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RETIFICADOR MONOFÁSICO DE MEIA ONDA À DIODO

Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA


Curso de Eng. de Energias Renováveis e Ambiente – Campus Bagé
Prof. Dr. Fabio Tomm
E-mail: antunes_vieira@hotmail.com;

Introdução

Teoricamente o retificador monofásico de meia onda é o mais simples das estruturas empregadas em
eletrônica de potência. Ele normalmente utilizado para fazer alimentação da armadura de pequenos
motores de corrente contínua, alimentação de enrolamentos de excitação de máquinas elétricas,
carregamento de baterias e alimentação de circuitos eletrônicos. Na Figura 1 temos um exemplo de um
circuito retificador de meia onda.

Figura 1 Circuito retificador de meia onda


As formas de ondas resultantes do circuito apresentado na Figura 1 estão demonstradas na Figura 2:

Figura 2 Forma de onda do retificador de meia onda, carga puramente resistiva


Ao se colocar um indutor junto à carga resistiva temos uma mudança no comportamento das formas
de ondas de corrente e de tensão, como demonstrado na Figura 3.
Figura 3 Forma de onda referente a um Circuito Retificador de meia Onda à diodo com carga RL

Devido à presença da indutância, o diodo não se bloqueia quando ωt=π. O bloqueio ocorre no
ângulo β, que é superior a π. Enquanto a corrente de carga não se anula, o diodo se mantém em
condução e a tensão de carga, para ângulos superiores a π, torna-se instantaneamente negativa.

Para evitar que a tensão de carga torne-se instantaneamente negativa devido à presença da indutância,
emprega-se o diodo de roda-livre (DRL). A estrutura adquire assim a forma apresentada na Figura 4.

Figura 4 Circuito retificador de Meia Onda à diodo com carga RL com presença de Diodo de circulação

As formas de onda relativas ao retificador de meia onda com diodo de roda-livre estão representadas
na Figura 5:

Figura 5 Forma de onda referente ao Circuito Retificador de Meia Onda à diodo com carga RL com presença de Diodo de
circulação
Desenvolvimento e metodologias

Retificador de meia onda, carga R

Figura 6 Retificador monofásico de meia onda à diodo com carga R

Figura 7 Forma de onda no diodo (CH1) e na carga R (CH2)

Para o ponto A positivo em relação ao ponto B o diodo está polarizado diretamente e conduz . Com
isto, a corrente circula de A até B passando pelo diodo e carga.

Para A negativo em relação a B, o diodo está polarizado inversamente e não conduz. De maneira
geral, os semicírculos positivos da fonte de alimentação passam para a carga e os negativos ficam no
diodo, como se observa na Figura 7.

Para se determinar os valores teóricos usaremos as equações a seguir:

Corrente media no diodo

[eq.1]

Corrente de pico no diodo

[eq.2]

Corrente eficaz no diodo

[eq.3]

Tensão de pico inversa no diodo


[eq.4]

Tensão de pico

[eq.5]

Tensão media na carga

[eq.6]

Para

Experimenta Teórico
l

ID médio (A) 0,202 0,245

ID pico (A) 0,264 0,771

ID eficaz (A) 0,341 0,385

VD pico (V) -17,407 -16,970

VO pico (V) 15,668 16,970

VO médio (V) 4,698 5,401

Tabela 1 Dados experimentais e teóricos

Retificador de meia onda , carga R-L

Adicionou-se um indutor em série com o resistor conforme mostrado na Figura 10.


Também se acoplou os canais do osciloscópio para obter as formas de onda de VD (CH1) e VO (CH2).

O circuito foi ensaiado com duas indutâncias diferentes:

L1: 50,701 mH e RS = 27,13Ω;

L2: 140,817 mH e RS = 20,74Ω.


Figura 8 Retificador monofásico de meia onda à diodo com carga R-L

Este circuito possui funcionamento análogo ao anterior, sua única diferença é a presença de um
indutor L em série com a resistência R1.

A presença deste indutor provoca um deslocamento na corrente em relação à tensão devido a sua
propriedade de armazenamento de energia. Tal deslocamento provoca um retardo no instante que a
corrente atinge o zero, o que faz com que a tensão atinja valores negativos, perdendo a característica de
continuidade de tensão.

As formas de onda obtidas pelo osciloscópio para L1 e L2 estão apresentadas, respectivamente, na


Figura 10 e Figura 11.

Figura 9 Forma de onda diodo (Ch1) e carga R-L(Ch2) para indutor 1 (L1)

Figura 10 Forma de onda diodo (Ch1) e carga R-L(Ch2) para indutor 2 (L2)
O que pode ser observado nestas formas de onda é que quanto maior o valor da indutância L em
relação ao valor da resistência R1, maior será o tempo que o diodo conduzirá , chegando a apresentar
tensões negativas na carga por um certo tempo. Isto é devido a um tempo maior para que a corrente
chegue a zero e consequentemente fazer com que o diodo se bloqueie. No caso onde a resistência R1
for muito maior que L, a corrente se torna zero muito mais rapidamente e assim a tensão negativa na
carga se apresentará por um tempo muito menor.

Mediu-se valores de IDmédio, IDeficaz VOmédio e o ângulo β do circuito em ambas as condições de L. Os


valores obtidos então na Tabela 2.

L1 L2

Exper Teóric Exper Teóric


. o . o

ID médio 0,091 0,107 0,089 0,102


(A)

ID eficaz 0,148 0,164 0,130 0,147


(A)

VO médio 4,30 5,23 3,70 4,34


(V)

β 203,9 201,3 259,0 232,9


(graus)

Tabela 2 Dados experimentais e teóricos

Como pode ser visto na Tabela 2, com o aumento do valor da indutância L , há um aumento do
ângulo β (graus), que se caracteriza por ser o ângulo onde a corrente na carga chegue a zero e onde há o
corte do diodo.

RETIFICADOR MONOFÁSICO DE MEIA ONDA, COM DIODO DE CIRCULAÇÃO,


CARGA R-L

Montou-se o circuito da Figura 11 para estudar seu comportamento com diodo de circulação.
Figura 11 Retificador monofásico de meia onda com diodo de circulação, carga R-L.

Durante o semicírculo positivo da tensão de alimentação, o diodo D1 conduz a corrente de carga e o


diodo D2, polarizado reversamente, encontra-se bloqueado. Durante o semicírculo negativo da tensão,
a corrente de carga, por ação da indutância, circula no diodo de "roda-livre" D2, polarizado diretamente
nesta etapa.

Em consequência, o diodo D1, polarizado reversamente, se bloqueia. Registraram-se, com o


osciloscópio, as formas de ondas da tensão e corrente nos diodos (D1 e D2) e na carga. A corrente foi
obtida através do artifício de se medir a tensão sobre um resistor de 1Ω. As formas de onda de D1, D2
e da carga encontram-se respectivamente na Figura 12, Figura 13 e Figura 14.

Figura 12 Forma de onda da tensão VD1 (CH1) e corrente VID1 (CH2) no diodo D1.

Figura 13 Forma de onda da tensão VD2 (CH1) e corrente VID2 (CH2) no diodo D2.
Figura 14 Forma de onda da tensão VO (CH1) e corrente VIO (CH2) na carga R-L.

Para qualquer tipo de retificador, nos instantes que ocorre a transferência de corrente de um par
de diodos para outro, caso exista alguma indutância presente na conexão de entrada, esta transição não
pode ser instantânea.

Quando a alimentação é feita por meio de transformadores este fenômeno se acentua, embora
ocorra sempre, uma vez que as linhas de alimentação sempre apresentam alguma característica
indutiva. Em tais situações, que representam os casos reais, durante alguns instantes estão em condução
simultânea o diodo que está entrando em condução e aquele que está sendo desligado. Isto significa,
do ponto de vista da rede, um curto-circuito aplicado após as indutâncias de entrada, L. A tensão
efetiva na entrada do retificador será a média da tensão presente na fase, num circuito monofásico
alimentando carga indutiva. A soma da corrente pelas fase em comutação é igual à corrente drenada
pela carga. Quando termina o intervalo de comutação, a tensão retorna à sua forma normal (neste caso
em que o di/dt em regime é nulo). Quando a carga é capacitiva, as indutâncias de entrada atuam no
sentido de reduzir a derivada inicial da corrente. Neste caso, como a corrente apresenta-se variando, as
mesmas indutâncias apresentarão uma queda de tensão, de modo que a tensão V mostra-se
significativamente distorcida.

Encontrou-se valores teóricos e experimentais de IOmédio, IOeficaz e VOmédio, como também das correntes
médias nos diodos, mostrados na Tabela 3.

Experimenta Teórico
l

IO médio (A) 0,179 0,126

IO eficaz (A) 0,207 0,156

VO médio 5,20 5,40


(V)

TABELA 3 DADOS EXPERIMENTAIS E TEORICOS


DISCUSSÂO DOS RESULTADOS

De acordo com os circuitos experimentais, testados em laboratório pode-se fazer algumas


observações em relação aos retificadores. Para o retificador de meia onda observa-se uma baixa
eficiência. A frequência de ondulação na saída é igual à frequência de entrada. Para evitar que a tensão
na carga se torne instantaneamente negativa devido à presença da indutância (ângulo de condução
maior do que p ), emprega-se o diodo de "roda-livre". Se a corrente de carga se anula em cada ciclo de
funcionamento da estrutura, a condução é dita descontínua. Caso contrário, ela é dita contínua. O fato
da condução tornar-se contínua ou não, é consequência da constante de tempo da carga. Para constantes
de tempo elevadas (L muito grande) a condução poderá ser contínua. A condução contínua pode
apresentar maior interesse prático, pois implica numa redução das harmônicas da corrente de carga.

CONCLUSÕES
Neste experimento foi possível se familiarizar com os retificadores de vários tipos, comos os
retficadores meia onda e retificadores com diodo de roda livre; nestes retificadores foi utilizados tanto
cargar puramente resistivas, assim como cargas indutivas.

Observou-se também que em retificadores que alimentam cargas indutivas ocorre condução durante
o semi-ciclo negativo da tensão e este problema pode ser resolvido com a utilização de um diodo de
roda livre que se encarrega de conduzir durante o período em que ocorreria a condução no semi-ciclo
negativo. A indutância é importante quando se deseja uma forma de onda contínua da corrente na carga
e, quanto maior é o valor da mesma, mais contínua se apresentará a corrente na carga.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1) BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY , Louis. Dispoditivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.
ed 8ª - Editora. PEARSON. Tradução: Rafael Monteiro Simon. São Paulo, 2009.

2) BERTOLI, Roberto A. Eletrônica. Colégio técnico de Campinas – 2000.

3) PARIZZI, Jocemar B. Apostila Semicondutores.

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