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1. INTRODUÇÃO

Na indústria da perfuração de poços, os fluidos de perfuração têm importância


fundamental. São eles que devem permitir o resfriamento da broca, a manutenção
da estabilidade do poço além de outras funções. Muitos fluidos de perfuração
incorporam constituintes com características tóxicas, corrosivas ou agressivas ao
meio ambiente.
Contudo, os fluidos de perfuração comumente levam em sua constituição
substâncias capazes de retardar a ocorrência de fenômenos indesejáveis (formação
de hidratos, por exemplo). Neste trabalho, foram estudadas as propriedades gerais
dos fluidos de perfuração usados em poços de petróleo. Para tanto foi realizado uma
pesquisa de algumas principais definições dos fluidos de perfuração, nas suas
classificações (a base óleo, a base água, a base ar e fluidos sintéticos) com o
objetivo de apresentar suas vantagens e desvantagens na utilização dos fluidos de
perfuração.
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2-ASPECTOS SOBRE O FLUXO DE FLUIDOS DURANTE A PERFURAÇÃO

Observando-se o sistema de circulação da sonda mostrado na Figura-1 ,


verifica-se que o fluido percorre geometrias tubulrares, anulares e através de bocais
(jatos da broca).
Devido a aspectos de dimensionamento, segurança e eficiencia do sistema de
circulação, é importante se conhecer a pressão e perfil de velocidades em cada
ponto do circuito.
Desta forma, torna-se necessário a modelagem/entendimento do escoamento
através do cicuito, considerando-se aspectos relativos a regimes de fluxo, reologia
do fluido, condições de operação (geometria do sistema, vazão nas bombas, rotação
da coluna, taxa de penetração) e condições ambientais (temperatura, pressão).
O escoamento através de tubos cilíndricos (interior da coluna de perfuração,
kelly, mangueiras da superfície) é bem entendido na literatura, tanto em termos de
modelagem matemática para previsão de perdas de carga e perfis de velocidade
(escoamento monofásico laminar turbulento) quanto em termos de medidas
experimentais em laboratório.

Figura 1 – Sistema de Circulação

Um problema que ainda permanece em estudos, é o escoamento através do


espaço anular existente entre a coluna de perfuração e o poço (aberto/revestido).
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Apesar de haver várias contribuições relevantes na literatura, tanto em termos


de modelagem matemática quanto em termos de análise experimental, existem
ainda limitações no entendimento pleno do escoamento anular durante a operação.
Alguns pontos importantes na abordagem desse escoamento, que dificultam
sensivelmente a análise, podem ser listados a seguir:

• Comportamento dinâmico da coluna dentro de um poço preenchido com fluido


de perfuração
• Regime de fluxo (laminar, turbulento, existencia de vórtices)
• Excentricidade anular
• Reologia do fluido
• Transferencia de calor no sistema

CLASSIFICAÇÃO DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

A definição e classificação de um fluido de perfuração consideram os


componentes dispersantes e dispersos, além dos aditivos químicos empregados na
sua composição. Devido à variedade e complexidade dos fluidos de perfuração,
aparecem algumas divergências entre autores com relação à classificação.
Entretanto, segundo Thomas (2001), o critério se baseia no constituinte principal da
fase contínua ou dispersante. Uma vez que este pode ser a água, uma fase orgânica
(ou óleo) ou o ar (ou gases), os fluidos são classificados, primariamente, por:

• Fluidos à base de água


• Fluidos à base de orgânicos (ou óleo)
• Fluidos à base de gás (ou ar)

FLUXO DE FLUIDO EM MEIOS POROSOS

Um meio poroso é composto basicamente de um esqueleto sólido e fluido (no


caso de poços de petróleo os fluidos são: água; gás; óleo ou então a combinação
destes). A resposta mecânica do meio poroso pode ser alterada devido à presença
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de fluido e inversamente, a resposta do fluxo de fluido pode ser alterada devido às


modificações no comportamento mecânico do meio poroso.
Estes fenômenos acoplados, no comportamento do meio poroso, têm um
caráter transiente. De uma forma geral, os problemas relacionados à análise das
respostas de poços de petróleo, estão ligados aos efeitos físicos, químicos ou de
temperatura. Esses mecanismos por sua vez não devem ser tratados de forma
isolada, dado os efeitos que causam uns aos outros.
O acoplamento desses efeitos é de grande importância para uma predição
das respostas envolvidas nos problemas de análise de tensões, pressões,
saturações, regiões danificadas, entre outras, em poços de petróleo.
Um poço de petróleo, durante sua vida útil, passa por diferentes fases. Num primeiro
momento dá-se ênfase à avaliação das questões relativas à estabilidade do poço,
numa etapa seguinte, a ênfase é voltada a fatores relacionados à produção.
Os problemas de instabilidade, verificados na grande maioria das vezes na
fase de perfuração do poço, podem ocorrer devido à alteração das tensões in situ. O
meio poroso onde se efetua a perfuração de um poço de petróleo encontra-se em
estado de equilíbrio.
Ao se iniciar o processo de perfuração, devido à retirada de material sólido, o
estado de equilíbrio é perturbado. Busca-se restabelecer o estado inicial de
equilíbrio substituindo o material retirado por um fluido (fluidode perfuração).
Entretanto, a pressão que o fluido de perfuração exerce sobre a parede do
poço dificilmente reproduz exatamente o estado de tensões original. Nesse novo
cenário, verifica-se geralmente, uma concentração de tensões na região ao redor do
poço, que se estende desde a parede até uma distância equivalente a alguns
diâmetros de poço. Além de uma zona de concentração de tensões, algumas
propriedades mecânicas do meio podem ser alteradas devido a essas modificações.
Outra consideração refere-se à possibilidade do fluido de perfuração reagir
quimicamente com a formação porosa, alterando as propriedades do meio ou
penetrando no meio poroso, alterando a pressão de poros na região adjacente ao
poço. Estabelecido esse panorama durante a perfuração, apontam-se dois
mecanismos principais que levam à perda de estabilidade de poços. Num primeiro
mecanismo, classifica-se a perda de estabilidade por tração. Esse mecanismo,
representa o evento em que tensões de tração ultrapassam a resistência à tração do
material que compõem o meio poroso, causando assim a ruptura da formação. Num
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segundo mecanismo, classifica-se a perda de estabilidade por cisalhamento,


também referenciado como perda de estabilidade por compressão.
Esse mecanismo geralmente contempla os aspectos relacionados ao
aparecimento de regiões plastificadas. Tanto a perda de estabilidade por tração
quanto à perda de estabilidade por cisalhamento, dividem-se em dois modos
distintos, modo inferior e modo superior. O primeiro modo, refere-se ao que ocorre
quando a pressão do fluido de perfuração é baixa. Já o segundo, ocorre quando a
pressão do fluido de perfuração é excessivamente alta. Na etapa de produção,
problemas de produção de areia, dano no revestimento do poço, produtividade
baixa, entre outros, geralmente são verificados. A mudança de fluxo monofásico
para fluxo bifásico também se dá geralmente nessa fase, seja pela chegada de um
frente de água devido à injeção (procedimento corriqueiramente empregado) ou pela
entrada de água advinda das proximidades do poço. A entrada de água pode alterar
algumas propriedades do meio poroso, devido principalmente a reações químicas.
As condições de produção do poço também podem ser alteradas, uma vez
que além de óleo o poço passará a produzir água. Além disso, o meio poroso, que
se encontrava em equilíbrio, com comportamento de fluxo permanente, passa mais
uma vez a apresentar respostasde caráter transiente, verificando-se alterações nos
campos de tensões e pressões, que por sua vez podem gerar outros danos, tanto na
formação quanto no revestimento do poço.
Em geral, a análise das respostas de poços é realizada de forma
determinística em relação às propriedades mecânicas e hidráulicas do meio poroso.
No entanto, sabe-se que os meios porosos e em particular rochas sedimentares,
mostram heterogeneidades tanto em micro, meso e macro-escala. Essas
heterogeneidades produzem variabilidade nas propriedades mecânicas e hidráulicas
dos meios porosos. Essa variabilidade mostra em geral um caráter espacial
pronunciado. Dessa forma, as respostas, tais como deslocamentos, poro pressões,
graus de saturação, tensões e região plastificada ou danificada, são também
aleatórias, podendo ser expressas em termos de valores médios, dispersões e
probabilidades de ocorrência. Da mesma forma, a análise de estabilidade de poços
é usualmente realizada de forma determinística, estimando-se uma janela
operacional de valores de pressão de fluido de perfuração.
Os modelos geralmente usados para essa finalidade são soluções analíticas
simplificadas ou análises numéricas não muito sofisticadas com o método dos
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elementos finitos. Como executado hoje em dia, os resultados dessas análises


podem apresentar discrepâncias quando comparados com o comportamento real
observado nos poços de petróleo.
Uma vez que as propriedades do meio são aleatórias e que as respostas, por
esse motivo, também apresentam variações, pode-se pressupor que os critérios de
estabilidade, descritos geralmente em função das respostas do problema entre
outras hipóteses, também apresentam variabilidade, gerando com isso, limites
operacionais de pressão de fluido de perfuração também aleatórios. Dadas essas
características, análises probabilísticas de estabilidade de poços podem ser
efetuadas.

FLUXO NA COLUNA DE PRODUÇÃO

O fluxo em tubulações define-se como o movimento de gás livre, mistura de


fluidos ou uma combinação de algum modelo de fluxo em tubulações sob diferentes
condições de operação ao longo da sua viagem. O gás proveniente do meio poroso
passa à etapa de transporte por tubulação com movimento vertical ou direcional até
superfície, onde muda para um deslocamento horizontal ou inclinado até o
separador.
Durante o percurso, o fluido pode ou não passar por acessórios (válvulas,
chokes) antes de ingressar na linha principal que conecta com o separador esses
acessórios interpõem uma resistência ao canal de fluxo provocando uma perda
adicional da energia inicial disponível. que permite apreciar as possíveis zonas de
maior queda de pressão num sistema de produção. Também deve somar-se o
consumo por energias cinética, potencial e de atrito, as perdas devido ao choque
das partículas do fluido umas contra outras e com as paredes da tubulação, que os
leva a um repouso momentâneo ou retarda sua velocidade de modo que devam
voltar a acelerar-se.
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Padrões de fluido vertical multifásico

O fluido de gás que sai do meio poroso, entretanto, possui gás em solução, e
vem acompanhado de gás livre em água.
Os padrões de fluxo geralmente aceitos para o fluxo vertical multifásico são: bolha,
golfada, transição e anaular-nevoeiro. Comforme a figura:

Figura 4- Padrões de fluido vertical

A pressão no fundo deve ser suficiente para vencer:

• A coluna hidrostática do fluido na coluna de produção


• As perdas por fricção
• As perdas nas restrições (válvulas)
• As perdas na linha de produção
• A pressão nos equipamentos de separação

Gradiente dinâmico:
• Gradiente devido à elevação ⇒ f(ρ ,h)
• Gradiente devido à fricção ⇒ f(D,q,fluido,rugosidade)
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• Gradiente devido à aceleração (significativo para RGO alto)

Figura 4- Curva de gradiente de pressão Figura 3- Oposição de solicitações no


para fluxo monofásico de liquido fundo do poço

FLUXO DE FLUIDO NA SUPERFÍCIE

Quando o reservatório possui boa pressão de formação, faz com que seus
poços consigam por muito tempo impulsionar o óleo até a superfície, dizemos
portanto que estes poços são sugentes . Quando esta pressão não consegue mais
trazer o óleo até a superfície, recorre-se então aos métodos de elevação artificial
que melhor se adequar às características do campo.
Podemos citar como métodos de elevação artificial mais utilizados:

• Gás Lift
Gás obtido na plataforma a partir da separação óleo/gás, elevado sua
pressão para aproximadamente 100/150 kgf/cm2 em um turbocompressor e
injetado de maneira controlada no anular do poço através dos mandris de gás
lift instalados na coluna de produção, o gás atinge o interior da coluna e
retorna à superfície, fazendo o carreamento do óleo através da gaseificação
do fluido que se encontra no interior da coluna. É considerada uma extensão
do fluxo natural do poço, porque é baseado no processo de liberação e
expansão do gás na medida em que o óleo vai subindo pela coluna de
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produção. O método é considerado bastante versátil, podendo ser aplicado a


poços de qualquer profundidade, com qualquer pressão de reservatório e
para vazões de produção variando de poucos barris a dezenas de milhares
por dia.

Basicamente o sistema consiste de:

 Fonte de Gás de alta pressão (Turbocompressor).


 Um sistema de controle de injeção de gás na cabeça do poço (Um choke
ajustável)
 Um sistema de controle sub-superficial de injeção de gás (Mandril de gás lift)
 Equipamentos para separação e armazenamento dos fluidos produzidos
( Separador).

Suas principais vantagens são:

 Baixo custo operacional para produção de fluidos com areia.

 Apresenta boa flexibilidade operacional no que se refere à variação dos


volumes produzidos.

 É o método mais indicado para poços com RGO altos.

 Investimentos iniciais baixos.

Desvantagens do método:

 Não pode ser utilizado onde não há gás em boas quantidades.

 Pode se tornar antieconômico quando precisar de grandes pressões de


compressão.

 Sua aplicação pode ser problemática se o gás for muito corrosivo ou quando
o óleo muito viscoso.

 Requer de elevada contrapressão sobre a formação produtora durante a


operação
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• Bombeio Centrífugo Submerso – BCS

O bombeio Centrífugo Submerso ( BCS ) é um método de elevação artificial


que consiste fundamentalmente no incremento de pressão de fundo dado por
uma bomba centrífuga de múltiplos estágios que é acionada por um motor
elétrico trifásico acoplado a bomba através de um selo protetor.
Este conjunto com todos os componentes unido uns aos outros por luvas de
acoplamento, impulsiona o óleo de determinada altura, até a superfície.
A energia elétrica é conduzida da superfície até o motor por meio de um cabo
elétrico especialmente projetado para este fim, fixado à coluna de produção
por meio de fitas de aço inoxidável 3/4”.

O conjunto BCS deve ser dimensionado de acordo com o Índice de


Produtividade do poço e instalado a uma profundidade em que a sucção da
bomba fique sempre submergida.

O BCS é um método adequado a campos de petróleo onde o RGO


( razão gás óleo ) é baixo, pois o gás em excesso provoca cavitação e o
sistema perde eficiência.

O conjunto BCS é montado na extremidade da coluna de produção e


nela são instalados equipamentos que tem a finalidade de drenar o óleo do
tubo para o anular (sliding sleeve) nas operações de retirada evitando assim o
banho de óleo na superfície. São instalados também, niplles, mandris, etc.
Todos com funções específicas.

Todo o sistema de controle e proteção do motor é feito pelo quadro de


comando que é ligado diretamente ao transformador de tensão.

A caixa de junção é instalada entre a cabeça do poço e quadro de


comando e tem por finalidade evitar que alguma quantidade de gás que
eventualmente migre pelo interior do cabo, chegue até o quadro de comando.
Nos poços terrestres é comum a utilização de uma cabeça de produção tipo
“Hercules”, onde um flange bipartido com borrachas faz a vedação onde o
cabo passa através da cabeça.
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Nos poços off-shore onde é exigida uma maior segurança a passagem


do cabo através da cabeça é feita com a utilização de um mandril
eletricamente condutor.

Quando se deseja medir e ou registrar os valores de pressão e


temperatura no fundo, é descido com o motor, um sensor que emite sinais
para a superfície, utilizando o mesmo cabo que conduz energia para o motor.
Estes sinais são decodificados e mostrados os valores de forma digital num
monitor na superfície. Pode-se utilizar uma impressora para registro desses
valores

• Bombeio de Cavitação Progressiva ( BCP )

O método de elevação por BCP, possui características únicas, que sob uma
grande faixa de condições supera a outros métodos, encontrando-se numa
posição ideal na produção de óleos pesados, devido a sua adaptabilidade a
fluidos altamente viscosos e abrasivos, associados à produção de areia e a
fluidos multifásicos. A eficiência do sistema chega a atingir 60%, sendo maior
que a maioria dos métodos.

São bombas de deslocamento positivo, formadas por um rotor


helicoidal de aço e um estator moldado com elastômero cintético em forma de
dupla hélice interna com duplo comprimento de passo. O movimento de
rotação do rotor dentro do estator é excêntrico, formando uma série de
cavidades seladas e separadas 180°, as quais se movimentam axialmente
desde a sucção da bomba até a descarga.

O selo entre o estator e o rotor obriga o fluido a se deslocar axialmente,


igualando a velocidade de formação e diminuição das cavidades, a qual é
proporcional á velocidade de rotação da bomba, resultando num fluxo
constante e sem pulsações.

O rotor é suspenso por uma haste de bombeio, a qual á acionada


desde a superfície por um motor e um sistema de engrenagens ( drive head),
que suporta o peso e transmite o movimento de rotação à haste.
Para gerar a elevação do óleo, deve existir uma pressão diferencial entre as
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sucessivas cavidades, e isso requer um selo hermético entre o rotor e o


estator.

O rotor é feito em aço recoberto por cromo, e o elastômero do estator


aumenta a resistência, permitindo sua utilização na produção com areia e
fluidos abrasivos, fluidos de baixa e alta viscosidade, além de fluido
multifásicos (gás-líquido).

Vantagens adicionais do método:

• Fácil Instalação e operação;


• Mínima manutenção;
• Baixo Impacto Ambiental;
• Baixo Investimento Inicial e custos de operação;
• Baixo requerimento de potência;

• Bombeio Mecânico ( Cavalo de Pau ).

Este sistema consiste, de forma geral, num equipamento de superfície


comandado por um motor, o qual aciona um sistema de engrenagens que
transforma movimento rotatório do motor num movimento recíproco da unidade de
bombeio. Esta unidade tem uma série de dispositivos mecânicos que transmitem o
movimento recíproco vertical a uma haste de bombeio que, por sua vez, aciona uma
bomba de deslocamento positivo localizada dentro do poço.

A bomba na sua forma mais simples, consiste de um cilindro ou barril,


suspenso na coluna de produção, e de um embolo que se desloca para cima e para
baixo no interior deste cilindro mediante a ação da haste de bombeio, a qual se
compões de uma série de hastes rosqueadas e acopladas na superfície à unidade
de bombeio.

No fundo do cilindro está localizada uma válvula de esfera, a qual é fixa


( válvula de pé) enquanto uma Segunda válvula de esfera, a válvula de passeio, está
localizada no êmbolo movimenta junto com ele.
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Quando o movimento do embolo é para cima ( Upstroke ) a válvula de pé abre


e a de passeio fecha, permitindo a entrada de fluido na bomba, e por sua vez
deslocando à superfície o fluido que entrou no ciclo anterior. Quando seu movimento
é para baixo ( Downstroke ) a válvula de pé fecha e a de passeio abre permitindo a
passagem do fluido à bomba e à coluna de produção.
Este é o método mais comum na produção de óleo pesado em campos
onshore, embora exista a tendência de substituí-lo, em razão de sua baixa eficiência
relacionada a problemas com:

• Pouca vida útil do equipamento.

• Freqüentes falhas na haste de produção devido aos excessivos esforços


gerados pela alta viscosidade e densidade do fluido, portanto aumentando o
número de intervenções no poço.

• Unidade de bombeio sobrecarregadas, exigindo portanto um maior consumo


de energia.

• Limitações em poços profundos e desviados.

• Interferência de gás.

• Bombeio Hidráulico a jato

É um sistema de elevação artificial onde os fluidos produzidos pelo


reservatório, geralmente de baixa pressão, são elevados para cabeça do poço,
através da misturas com fluido de alta pressão ( Fluido de potência), o qual é
bombeado desde a superfície.
A simplicidade dos equipamentos de fundo de poço, consistindo somente de
um sistema de jato e um difusor que permite controlar os níveis de energia dos
fluidos envolvidos no processo, e seu baixo índice de intervenção nos poços, tornam
este sistema muito atraente em termos de custo operacional de produção e mais
ainda em campos offshore.
Dentro da indústria do petróleo, a redução de custos tem-se trazido em
sistemas que empregam equipamentos de subsuperfície de maior resistência,
simplicidade, flexibilidade e facilidade de manutenção, refletindo-se diretamente na
redução da intervenção dos poços, a qual é um dos itens de maior peso no custo
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operacional, pois além de custo por sonda, significa parada de produção.


De acordo com isto, o bombeio hidráulico tem despertado muito interesse, já que
dentro de sua estrutura( No fundo do poço ) não emprega parte móveis,
incrementando a continuidade operacional do sistema. Além disso é possível retirar
o conjunto de fundo sem necessidade do emprego de sonda, ( Implica operações de
Wire-line).
O fluido motriz chega ao fundo do poço com elevada pressão, e passa
através de um bocal que converte energia potencial( Pressão) em energia cinética
resultando em altíssima velocidade.
Devido a queda de pressão que ocorre na saída do bocal os fluidos
produzidos são succionados para dentro de uma garganta juntamente com o fluido
motriz. Durante a mistura ocorre a transferência de quantidade de movimento do
fluido de potência para os fluidos do reservatório. Na saída da garganta, os fluidos,
intimamente misturados apresentando alta velocidade, portanto alta energia cinética,
entram em um difusor, onde um contínuo aumento na área aberta ao fluxo promove
a conversão de energia cinética em energia pressão, permitindo que a mistura,
desviada para o espaço anular, chegue até a superfície.

CONCLUSÃO

Compreender os fluidos de perfuração abrange diversos temas, sendo


importante conhecer tanto o fluido a ser utilizado como o perfil (formação rochosa)
onde será utilizado.
Nesta pesquisa, foram verificadas as principais características dos
componentes de um fluido de perfuração e, através destes, apontar os principais
parâmetros que poderão vir a melhorar o desempenho dos fluidos de perfuração
nas atividades de campo para perfuração de poços de petróleo.

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