Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ERRATA
9 Direito Administrativo
Brasília
2007
© 2007 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei
nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem
autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios
empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos,
microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à
editoração da obra, bem como às suas características gráficas.
SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO
Cinara Cristina Teixeira Guimarães
Distribuição e Vendas
SEPN 509 – Ed. Contag – 3º andar
CEP 70750-502 – Brasília/DF – Brasil
Tel.: (61) 3034-9576 – Fax: (61) 3347-4399
SAC: 0800 600 4399 (ligação gratuita)
w w w. v e s t c o n . c o m . b r
LEI Nº 197/91
(REGIME JURÍDICO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS DO DF)
Comentário
Como é sabido, o Distrito Federal, na Constituição de 1988, adquiriu a capa-
cidade de auto-organização, de autogoverno, de autolegislação e de auto-adminis-
tração. Em função disso, passou este ente federativo a possuir competência para
estabelecer o regime jurídico de seus servidores, o que fez editando a Lei Distrital
nº 197, em 4 de dezembro de 1991.
Com efeito, o art. 5º da referida Lei Distrital, assim dispõe: A partir de 1º de janeiro
de 1992, aos servidores da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito
Federal aplicar-se-ão, no que couber, as disposições da Lei Federal nº 8.112, de 11
de dezembro de 1990, e legislação complementar, até aprovação do Regime Jurídico
Único dos Servidores Públicos do Distrito Federal pela Câmara Legislativa.
A lamentável técnica legislativa ao elaborar a Lei nº 197/91 consistiu em
mandar que fossem aplicadas ao Distrito Federal as disposições contidas na Lei
nº 8.112/90. Ou seja, se alguém almejasse ter acesso ao regime jurídico dos ser-
vidores do DF deveria, por óbvio, ler o texto da Lei nº 8.112/90, da forma como
estava vigendo em 4 de dezembro de 1991.
3
Meses depois da promulgação da Lei nº 197/91, a Lei nº 8.112/90 foi alte-
rada. Com isso, surgiu a seguinte pergunta: As modificações perpetradas na Lei
nº 8.112/90, após 4 de dezembro de 1991 (data da promulgação da Lei Distrital
nº 197/91), aplicam-se ao Distrito Federal? Após muita discussão sobre o assunto,
o STF se manifestou, na ADIn nº 1.261, no sentido de que as alterações perpetradas
na Lei nº 8.112/90 não se aplicam, de imediato, aos servidores do DF.
Corroborando o que foi dito acima, assim se manifestou o Ministro Otávio
Gallott:
4
efeitos pertinentes à política de remuneração estabelecida pela União em favor
dos servidores federais.
(Mandato de Segurança, julgado pelo Conselho Especial, relator De-
sembargador Jerônimo de Souza – 2003)
Neste itinerário mental, fica patente que as alterações efetuadas na Lei Federal
nº 8.112/90, a partir de 4 de dezembro de 1991, não têm aplicação automática no
Distrito Federal. Portanto, caso o Distrito Federal queira contemplar seus servi-
dores com as alterações ocorridas na esfera federal ou estabelecer regras diversas
dos servidores da União, deverá editar lei distrital neste sentido.
Para que se esclareça o que aqui está sendo dito, pedimos vênia para trans-
crever quadro comparativo inserto na memória do Projeto de Decreto Legislativo
nº 7/2007, de autoria do ilustre Consultor Legislativo da Câmara Legislativa do
DF, advogado e professor de Língua Portuguesa, Dr. José Willemann.
“Em resumo, tem-se o seguinte quadro:
5
e) art. 77, caput e § 1° (Lei nº 1.569/1997: período aquisitivo de férias);
f) art. 78, § 1° (Lei nº 988/1995: conversão em pecúnia de 1/3 de férias);
g) art. 91 (Lei nº 1.864/1998: licença para assuntos particulares);
h) arts. 100 e 101 (Lei nº 1.864/1998: tempo de serviço);
i) art. 192 (Lei nº 1.864/1998: aposentadoria com padrão superior);
j) arts. 232 a 235 (Lei nº 1.169/1996: contratação temporária);
k) art. 240, alínea c (Lei nº 2.671/2001: consignação em folha para entidade
sindical).”
Gozo de abono anual. Lei Distrital Não existe este abono na esfera fe-
nº 1.303/96. deral.
6
DECISÃO Nº 3756/2007
O Tribunal, por unanimidade, de acordo com o voto do Relator, tendo em
conta a instrução e o parecer do Ministério Público, decidiu: II – determinar
à Secretaria de Saúde do Distrito Federal que, no prazo de 10 (dez) dias: 1)
retifique o Edital nº 12/2007, publicado no DODF de 16/7/2007, de modo a: c)
deixar claro, no item 1.6, subitem 1, do Anexo I (Dos objetos de avaliação),
que a Lei nº 8.112/90 ali mencionada é aquela recepcionada no Distrito
Federal pela Lei nº 197/91.
7
Parágrafo único. Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício
de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo
o servidor ser convocado sempre que houver interesse da administração.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro)
meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
O art. 41 da Constituição Federal, na redação da Emenda Constitucional nº 19/98,
aumentou para três anos o tempo de efetivo exercício para aquisição da estabilidade,
o que implica, tacitamente, o aumento do período de estágio probatório.
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida
à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor,
realizada de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento do sistema de
carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos
incisos I a V deste artigo.
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se
estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no
parágrafo único do art. 29.
Art. 29.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro...”,
leia-se:
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atri-
buições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho
semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas
e oito horas diárias, respectivamente. (Artigo com a redação da Lei nº 8.270, de
17/1/91. Embora a redação desse artigo seja posterior à publicação da Lei nº 197,
de 4/12/91, o Tribunal de Contas do Distrito Federal a considera aplicável aos
servidores públicos do Distrito Federal: Decisões nº 2.162/04, 4.775/02 e 2.192/02.
Por outro lado, pela decisão tomada na ADI nº 2004.00.2.008459-7 pelo Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e Territórios, a Lei nº 34, de 12/7/89, foi revogada
pela Lei nº 197, de 4/12/91. Atualmente, a matéria está tratada nas Leis nº 948, de
30/10/95, e 2.663, de 4/1/01.)
§ 1° O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança é submetido
ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que
houver interesse da Administração.
§ 2° O disposto neste artigo não se aplica à duração de trabalho estabelecida
em leis especiais.
Art. 20. (Artigo inaplicável ao Distrito Federal: Lei nº 3.648, de 4/8/05.)
8
• Na p. 52, art. 23, onde se lê:
“Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para
outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou
instituição do mesmo Poder.”,
leia-se:
Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para
outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou
instituição do mesmo Poder. (O STF considera a transferência inconstitucional:
ADIn nº 837-MC/DF, publicada no Diário da Justiça, de 23/4/93.)