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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


DEPARTAMENTO DE DIREITO

PROJETO DE MONOGRAFIA

Relativização do princípio da publicidade com relação aos atos processuais


disponibilizados no processo eletrônico

Sandro Vieira de Paula


Acadêmico

Prof. Dr. Aires José Rover (Metodologia)

Orientador
2

Florianópolis/SC
Maio, 2011

1. APRESENTAÇÃO

1.1. Acadêmico

Sandro Vieira de Paula

1.2. Orientador

Prof. Dr. Aires J Rover

1.3. Área de concentração

Processo eletrônico

1.4. Entidades envolvidas

Departamento de Direito

Centro de Ciências Jurídicas

Universidade Federal de Santa Catarina

1.5. Duração

Início: abril de 2011

Término: novembro de 2011


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2. OBJETO

2.1. Tema

Processo eletrônico.

2.2. Delimitação do Tema

A relativização do princípio da publicidade no processo eletrônico.

2.3. Problema

A disponibilidade de atos processuais nos processos eletrônicos é considerada


publicidade excessiva?

2.4. Hipótese básica

Sim, sempre que a disponibilidade ocorrer além das partes e seus procuradores, e
fora dos meios de acesso previstos.

2.5. Hipóteses secundárias

1. Estão garantidos pela Constituição Federal o princípio da publicidade e os


direitos da intimidade e personalidade do indivíduo.
2. Existe uma dicotomia entre o princípio da publicidade e o direito individual à
intimidade e personalidade.
3. Historicamento o princípio da publicidade integrou-se aos ordenamentos jurídicos
como uma garantia contra os juízos de exceção, e não pela intenção de
estabelecer uma noção de publicidade irrestrita.
4. A adoção do processo eletrônico implica uma nova análise dos efeitos dos
princípios constitucionais relativos ao processo judicial.
5. A informatização do processo pode implicar na modificação dos efeitos do
princípio da publicidade.
4

6. A restrição de acesso aos atos processuais apenas às partes e seus


procuradores não configura violação do princípio da publicidade.
7. No processo eletrônico o princípio da publicidade deve ser conjugado com o
princípio da dignidade da pessoa humana.
8. A divulgação irrestrita de informações relativas ao processo, embora baseie-se
no princípio da publicidade, configura ameaça aos direitos da personalidade e
intimidade.
9. O problema da publicidade excessiva amplia-se com a informatização do
processo, considerando a persistência indeterminada dos dados nos sistemas de
informação.
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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Demonstrar como a disponibilização de atos processuais no âmbito da adoção do


processo eletrônico, caracteriza uma publicidade excessiva, violando os direitos à
intimidade e personalidade.

3.2. Objetivos Específicos

1. Conceituar o princípio da publicidade e os direitos da intimidade e personalidade

do indivíduo.

2. Demonstrar a oposição entre os direitos da intimidade e personalidade do

indivíduo.

3. Examinar o histórico do princípio da publicidade.

4. Justificar a necessidade de análise dos princípios processuais diante da adoção

do processo eletrônico.

5. Explicitar a diferença entre a conceituação dos princípios e a conceituação dos

efeitos dos princípios.

6. Demonstrar a publicidade excessiva advinda da disponibilidade dos atos

processuais nos processos eletrônicos.

7. Relacionar o princípio da dignidade da pessoa humana com o princípio da

publicidade.

8. Demonstrar os prejuízos que podem ser causados pela publicidade irrestrita de

atos processuais.

9. Demonstrar a diferença entre a persistência das informações entre o modelo de

processo eletrônico e o de processo não eletrônico.


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4. JUSTIFICATIVA

Um estudo sobre a relativização do princípio da publicidade se faz necessário


para demonstrar como a invocação irrestrita deste princípio pode violar o princípio
da dignidade da pessoa humana e os direitos de intimidade de personalidade.
A adoção do processo eletrônico é uma mudança de paradigma, e o foco do
debate sobre suas implicações deve estender-se do procedimento para o processo.
Além das implicações mais visíveis, que referem-se principalmente ao procedimento
e ao rito processual, é importante que a análise dos efeitos da adoção do processo
detenha-se também sobre o fato de que estes novos procedimentos ou os
procedimentos modificados, afetam a aplicação da teoria processual em sua base e
seus princípios.
Uma análise histórica é necessária para que sejam postas em debate as
premissas sobre as quais se constrói a operacionalização da técnica processual.
Deve ser avaliada sob o ponto de vista histórico e da mens legislatoris o objetivo
final com que se preocupa determinada norma ou princípio. Dessa forma evita-se a
interpretação superficial do princípio, baseada apenas em sua conceituação concisa.
Essa análise demonstrará como não ocorre violação ao princípio da
publicidade quando se trata da limitação de acesso a atos de processos eletrônicos,
e que a aparente dicotomia resolve-se quando o referido princípio é interpretado sob
a luz de sua contraposição ao problema histórico dos juízos de exceção e à
inexistência de publicidade.
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5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

6. METODOLOGIA

Os métodos procedimentais empregados na realização deste trabalho


serão a leitura e revisão da bibliografia específica; análise das legislações
selecionadas; análise histórica da formação dos princípios, e a posterior
contraposição entre os mesmos.

6.1. PROPOSTA DE SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1 O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E OS DIREITOS DE INTIMIDADE E
PERSONALIDADE
1.1O princípio da publicidade na Constituição Federal
1.2 O direito a intimidade e personalidade na Constituição Federal
1.3 O conflito entre o princípio da publicidade e o direito a intimidade e
personalidade
2 ANÁLISE HISTÓRICA DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
1.1Os juízos de exceção e o princípio da publicidade
1.2O princípio da publicidade no direito estrangeiro.
1.3 O princípio da publicidade no direito brasileiro.
3 O PROCESSO ELETRÔNICO E OS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS
3.1Os princípios processuais e seus efeitos
3.2O impacto do processo eletrônico na aplicação dos princípios processuais
3.3 Os efeitos do princípio da publicidade no processo eletrônico e na sociedade
da informação
4 O PROCESSO ELETRÔNICO E O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
4.1O princípio da publicidade no processo não eletrônico
4.2Evolução da aplicação do princípio da publicidade no processo eletrônico
4.3O debate doutrinário sobre os efeitos do processo eletrônico sobre o princípio
da publicidade.
8

O direito ao esquecimento e a publicidade excessiva com a informatização do


processo.
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6.2 CRONOGRAMA

Jul/2011 Ago/2011 Set/2011 Out/2011 Nov/2011


Levantamento X
bibliográfico
Leitura e X X X X
fichamento
Redação cap. 1 X X
Redação cap. 2 X X
Redação cap. 3 X
Introdução e X
Conclusão
Correção e X
redação
complementar
Entrega da X
Monografia
10

7 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO INICIAL

ARENDT, Hannah. A condição humana. RJ: Forense-universitária, 2004.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas III. Charles Baudelaire, um lírico no auge do


capitalismo. SP: Brasiliense, 1991.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da


modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BURKE, PETER. História e teoria social. SP: UNESP, 2002.

FOUCAULT, MICHEL. A ordem do discurso. SP: Loyola, 2008.

WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso avançado de processo civil. SP: Vol. I 5 ed.,
RT. 2002.

CASTRO, Catarina Sarmento e, Direito da Informática, Privacidade e Dados


Pessoais. Coimbra: Almedina, 2005.

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