrados naquele objetivo. Mais tarde, uma pequena editora decidiu
publicar o livro, que não apenas se tornou best seller como também deu origem a uma
serie que vendeu mais de 12 milhões de cópias. É a força da perseverança.
Passe a maior parte possível do seu dia trabalhando por seus objetivos e sonhos.
Pergunte a si mesmo: “O que estou fazendo agora está me aproximando do meu
objetivo?” Se não, faça algo que deseja.

7ª CHAVE:
Não se Demore

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 139


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Em seu livro Live your dreams (Viva seus sonhos), Les Brown recorda uma conversa ao
telefone com a amiga Marion, que, no dia seguinte, morreu. Pouco depois, Brown
estava ajudando a arrumar o escritório da amiga quando deparou com anotações para
uma peça. Infelizmente ela nunca seria publicada. Marion era a única que conhecia o
fim.
Lembre-se: não vivemos para sempre. Os grandes empreendedores sabem disso, mas
em vez de ver esse fato como negativo ou deprimente, usam-no como estímulo. Eles
vão atrás do que querem, realizando os sonhos com energia e paixão. E você pode
fazer o mesmo.
Fonte: Revista Read Digest / www.administradores.com.br

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 140


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Capítulo 16
O Poder do Entusiasmo
Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem
certo, de transformar a natureza e as pessoas.
Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar.
Nós é que temos que transformar a nossa vida numa Vida Entusiástica.
Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que
entusiasmar a realidade da nossa vida! Nós é que temos que entusiasmar nossas
idéias...

"DICAS PARA SE VIVER ENTUSIASTICAMENTE"

1- Afaste-se das pessoas e dos fatos negadores e negativos. Se você se deixar envolver
por um ambiente negativo, você vai se transformar numa pessoa negativa.

2- Acredite nos seus "insights" positivos. Os vencedores são aqueles que acreditam nas
suas idéias.

3 - Não reclame constantemente. Quando a gente reclama muito, se habitua a


reclamar cada vez mais e acaba se transformando numa pessoa azeda. É insuportável
conviver com pessoas que só vivem se queixando!

4- Cultive a alegria e o bom humor... Aprenda a sorrir! Terapia do Riso: Habituar-se a


sorrir, a achar graça de si mesmo. O sorriso tem um efeito poderoso em nossa vida; as
pessoas que zombam dos próprios erros são mais felizes e mais fortes.

5- Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz a depressão! O


ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas
ocorrerem.

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 141


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6- Seja alguém disposto a colaborar com os outros. Sempre ache uma maneira de
participar! Traga as pessoas mais próximo de você. Participe, converse com as pessoas
com as quais convive. Interesse-se pelas pessoas à sua volta!
7 - Surpreenda as pessoas com "momentos mágicos". Contagie os outros... Faça com
que ao entrar num ambiente, as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que
envolve você!

8 - Faça tudo com sentimento de perfeição. Faça as coisas com vontade de fazer! Não
faça nada pela metade! Faça as coisas com desejo de acertar e de criar o mais correto
possível! Ande bem vestido, limpo e perfumado. Tenha orgulho da sua imagem. Gostar
de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entusiasmo.

10 - Aja prontamente. Faça agora! "DO IT NOW" Não postergue, não deixe para
amanhã. Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente. Sentiu que é o
momento certo?
- Aja! ! !

"ENTUSIASMO SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE SI."


Descubra o entusiasmo na Vida! Seja capaz de transformar as coisas e fazê-las
acontecer. Não espere as condições ideais, faça o Entusiasmo ocorrer pela crença de
que você é capaz de realizações eficazes e de... VENCER OBSTÁCULOS! ! !
Autor desconhecido

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 142


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Bibliografia da Disciplina
A Auto - Estima
Pasini, Willy / ROCCO

Motivação 3.0 - Os Novos Fatores Motivacionais que Buscam Tanto a Realização Pessoal
Quanto Profissional
Pink, Daniel / Elsevier – Campus

O Sucesso Passo a Passo - Col. Cbn Livros


Gehringer, Max / Globo Editora

Superdicas para Impulsionar Sua Carreira


Gehringer, Max / SARAIVA

Emprego de A a Z
Gehringer, Max / Globo Editora

Condutores do Amanhã - Jovens que Entram e Dão Certo no Mercado de Trabalho


Leal, Ruy / SARAIVA

Manual da Empregabilidade - Col Recur Humanos


Leo, Salgado / QUALITYMARK

Empregabilidade - Como Ter Trabalho e Remuneração Sempre


Minarelli, Jose Augusto / GENTE

O Segredo de Luísa
Dolabela, Fernando / Sextante / Gmt

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 143


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Quero Construir a Minha História


Dolabela, Fernando / Sextante / Gmt

Autor: Prof. Flávio Barbosa da Silva Página 144

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