Vous êtes sur la page 1sur 4

Direito Comercial - 41020G08_6 - E-Fólio B

Isabel Cristina Ribeiro Rocha Azevedo de Sousa Aluna nº 700897


Matosinhos, 27 de Abril de 2009

Resposta à questão 1:

Considerando que operadores económicos, serão todos aqueles que, individualmente


(comerciantes em nome individual e E.I.R.L.– estabelecimento individual de responsabilidade
limitada) ou agrupados (sociedades comerciais), exerçam o comércio de forma habitual fazendo
disso profissão (artº 13º Código Comercial) mas, não esquecendo aqueles que, apesar de não
mencionados no referido artigo e não sendo comerciantes individuais ou sociedades comerciais,
(conforme o estipulado no Art. 980º do Código Civil no art. 1º /1/2 do Código das Sociedades
Comercais CSC), “sejam organizações que realizem uma actividade de produção ou de
intermediação de bens ou serviços no mercado” in Curso Elementar de Direito comercial de Manuel
António Pita”. Enquandrando-se aqui as Cooperativas, os Agrupamentos Complementares de
Empresas (ACE), os Agrupamentos Europeis de Interesse Económico (AEIE) e o Consórcio.
Cumpre-me, então, fazer uma breve análise comparativa entre comerciantes em nome
individual e sociedades comerciais, já que a escolha recairá sobre uma dessas opções, uma vez que
uma cooperativa não pode ter fins lucrativos ficando, desde logo, excluída e o ACE, AEIE e
Consórcio são figuras jurídicas, que surgiram para permitirem a cooperação entre empresas, não
sendo, eles próprios revestidos de personalidade jurídica, serão antes contratos de cooperação com
características próprias.
No que diz respeito aos comerciantes que exercem a sua actividade de forma individual estes
distinguem-se sobretudo pela responsabilidade do comerciante perante os credores, pelo capital
investido e pela firma.
No caso do comerciante em nome individual os seus próprios bens são afectados ao exercício
da sua actividade económica, sendo a sua responsabilidade ilimitada, ou seja, respondendo todo o
seu património por todas as suas dívidas civis ou comerciais (art. 601º do Código Civil), no caso do
EIRL existe autonomia patrimonial, ou seja, os bens que respondem pelas dívidas contraídas no
exercício da sua actividade comercial são apenas aqueles que integram o EIRL, sendo, por isso,
limitada a responsabilidade do comerciante (art 10º e 11º do Decreto-Lei 248/86 de 25 de Agosto).
O capital investido não será, no caso do comerciante em nome individual, estabelecido por lei
mas no caso do EIRL é imposto um capital mínimo de 5 000,00 € que tem que ser realizado na
totalidade, podendo ser em dinheiro, coisas ou direitos susceptíveis de penhora, (art. 3º /2/3/4
Decreto-Lei 248/86 de 25 de Agosto).
Finalmente o nome comercial do comerciante, ou seja, a firma, será, no caso do comerciante
em nome individual, constituída pelo nome civil do comerciante ao qual pode ser acrescido o tipo de
comércio exercido (art. 9º do DL nº 42/88 de 3 de Fevereiro) e no EIRL pelo nome civil do
comerciante ao qual pode ser, ou não, acrescido o tipo de comércio exercido e incluirá sempre o
aditamento “estabelecimento individual de responsabilidade limitada” ou a sigla “E.I.R.L.” (artº 2º/3
Decreto-Lei 248/86 de 25 de Agosto)
No que concerne às sociedades comerciais as grandes diferenças a ser apontadas serão o
número de sócios, o capital social, a realização e tipo de entradas para a sociedade e a
responsabilidade dos sócios perante a sociedade e perante os credores da sociedade.
Conforme estipulado no art. 7º/2 do CSC o número mínimo de sócios exigidos para a
constituição de uma sociedade é 2, a menos que a lei exija número superior, como é o caso das
Sociedades anónimas, cujo número não pode ser inferior a 5 (art. 273º/1 CSC), ou perminta
sociedades unipessoais (artº 270º/A e 488º CSC).
O capital social, bem como a sua realização variam bastante em cada um dos tipos de
sociedades. Nas sociedades em nome colectivo, bem como nas sociedades em comandita não é
exigido capital mínimo, já nas sociedades por quotas o capital não pode ser inferior a 5.000,00 € (art.
201º CSC), estando este dividido por quotas que podem ser de valores diversos mas nunca inferiores
a 100,00 € (artº 219º/3 CSC) sendo o montante de cada quota e a identificação do seu titular
menconada no contrato da sociedade (artº 199/1 CSC) e nas sociedades anónimas o mínimo exigido
é de 50.000,00€, estando dividido por acções todas com o mesmo valor nominal, com o mínimo de
0,01€ por acção (artº 276º/2/3 CSC). Ao contrário do que é permitido no caso das sociedades em
nome colectivo e nas sociedades em comandita, apenas aos sócios comanditados, no caso das
sociedades por quotas e das sociedades anónimas não são admitidas contribuições de indústria
podendo, no caso das sociedades por quotas, ser diferida, até 5 anos, a efectivação de metade das
entradas em dinheiro, desde que a soma das entradas em dinheiro mais as entradas em espécie
perfaça os 5.000,00€ (art. 202º/1/2 e art. 203º/1 CSC) e no caso das sociedades anónimas, essa
efectivação ser diferida em 70% do valor nominal das acções (art. 277º/1/2 CSC), não podendo o
período ser superior a 5 anos (art. 285º/1 CSC).
Quanto à responsabilidade dos sócios, ela também varia consoante o tipo de sociedade. Nas
sociedades em nome colectivo os sócios respondem ilimitada e subsidiariamente perante a empresa e
solidariamente, entre si, perante os credores, (art. 175º/1 CSC), já nas sociedades em comandita os
sócios comanditários respondem apenas pela sua entrada e os comanditados respondem, pelas
dívidas da sociedade, ilimitada e subsidiariamente perante a empresa e solidariamente, entre si,
perante os credores (art. 465º/1 CSC), podendo, por isso, dizer-se que são sociedades de
responsabilidade mista. No caso das sociedade por quotas os sócios, respondem, perante a sociedade,
pela sua entrada e solidariamente com os outros sócios, por todas as entradas convencionadas no
contrato social (art. 197º/1 CSC), podendo ser obrigados a prestações acessórias ou complementares
(art. 197º/2, 209º e 210º CSC). Perante credores apenas o património da sociedades responde pelas
dívidas da sociedade, salvo se houver disposição contrária (art. 197º/3 CSC), logo neste tipo de
sociedade a responsabilidade do sócio é limitada. Pode ser estipulado no contrato de sociedade, outro
tipo de responsabilidades de um ou mais sócios perante os credores (art. 198º CSC). Finalmente nas
sociedades anónimas os sócios respondem, perante a sociedade, pelo valor total das acções que
subscreverem, respondendo perante os credores o património da sociedade, logo a responsabilidade
dos sócios é limitada (art. 271º CSC).
Perante o exposto a minha escolha recairia sobre uma sociedade por quotas, uma vez que me
parece a mais adquada porque permite que o esforço de investimento, bem como a gestão seja
partilhada com outra, ou outras pessoas. A responsabilidade dos sócios sendo limitada não obriga a
grandes riscos do património pessoal e permite uma gestão mais controlada dada a pouca
probabilidade de grande dispersão do capital social como poderia acontecer numa sociedade
anónima. Além disso nas sociedades por quotas não são exigidos orgão de controlo e fiscalização,
tais como conselho fiscal e/ou ROC, como no caso das sociedades anónimas.

Resposta à questão 2:
A menos que tivesse sido estipulado no contrato desta sociedade que um ou mais sócios
ficariam obrigados, até determinado montante, a responder por dívidas da sociedade perante
credores, conforme o permite o Art. 198º CSC, mas que não será o caso, já que nada é referido nesse
sentido, a minha responsabilidade individual pelo pagamento da dívida comercial não existe. Neste
caso a responsabilidade pelo pagamento da dívida é da Sociedade que responderia perante os seus
credores com o seu capital próprio, bem como com o seu património social (art. 197º/3 CSC). O
capital próprio de uma sociedade é constituído pelo capital social subscrito, acrescido de prestações
suplementares e prémios de emissão, se os houver, bem como das reservas legais. Os resultados
transitados poderão acrescer ou diminuir o capital próprio, conforme sejam positivos ou negativos. O
património social é constituído pelos bens cuja titularidade foi transmitida à sociedade pelos sócios
aquando da sua constituição aumentando ou diminuindo por efeito da actividade realizada pela
sociedade.

Resposta à questão 3:
Estando nós perante uma sociedade por quotas a entrada de um novo sócio implicaria,
obrigatoriamente, alterações no contrato da sociedade e no capital social. Actualmente é possível
proceder-se à alteração dos contratos de sociedade por deliberação dos sócios segundo a maioria
exigida por lei e pelo contrato (art. 85º/1 e art. 265º/1 CSC). As alterações ao contrato de sociedade
devem ser reduzidas a escrito, bastando para tal a acta da respectiva deliberação, salvo se a lei ou o
contrato de sociedade exigirem outro documento (art. 85º/3/4 CSC).
No caso em concreto como existem prejuízos acumulados e a possibilidade de entrada de um
novo sócio, optar-se-ía pelo aumento de capital da sociedade. Para que tal se tornasse possível seria
necessária a deliberação, por parte dos sócios, do respectivo aumento devendo a mesma mencionar
expressamente, entre outras, a modalidade do aumento de capital, o seu montante, o montante
nominal do seu aumento, as pessoas que participarão nesse aumento, etc (art. 87º/1 CSC). No entanto
este aumento não poderia ser deliberado caso não estivessem vencidas as prestações de capital inicial
ou proveniente de anterior aumento (art. 87º/3 CSC). Relativamente às entradas dos aumentos de
capital é aplicado o mesmo preceituado quanto às entradas da mesma natureza na constituição da
sociedade, existindo apenas algumas excepções (art. 89º CSC). Resta acrescentar que o novo sócio
teria que aceitar associar-se nas condições do contrato vigente e da deliberação de aumento de capital
(art. 268º/2 CSC).
Quanto à firma e à responsabilidade dos sócios, (antigos e novo), pelas dívidas comerciais
anteriores e posteriores à entrada do novo sócio nada se alteraria, a menos que fosse essa a vontade
dos sócios e, nesse caso, teria que ficar expressa toda e qualquer alteração, dentro dos limites das
sociedades por quotas anteriormente explicitados, no contrato de sociedade.
Bibliografia:
Código Civil Versão On-line
Código Comercial/Código das Sociedades Comerciais de António Caeiro e Manuel Nogueira Serens,
17ª Edição
Curso Elementar de Direito Comercial de Manuel António Pita, 2ª Edição

Vous aimerez peut-être aussi