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Pág. 05
Motoristas e Ciclistas:
os Dois Lados da Moeda
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Ciclismo: entre
Direitos e Deveres
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PEDALANDO RUMO À
SUSTENTABILIDADE
Saiba mais sobre o projeto promovido
para facilitar a mobilização dos
ciclistas de Porto Alegre.
ÍNDICE
Pág. 5 O CONFLITO Pág. 7 O CICLISTA Pág. 10 SOCIEDADE
Motoristas e Ciclistas: Porto Alegre: Pedalando
Ciclismo: entre Direitos e Deveres
o Outro Lado da Moeda rumo à sustentabidade
Jônatha Bittencourt
EcoAgência Cristiano Goulart
MOTORISTAS E CICLISTAS: chamada “engenharia de trânsito. Tento chamar atenção para que
os engenheiros pensem nas pessoas. Viadutos e alargamento de
OS DOIS LADOS DA MOEDA vias não resolvem problemas, podem criar mais problemas ainda.
Educação envolve não só conduzir o veículo mas também controlar
Criação de ciclovias e educação para o trânsito em Porto o impulso ao volante”, ressaltou.
Alegre. Essas foram as principais reivindicações de ciclistas aos Para Fábio Vaz, também ciclista, a culpa não é do moto-
vereadores e gestores públicos durante a audiência pública reali- rista, mas sim da falta de ações educacionais para o trânsito. “Não
zada na quinta-feira (7 de abril) à noite, no plenário Otávio Rocha acredito que o problema do Código Nacional de Trânsito esteja rela-
da Câmara Municipal, para discutir a atual situação das bicicletas cionado à interpretação. É um problema a ver com conhecimento.
no trânsito porto-alegrense. O encontro foi motivado pelo trágico Há, principalmente, falta de educação do motorista, no sentido de
incidente ocorrido no bairro Cidade Baixa em 25 de fevereiro deste desconhecimento do código, dos artigos relacionados ao uso da
ano, em que o bancário Ricardo Neis atropelou propositalmente bicicleta. Fizemos um levantamento com diversos motoristas em
diversos ciclistas que compunham o grupo Massa Crítica, movi- Porto Alegre, e 80% deles achavam que bicicleta deveria trafegar
mento descentralizado em prol do uso da bicicleta como meio de em cima da calçada. Isso é um absurdo! É no mínimo exigível que
transporte. Dezenas de ciclistas e ambientalistas acompanharam o motorista entenda que ela (a bicicleta) não está ali atrapalhando!
a longa audiência. Comandada pela presidente da Câmara, vere- O que é melhor para o ciclista? Um ou dois quilômetros de ciclovia,
adora Sofia Cavedon (PT), o debate também teve a presença de ou uma ação educativa em relação aos ciclistas?”, questionou.
representantes da prefeitura e vereadores, bem como de agentes
de educação de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Cir- Alternativa
culação (EPTC).
Falando em nome dos ciclistas, João Carneiro chamou aten- A insegurança, conforme Marcos Rodrigues, da Pedal
ção para a prioridade dada pelo poder público à fluidez do trânsito Express, empresa de cicloentrega em Porto Alegre, impede a popu-
em detrimento da segurança dos cidadãos, sejam motoristas, mo- larização do transporte alternativo. “As pessoas têm medo de andar
tociclistas, ciclistas ou pedestres. “É preciso alterar a cultura da ve- de bicicleta, de se colocar nessa situação de insegurança perante
locidade, mudar essa concepção para a de uma cidade mais segura. os carros. Isso se torna um círculo vicioso, que é afinal o motivo
Inúmeras pessoas utilizam a bicicleta não só para lazer ou esporte, pelo qual estamos aqui hoje”, desabafou, assim como o conselhei-
mas como transporte mesmo. O Plano Diretor Cicloviário (projeto ro do plano diretor, Eduíno de Mattos: “Sou ciclista também, só que
de lei complementar aprovado em 2009 pela Câmara) prevê uma minha bicicleta está pendurada na parede, pois não tenho coragem
série de investimentos, mas também existem aí medidas que, de de sair com ela nas ruas de Porto Alegre. Não temos que nos preo-
forma imediata, poderiam ser implementadas com baixo ou mesmo cupar com a velocidade dos veículos, pois a cidade está parando,
nenhum investimento”, apontou. cada vez mais”, contrapôs. “Em 2007, discutíamos a reformulação
Para o representante da Defensoria Pública do RS, Juliano do Plano Diretor. A ideia era uma ciclovia a ser incluída no modal
dos Santos, o Código Nacional de Trânsito é um dos mais moder- de Porto Alegre, que é 12,8 quilômetros ligando o Anfiteatro Pôr-
nos do mundo, e o maior problema estaria na interpretação que se do-Sol com a UFRGS, lá na divisa com Viamão. Tem área suficiente
faz dele. Citou o projeto Ciclista Cidadão, implementado em novem- nos dois lados da Avenida Ipiranga. O custo é baixo, o risco é mí-
bro do ano passado em Capão da Canoa, Xangrilá, Terra de Areia nimo, e vai servir milhares de estudantes e trabalhadores”, sugeriu.
e Itati, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Segundo o defensor A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) aproveitou a o-
público, que atua na comarca de Capão da Canoa, ao aferir que casião para discutir o aumento da tarifa dos ônibus e sua influência,
de 15% a 20% da população local utiliza-se da bicicleta como prin- chamando atenção para a “lógica de mobilidade urbana”. “Uma ci-
cipal meio de locomoção, e que, a cada fim de semana, de 5 a 15 dade em que a passagem sobe chegando a R$ 2,70 é uma forma
ciclistas sofriam lesões no trânsito, fez-se necessária uma maior de induzir que se ande de carro. Há uma lógica de sempre benefi-
atuação na questão educacional. “Lá, a maior parte dos cidadãos ciar o transporte individual, entupindo as ruas urbanas onde vale
que pedalam são mais humildes, vão até o trabalho de bicicleta. mais a pena duas vias de estacionamento na República (rua do
E observamos diversas condutas inadequadas no entido de segu- bairro Cidade Baixa) ao invés de uma ciclofaixa ali”, exemplificou.
rança: ciclista andando em áreas de passeio ou na contramão da “Não acredito que R$ 100 mil para construir uma ciclovia seja muito
via”, exemplificou. “A comunidade reclamava do ciclista, mas como em um orçamento de R$ 4 milhões”, criticou.
o ciclista vai fazer um sinal de braço se nunca aprendeu, nunca Posição semelhante manifestou o vereador Elias Vidal (PPS).
viu? Então divulgamos a campanha por meio de fôlderes e carta- “Não poderíamos discutir Portais da cidade, anel viário, o metrô,
zes indicando aos ciclistas algumas regras básicas de segurança”, sem falar em ciclovia. Vamos colocar um metrô para dar mais es-
complementou. paço para carros? Tem que dar espaço para as ciclovias”, advertiu.
Em seu pronunciamento, o vereador Airto Ferronato (PSB), que
Entendimento integra a comissão da Câmara formada para implantação ações e
empreendimentos para a Copa de 2014, afirmou que está prevista
Na ocasião, os ciclistas tiveram a oportunidade de expor a disposição de 40 quilômetros de ciclovia na Capital até o Mundial:
suas principais aflições ao trafegar em Porto Alegre. Um deles, El- “Precisamos pensar nessas ações da Copa para trazer o legado
ton de Morais, falou sobre a falta de entendimento entre motoristas positivo e favorável para a cidade”, disse.
e ciclistas: “Não se consegue avaliar as dificuldades daqueles que Ovacionado pelos presentes, o ambientalista Sílvio Noguei-
andam de bicicleta. Se for falar em campanha dos motoristas, seria ra, do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, exigiu uma partici-
importante que soubessem coisas que só nós sabemos”, afirmou, pação mais ativa de cidadãos e governantes, independentemente
listando três delas: a eventual impossibilidade de pedalar na ve- de megaeventos. “Essa questão não é só das bicicletas, das ciclo-
locidade necessária em função do cansaço físico, a dificuldade em vias, é a discussão que todos nós temos que fazer: que cidade
manter-se em linha reta por causa das condições das vias e as vi- queremos? É absurdo que a margem da orla do Guaíba seja redu-
radas bruscas em função das “cortadas” que os ciclistas frequente- zida de 60 para 30 metros para a construção de empreendimentos
mente levam dos carros, por trafegarem mais devagar. motivada pela Copa.”, criticou, lembrando outra ação da prefeitura,
Morais destacou ainda a amplitude do problema entre os ligada ao evento, bastante criticada pelos ambientalistas.
diferentes modais de transporte: “Com o advento do automóvel
e a demanda por veículos e velocidade, surgiu uma ciência nova Matéria disponível no portal de notícias EcoAgência.
6 - INFORMAÇÃO
NÚMEROS
• Nos últimos dois anos, ocorreram 592 acidentes envolvendo ciclis- Sorocaba (SP): com 60 quilômetros de vias para bicicletas, é uma
tas em Porto Alegre (292 em 2009 e 330 em 2010, mostrando um das maiores redes do País. Todas as ciclovias possuem padrão
aumento de 3%); com pintura vermelha, sinalização ao longo dos percursos, calça-
• Nessas ocorrências, 16 pessoas morreram (10 em 2009 e 6 em das para caminhadas, sistema de iluminação e paisagismo.
2010, redução de 40%) e 615 ficaram feridas (293 em 2009 e 322
em 2010, aumento de 10%); Rio de Janeiro (RJ): conta com cerca de 140 quilômetros de ciclo-
• Mais de 15 mil pessoas utilizam a bicicleta diariamente como meio vias em diversas regiões. Tem um sistema com 190 bicicletas de
de transporte na Capital. Destas, 59% se deslocam para o trabalho; aluguel espalhadas por 19 estações, que foram equipadas com
• A Avenida Assis Brasil conta com o maior número de ciclistas: são câmeras de segurança, sensores e sistemas de alarme. A diária da
2800 pessoas que percorrem a via de bicicleta diariamente; bicicleta sai a R$ 10 e pagando por mês o custo fica a R$ 20.
• Os nove quilômetros de ciclovias existentes representam apenas
1,8% do potencial da cidade para esse tipo de faixa. Afuá (PA): Conhecida como “Veneza da Ilha de Marajó”, pois quan-
do o Rio Afuá enche, a cidade alaga e fica impossível o trânsito de
Colisões automóvel-bicicleta carros. Assim, não há carros na cidade e todo o transporte urbano é
• 0,5% – Colisões por trás; feito por bicicletas. Lá é comum o “bicitáxi”, veículo de quatro rodas
• 4% – Ciclistas guinam para o caminho do carro; não motorizado construído a partir da junção de duas bicicletas,
• 12% – Carro vira à direita a partir da faixa da esquerda; que serve como transporte local.
• 12% – Carro vindo no sentido contrário vira à esquerda;
• 14% – Ciclista circula em sentido contrário; NOVIDADE
• 95% das colisões automóvel-bicicleta ocorrem nos cruzamentos.
Bicicleta fixa, a nova mania
MOBILIDADE EXEMPLAR A bicicleta fixa não tem marcha e, algumas, nem freio têm. Ela acaba
se tornando uma ótima alternativa para cidades com grandes áreas
As cidades mais bem adaptadas aos ciclistas planas, como São Paulo, por só funcionar quando é pedalada. Seu
Santos (SP): uma cidade plana e com clima agradável, tem cerca freio (parar de pedalar) funciona de forma rápida para os momentos
de 20 quilômetros de ciclovia. A malha cicloviária santista interliga de trânsito complicado da capital paulista. A primeira loja do Brasil
várias regiões da cidade e vai da divisa com São Vicente na orla especializada nas fixas é a Tag & Juice. Acesse o site da empresa:
até a área portuária. http://tagandjuice.com.br
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
De acordo com o código de trânsito brasileiro, os conceitos e definições relacionados a bicicletas são:
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de
emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta
e ciclomotor.
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada
à circulação de veículos.
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.
O CICLISTA - 7
CICLISMO: ENTRE DIREITOS E DEVERES EQUIPAMENTOS PARA VOCÊ E SUA BIKE
Por Jônatha Bittencourt
Basta observar as notícias mais recentes veiculadas na im-
prensa nacional para concluir o desagradável: quando o objeto de
pesquisa corresponde aos ciclistas, a maioria das matérias faz
referência a incidentes trágicos entre motoristas e ciclistas. Con-
siderando isso, a que conclusão podemos chegar? Onde está a
problemática?
Segundo dados obtidos no portal da Empresa Pública de
Transporte e Circulação (EPTC), há aproximadamente 300 aci-
dentes por ano envolvendo ciclistas na cidade de Porto Alegre REFLETORES FARÓIS
(anos 2009 e 2010). Felizmente, a taxa de vítimas fatais não su-
perou 5% nos últimos dois anos.
Agora, considerando a média de 300 acidentes; levando em
conta que o número de feridos fica entre 293 a 322; sem descon-
siderar o fato de que os motoristas, normalmente, são os menos
afetados num incidente; podemos chegar à conclusão de que pra-
ticamente todos os que estão à bicicleta saem feridos. Consegue
ver o mesmo?
Pois é aí que devemos centrar nossa atenção. Sabemos que
os ciclistas saem feridos, mas qual tem sido a atitude de prevenção
mediante as estatísticas? Ora, não podemos utilizar esses dados
apenas para comprovar a necessidade de reestruturação dos direi- CAMPAINHA RETROVISOR
tos aos ciclistas! Devemos tomar consciência desse fato e nos im-
buir da realidade que nos mostra a proteção como essencial para
toda e qualquer pedalada.
Por isso, antes de colocar a mão no guidão; antes de colocar
os pés nos pedais; antes de montar na bicicleta e viver aquela sen-
sação de liberdade e de respirar aquele ar fresco; coloque todos os
equipamentos necessários para a sua proteção: capacete, óculos
de proteção, luvas adequadas; equipe sua bike com recursos de
grande utilidade: espelho retrovisor, campainha, placa refletora, etc.
Saiba que o barato pode sair caro. Acreditar que o uso de
bicicleta ajuda com as economias de combustível é fato, mas pen-
sar que não há necessidade de investir na questão de segurança
ÓCULOS DE PROTEÇÃO CAPACETE
pessoal é um equívoco tremendo.
Tudo o que foi dito é para evitar que a sensação de liber-
dade e de respirar aquele ar fresco não termine no HPS, onde você ALÉM DE CONHECER OUTROS CICLISTAS, VOCÊ PODERÁ SABER COM
ELES SOBRE OUTROS EQUIPAMENTOS PARA A SUA SEGURANÇA.
ficará entre quatro paredes, sentindo “cheirinho de hospital”. Por
INTERAJA!
isso: Previna!
8 - interAÇÃO
A FABIKE, interessada no grande movimento de ciclistas e na necessidade de uma representatividade ainda maior na
sociedade, resolveu utilizar esta seção para veicular indicações de leitura, links de sites organizacionais, além de outros recur-
sos disponíveis. Incentivamos a sua busca por informação e atuação em organizações idôneas e que procuram, através das
atividades correntes, consolidar uma consciência cidadã ativa.
Algumas das dicas apresentadas abaixo não fazem referência direta à prática do ciclismo, no entanto, apresentam con-
ceitos intimamente relacionadas às considerações que todo ciclista deveria ter em mente: um estilo de vida saudável; um de-
sejo pela sustentabilidade natural.
DICAS DE LEITURA
“Alongue-se”, Bob Anderson
Com mais de 1.000 ilustrações e instruções claras e
concisas, esta obra irá ensinar o modo certo de alongar-se
e ajudará a começar um programa de preparo físico regu-
lar. O autor deste livro, Bob Anderson, é especialista em
alongamentos nos Estados Unidos. Dá aulas em diversas
universidades e clínicas, organiza programas para numer-
osos times de futebol profissionais e universitários, e atua
no campo da saúde e do preparo físico.
OUTRAS INDICAÇÕES
“Historia de la bicicleta” (em espanhol), Max J.B. Rauck, Gerd Volke e Felix R. Paturi
“La vida autosuficiente, reviver con naturaleza” (em espanhol), Alan Saury
“Riding to Jerusalem: A journey trough Turkey and Midle East” (em inglês), Bettina Selby
“Travels in a Strange State: Cycling Across USA” (em inglês), Josie Drew
“Three Moons in Vietnam” (em inglês), Maria Coffey
“No Guidão da Liberdade”, Antônio Olinto Ferreira
“Guia de Mountain Bike” José Antônio Ramalho
“Alongamento para Todos”, Christophe Geoffroy
“Atravessando Fronteiras”, David Cruz
interAÇÃO - 9
OUTROS SITES
http://rodasdapaz.org.br - ONG Rodas da Paz: “É pedalando que a gente se entende!”
http://vadebici.wordpress.com - “Pedalando por uma cidade mais respirável, mais feliz”
http://apocalipsemotorizado.net - “Articulações e reflexões para superar a sociedade do au-
tomóvel”
http://felizcidadefeliz.wordpress.com - “Buscando um jeitinho diferente de enxergar o mundo.”
http://ciclicas.wordpress.com - “Mulheres Pedalando”
http://ecourbana.wordpress.com - “Um olhar ecológico sobre as cidades: para mudarmos indi-
vidualmente, socialmente e politicamente.”
http://pedalinas.wordpress.com - Coletivo Feminista de Ciclistas/SP
http://poavive.wordpress.com - “Blog em defesa de uma cidade melhor para TODOS.”
http://vadebike.org - “A bicicleta como meio de transporte no país do automóvel”
10 - SOCIEDADE
Fotografia: Cristiano Goulart