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O Plano Cartesiano
O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou
para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b) (b,a) se a b.Os dois eixos
dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que tais eixos são
retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90 graus). Os
nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a figura, com
as cores da bandeira do Brasil.
Produto Cartesiano
Axb = { (x,y): x A e y B }
Observe que axb bxa, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: axø=Ø=øxb.Se A possui m elementos e B possui n elementos, então axb
possui mxn elementos.Exemplo: Dados A={a,b,c,d} e B={1,2,3}, o produto cartesiano
axb, terá 12 pares ordenados e será dado por:
Axb = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
Relações no Plano Cartesiano
A relação mostrada na figura acima é:R = { (a,3), (b,3), (c,2), (c,3), (d,2), (d,3) }.Uma
relação R de A em B pode ser denotada por R:A B.Exemplo: Se A={1,2} e B={3,4}, o
produto cartesiano é axb={(1,3),(1,4),(2,3),(2,4)} e neste caso, temos algumas
relações em axb:R1={(1,3),(1,4)},R2={(1,3)},R3={(2,3),(2,4)}
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma: O conjunto A é o domínio da relação R,
denotado por Dom(R) e B é o contradomínio da relação, denotado por codom(R).
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações Inversas
Seja R uma relação de A em B. A relação inversa de R, denotada por R -1, é definida de
B em A por: R-1 = { (y,x) bxa: (x,y) R }
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de Relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e y
A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
F:A B
O domínio A da relação.
O contradomínio B da relação.
Todo elemento de A deve ter correspondente em B.
Cada elemento de A só poderá ter no máximo um correspondente no
contradomínio B.
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em axb, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
É uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
Neste caso Dom(R)=[-a,a] e codom(R)=[-a,a].
Não é uma função em axb, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Não é uma função em axb, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Exemplos:F(x)=-3x+1,F(x)=2x+7,F(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função f:R
R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Funções cúbicas
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado. Consideremos a função real que
calcula a raiz quadrada de um número real. Deve estar claro que a raiz quadrada de -1
não é um número real, assim como não são reais as raízes quadradas de quaisquer
números negativos, dessa forma o domínio desta função só poderá ser o intervalo [0,
), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os reais.Como nem todos os elementos
do contradomínio de uma função f estão relacionados, define-se a Imagem de f,
denotada por Im(f), como o conjunto de todos os elementos do contradomínio que
estão relacionados com elementos do domínio de f, isto é:
Ou de forma equivalente
Exemplos:
Funções sobrejetoras
Exemplos:
Funções bijetoras
Uma função f:A B é bijetora se ela é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Função decrescente: Uma função f é decrescente, se para quaisquer x e y do Domínio
de f, com x<y, tivermos f(x)>f(y). Isto é, conforme o valores de x aumentam, os valores
da imagem de x pela função f diminuem.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções Compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções Inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.
Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos, tabelas
e ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de comunicação. Um
texto com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo, agradável e de fácil
compreensão. Não é só nos jornais ou revistas que encontramos gráficos. Os gráficos
estão presentes nos exames laboratoriais, nos rótulos de produtos alimentícios, nas
informações de composição química de cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em
todos os lugares. Ao interpretarmos estes gráficos, verificamos a necessidade dos
conceitos de plano cartesiano.
O Sistema ABO dos grupos sangüíneos é explicado pela recombinação genética dos
alelos (a,b,o) e este é um bom exemplo de uma aplicação do conceito de produto
cartesiano. Uma aplicação prática do conceito de relação é a discussão sobre a
interação de neurônios (células nervosas do cérebro).
O Plano Cartesiano
O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou
para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b) (b,a) se a b.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que
tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90
graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a
figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Produto Cartesiano
Observe que axb bxa, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: axø=Ø=øxb.
Axb = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
Domínio e Contradomínio de uma Relação
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações Inversas
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de Relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e y
A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
F:A B
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em axb, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
É uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
Não é uma função em axb, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Não é uma função em axb, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. F(x)=-3x+1
2. F(x)=2x+7
3. F(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
1. F(x)=-3x
2. F(x)=2x
3. F(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
Exemplos:
1. F(x)=1
2. F(x)=-7
3. F(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função f:R
R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. F(x)=x²
2. F(x)=-4 x²
3. F(x)=x²-4x+3
4. F(x)=-x²+2x+7
Funções cúbicas
Exemplos:
1. F(x)=x³
2. F(x)=-4x³
3. F(x)=2x³+x²-4x+3
4. F(x)=-7x³+x²+2x+7
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais
as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta
função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os
reais.
Funções injetoras
Ou de forma equivalente
Exemplos:
Funções sobrejetoras
Exemplos:
Funções bijetoras
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções Compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções Inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.
Aplicações das relações e funções no cotidiano
Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos, tabelas
e ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de comunicação. Um
texto com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo, agradável e de fácil
compreensão. Não é só nos jornais ou revistas que encontramos gráficos. Os gráficos
estão presentes nos exames laboratoriais, nos rótulos de produtos alimentícios, nas
informações de composição química de cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em
todos os lugares. Ao interpretarmos estes gráficos, verificamos a necessidade dos
conceitos de plano cartesiano.
O Sistema ABO dos grupos sangüíneos é explicado pela recombinação genética dos
alelos (a,b,o) e este é um bom exemplo de uma aplicação do conceito de produto
cartesiano. Uma aplicação prática do conceito de relação é a discussão sobre a
interação de neurônios (células nervosas do cérebro).
O Plano Cartesiano
Cada ponto P=(a,b) do plano cartesiano é formado por um par ordenado de números,
indicados entre parênteses, a abscissa e a ordenada respectivamente. Este par
ordenado representa as coordenadas de um ponto.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que
tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90
graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a
figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Produto Cartesiano
Axb = { (x,y): x A e y B }
Observe que axb bxa, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: axø=Ø=øxb.
Axb = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
Relações no Plano Cartesiano
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações Inversas
Seja R uma relação de A em B. A relação inversa de R, denotada por R -1, é definida de
B em A por:
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de Relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e y
A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
Transitiva: Uma relação R é transitiva, se x está relacionado com y e y está
relacionado com z, implicar que x deve estar relacionado com z, ou seja: quaisquer
que sejam x A, y A e z A, se (x,y) R e (y,z) R então (x,z) R.
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
F:A B
O domínio A da relação.
O contradomínio B da relação.
Todo elemento de A deve ter correspondente em B.
Cada elemento de A só poderá ter no máximo um correspondente no
contradomínio B.
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em axb, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
É uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
Não é uma função em axb, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Não é uma função em axb, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Na sequência, apresentaremos alguns exemplos importantes de funções reais
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. F(x)=-3x+1
2. F(x)=2x+7
3. F(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
1. F(x)=-3x
2. F(x)=2x
3. F(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
Exemplos:
1. F(x)=1
2. F(x)=-7
3. F(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função f:R
R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. F(x)=x²
2. F(x)=-4 x²
3. F(x)=x²-4x+3
4. F(x)=-x²+2x+7
Funções cúbicas
Exemplos:
1. F(x)=x³
2. F(x)=-4x³
3. F(x)=2x³+x²-4x+3
4. F(x)=-7x³+x²+2x+7
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais
as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta
função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os
reais.
Ou de forma equivalente
Exemplos:
Funções sobrejetoras
Exemplos:
Funções bijetoras
Uma função f:A B é bijetora se ela é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Função decrescente: Uma função f é decrescente, se para quaisquer x e y do Domínio
de f, com x<y, tivermos f(x)>f(y). Isto é, conforme o valores de x aumentam, os valores
da imagem de x pela função f diminuem.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções Compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções Inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.
Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos, tabelas
e ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de comunicação. Um
texto com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo, agradável e de fácil
compreensão. Não é só nos jornais ou revistas que encontramos gráficos. Os gráficos
estão presentes nos exames laboratoriais, nos rótulos de produtos alimentícios, nas
informações de composição química de cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em
todos os lugares. Ao interpretarmos estes gráficos, verificamos a necessidade dos
conceitos de plano cartesiano.
O Sistema ABO dos grupos sangüíneos é explicado pela recombinação genética dos
alelos (a,b,o) e este é um bom exemplo de uma aplicação do conceito de produto
cartesiano. Uma aplicação prática do conceito de relação é a discussão sobre a
interação de neurônios (células nervosas do cérebro).
O Plano Cartesiano
O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou
para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b) (b,a) se a b.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que
tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90
graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a
figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Produto Cartesiano
Observe que axb bxa, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: axø=Ø=øxb.
Axb = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
Domínio e Contradomínio de uma Relação
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações Inversas
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de Relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e y
A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
F:A B
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em axb, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
É uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
Não é uma função em axb, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Não é uma função em axb, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. F(x)=-3x+1
2. F(x)=2x+7
3. F(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
1. F(x)=-3x
2. F(x)=2x
3. F(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
Exemplos:
1. F(x)=1
2. F(x)=-7
3. F(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função f:R
R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. F(x)=x²
2. F(x)=-4 x²
3. F(x)=x²-4x+3
4. F(x)=-x²+2x+7
Funções cúbicas
Exemplos:
1. F(x)=x³
2. F(x)=-4x³
3. F(x)=2x³+x²-4x+3
4. F(x)=-7x³+x²+2x+7
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais
as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta
função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os
reais.
Funções injetoras
Ou de forma equivalente
Exemplos:
Funções sobrejetoras
Exemplos:
Funções bijetoras
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções Compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções Inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.
Aplicações das relações e funções no cotidiano
Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos, tabelas
e ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de comunicação. Um
texto com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo, agradável e de fácil
compreensão. Não é só nos jornais ou revistas que encontramos gráficos. Os gráficos
estão presentes nos exames laboratoriais, nos rótulos de produtos alimentícios, nas
informações de composição química de cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em
todos os lugares. Ao interpretarmos estes gráficos, verificamos a necessidade dos
conceitos de plano cartesiano.
O Sistema ABO dos grupos sangüíneos é explicado pela recombinação genética dos
alelos (a,b,o) e este é um bom exemplo de uma aplicação do conceito de produto
cartesiano. Uma aplicação prática do conceito de relação é a discussão sobre a
interação de neurônios (células nervosas do cérebro).
O Plano Cartesiano
Cada ponto P=(a,b) do plano cartesiano é formado por um par ordenado de números,
indicados entre parênteses, a abscissa e a ordenada respectivamente. Este par
ordenado representa as coordenadas de um ponto.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que
tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90
graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a
figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Produto Cartesiano
Axb = { (x,y): x A e y B }
Observe que axb bxa, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: axø=Ø=øxb.
Axb = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
Relações no Plano Cartesiano
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações Inversas
Seja R uma relação de A em B. A relação inversa de R, denotada por R -1, é definida de
B em A por:
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de Relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e y
A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
Transitiva: Uma relação R é transitiva, se x está relacionado com y e y está
relacionado com z, implicar que x deve estar relacionado com z, ou seja: quaisquer
que sejam x A, y A e z A, se (x,y) R e (y,z) R então (x,z) R.
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
F:A B
O domínio A da relação.
O contradomínio B da relação.
Todo elemento de A deve ter correspondente em B.
Cada elemento de A só poderá ter no máximo um correspondente no
contradomínio B.
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em axb, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
É uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
Não é uma função em axb, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Não é uma função em axb, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Na sequência, apresentaremos alguns exemplos importantes de funções reais
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. F(x)=-3x+1
2. F(x)=2x+7
3. F(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
1. F(x)=-3x
2. F(x)=2x
3. F(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função Identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
Exemplos:
1. F(x)=1
2. F(x)=-7
3. F(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função f:R
R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. F(x)=x²
2. F(x)=-4 x²
3. F(x)=x²-4x+3
4. F(x)=-x²+2x+7
Funções cúbicas
Exemplos:
1. F(x)=x³
2. F(x)=-4x³
3. F(x)=2x³+x²-4x+3
4. F(x)=-7x³+x²+2x+7
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais
as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta
função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os
reais.
Ou de forma equivalente
Exemplos:
Funções sobrejetoras
Exemplos:
Funções bijetoras
Uma função f:A B é bijetora se ela é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Função decrescente: Uma função f é decrescente, se para quaisquer x e y do Domínio
de f, com x<y, tivermos f(x)>f(y). Isto é, conforme o valores de x aumentam, os valores
da imagem de x pela função f diminuem.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções Compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções Inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções Polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.