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Sistemas Dicotômk:os

o mundo em que vivemos apresenta situações com dois estados apenas, que
mutuamente se excluem, algumas das quais tabelamos a seguir:

1 O
Sim Não

Dia Noite

Preto Branco

Ligado Desligado

Há situações como morno e tépido, diferentes tonal idades de vermelho etc. que
não se apresentam como estritamente dicotômicas, ou seja, com dois estados ex-
c1udentes bem definidos.

A Lógica começou a desenvolver-se com Aristóteles (384-322 a.C.) e os an-


tigos filósofos gregos passaram a usar em suas discussões sentenças enunciadas nas
formas afirmativa e negativa, resultando assim grande simplificação e clareza, com
efeito de grande valiíl em toda a Matemática. Por volta de 1666, Gottfried Wilhelm
Leibniz (1646-1716) usou em vários trabal hos o que chamou calculus ratiotinator,
ou logica mathematica ou logística. Estas idéias nunca foram teorizadas por
Leibniz, porém seus escritos trazem a idéia da Lógica Matemática.

No século XVIII, Leonhard Euler (1707-1783) introduziu a representação


gráfica das relações entre sentenças ou proposições, mais tarde ampliada por
John Ver.n (1834-1923), E. W. Veitch em 1952 e M. Karnaugh em 1953. Em
1847, Augustus DeMorgan (1806-1871) publ icou um tratado Formal logic envol- 17
vendo-se em discussão pública com o filósofo escocês William Hamilton (que nada
tinha a ver com o matemático William Rowan Hamilton). conhecido por sua aver-
são à Matemática, o qual, entre outras coisas escreveu: "A Matemática congela e
embota a mente; um excessivo estudo da Matemática incapacita a mente para as
energias que a filosofia e a vida requerem." George Soole (1815-1864), ligado pela
amizade a DeMorgan, interessou-se pelo debate entre o filósofo e o matemático,
escrevendo The mathematical analysis of logic (1848) em defesa de seu amigo;
mais tarde publicou um livro sobre Álgebra de Soole, chamado An investigation
of the laws of thought (1854) e em 1859 escreveu Treatise on differential equa-
tions no qual discutiu o método simbólico geral. O trabalho de George Soole foi
ampliado por Lewis Carrol (1896), Whitehead (1898), Huntington (1904 e 1933),
Sheffer (1913) e outros. Este período de desenvolvimento da Lógica culminou
com a publicação do Principia mathematica por Alfred North-Whitehead (1861-
-1947) e Sertrand Russell (1872-1970). que representou grande ajuda para
completar o programa sugerido por Leibniz, que visava dar uma base lógica para
toda a Matemática.

A Álgebra de Soole, embora existindo há mais de cem anos, não teve qual-
quer utilização prática até 1937, quando foi feita a primeira aplicação à análise
de circuitos de relés por A. Nakashima, que não foi bem-sucedido, pois, ao invés
de desenvolver a teoria já existente, tentou desenvolver a Álgebra Sooleana por
conceitos próprios. Em 1938 Claude E. Shannon mostrou, em sua tese de mestra-
do no Departamento de Engenharia Elétrica do M IT (Massachusetts Institute of
Technology), a aplicação da Álgebra de Soole na análise de circuitos de relés,
usando-a com rara elegância, o que serviu de base para o desenvolvimento da teo-
ria dos interruptores.

O assunto deste curso, ainda que elementar, visa mostrar as aplicações da


Álgebra de Soole ou Álgebra Lógica não só no processamento automático de dados
(computação), como também naautomatização da produção industrial, mediante
a utilização desta teoria aplicada aos fluidos.

Chamamos interruptor ao dispositivo ligado a um ponto de um circuito


elétrico, que pode assumir um dos dois estados: fechado (1) ou aberto (O). Quan-
do fechado, o interruptor permite que a corrente passe através do ponto, enquan-
to aberto nenhuma corrente pode passar pelo ponto.

_________ ~ ~---- aberto


Neste caso, somente conheceremos o estado do interruptor se tivermos' a indi-
cação de que a = 1 ou a = O. Conhecendo-se o estado de um interruptor a, pode-
remos denotar também por a qualquer outro interruptor que apresente o mesmo
estado de a, istb é, aberto quando a está aberto e fechado quando a está fechado.

Um interruptor aberto quando a está fechado e fechado quando a está aber-


to chama-se complemento (inverso ou negação) de a, e denota-se por a'.

Sejam a e b dois interruptores ligados em paralelo. Numa ligação em parale-


lo, só passará corrente se pelo menos um dos interruptores estiver fechado, isto é,
apresentar o estado 1. Denotaremos a ligação de dois interruptores a e b em para-
lelo por a + b. Então:

-c:~
Sejam a e b dois interruptores ligados em série. Numa ligação em série só
passará corrente se ambos os interruptores estiverem fechados, isto é, se a = b = 1.
Denotaremos a ligação de dois interruptores a e b em série por a • b ou simples-
mente ab. Então:

Assim, considerando os estados possíveis de serem assumidos pelos interrupto-


res nas ligações em série e em paralelo, podemos notar que:

0+0=0 O' O= O
0+1=1 O' 1 = O
1+0=1 1 • O= O
1+1=1 1 ' 1= 1
a+b=b+a a'b=b'a
a + a' = 1 a ' a' = O
a+O=a a ' O= O
a+1=1 a ' 1= a

Todas estas equações podem ser verificadas desenhando-se o circuito apro-


priado. As ligações de:

Ja-b~
-'-C:Y- ~a--c~

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