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PENTATEUCO

(Noções introdutórias)

GÊNESIS

Esboço:

I. O Princípio da História da Humanidade: (1.1—11.26) A. A Origem do Universo e


da Vida (1.1—2.25) 1. Resumo de Toda a Criação (1.1—2.4) 2. Relato Detalhado da Criação
de Adão e Eva (2.5-25) B. A Origem do Pecado (3.1-24) 1. Tentação e Queda (3.1-6) 2.
Conseqüências da Queda (3.7-24) C. As Origens da Civilização (4.1—5.32) 1. Caim: Cultura
Pagã (4.1-24) 2. Sete: Um Remanescente Justo (4.25,26) 3. Registro Genealógico dos
Patriarcas Antediluvianos (5.1-32) D. O Grande Dilúvio: O Julgamento Divino sobre a
Civilização Primitiva (6.1—8.19) 1. A Depravação Universal (6.1-8,11,12) 2. A Preparação
Mediante Noé para a Salvação de um Remanescente Justo (6.9-22) 3. As Instruções Finais e o
Dilúvio (7.1—8.19) E. O Novo Começo da Humanidade (8.20—11.26) 1. A Posteridade de Noé
(8.20—10.32; destaque: Sem, 11.10-26) 2. A Torre de Babel (11.1-9) 3. Elos Genealógicos
entre Sem e Abraão (11.10-26)
II. Os Começos do Povo Hebreu: (11.27—50.26) A. Abraão (11.27—25.18) 1. Os
Progenitores de Abraão (11.27-32) 2. A Chamada de Abraão e Sua Viagem pela Fé (12.1—
14.24) 3. O Concerto entre Deus e Abraão (15.1-21) 4. Agar e Ismael (16.1-16) 5. O Concerto
de Abraão Ratificado Mediante Seu Nome e a Circuncisão (17.1-27) 6. A Promessa a Abraão e
a Tragédia de Ló (18.1—19.38) 7. Abraão e Abimeleque (20.1-18) 8. Abraão e Isaque, o Filho
da Promessa (21.1—24.67) 9. A Posteridade de Abraão (25.1-18) B. Isaque (25.19—28.9) 1. O
Nascimento de Esaú e Jacó (25.19-26) 2. Esaú Vende a Sua Primogenitura (25.27-34) 3.
Isaque, Rebeca e Abimeleque (26.1-17) 4. Disputa a Respeito de Poços, e a Mudança de
Isaque para Berseba (26.18-33) 5. A Bênção Patriarcal (26.34—28.9) C. Jacó (28.10—37.2a)
1. O Sonho de Jacó e Sua Viagem (28.10-22) 2. Jacó com Labão em Harã (29.1—31.55) 3. A
Reconciliação de Jacó e Esaú (32.1—33.17) 4. Jacó Volta à Terra Prometida (33.18—35.20)
5.A Posteridade de Jacó e Esaú (35.21—37.2a) D. José (37.2b—50.26) 1. José e Seus Irmãos
em Canaã (37.2b-36) 2. Judá e Tamar (38.1-30) 3. José, Suas Provas e Elevação no Egito
(39.1—41.57) 4. José e Seus Irmãos no Egito (42.1—45.28) 5. A Mudança para o Egito, do Pai
e Irmãos de José (46.1—47.26) 6. Jacó: Suas Últimas Profecias, Últimos Dias e Morte (47.27
—50.14) 7. José: Final de Sua Vida e Sua Morte (50.15-26)

Autor: Moisés, Tema: Começos Data: Cerca de 1445-1405 a.C.

Considerações Preliminares: É muito apropriado o lugar que Gênesis ocupa como o primeiro
livro do AT, servindo de introdução básica à Bíblia inteira. O título deste livro em hebraico
deriva da primeira palavra do livro: bereshith ( “ no princípio ” ). O título “ Gênesis ” , como
aparece em nossas Bíblias, é a tradução em grego, do referido título em hebraico, e significa “
a origem, fonte, criação, ou começo de alguma coisa ” . Gênesis é “ o livro dos começos ” .O
autor de Gênesis não é mencionado em nenhuma parte do livro.O testemunho do restante da
Bíblia, porém, é que Moisés foi o autor de todo o Pentateuco (i.e., os cinco primeiros livros do
AT) e, portanto, de Gênesis (e.g., 1 Rs 2.3; 2 Rs 14.6; Ed 6.18; Ne 13.1; Dn 9.11-13; Ml 4.4;
Mc 12.26; Lc 16.29,31; Jo 7.19-23; At 26.22; 1 Co 9.9; 2 Co 3.15). Além disso, os antigos
escritores judaicos e os primeiros dirigentes da igreja são unânimes em testificar que Moisés
foi o escritor de Gênesis. Uma vez que o relato de Gênesis no seu todo é de data anterior a
Moisés, o papel deste ao escrever Gênesis foi, em grande parte, reunir sob a inspiração do
Espírito Santo, todos os registros escritos e orais disponíveis, desde Adão até a morte de José,
como os temos hoje preservados em Gênesis. Uma possível indicação de Moisés ter utilizado
registros históricos existentes ao escrever Gênesis, é a repetida expressão através do livro: “
estas são as gerações de ” (hb. e ’ lleh toledoth), que também admite a tradução: “ estas são
as histórias por ” (ver 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10,27; 25.12,19; 36.1,9; 37.2). Gênesis registra
com exatidão a criação, os começos da história da humanidade e a origem do povo hebreu,
bem como o concerto entre Deus e os hebreus através de Abraão e os demais patriarcas.O
Senhor Jesus atestou no NT a fidedignidade histórica de Gênesis como Escritura divinamente
inspirada ( Mt 19.4-6; 24.37-39; Lc 11.51; 17.26-32; Jo 7.21-23; 8.56-58) e os apóstolos (Rm 4;
1Co 15.21,22,45-47; 2 Co 11.3; Gl 3.8; 4.22-24,28; 1 Tm 2.13,14; Hb 11.4-22; 2 Pe 3.4-6; Jd
7,11). Sua historicidade continua sendo confirmada pelas descobertas arqueológicas
modernas. Moisés foi notavelmente bem preparado, pela sua educação (At 7.22) e por Deus,
para escrever esse incomparável livro da Bíblia. Propósito: Gênesis provê um alicerce
essencial para o restante do Pentateuco e para toda a revelação bíblica subseqüente.
Preserva o único registro fidedigno a respeito dos começos do universo, da humanidade, do
casamento, do pecado, das cidades, dos idiomas, das nações, de Israel e da história da
redenção. Foi escrito de conformidade com o propósito de Deus a fim de dar ao seu povo
segundo o concerto,tanto do AT quanto do NT, uma compreensão fundamental de si mesmo,
da criação, da raça humana, da queda,da morte, do julgamento, do concerto e da promessa da
redenção através do descendente de Abraão.

Visão Panorâmica: Gênesis divide-se naturalmente em duas grandes partes. (A) Os caps. 1—
11 fornecem uma visão geral, partindo de Adão até Abraão, e concentra-se em cinco eventos
memoráveis. (1) A Criação: Deus criou todas as coisas, inclusive Adão e Eva, os quais Ele
colocou no Jardim do Éden (1—2). (2) A Queda: Adão e Eva, pela sua transgressão,
introduziram na história humana a maldição do pecado e da morte (cap. 3). (3) Caim e Abel:
Esta tragédia colocou em movimento as duas correntes básicas da história: a civilização
humanista e um remanescente redentor ( 4 — 5). (4) Dilúvio Universal: O mundo antigo se
tornara tão iníquo até os tempos da geração de Noé, que Deus o destruiu por meio de um
dilúvio universal, e poupou somente o justo Noé e sua família, como remanescentes (6—10).
(5) A Torre de Babel. Quando o mundo pós-diluviano unificou-se em torno da idolatria e da
rebelião, Deus o dispersou, ao confundir seu idioma e cultura, e ao espalhar a raça humana
por toda a terra (cap. 11). (B) Os caps. 12—50 registram os começos do povo hebreu e
focalizam o contínuo propósito divino da redenção, através da vida dos quatro grandes
patriarcas de Israel — Abraão, Isaque, Jacó e José. A chamada de Abraão por Deus (cap. 12)
e o relacionamento pactual de Deus com ele e com seus descendentes, formam o começo de
fato da realização do propósito divino concernente ao Redentor e à redenção, na história
humana. Gênesis termina com a morte de José e a iminente escravidão de Israel no Egito.
Características Especiais: Sete características principais assinalam Gênesis. (1) Foi o
primeiro livro da Bíblia a ser escrito (com a possível exceção de Jó) e registra o começo da
história da humanidade, do pecado, do povo hebreu e da redenção. (2) A história contida em
Gênesis abrange um período de tempo maior do que todo o restante da Bíblia, e começa com
o primeiro casal humano; dilata-se, abrangendo o mundo antediluviano, e a seguir limita-se à
história do povo hebreu, o qual semelhante a uma torrente, conduz à redenção até o final do
AT. (3) Gênesis revela que o universo material e a vida na terra são categoricamente obra de
Deus, e não um processo independente da natureza. Cinqüenta vezes nos caps. 1—2, Deus é
o sujeito de verbos que demonstram o que Ele fez como Criador. (4) Gênesis é o livro das
primeiras coisas — o primeiro casamento, a primeira família, o primeiro nascimento, o primeiro
pecado, o primeiro homicídio, o primeiro polígamo, os primeiros instrumentos musicais, a
primeira promessa de redenção, e assim por diante. (5) O concerto de Deus com Abraão, que
começou com a chamada deste (12.1-3), foi formalizado no cap. 15, e ratificado no cap. 17, e é
da máxima importância em toda a Bíblia. (6) Somente Gênesis explica a origem das doze
tribos de Israel. (7) Revela como os descendentes de Abraão, por fim, se fixam no Egito
(durante 430 anos) e assim preparam o caminho para o êxodo, o evento redentor central do
AT.
Gênesis e Seu Cumprimento no NT: Gênesis revela a história profética da redenção, e o
Redentor que virá através da descendência da mulher (3.15), das linhagens de Sete (4.25,26),
e de Sem (9.26,27), e da descendência de Abraão (12.3). O NT aplica 12.3 diretamente à
provisão da redenção que Deus realizou em Jesus Cristo (Gl 3.16,39). Muitos personagens e
eventos de Gênesis são mencionados no NT com relação à fé e à justiça (Rm 4; Hb 11.1-22),
ao julgamento divino (Lc 17.26-29,32; 2 Pe 3.6; Jd 7,11a) e à pessoa de Cristo (Mt 1.1; Jo
8.58; Hb 7).

ÊXODO
Esboço:
I. Opressão dos Hebreus no Egito: (1.1—11.10) A. Sofrimentos dos Oprimidos (1.1-22) B.
Preparação do Libertador (2.1— 4.31) 1. Nascimento de Moisés e Seus Primeiros Quarenta
Anos (2.1-15a) 2. Exílio de Moisés e o Seu Segundo Período de Quarenta Anos (2.15b - 25) 3.
Chamada de Moisés e Seu Regresso ao Egito (3.1— 4.31) C. Luta com o Opressor (5.1—
11.10) 1. A Petição: Deixa Meu Povo Ir (5.1-3) 2. A Resposta: Perseguição Tirânica de Faraó
(5.4-21) 3. A Garantia: O Senhor Manifestará Seu Senhorio (5.22 — 7.13) 4. O Recurso: As
Dez Pragas (7.14 — 11.10)
II. Livramento dos Hebreus do Egito: (12.1—13.16). (N do R - Aqui começa o 3o período de
40 anos da vida de Moisés; cf. At 7.36) A. Livramento na Páscoa: Redenção pelo Sangue (12.1
—15.21) B. Livramento no Mar Vermelho: Redenção pelo Poder (13.17—14.31) C. Cânticos do
Livramento: Louvor ao Redentor (15.1-21)
III. Ensinamento a Israel a Caminho do Monte Sinai: (15.22—19.2) A. A Prova da
Adversidade e o Cuidado Providente de Deus (15.22—19.2) 1. A Primeira Prova: Águas
Amargas em Mara (15.22-27) 2. A Prova da Fome: Provisão de Codornizes e Maná (16.1-36)
3. A Prova da Sede: Água em Refidim (17.1-7) 4. A Prova do Combate: A Luta com Amaleque
(17.8-16) B. O Conselho Sábio de Jetro (18.1-27)
IV. O Pacto de Deus com Israel no Monte Sinai: (19.3—24.18) A. Instruções Preparatórias a
Moisés (19.3—24.18) B. Os Dez Mandamentos: Diretrizes de Vida e Conduta sob o Concerto
(20.1-17) C. Ordenanças Preventivas do Relacionamento Pactual (20.18—23.19) D.
Promessas Concernentes à Terra Prometida (23.20-33) E. Ratificação do Concerto (24.1-18)
V. Normas de Adoração a Deus por Israel, no Monte Sinai (25.1— 40.38) A. Instruções a
Respeito do Tabernáculo (25.1— 27.21) B. Instruções a Respeito dos Sacerdotes (28.1—
31.18) C. O Pecado de Idolatria (32.1— 34.35) D. Implementação das Instruções Divinas (35.1
— 40.38)

Autor: Moisés, Tema: A Redenção Data: Cerca de 1445-1405 a.C.


Considerações Preliminares: Êxodo dá continuidade à narrativa iniciada em Gênesis. O título
do livro, deriva da palavra grega exodos (título empregado na Septuaginta, a tradução do AT
em grego), que significa “ saída ” ou “ partida ” . Refere-se à poderosa libertação de Israel,
efetuada por Deus, tirando-o da escravidão do Egito, e à sua partida daquela terra, como povo
de Deus. Dois pontos relacionados com o livro de Êxodo têm causado muita controvérsia: a
data do êxodo de Israel ao sair do Egito e a autoria do dito livro. (1) Duas datas diferentes para
o êxodo são propostas pelos eruditos. (a) Uma “ data recuada ” (também chamada a data
bíblica), derivada de 1 Reis 6.1, onde está dito que o êxodo ocorreu 480 anos antes do quarto
ano do reinado de Salomão. Esta declaração estabelece a data do êxodo em 1445 a.C. Por
outro lado, emJuízes 11.26, Jefté (cerca de 1100 a.C.) afirma que Israel ocupara sua própria
terra já há 300 anos, o que permite datar a conquista de Canaã, assim a conquista fica datada
em aproximadamente 1400 a.C. Essa cronologia do êxodo, a da conquista de Canaã e a do
período dos juízes encaixam-se bem nos eventos datáveis da história dos três primeiros reis
de Israel (Saul, Davi e Salomão). (b) Os críticos liberais da Bíblia propõem uma “ data posterior
” para o êxodo, em cerca de 1290 a.C., com base em suposições a respeito dos governantes
egípcios, bem como uma data arqueológica do século XIII a.C. sobre a destruição de cidades
cananéias durante a conquista de Canaã. (2) Há também discordância entre os eruditos
bíblicos conservadores e liberais, no tocante à autoria mosaica do livro de Êxodo. (a)
Intérpretes modernos geralmente consideram o livro como uma obra conjunta, preparada por
vários escritores e completada num período da história de Israel muito posterior aos tempos de
Moisés (a chamada teoria JEDP). (b) Por outro lado, a tradição judaica desde os tempos de
Josué (Js 8.31-35), bem como o testemunho de Jesus (cf. Mc 12.26), do cristianismo primitivo,
e da erudição conservadora contemporânea, todos atribuem a Moisés a origem do livro (ver a
introdução a Deuteronômio). Além disso, a evidência interna do livro apóia a autoria de Moisés.
Pormenores numerosos em Êxodo indicam que o autor foi testemunha ocular dos eventos
registrados no livro (e.g., 2.12; 9.31,32; 15.27). Além disso, trechos do próprio livro dão
testemunho da participação direta de Moisés na sua escrita (e.g., 17.14; 24.4; 34.27).

Propósito: Êxodo foi escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos
e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito e organizado como a sua nação
escolhida. Pelos mesmos atos divinos, Israel também recebeu a revelação escrita, do concerto
entre Deus e aquela nação. Também foi escrito como um elo extremamente importante da
auto-revelação geral e progressiva de Deus, que culminou na pessoa de Jesus Cristo e no NT.
Visão Panorâmica: O livro de Êxodo começa com a descrição do sofrimento dos
descendentes de Jacó no Egito, a saber: opressão, escravidão e infanticídio, e termina com a
presença, o poder e a glória de Deus manifestos no Tabernáculo, no meio do seu povo já
liberto, no deserto. Êxodo divide-se em três seções principais. (A) Os caps. 1 — 14 revelam
Israel no Egito, oprimido por um faraó que não conhecia José, e Deus então redimiu Israel “
com braço estendido e com juízos grandes ” (6.6). Entre os eventos portentosos dessa parte
da história de Israel, estão: (1) o nascimento de Moisés, sua preservação e preparação (cap.
2); (2) a chamada de Moisés na sarça ardente (3 — 4); (3) as dez pragas (7 — 12); (4) a
Páscoa (cap. 12) e (5) a travessia do mar Vermelho (13 — 14). O êxodo de Israel para fora do
Egito é declarado em todo o AT como a mais grandiosa experiência de redenção do velho
concerto. (B) Os caps. 16 — 18 descrevem Israel no Deserto, a caminho do monte Sinai. Deus
guiou seu povo redimido por meio de uma nuvem e uma coluna de fogo e proveu maná,
codornizes e água, exercitando assim seus redimidos a andar pela fé e pela obediência. (C) Os
caps. 19 — 40 registram Israel no monte Sinai, recebendo de Deus a revelação que abarcou
(1) o concerto (cap. 19), (2) o decálogo (cap. 20) e (3) o Tabernáculo e o sacerdócio (25 — 31).
O livro termina com o Tabernáculo inaugurado e transbordante da glória de Deus (cap. 40).

Características Especiais: Cinco características distinguem Êxodo. (1)As circunstâncias


históricas do nascimento de Israel como nação. (2)O Decálogo, i.e.,os dez mandamentos(cap.
20),que é a suma feita por Deus da sua lei moral e das suas justas exigências para o seu povo.
Nela, temos o fundamento da ética e da moralidade bíblicas.(3) É o livro do AT que mais
destaca a graça redentora e o poder de Deus em ação.Em termos do AT,Êxodo descreve o
caráter sobrenatural da libertação que Deus efetuou do seu povo, livrando-o do perigo e da
escravidão do pecado, de Satanás e do mundo.(4)O livro inteiro está repleto da revelação
majestosa de Deus, como (a) glorioso nos seus atributos, (veraz, misericordioso, fiel,santo e
onipotente); (b) Senhor da história e dos reis poderosos; (c) o Redentor que faz um concerto
com os seus redimidos;(d) justo e reto, assim revelado na sua lei moral e nos seus juízos e (e)
digno da adoração reverente, como o Deus transcendente que desce para “ tabernacular ” com
o seu povo, i.e., habitar com o seu povo (cf. Jo 1.14 no gr.). (5) Êxodo enfatiza o “ como? ” , “ o
quê? ” e o “ por quê? ” do verdadeiro culto que deve seguir-se à redenção que Deus efetua dos
seus.
O Livro de Êxodo e Seu Cumprimento no NT: A prefiguração da redenção que temos no
novo pacto, é evidente em todo o livro de Êxodo. A primeira Páscoa, a travessia do mar
Vermelho e a outorga da lei no monte Sinai são, para o velho concerto, aquilo que a vida,
morte e ressurreição de Jesus, e a outorga do Espírito Santo no Pentecoste, são para o novo
concerto. Os tipos de Êxodo que prenunciam Cristo e a redenção no NT são: (1) Moisés, (2) a
Páscoa, (3) a travessia do mar Vermelho, (4) o maná, (5) a rocha e a água, (6) o Tabernáculo,
e (7) o sumo sacerdote. As exigências morais absolutas dos dez mandamentos são repetidas
no NT, para os crentes do novo concerto.

LEVÍTICO

Esboço:

I. O Caminho para Deus: A Expiação (1.1—16.34) A. Através dos Sacrifícios (1.1—7.38) 1. O


Holocausto (1.1-17) 2. A Oferta de Manjares (2.1-16) 3. O Sacrifício Pacífico (3.1-17) 4. A
Oferta pelo Pecado Não Intencional (4.1—5.13) 5. A Oferta pela Culpa (5.14—6.7) 6. O
Holocausto Contínuo e as Ofertas dos Sacerdotes (6.8-23) 7. A Disposição da Vítima na Oferta
pelo Pecado, na Oferta pela Culpa, e no Sacrifício Pacífico (6.24—7.27) 8. A Oferta Alçada e o
Resumo das Ofertas (7.28-38) B. Através da Intercessão Sacerdotal (8.1—10.20) C. Através
das Leis da Purificação (11.1—15.33) D. Através do Dia Anual da Expiação (16.1-34) II.
Requisito para o Andar Diante de Deus:
A Santidade (17.1—27.34) A. Santidade Através da Revelação do Sangue (17.1-16) B.
Santidade Através dos Padrões Morais (18.1—22.33) C. Santidade Através da Adoração
Normal (23.1—24.23) D. Santidade Através das Leis da Reparação, da Obediência e da
Consagração (25.1—27.34)
Autor: Moisés, Tema: Santidade Data: Cerca de 1445-1405 a.C.
Considerações Preliminares: Levítico está estreitamente ligado ao livro de Êxodo. Êxodo
registra como os israelitas foram libertos do Egito, receberam a lei de Deus, e construíram o
Tabernáculo segundo o modelo determinado por Deus; termina quando o Santo vem habitar no
Tabernáculo recém-construído (Êx 40.34). Levítico contém as leis que Deus deu a Moisés
durante os dois meses entre o término do Tabernáculo (Êx 40.17) e a partida de Israel do
monte Sinai (Nm 10.11). O título “ Levítico ” deriva, não da Bíblia hebraica, mas das versões
em grego e latim. Esse título poderia levar alguém a julgar que o livro trata somente do
sacerdócio levítico. O caso é diferente, pois boa parte do livro relaciona-se com todo o Israel.
Levítico é o terceiro livro de Moisés. Mais de cinqüenta vezes, o livro declara que seu conteúdo
encerra as palavras e a revelação que Deus deu diretamente a Moisés para Israel, as quais,
Moisés, a seguir, reduziu à forma escrita. Jesus faz referência a um trecho de Levítico e o
atribui a Moisés (Mc 1.44). O apóstolo Paulo refere-se a um trecho deste livro ao afirmar “
Moisés descreve... dizendo... ” (Rm 10.5). Os críticos que atribuem Levítico a um escritor
sacerdotal de época muito posterior, rejeitam a autenticidade do testemunho bíblico (ver a
introdução a Êxodo).
Propósito: Levítico foi escrito para instruir os israelitas e seus mediadores sacerdotais acerca
do seu acesso a Deus por meio do sangue expiador e para expor o padrão divino da vida santa
que deve ter o povo escolhido de Deus.
Visão Panorâmica: Dois temas muito importantes sobressaem em Levítico: a expiação e a
santidade. (A) Os caps. 1—16 contêm o provimento de Deus para a redenção do pecado e
para desfazer a separação entre Deus e a humanidade, em conseqüência do pecado. O
substantivo “ expiação ” (hb. kaphar) ocorre cerca de quarenta e oito vezes em Levítico. O seu
significado básico é “ cobrir, prover uma cobertura ” . Os sacrifícios vicários do AT (1—7)
cobriam temporariamente o pecado, mediante o sangue (cf. Hb 10.4), até o dia em que Jesus
Cristo morresse como o sacrifício perfeito para “ tirar o pecado do mundo ” (cf. Jo 1.29; Rm
3.25; Hb 10.11,12). Os sacerdotes levíticos (8—10) prenunciam o ministério de mediador de
Cristo, enquanto que o dia anual da expiação (cap. 16) prenuncia a sua crucificação. (B) Os
caps. 17—27 apresentam uma série de normas práticas, pelas quais Deus chamava o seu
povo à pureza e à vida santa.
O mandamento reiterado por Deus é: “ Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou
santo ” (19.2; 20.7, 26). Os termos hebraicos que significam “ santo ” ocorrem mais de cem
vezes em Levítico, e, quando aplicados ao ser humano, falam de pureza e de obediência. A
santidade é vista nas cerimônias (cap. 17) e na adoração (23—25), mas principalmente nos
eventos da vida diária (18—22). Levítico termina com uma admoestação por Moisés (cap. 26)
e com instruções a respeito de certos votos especiais (cap. 27).
Características Especiais: Quatro características assinalam Levítico. (1) A revelação divina,
no sentido da palavra direta da parte de Deus, é mais patente em Levítico do que em qualquer
outro livro da Bíblia. Nada menos que trinta e oito vezes, o livro de Levítico declara
expressamente que o Senhor falou a Moisés. (2) O livro dá instruções detalhadas sobre os
diversos sacrifícios e a expiação vicária. (3) O cap. 16 é o principal da Bíblia no detalhamento
do Dia da Expiação. (4) Levítico ressalta o fato de que o povo de Israel devia cumprir sua
vocação sacerdotal, vivendo em pureza moral e espiritual, separado de outras nações e
obediente a Deus.
O Livro de Levítico e Seu Cumprimento no NT: Devido à ênfase redobrada à expiação pelo
sangue e à santidade, Levítico tem relevância permanente para os crentes do novo concerto.
O NT ensina que o sangue expiador de animais sacrificiais, realçado em Levítico, era “ a
sombra dos bens futuros ” (Hb 10.1) a indicar o sacrifício, uma vez para sempre, de Cristo,
pelo pecado (Hb 9.12). O mandamento bíblico para que o crente seja santo pode ser
perfeitamente cumprido pelo crente do novo concerto, através do sangue precioso de Cristo; a
chamada do crente é para que ele seja santo em todas as áreas da sua vida (1 Pe 1.15). O
segundo grande mandamento, conforme Jesus o definiu, deriva de Lv 19.18: “ Amarás o teu
próximo como a ti mesmo ” (Mt 22.39).

NÚMEROS

Esboço:
I. Deus Prepara o Povo para Herdar a Terra:
(1.1—10.10) A. Instruções para a Partida (1.1—4.49) 1. O Censo dos Soldados de Israel (1.1-
54) 2. A Organização do Acampamento (2.1-34) 3. A Organização dos Levitas (3.1—4.49) B. A
Santificação do Povo (5.1—10.10)
II. O Povo Perde Sua Herança por Causa de Pecado e Incredulidade : (10.11—25.18) A.
Murmuração a Caminho de Cades-Barnéia (10.11—12.16) B. Rebelião e Incredulidade em
Cades-Barnéia (13.1—14.45) C. Pecado e Rebelião no Deserto (15.1—19.22) D.
Desobediência a Caminho de Moabe (20.1—25.18)
III. Deus Prepara uma Nova Geração para Possuir a Terra: (26.1—36.13) A. O Censo da
Nova Geração (26.1-65) B. A Instrução do Povo (27.1—30.16) C. A Derrota dos Midianitas
(31.1-54) D. A Ocupação da Transjordânia (32.1-42) E. O Relato da Viagem do Egito a Moabe
(33.1-49) F. Promessa da Vitória sobre Canaã (33.50-56) G. A Preparação para Entrar na
Terra e Dividi-la (34.1—36.13)

Autor: Moisés, Tema: Peregrinação no Deserto Data: Cerca de 1405 a.C.


Considerações Preliminares: O título do livro, “ Números ” , surgiu primeiramente nas
versões gregas e latinas e deriva dos dois recenseamentos ou “ contagens ” do povo
registrados no livro (1; 26). A maior parte do livro, entretanto, descreve as experiências de
Israel nas suas peregrinações “ no deserto ” . Daí, este livro ser chamado no AT hebraico “ No
Deserto ” (Bemidbar — palavra que aparece no primeiro versículo do livro). Cronologicamente,
Números é uma continuação da história relatada no livro de Êxodo. Depois de uma estada de
aproximadamente um ano no monte Sinai — período durante o qual Deus estabeleceu seu
concerto com Israel, deu a Moisés a lei e o modelo do Tabernáculo, e instruiu-o a respeito do
conteúdo de Levítico — os israelitas se prepararam para continuar sua viagem à terra que
Deus lhes prometera como descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Pouco antes de partirem
do monte Sinai, no entanto, Deus mandou Moisés numerar todos os homens de guerra (1.2,3).
Dezenove dias depois, a nação partiu de lá, numa curta viagem para Cades-Barnéia (10.11).
Números registra a grave rebelião de Israel em Cades, e seus trinta e nove anos subseqüentes
de julgamento no deserto, até quando Deus conduziu toda uma nova geração de israelitas às
planícies de Moabe, à beira do rio Jordão, do lado oposto a Jericó e à terra prometida. A
autoria de Números é historicamente atribuída a Moisés (1) pelo Pentateuco judaico e o
Samaritano; (2) pela tradição judaica; (3) por Jesus e pelos escritores do NT; (4) pelos
escritores cristãos antigos; (5) pelos estudiosos conservadores contemporâneos; e (6) pelas
evidências internas do próprio livro (e.g., 33.1,2). Moisés, sem dúvida, escreveu um diário
durante as peregrinações no deserto, e mais tarde dispôs o conteúdo de Números em forma
narrativa, pouco antes de sua morte (c. 1405 a.C.). A prática de Moisés, de referir-se a si
mesmo na terceira pessoa, era comum nos escritos antigos, e em nada afeta a credibilidade da
sua autoria.
Propósito: Números foi escrito para relatar por que Israel não entrou na terra prometida
imediatamente depois de partir do monte Sinai. O livro trata da fé que Deus requer do seu
povo, dos seus castigos e juízos contra a rebelião e do cumprimento progressivo do seu
propósito.

Visão Panorâmica: A mensagem principal de Números é evidente: o povo de Deus prossegue


avante tão-somente por confiar nele e nas suas promessas e obedecer à sua Palavra. Embora
a travessia do deserto fosse necessária por certo tempo, não era intenção original de Deus que
a prova naquele lugar se prolongasse a tal ponto que uma geração inteira de israelitas
habitasse e morresse ali. A curta viagem do monte Sinai a Cades, significou trinta e nove anos
de aflição e de julgamento por causa da incredulidade deles. Durante a maior parte do tempo
referente a Números, Israel foi um povo infiel, rebelde e ingrato para com Deus, apesar dos
seus milagres e provisão. Murmuração generalizada surgiu entre o povo, pouco depois da sua
partida do monte Sinai (cap. 11); Miriã e Arão falaram mal de Moisés (cap. 12); Israel, como
um todo, rebelou-se em Cades na sua obstinada incredulidade, e recusou-se a prosseguir para
Canaã (cap. 14); Coré com muitos outros levitas rebelaram-se contra Moisés (cap. 16).
Pressionado além dos limites por um povo rebelde, Moisés, por fim, pecou na sua ira, por
imprudência (cap. 20); a seguir, Israel adorou a Baal (25). Todos os israelitas que no incidente
de Cades tinham de vinte anos para cima (excetuando-se Josué e Calebe) pereceram no
deserto. Uma nova geração de israelitas finalmente chegou aos termos orientais da terra
prometida (26—36).
Características Especiais: Seis características principais projetam o livro de Números. (1) É o
“ Livro das Peregrinações no Deserto ” , a revelar claramente por que Israel não possuiu
imediatamente a terra prometida depois de partir do monte Sinai. Antes, teve que peregrinar,
vagueando no deserto por mais trinta e nove anos. (2) É o “ Livro das Murmurações ” , que
registra vez após vez a murmuração, o descontentamento e as queixas dos israelitas contra
Deus e seu modo de lidar com eles. (3) O livro ilustra o princípio que sem fé é impossível
agradar a Deus (cf. Hb 11.6). Vemos, por todo esse livro, que o povo de Deus triunfa tão-
somente ao confiar nele com fé inabalável, crer nas suas promessas e depender dele como
sua fonte de vida e de esperança. (4) Números revela com profundidade o princípio de que se
uma geração fracassar, Deus suscitará outra para cumprir suas promessas e para levar a
efeito a sua missão. (5) O censo antes de Cades-Barnéia (1—4) e o posterior feito nas
planícies de Moabe, antes da entrada em Canaã (cap. 26), revelam que não era o tamanho
inadequado do exército de Israel que o impedia de entrar em Canaã, partindo de Cades, mas o
tamanho inadequado da sua fé. (6) É o “ Livro da Disciplina Divina ” , a demonstrar que Deus
realmente disciplina os seus e executa julgamento sobre eles, quando persistem na
murmuração e na incredulidade (13—14).
Números e Seu Cumprimento no NT: As murmurações e a incredulidade de Israel são
mencionadas como advertências aos crentes do novo concerto (1 Co 10.5-11; Hb 3.16—4.6).
A gravidade do pecado de Balaão (22—24) e da rebelião de Coré (cap. 16) também são
mencionados (2 Pe 2.15,16; Jd 11; Ap 2.14). Jesus faz referência à serpente de bronze como
uma alusão a Ele mesmo ao ser levantado na cruz, de modo que todos os que nele crêem não
pereçam mas tenham a vida eterna (Jo 3.14-16; ver Nm 21.7-9). Além disso, Jesus Cristo é
comparado com a rocha do deserto, da qual Israel bebeu (1 Co 10.4) e com o maná celestial
que alimentou aquele povo (Jo 6.31-33).

DEUTERONÔMIO

Esboço: Introdução (1.1-5)

I. Primeiro Discurso de Moisés: Relato da História Recente de Israel (1.6—4.43) A. A


Partida do Monte Sinai (1.6-18) B. A Incredulidade em Cades-Barnéia (1.19—46) C. As
Jornadas no Deserto (2.1-15) D. A Chegada às Planícies de Moabe (2.16—3.29) E. A
Exortação à Obediência (4.1-43)
II. Segundo Discurso de Moisés: Principais Deveres do Concerto (4.44—26.19) A. Os Dez
Mandamentos (4.44—5.33) B. O Monoteísmo e os Imperativos (6.1-25) C. Mandamentos,
Promessas e Advertências (7.1—11.32) D. Mandamentos Concernentes à Adoração (12.1-32)
E. Mandamentos Concernentes aos Falsos Profetas (13.1-18) F. Mandamentos Concernentes
aos Alimentos, Dízimos e ao Ano Sabático (14.1—15.23) G. Mandamentos a Respeito das
Festas Sagradas Anuais (16.1-17) H. Mandamentos a Respeito das Autoridades (16.18—
18.22) I. Leis Civis e Sociais (19.1—26.19)
III. Terceiro Discurso de Moisés: Renovação e Ratificação do Concerto (27.1—30.20) A.
Obrigações Solenes de Israel (27.1-26) B. Promessas de Bênçãos por Obediência, e de
Maldições por Desobediência (28.1-68) C. Confirmação do Concerto e Exortações Pertinentes
(29.1—30.20)
IV. Os Atos Finais de Moisés e Sua Morte (31.1—34.12) A. Moisés Dá Instruções a Israel e
Designa Josué em Seu Lugar (31.1-29) B. O Cântico de Moisés (31.30—32.47) C. As
Instruções de Deus a Moisés (32.48-52) D. Moisés Abençoa as Tribos (33.1-29) E. Morte e
Sepultamento de Moisés, e Conclusão (34.1-12)

Autor: Moisés, Tema: Renovação do Concerto Data: Cerca de 1405 a.C.


Considerações Preliminares: O título “ Deuteronômio ” vem da Septuaginta e significa “
Segunda Lei ” . O livro consiste nas mensagens de despedida de Moisés, nas quais ele
sumariou e renovou o concerto entre Deus e Israel, para o bem da nova geração de israelitas.
Tinham chegado ao fim da peregrinação no deserto e agora estavam prontos para entrarem na
terra de Canaã. A nova geração, na sua maior parte, não tinha lembrança pessoal da primeira
Páscoa, da travessia do mar Vermelho, nem da outorga da lei no monte Sinai. Careciam de
uma narração inspirada do concerto de Deus, da sua lei e da sua fidelidade, bem como uma
renovada declaração das bênçãos resultantes da obediência e das maldições da
desobediência. Enquanto o livro de Números registra as peregrinações no deserto, da rebelde
primeira geração de israelitas, abrangendo um período de trinta e nove anos, Deuteronômio
abrange um período de talvez um só mês, numa só localidade, nas planícies de Moabe,
diretamente a leste de Jericó e do rio Jordão. Deuteronômio foi escrito por Moisés (31.9,24-26;
cf. 4.44-46; 29.1) e entreque a Israel como um documento do concerto, para ser lido por
extenso diante de todo o povo, a cada sete anos (31.10-13). É provável que Moisés tenha
completado o livro pouco antes da sua morte, cerca de 1405 a.C. A autoria mosaica de
Deuteronômio é atestada: (1) pelo Pentateuco judaico e samaritano; (2) pelos escritores do AT
(e.g., Js 1.7; 1 Rs 2.3; 2 Rs 14.6; Ed 3.2; Ne 1.8,9; Dn 9.11); (3) por Jesus (Mt 19.7-9; Jo 5.45-
47), bem como escritores do NT(e.g., At 3.22,23; Rm 10.19); (4) por eruditos cristãos antigos;
(5) por eruditos conservadores contemporâneos; e (6) pelas evidências internas do livro (e.g.,
semelhança, na estrutura literária, com textos de pactos seculares de vassalagem do século
XV a.C.). O relato da morte de Moisés (cap. 34) evidentemente foi acrescentado logo após sua
ocorrência (mais provavelmente por Josué) como um tributo merecido a Moisés, servo do
Senhor.

Propósito: O propósito original de Moisés ao proferir seus discursos diante da nova geração
de Israel, antes de entregar as rédeas do governo a Josué para efetuar a conquista de Canaã,
foi exortar e instruir os israelitas a respeito: (1) dos atos poderosos de Deus e as suas
promessas; (2) seus deveres segundo o concerto: a fé e a obediência; e (3) a necessidade de
dedicarem-se ao Senhor, para andarem nos seus caminhos, amá-lo e honrá-lo de todo
coração, alma e forças.
Visão Panorâmica: Com toda sua devoção, Moisés recapitulou e renovou o concerto de Deus
com Israel, mormente através de seus três discursos inspirados. (1) O primeiro discurso de
Moisés recontou a história e o fracasso de Israel desde o monte Sinai e conclamou a nova
geração a temer a Deus e a obedecer-lhe (1.6—4.43). (2) O segundo discurso de Moisés
recapitulou e focalizou muitas leis do concerto, que tratavam de assuntos como a observância
do sábado, o culto, os pobres, as festas sagradas anuais, a herança e os direitos de
propriedade, a imoralidade sexual, senhores e servos, e a administração da justiça (4.44—
26.19). (3) No seu terceiro discurso, Moisés profetizou bênçãos e maldições que teriam os
israelitas, conforme sua obediência ou desobediência ao Senhor, segundo o concerto (27.1—
30.20). Os caps. finais incluem a designação de Josué por Moisés como seu sucessor e um
testemunho sobre a morte de Moisés (31.1—34.12).

Características Especiais: Quatro fatos principais caracterizam Deuteronômio. (1) Ele proveu
à nova geração de israelitas prestes a entrar em Canaã, o alicerce e motivação necessários
para herdarem a terra prometida, ao realçar a natureza de Deus e seu concerto com Israel. (2)
É “ O Livro de Repetição da Lei ” , no qual, Moisés, o dirigente de Israel, já com 120 anos de
idade, reafirmou e resumiu (em forma de sermão) a palavra do Senhor contida nos quatro
livros anteriores, do Pentateuco. (3) É “ O Livro das Memórias ” . Uma admoestação típica de
Deuteronômio é: “ Lembra-te, e não te esqueças ” . Em vez de apresentar novas verdades,
Deuteronômio exorta Israel a conservar e obedecer à verdade de Deus já revelada, e entregue
como sua Palavra absoluta e imutável. (4) Um ponto predominante no livro é a fórmula “ fé +
mais + obediência ” . Israel foi conclamado a confiar em Deus de modo irrestrito e a obedecer
aos seus mandamentos sem vacilação. A fé + mais + obediência capacitaria os israelitas a
herdar as promessas na plenitude da bênção de Deus. A falta de fé e de obediência, por outro
lado, traria o ciclo do fracasso e do julgamento.
O Livro de Deuteronômio e Seu Cumprimento no NT: Quando Jesus foi tentado pelo diabo,
Ele respondeu, citando trechos de Deuteronômio (Mt 4.4,7,10, cf. Dt 8.3; 6.13,16). Quando
perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento da lei, sua resposta veio de Deuteronômio
(Mt 22.37; cf. Dt 6.5). Quase cem vezes, os livros do NT citam Deuteronômio, ou a ele aludem.
Uma nítida profecia messiânica deste livro (18.15-19) é citado duas vezes em Atos (3.22,23;
7.37). O cunho espiritual de Deuteronômio é fundamental à revelação do NT.

Hb11,38 homens dos quais o mundo não era digno, andaram pelos desertos.

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