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Não sou professora no sentido literal, mas creio que de alguma forma eu o seja

sim. Foi como tutora em curso de graduação à distância que descobri a paixão que é
ensinar. Essa oportunidade que me foi dada me fez conhecer o outro lado do processo
de ensino-aprendizagem. E como é difícil! mas maravilhoso, construir todo um
conhecimento. Pois é no intuito de ensinar que o professor aprende muito com o
aluno, com suas experiências, dúvidas, questionamentos.

Cabe ao professor ter o cuidado de não mais se ver como o dono da verdade e
do conhecimento, pois isso pode anular todo o saber prévio que o aluno traz consigo.,
já que o aluno é chave importante e fundamental no processo de ensino-
aprendizagem. É importante compreender a necessidade de uma visão social e
política, uma visão crítica para compreender o educando e contribuir na sua formação
de forma incisiva, ajudando-lhe a se posicionar diante da sociedade, a desenvolver
suas habilidades intelectuais e críticas a fim de se construir uma coletividade melhor.

Na educação infantil creio que muita coisa também é parecida. A criança não
pode ser vista como um objeto inanimado a espera de instruções programadas, como
o “input” de um computador. Ela sabe muito e tudo quer aprender. A dinâmica de
como interagir é que deve ser diferente, claro.

Ora se pensarmos que as crianças são o futuro, que seria do futuro sem seus
educadores? Nós temos a missão de formar pessoas. Sim... pois não é mais apenas
ensinar as primeiras letras, o alfabeto, as sílabas. Seremos de alguma sorte,
responsáveis pelos cidadãos que entregamos ao mundo. O caráter, as qualidades
morais, o gosto pelas artes ou por uma ciência em particular pode ser resultado de um
ou outro educador, que em algum momento influenciou para sempre aquele aluno,
aquela criança. É quase mágica, porque educar é resultado de conhecimento e
sensibilidade, de amor.

Alguns anos atrás o professor era uma figura muito importante, distante do
aluno. Era detentor do saber, e cabia a ele passar a informação no quadro-negro.
Existia pouca interação entre aluno-professor. Em algumas vezes o professor dava até
medo, e isso era considerado normal. Era uma via de mão-única, que talvez nem
funcionasse direito, mas era assim que se entendia como deveria ser. Ao menos essa
é a experiência que tive no ensino básico. Mas embora existia essa distância entre
professor e aluno, a cobrança era maior. Uma diferença do que vejo hoje, quando
converso com colegas, professores do ensino público principalmente, é a degradação
que houve no conteúdo programático que já reflete na capacidade que os jovens tem
de dialogar, se posicionar criticamente a respeito deste ou daquele tema, de se
expressar. Houve uma decadência no ensino, e criou-se uma escola do “copiar” e ao
aluno não se exige mais que pense apenas que tire notas! Ler livros é chato, assim
pensa a maioria dos adolescentes. Pior, é praticamente desnecessário na escola! E
sendo assim ninguém mais lê nem aprende além do básico, do superficial, do senso-
comum.

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