Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
(Noções introdutórias)
GÊNESIS
Esboço:
Considerações Preliminares: É muito apropriado o lugar que Gênesis ocupa como o primeiro
livro do AT, servindo de introdução básica à Bíblia inteira. O título deste livro em hebraico
deriva da primeira palavra do livro: bereshith ( “ no princípio ” ). O título “ Gênesis ” , como
aparece em nossas Bíblias, é a tradução em grego, do referido título em hebraico, e significa “
a origem, fonte, criação, ou começo de alguma coisa ” . Gênesis é “ o livro dos começos ” .O
autor de Gênesis não é mencionado em nenhuma parte do livro.O testemunho do restante da
Bíblia, porém, é que Moisés foi o autor de todo o Pentateuco (i.e., os cinco primeiros livros do
AT) e, portanto, de Gênesis (e.g., 1 Rs 2.3; 2 Rs 14.6; Ed 6.18; Ne 13.1; Dn 9.11-13; Ml 4.4;
Mc 12.26; Lc 16.29,31; Jo 7.19-23; At 26.22; 1 Co 9.9; 2 Co 3.15). Além disso, os antigos
escritores judaicos e os primeiros dirigentes da igreja são unânimes em testificar que Moisés
foi o escritor de Gênesis. Uma vez que o relato de Gênesis no seu todo é de data anterior a
Moisés, o papel deste ao escrever Gênesis foi, em grande parte, reunir sob a inspiração do
Espírito Santo, todos os registros escritos e orais disponíveis, desde Adão até a morte de José,
como os temos hoje preservados em Gênesis. Uma possível indicação de Moisés ter utilizado
registros históricos existentes ao escrever Gênesis, é a repetida expressão através do livro: “
estas são as gerações de ” (hb. e ’ lleh toledoth), que também admite a tradução: “ estas são
as histórias por ” (ver 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10,27; 25.12,19; 36.1,9; 37.2). Gênesis registra
com exatidão a criação, os começos da história da humanidade e a origem do povo hebreu,
bem como o concerto entre Deus e os hebreus através de Abraão e os demais patriarcas.O
Senhor Jesus atestou no NT a fidedignidade histórica de Gênesis como Escritura divinamente
inspirada ( Mt 19.4-6; 24.37-39; Lc 11.51; 17.26-32; Jo 7.21-23; 8.56-58) e os apóstolos (Rm 4;
1Co 15.21,22,45-47; 2 Co 11.3; Gl 3.8; 4.22-24,28; 1 Tm 2.13,14; Hb 11.4-22; 2 Pe 3.4-6; Jd
7,11). Sua historicidade continua sendo confirmada pelas descobertas arqueológicas
modernas. Moisés foi notavelmente bem preparado, pela sua educação (At 7.22) e por Deus,
para escrever esse incomparável livro da Bíblia. Propósito: Gênesis provê um alicerce
essencial para o restante do Pentateuco e para toda a revelação bíblica subseqüente.
Preserva o único registro fidedigno a respeito dos começos do universo, da humanidade, do
casamento, do pecado, das cidades, dos idiomas, das nações, de Israel e da história da
redenção. Foi escrito de conformidade com o propósito de Deus a fim de dar ao seu povo
segundo o concerto,tanto do AT quanto do NT, uma compreensão fundamental de si mesmo,
da criação, da raça humana, da queda,da morte, do julgamento, do concerto e da promessa da
redenção através do descendente de Abraão.
Visão Panorâmica: Gênesis divide-se naturalmente em duas grandes partes. (A) Os caps. 1—
11 fornecem uma visão geral, partindo de Adão até Abraão, e concentra-se em cinco eventos
memoráveis. (1) A Criação: Deus criou todas as coisas, inclusive Adão e Eva, os quais Ele
colocou no Jardim do Éden (1—2). (2) A Queda: Adão e Eva, pela sua transgressão,
introduziram na história humana a maldição do pecado e da morte (cap. 3). (3) Caim e Abel:
Esta tragédia colocou em movimento as duas correntes básicas da história: a civilização
humanista e um remanescente redentor ( 4 — 5). (4) Dilúvio Universal: O mundo antigo se
tornara tão iníquo até os tempos da geração de Noé, que Deus o destruiu por meio de um
dilúvio universal, e poupou somente o justo Noé e sua família, como remanescentes (6—10).
(5) A Torre de Babel. Quando o mundo pós-diluviano unificou-se em torno da idolatria e da
rebelião, Deus o dispersou, ao confundir seu idioma e cultura, e ao espalhar a raça humana
por toda a terra (cap. 11). (B) Os caps. 12—50 registram os começos do povo hebreu e
focalizam o contínuo propósito divino da redenção, através da vida dos quatro grandes
patriarcas de Israel — Abraão, Isaque, Jacó e José. A chamada de Abraão por Deus (cap. 12)
e o relacionamento pactual de Deus com ele e com seus descendentes, formam o começo de
fato da realização do propósito divino concernente ao Redentor e à redenção, na história
humana. Gênesis termina com a morte de José e a iminente escravidão de Israel no Egito.
Características Especiais: Sete características principais assinalam Gênesis. (1) Foi o
primeiro livro da Bíblia a ser escrito (com a possível exceção de Jó) e registra o começo da
história da humanidade, do pecado, do povo hebreu e da redenção. (2) A história contida em
Gênesis abrange um período de tempo maior do que todo o restante da Bíblia, e começa com
o primeiro casal humano; dilata-se, abrangendo o mundo antediluviano, e a seguir limita-se à
história do povo hebreu, o qual semelhante a uma torrente, conduz à redenção até o final do
AT. (3) Gênesis revela que o universo material e a vida na terra são categoricamente obra de
Deus, e não um processo independente da natureza. Cinqüenta vezes nos caps. 1—2, Deus é
o sujeito de verbos que demonstram o que Ele fez como Criador. (4) Gênesis é o livro das
primeiras coisas — o primeiro casamento, a primeira família, o primeiro nascimento, o primeiro
pecado, o primeiro homicídio, o primeiro polígamo, os primeiros instrumentos musicais, a
primeira promessa de redenção, e assim por diante. (5) O concerto de Deus com Abraão, que
começou com a chamada deste (12.1-3), foi formalizado no cap. 15, e ratificado no cap. 17, e é
da máxima importância em toda a Bíblia. (6) Somente Gênesis explica a origem das doze
tribos de Israel. (7) Revela como os descendentes de Abraão, por fim, se fixam no Egito
(durante 430 anos) e assim preparam o caminho para o êxodo, o evento redentor central do
AT.
Gênesis e Seu Cumprimento no NT: Gênesis revela a história profética da redenção, e o
Redentor que virá através da descendência da mulher (3.15), das linhagens de Sete (4.25,26),
e de Sem (9.26,27), e da descendência de Abraão (12.3). O NT aplica 12.3 diretamente à
provisão da redenção que Deus realizou em Jesus Cristo (Gl 3.16,39). Muitos personagens e
eventos de Gênesis são mencionados no NT com relação à fé e à justiça (Rm 4; Hb 11.1-22),
ao julgamento divino (Lc 17.26-29,32; 2 Pe 3.6; Jd 7,11a) e à pessoa de Cristo (Mt 1.1; Jo
8.58; Hb 7).
ÊXODO
Esboço:
I. Opressão dos Hebreus no Egito: (1.1—11.10) A. Sofrimentos dos Oprimidos (1.1-22) B.
Preparação do Libertador (2.1— 4.31) 1. Nascimento de Moisés e Seus Primeiros Quarenta
Anos (2.1-15a) 2. Exílio de Moisés e o Seu Segundo Período de Quarenta Anos (2.15b - 25) 3.
Chamada de Moisés e Seu Regresso ao Egito (3.1— 4.31) C. Luta com o Opressor (5.1—
11.10) 1. A Petição: Deixa Meu Povo Ir (5.1-3) 2. A Resposta: Perseguição Tirânica de Faraó
(5.4-21) 3. A Garantia: O Senhor Manifestará Seu Senhorio (5.22 — 7.13) 4. O Recurso: As
Dez Pragas (7.14 — 11.10)
II. Livramento dos Hebreus do Egito: (12.1—13.16). (N do R - Aqui começa o 3o período de
40 anos da vida de Moisés; cf. At 7.36) A. Livramento na Páscoa: Redenção pelo Sangue (12.1
—15.21) B. Livramento no Mar Vermelho: Redenção pelo Poder (13.17—14.31) C. Cânticos do
Livramento: Louvor ao Redentor (15.1-21)
III. Ensinamento a Israel a Caminho do Monte Sinai: (15.22—19.2) A. A Prova da
Adversidade e o Cuidado Providente de Deus (15.22—19.2) 1. A Primeira Prova: Águas
Amargas em Mara (15.22-27) 2. A Prova da Fome: Provisão de Codornizes e Maná (16.1-36)
3. A Prova da Sede: Água em Refidim (17.1-7) 4. A Prova do Combate: A Luta com Amaleque
(17.8-16) B. O Conselho Sábio de Jetro (18.1-27)
IV. O Pacto de Deus com Israel no Monte Sinai: (19.3—24.18) A. Instruções Preparatórias a
Moisés (19.3—24.18) B. Os Dez Mandamentos: Diretrizes de Vida e Conduta sob o Concerto
(20.1-17) C. Ordenanças Preventivas do Relacionamento Pactual (20.18—23.19) D.
Promessas Concernentes à Terra Prometida (23.20-33) E. Ratificação do Concerto (24.1-18)
V. Normas de Adoração a Deus por Israel, no Monte Sinai (25.1— 40.38) A. Instruções a
Respeito do Tabernáculo (25.1— 27.21) B. Instruções a Respeito dos Sacerdotes (28.1—
31.18) C. O Pecado de Idolatria (32.1— 34.35) D. Implementação das Instruções Divinas (35.1
— 40.38)
Propósito: Êxodo foi escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos
e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito e organizado como a sua nação
escolhida. Pelos mesmos atos divinos, Israel também recebeu a revelação escrita, do concerto
entre Deus e aquela nação. Também foi escrito como um elo extremamente importante da
auto-revelação geral e progressiva de Deus, que culminou na pessoa de Jesus Cristo e no NT.
Visão Panorâmica: O livro de Êxodo começa com a descrição do sofrimento dos
descendentes de Jacó no Egito, a saber: opressão, escravidão e infanticídio, e termina com a
presença, o poder e a glória de Deus manifestos no Tabernáculo, no meio do seu povo já
liberto, no deserto. Êxodo divide-se em três seções principais. (A) Os caps. 1 — 14 revelam
Israel no Egito, oprimido por um faraó que não conhecia José, e Deus então redimiu Israel “
com braço estendido e com juízos grandes ” (6.6). Entre os eventos portentosos dessa parte
da história de Israel, estão: (1) o nascimento de Moisés, sua preservação e preparação (cap.
2); (2) a chamada de Moisés na sarça ardente (3 — 4); (3) as dez pragas (7 — 12); (4) a
Páscoa (cap. 12) e (5) a travessia do mar Vermelho (13 — 14). O êxodo de Israel para fora do
Egito é declarado em todo o AT como a mais grandiosa experiência de redenção do velho
concerto. (B) Os caps. 16 — 18 descrevem Israel no Deserto, a caminho do monte Sinai. Deus
guiou seu povo redimido por meio de uma nuvem e uma coluna de fogo e proveu maná,
codornizes e água, exercitando assim seus redimidos a andar pela fé e pela obediência. (C) Os
caps. 19 — 40 registram Israel no monte Sinai, recebendo de Deus a revelação que abarcou
(1) o concerto (cap. 19), (2) o decálogo (cap. 20) e (3) o Tabernáculo e o sacerdócio (25 — 31).
O livro termina com o Tabernáculo inaugurado e transbordante da glória de Deus (cap. 40).
LEVÍTICO
Esboço:
NÚMEROS
Esboço:
I. Deus Prepara o Povo para Herdar a Terra:
(1.1—10.10) A. Instruções para a Partida (1.1—4.49) 1. O Censo dos Soldados de Israel (1.1-
54) 2. A Organização do Acampamento (2.1-34) 3. A Organização dos Levitas (3.1—4.49) B. A
Santificação do Povo (5.1—10.10)
II. O Povo Perde Sua Herança por Causa de Pecado e Incredulidade : (10.11—25.18) A.
Murmuração a Caminho de Cades-Barnéia (10.11—12.16) B. Rebelião e Incredulidade em
Cades-Barnéia (13.1—14.45) C. Pecado e Rebelião no Deserto (15.1—19.22) D.
Desobediência a Caminho de Moabe (20.1—25.18)
III. Deus Prepara uma Nova Geração para Possuir a Terra: (26.1—36.13) A. O Censo da
Nova Geração (26.1-65) B. A Instrução do Povo (27.1—30.16) C. A Derrota dos Midianitas
(31.1-54) D. A Ocupação da Transjordânia (32.1-42) E. O Relato da Viagem do Egito a Moabe
(33.1-49) F. Promessa da Vitória sobre Canaã (33.50-56) G. A Preparação para Entrar na
Terra e Dividi-la (34.1—36.13)
DEUTERONÔMIO
Propósito: O propósito original de Moisés ao proferir seus discursos diante da nova geração
de Israel, antes de entregar as rédeas do governo a Josué para efetuar a conquista de Canaã,
foi exortar e instruir os israelitas a respeito: (1) dos atos poderosos de Deus e as suas
promessas; (2) seus deveres segundo o concerto: a fé e a obediência; e (3) a necessidade de
dedicarem-se ao Senhor, para andarem nos seus caminhos, amá-lo e honrá-lo de todo
coração, alma e forças.
Visão Panorâmica: Com toda sua devoção, Moisés recapitulou e renovou o concerto de Deus
com Israel, mormente através de seus três discursos inspirados. (1) O primeiro discurso de
Moisés recontou a história e o fracasso de Israel desde o monte Sinai e conclamou a nova
geração a temer a Deus e a obedecer-lhe (1.6—4.43). (2) O segundo discurso de Moisés
recapitulou e focalizou muitas leis do concerto, que tratavam de assuntos como a observância
do sábado, o culto, os pobres, as festas sagradas anuais, a herança e os direitos de
propriedade, a imoralidade sexual, senhores e servos, e a administração da justiça (4.44—
26.19). (3) No seu terceiro discurso, Moisés profetizou bênçãos e maldições que teriam os
israelitas, conforme sua obediência ou desobediência ao Senhor, segundo o concerto (27.1—
30.20). Os caps. finais incluem a designação de Josué por Moisés como seu sucessor e um
testemunho sobre a morte de Moisés (31.1—34.12).
Características Especiais: Quatro fatos principais caracterizam Deuteronômio. (1) Ele proveu
à nova geração de israelitas prestes a entrar em Canaã, o alicerce e motivação necessários
para herdarem a terra prometida, ao realçar a natureza de Deus e seu concerto com Israel. (2)
É “ O Livro de Repetição da Lei ” , no qual, Moisés, o dirigente de Israel, já com 120 anos de
idade, reafirmou e resumiu (em forma de sermão) a palavra do Senhor contida nos quatro
livros anteriores, do Pentateuco. (3) É “ O Livro das Memórias ” . Uma admoestação típica de
Deuteronômio é: “ Lembra-te, e não te esqueças ” . Em vez de apresentar novas verdades,
Deuteronômio exorta Israel a conservar e obedecer à verdade de Deus já revelada, e entregue
como sua Palavra absoluta e imutável. (4) Um ponto predominante no livro é a fórmula “ fé +
mais + obediência ” . Israel foi conclamado a confiar em Deus de modo irrestrito e a obedecer
aos seus mandamentos sem vacilação. A fé + mais + obediência capacitaria os israelitas a
herdar as promessas na plenitude da bênção de Deus. A falta de fé e de obediência, por outro
lado, traria o ciclo do fracasso e do julgamento.
O Livro de Deuteronômio e Seu Cumprimento no NT: Quando Jesus foi tentado pelo diabo,
Ele respondeu, citando trechos de Deuteronômio (Mt 4.4,7,10, cf. Dt 8.3; 6.13,16). Quando
perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento da lei, sua resposta veio de Deuteronômio
(Mt 22.37; cf. Dt 6.5). Quase cem vezes, os livros do NT citam Deuteronômio, ou a ele aludem.
Uma nítida profecia messiânica deste livro (18.15-19) é citado duas vezes em Atos (3.22,23;
7.37). O cunho espiritual de Deuteronômio é fundamental à revelação do NT.
Hb11,38 homens dos quais o mundo não era digno, andaram pelos desertos.