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AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR

A avaliação na educação superior é muito mais do que aplicar testes, levantar


medidas, selecionar e classificar alunos. "Avaliar, para muitos de nós, professores da
educação superior, é uma das atividades pedagógicas mais difíceis de realizar..."
(ABREU E MASETTO, 1990, p. 108).
É necessário estabelecer, por meio de técnicas utilizadas pelo professor,técnicas
que promovam ou não os estudantes avaliados. Estas técnicas se dividem em grupos de
acordo com o que se quer avaliar: conhecimentos, habilidades ou atitudes. São
abrangentes quando afirmam que o ensino, como um todo, deve ser avaliado não só na
vertente aluno, mas também nas vertentes plano de ensino e professor: "Situações-
problema, concepção de tarefas, tanto de ensino como de avaliação, realização de
gráficos evolutivos dos alunos, são atividades que auxiliam na avaliação formativa que
podem ser continuamente inovadas pela imaginação. (SORDI, 2001).
A avaliação na educação superior é uma área bastante conservadora, quando
deveria estar a serviço da aprendizagem como um todo, servindo como experiência da
aprendizagem, com estratégias inovadoras sempre que possível.
Entende-se que a avaliação já não é apenas um instrumento para atribuir nota a
um estudante numerado no diário de classe. Ela preocupa-se com um aluno que possui
nome, características próprias de velocidade de aprendizado, habilidades e
competências únicas, interagindo com um professor motivado a observar as etapas desta
dinâmica e que também é avaliado no processo educacional.
No entanto, em geral, as notas e conceitos são decisivos para a continuidade dos
estudos, determinando o status de “sucesso” ou de “fracasso” acadêmico, de
permanência ou de exclusão do processo escolar independente da adequação ou não
dos procedimentos que lhe deram origem.
Tradicionalmente as notas têm representado a quantidade de informações
adquiridas pelos sujeitos que aprendem em relação à expectativa do avaliador.
Para Luckesi (1999), a avaliação não pode ser autoritária e conservadora, mas
sim diagnóstica, propiciando avanços e propondo novas metas. A aprendizagem tem
que ser vista de forma detalhada, relevando as necessidades prioritárias. Os critérios são
importantes como parâmetros difundidos e flexíveis, que se amoldam às necessidades
de alunos e professores. Na avaliação diagnóstica o professor identifica interesses,
aptidões, traços de personalidade, grau de envolvimento, para traçar os objetivos.
Hoffman (2003) entende que no curso superior acontece a avaliação
classificatória com o aproveitamento máximo do aluno através das oportunidades
obtidas durante o curso, em um parâmetro avaliativo fixo. Para Hoffman: "qualidade,
numa perspectiva mediadora de avaliação, significa desenvolvimento máximo possível,
um permanente 'vir a ser', sem limites pré-estabelecidos...". Esta forma de avaliar, no
entendimento desta autora, procura acompanhar o aluno em todos os instantes,
interagindo com o contexto do aprendizado.
A respeito de avaliação formativa na educação superior, Romanowski e
Wachowicz (2006) a entendem como vantajosa porque aluno e professor interagem. O
aluno, ao compreender a dinâmica da avaliação formativa, pode estabelecer novos
parâmetros para a aprendizagem.
Na avaliação formativa o professor avalia se a aprendizagem está realmente
acontecendo, como prosseguir, adequando-se às situações que vão surgindo no decorrer
do processo, alterando ou até retrocedendo, ressurgindo, reiniciando, recomeçando, etc.
O que é explicado da seguinte forma pelas autoras:

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Alunos e professores podem verificar a precisão dos conceitos elaborados e a validade
das análises realizadas (...) o que se espera é que aluno e professor possam interagir para
conquistar o conhecimento. (p. 129).
Existe dificuldade no registro de atividades que colaborem com a avaliação formativa,
porque é um procedimento diferente da avaliação classificatória, em que se atribui uma
ou mais notas de forma objetiva.
É consenso que a formação profissional na educação superior tem requerido mais do
que acúmulo de informações, pois são desafiadoras de raciocínios, de decisão, solução
de problemas, exige flexibilidade, análises, relações, seleções. (SCHÖN, 1997;
ALARCÃO, 1996).
Acreditar que avaliar informações memorizadas é o procedimento seguro para medir o
saber pode ser interpretado como desconsiderações de critérios importantes do
desempenho do aluno, como os intelectuais, motores, atitudinais apreendidos e
aperfeiçoados em tempo de formação, relativos ao curso ou carreira a que se destinam.
Na educação superior os alunos são mais maduros. A maioria tem objetivos
profissionais claros, muitos professores não estão preparados para a docência,
aumentando dificuldades para proceder à avaliação (SILVEIRA, 2008).
A avaliação na Universidade abrange um estudo teórico aprofundado, incluindo revisão
de conceitos, entendimentos e experiências, além de um levantamento da situação
institucional a respeito de políticas, programas, propostas e realizações existentes, dadas
as características da área de ensino/conhecimento.
As consequências das práticas avaliativas na vida acadêmica do aluno de educação
superior são visíveis nas práticas avaliativas de seus professores e refletem-se, de forma
crítica, sobre o significado político-pedagógico dessas práticas na vida acadêmica dos
alunos (SILVEIRA, 2008).
É importante destacar o papel do professor na avaliação da educação superior como um
mediador da aprendizagem do aluno que relacione as estratégias criadas, possibilitando
o desencadear de reflexões e tomadas de consciência, a fim de que mudanças ocorram.
O professor atua como meio e facilitador, oferecendo recursos que auxiliam na
interação entre os atores do processo avaliativo sugerido, os alunos estagiários e seus
leitores ou clientes. Este pensar reformador pretende inovar o ensino. O professor que
procede a avaliações na educação superior deve passar constantemente pelo processo de
formação, o qual se dá por meio de um processo contínuo de reflexão-ação-reflexão.
Deve ter em mente a importância das implicações do ofício de docente no que se diz
respeito à avaliação, às dificuldades do corpo discente, ou seja, da sua identidade para
que os processos de ensino e aprendizagem ocorram por meio de conteúdos
significativos,reflexíveis com postura flexível e utilização de avaliações
diversificadas.A metodologia usada nas avaliações do curso universitário requerem um
docente importante pela ótica de seus alunos, que os marque de forma
positiva,construindo e experimentando com eles, atividades pedagógicas. Parece
necessário que o docente se atualize constantemente, devido aos impactos das novas
tecnologias na sociedade e na educação. A avaliação realizada pelo docente
universitário terá que ser um estímulo para que os alunos desenvolvam seu próprio
meio de assimilação e aprendizagem. Por esse motivo a avaliação deve ser formativa,
contínua e processual, para levar a reflexão e buscar informações para mobilizar o
processo de aprendizagem, possibilitando a criação de percepções facilitadoras.
Avaliar para o professor universitário não é uma atividade que tem como objetivo
apenas medir e controlar, verificar e fazer julgamentos, mas uma atividade que
permite diagnosticar o que foi aprendido, detectar as dificuldades durante o processo, a
fim de ajudar o aluno a progredir e realizar com mais segurança as atividades futuras.

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