Vous êtes sur la page 1sur 6

Estabilidade de poços em rochas carbonáticas intensamente

fraturadas: um estudo paramétrico por elementos discretos


Rodrigo P. de Figueiredo
Depto. de Engenharia de Minas, Escola de Minas, UFOP, Ouro Preto, Brasil

Eurípedes do A. Vargas Jr.


Depto. de Eng. Civil, PUC-RIO; Instituto de Geociências, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil

Francisco Henriques Ferreira


Centro de Pesquisas (CENPES), Petróleo Brasileiro SA (PETROBRAS), Rio de Janeiro, Brasil

RESUMO: Apresenta-se uma investigação paramétrica dos mecanismos que controlam a


estabilidade de poços em rochas fraturadas. Foi utilizado o código UDEC-2D de Elementos
Discretos. Modelou-se uma situação representativa de rochas carbonáticas da Bacia de Campos,
com profundidades alcançando 4800 m. Condições de fluído não-penetrante e penetrante foram
simuladas. Essa última com acoplamento do fluxo pelas fraturas. Pôde-se concluir que as tensões
previstas por soluções clássicas, para meios contínuos, são bastante diferentes, contra a segurança,
das determinadas numericamente. Tal cenário pode implicar rupturas inesperadas da rocha intacta,
para pressões de lama insuficientes, e/ou abertura indesejada das fraturas, para pressões de lama
excessivas. As análises computacionais mostraram também que uma correta definição da densidade
de lama não é obtenível por formulações de meios contínuos. Foi ainda verificado que, existindo
fraturas abertas nas paredes do poço, é inevitável a infiltração do fluído de perfuração. Não
havendo, nesses casos, um rigoroso controle do filtrado, ocorrerá um progressivo desprendimento
de blocos, levando a dificuldades extremas na perfuração. Os mecanismos desvendados são
bastante consistentes com observações de campo. Isso sugere que para meios fraturados devam-se
adotar estratégias específicas na definição dos parâmetros de perfuração.

PALAVRAS-CHAVE: Estabilidade de Poços, Meios Fraturados, Elementos Discretos.

1 INTRODUÇÃO aumentar a densidade da lama pode até mesmo


agravar o problema. A razão está na invasão das
Recentemente, surgiram na literatura trabalhos fraturas pelo filtrado do fluído de perfuração,
que têm demonstrado a necessidade de uma cujo sucesso estará estritamente relacionado a
abordagem específica para avaliação da um controle rigoroso do mesmo.
estabilidade de poços em rochas fraturadas
(Santarelli et al. 1992, Zhang et al. 1999, Chen 2 MODELOS COMPUTACIONAIS
et al. 2003 etc). A tendência é a utilização de
2.1 O MED e o Código UDEC-2D
técnicas numéricas próprias para meios
descontínuos. Neste trabalho, um estudo O MED é uma técnica computacional
utilizando o Método dos Elementos Discretos especialmente formulada para a modelagem de
(MED – Cundall et al. 1978) é apresentado, no problemas de mecânica de meios rochosos
qual foram investigados os mecanismos de fraturados. Cada bloco da massa rochosa é
instabilização de poços em rochas carbonáticas tratado como um elemento "discreto". Os vários
fraturadas, típicas da Bacia de Campos (RJ). blocos, ou "elementos discretos", interagem por
Modelos para as condições de fluido não- contato nas suas interfaces. Essas, por sua vez,
penetrante e penetrante, com acoplamento do simulam as descontinuidades naturais, com suas
fluxo nas fraturas, foram analisados com o respectivas relações constitutivas. Internamente,
código de elementos discretos UDEC-2D cada bloco pode ser rígido ou deformável.
(Itasca 1993). Nesse último caso, os blocos são discretizados
Uma constatação freqüente em formações por diferenças finitas. Assim, o MED pode ser
fraturadas é que, diante de uma instabilidade, visto como uma "generalização" das técnicas
numéricas de meios contínuos, no qual cada
bloco representa um "problema unitário", em 2.2.4 - Propriedades das Descontinuidades
cujas interfaces têm-se condições de contorno Para as descontinuidades, utilizou-se o
por contato. critério de Mohr-Coulomb com os seguintes
É possível a modelagem de problemas 3D, parâmetros (estimados): ângulo de atrito, φj =
dinâmicos, com acoplamentos termo-hidro-
30o (Barton & Choubey, 1977); coesão, cj = 0;
mecânico em regime transiente ou permanente.
Detalhes da formulação podem ser encontrados resistência à tração, σtj = 0; ângulo de
em Cundall et al. (1978), Vargas Jr. (1982) etc. dilatância, ψj = 0. As descontinuidades têm
Aplicações à estabilidade de poços foram feitas comportamento elastoplástico.
por Santarelli et al. (1992), Zhang et al. (1999) As rigidezes normal (kn) e cisalhante (ks)
e Chen et al. (2003). foram admitidas constantes, isto é, invariáveis
com a tensão normal e a escala. Malgrado isso
2.2 Condições do Problema Analisado seja muito distante da verdade (Bandis et
al.,1983) e o UDEC incorpore um modelo mais
2.2.1 Dados do Poço realista (Barton et al. 1986), não há dados para
estimativa dos parâmetros requeridos. Para as
Foi analisado um poço com profundidade total
tensões esperadas e a escala dos blocos (1 a 4
de 4800 m, sendo 1200 m de lâmina d'água e
3600 m sob o assoalho oceânico. O diâmetro cm − subitem 2.2.6), Bandis et al. (1983)
nominal de perfuração foi de 81/2''. O modelo sugerem que ks ≈ 1 x 105 MPa/m e kn / ks ≈ 10.
computacional representou uma seção circular Assim, na falta de melhor indicação, foram
horizontal àquela profundidade. adotados: ks = 1 x 105 MPa/m e kn = 1 x 106
A densidade da lama de perfuração foi MPa/m.
parametrizada, tendo sido estudados os valores:
2.2.5 Propriedades e Regime de Fluxo
1.10; 1.20; 1.35; 1.50; 1.70 e 1.85 g/cm3.
A condutividade, k, de uma fratura em regime
2.2.2 Tensões In Situ
laminar é dada por (Vargas Jr., 1982):
A tensão vertical efetiva in situ, σ V , é dada por:
k = a 2γ f / 12 µ f
σ V = γ ( z − z a ) − γ a ( z − z a ) , na qual γ é o peso
(1)
específico médio das rochas (0.027 MN/m3); γa
é o peso específico da água (0.01MN/m 3); z é a na qual a é a abertura; γf é o peso específico do
profundidade total e za é a espessura da lâmina fluído e µf sua viscosidade dinâmica. a irá
d'água. Assim, σ V = 61.3 MPa. variar com o fechamento da fratura, acoplando
A tensão horizontal efetiva mínima in situ, os problemas hidráulico e mecânico. O UDEC
σ h , foi calculada por: σ h = σ V υ /(1 − υ ) , onde υ utiliza, para controle dessa variação, as
é o coeficiente de Poisson (0.3 − subitem 2.2.3). aberturas sob tensão normal nula, a0, residual
Portanto: σ h = 26.3 MPa. em altas tensões, ares, e máxima, amax. Para
estimar a0 utilizou-se uma expressão empírica
A componente máxima, σ H , foi considerada
proposta em Barton et al. (1986), a saber:
um parâmetro. A sua razão para com a tensão
horizontal mínima, K = σ H / σ h , assumiu os a 0 = JRC (0.2( JCS / σ c ) − 0.1) / 5 (mm)
seguintes valores: 1.0; 1.2; 1.3; 1.5 e 1.6. (2)
Conforme experiência na Bacia de Campos,
K=1.3 é um valor razoável. Sendo assim, serão onde JRC é o Joint Roughness Coefficient e
enfatizados os resultados para tal valor. JCS é a Joint Compressive Strength (Barton &
Choubey, 1977).
2.2.3 Propriedades Mecânicas das Rochas Para a escala de fraturamento modelada, as
tensões esperadas e sem exposição intempérica,
Seguindo Santarelli et al. (1992), admitiu-se
pode ser assumido que JCS/σc ≈ 1 e JRC ≈ 2.5.
que a rocha intacta é um material elástico
isotrópico, cujas propriedades são: E = 26.75 Daí, a0 = 0.05 mm = 5 x 10 -5m. Tal valor
coincide com o fechamento máximo verificado
GPa; υ = 0.3. Já σc vale 132.3 MPa.
nas análises puramente mecânicas (isto é, fluido principais. α1 assumiu os valores: 15o, 30o, 45o,
não penetrante − subitem 3.2). 60o e 90o (α2 = α1 + 90o).
A base de dados de Barton et al. (1986) dá
conta de que 0.01 mm é uma abertura residual Tabela 1 - Espaçamentos por Geometria
plausível para o nível de tensões em questão. e1 (cm) e2 (cm)
Geometria 1 4 4
Sendo assim, adotou-se ares ≈ 1 x 10-5 m. A Geometria 2 4 2
abertura máxima foi admitida igual a a0, já que Geometria 3 4 1
as descontinuidades não são dilatantes e um
amax > a0 reduz a eficiência numérica do UDEC.
Considerou-se, assim como Santarelli et al.
(1992), que o fluído a penetrar nas fraturas será
água. Considerando-se que à profundidade em 2.2.7 Limites Externos, Condições de
questão haverá um substancial acréscimo da Contorno, Seqüência de Modelagem
temperatura crustal, decorrente do gradiente
geotérmico local, as propriedades relevantes à Os limites do modelo correspondem a um
determinação da condutividade deverão levar quadrado de lado igual a 5 vezes o diâmetro do
em conta tal fato. Na falta de informação, poço. As condições de contorno são em termos
considerou-se que o gradiente geotérmico seja de tensões efetivas, ficando σ h e σ H como na
0.02 oC/m (Turcotte & Schubert 2002). Assim, Fig. 1. Adicionalmente, foram aplicadas, no
o acréscimo de temperatura será de ≈ 70 oC. A domínio, as tensões in situ. Um estado de
essa temperatura as propriedades da água são equilíbrio inicial entre tensões no domínio e no
(Bastos, 1983): γf = 977.8 Kg/m3 e µf = 4.07 contorno foi então determinado, antes da
x 10-4 Pa.s. Por sua vez, o módulo volumétrico, abertura do poço. Posteriormente, o poço foi
aberto e a sobrepressão da lama (diferença em
a 70 oC, será (Bastos, op. cit): Kf ≈ 2200 MPa.
relação à pressão de poros na formação)
Perceba-se que a elevação da temperatura irá
aplicada. Nas análises hidromecânicas foram
implicar aumento sensível da condutividade.
acrescentadas apenas as condições de contorno
O UDEC oferece a possibilidade, na Eq. (1),
em termos de poro-pressões. As mesmas são
de um expoente qualquer para a abertura. Tal
nulas nos limites externos. O acoplamento do
opção seria usada para regimes turbulentos.
fluxo só é aplicado após a abertura do poço.
Aqui, o expoente 2 foi mantido, modelando-se,
portanto, o fluxo como laminar. 3 RESULTADOS
Finalmente, o fluxo pode ser transiente ou
permanente. Optamos, como Santarelli et al. 3.1 Tensões em Meios Fraturados
(1992), pela condição permanente. Além disso, Santarelli et al. (1992) notaram que as famílias
têm-se as alternativas de fluxo por toda a rede de fraturas reorientam as tensões principais in
de fraturas ou somente por aquelas que tenham situ paralelamente aos seus mergulhos,
sofrido plastificação. Essa segunda opção conquanto as pressões de lama sejam menores
pretende representar a existência de fraturas que a mínima compressão principal. Mais
seladas hidraulicamente, que só se tornam importante, porém, é o efeito, ainda não
permeáveis, quando plastificadas. Na dúvida, ressaltado na literatura, dessa reorientação,
modelamos ambas, com resultados bastante sobre as concentrações de tensão ao redor do
diferentes, como será visto adiante. poço, as quais são bastante diferentes daquelas
2.2.6 Geometrias de Fraturamento que se obtém para meios contínuos.

Consideraram-se geometrias com duas famílias


de descontinuidades ortogonais (1 e 2), de
espaçamentos (e1 e e2) 4, 2 ou 1 cm (Tab. 1).
Para cada geometria foram variados os
mergulhos das descontinuidades envolvidas ( α1
e α2). A Fig. 1 ilustra os elementos geométricos
citados e sua posição relativamente às tensões
σH valores, respectivamente, obtidos com o UDEC.
α2
É interessante observar ainda, que quando as
α1 sobrepressões internas são mais elevadas que a
tensão principal mínima in situ, nota-se uma
tendência inversa em relação àquela discutida

e2
σh acima. Ao invés de as concentrações serem
mais elevadas que as deduzidas da solução de

e1
Kirsch, têm-se normalmente concentrações
Figura 1 - Elementos geométricos do fraturamento. mais baixas. Assim, a abertura da rede de
fraturas pelo filtrado do fluído de perfuração
A Fig. 2 mostra as compressões principais fica facilitada, podendo ter conseqüências
máximas para a Geometria 2, α1 = 30o, K = 1.5 extremamente danosas à estabilidade do poço.
e sem pressão de lama. A máxima concentração Em suma, pode-se concluir que as diferenças
de tensões prevista pela solução de Kirsch consideráveis nas concentrações de tensões
(Goodman, 1989) deveria ocorrer nas paredes, poderão provocar rupturas por compressão ou
segundo a horizontal (perpendicularmente a σ H tração, que seriam simplesmente imprevisíveis
). O valor seria: σ max = 3σ H − σ h = 3(39.5) − 26.3 a partir das análises para meios contínuos.
= 92.2 MPa. Já as máximas concentrações
fornecidas pelo UDEC estão em torno de 120
MPa (em azul escuro), segundo um diâmetro
paralelo à família 1. A mínima concentração,
seria de 39.4 MPa em pontos nas paredes,
segundo a vertical. O UDEC, porém, indica
valores próximos a 80 MPa (em azul claro)
paralelamente à família 2. Também é
interessante observar, que para K = 1.5, não
seriam esperadas tensões de tração nas paredes
do poço. Todavia, o UDEC mostra tensões de
tração em quatro pontos (em cinza), orientados Figura 2 – Compressões principais máximas: Geometria
segundo as bissetrizes das fraturas. Tal 2; α1 = 30o, K = 1.5, sem pressão de lama.
tendência é notada sempre que a sobrepressão
da lama é menor que σ h . As diferenças
diminuem à medida que o valor da sobrepressão
se aproxima de σ h e, paradoxalmente, as
trações desaparecem.
Uma possível explicação para a discrepância
nos resultados está nas não-linearidades que
ocorrem no meio fraturado. A Fig. 3 ilustra as
fraturas plastificadas (por tração em azul e
cisalhamento em vermelho) nas vizinhanças do
poço. A plastificação nas fraturas parece ter o
efeito de "desacoplar" as tensões principais in Figura 3 – Fraturas plastificadas: Geometria 2; α1 = 30o,
situ, restringindo suas influências às respectivas K = 1.5, sem pressão de lama.
direções (como se fossem campos uniaxiais
independentes). Assim, as concentrações 3.1 Fluido Não-Penetrante
máxima e mínima são aproximadamente iguais Um primeiro conjunto de análises envolveu
a 3 vezes a respectiva componente (o que apenas cálculos mecânicos, simulando a
sucederia no caso de um campo de tensões condição de fluído não-penetrante. Serão
uniaxial), senão vejamos: σ max = 3σ H = 3(39.5) abordados apenas os resultados para K = 1.3.
= 118.5 MPa; σ min = 3σ h = 3(26.3) = 78.9 MPa, Em função do que se discutiu no item 3.1,
que são muito próximos de 120 MPa e 80 MPa, foram avaliadas: a ruptura da rocha intacta e a
abertura das fraturas para baixas densidades de difundem por toda a rede, decaindo do seu
lama e somente abertura das fraturas para as valor no poço até zero nas fronteiras externas
densidades mais altas. do modelo. Nessa análise não foi atingido um
Mesmo tendo em conta as concentrações de equilíbrio estático. A velocidade máxima tende
tensões mais elevadas (item 3.1), não se a um valor constante diferente de zero,
verificou ruptura da rocha intacta. A abertura sugerindo a formação de um mecanismo de
das fraturas não ocorre, quaisquer que sejam a colapso. Portanto, o poço não seria estável.
geometria e os mergulhos, para densidades de
lama acima de 1.35 (limite inferior) e abaixo de 4 CONCLUSÕES
1.70 g/cm3 (limite superior). Análises usuais, Pelo exposto, pode-se concluir genericamente,
pela solução de Kirsch, fornecem limites de que:
densidades entre 1.07 e 1.50 g/cm3. Para K<1.3, - a avaliação da estabilidade de poços em meios
nos casos mais favoráveis do fraturamento (α1 fraturados não é acessível a abordagens de
de 0o e 90o), poder-se-ia admitir um limite mecânica do contínuo (sol. de Kirsch). As
inferior de até 1.2 g/cm3. Já para K>1.3 a distribuições e concentrações de tensões são
"janela" acima se estreita. Para K=1.5, a menos bem diferentes (contra a segurança) das
de α1 = 0o e 90o, que admitem densidades entre previstas pelas mesmas. Ademais, dependem
1.35 a 1.50 g/cm3, em todos os demais casos, só criticamente da geometria e das propriedades
com a densidade de 1.50 g/cm3 não haveria mecânicas das fraturas. Os processos não-
plastificação nas fraturas. Para K=1.6 não se lineares que ocorrem no meio (plastificação nas
teria qualquer densidade de lama que inibisse a fraturas) são os principais responsáveis pelas
plastificação das fraturas. discrepâncias verificadas;
- estando as fraturas, em sua totalidade,
3.2 Fluido Penetrante hidraulicamente abertas, o fluxo poderá se
Como adiantado no subitem 2.2.5, no UDEC estabelecer pelas mesmas, independentemente
existem as alternativas de se permitir o fluxo da densidade utilizada para o fluido de
acoplado por toda as fraturas ou somente por perfuração. O colapso das paredes do poço será
aquelas que se plastificam. a conseqüência. Assim, só o controle rigoroso
do filtrado poderá evitar uma percolação
3.2.1 Fluxo restrito às fraturas plastificadas descontrolada e o insucesso da perfuração;
- caso apenas as fraturas plastificadas resultem
Tais análises levam a resultados similares aos hidraulicamente abertas, é possível determinar
obtidos com fluido não-penetrante. Para uma faixa de densidades da lama adequada à
densidades abaixo do limite inferior, as fraturas perfuração (diferente da determinada por
plastificadas que tenham conexão com o poço mecânica do contínuo – sol. de Kirsch);
são invadidas pelo fluido e os blocos - os resultados das análises puramente
envolvidos se instabilizam (Fig. 4). Para mecânicas (hipótese de fluido não-penetrante),
densidades acima do limite superior ocorrerá fornecem resultados semelhantes aos das
fraturamento hidarúlico da formação, com o análises acopladas com fluxo restrito às fraturas
fluido adentrando e abrindo as fraturas plastificadas, prestando-se, nesse caso, à
plastificadas conectadas ao poço (Fig. 5). determinação da faixa de densidades adequada.
3.2.1 Fluxo irrestrito REFERÊNCIAS
Permitindo fluxo também nas fraturas não Bandis, S.; A.C. Lumsden & N.R. Barton (1983).
plastificadas, obtêm-se resultados muito Fundamentals of Rock Joint Deformation. Int. J.
diferentes. A invasão pelo fluido ocorrerá em Rock Mech. Min. Sci. & Geomech. Abstr., v.20, p.
qualquer caso, mesmo naqueles em que as 249-268;
Barton, N. & V. Choubey (1977). The Shear Strength of
análises precedentes indicam densidades Rock Joints in Theory and Practice. Rock Mechanics,
adequadas. Por exemplo, para uma densidade v. 10, p. 1-54;
de lama de 1.50 g/cm3, tem-se os padrões de Barton, N.; S. Bandis & K. Bakhtar (1986). Strength,
poro-sobrepressões e fluxo ilustrados na Fig. 6. Deformation and Conductivity Coupling of Rock
Joints. Norwegian Geotechnical Institute
O fluxo é ubíquo e as poro-sobrepressões se Publications, n.62, p. 1-20;
Bastos, F.A.A. (1983). Problemas de Mecânica dos v. 23, p. 95-115
Fluídos. Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 483
p.;
Chen, X.; Tan, C. e C. Detournay (2003). A study on
wellbore stability in fractured rock masses with
impact of mud infiltration. J. Petroleum Sci. &
Engng., v. 38, p. 145-154;
Cundall, P.; T. Maini; J. Marti; P. Beresford; N. Last &
M. Asgian (1978). Computer Modelling of Jointed
Rock Masses. Technical Report N-78-4, US Army
Engineer Waterway Experiment Station, Vicksburg,
Mississipi;
Goodman, R.E. (1989). Introduction to Rock Mechanics.
2nd ed., Wiley, New York, 562 p.;
ITASCA (1993). UDEC Version 1.83 User's Manual. v.
I e II, Minneapolis: Itasca Consulting Group;
Santarelli, F.J.; D. Dahen; H. Baroudi & K.B. Sliman Figura 5 – K=1.3; densidade = 1.85 g/cm 3; Geometria 2;
(1992). Mechanisms of Borehole Instability in α1 = 45o: poro-sobrepressões nas fraturas plastificadas
Heavily Fractured Rock Media. Int. J. Rock Mech. conectadas ao poço mostrando o fraturamento
Min. Sci. & Geomech. Abstr., v. 29, n. 5, p. 457-467; hidráulico.

(a)
(a)

(b) (b)
Figura 4 – K=1.3; densidade = 1.20 g/cm 3; Geometria 2; Figura 6 – Fluxo irrestrito; K=1.3; densidade = 1.50
α1 = 45o: (a) poro-sobrepressões nas fraturas g/cm 3; Geometria 2; α1 = 45o: (a) poro-sobrepressões; (b)
plastificadas conectadas ao poço; (b) configuração fluxo nas fraturas.
deformada mostrando a instabilização dos blocos.
Turcotte, D.L. & G. Schubert (2002). Geodynamics. 2nd
ed., Cambridge, Cambridge University Press, 456 p.;
Vargas Jr., E.A. (1982). Development and Application
of Numerical Models to Simulate the Behaviour of
Fractured Rock Masses. PhD Thesis, University of
London (ICST), London, 359 p.;
Zhang, X.; N. Last; W. Powrie & R. Harkness (1999).
Numerical Modelling of Wellbore Behaviour in
Fractured Rock Masses. J. Petroleum Sci. & Engng.,

Vous aimerez peut-être aussi