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DINÂMICAS TEATRAIS APLICADAS ÀS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Fabiana Jorge da Silva

Centro de Comunicação e Letras – Universidade Presbiteriana Mackenzie


Rua Piauí, 143 – 01241-001 – São Paulo – SP.

Resumo. Nesta monografia, aborda-se a importância do lúdico no processo de ensino-


aprendizagem, especialmente, no tocante ao ensino de Língua Portuguesa, tendo como
sustentação os estudos teóricos do Teatro como Stanislavisk e Spolin, na Educação os estudo
teóricos de Freire e seus colaboradores sobre a política libertadora e no Ensino de Língua
Portuguesa. Com base em pesquisa de campo busca-se demonstrar a importância do teatro
como fonte de atividade lúdica e os benefícios que essas atividades propiciam para a formação
educacional necessária à uma vida em sociedade. Nessa perspectiva, o lúdico é valiosa
ferramenta para o desenvolvimento do educador e do educando.
Palavras-chave: ensino-aprendizagem, jogos lúdicos, interação professor-aluno.

Abstract. This project aims to analyze the importance of playing in the teaching and learning
process, especially in teaching Portuguese Language supported by theater theoretic studies, the
upbringing and the native language. The market research tries to demonstrate how important
the theater is as a source of playful educational activity, and the benefits that these activities
offer in helping the educational foundation required for living in society. In this perspective,
games are a valuable resource for teacher-learner development and interaction.

Key words: teaching and learning process, games, teacher-learner interaction.


1. Introdução
Com este estudo, objetiva-se destacar a importância da atividade lúdica como meio facilitador
para o aprendizado de Interpretação de Texto em Língua Portuguesa, já que está disciplina,
quando ensinada pelo método tradicional, na maioria das vezes, não faz com que o aluno se
sinta estimulado para ler e interpretar textos. Desse modo, o aluno não consegue absorver seu
conteúdo, prejudicando o seu desempenho escolar. Já que o entendimento de uma mensagem é
essencial para que o indivíduo possa refletir e respondê-la adequadamente.
Pelo fato de o jogo ser uma atividade que libera a espontaneidade e criatividade, a sua
essência é ousar, correr riscos, suportar a incerteza e a tensão, o que possibilita uma formação
educacional necessária para uma vida em sociedade, pois a sua dinâmica impõe regras, que
devem ser seguidas por todos para alcançar um objetivo comum, permitindo que o indivíduo
se liberte e se envolva com o grupo.
É fundamental tomar consciência de que a atividade lúdica infantil fornece informações
elementares a respeito da criança: suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu
desempenho físico-motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível lingüístico e sua
formação moral.
O jogo representa para a criança muito mais do que o simples ato de brincar. Já, para o
professor, o jogo constitui uma fonte de dados para compreender melhor como se dá o
desenvolvimento infantil.
Quando se pensa em atividade lúdica se deve levar em consideração:
-o tempo e espaço de brincar.
-a relação entre meios e fins.
-o (s) parceiro(s) do jogo.
-os objetos do jogo.
Vale lembrar que o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida
humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica.
A criança, e mesmo o jovem, opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo
ela não é lúdica, não é prazerosa.
Visto que o sistema atual de ensino privilegia o modelo tradicional, muitas vezes, os alunos
tornam-se simples reprodutores de informações não conseguindo entender e refletir a
importância do que foi ensinado em sala de aula. Essa falta de reflexão e desenvolvimento do
pensamento crítico interfere na interpretação e produção de textos.
Em geral, os alunos não têm o hábito de ler, pois acreditam que a leitura é tediosa e a
inadequação dos livros conforme as suas faixas etárias causam uma grande dificuldade no
entendimento do texto. Aumentando, ainda mais, a distância entre os educandos e o universo
fantástico da literatura.
Assim, os jovens leitores criam grandes obstáculos no ato da leitura o que faz com que eles
ignorem, muitas vezes, as importantes histórias clássicas que propiciam um maior
conhecimento de mundo para o leitor, dando a possibilidade de reflexão e de vivenciar com
outro universo.
Os estudos pedagógicos revelam que:
O fato de todos nós termos tido tão pouca chance de testemunhar modelos
libertadores faz com que seja mais fácil culpar a matéria em si, em vez de reinventar
o ensino através das discussões e preleções dialógicas. Em segundo lugar, os cursos
de Redação, Comunicação e Literatura podem ter corpos-de-conhecimento tão
imponentes quanto qualquer outra disciplina. Esses cursos têm sido dados,
tradicionalmente, de forma passiva, que aliena e silencia os estudantes, pela voz
sonolenta do professor e pelos materiais distantes dos estudantes (Freire, 1997,
p.63).
Desse modo o ser humano apresenta maior facilidade de compreensão quando o conteúdo está
associado ao lúdico. Tais atividades lúdicas são essenciais para facilitar a transmissão de
conhecimento.
Assim, os alunos conseguem apreender em um ambiente mais descontraído e harmônico,
no qual o papel do professor é de intermediador do conhecimento. Claro, que as atividades de
cunho lúdico não abarcariam toda a complexidade que envolve o processo educativo, mas
poderiam auxiliar na busca de melhores resultados por parte dos educadores interessados em
promover mudanças. Essas atividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para
tomar a sala de aula um ambiente alegre e favorável.
É importante ressaltar que esta pesquisa não tem como meta formar educadores e
educandos em atores e sim utilizar as dinâmicas teatrais como meio facilitador na sala de aula.
Já que estudos demonstram que “as técnicas do teatro são técnicas da comunicação”
(Spolin, 2005, p.12), constituindo um dos recursos mais poderosos de que o educador se possa
valer para promover um harmonioso amadurecimento emocional e intelectual dos seu
educandos.
O lúdico pode estar presente também em sala de aula sendo uma importante metodologia
no processo ensino – aprendizagem, pois até então, resumiam o lúdico somente às aulas de
Recreação e Educação Física.
Atualmente, muitos projetos são desenvolvidos para facilitar a aprendizagem na sala de
aula, uma vez que, o jogo é atividade que possibilita a liberação da espontaneidade e
criatividade. Os jogos dramáticos utilizados no teatro como ferramentas para a preparação do
ator podem ser agente incentivador no Ensino de Interpretação de Texto em Língua
Portuguesa.
2. As Dinâmicas teatrais como fonte do lúdico
O emprego da técnica de jogos teatrais, utilizados para familiarizar o ator com a sua
personagem, na educação contribui para o melhor desenvolvimento da percepção através do
ouvir, ver, falar, sentir, cheirar, deslocar, fazendo com que o educando vivencie cada um
desses sentidos, contribuindo para o autoconhecimento e reconhecimento do mundo.
Segundo Spolin (2005, p.13):
Quando o aluno vê as pessoas e as maneiras como elas se comportam quando juntas,
quando vê a cor do céu, ouve os sons no ar, sente o chão sob seus pés e o vento em
sua face, ele adquire uma visão mais ampla de seu mundo pessoal e seu
desenvolvimento como ator é acelerado. O Mundo fornece material para o teatro, e
o crescimento artístico desenvolve-se par e passo com o nosso reconhecimento e
percepção do mundo e de nós mesmos dentro dele.

Assim, esses jogos, propiciam que o indivíduo e o grupo experimentem novas sensações
que favoreçam o seu desenvolvimento quanto à criatura humana. Essas dinâmicas possuem o
privilégio de desenvolver, ao mesmo tempo, a percepção individual como, também a coletiva.
Uma vez que o teatro é um grande jogo, pois possibilita integração entre os elementos
previsíveis e imprevisíveis da vida humana que determinam o resultado a ser obtido. No
momento da apresentação o elenco estará envolvido, ao mesmo tempo, com elementos que ele
domina, isto é, o texto e suas ferramentas para expressá-lo e com o desconhecido: as reações
do público. Nota-se que para se chegar a essa etapa existem regras a serem seguidas, pré-
determinadas tanto para o elenco como para o público, conhecedores do jogo que devem
chegar no horário, prestar atenção no que está sendo dramatizado. Assim, todos contribuem ou
não para um bom resultado final do espetáculo. Por sua vez, para que o elenco transforme o
texto em elemento previsível, ele precisa buscar meios que o familiarizem com história, com o
modo de pensar e sentir da sua personagem.
Desse modo, os atores ensaiam durante meses para se aproximarem do modo de vida e
época das suas personagens com o objetivo de transportar o público para a narrativa. Durante
os ensaios o elenco utiliza os jogos teatrais para a construção da personagem. Ao construir a
personagem, o ator se descobre como ser, isto é, o jogo teatral revela quem se é. A
apresentação é o momento do reconhecimento do trabalho de pesquisa feito pelo elenco para
se contar os costumes de determinada sociedade. Assim, público e atores, juntos farão o
espetáculo.
Por meio das atividades lúdicas, da mímica e da expressão corporal, poderá ser observado
o processo de desenvolvimento global do educando, que poderá desenvolver o gosto pelas
artes, valorizando as atividades culturais; interpretando o potencial das palavras e do corpo
como fontes inesgotáveis de motivação cognitiva e afetiva. Relacionando as suas emoções
vivenciadas, ao longo dessas dinâmicas, com a sua vida cotidiana. Dessa forma, que a prática
teatral é reconhecida, pelos estudiosos como Spolin (2005), não só como um meio a serviço da
didática, mas também como uma forma de conhecimento e experiência válida por ela mesma.
O jogo teatral pode ser visto, como um meio facilitador no ensino-aprendizagem cabendo
ao educador direcioná-lo para um melhor aproveitamento dos educandos. Essa ferramenta é
muito utilizada na preparação do ator, tornando o teatro uma grande fonte dos jogos lúdicos.
Uma vez que para que o ator represente com naturalidade é preciso que ele vivencie, isto é,
que ele se ponha no lugar do outro. Assim essas dinâmicas teatrais são utilizadas para que o
ator possa perceber suas próprias emoções, as emoções das suas personagens, dos seus colegas
e do seu público, ou seja, estabelece, ao mesmo tempo, uma conexão com o indivíduo e com o
coletivo.
Ao ceder por empréstimo algumas de suas técnicas e recursos para tal programa de ação, o
teatro estará cumprindo uma das mais nobres missões: contribuir para o desenvolvimento mais
amplo e harmonioso da personalidade de todos integrantes da coletividade.
Conforme Spolin (2005, p.9):
Para o aluno que esta iniciando a experiência teatral, trabalhar com um grupo dá
segurança, por um lado e, por outro lado, representa uma ameaça. Uma vez que a
participação numa atividade teatral é confundida por muitos como exibicionismo ( e
portanto com o medo de se expor), o indivíduo se julga isolado contra muitos.

O teatro na escola enfrenta algumas barreiras. Uma delas é o fato de tornar as


dramatizações feitas em sala de aula, em meros “teatrinhos” causando algumas frustrações nos
educandos. Isso se deve ao fato de que muitos professores não possuem conhecimento para a
aplicação dos jogos teatrais.
Afirma Marcellino (1986, p.60): “Considero que viver o lúdico é viver o momento, o
presente, o agora. E esse não representa a volta ao passado ou a preparação para o futuro”. Sob
essa perspectiva o lúdico pode estar presente na vida de todos independentemente de sua
classe social ou faixa etária.
É interessante ressaltar, o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida
humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica.
A criança e mesmo o jovem opõem uma resistência ao ensino porque acima de tudo ela não é
lúdica, não é prazerosa.

3. O lúdico e o ensino de língua materna


A relação teatro e aulas de interpretação de texto podem auxiliar o ensino-aprendizagem,
contribuindo para que o educando se torne um leitor interessado e esclarecido.
Segundo trabalhos como os de Micheletti (2000, 65):
A leitura é um ato solitário, depende da vontade de um eu e de sua capacidade de
posicionar-se diante do discurso do outro. Mas se ela ocorre na escola, o professor
pode atuar, como um mediador, comentando aspectos da organização do discurso e
transmitindo informações que possam auxiliar o aluno a enveredar por esse
intricado mundo das letras.

Neste caso, também, pode-se dizer que o professor é um mediador que busca técnicas
novas para ler o texto para seus alunos. Estes recursos podem ser encontrados nos jogos
teatrais que visam o conhecimento de si próprio e do mundo.
Para isso é preciso que se trabalhe com e no texto, tanto os seus aspectos denotativos como
os conotativos. O primeiro momento o aluno pesquisa os significados das palavras, no
segundo ele deverá interpretar o significado oculto delas. Neste momento cabe ao professor
conduzir o caminho despertando a participação dos alunos, através dos jogos de preparação do
ator.
De acordo com Possenti (1998, p.30-31):
Saber falar significa saber uma língua. Saber uma língua significa saber uma
gramática. (...) pode-se dizer que saber uma gramática é saber dizer e saber entender
frases. Quem diz e entende frases faz isso porque tem um domínio da estrutura da
língua.
O mais valioso método é a junção do estudo tradicional com a oralidade, cabendo ao
professor trabalhar com as duas variantes da língua e ensinar qual é mais adequada nas
diferentes circunstâncias que o aluno enfrentará durante o seu dia-a-dia.
A associação do lúdico e o prazer para a aquisição do conhecimento permitem uma
poderosa ferramenta para o professor conquistar o interesse dos seus alunos. Nessa
perspectiva, a ausência de prazer na sala de aula pode gerar a indisciplina, já que está pode ser
vista como reação ao “jogo do poder” imposto pelo professor.
A partir desta perspectiva, estudiosos como Alves, dentre outros acreditam que o
importante é despertar no aluno o gosto por aprender, associando o prazer em estudar. Cabe ao
professor, mediador do conhecimento, ousar para fazer com que o educando saboreie o
processo de aprendizagem. “... Esta é a regra fundamental desse computador que vive no
corpo humano: só vai para a memória aquilo que é objeto do desejo. A tarefa primordial do
professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando aprenda” (Alves, 1994, 41-42).
Já que, muitas vezes, o professor prefere ministrar a sua aula pelos métodos tradicionais
por medo de se arriscar e perder o controle da turma. Uma vez que a atividade lúdica é
dinâmica e propõe uma reflexão do indivíduo perante a sociedade.
O professor tem que estar ciente do papel que ocupa em sala de aula, ele é um mediador
entre os alunos e a sociedade, como comenta Freire (1997,60):
Esta é uma grande descoberta: a educação é política! Depois de descobrir que
também é um político, o professor tem de se perguntar: “Que tipo de política estou
fazendo em classe?” Ou seja: “Estou sendo um professor a favor de quem?” Ao se
perguntar a favor de quem está educando, o professor também deve perguntar-se
contra quem está educando. Claro que o professor que se pergunta a favor de quem
e contra quem está educando também deve está ensinando a favor e contra alguma
coisa. Essa ”coisa” é o projeto político, o perfil político da sociedade, o “sonho”
político. Depois desse momento, o educador tem que fazer a sua opção, aprofundar-
se na política e na pedagogia de oposição.

Diante desta visão, o professor deve se questionar de quem e para quê seu trabalho será
feito e, ainda mais, se conscientizar do papel que ocupa na sociedade. É claro que só a
Educação não irá mudar o mundo, porque a transformação da sociedade consiste em uma série
de pequenas mudanças e a Educação é uma delas.
Assim, a educação libertadora possibilita uma relação de importância entre educador e
educando no processo de educação, eliminando a única e absoluta importância do professor.
Desse modo, o que diferencia o educador do educando é o fato do primeiro ter mais
experiência de vida, mas ambos são peças fundamentais para o bom êxito do processo.

4. Conclusão
Nota-se que o jogo está presente em todas as áreas, isto é, nas relações sociais, cabendo ao
emissor, nesses três casos o professor-diretor escolher qual o tipo de “jogo” que será feito ao
longo de seu trabalho, ou seja, qual a relação que estabelecerá com o seu grupo.
Com base no próprio sentido da palavra “grupo”; que se refere a um conjunto de pessoas
que desejam e trabalham pelo mesmo propósito. Pode-se estabelecer um paralelo com o papel
do professor que nesse caso, é o de mediador e incentivador de espírito de equipe, deixando de
lado o autoritarismo em suas aulas.
Visto que em tese o grupo de educandos possui como objetivo: aprender, enquanto a meta
do grupo docente é de ensinar. O que dificulta muitas vezes é que quando acontece o encontro
entre professores e alunos, nem sempre o grupo docente se utiliza às maneiras mais adequadas
para atingir seu objetivo, em contrapartida os alunos, muitas vezes reagem agressivamente às
estas regras impostas.
Assim, o professor, no momento em que entra na sala de aula, tem a opção de estabelecer
um grupo, ou uma guerra de poderes. Isto é, o professor forma um grupo quando conscientiza
que todos, igualmente, são importantes e responsáveis pelo processo de ensinar e aprender
mutuamente. De modo contrário, pode gerar um confronto e uma briga de poderes entre o seu
papel e os alunos; que subdividem em aqueles que acatam suas ordens, ou aqueles que as
protestam por meio da bagunça.
Por sua vez, esta indisciplina pode ser decorrente de, simplesmente, não fazer os exercícios
propostos em sala de aula até uma atitude de constante agressividade com o professor. Fato
esse que além de ocasionar um grande tumulto nessa relação, gera um enorme obstáculo ao
processo de ensino-aprendizagem.
Segundo essa perspectiva, o professor promove o “jogo do poder”, em que ele se torna rival
dos alunos e mede quem possui mais força, já que dita ordens e quer encontrar estudantes que
as acatam sem nada contestar. Como já foi dito, nem sempre os alunos obedecem, protestando
por meio da indisciplina, enquanto o professor responde através do autoritarismo.
Vale ressaltar que a função do professor não é fazer com que os educandos obedeçam às
suas regras sem refleti-las e sim que eles respeitem seu trabalho e absorvam as suas sugestões
de estratégias para o processo de construção do conhecimento.
Segundo Marcellino, (1986, 59):
Quero falar aqui de um jogo, o “jogo do saber”. Pode-se praticá-lo em vários locais,
ou melhor, em todo em qualquer espaço social, de uma maneira ou de outra.
Sendo assim, toda a sociedade seria como uma sala de aula, sem limites de paredes
ou teto. Mas, ele tem, ou deveria ter, na sala de aula das escolas um espaço
privilegiado para o seu exercício. Dessa forma, procurarei apontar aqui, algumas
características do “jogo do saber” dentro dos limites da sala de aula.
Falar do “jogo do saber” é tentar recuperar o caráter lúdico do ensino /
aprendizagem...

Nesse caso, o educador coloca em ação o “jogo do conhecimento”, em que promove um


ambiente de diálogo na sala de aula, propicio para a troca de experiências, levando, assim, o
educando ao exercício da criatividade e da liberdade de expressão.
Então, percebe-se que as dinâmicas teatrais auxiliam tais exercícios, pois através delas o
indivíduo pode liberar com maior facilidade suas emoções e sua habilidade de criação, estando
em contato com diferentes maneiras de interpretar o mundo, ou seja, o texto.
Nota-se que como o ator o professor deve ter um domínio do seu corpo, ou seja, de sua voz,
de suas emoções, já que o corpo é instrumento transmissor de sua mensagem, de seu
conhecimento. Por sua vez, as dinâmicas favorecem essa percepção e o domínio das
habilidades físicas, de tal forma que familiariza o indivíduo com os seus recursos próprios:
entonação de voz e postura, fazendo com que se sinta preparado para lidar com as situações
inesperadas que as relações humanas proporcionam.
Dessa forma, pode-se concluir que a inclusão do lúdico em sala de aula não só favorece a
qualidade na transmissão do conteúdo escolar como, também, facilita a percepção do aluno em
relação ao vocabulário e aos recursos lingüísticos utilizados pelo autor para a construção do
texto. Assim, estimulando os educandos a expressarem as suas idéias através da escrita e da
oralidade sem o medo de se expor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem. Pensar. Revista Psicopedagogia. 13 (31):41-42,1994.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. A sala de aula como espaço para o “jogo do saber” in:
A sala de aula: que espaço é esse? 2ed. Campinas, SP, Papirus, 1986.

MICHELETTI, Guaraciaba. Leitura e ficção do real: o lugar da poesia e da ficção. Coleção


aprender e ensinar com textos, v.4. São Paulo: Cortez, 2000.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo, Perspectiva, 1963.

POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP, Mercado de
Letras: Associação de Leitura do Brasil,1996

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