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Burrhus Frederic Skinner (1904-1990).

Sua obra é a expressão mais


célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática
da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950.

Condicionamento operante
O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento
operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada
pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente
ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo
condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento
operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um
indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o
caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de
uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o
movimento cada vez que quiser saciar sua fome.

A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é


que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o
segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento
respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No
comportamento operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz
conseqüências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de
ocorrência futura semelhante.

O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo


comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem. O
instrumento fundamental de modelagem é o reforço – a conseqüência de
uma ação quando ela é percebida por aquele que a pratica. Para o
behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou
negativo (ação que evita uma conseqüência indesejada). Skinner
considerava reforço apenas as contingências de estímulo. "No
condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de
tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais freqüente", escreveu
o cientista.

Sem livre-arbítrio
Segundo Skinner, a ciência psicológica – e também o senso comum –
costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para
explicações baseadas nos estados subjetivos por causa da dificuldade de
verificar as relações de condicionamento operante – ou seja, todas as
circunstâncias que produzem e mantêm a maioria dos comportamentos
dos seres humanos. Isso porque elas formam cadeias muito complexas,
que desafiam as tentativas de análise se elas não forem baseadas em
métodos rigorosos de isolamento de variáveis.
Nos usos que projetou para suas conclusões científicas – em especial na
educação –, Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em
princípio, contrário a punições e esquemas repressivos. Ele escreveu um
romance, Walden II, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal,
em que um amplo planejamento global, incumbido de aplicar os
princípios do reforço e do condicionamento, garantiria uma ordem
harmônica, pacífica e igualitária. Num de seus livros mais conhecidos,
Além da Liberdade e da Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-
arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo
ambiente, embora a relação do indivíduo com o meio seja de interação, e
não passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como
os que ele enuncia no título da obra.

Máquinas para fazer o aluno estudar


A Educação foi uma das preocupações centrais de Skinner, à qual ele se
dedicou com seus estudos sobre a aprendizagem e a linguagem. No livro
Tecnologia do Ensino, de 1968, o cientista desenvolveu o que chamou de
máquinas de aprendizagem – a organização de material didático de
maneira que o aluno pudesse utilizar sozinho, recebendo estímulos à
medida que avançava no conhecimento. Grande parte dos estímulos se
baseava na satisfação de dar respostas corretas aos exercícios propostos.
A idéia nunca chegou a ser aplicada de modo sistemático, mas influenciou
procedimentos da educação norte-americana. Skinner considerava o
sistema escolar um fracasso por se basear na presença obrigatória, sob
pena de punição. Ele defendia que se dessem aos alunos "razões positivas"
para estudar. "Para Skinner, o ensino deve ser planejado para levar o
aluno a emitir comportamentos progressivamente próximos do objetivo
final, sem que para isso precise cometer erros", diz Maria de Lourdes
Zanotto. "A idéia é que a máquina de aprendizado se ocupe das questões
factuais e deixe ao professor a tarefa fundamental de ensinar o aluno a
pensar."

Biografia

Burrhus Frederic Skinner nasceu em Susquehanna, no estado


norteamericano da Pensilvânia, em 1904. Criado num ambiente de
disciplina severa, foi um estudante rebelde, cujos interesses, na
adolescência, eram a poesia e a filosofia. Formou-se em língua inglesa na
Universidade de Nova York antes de redirecionar a carreira para a
psicologia, que cursou em Harvard – onde tomou contato com o
behaviorismo. Seguiram-se anos dedicados a experiências com ratos e
pombos, paralelamente à produção de livros. O método desenvolvido para
observar os animais de laboratório e suas reações aos estímulos levou-o a
criar pequenos ambientes fechados que ficaram conhecidos como caixas
de Skinner, depois adotadas para experimentos pela indústria
farmacêutica. Quando sua filha nasceu, Skinner criou um berço
climatizado, o que originou um boato de que a teria submetido a
experiências semelhantes às que fazia em laboratório. Em 1948, aceitou o
convite para ser professor em Harvard, onde ficou até o fim da vida.
Morreu em 1990, em ativa militância a favor do behaviorismo.

Comportamento condicionado em laboratório

Pombo tem seu comportamento


condicionado em laboratório: controle
e planejamento

Precursores da psicologia, como o filósofo norte-americano William


James (1842-1910), já haviam previsto a utilidade de um ramo da ciência
que estudasse os comportamentos puramente externos, mas a psicologia
comportamental (behaviorismo) como a conhecemos começou mesmo
com o médico russo Ivan Pavlov (1849-1936). Motivado por experiências
com cães, Pavlov criou a teoria dos reflexos condicionados. Foi o primeiro
cientista a trabalhar na área psicológica que não se utilizou de referências
a estados subjetivos como instrumento teórico. O fundador do
behaviorismo como escola, porém, foi o psicólogo norteamericano John
B. Watson (1878-1958), que formulou as estritas exigências
metodológicas que deveriam nortear seus seguidores. O compromisso de
verificação concreta de hipóteses e a recusa da introspecção aproximam o
ideário de Watson do positivismo nas ciências humanas. Watson foi o
principal inspirador de Skinner, por sua vez o maior divulgador do
behaviorismo, prevendo a utilização de seus princípios na psicoterapia, na
educação e até na formulação de políticas públicas. O behaviorismo
clássico abraçou a idéia de que todo comportamento humano é
infalivelmente controlável por meio do padrão de estímulo-resposta. Mais
recentemente, o princípio da infalibilidade estatística foi substituído pelo
da probabilidade. No imaginário ficcional do século 20, a ênfase nos
conceitos de controle e planejamento aproximou o behaviorismo e as
táticas dos regimes totalitários – a terapia behaviorista, por exemplo,
usou comumente choques elétricos e substâncias químicas para
condicionar comportamentos. Algumas das principais metáforas do terror
de estado do período fizeram referências a métodos behavioristas, como
os romances 1984 (de George Orwell) e A Laranja Mecânica (de Anthony
Burgess, adaptado para o cinema por Stanley Kubrick).

SKINNER

E A MÁQUINA DE ENSINAR

Flávia Ferreira da Silva


Aluna do 4o período do curso de Pedagogia
das Faculdades Integradas Simonsen.
Rio de Janeiro - 1998

Introdução

Burrhus Frederic Skinner, eminente psicólogo contemporâneo nascido


nos Estados Unidos em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard,
Indiana e Minnesota . Entre outros trabalhos publicou os seguintes livros:
Behavior of Organisms, (o comportamento dos organismos)
Verbal Behavior ( comportamento verbal)
Science and Human Behavior.(comportamento científico e humano)

Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de Harvard relatou uma de suas


observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus
experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por
modificações é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de
psicologia, chamado como Caixa de Skinner.
Influenciado pelos trabalhos de Pavlov e Watson, Skinner passou a estudar
o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da
psicologia da aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de
ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do
professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.

Caixa de Skinner

Devido à sua preocupação com controles científicos estritos, Skinner


realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores,
principalmente o Rato Branco e o Pombo. Desenvolveu o que se tornou
conhecido por "Caixa de Skinner" como aparelho adequado para estudo
animal. Tipicamente, um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que
contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato
aperta a alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma
bolinha de alimento cai na tigela de comida, recompensando assim o rato.
Após o rato ter fornecido essa resposta o experimentador pode colocar o
comportamento do rato sob o controle de uma variedade de condições de
estímulo. Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado ou
modelado até aparecerem novas repostas que ordinariamente não fazem parte
do repertório comportamental do rato. Êxito nesses esforços levou Skinner a
acreditar que as leis de aprendizagem se aplicam a todos os organismos.
Em escolas, o comportamento de alunos podem ser modelados pela
apresentação de materiais em cuidadosa seqüência e pelo oferecimento das
recompensas ou reforços apropriados.
A aprendizagem programada e máquinas de ensinar, são os meios mais
apropriados para realizar aprendizagem escolar.
O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos é um mundo no qual
prevalecem certas contingências de reforços.

Duas espécies de aprendizagem

Para cada espécie de comportamento, Skinner identifica um tipo de


aprendizagem ou condicionamento.
Associado ao Comportamento Respondente está o Condicionamento
Respondente, e Associado a Comportamento Operante está o
Condicionamento Operante.
Temos então o primeiro tipo de aprendizagem, que é chamado de
"Condicionamento Respondente", e o segundo tipo de aprendizagem que
Skinner chama de "Condicionamento Operante".

1- Condicionamento Respondente - "reflexo" ou "involuntário"


Skinner acredita que essa espécie de Condicionamento desempenha
pequeno papel na maior parte do comportamento do ser humano e se interessa
pouco por ele.
Ex: dilatação e contração da pupila dos olhos em contato com a mudança
da iluminação. Arrepios por causa de ar frio.

2- Condicionamento Operante - Está relacionado com o comportamento


operante que podemos considerar como "voluntário".
O comportamento operante inclui todas as coisas que fazemos e que tem
efeito sobre nosso mundo exterior ou operam nele.
Ex: dirigir o carro, dar uma tacada na bola de golfe.

Enquanto que o Comportamento Respondeste é controlado por um


estímulo precedente, o Comportamento Operante é controlado por suas
conseqüências - estímulos que se seguem à resposta.

Implicações no Ensino: A Tecnologia do Ensino

Do ponto de vista de Skinner existem várias deficiências notáveis em


nossos atuais métodos de ensino:
Um dos grandes problemas do ensino, diz Skinner é o uso do controle
aversivo.Embora algumas escolas ainda usem punição física, em geral houve
mudanças para medidas não corporais como ridículo, repreensão, sarcasmo,
crítica, lição de casa adicional, trabalho forçado, e retirada de privilégios.
Exames são usados como ameaça e são destinados principalmente a mostrar o
que o estudante não sabe e coagi-lo a estudar. O estudante passa grande parte
do seu dia fazendo coisas que não deseja fazer e para as quais não há reforços
positivos. Em conseqüência, ele trabalha principalmente para fugir de
estimulação aversiva. Faz o que tem a fazer porque o professor detém o poder
e autoridade, mas, com o tempo o estudante descobre outros meios de fugir.
Ele chega atrasado ou falta, não presta atenção (retirando assim reforçadores
do professor), devaneia ou fica se mexendo, esquece o que aprendeu, pode
tornar-se agressivo e recusar a obedecer, pode abandonar os estudos quando
adquire o direito legal de fazê-lo.
Skinner acredita, que os Professores, em sua maioria, são humanos e não
desejam usar controles aversivos. As técnicas aversivas continuam sendo
usadas, com toda probabilidade, porque não foram desenvolvidas alternativas
eficazes.
As crianças aprendem sem ser ensinadas diz Skinner porque estão
naturalmente interessadas em algumas atividades e aprendem sozinhas. Por
esta razão, alguns educadores preconizam o emprego do método de
descoberta. Mas diz Skinner, descoberta não é solução para o problema de
educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar as
crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões e práticas sociais e éticas.
A instituição de educação foi estabelecida para servir a esse propósito.
Certamente estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas a
trabalhar e estudar independentemente para serem criativos. Não se segue daí
que essas coisas só possam ser obtidas através de um método de descoberta.
De acordo com Skinner, estudantes não aprendem simplesmente fazendo.
Nem aprendem simplesmente por exercício ou prática. A partir apenas de
experiência, um estudante provavelmente nada aprende. Simplesmente está
em contato com o ambiente não significa que ele o perceberá.. Para ocorrer a
aprendizagem devemos reconhecer a resposta, a ocasião em que ocorrem as
respostas e as conseqüências da resposta. Para Skinner a aplicação de seus
métodos à educação é simples e direta. Ensinar é simplesmente o arranjo de
contingências de reforço sob as quais estudantes aprendem.
Tecnicamente falando, o que está faltando na sala de aula, diz Skinner, é o
reforço positivo. Estudantes não aprendem simplesmente quando alguma
coisa lhes é mostrada ou contada. Em suas vidas cotidianas, eles se
comportam e aprendem por causa das conseqüências de seus atos. As crianças
lembram, porque foram reforçadas para lembrar o que viram ou ouviram.
Para Skinner, a escola está interessada em transmitir a criança grande
número de respostas. A primeira tarefa é modelar as respostas, mas a tarefa
principal é colocar o comportamento sob numerosas espécies de controle de
estímulo.
Para tornar o estudante competente em qualquer área de matéria, deve-se
dividir o material em passos muito pequenos. Os reforços devem ser
contingentes a cada passo da conclusão satisfatória, pois os reforços ocorrem
freqüentemente, quando cada passo sucessivo no esquema, for o menor
possível .
Na sala de aulas tradicional, as contingências de reforço mais eficiente
para controlar o estudante, provavelmente estão além das capacidades de um
professor. Por isso, sustenta Skinner, aparelhos mecânicos e elétricos devem
ser usados para maior aquisição.

A Máquina de Ensinar

A mais conhecida aplicação educacional do trabalho de Skinner é sem


dúvida Instrução programada, e máquinas de ensinar.
Existem várias espécies de máquinas de ensinar. Embora seu custo e sua
complexibilidade variem consideravelmente, a maioria das máquinas executa
funções semelhante.
Skinner acredita que as máquinas de ensinar apresentam várias vantagens
sobre outros métodos. Estudantes podem compor sua própria resposta em
lugar de escolhê-la em um conjunto de alternativas. Exige-se que lembrem
mais, e não apenas que reconheçam - que dêem respostas e que também vejam
quais são as respostas corretas. A máquina assegura que esses passos sejam
dados em uma ordem cuidadosamente prescrita.
Embora, é claro, que a máquina propriamente dita não ensine, ela coloca
estudantes em contato com o professor ou a pessoa que escreve o programa.
Em muitos aspectos, diz Skinner, é como um professor particular, no sentido
de haver constante intercâmbio entre o programa e o estudante. A máquina
mantém o estudante ativo e alerta.
A máquina de Skinner permite que o professor dedique suas energias a
formas mais sutís de instrução, como discussão.

Materiais Programados (Instrução Programada)

O sucesso de tais máquinas depende, naturalmente, do material nelas


usado. Podem hoje, ser encontrados comercialmente numerosos programas em
qualquer área de matéria, mas muitos professores estão aprendendo a escrever
seus próprios programas.
Os programas não precisam ser necessariamente usados em máquinas;
muitos são escritos em forma de livro. Todavia, um programa distingue-se de
um livro de texto, pelo fato do livro ser uma fonte de material a que o
estudante se expõe.
A instrução programada leva o aluno a estudar sem a instervenção direta
do professor.
As características deste método são: a matéria a ser aprendida é
apresentada em pequenas partes; estas são seguidas de uma atividade cujo
acerto ou erro é imediatamente verificado. O estudo é individual, "mas
auxiliado pelo professor", sendo assim o aluno progride em sua própria
velocidade.
Em síntese, o instrução programada leva o aluno ao conhecimento e ao
aprendizado.
ex: (Fichas)

Mamífero é todo o animal que mama quando é filhote.

Todo animal que mama quando filhote é um mamífero

Quando um animal mama ao nascer, podemos afirmar que ele é um


_____________

Mamífero

Conclusão
Desde 1950 tem-se expandido muito o estudo do condicionamento
operante, não apenas usando ratos, mas também animais de outras espécies e
ainda seres humanos.
A aplicação prática que se tem feito dos estudos experimentais do
condicionamento operante é baseada na eficácia da administração sistemática
de recompensas (reforços) a um organismo, quando queremos que ele
apresente certas reações.
Essa aplicação prática requer que se faça o levantamento dos eventos que
reforçam um dado indivíduo. Controlaremos as reações utilizando as
consequencias reforçadoras. Isto é importante em todos os campos em que o
comportamento figura em destaque: Educação, Governo, Família, Clinica,
Indústria, etc...

Texto reproduzido com autorização da aluna


Flávia Ferreira da Silva

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