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GRAMÁTICA
PROFESSORAS – LOURDES
03. O poema trata do amor , porem , podemos perceber que é um tipo de amor diferente que tipo de amor é
apresentada no poema ?
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04. Que ‘’ coisa assim’’ a gente grande levaria procurando por toda a vida ?
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12. Escreva frases com os verbos a seguir, empregando-os com a transitividade indicada entre parênteses.
a) Competir ( Transitivo indireto )
b) Prevenir ( Transitivo direto ou indireto )
c) Decorar ( intransitivo)
d) Montar ( transitivo direto )
e) Sucumbir ( transitivo indireto)
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15. Copie pelo menos três adjuntos adnominais de cada uma desta frases
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O NARIZ
Era um dentista respeitadíssimo. Com seus quarenta e poucos anos, uma filha quase na faculdade.
Um homem sério, sóbrio, sem opiniões surpreendentes, mas de uma sólida reputação como
profissional e cidadão. Um dia, apareceu em casa com um nariz postiço. Passado o susto, a mulher e a
filha sorriram com fingida tolerância. Era um daqueles narizes de borracha com óculos de aos pretos,
sobrancelhas e bigodes que fazem a pessoa ficar parecida com Groucho Marx. Mas o nosso dentista não estava
imitando o Groucho Marx. Sentou-se à mesa de almoço — sempre almoçava em casa — com a retidão
costumeira, quieto e algo distraído. Mas com um nariz postiço.
— O que é isso? — perguntou a mulher depois da salada, sorrindo menos.
— Isto o quê?
— Esse nariz.
— Ah, vi numa vitrina, entrei e comprei.
— Logo você, papai...
Depois do almoço ele foi recostar- se no sofá da sala como fazia todos os dias. A mulher impacientou- se.
— Tire esse negócio.
— Por quê?
— Brincadeira tem hora.
— Mas isto não é brincadeira.
Sesteou com o nariz de borracha para o alto. Depois
de meia hora, levantou-se e dirigiu-se para a porta. A mulher interpelou:
— Aonde é que você vai?
— Como, aonde é que eu
vou? Vou voltar para o consultório.
— Mas com esse nariz?
— Eu não compreendo você — disse ele, olhando-a com censura
através dos aros sem lentes. — Se fosse uma gravata nova, você não diria nada.
Só porque é um nariz...
— Pense nos vizinhos. Pense nos clientes.
Os clientes, realmente, não compreenderam o nariz de borracha. Deram risada: (“Logo o senhor, doutor...”),
fizeram perguntas mas terminaram a consulta intrigados e saíram do consultório com dúvidas.
— Ele enlouqueceu?
— Não sei — respondia a recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos. — Nunca vi “ele” assim.
Naquela noite, ele tomou seu chuveiro, como fazia sempre antes de dormir. Depois, vestiu o pijama e o
nariz postiço e foi se deitar.
— Você vai usar este nariz na cama? — perguntou a mulher.
— Vou. Aliás, não vou mais tirar este nariz.
— Mas, por quê?
— Por que não?
Dormiu logo. A mulher passou a metade da noite olhando para o nariz de borracha. De madrugada
começou a chorar baixinho. Ele enlouquecera. Era isto. Tudo estava acabado. Uma carreira brilhante, uma
reputação, um nome, uma família perfeita, tudo trocado por um nariz postiço.
— Papai...
— Sim, minha filha.
— Podemos conversar?
— Claro que podemos.
— É sobre esse seu nariz...
— O meu nariz, outra vez? Mas vocês só pensam nisso?
— Papai, como é que nós não vamos pensar? De uma hora para outra, um homem como você resolve
andar de nariz postiço e não quer que ninguém note?
— O nariz é meu e vou continuar a usar.
— Mas por que, papai? Você não se dá conta de que se transformou no palhaço do prédio? Eu não posso
mais encarar os vizinhos, de vergonha. A mamãe não tem mais vida social.
— Não tem porque não quer...
— Como é que ela vai sair na rua com um homem de nariz postiço?
— Mas não sou “um homem”. Sou eu. O marido dela. O seu pai. Continuo o mesmo homem. Um nariz de
borracha não faz nenhuma diferença.
— Se não faz nenhuma diferença, então por que usar?
— Se não faz diferença, por que não usar?
■ COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
01. O texto acima têm características que fazem parte de qual gênero narrativo?
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02. O texto discute vários aspectos da vida social moderna; contudo, um deles se destaca. Das palavras
seguintes, qual traduz o assunto central do texto?
• comportamento • moda • casamento • beleza
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• Por quê?
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03. As três frases a seguir expressam a reação da esposa e da filha diante do comportamento do dentista:
“Passado o susto, a mulher e a filha sorriram com fingida tolerância.”
“— O que é isso? — perguntou a mulher depois da salada, sorrindo menos.”
“A mulher impacientou-se.”
a) De uma frase para outra, nota-se que o narrador, para demonstrar o processo de irritação da esposa e da
filha, empregou o recurso da gradação. Esse recurso consiste em criar um movimento crescente ou
decrescente, que acontece aos poucos, em graus. Comparando as partes destacadas nas frases,
observa-se uma gradação crescente ou decrescente?
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a) Em algum momento esses fragmentos demonstram os sentimentos e desejos do dentista como pessoa?
Justifique.
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b) De acordo com o texto, o que é mais importante para a sociedade: o que o indivíduo realmente é ou o que
ele parece ser?
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05. O mundo do dentista, até o episódio do nariz postiço, resumia-se a dois elementos básicos: a família (esposa
e filha) e a profissão (incluindo aí seus clientes e sua secretária).
a) Que comportamento têm essas pessoas quando ele insiste em agir de modo diferente?
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b) De modo geral, tal qual ocorreu no caso do dentista, pode-se dizer que a sociedade reserva um único
destino a todos aqueles que ousam ser diferentes. Qual é esse destino?
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06. A esposa suspeita que o marido tenha enlouquecido, os amigos o aconselham a procurar um psiquiatra. O
psiquiatra conclui que ele está bem, apesar de apresentar um “comportamento estranho”
a) Que argumentos contrários o dentista apresenta diante da opinião do psiquiatra sobre seu
comportamento?
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b) No final da crônica, o narrador afirma que o dentista continua a usar o nariz: “agora não é mais uma
questão de nariz. Agora é uma questão de princípios”. Qual a diferença entre uma questão de nariz e uma
questão de princípios?
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TEXTO – II
POETA À VISTA
Não sei como pôr para fora esse caso para mim mesmo
essas idéias malucas e colocar no papel
que me sacodem a cabeça. os recados da emoção.
É coisa muito esquisita, Uma palavra aqui,
parece assombração: outra palavra ali…
palavras que nascem feitas Parece que achei o caminho!
sem nenhuma explicação. Epa! Mas isso tem cara de verso!
Contar aos pais Será que eu sou poeta?
não adianta… Vão dizer: E agora? Que vergonha!
“É tudo imaginação!” Só me faltava mais essa…
Falar com a turma… não sei. Outro segredo bem trancado
Pode virar gozação. no fundo do coração.
O jeito é tentar guardar
(Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1992. p. 30.)
07. No texto I, todos achavam que Paulo era mentiroso. Por que ele tinha essa fama?
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09. Qual é, então, a diferença entre ser mentiroso e ser “um caso de poesia”?
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11. No texto II, o eu lírico (o “eu” que fala no poema) está escrevendo versos.
a) O que esses versos expressam?
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b) Que figura de linguagem está inserida no trecho em negrito abaixo: Metonímia, comparação ou metáfora?
O jeito é tentar guardar
esse caso para mim mesmo
e colocar no papel
os recados da emoção.
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12. O Texto II é caracterizado como lírico, épico ou dramático? Justifique sua resposta.
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LUA NUA
SÍLVIA É... O que é que a gente vai fazer?
LÚCIO É um problema mesmo... Só que estou atrasadíssimo, depois você me liga para dizer como é
que resolveu por hoje.
SÍLVIA Espera aí, Lúcio. Acho que você não entendeu ainda. A saída da Dulce é um problema nosso
e não apenas meu.
LÚCIO Mas foi você que despediu a moça, você causou o problema, agora resolva você, ora.
SÍLVIA Ela extrapolou todos os limites, poderia ter sido com você, é como se ela tivesse... pedido
demissão. É um problema da nossa casa, a ser resolvido, portanto, conjuntamente.
LÚCIO Só que eu tenho a entrevista com os americanos às dez e meia e estou atrasado.
SÍLVIA Mas eu também tenho uma entrevista às dez e meia...
LÚCIO Ah, você não vai querer me comparar agora essa sua entrevista com o meu trabalho, vai?
SÍLVIA Ah! A minha entrevista é uma frescura, apenas. O seu trabalho é muito mais importante
que o meu.
LÚCIO Não é bem isso...
SÍLVIA É? Diga. Responde, Lúcio. É mais importante?
LÚCIO É! Pronto. Quis escutar, escutou, Sílvia. É claro que o meu
trabalho é muito mais importante do que o seu.
SÍLVIA Pooooooooooooooooor quê?
LÚCIO Porque... Ora, não vamos agora começar uma discussão
mesquinha. Eu me nego a ser ridículo.
SÍLVIA Pois eu proponho que o sejamos.
LÚCIO Sílvia, eu estou atrasado, não tenho tempo para debates.
(Pega a pasta e vai em direção à porta da rua.)
SÍLVIA Tem razão... Também estou atrasadíssima e não tenho tempo para
debates. (Pega a sua pasta e também vai em direção à porta.)
LÚCIO Quer parar de brincadeira?
[...]
SÍLVIA [...] Por que o seu trabalho é mais importante que o meu Lúcio? (...)
14. Perceba que o texto acima é estruturado através de falas e está sendo representado. Que tipo de gênero
literário pertence este texto?
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15. A que tipo de gênero narrativo podemos enquadrar o texto acima: conto, novela, crônica, romance.
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“Bendito seja o poderoso Deus, que tanto bem me fez. Enfim, as suas misericórdias não têm
limite e não as abreviam nem as impedem os pecados dos homens.
Esteve a sobrinha a ouvir atenta as razões do tio e pareceram-lhe mais concertadas do que as
que costumava expender, pelo menos nessa enfermidade, e perguntou-lhe:
— Que diz Vossa Mercê, senhor? temos alguma coisa de novo? Que misericórdias são essas,
e que pecados dos homens?
— As misericórdias, sobrinha — respondeu D. Quixote — são as que neste momento Deus
teve comigo, sem as impedirem, como disse, os meus pecados. Tenho o juízo já livre e claro, sem as
sombras caliginosas da ignorância com que o ofuscou a minha amarga e contínua leitura dos
detestáveis livros das cavalarias. Já conheço os seus disparates e os seus embelecos e só me pesa
ter chegado tão tarde este desengano, que não me desse tempo para me emendar, lendo outros que
fossem luz da alma. Sinto-me, sobrinha, à hora da morte; quereria passá-la de modo que mostrasse
não ter sido tão má a minha vida, que deixasse renome de louco, pois, apesar de o ter sido, não
quereria confirmar essa verdade expirando. Chama-me os meus bons amigos, o cura, o bacharel
Sansão Carrasco, e mestre Nicolau, o barbeiro, que me quero confessar e fazer o meu testamento.
(...)”
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01. Provavelmente, ao ler os dois primeiros versos do poema, você se lembrou de uma cantiga de roda muito
conhecida. Quando um texto se relaciona com outro, dizemos que entre eles há intertextualidade ou uma
relação intertextual. Escreva em seu caderno a 1ª. estrofe dessa cantiga de roda com a qual o poema de José
Paulo Paes mantém uma relação intertextual.
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02. Compare a 1ª. estrofe do poema com a 1ª. estrofe da cantiga. Qual delas:
a) apresenta uma preocupação mais social?
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b) É mais sentimental?
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Leia o texto abaixo. Trata-se da letra de uma canção do compositor Nando Reis, interpretada pela cantora
Marisa Monte em seu disco Mais.
DIARIAMENTE
Para calar a boca: rícino Para os dias de folga: namorado
Para lavar a roupa: omo Para o automóvel que capota: guincho
Para viagem longa: jato […]
Para difíceis contas: calculadora Para saber a resposta: vide-o-verso
Para o pneu na lona: jacaré Para escolher a compota: Jundiaí
Para a pantalona: nesga Para a menina que engorda: hipofagi
Para pular a onda: litoral Para a comida das orcas: Krill
Para lápis ter ponta: apontador Para o telefone que toca
Para o Pará e o Amazonas: látex Para a água lá na poça
[…] Para a mesa que vai ser posta
Para levar na escola: condução Para você o que você gosta: diariamente
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04. A exemplo de Nando Reis, construa um poeminha com os mesmos procedimentos empregados na canção
“Diariamente”.
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Leia este poema, de Alcides Buss, observando sua estrutura visual responda às questões 5 e 6.
FIO DE FALA
A faca corta. o fio da fala?
A faca fala Como a nave
A faca fala corta o ar,
no seu FA… como o vento
A faca corta corta a face
no seu CA… e o remédio
A faca fala corta a dor
quando corta. a fala também
A faca corta corta caminho
quando fala. pro amor!
— Você afia
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante.
05. Você deve ter notado que todos os versos do poema apresentam um espaço que separa algumas de suas
palavras. Olhe o texto na vertical e leia o 1º verso. O que sugere esse espaço?
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06. Na 3ª e na 4ª estrofes do poema, o autor joga com palavras e com idéias. Levante hipóteses sobre o que
significam as frases:
a) “A faca fala / quando corta.”
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b) “A faca corta / quando fala.”
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IRMÃO DE ENXURRADA
Fico lembrando dele esperneando no berço. Ele era uma coisica ainda mais estranha do que é hoje. Não,
muito mais estranha: hoje ele é gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros irmãos, sobre a dona da
padaria. Antes ele era... um... um montinho que se mexia também estranhamente.
Eu ficava horas olhando para ele. As mãozinhas minúsculas, que de tão minúsculas ele nem
sabia que tinha. Na verdade, acho que ele realmente não sabia para o que elas serviam. Elas navegavam
no ar, aquelas titiquinhas de dedos sem entender nada, parecendo uma sementinha viva.
E mijava e fazia cocô sem parar — meu Deus do céu, como sujava as fraldas esse cara! Minha mãe falava
a língua dos bebês. “Ih, gachinha da mamãe tá de caquinha de novo? Tadim, gente! Quetarindo, hein?
Quetarindo, sem-vergoinha da mãe, hein?” Muito chato. Eu achava que ele era meio pancada.
Comigo ela não falava assim. Nem com meus irmãos. A gente fazia uma besteirinha de nada, como quebrar
um vaso, um vidro de janela, ficar na rua até mais tarde, brigar no colégio... e o pau comia — ah, se o pau comia!
Mas com ele era aquele nhenhenhém, aquele tatibitate sem fim.
[...]
[...] Teve um tempo em que ele engatinhava. Rodava pela casa toda, gugu pra cá, dadá pra lá, passando
debaixo dos móveis, debaixo das pernas da gente — um saco! Porque, de vez em quando, a gente tropeçava
nele. E o meleca chorava. Ele não tinha a menor solidariedade. Chorava mesmo. Esgoelava-se, o bostinha!
E sobrava pra gente, é claro. Na maioria das vezes era sem querer que a gente tropeçava nele.
E um dia que ele engoliu a cabeça de um bonequinho do “Forte Apache”? Ou foi o rabinho de um cavalo?
Não lembro exatamente o que foi que ele engoliu, mas lembro do problemão que foi. Ele engasgou, e acho que
ele não sabia tossir, ou era burrinho demais para isso, ou estava só de implicância comigo, sei lá. Minha mãe veio
correndo porque eu gritei lá do meu quarto: “Mãe, o Augusto engoliu uma coisa aqui e tá ficando roxo, mas eu não
dei nada pra ele comer; ele é que pegou, esse burro. Eu falei pra ele não comer mas ele comeu assim mesmo.
Mas não fui eu não, viu, mãe?” Não adiantou nada. Fiquei uma semana sem poder brincar com o “Forte Apache”
por causa dele. E olha que ele nem morreu nem nada.
[...]
Até que tinha um ar interessante, o meu irmão mais novo. Os cabelos muito pretos, muito lisos, caindo-lhe
sobre os olhos. Que eram enormes, com cílios longos como os das meninas. Um rosto radiante, o tempo todo. Um
corpo miúdo, mas socado. Bisbilhotava tudo, sempre de orelha em pé.
[...]
— Como foi que eu nasci?
— Hein?
— Como foi que eu nasci? Quero saber...
Então era isso. Viu os cachorrinhos e ficou curioso. Era a minha oportunidade.
— E eu sei lá! Nem mamãe sabe.
— Como que mamãe não sabe? Eu não sou filho dela?
— Olha, cara, acho melhor você conversar isso com ela. Depois, sabe, não era pra você saber, não era pra
te contar nada...
— Contar o quê?
— Bem, na verdade, você não é irmão-irmão, da gente. Você é irmão, assim, por acaso.
— É?
— É.
— Conta...
— Um dia estava chovendo demais. Era de tarde mas parecia de noite.
Tudo preto, sabe? Relâmpago, trovão, enxurrada que parecia um rio e...
— O que é enxurrada?
— Mas é besta mesmo... Enxurrada, cara: aquele tantão de água que escorre pela rua quando chove.
Lembra outro dia, a gente ficou sentado no meio-fio lá de casa, com o pé numa água que descia a rua... Fizemos
barquinho com formiga dentro, lembra?
— Lembro.
— Aquela água chama enxurrada.
— Ah...
— Pois como eu estava contando, chovia. E fez enxurrada. Mamãe tinha saído pra comprar pão, eu acho.
Quando ela vinha voltando, viu uma coisa que parecia uma gente, descendo pela enxurrada. Esperou chegar mais
perto... Sabe o que era?
— ...
— Era você. Todo sujo, fedendo. Magricela. Aí ela ficou com pena e pegou você. Disse pra gente:
“Achei esse neném na enxurrada, tadinho! Vamos cuidar dele como se fosse da família”. Nós também
ficamos com dó de você e resolvemos te tratar como irmão de verdade... Foi assim.
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Silêncio. Continuamos andando pra casa. Meu irmão mais novo, calado. Eu, calado. A merendeira: tump,
tump, tump...
Ele não contou a história da enxurrada para minha mãe.
(Murilo Cisalpino. In: Ricardo Ramos et alii. Irmão mais velho, irmão mais
novo. São Paulo: Atual, 1992. p. 64-71.)
■COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
07. Quem nos narra a história é o irmão mais velho. Que idade provavelmente ele tem? Justifique sua resposta.
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08. No início do texto, o irmão mais velho descreve o irmão mais novo como “coisica”, “montinho”, “uma
sementinha viva”.
a) Por que, na sua opinião, ele ficava horas olhando-o no berço?
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b) Que tipo de sentimento, provavelmente, ele sentia pelo irmão?
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09. A partir do segundo parágrafo do texto, o menino passa a chamar o irmão de “pancada”, “um saco”, “meleca”,
“bostinha” e “burro”.
a) Que sentimento, na sua opinião, o irmão mais velho revela, agora, em relação ao irmão mais novo?
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10. Sempre que um irmão sente ciúme do outro, achando que está em segundo plano quanto ao carinho dos pais,
a tendência é ele ver a situação de modo exagerado e se fazer de vítima. Você acha que esse é o caso do
irmão mais velho? Por quê?
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12. O irmão mais novo não conta à mãe a história da enxurrada. Por que, na sua opinião, ele escondeu essa
história de irmão de enxurrada?
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13. Augusto é irmão legítimo. Mas, ao mesmo tempo, no sentido figurado, do irmão mais velho ele é também um
“irmão de enxurrada”: “[...] Lembra outro dia, a gente ficou sentado no meio-fio lá de casa com o pé numa
água que descia a rua... Fizemos barquinho com formiga dentro, lembra?”.Que sentido tem a expressão
“irmão de enxurrada” nesse contexto?
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14. Retire do texto acima características que fazem parte de um relato pessoal.
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08. Complete as sentenças com as palavras do quadro a seguir. Use o artigo “the” se necessário: (1,0):
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13. Existe um erro em cada sentença. Descubra o erro e reescreva a sentença corretamente.
a) Márcia is not dance with her boyfriend.
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b) Your parents are watching T.V.?
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c) My mom is at the mall, but she doesn’t buying anything.
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d) Where they having dinner?
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e) What do you do now?
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05. Usa una de las formas entre paréntesis para completar correctamente frase:
a) Me encantan _________________ blusas. ( estas/éstas)
b) __________________ son mis poetas preferidos. (aquellos/aquéllos)
c) ___________________informaciones son muy importantes. (esas/ésas)
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08. (PUC- Paraná) “________ libros y ________ cuadernos que me llevo en la mano, son de Pablo.”Que
demonstrativos usaremos para completar as lacunas acima? Assinale a alternativa com as formas corretas:
a) estos –éstos
b) estos –estos
c) esos –ésos
d) ésos -ésos
e) n.d.a
09. Completa la tabla con la con la conjugación en condicional de los verbos regulares abajo:
10. Completa los espacios con el condicional de los verbos entre paréntesis:
a) Mis hermanos no _________________________ en el centro (TRABAJAR)
b) Yo que tú _____________________________ una carta para él. (YO, ESCRIBIR)
c) Ellas jamás ____________________________ esto. (BEBER)
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11. Algunos verbos en condicional sufren modificación en el radical. Completa la tabla abajo con algunos de estos
verbos irregulares:
SALIR PONER TENER HACER DECIR
yo
tú
él, ella, usted
nosotros(as)
vosotros(as)
ellos, ellas,
ustedes
15. Señala la alternativa que presenta la acentuación incorrecta en todas las palabras:
a) Máquina-azúcar- sofá
b) Fuégo –jóven –soledád
c) Región – también –fósil
d) Tranquilísima – inútil –demócrata
e) Título – civilización –última
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03. Em uma gincana de matemática, o grupo de Carlos propôs ao grupo de Everaldo a seguinte questão:
“O dobro de um número natural somado com 20 é igual a esse mesmo número somado com 15. Que número
é esse?”
A resposta dada foi 5. Everaldo e seu grupo acertaram essa questão?
04. O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao quadrado de 5. Calcule esse número.
05. Somando 8 anos ao dobro da idade de Ana, obtemos 20 anos. Qual é a idade de Ana?
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07. Um taxista recebe de cada cliente o valor de R$ 0,70 para cada quilômetro percorrido e mais R$ 5,00 referente
à bandeirada. Quantos quilômetros foram percorridos numa corrida em que o passageiro pagou R$ 15,50?
08. A diferença entre o triplo de um número e 90 é igual a esse número somado com 48. Qual é o número?
09. Comprei uma estante para pôr meus livros. Colocando 55 livros em cada prateleira, a última ficará com 8 livros
a menos. Se colocar 52 livros em cada prateleira, sobram 7 livros fora da estante. Quantas prateleiras tem
essa estante?
10. Num estacionamento encontram-se 15 carros e x motos, perfazendo um total de 100 rodas. Quantas motos
estão estacionadas?
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12. O esquema abaixo representa uma balança em equilíbrio. Os três ovos de Páscoa têm massas iguais.
Determine a massa de cada ovo.
a) 16 + 9 − 3 + (−1)
b) 36 + 3⋅ (−4) 3
c) 36 + 64 − (−20) : (−2) 2
d) 2³ + 1 − (10 : 2)
e) 3 ⋅ 3³ − 2 − 5 ⋅ (−3)
f) − 16 − 9
g) 9 : (−3) − 1
h) (−2)² : 4 − 1
i) (−3)² : 9 − 3
j) (5 − 3 + 2 − 4) : 100
k) 2 ⋅ 3 : (− 36 )
I. (−2 + 4)² − 3 ⋅ ( 16 + 4 )
II. − 64 + 3² + 4²
III. ( 25 − 49 )² ⋅ (−3 + 5)
IV. 10² − 8 − 8 ⋅ 7 − 2 ⋅ 14
Determine o valor de cada expressão. Dentre esses valores descubra
dois que têm soma -36 e dois que têm diferença -11.
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01. Um aluno pegou nove palitos de fósforo para tentar construir um triângulo. Em quais situações ele conseguiria
construir um triângulo?
a) ( ) b) ( )
c) ( ) d) ( )
04. Qual a condição necesaria para construir um triângulo que tenha lados de medidas 7 cm e 3 cm?
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05. Dê um ejemplo de medidas que permitem a construção de um triângulo ABC isósceles de perímetro 13 cm:
a = ______________________________
b = ______________________________
c = ______________________________
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α = ....................................
β = ....................................
b)
γ = ....................................
α + β + γ = .......................
α = ....................................
β = ....................................
c)
γ = ....................................
α + β + γ = .......................
08. O ângulo oposto à base de um triângulo isósceles mede 50º. Quanto medem os ángulos da base desse
triângulo?
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13. Determine, sem o auxilio do transferidor, as medidas dos ángulos externos em destaque nos triângulos:
α ' = ____________
a) β ' = ____________ b)
y ' = ____________
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15. Utilizando somente o tranferidor, determine o menor lado e o mayor lado em cada triângulo:
a) α = ______________________
β = ______________________
γ = ______________________
Maior lado: ______________________
Menor lado: _____________________
b) α = ______________________
β = ______________________
γ = ______________________
Maior lado: ______________________
Menor lado: _____________________
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02. Em quais reinos atualmente os seres vivos estão classificados e quais as características de cada um deles?
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06. Cite três regras básicas que devem ser adotadas na determinação do nome de um ser vivo. Qual a
importância do estabelecimento destas regras?
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07. No Brasil está largamente distribuída a espécie 'Schistosoma mansoni', em especial no Nordeste e no Leste.
Este platelminto causa a Esquistossomose, conhecida como "barriga d'água".
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08. No exame, a olho nu, das fezes de uma criança foi constatada a presença de uma estrutura esbranquiçada,
similar a pedaços de macarrão, cujo nome técnico é proglote. Sua mãe foi informada por algumas pessoas
que não havia motivos para preocupação, uma vez que eram pedaços de um animal que morreu e estava se
desmanchando.
Pergunta-se:
a) A informação recebida pela mãe é correta? Justifique sua resposta.
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b) Que parasita o menino apresentava e a que filo pertence o animal em questão?
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09. Quais as duas doenças causadas pela Taenia? Explique cada uma delas.
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11. A esquistossomose mansônica, também conhecida por "barriga d'água", é uma verminose comum no Brasil,
atingindo mais de 10 milhões de pessoas.
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12. Como são classificados os anelídeos e quais as características de cada um desses grupos?
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14. Qual a função dos palpos, das quelíceras e das fiandeiras observadas nas aranhas?
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15. A Organização Mundial de Saúde indica que 20% da população mundial são portadores de algum tipo de
alergia, e o ácaro é apontado como um dos principais causadores desse problema.
a) Caracterize morfologicamente os ácaros.
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b) Que cuidados devem tomar pessoas portadoras desse tipo de alergia para evitar o contato com os
ácaros?
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c) Por que as pessoas que moram em regiões secas são menos atacadas por esse tipo de alergia?
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17. Quais são as características dos artrópodes? Dê dois exemplos de animais que pertençam a cada um das três
classes principais de artrópodes.
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18. O que é o fenômeno da muda nos artrópodes e para que ele serve nestes animais?
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19. João e Pedro estão caminhando por um parque e observam, presas ao tronco de uma árvore, "cascas", que
João identifica como sendo de cigarras. Especialistas chamam essas cascas de exúvias. João conta a Pedro
que a tradição popular diz que "as cigarras estouram de tanto cantar", explica que as cigarras são insetos e
descreve o número de apêndices encontrado em um inseto generalizado.
a) Do ponto de vista biológico, é correto afirmar que as exúvias são restos do corpo de cigarras que
"estouraram de tanto cantar"? Justifique sua resposta.
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b) Qual o número de apêndices encontrados no tórax de um inseto adulto generalizado?
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20. Os gráficos a seguir representam a taxa de crescimento natural observada em algumas espécies animais até
atingirem a fase adulta.
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02. Cite os dois fatores que contribuem para que a população de um determinado país aumente.
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05. Informe dois fatores que contribuíram para a queda da taxa de natalidade e mortalidade.
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06. Conceitue:
a) Taxa de natalidade
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b) Taxa de mortalidade
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c) Expectativa de vida
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10. Conceitue:
a) Migrações
b) Urbanização
c) Migração rural-urbana
d) Migrações pendulares
e) Migrações internas
f) Imigração
g) Emigração
12. Por que o governo brasileiro não possui dados precisos sobre a quantidade de imigrantes brasileiros que
residem em outros países?
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13. Por que as indústrias paulistas provocaram a falência das indústrias nordestinas?
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14. Por que muitos brasileiros saem do nosso país para irem morar em outros lugares?
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18. Diferencie:
a) Rural de Agrário
b) Agricultura comercial da de subsistência
c) Produtos de rico dos de pobre
d) Minifúndio de Latifúndio
e) Pecuária intensiva de extensiva
20. Por que o homem do campo deve ser mantido nesse respectivo lugar?
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01. Explique o que há de incorreto em chamar todos os povos da América pré-colombiana de índios.
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02. Compare as sociedades incas, astecas e maias, nos aspectos econômicos e culturais.
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03. Descreva o que garantia a superioridade militar dos europeus sobre os povos indígenas da América.
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04. Além das matanças promovidas pelos europeus, quais os outros fatores que foram responsáveis pela
dizimação (extermínio) dos indígenas?
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05. Cite e explique dois exemplos de destruição das culturas indígenas americanas pela ação dos conquistadores
europeus.
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06. Analise e escreva os motivos das Reformas Religiosas do século XVI, na Europa.
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09. Explique as medidas adotadas pela Igreja Católica para combater a expansão das Igrejas Protestantes.
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Sobre o texto: A arte na Grécia responda ao que se pede nas questões abaixo:
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01. Enumere cinco tipos de amor que está presente em nossa vida:
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02. O amor não é só feito de palavras. Quais são as outras maneiras de demonstrar o amor:
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04. O que o apostolo Paulo nos fala sobre esse tipo de amor?
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05. O que você acha que faz de fato a uma vida ser importante, significativa e gratificante?
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09. Quem foi Nelson Mandela? O que ele nos ensinou sobre o perdão?
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10. Quem foi Manhatma Gandhi? Que lição ele nos deixou sobre a Paz?
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12. O que Jesus e seus apóstolos nos ensinaram para vencer o preconceito?
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