Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Resposta à questão 1:
Resposta à questão 2:
A menos que tivesse sido estipulado no contrato desta sociedade que um ou mais sócios
ficariam obrigados, até determinado montante, a responder por dívidas da sociedade perante
credores, conforme o permite o Art. 198º CSC, mas que não será o caso, já que nada é referido nesse
sentido, a minha responsabilidade individual pelo pagamento da dívida comercial não existe. Neste
caso a responsabilidade pelo pagamento da dívida é da Sociedade que responderia perante os seus
credores com o seu capital próprio, bem como com o seu património social (art. 197º/3 CSC). O
capital próprio de uma sociedade é constituído pelo capital social subscrito, acrescido de prestações
suplementares e prémios de emissão, se os houver, bem como das reservas legais. Os resultados
transitados poderão acrescer ou diminuir o capital próprio, conforme sejam positivos ou negativos. O
património social é constituído pelos bens cuja titularidade foi transmitida à sociedade pelos sócios
aquando da sua constituição aumentando ou diminuindo por efeito da actividade realizada pela
sociedade.
Resposta à questão 3:
Estando nós perante uma sociedade por quotas a entrada de um novo sócio implicaria,
obrigatoriamente, alterações no contrato da sociedade e no capital social. Actualmente é possível
proceder-se à alteração dos contratos de sociedade por deliberação dos sócios segundo a maioria
exigida por lei e pelo contrato (art. 85º/1 e art. 265º/1 CSC). As alterações ao contrato de sociedade
devem ser reduzidas a escrito, bastando para tal a acta da respectiva deliberação, salvo se a lei ou o
contrato de sociedade exigirem outro documento (art. 85º/3/4 CSC).
No caso em concreto como existem prejuízos acumulados e a possibilidade de entrada de um
novo sócio, optar-se-ía pelo aumento de capital da sociedade. Para que tal se tornasse possível seria
necessária a deliberação, por parte dos sócios, do respectivo aumento devendo a mesma mencionar
expressamente, entre outras, a modalidade do aumento de capital, o seu montante, o montante
nominal do seu aumento, as pessoas que participarão nesse aumento, etc (art. 87º/1 CSC). No entanto
este aumento não poderia ser deliberado caso não estivessem vencidas as prestações de capital inicial
ou proveniente de anterior aumento (art. 87º/3 CSC). Relativamente às entradas dos aumentos de
capital é aplicado o mesmo preceituado quanto às entradas da mesma natureza na constituição da
sociedade, existindo apenas algumas excepções (art. 89º CSC). Resta acrescentar que o novo sócio
teria que aceitar associar-se nas condições do contrato vigente e da deliberação de aumento de capital
(art. 268º/2 CSC).
Quanto à firma e à responsabilidade dos sócios, (antigos e novo), pelas dívidas comerciais
anteriores e posteriores à entrada do novo sócio nada se alteraria, a menos que fosse essa a vontade
dos sócios e, nesse caso, teria que ficar expressa toda e qualquer alteração, dentro dos limites das
sociedades por quotas anteriormente explicitados, no contrato de sociedade.
Bibliografia:
Código Civil Versão On-line
Código Comercial/Código das Sociedades Comerciais de António Caeiro e Manuel Nogueira Serens,
17ª Edição
Curso Elementar de Direito Comercial de Manuel António Pita, 2ª Edição