Vous êtes sur la page 1sur 7

EGUITA, M. F. Trabalho, Escola e Ideologia: Marx e a crítica da educação.

Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993. pp. 17 a 46

FICHAMENTO

A pedagogia se manteve impermeável ao marxismo. Em outras ciências


o pensamento de Marx aparece em vertentes a favor ou contra, porém
não ignorada.
O pensamento anterior (e posterior!) a Marx constitui o pano de fundo
em relação ao qual pode e deve ser comparada à contribuição de Marx a
E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

1
uma crítica da educação.
Falar do pensamento educativo "antes de Marx" não significa que
acreditemos na existência de um pensamento homogêneo, nem ao
longo da história, nem em nenhuma das épocas que a formam.
A história da educação é uma história de descontinuidades e que isso
que chamamos o ensino grego ou o ensino na Idade Média tem em
comum com o ensino atual pouco mais do que o nome.
É precisamente em contraposição às constantes de Platão, Santo
Agostinho, Comenio, Rousseau, ou Kant, que se pode e se deve avaliar
E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

2
a crítica marxiana da educação.
A primeira dessas constantes é o idealismo.
A base principal do idealismo, sua base material, está na divisão entre
trabalho manual e intelectual.
Para que se coloque como problema específico, o da educação para o
trabalho é necessário ocorra a transformação da indústria manufatureira
em grande indústria baseada na maquinaria que exige conhecimentos
transformados.

E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

3
É então que a demanda de formação dos trabalhadores, tanto por parte
deles próprios, como por parte dos novos patrões, se volta para uma
terceira instituição, a escola.
A instituição escolar, como a educação em geral, esteve sempre ligada
ao modo de produção.
O fato de que à educação formal tenha sido atribuída a função de formar
mão de obra é um produto do capitalismo.
A educação configura-se durante séculos como algo alheio ao trabalho,
e o pensamento pedagógico em consequência, como um pensamento
E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

4
idealista.
A educação, desvinculada do trabalho e, portanto, da atividade prática,
apareceu sempre como um assunto relativo à transmissão de ideias,
como um problema de inculcação.
A exceção a essa tônica geral é dada somente pelas sucessivas
irrupções de sensualismo (ou sensismo) em alguns autores.
Uma segunda constante que domina o pensamento educativo é a
identificação entre educação e escola.

E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

5
A ideia da educação como processo de formação humana de caráter
muito mais amplo, como processo de integração em uma cultura.
O pensamento pedagógico parece e tender invariavelmente, em terceiro
lugar, a ser ahistórico.
O reverso da educação natural é o imanentismo, quarta constante do
pensamento pedagógico.
Como quinta constante, encontramos reiteradamente um discurso
educacional classista, geralmente disfarçado como universalista.

E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

6
Como sexta constante, vemos a educação convertida num instrumento
de poder da minoria sobre a maioria.
O pensamento filosófico que perdurou até nossos dias é justamente o
que melhor sintetizou e formulou o que uma sociedade ou uma época
pensavam de si mesmas.

E
r
i
v
e
l
t
o

R
o
d
r
i
g
u
e
s

T
e
i
x
e
i
r
a

Vous aimerez peut-être aussi