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Introdução
Teoricamente o retificador monofásico de meia onda é o mais simples das estruturas empregadas em
eletrônica de potência. Ele normalmente utilizado para fazer alimentação da armadura de pequenos
motores de corrente contínua, alimentação de enrolamentos de excitação de máquinas elétricas,
carregamento de baterias e alimentação de circuitos eletrônicos. Na Figura 1 temos um exemplo de um
circuito retificador de meia onda.
Devido à presença da indutância, o diodo não se bloqueia quando ωt=π. O bloqueio ocorre no
ângulo β, que é superior a π. Enquanto a corrente de carga não se anula, o diodo se mantém em
condução e a tensão de carga, para ângulos superiores a π, torna-se instantaneamente negativa.
Para evitar que a tensão de carga torne-se instantaneamente negativa devido à presença da indutância,
emprega-se o diodo de roda-livre (DRL). A estrutura adquire assim a forma apresentada na Figura 4.
Figura 4 Circuito retificador de Meia Onda à diodo com carga RL com presença de Diodo de circulação
As formas de onda relativas ao retificador de meia onda com diodo de roda-livre estão representadas
na Figura 5:
Figura 5 Forma de onda referente ao Circuito Retificador de Meia Onda à diodo com carga RL com presença de Diodo de
circulação
Desenvolvimento e metodologias
Para o ponto A positivo em relação ao ponto B o diodo está polarizado diretamente e conduz . Com
isto, a corrente circula de A até B passando pelo diodo e carga.
Para A negativo em relação a B, o diodo está polarizado inversamente e não conduz. De maneira
geral, os semicírculos positivos da fonte de alimentação passam para a carga e os negativos ficam no
diodo, como se observa na Figura 7.
[eq.1]
[eq.2]
[eq.3]
Tensão de pico
[eq.5]
[eq.6]
Para
Experimenta Teórico
l
Este circuito possui funcionamento análogo ao anterior, sua única diferença é a presença de um
indutor L em série com a resistência R1.
A presença deste indutor provoca um deslocamento na corrente em relação à tensão devido a sua
propriedade de armazenamento de energia. Tal deslocamento provoca um retardo no instante que a
corrente atinge o zero, o que faz com que a tensão atinja valores negativos, perdendo a característica de
continuidade de tensão.
Figura 9 Forma de onda diodo (Ch1) e carga R-L(Ch2) para indutor 1 (L1)
Figura 10 Forma de onda diodo (Ch1) e carga R-L(Ch2) para indutor 2 (L2)
O que pode ser observado nestas formas de onda é que quanto maior o valor da indutância L em
relação ao valor da resistência R1, maior será o tempo que o diodo conduzirá , chegando a apresentar
tensões negativas na carga por um certo tempo. Isto é devido a um tempo maior para que a corrente
chegue a zero e consequentemente fazer com que o diodo se bloqueie. No caso onde a resistência R1
for muito maior que L, a corrente se torna zero muito mais rapidamente e assim a tensão negativa na
carga se apresentará por um tempo muito menor.
L1 L2
Como pode ser visto na Tabela 2, com o aumento do valor da indutância L , há um aumento do
ângulo β (graus), que se caracteriza por ser o ângulo onde a corrente na carga chegue a zero e onde há o
corte do diodo.
Montou-se o circuito da Figura 11 para estudar seu comportamento com diodo de circulação.
Figura 11 Retificador monofásico de meia onda com diodo de circulação, carga R-L.
Figura 12 Forma de onda da tensão VD1 (CH1) e corrente VID1 (CH2) no diodo D1.
Figura 13 Forma de onda da tensão VD2 (CH1) e corrente VID2 (CH2) no diodo D2.
Figura 14 Forma de onda da tensão VO (CH1) e corrente VIO (CH2) na carga R-L.
Para qualquer tipo de retificador, nos instantes que ocorre a transferência de corrente de um par
de diodos para outro, caso exista alguma indutância presente na conexão de entrada, esta transição não
pode ser instantânea.
Quando a alimentação é feita por meio de transformadores este fenômeno se acentua, embora
ocorra sempre, uma vez que as linhas de alimentação sempre apresentam alguma característica
indutiva. Em tais situações, que representam os casos reais, durante alguns instantes estão em condução
simultânea o diodo que está entrando em condução e aquele que está sendo desligado. Isto significa,
do ponto de vista da rede, um curto-circuito aplicado após as indutâncias de entrada, L. A tensão
efetiva na entrada do retificador será a média da tensão presente na fase, num circuito monofásico
alimentando carga indutiva. A soma da corrente pelas fase em comutação é igual à corrente drenada
pela carga. Quando termina o intervalo de comutação, a tensão retorna à sua forma normal (neste caso
em que o di/dt em regime é nulo). Quando a carga é capacitiva, as indutâncias de entrada atuam no
sentido de reduzir a derivada inicial da corrente. Neste caso, como a corrente apresenta-se variando, as
mesmas indutâncias apresentarão uma queda de tensão, de modo que a tensão V mostra-se
significativamente distorcida.
Encontrou-se valores teóricos e experimentais de IOmédio, IOeficaz e VOmédio, como também das correntes
médias nos diodos, mostrados na Tabela 3.
Experimenta Teórico
l
CONCLUSÕES
Neste experimento foi possível se familiarizar com os retificadores de vários tipos, comos os
retficadores meia onda e retificadores com diodo de roda livre; nestes retificadores foi utilizados tanto
cargar puramente resistivas, assim como cargas indutivas.
Observou-se também que em retificadores que alimentam cargas indutivas ocorre condução durante
o semi-ciclo negativo da tensão e este problema pode ser resolvido com a utilização de um diodo de
roda livre que se encarrega de conduzir durante o período em que ocorreria a condução no semi-ciclo
negativo. A indutância é importante quando se deseja uma forma de onda contínua da corrente na carga
e, quanto maior é o valor da mesma, mais contínua se apresentará a corrente na carga.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1) BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY , Louis. Dispoditivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.
ed 8ª - Editora. PEARSON. Tradução: Rafael Monteiro Simon. São Paulo, 2009.