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Cont at o Direito das Sucessões é a parte especial do Direito Civil que regula a
Links destinação do patrimônio de uma pessoa depois de sua morte.
Tal regra é expressamente prevista nos arts. 1.572, 495 e 496 do C.C( hoje,
os arts. 1.784,1.206 e 1.207 do CC/2002). É curial lembrar que o direito de
propriedade é um direito subjetivo por excelência.
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A sucessão pode ocorrer por ato de vontade (como por exemplo, a venda) ou
por determinação de lei, podendo assim verificar-se em vida (sucessão inter
vivos) ou pela morte (causa mortis).
*2 Na Idade Média, institui-se a praxe de ser devolvida a posse dos bens, por
morte do servo, ao seu senhor, que exigia dos herdeiros dele um pagamento,
para autorizar a sua imissão. No propósito de defendê-lo dessa imposição, a
jurisprudência no velho direito costumeiro francês, especialmente no Costume
de Paris, veio a consagrar a transferência imediata dos haveres do servo aos
seus herdeiros, assentada a fórmula: Le serf mort saisit le vif, son hoir de
plus proche .Tal doutrina fixou-se por volta do século XIII, diversamente no
direito romano, posto que traduz o imediatismo da transmissão de bens, cuja
propriedade e posse passam diretamente da pessoa do morto aos seus
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Quando o autor da herança não tinha domicílio certo, o foro competente para
a abertura do inventário será o da situação dos bens, ou ainda o lugar do
óbito e, ainda se possuía bens em lugares diversos (art.96§ único CPC).
Adição da herança é ato pelo qual o herdeiro anui à transmissão dos bens do
de cujus, ocorrida por lei, com a abertura da sucessão, confirmando-a. Pode
ser expressa (resultante de declaração escrita), tácita (resultante da conduta
de herdeiro conforme o art. 1.581 §1 º do CC, hoje o art. 1.805 do CC/2002)
e, ainda presumida (quando o silêncio pós-notificação faz deduzir a aceitação
da herança).
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O Estado não é herdeiro, não lhe é reconhecido o direito de saisine, não entra
na propriedade e posse da herança pelo fato da abertura da sucessão. É mero
arrecadador de bens em face de sentença que declara a vacância dos bens
deixados e decreta à sua devolução à Fazenda Pública (herança jacente).
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Outros apóiam como Saint Simon alegando que o Estado deveria ser herdeiro
universal das fortunas privadas, obedecendo à transferência ao domínio
público.
Em todos os tempos, a sucessão tem sido admitida e até nos povos que
aboliram a propriedade privada dos bens de produção, ocorre em relação aos
bens de uso e consumo, como Código Civil Soviético (art.416).
Um dos direitos não patrimoniais que podem ser efetivamente exercidos pelos
herdeiros por transmissão é o direito moral do autor.
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Tal regra hoje estampada no direito brasileiro ex vi art. 1.574 do C.C (hoje,
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Ulpiano define testamento por ser um testemunho justo da nossa mente, feito
de forma solene para que valha depois de nossa morte.
É ato gratuito e solene, pois que como ato formal é revestido de formalidades
expressamente previstas em lei.
Não tem validade a instituição de pessoa incerta, isto é, a que não se pode
caracterizar no espírito do testador.
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O testamento público é disciplinado com rigor pela lei deve ser lavrado por
oficial de cartório em livro de notas e perante cinco testemunhas.
O contexto deve ser ditado pelo testador na presença das testemunhas, deve
ser feito em língua portuguesa.
Ao surdo-mudo por não lhe ser possível ditar, lhe é vedado, portanto o
testamento público. Para brasileiro no exterior, o oficial competente para
lavrar testamento será a autoridade consular.
A cédula testamentária será escrita pelo testador ou por outrem a seu rogo.
Deve ser entregue pelo próprio testado ao oficial, em presença de cinco
testemunhas.
O testamento secreto não é permitido ao cego, porém pode ser utilizada tal
forma pelo surdo-mudo que preencherá o requisito da identificação da carta
que deseja ver aprovada.
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Gisele Leite
.
A inovação do Novo Código Civil Brasileiro concluiu a inclusão do cônjuge
entre os herdeiros legitimários, amparando-o dando-lhe uma condição
hereditária mais benéfica, do que a anterior considerando-se que o vínculo
conjugal, a afeição e intimidade entre marido e mulher não são inferiores ao
da consangüinidade.
Terá assim quinhão igual aos sucedem por cabeça, não podendo ser inferior à
quarta parte da herança (art.1.832)
Nada mais justo e coerente que garantir ao cônjuge sobrevivente uma quota
hereditária principalmente quando o casal não tiver filhos comuns posto que
poderia ser privado da sucessão, somente pela existência de filho do leito
anterior ou extramatrimonial do falecido.
Assoberbando os nossos tribunais de batalhas incúrias e sem fim entre os
herdeiros necessários e o cônjuge sobrevivente ou mesmo a companheira.
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Na legislação pátria por causa da meação o legislador não deu muita atenção
ao problema. Desta forma, a antiga fórmula consagrou que o cônjuge
sobrevivente é meeiro e não necessariamente herdeiro. O cônjuge era
tão-somente herdeiro facultativo.
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Ressalte-se que a Lei 8971/94 não definia sequer a união estável, o que foi
feito mais tarde pelo art. 1º da Lei 9.278/96. O primeiro estatuto legal
preocupou-se em fixar lapso temporal (o qüinqüênio), o que foi alterado pela
lei posterior que dispensou o requisito relativo ao lapso temporal e, deixou de
considerar o estado civil da pessoa envolvida na união estável.
Com a ressalva do art. 5º da Lei 9.278/96, desde que não haja estipulação
escrita em sentido contrário.
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In albis, Arnoldo Wald traz à baila o seguinte esclarecimento: " A lei não
distingue no caso, mas, pelo seu espírito de se aplicar o usufruto nas
hipóteses excludentes da comunhão, parece que o usufruto só deve recair
sobre os bens particulares".
Mas tal matéria ainda é quid iuris sem pacífica solução tanto na doutrina como
na jurisprudência.
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Surge aparente um conflito entre o art. 544 e art. 1.829 do NCC, pois só há
colação quando existe concorrência sucessória, somente alguns cônjuges
estarão obrigados a cumprir o disposto do art. 544 do NCC.
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Também o parágrafo único do art. 551 do NCC que repete o art. 1.178 do
CC/1916 traz a hipótese de pacto sucessório onde se vincula a transferência
patrimonial da doação que os cônjuges recebem em comum em caso de
morte, à parte deste acresce à do sobrevivente.
É assim também com relação ao fundo de garantia por tempo de serviço (art.
20, IV, da Lei 8.036/90). A partilha do seguro de vida também se utiliza o
conceito de beneficiário que não é herdeiro, e, sim o indicado como tal em
contrato (art. 792 NCC).
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Separado de fato há mais de dois anos, sem culpa sua, o cônjuge sobrevivo
tem direito hereditário (art. 1.830NCC), mas havendo entidade familiar,
permitida pelo art. 1.723 NCC o companheiro sobrevivo também goza de
direito hereditário. Então, nessa hipótese o famigerado concubinato impuro
pelo lapso de tempo passará a ser puro.
Assim em função do art. 1786 as espécies de sucessão causa mortis são duas:
a sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade .
Tal dispositivo não repetido no novo codex, embora sejam mantidas suas
principais características conforme se depreende dos arts. 1.857 e 1.858 do
NCC.
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que proíbe qualquer espécie de pena perpétua (art. 5o, XLVII e XLVI CF) a
existência da indignidade e deserdação que são espécies de pena civil
aplicadas de forma permanente, o que provoca uma calorosa discussão a
respeito da validade da legislação infraconstitucional.
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Existe em verdade uma falsa dificuldade em considerar aqueles que não tendo
personalidade jurídica à época da abertura da sucessão, possam ser titulares
de direitos hereditários nesse momento (art. 1.798, 1.799, I do NCC).
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Se, no entanto, se o falecido não tem domicílio certo se segue à regra contida
no art. 12§ 1o, da LICC, o lugar da situação dos bens, e, se este variado,
opta-se finalmente pelo lugar de seu falecimento (art. 96, parágrafo único, II
do CPC). Todas essas regras não devem ser utilizadas de forma inflexível.
Radbruch sublinha que o atual direito sucessório não passa afinal dum
compromisso entre sistemas e princípios opostos.
Desta forma, não prospera a liberdade de testar que se opõe a legítima dos
herdeiros necessários, a idéia de função econômica que justificaria a sucessão
pela continuidade da unidade de bens apresenta-se em contrário, a regra da
partilha que impõe divisão; e, principalmente, ao herdeiro, muitas vezes visto
como continuador do de cujus, apresenta-se o legatário como mero recebedor
de bens.
Tudo isto contribui para que o direito das sucessões seja muito complexo mais
até do que é usualmente apresentado nos compêndios didáticos de direito
civil.
Gise le Le it e
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