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EMPREGO DAS CLASSES DE PALVRAS

A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes
do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo,
advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras.
Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o
tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas
que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da
língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das
suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA
(morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto,
nãoestudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros
fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes


gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os
substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características
aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhas ou substituir um nome (substantivo) e que determina
a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de
coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois
algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as
interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERIODO

SINTAXE DA ORAÇÃO
1. Sujeito e predicado

sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.

predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.

Tipos de sujeito

Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito,
pode ser explicitado. A noite chegou fria.
O sujeito determinado pode ser:

Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.


Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.

Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível
identificá-lo pelo contexto.

(?) Falaram de você.


(?) Falou-se de você.

Inexistente: o predicado não se refere a elemento algum.

Choverá amanhã.
Haverá reclamações.
Faz quinze dias que vem chovendo.
É tarde

2. Termos ligados ao verbo

- Objeto direto: completa o sentido do verbo sem preposição obrigatória.


Os pássaros fazem seus ninhos.

- Objeto indireto: completa o sentido do verbo por meio de preposição obrigatória.


A decisão cabe ao diretor.

- Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que
ocorre a ação.
O cortejo seguia pelas ruas.

- Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem
executou a ação.
O fogo foi apagado pela água.
3. Termos ligados ao nome

Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo. As fortes
chuvas de verão estão caindo.

Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito
e do objeto.

Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre
um equivalente do nome a que se refere.
O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.

Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o
qual se projeta a ação.
Procederam à remoção das pedras.

4. Vocativo:

Termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e
admite a anteposição da interjeição ó.
Amigos, eu os convido a sentar.

SINTAXE DO PERÍODO

1. Orações subordinadas substantivas


São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo.

Os meninos observaram | que você chegou. (a sua chegada)

- Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.


É necessário que você volte.

- Objetiva direta: exerce a função de objeto direto da oração principal.


Eu desejava que você voltasse.

- Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal.


Não gostaram de que você viesse.

- Predicativa: exerce a função de predicativo.


A verdade é que ninguém se omitiu.

- Completiva nominal: desempenha a função de complemento nominal.


Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom.

- Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome.


Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos.

2. Orações subordinadas adjetivas


São aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo.
Na cidade há indústrias que poluem. (poluidoras)
- Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por
pronome relativo e não vem entre vírgulas.
Serão recebidos os alunos que passarem na prova.

- Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma
propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere.
Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas.
Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.

3. Orações subordinadas adverbiais


São aquelas que desempenham função sintática própria do advérbio.
O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma)

- Causal: indica a causa que provocou a ocorrência relatada na oração principal.


A moça atrai a atenção de todos porque é muito bonita.
- Consecutiva: indica a conseqüência que proveio da ocorrência relatada na oração principal.
A moça é tão bonita, que atrai a atenção de todos.
- Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração
principal. Se você correr demais, ficará cansado.
- Comparativa: estabelece uma comparação com o fato expresso na oração principal.
Lutou como luta um bravo.
- Concessiva: concede um argumento contrário ao evento relatado na oração principal.
O time venceu embora tenha jogado mal.
- Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da
oração principal.
Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram.
- Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.
Estudou para que fosse aprovado.
- Temporal: indica o tempo em que se realiza o evento relatado na oração principal.
Chegou ao local, quando davam dez horas.
- Proporcional: estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo principal.
Aprendemos à medida que o tempo passa.

4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
Chegou ao local // e vistoriou as obras.

As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se


coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.

Presenciei o fato, mas ainda não acredito.


or. c. assindética or. c. sindética

As coordenadas assindéticas não se subclassificam.


As coordenadas sindéticas subdividem-se em cinco tipos:

- Aditiva: estabelece uma relação de soma.


Entrou e saiu logo.
- Adversativa: estabelece uma relação de contradição.
Trouxe muitas sugestões, mas nenhuma foi aceita.
- Alternativa: estabelece uma relação de alternância.
Aceite a proposta ou procure outra solução.
- Conclusiva: estabelece relação de conclusão.
Penso, portanto existo.
- Explicativa: estabelece uma relação de explicação ou justificação. Contém sempre um
argumento favorável ao que foi dito na oração anterior.
Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o português.

Questão de análise sintática típica dos vestibulares tradicionais:


(U. F. PERNAMBUCO) — No período “nunca pensei que ela acabasse”, a oração sublinhada
classifica-se como:

a) subordinada adjetiva restritiva;


b) subordinada adjetiva explicativa;
c) subordinada adverbial final;
d) subordinada substantiva objetiva direta;
e) subordinada substantiva objetiva indireta.

(R.: D)

Questão de análise sintática típica dos vestibulares inovadores:

Esta questão coloca em jogo a combinação sintática entre duas orações e o significado resultante
dela, sem exigir análise formal nem o conhecimento de nomenclatura.
(U. F. PELOTAS) — A questão da incoerência em um texto quase sempre se liga a aspectos que
ferem o raciocínio lógico, a contradições entre uma passagem e outra do texto ou entre o texto e o
conhecimento estabelecido das coisas.

O fragmento da entrevista concedida pela atriz e empresária Íris Brüzzi, descartada a hipótese de
utilização da ironia, apresenta esse problema.
“R – Qual é o segredo para conservar sua beleza através dos tempos?
Íris – Acredito muito na beleza interior, a de fora acaba. A natureza tem sido generosa comigo.
Desculpe a modéstia, mas continuo bonita.(Diário Popular, 1996)”.

a) Transcreva a frase que apresenta a incoerência.


R.: “Desculpe a modéstia, mas continuo bonita.”

b) Reescreva essa frase, eliminando a incoerência.


R.: Desculpe a falta de modéstia, mas continuo bonita. ou Desculpe a imodéstia, mas continuo
bonita.

Pontuação:
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só
estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos
os sinais de pontuação.
Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o
sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambigüidade.
• ponto:
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um
período simples ou composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era
conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. =
habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
• o ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente
uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-
se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
(Constituição da República Federativa do Brasil)
• dois-pontos:
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou
atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu,
levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas
para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou
observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos:
ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um
por sua vez, isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios:
cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou
devírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
• ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não
exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
• ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito
repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
• O uso da vírgula:
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e
secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois
banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração,
a vírguladeve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía
as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor,
aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado
durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.

Emprego do Sinal indicativo de Crase

CRASE: é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos
de Língua Portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma
só. A crase é indicada pelo acento grave (`) sobre o "a". Crase, portanto, NÃO é o nome
do acento, mas do fenômeno (junção a + a) representado através do acento grave.
A crase pode ser a fusão da preposição a com:
1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos à cidade e assistimos às festas.
2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei à (loja) do centro.
3) os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me àquele fato.
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Há cidades brasileiras às quais
não é possível enviar correspondência.
Observe que a ocorrência da crase depende da verificação da existência de duas
vogais "a" (preposição + artigo ou preposição + pronome) no contexto sintático.
REGRAS PRÁTICAS
1 - Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se
aparecer a combinação ao, é certo que OCORRERÁ crase antes do termo feminino:
Amanhã iremos ao colégio / à escola.
Prefiro o futebol ao voleibol / à natação.
Resolvi o problema / a questão.
Vou ao campo / à praia.
Eles foram ao parque / à praça.
2 - Substitua o termo regente da preposição a por outro que exija uma preposição
diferente (de, em, por). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja,
se não surgirem as formas da(s), na(s) ou pela(s), não haverá crase:
Refiro-me a você. (sem crase) - Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me
por você.
Refiro-me à menina. (com crase) - Gosto da menina / Penso na menina /
Apaixonei-me pela menina.
Começou a gritar. (sem crase) - Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por
gritar.
3 - Substitua verbos que transmitem a idéia de movimento (ir, voltar, vir, chegar
etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposição "de", NÃOhaverá crase. E se ocorrer a
preposição "da", HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da",
HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
4 - A crase deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que
equivalem a uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da
locução for palavra feminina, então haverá crase:
Gente à toa.
Vire à direita.
Tudo às claras.
Hoje à noite.
Navio à deriva.
Tudo às avessas.
No caso da locução "à moda de", a expressão "moda de" pode vir subentendida,
deixando apenas o "à" expresso, como nos exemplos que seguem:
Sapatos à Luiz XV.
Relógios à Santos Dummont.
Filé à milanesa.
Churrasco à gaúcha.
No caso de locuções relativas a horários, somente no caso de horas definidas e
especificadas ocorrerá a crase:
À meia-noite.
À uma hora.
À duas horas.
Às três e quarenta.
CONCORDÂNCIA

A sintaxe de concordância faz com que as palavras dependentes concordem, nas suas flexões,
com as palavras de que dependem na frase. Os adjetivos, pronomes, artigos e numerais
concordam em gênero e número com os substantivos determinados = concordância nominal. O
verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples a que se refere = concordância verbal.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância do adjetivo adjunto com o substantivo:

O adjetivo biforme, na função de adjunto adnominal, concorda com o substantivo em gênero e


número = As árvores tristonhas deixavam cair suas lágrimas solidificadas.

Referindo-se a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, o adjetivo concordará no


masculino plural ou com o substantivo mais próximo. A referida regra aplica-se aos adjetivos
escritos após os substantivos = Um cravo e uma rosa perfumados(ou perfumada).

Escrito antes dos substantivos, o adjetivo concorda geralmente com o mais próximo = Recebestes
péssima nota e conceito. Bem tratados pomares e hortas.

Se dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo, qualquer
uma das construções abaixo será válida = Conheço os idiomas chinês e japonês ou Conheço o
idioma chinês e o japonês.

Após a preposição de, os adjetivos que se referem aos pronomes nada, muito, algo, tanto, que
ficam geralmente no masculino singular = A cidade nada tem de belo. Nota = pode o adjetivo
concordar, por atração, com o substantivo sujeito. Por exemplo: A menina tem algo de má.

Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito:

O adjetivo predicativo concorda com o sujeito em gênero e número = A praia estava deserta.

Se o sujeito for composto e for do mesmo gênero, o predicativo concordará no plural e no gênero
dos sujeitos = A praia e a ilha estavam desertas.

Se o sujeito for composto e for de gêneros diferentes, o predicativo concordará no masculino


plural, de preferência = O professor e a aluna são altos.

Sendo o sujeito um pronome de tratamento, a concordância dependerá do sexo da pessoa a que


nos referimos = Vossa Excelência é muito bondoso(a).

Nas construções do tipo é bom, é preciso, é necessário, é proibido, o adjetivo predicativo ficará no
masculino singular não havendo artigo antes do sujeito = Cerveja é bom no calor. É preciso
paciência. É necessário muita cautela. É proibido entrada a menores de … Nota = havendo artigo
antes do sujeito, a concordância será normal. Por exemplo: É proibida a entrada a menores de
dezoito anos.

Concordância do predicativo com o objeto:

O adjetivo predicativo concorda em gênero e número com o objeto simples = Encontrei-o calado.

Se o objeto for composto e do mesmo gênero, o adjetivo predicativo concordará no plural com o
gênero dos objetos = Considerei culpados o chefe e seus subordinados.

Se o objeto for composto mas de gêneros diferentes, o adjetivo predicativo concordará no


masculino plural = Encontrei sítios e fazendas destruídos.
Concordância do pronome com o nome:

O pronome variável concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere = O velho
comprou as terras e doou-as a uma instituição de caridade.

Referindo-se a mais de um substantivo de gênero e número diferentes, flexiona-se o pronome no


masculino plural = A casa, o sítio, a fábrica, herdaste-os tu de teu avô.

Os pronomes um…outro, ficam no masculino singular, quando se referem a pessoas de sexos


diferentes, indicando reciprocidade = Marido e mulher agrediam-se um ao outro.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito simples = o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples. ( O menino
trabalha na fábrica; Nós gostamos de crianças.).

Sujeito composto antes do verbo = escrito antes do verbo, o sujeito composto admite o verbo no
plural. (O pai e o filho levantavam cedo.).

Sujeito composto depois do verbo = escrito depois do verbo, o sujeito composto admite o verbo no
plural ou em concordância com o sujeito mais próximo. (Levantavam ou levantava cedo o pai e o
filho).

Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes = sendo o sujeito composto de pessoas


gramaticais diferentes, o verbo concordará no plural e na pessoa gramatical que prevalecer sobre
as outras. A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª. (Eu, tu e ela
dizemos a lição. Tu e ela fizestes a lição).

Casos especiais de concordância verbal:

Sujeitos ligados por "ou" = o verbo concorda com o sujeito mais próximo se houver idéia de
retificação. Neste caso, comumente os núcleos vêm isolados por uma vírgula e são de números
diferentes - O menino, ou os meninos mataram as galinhas. Os meninos, ou o menino matou as
galinhas. O verbo concorda no plural se houver participação de todos os sujeitos no processo
verbal - Saia daí que uma faísca ou um estilhaço poderão atingi-lo em cheio. O verbo concordará
no singular se houver idéia de exclusão de um dos sujeitos do processo verbal - O Brasil ou a
Holanda ganhará o próximo campeonato mundial de futebol.

Sujeitos resumidos por "tudo", "nada", "ninguém" = o verbo concordará no singular quando, numa
relação de sujeitos, após o último vier escrita uma das formas pronominais acima citadas -
Pobres, ricos, sábios, ignorantes, ninguém está satisfeito.

Sujeito coletivo = o verbo concordará no singular com o sujeito coletivo escrito no singular também
- O rebanho comeu toda a ração.

Sujeito representado por pronome de tratamento = o verbo concordará na 3ª pessoa sendo o


sujeito um pronome de tratamento - Vossa Senhoria deseja informação?

Sujeito representado por nome próprio com forma de plural = verbo no plural, se o nome próprio
admitir artigo no plural - Os Estados Unidos defendem os direitos humanos. Verbo no singular, se
o nome próprio admitir artigo no singular - O Amazonas é muito grande. Verbo no singular se o
nome próprio não admitir anteposição de artigo - Campinas fica perto de Jundiaí.

Concordância do verbo ser = apresentando uma sintaxe irregular de concordância, o verbo ser
pode deixar de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo nos seguintes casos:

Sendo o sujeito um dos pronomes tudo, o, isto, isso, aquilo, e o predicativo uma palavra no plural
= Tudo eram recordações. Isto são alegrias.
Sendo o sujeito um substantivo inanimado no singular e o predicativo uma palavra no plural = O
mundo são ilusões. A roupa eram uns trapos. Nota = sendo o sujeito um nome de pessoa ou um
pronome pessoal, a concordância será normal. Por exemplo: O filho(ele) era as alegrias do casal.

Sendo o sujeito uma palavra de sentido coletivo = A maioria eram crianças órfãs.

Sendo o predicativo uma forma de pronome pessoal = O herdeiro sois vós.

Na indicação de horas, datas, distância, sendo o verbo ser impessoal = São duas horas. Eram oito
de maio. Nota = nestes casos, o verbo ser concorda com a expressão numérica.

Concordância dos verbos dar, bater e soar = os três verbos concordam normalmente com o
sujeito em relação às horas. Neste caso, o sujeito é representado pela palavra horas, badaladas
ou relógio. Por exemplo: Deu quatro horas o relógio da igreja. Deram cinco horas. Soaram seis
horas no relógio da praça.

Concordância do verbo parecer = na seqüência em que há o verbo parecer + infinitivo de outro


verbo, apenas um deles é que ficará no plural, não os dois. Por exemplo: Os astros parecem
caminhar no firmamento. Os astros parece caminharem no firmamento

REGENCIA VERBAL E NOMINAL

A sintaxe de regência estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus


complementos. Há dois tipos de regência:

Regência nominal;
Regência verbal.

Regência nominal

Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem


complemento para completar-lhes o sentido. Geralmente, essa relação entre o nome e seus
complementos é estabelecida pela presença de preposição.

Exemplo:

Ele tem aversão à altura.


TR Tr

Ficamos contentes por você.


TR Tr

Os alunos votaram favoravelmente ao projeto.


TR Tr

Observação: Há nomes que admitem mais de uma preposição.

Exemplo:

Tenha amor a seus filhos.

Renato não morria de amor por Paula.

A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais:

Acostumado com, a. Alheio a.


Ansioso para, por. Apto a, para.
Contente com, por, de, em. Falta a, com, para com.
Inofensivo a, para. Preferível a, para.
Próximo a, de. Situado a, em, entre.

REGÊNCIA VERBAL

É o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos.

Exemplo:

Todos criticaram a professora.


TR Tr

Há verbos que admitem mais de uma regência:

Ela não esquecia as flores recebidas.

Ela não se esquecia das flores recebidas.

A seguir veremos a regência de alguns verbos:

ABDICAR

Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou
transitivo indireto.

Exemplo:

O rei abdicou.
VI

Não abdicarei dos meus direitos.


VTI

AGRADAR

No sentido de contentar, satisfazer é transitivo indireto.

Exemplo:

O jogo não agradou ao técnico.

O convite não lhe agradou.

Observação: também é possível aparecer com objeto direto.

AGRADECER

Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Agradeci as flores.
VTD

Agradeci aos diretores.


VTI

Agradeci o presente ao amigo.


VTDI
ASPIRAR

Será transitivo direto quando significar sorver, respirar.

Exemplo:

Aspirou gás carbônico.

É transitivo indireto no sentido de almejar, pretender.

Exemplo:

Os trabalhadores aspiravam ao aumento salarial.

AJUDAR

Aparece como transitivo direto e transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Ela ajudava a minha irmã.


VTD

Nós ajudávamos papai a limpar o quintal.


VTDI

ASSISTIR

Será transitivo direto quando significar prestar assistência, ajudar.

Exemplo:

O médico assistiu o pequeno garoto.

Será transitivo indireto quando significar presenciar, ver. Nesse sentido o verbo ASSISTIR
não admite o uso dos pronomes LHE, LHES.

Exemplo:

Nós assistimos ao jogo da seleção.

Ele assistiu ao espetáculo.

Será transitivo indireto quando significar caber, pertencer.

Exemplo:

Assiste aos governantes o bem-estar social.

No sentido de morar, residir – pouco utilizado atualmente – será intransitivo.

Exemplo:

Ele assiste no Recife há muito tempo.

CHAMAR

Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar.


Exemplo:

Nós chamamos todos os presentes.

No sentido denominar há 4 construções:

Chamaram -no trambiqueiro. à transitivo direto;


Chamaram -no de trambiqueiro. à transitivo direto;
Chamaram -lhe trambiqueiro. à transitivo indireto;
Chamaram -lhe de trambiqueiro. à transitivo indireto.

CUSTAR

No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto.

Exemplo:

Custou ao governo aquela difícil meta.

No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto.

Exemplo:

A insensatez custou-lhe os bens.

ESQUECER
LEMBRAR

Serão transitivos diretos se não forem pronominais.

Exemplo:

Esqueci o nome da rua.

Lembrei um caso antigo.

Serão transitivos indiretos se forem pronominais.

Exemplo:

Esqueci -me do nome da rua.

Lembrei -me de um caso antigo.

Transitivos indiretos quando aparecerem nos sentidos de cair no esquecimento e vir à


lembrança.

Exemplo:

Esqueceram -me de alguns fatos marcantes (Eu esqueci de alguns fatos marcantes –
frase equivalente)

OBEDECER
DESOBEDECER

São transitivos indiretos.

Exemplo:
O jogador desobedeceu ao regulamento.

Os juristas obedecem ao Código Civil.

PRECISAR

No sentido de marcar com precisão é transitivo direto.

Exemplo:

Ele precisou a hora e o local da consulta.

No sentido de necessitar é transitivo indireto.

Exemplo:

Nós precisamos de bons políticos.

PREFERIR

É um verbo transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Preferia o computador ao notebook.

Preferia o vinho à cerveja.

CONCLUSÃO

Nesse tutorial vimos regência nominal e verbal. A regência nominal estuda as relações em
que os nomes exigem complementos para completar-lhes o sentido. A regência verbal é o modo
pelo qual o verbo se relaciona com seus complementos. Inclusive há verbos que aceitam mais de
uma regência, tais como abdicar, agradecer, aspirar, ajudar, obedecer, precisar, preferir.

Espero ter alcançado o objetivo desse tutorial, que foi passar algum conhecimento do que
vem a ser sintaxe de regência. Utilizamos uma linguagem clara e objetiva, com o intuito de ser
mais uma fonte de estudo e aprendizagem para o público interessado em Português.

ABREVIAÇÕES UTILIZADAS

TR – Termo regente;
Tr – Termo regido;
VI – Verbo intransitivo;
VTD – Verbo transitivo direto;
VTI – Verbo transitivo indireto;
VTDI – Verbo transitivo direto e indireto.

Significado das palavras

Sinônimos:

São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado.


triste = melancólico.
resgatar = recuperar
maciço = compacto
ratificar = confirmar
digno = decente, honesto
reminiscências = lembranças
insipiente = ignorante.

Antônimos:

São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.

bom x mau
bem x mal
condenar x absolver
simplificar x complicar

Homônimos:

São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:

Homônimos perfeitos:

Têm a mesma grafia e o mesmo som.

cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder);


meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo).

Homônimos homófonos:

Têm o mesmo som e grafias diferentes.

sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder);


concerto (harmonia) e conserto (remendo).

Homônimos homógrafos

Têm a mesma grafia e sons diferentes.

almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar);


sede (vontade de beber) e sede (residência).

Parônimos:

São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante.

retificar e ratificar;
emergir e imergir.

Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos:

acender = atear fogo


ascender = subir
acerca de = a respeito de, sobre
cerca de = aproximadamente
há cerca de = faz aproximadamente
afim = semelhante, com afinidade
a fim de = com a finalidade de
amoral = indiferente à moral
imoral = contra a moral, libertino, devasso
apreçar = marcar o preço
apressar = acelerar
arrear = pôr arreios
arriar = abaixar
bucho = estômago de ruminantes
buxo = arbusto ornamental
caçar = abater a caça
cassar = anular
cela = aposento
sela = arreio
censo = recenseamento
senso = juízo
cessão = ato de doar
seção ou secção = corte, divisão
sessão = reunião
chá = bebida
xá = título de soberano no Oriente
chalé = casa campestre
xale = cobertura para os ombros
cheque = ordem de pagamento
xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo
comprimento = extensão
cumprimento = saudação
concertar = harmonizar, combinar
consertar = remendar, reparar
conjetura = suposição, hipótese
conjuntura = situação, circunstância
coser = costurar
cozer = cozinhar
deferir = conceder
diferir = adiar
descrição = representação
discrição = ato de ser discreto
descriminar = inocentar
discriminar = diferençar, distinguir
despensa = compartimento
dispensa = desobrigação
despercebido = sem atenção, desatento
desapercebido = desprevenido
discente = relativo a alunos
docente = relativo a professores
emergir = vir à tona
imergir = mergulhar
emigrante = o que sai
imigrante = o que entra
eminente = nobre, alto, excelente
iminente = prestes a acontecer
esperto = ativo, inteligente, vivo
experto = perito, entendido
espiar = olhar sorrateiramente
expiar = sofrer pena ou castigo
estada = permanência de pessoa
estadia = permanência de veículo
flagrante = evidente
fragrante = aromático
fúsil = que se pode fundir
fuzil = carabina
fusível = resistência de fusibilidade calibrada
incerto = duvidoso
inserto = inserido, incluso
incipiente = iniciante
insipiente = ignorante
indefesso = incansável
indefeso = sem defesa
infligir = aplicar pena ou castigo
infringir = transgredir, violar, desrespeitar
intemerato = puro, íntegro, incorrupto
intimorato = destemido, valente, corajoso
intercessão = súplica, rogo
interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas
laço = laçada
lasso = cansado, frouxo
ratificar = confirmar
retificar = corrigir
soar = produzir som
suar = transpirar
sortir = abastecer
surtir = originar
sustar = suspender
suster = sustentar
tacha = brocha, pequeno prego
taxa = tributo
tachar = censurar, notar defeito em
taxar = estabelecer o preço
vultoso = volumoso
vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face)

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Palavras primitivas: são palavras que servem como base para a formação de outra e que não
foram formadas a partir de outro radical da língua.
Exemplos: pedra, flor, casa.

Palavras derivadas: são palavras formadas a partir de outros radicais.


Exemplos: pedreiro, floricultura, casebre.

No Português, os principais processos para formar palavras novas são


dois: derivação e composição.
Derivação

É a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva.


Exemplos: inútil = prefixo in- + radical útil.
O processo de derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.

Derivação Prefixal

Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.


Exemplos: desfazer, refazer.

Derivação Sufixal

Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.


Exemplos: alegremente, carinhoso.
Os sufixos são divididos em nominais, verbais e adverbiais.
Sufixos nominais são os que derivam substantivos e adjetivos;
Sufixos verbais são os que derivam verbos;
Sufixo adverbial é o que deriva advérbio, esse existe apenas um: -mente

Derivação Parassintética

Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva.


Exemplos: desalmado, entristecer.
A derivação parassintética só acontece quando os dois morfemas (prefixo e sufixo) se unem ao
radical simultaneamente. Note que na palavra desalmado houve parassíntese, é fácil perceber,
pois não existe a palavradesalma, da qual teria vindo desalmado, da mesma forma não existe a
palavra almado, da qual também teria vindodesalmado, ocorreu anexação de prefixo e sufixo ao
mesmo tempo.

Derivação Regressiva

Faz-se pela redução da palavra primitiva.


Exemplos: trabalho (trabalhar), choro (chorar).
O processo de derivação regressiva produz os substantivos deverbais, esses são substantivos
derivados a partir de verbos.

Derivação Imprópria

Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja
alterada.
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo).
Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um substantiva o
advérbio).

Composição

O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.


Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio.

Há dois tipos de composição: aglutinação e justaposição.

Composição por Aglutinação

Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações.


Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).

Composição por Justaposição


Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações.
Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol.

Outros processos

Hibridismo

Ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas diferentes.


Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim).

Onomatopéia

Acontece nas palavras que simbolizam a reprodução de determinados sons.


Exemplos: tique-taque, zunzum.

Redução ou Abreviação

Esse processo se manifesta quando uma palavra é muito longa, pois forma novas palavras a partir
da redução ou abreviação de palavras já existentes.
Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático).

Neologismo

É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes em contextos


específicos.
Veja os neologismos num trecho do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade:

Que pode uma criatura senão,


senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

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