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Constituição Política do Império do Brasil de 1824

A elaboração de uma Constituição para o Brasil significava o primeiro


passo para consolidar a independência dos colonos de Portugal. Para elaborar a
Constituição do Império foi criada uma Assembleia Constituinte, formada de
delegados das Províncias,a qual em 1823 chegou a concluir um projeto
constitucional, porém a posição da Assembleia era a de reduzir o poder imperial,
o que fez D. Pedro I voltar-se contra a Constituinte acarretando na dissolução da
Assembleia. Em vista da necessidade de uma documentação constitucional D.
Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros de sua
confiança que redigiu a Constituição. Após ser apreciada pelas Câmaras
Municipais,a mesma foi outorgada pelo Imperador em 25 de março de 1824,
tornando-se a primeira e mais duradoura constituição do Brasil.
Dentre os seus 179 artigos, apresentava como características principais a
oficialização do Brasil como uma monarquia, um estado único ou unitário,
dividido em províncias, carentes de autonomia política, e governado a partir de
um governo central, sediado na capital, o Rio de Janeiro, cujo chefe de Estado e
de governo era o Imperador Dom Pedro I, sendo sua sucessão hereditária e sua
descendência considerada a Dinastia imperante. Ainda definia as eleições como
sendo censitárias, abertas e indiretas; o Estado adotava o catolicismo como
religião oficial. As outras religiões eram permitidas com seu culto doméstico,
nunca podendo construir Templos Religiosos; a Igreja era submissa ao Estado,
inclusive com o direito do Imperador de conceder cargos eclesiásticos na Igreja
Católica; O Imperador era irresponsável, ou seja, não respondia pelos seus atos
judicialmente.
Uma outra característica muito importante desta Constituição se da na
criação de quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. O
Executivo competia ao imperador e o conjunto de ministros por ele nomeados. O
Legislativo era representado pela Assembleia Geral, formada pela Câmara de
Deputados (eleita por quatro anos) e pelo Senado (nomeado e vitalício). O
Poder Judiciário era formado pelo Supremo Tribunal de Justiça. E por fim o
Poder Moderador que era pessoal e exclusivo do próprio imperador,
assessorado pelo Conselho de Estado, que também era vitalício e nomeado
pelo imperador, tendo este último poder a incumbência de vigiar as demais
instâncias com a possibilidade, por parte do imperador, de de anular as decisões
dos outros três poderes
O Poder judiciário da época era exercido em três graus: os juízes
monocráticos, na esfera mais local das cidades, os Tribunais de Relação, na
esfera das províncias, com competência recursal e para ações de maior vulto, e
o Supremo Tribunal de Justiça, com sede no Rio de Janeiro, com competência
recursal e ações de foro especial sendo os magistrados escolhidos pelo próprio
imperador.
Esta constituição de 1824 apresentava ainda direitos e garantias
individuais dos cidadãos brasileiros, transcritas aqui no artigo 179 da mesma, tal
artigo da Carta de 1824 elencava uma longa listagem de direitos fundamentais
dos cidadãos, que incluía, no conteúdo e na terminologia adotada, vários dos
direitos contantes do atual Art. 5º da CF/88. Esta declaração de direitos,
relegada ao fim da Constituição, mergulhada entre as Disposições Gerais e
entremeada de assuntos específicos, como a extinção das corporações de ofício
e a elaboração dos novos Códigos, evidencia o escasso interesse que os
constituintes prestaram ao tema. Contudo, se comparado à situação anterior à
Independência, o Artigo 179 constitui um avanço considerável na direção do
pleno reconhecimento dos direitos humanos.
Nossa constituição de 1988, já tem mais de 40 emendas aprovadas. No
entanto, no Brasil imperial o processo era muito mais lento. A constituição de
1824 teve apenas uma única emenda, a qual ficou conhecida como o Ato
Adicional de 1834, sendo o mesmo outorgado por Dom Pedro 1º no dia 12 de
agosto de 1834, o Ato Adicional manteve intacto o Poder Moderador, ao
contrário do que desejavam os liberais radicais; e a vitaliciedade do Senado, o
que agradou aos setores conservadores. De outro lado, dissolveu o Conselho
de Estado (instância de assessoria do imperador) e declarou o Rio de Janeiro
como cidade neutra, transferindo a capital fluminense para Niterói. As duas
mudanças mais importantes, contudo, foram a instituição da regência una (no
lugar da trina) e a concessão de amplos poderes para as Assembleias
Provinciais legislarem em matérias civil, militar, política e econômica. Foi,
portanto, uma tentativa de conciliar a centralização do poder nas mãos de um só
regente com a descentralização desse mesmo poder segundo os interesses
locais.

Acerca daquilo que já foi exposto temos que a constituição de 1824


perfilou a criação de um Estado de natureza autoritária sendo essa outorgada e
ainda com a existência do poder moderador em meio a instituições de aparência
liberal. A contradição do período acabou excluindo a grande maioria da
população ao direito de participação política e, logo em seguida, motivando
rebeliões de natureza separatista. Entretanto, apesar de visíveis desigualdades,
a constituição de 1824 foi uma das primeiras do mundo a trazer um rol tão
detalhado de direitos fundamentais e a dar a eles uma ênfase tão grande além,
e é claro mostra sua importância por ter sido primeira a mais duradoura
constituição brasileira com mais de 65 anos de utilização figurando um passo
fundamental para a consolidação da independência nacional .

Bibliografia

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm

http://www.historiabrasileira.com/brasil-imperio/constituicao-de-1824/
http://constitucionalidadesvirtuais.blogspot.com/2009/02/constituicao-de-
1824.html
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/regencia-una.jhtm
SCANTIMBURGO, João de. O Poder Moderador. São Paulo: Secretaria de
Estado da Cultura, 1980

HOLANDA, Sérgio Buarque de. O Brasil Monárquico: o processo de


emancipação. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1976
CARVALHO, José Murilo de. A Monarquia Brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico, 1993

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