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JOSÉ EDUARDO FOLETO

ECONOMIA POLÍTICA

1 – Quais os argumentos utilizados por Adam Smith para demonstrar que a


divisão do trabalho leva ao aumento da produtividade do trabalho?
Vemos que o contrato, a compra ou a troca nos permitem obter um dos outros a maior
parte dos serviços recíprocos de que necessitamos; foi ainda essa propensão para a troca
que originariamente provocou a divisão de trabalho. É portanto a certeza de poder trocar
o excedente de sua produção, depois de satisfeitas as suas necessidades, pelo excedente
de produção dos outros homens que leva cada homem a dedicar-se a uma única tarefa e
a desenvolver e aperfeiçoar qualquer talento ou habilidade que possua para um dado
tipo de atividade.
(...) a grande disparidade entre os diversos talentos que parece distinguir os homens das
diversas profissões quando chegam à maturidade é muito menos uma causa do que um
efeito da divisão do trabalho. Mais do que a natureza, parecem ser os hábitos e a
educação que explicam a diferença existente entre os caracteres mais díspares, por
exemplo, entre um filósofo e um carregador.
Esta tendência além de provocar uma notória diferença de talentos entre os homens das
diversas profissões, também a torna útil. (...) entre os homens, pelo contrário, mesmo os
talentos mais dípares são úteis uns aos outros, isto porque os diferentes produtos das
suas respectivas aptidões, devidos a tendência geral para trocar e comprar, passam a
fazer parte de uma mesma reserva à qual todos os homens podem ir buscar tudo aquilo
de que necessitam.
A divisão do trabalho que pode ser efetuada em cada caso origina porém, em todas as
indústrias, um aumento proporcional da produtividade. A separação entre os diferentes
ramos industriais e as tarefas necessárias em cada um deles parece ter surgido como
conseqüência deste processo.

2 – Explique, de acordo com Adam Smith, o mecanismo em qe o crescimento


econômico é desencadeado pela divisão do trabalho. Por que a divisão do trabalho
fica limitada pela extensão do mercado ?
Como são as trocas que estão na origem da divisão do trabalho, a extensão desta será
sempre limitada pela extensão daquelas, ou por outras palavras, pela extensão do
mercado. Quando este é muito restrito, ninguém se sente disposto a dedicar-se
completamente a uma única tarefa, pois não consegue trocar todo o excedente do seu
trabalho, de que necessita, pelo excedente da produção dos outros homens, em que está
interessado. (...) o trabalho, tal como as mercadorias, tem também um preço real e
nominal. O seu preço real consistiria na quantidade de objetos necessários e
convenientes para a vida que são trocados por ele; o preço nominal seria a quantidade
de dinheiro utilizado para esse fim. O trabalhador será portanto rico ou pobre, bem ou
mal pago, de acordo com o preço real e não com o preço nominal do trabalho.

3 – Qual a difrença entre trabalho produtivo e trabalho improdutivo? O que


acontece com o número de trabalhadores produtivos à medida que o capital
aumenta? Qual o efeito sobre o processo de acumulação de um aumento relativo
no trabalho improdutivo?
A diferença entre trabalho produtivo e improdutivo em Smith está referenciada numa
visão material do processo de valorização do capital. Segundo o autor, um bem só tem
valor quando é palpável, concreto, visível e estocável, de forma que o trabalho nele
aplicado seja reprodutível, capaz de se perpetuar ao longo das transações econômicas,
permitindo a aquisição de novos bens e serviços — ou seja, a perpetuação do valor
pressupõe uma base material de suporte. Portanto trabalho produtivo é todo trabalho
reprodutível, que forma uma reserva de valor, concreta e material, de modo a
possibilitar a acumulação de riqueza.
Em contrapartida, o trabalho é improdutivo quando não acumula riqueza, não se fixa em
nenhum objeto ou bem físico concreto e material, não forma uma reserva de valor que
possibilite a aquisição de novos bens e/ou serviços. Este é o caso das atividades de
serviço, essencialmente intangíveis. Embora o trabalho realizado nestas atividades seja
recompensado da mesma forma que nas demais, através do pagamento de salários, o
trabalho realizado não necessariamente assume uma forma material. É um trabalho
incapaz de armazenar valor e alavancar novas atividades, não contribuindo direta e
ativamente na formação do produto anual de um país, devendo, portanto, ser
considerado improdutivo.
Como para Smith o trabalho improdutivo não agrega valor, não pode ser usado como
forma de acumulação de capital, ou seja, não pode servir como reserva de valor para ser
trocado no futuro, desta forma não produz incrementos no processo de acumulação de
capital.

4 – Ao investigar o que na sociedade determina o valor de troca de uma


mercadoria, por que de acordo com Smith:
(a) o valor de uso não serve como critério para a determinação do valor de
troca ?
(b) O valor de troca não se confunde com o seu preço de mercado ?

(a ) Para Adam Smith, o ar é algo de um valor de uso quase infinito aos seres humanos,
já que sem ele nós morreríamos, mas que não possui um valor de troca. Os diamantes,
por outro lado, são de muito poucas utilidades, mas tem um valor de troca muito
elevado. Mais ainda, um valor de uso tem que satisfazer algumas necessidades humanas
específicas. Se você tem fome, um livro não poderá satisfazê-lo. Em contraste, o valor
de troca de uma mercadoria é simplesmente o montante pelo qual será trocado por
outras mercadorias.
(b) Smith estabeleceu distinção entre preço de mercado e preço natural. O preço de
mercado era o verdadeiro preço da mercadoria e era determinado pelas forças da oferta
e da procura. O preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas
suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de
produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura.

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