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Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição
“a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o
pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada
por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso
essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao
supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria
Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
Assim, existirá o acento grave quando o que foi dito anteriormente exigir a preposição
“a”. Veja:
Refiro-me a alguém.
Refiro-me a aquela mulher.
Refiro-me àquela mulher.
Agora veja: “Refiro-me àquela mulher que entrou agora” ou “Refiro-me à que entrou
agora.”
Ficará ainda mais claro se você substituir o pronome por outro que não comece com
“a”:
Não me refiro àquilo que aconteceu ontem. Refiro-me a isso que aconteceu agora.
Agora veja com mais exatidão: Você receberá o seu bônus quando este suceder àquele
dos minutos gratuitos.
Você receberá o seu bônus quando ele suceder a este plano de minutos gratuitos.
Comprou uma capa igual à (capa) que tinha estragado na última chuva.
O USO DA CRASE
A crase é simplesmente
De dois as a união
Um a que é um artigo
Mais um a preposição:
Rozenval nao foi à missa,
Mas vai à reunão.
Possessivo feminino
"Sua, nossa, tua,minha..."
Faculta o uso da crase:
"Vou já à minha casinha",
"Obedeça a sua mãe",
"Irei à tua festinha".
O a artigo da crase
Estando no singular
Com a palavra no plural
Não há como concordar:
"Eu vou a lojas no centro"
Não há como crasear.
Autor: Zé de Fátima
Co-autores:
Aracélia
Leandra
Cláudia
Vaniziana
Lilian
(Obs.: Esse foi um trabalho apresentado por professores de EJA do Curso de Formação
Continuada em Língua Portuguesa, no município de Itarema, no encerramento do
mesmo).
Texto complementar:
A crase não foi feita para humilhar ninguém. Esse aforismo*, criado há cinqüenta anos
pelo poeta Ferreira Gullar num momento de humor, agora está sendo usado como arma
para acabar com o acento grave (`) no a. Por meio do projeto de lei 5.154, de 2005, o
deputado João Hermann Neto quer acabar com a crase. Para justificar seu projeto, o
deputado cita a frase de Ferreira Gullar. Este discorda daquele e é incisivo:
- Minha frase foi uma brincadeira. Não tenho nada contra o acento indicador da crase.
Acho que acabar com ele não tem cabimento. Ainda mais dessa forma. A tendência de
tudo simplificar indica menosprezo pela inteligência alheia. Agora, quanto a dizer que
erram muito na identificação da crase, é verdade. Mas erram em tudo, não só na crase. É
só ler os jornais.
O professor Francisco Platão Savioli é mais agressivo na oposição:
- Nossa preocupação (de brasileiros) é que está rolando um tsunami político, e o cidadão
se preocupa com a folha que ameaça entupir a calha. Coisa irrelevante. Não tem
cabimento legislar sobre um assunto como esse. E fora de hora. A propósito, um
exemplo: A noite chegou. Outro: Lenise cheira a rosa. Como saber o sentido de frases
como essas, sem o acento? [ ... ]
Difícil discordar da argumentação de quem estudou o assunto tão bem e por tanto
tempo. No entanto, quando o Congresso tiver feito um bom expurgo no pedaço e estiver
menos atarefado, talvez possa discutir o projeto e iluminar definitivamente o tema. É o
que todos esperamos ansiosos.
A Concordância Nominal:
Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da
oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.
Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um
estudo separado de concordância verbal.
CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.
d) Pronomes de tratamento
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro
determinante.
i) Mesmo, bastante
j) Menos, alerta
k) Tal Qual
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.
l) Possível
m) Meio
n) Só
EXERCÍCIOS
9) Em qual alternativa apenas a segunda palavra dos parênteses pode ser usada
na lacuna?
a) Estudei música e literatura............................ ( francesa / francesas )
b) Histórias quanto.............................. tristes. ( possível / possíveis )
c) Nem um nem outro......................... fugiu. ( animal / animais )
d) Só respondia com .......................palavras. ( meio / meias )
Texto complementar:
Coisinha do Pai
Composição: Jorge Aragão, Almir Guineto
Francicarlos Diniz
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de
termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma
idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio.
Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há
"coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é
chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz:
"Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de
fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa
louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. Sampa também tem dessas
coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de
Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é
a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de
Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos
quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no
programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha
de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira
"coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB.
As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me
coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos
de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração
da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma
questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de
carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de
CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa
coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também:
"Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada
vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e
tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas,
por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está
sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está
na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando
se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma.
Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à toa
Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa
crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu
nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira
"cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós
amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as
melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde,
alegria e outras cossitas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida",
cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma
coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a
Deus sobre todas as coisas". Entendeu o espírito da coisa?
A partir da leitura do texto acima, crie um texto com uma semântica própria para a
palavra coisa, não se esqueça de fazer a concordância nominal correta.
Concordância verbal:
Regra geral:
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o
verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito
estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve
ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m)
é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará
como o verbo deverá ficar.
Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito “as
instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são
precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.
Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é uma expressão complexa, ou
uma palavra que suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora:
01) Coletivo: Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando,
multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que
indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte,
grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer três circunstâncias:
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a
conjunção e, o verbo ficará no plural.
Ex. Um milhão de pessoas assistiu ao comício
Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.
02) Mais de, menos de, cerca de, perto de: quando o sujeito for iniciado por uma dessas
expressões, o verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente.
Ex. Mais de uma criança se machucou no brinquedo.
Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.
Cerca de duzentos mil reais foram surripiados.
03) Nome próprio no plural: quando houver um nome próprio usado apenas no plural,
deve-se analisar o elemento a que ele se refere:
A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.
B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso
não haja artigo, o verbo ficará no singular.
Ex. Os Estados Unidos comandam o mundo.
Campinas fica em São Paulo.
Os Andes cortam a América do Sul.
04) Qual de nós / Quais de nós: quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de
vós ou ...de vocês, deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:
A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada
um, alguém, algum...), o verbo deverá ficar no singular.
Ex. Quem de nós irá conseguir o intento?
Quem de vós trará o que pedi?
Cada um de vocês deve ser responsável por seu material.
B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns,
muitos...), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com
o pronome nós ou vós.
Ex. Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?
Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.
Pronomes Relativos:
Textos complementares:
Meteoro
Luan Santana
Composição: Sorocaba
Observe o uso dos verbos na música interpretada por Luan Santana, repare que mesmo
sem expressar o sujeito em algumas passagens conseguimos identificá-lo, isto acontece
porque a desinência dos verbos nos remete à pessoa do verbo que é representada por um
pronome pessoal.
Exercício:
Reescreva a música passando o sujeito para a 3ª pessoa do singular e faça a
concordância verbal correta.
a) proveu – indispusesse
b) proviu – indispuzesse
c) proveio – indispuzesse
d) proveio – indispusesse
e) n.d.a.
Regência:
Regência Verbal
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma
preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode
ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da
frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser
empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
ACONSELHAR (TD e I)
AGRADAR
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
AGRADECER
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
ASPIRAR
Observação
não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a
elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
substantivo feminino (que exija o artigo)
ASSISTIR
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família sempre assistiu
ao Lar dos Velhinhos.
Observação
não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a
ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando
for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
Observação
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica,
certifica alguém de algo.
Observação
CHAMAR
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula / Chamei-o à
atenção.
Observação
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A qualidade
(predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou não.
CHEGAR, IR (Intrans.)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega,
chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não
complementação.
Observação
COGITAR
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso / O diretor
cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intrans.)
COMUNICAR (TD e I)
CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo
que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aqueles que menos o
desfrutam
ENSINAR - TD e I
ESQUECER, LEMBRAR
Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje / Resta aos
vestibulandos estudar bastante.
IMPLICAR
TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência,
acarretar.
Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suas palavras implicam
denúncia contra o deputado.
Observação
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa,
informa alguém de algo.
Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas férias terminou
Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-se na rua
Cassiano.
NAMORAR (TD)
Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta que estava sobre a
mesa.
Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
Observação
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a
pessoa.
Observação
as construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça
algo.
PRECISAR
PREFERIR (TD e I)
Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
PROCEDER
Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feitura das provas.
TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Esta madeira procede
do Paraná.
QUERER
Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que à própria vida.
RENUNCIAR
RESPONDER
Observação
REVIDAR (TI)
Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem
antipatizar-se.
Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.
SOBRESSAIR (TI)
VISAR
Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratos um a um.
Observação
Sinopse
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como
complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir,
referir-se, anuir.
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de),
acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para),
cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar
(de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre)
Regência nominal:
REGÊNCIA NOMINAL
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre
intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que
derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
nomes cognatos. Observe o exemplo:
Substantivos
Adjetivos
Advérbios
Longe de
Perto de
Exercícios:
Não há erro de regência em:
a- Custa-me muito entender as tuas evasivas.
b- Não os obedecemos, enquanto foram presunçosos.
c- Que horas você telefonou?
d- Informei-lhe do acontecido durante a Assembleia.
e- Essa será a conclusão que o presidente chegará.
Pontuação:
1. Vírgula
NOTA
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula
deve ser empregada:
b.
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz
alta, e ria, e roía as unhas.
c. Para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
d. Para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
e. Para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou
melhor, aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos
economizado durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
f. Para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
g. Para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
h. Para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
i. Para isolar os adjuntos adverbiais:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
j. Para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
k. Para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um
animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
l. Para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
m. Após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
n. para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano
Ramos.
o. para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
2. Ponto
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro,
hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
3. Ponto-e-vírgula
4. Dois-pontos
a. uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque
falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o
salto que deu, levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b. uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c. um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o
amasse, mas para magoar Lucila.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada
um por sua vez, isoladamente).
5. Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta
não exija resposta:
6. Ponto de exclamação
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e
muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. Reticências
8. Aspas
Popularidade no "xilindró"
Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma
delegada para primeira-dama.
(Veja)
9. Travessão
10. Parênteses
Exercícios:
“Diz a sabedoria popular chinesa (1) que toda marcha (2) por mais longa
(3) e importante que seja (4) começa (5) com o primeiro passo. Dar (6)
esse primeiro passo (7) às vezes (8) exige (9) grande determinação (10)
esforço monumental e ( 11) muita coragem . Principalmente se o passo
(12) for em direção (13) a um caminho desconhecido (14) com o qual
( 15) não estamos acostumados a lidar por conta dos vícios adquiridos.”
( Revista Veja )
a) 2 - 4 - 7 - 8 - 10 - 14
b) 1 - 4 - 5 - 9 - 11 - 14
c) 3 - 5 - 6 - 8 - 10 - 12
d) 1 - 2 - 3 - 4 - 7 - 10 - 12
e) 2 - 3 - 4 - 7 - 9 - 13 – 15