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A perda de carga, hlT , é considerada como a soma das perdas distribuídas, hl, devido
outras, ou seja,
hlT = hl + hlm (1)
Perdas Distribuídas
Um balanço de energia pode ser utilizado para avaliar a perda de carga distribuída,
⎛ p1 V12 ⎞ ⎛ p2 V22 ⎞
⎜ + α + gz −
1⎟ ⎜ + α + gz2 ⎟ = hlT = hl + hlm (2)
⎝ρ ⎠ ⎝ ρ
1 2
2 2 ⎠
α1V12 α 2 V22
= , essa equação reduz-se a
2 2
⎛ p1 ⎞ ⎛ p2 ⎞
⎜ + gz1 ⎟ − ⎜ + gz2 ⎟ = hl (3)
⎝ρ ⎠ ⎝ ρ ⎠
p1 − p2 Δp
= = hl (4)
ρ ρ
Dessa forma, a perda de carga distribuída pode ser expressa como a perda de pressão
para escoamento completamente desenvolvido através de um tubo horizontal de área
constante.
A perda de carga distribuída representa a energia mecânica convertida em energia
térmica por efeitos de atrito.
A perda de carga é independente da orientação do tubo (área constante) e depende tão-
somente dos detalhes do escoamento através deste.
L V2
hl = f (5)
D 2
ou,
L V2
Hl = f (6)
D 2g
onde, f é o fator de atrito. Essa equação é muito conhecida como Equação de Darcy-Weisbach
em homenagem a Henri P.G. Darcy (1803-1858) e Julius Weisbach (1806-1871).
O fator de atrito é determinado experimentalmente. Os resultados, publicados por L.F.
Moody em 1944, são mostrados na Fig. 1 (Diagrama de Moody).
Para determinar a perda de carga num escoamento completamente desenvolvido sob
condições conhecidas, o Número de Reynolds ( Re = ρVD μ ) é o primeiro parâmetro a ser
avaliado. A rugosidade, e, é obtida na tabela contida na Fig. 1. Feito isso, o fator de atrito, f, é
lido da curva parametrizada apropriada na Fig. 1, para os valores conhecidos de Re e de e/D.
Finalmente, a perda de carga é determinada utilizando-se das Eqs. (5) e (6).
O fator de atrito para o escoamento laminar é:
64
fla min ar = (7)
Re
1 ⎛e D 2,51 ⎞
= −2, 0 log ⎜ + ⎟⎟ (8)
⎜
f ⎝ 3, 7 Re f ⎠
−2
⎡ ⎛ e D 5, 74 ⎞ ⎤
f 0 = 0, 25 ⎢log ⎜ + 0,9 ⎟ ⎥ (9)
⎣ ⎝ 3, 7 Re ⎠ ⎦
Uma alternativa ao Diagrama de Moody que evita qualquer processo iterativo torna-se
possível por fórmulas obtidas empiricamente, tais como:
1,325
f = 2
(10)
⎡ ⎛ e D 5, 74 ⎞ ⎤
⎢ln ⎜ 3, 7 + Re0,9 ⎟ ⎥
⎣ ⎝ ⎠⎦
válida para 5000 < Re < 108 e 10−6 < e D < 10−2 .
1 ⎡ 6,9 ⎛ e D ⎞1,1 ⎤
= −1,8log ⎢ +⎜ ⎟ ⎥ (11)
f ⎢⎣ Re ⎝ 3, 7 ⎠ ⎥⎦
Perdas Localizadas
O escoamento numa tubulação pode exigir a passagem do fluido através de uma
variedade de acessórios, curvas e/ou mudanças súbitas de áreas.
Perdas de cargas adicionais são encontradas, sobretudo, como resultado da separação
do escoamento, pois a energia é eventualmente dissipada pela mistura violenta nas zonas
separadas. Essas perdas são relativamente menores se o sistema incluir trechos de seção
constante, por este motivo, elas são denominadas perdas menores ou localizadas.
As perdas de carga menores ou localizadas podem ser expressas por:
V2
hlm = K (12)
2
Le V 2
hlm = f (13)
D 2
a) Entradas e Saídas
A entrada mal projetada de um tubo pode causar uma apreciável perda de carga. Três
geometrias básicas de entrada são mostradas na Tab. 1. Nota-se que o coeficiente de perda é
reduzido significativamente quando a entrada é arredondada, mesmo que ligeiramente.
b) Expansões e Contrações
Os coeficientes de perda localizada para expansões e contrações súbitas em dutos
circulares são dados na Fig. 1. Note que ambos os coeficientes baseiam-se no maior valor de
V 2 2 , ou seja, as perdas para uma expansão súbita são baseadas em V12 2 e aquelas para
Tabela 2. Coeficientes de Perda (K) para contrações graduais: dutos circulares e retangulares.
c) Curvas em Tubos
A perda de carga numa curva é maior do que aquela para escoamento completamente
desenvolvido num tubo retilíneo de igual comprimento.
A perda adicional é resultado de um escoamento secundário, sendo representada de
maneira mais conveniente por um comprimento equivalente de tubo reto. O comprimento
equivalente depende do raio relativo de curvatura, conforme mostrado na Fig. 3a para curvas
de 90°. A Figura 3b mostra os dados de projeto para curvas de meia esquadria ou de “gomos”.
Figura 3. Comprimento equivalente adimensional (a) curvas 90° e cotovelos flangeados e (b) curvas de gomos.
Tabela 3. Coeficiente de perda de carga, K, para válvulas abertas, cotovelos e tês com conexão com rosca.
Diâmetro nominal, cm (in) 1,3 (0,5) 2,5 (1,0) 5,0 (2,0) 10 (4,0)
Válvulas (totalmente abertas)
Globo 14,0 8,2 6,9 5,7
Gaveta 0,30 0,24 0,16 0,11
Giratória 5,1 2,9 2,1 2,0
Ângulo 9,0 4,7 2,0 1,0
Cotovelos
45° comum 0,39 0,32 0,30 0,29
90° comum 2,0 1,5 0,95 0,64
90° raio longo 1,0 0,72 0,41 0,23
180° comum 2,0 1,5 0,95 0,64
Tês
Em linha 0,90 0,90 0,90 0,90
Perpendicular 2,4 1,8 1,1 1,1
Tabela 4. Coeficiente de perda de carga, K, para válvulas abertas, cotovelos e tês com conexão com flange.
Diâmetro nominal, cm (in) 2,5 (1,0) 5,0 (2,0) 10 (4,0) 20 (8,0) 50 (10,0)
Válvulas (totalmente abertas)
Globo 13,0 8,5 6,0 5,8 5,5
Gaveta 0,80 0,35 0,16 0,07 0,03
Giratória 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Ângulo 4,5 2,4 2,0 2,0 2,0
Cotovelos
45° raio longo 0,21 0,20 0,19 0,16 0,14
90° comum 0,50 0,39 0,30 0,26 0,21
90° raio longo 0,40 0,30 0,19 0,15 0,10
180° comum 0,41 0,35 0,30 0,25 0,20
180° raio longo 0,40 0,30 0,21 0,15 0,10
Tês
Em linha 0,24 0,19 0,14 0,10 0,07
Perpendicular 1,0 0,80 0,64 0,58 0,41
Fonte:
Fox, R.W. & McDonald, A.T., 2005. Introdução à Mecânica dos Fluidos. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 5ª Edição.