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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RN

GERÊNCIA DE TECNOLOGIA DOS SERVIÇOS E DA GESTÃO


CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
TECNOLOGIA EM PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTROS

ÁREAS CONFINADAS
NATAL, 22 DE JULHO DE 2004.

ii
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RN
GERÊNCIA DE TECNOLOGIA DOS SERVIÇOS E DA GESTÃO
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
TECNOLOGIA EM PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTROS

ÁREAS CONFINADAS

Trabalho elaborado pelas alunas Bárbara


Monique, Giliane Cristina, Kelly Kathlyn,
Lizianne Julinne e Rafaella Kaline – Turma:
3.57.1N – para a referida disciplina ministrada
pelo professor Gilberto Baccelli.

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NATAL, 22 DE JULHO DE 2004.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04
2. OBJETIVOS 05
3. DESENVOLVIMENTO 06
3.1. TRABALHO EM ÁREAS CONFINADAS 06
3.1.1. DEFINIÇÃO DE ÁREA CONFINADA 06
3.1.2. PRINCIPAIS RISCOS 06
3.1.3. COMO TRABALHAR COM SEGURANÇA 08
3.1.3.1. ALGUNS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA 09
3.1.4. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: DIFERENÇA ENTRE VIDA E MORTE 10
3.1.5. PROTEÇÃO CONTA INCÊNDIOS EM ÁREAS CONFINADAS 11
3.1.6.SISTEMA DE PERMISSÃO PARA TRABALHO 17
4. CONCLUSÃO 18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

ANEXO 20
Portaria nº 30, de 22 de outubro de 2002. Divulgar para consulta pública a proposta de
texto de criação da Norma Regulamentadora N. º 31 – Segurança e Saúde nos Trabalhos
em Espaços Confinados.

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1. INTRODUÇÃO

Um dos serviços de maior risco nas áreas de manutenção e de lastro, numa


unidade semi-submersível ou em plataformas fixas, e que merece muita atenção é sem
dúvida a entrada em espaços confinados como tanques, void-space, entre outros.
Na literatura nacional e internacional, existem muitos casos de acidentes fatais e
de grandes perdas materiais nestes trabalhos o que nos levou a elaborar este trabalho.
Levando em conta também o completo desconhecimento destes riscos por parte de
alguns profissionais, que ignorando os riscos existentes, abrem e trabalham em áreas
confinadas, inclusive expondo a vida de terceiros.
Os principais riscos que serão abordados neste trabalho, bem como a maneira
correta de o executarmos sem expor a vida e a saúde dos trabalhadores
desnecessariamente.
Contando com as modernas técnicas de Segurança Industrial, além de melhorar
as condições de trabalho, garantem o trabalho em condições menos insalubres,
protegendo o homem e as instalações.

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2. OBJETIVOS

Aqui, procuramos deixar claro quais as posturas que devem ser adotadas diante
dos fatos expostos e as políticas de segurança que podem ser utilizadas, bem como
procedimentos para cada etapa da realização do trabalho nesse ramo, visando, com isto,
a integridade e o bem estar do trabalhador durante o horário de expediente na realização
de seu trabalho.

Este relatório trará disposições sobre os diversos itens e problemas do Trabalho


em Espaços Confinados, os procedimentos de segurança na utilização de equipamentos,
locais de trabalho, sinalização de segurança, treinamento dos profissionais que trabalham
nestas situações, prevenção de incêndios nesse ramo de trabalho entre outras e deverá
servir de fonte de consulta para as várias etapas do trabalho em áreas confinadas no que
diz respeito a Segurança e Saúde no Trabalho.

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3. DESENVOLVIMENTO
3.1. TRABALHO EM ÁREAS CONFINADAS
3.1.1. DEFINIÇÃO DE ÁREA CONFINADA

Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana que
possua ventilação deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle
da concentração de oxigênio presente no ambiente (item 31.1.2. da NR 31 – Segurança e
Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados, divulgada pelo MTE através da Portaria
MTb n° 393/96 para consultoria pública). Segundo a NIOSH é "uma área que, pela
concepção, tem aberturas para entrada e saída limitadas, ventilação natural desfavorável
que pode conter ou produzir contaminantes perigosos e que não é concebida para
ocupação contínua".
Exemplos de locais confinados: esgotos, caixas de inspeção, tanques de
armazenagem, caldeiras, túneis, silos, vagões-tanque ferroviário, caminhões-tanque,
compartimentos de embarcações, etc...

3.1.2. PRINCIPAIS RISCOS

Falta de oxigênio: A deficiência de oxigênio vai ser provocada pelo consumo deste por
bactérias, pela oxidação das chapas, pelo deslocamento deste por outros gases
presentes no local. Os níveis acima de 20,9% também são perigosos.
Oxigênio em volume Condições resultantes / Efeito em humanos
23,5% e acima Enriquecido de Oxigênio. Perigo extremo de fogo.
21% Concentração normal de Oxigênio no ar.
19,5% Mínimo nível seguro: OSHA, NIOSH.
16% Desorientação, raciocínio e respiração reduzidos.
14% Falha de raciocínio, fadiga rápida.
8% Perda de consciência, desmaio.
6% Respiração difícil, morte em minutos.

Gases tóxicos: A presença de gases tóxicos pode decorrer da liberação de H2S devido à
decomposição de matéria orgânica (peixes, algas, etc.), pela formação de Monóxido de
Carbono e uma variedade de outros gases, incluindo solventes e vapores de
hidrocarbonetos.

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Nível de H2S (ppm) Condições resultantes / Efeito em humanos
0,13 ppm Odor mínimo perceptível
4,60 ppm Facilmente detectável, odor moderado.
8 ppm Limite de tolerância NR-15 - Mtb.
10 ppm Início de irritação nos olhos. Exposição máxima, 8 horas. (OSHA, ACGIH)
100 ppm Tosse, irritação dos olhos, perda do olfato após 2 a 5 minutos.
500 - 700 ppm Perda de consciência e morte possível de 30 minutos à 1 hora.
700 - 1000 ppm Inconsciência rápida, parada ou pausa respiratória e morte.

Como agravante, ainda temos a distribuição de vários contaminantes em um mesmo


espaço, variando de acordo com sua densidade, conforme o exemplo abaixo:

Gases inflamáveis: Estes podem estar presentes em quantidade insuficiente para a


combustão ou suficiente para uma explosão. Podem ser originados dos produtos
armazenados, do metano desprendido de borras e restos no fundo do tanque, bem
como, de materiais utilizados para a limpeza interna.

Acidentes pessoais: Normalmente, o trabalho em áreas confinadas é em piso


escorregadio e irregular, com obstáculos, mal iluminado e em condições difíceis. O
resgate também é extremamente difícil.

Riscos à embarcação: Sendo localizados no submarino das plataformas semi-


submersíveis, uma explosão ou outro acidente mais grave pode provocar sérios riscos

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à unidade.

3.1.3. COMO TRABALHAR COM SEGURANÇA

Um Programa de Permissão de Entrada em Espaços Confinados deve ser


implantado em cada unidade que possua qualquer tipo de espaço confinado, devendo ser
cumprido na íntegra, nos moldes da Permissão para Trabalho que à mais de 40 anos
protegem a vida de nossos colaboradores. Abaixo estão listados alguns pontos
importantes sobre o planejamento de um trabalho confinado:

Sempre realizar reunião de planejamento do trabalho com todos envolvidos,


detalhar o trabalho e prever todas as situações de risco;
Nunca iniciar um trabalho em área confinada sem estar de posse da permissão de
trabalho, emitida depois de um certificado de inspeção de segurança;
Realizar todos os bloqueios e drenagens necessários, procure por linhas pouco
visíveis;
Ao abrir um tanque/vaso, trace a direção que os gases seguirão e verifique quanto a
fontes de ignição;
Para a inspeção inicial, é obrigatório o uso de máscaras de ar mandado, cinto de
segurança e corda, devendo a ponta desta estar amarrada do lado externo do
tanque;
Durante a inspeção e todo o trabalho, deverá sempre haver do lado de fora um
observador munido de uma máscara de ar mandado, para resgate, se
necessário;
A verificação do ambiente deverá ser feita em vários níveis de altura do tanque e em
toda a extensão do piso, próximo à boca de visita o ar sempre será respirável;
Quando o trabalho for executado com máscaras de ar, pelo menos duas pessoas
deverão trabalhar dentro do tanque, independente do vigia;
Se o acesso ao tanque for pelo teto, o cinto de segurança que deverá ser utilizado é
do tipo "pára-quedista" e deverá ser previsto guincho para o resgate;
Na inspeção de uma área confinada, deverão ser utilizados: explosímetro, medidor
de oxigênio e detectores específicos para os gases que podem estar presentes,
na dúvida utilizar detector de amplo espectro, que detecta vários gases;
Depois da aeração e antes que qualquer serviço seja executado, deverá ser
verificado se o tanque está desgaseificado e em condições seguras para o

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trabalho;
Em tanques submetidos à aquecimento, solda e em dias quentes, a liberação de
gases inflamáveis é certa, devendo-se manter o monitoramento constante do
ambiente e o nível de ventilação condizente;
As saídas deverão ser mantidas desobstruídas, tanto interna como externamente,
para não prejudicar a fuga em caso de emergência;
Os EPI’s deverão ser inspecionados antes de se iniciar os trabalhos, solado de
botas, cintos de segurança, máscaras, etc;
Não fazer uso de máscaras de filtro;
Somente lanternas à prova de explosão deverão ser utilizadas no interior de
qualquer tanque, até a liberação para trabalhos à quente;
Após paralisações nos trabalhos, almoço, noite, etc., o ambiente deverá ser testado
novamente, se possível, deixe a ventilação ligada;
Atenção especial deverá ser dada aos tanques com probabilidade de produção de
escamas de sulfeto de ferro, que deverão ser mantidas molhadas para evitar a
reação com o oxigênio/calor, até que sejam transportadas para local seguro;
Deve-se manter um desenho do espaço confinado e todas as suas entradas, saídas
e bocas de visita, bem como suas dimensões, produtos armazenados, tipos de
gases que podem ser encontrados;
Todas as pessoas que forem trabalhar em um espaço confinado, deverão passar
por treinamento específico, onde serão abordados os riscos do espaço confinado,
primeiros socorros, sistema de liberação de trabalho e resgate em espaço
confinado.

3.1.3.1. ALGUNS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Trabalhos em Espaços Confinados necessitam de equipamentos adequados,


pessoal competemente treinado e métodos de trabalho.
Deve-se oferecer, alem dos EPI's, equipamentos específicos e de alto
desempenho para essa atividade, como:
1. Tripés Portáteis equipados com Guinchos 3-way (sobe, desce e trava) e Guinchos
Manuais( sobe - desce)
2. Turbo Insufladores com dutos para renovar o ar e controlar a atmosfera dentro dos
limites ideais de concentração no interior do espaço confinado.

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Tubos insufladores Tripé Monopé

Trava-queda
Guincho de pessoas Guincho com cabo de aço

3.1.4. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: DIFERENÇA ENTRE VIDA E MORTE

A única garantia de vida ao se penetrar em uma área confinada, é para quem


adentra o ambiente devidamente equipado com uma máscara autônoma, ou uma
máscara de ar mandado e em alguns casos a máscara de ar livre.
As máscaras são divididas em:

Independentes: São aquelas que não dependem do ar do ambiente, ou seja, tem


suprimento próprio de ar, recebem o ar de um compressor ou através de uma
mangueira posicionada para uma área não contaminada. Deverão ser utilizadas
sempre para os trabalhos em áreas confinadas.
Dependentes: São as que dependem do ar ambiente, utilizam filtros para retirar os
contaminantes. Não deverão ser utilizadas em áreas confinadas, exceto se forem
liberadas pela Segurança Industrial desde que atendidas algumas condições, como:
- abertura de pelo menos duas bocas de visita que permitam excelente ventilação,
dependendo, é claro, das dimensões da área confinada;
- retirada de partes da cobertura, quando a área deixaria de ser tratada como
confinada;

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quando as condições de ventilação artificial garantirem a utilização deste tipo de máscara,
sendo que nestes casos deve ser estudada a possibilidade de falha na ventilação.

3.1.5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS EM ÁREAS CONFINADAS

As atividades em áreas confinadas que exponham os trabalhadores a riscos de


asfixia, explosão, intoxicação. Afogamento e doenças do trabalho somente deverão ser
executadas após aprovação por escrito do Departamento de Segurança da
CONTRATANTE. Exemplos de áreas confinadas são os filtros Osprey, silos, tanques,
vasos, caixa d’água, caminhões tanque e caldeiras.
É de responsabilidade da CONTRATADA assegurar que todos os trabalhadores
que executem atividades em locais confinados dentro das dependências da
CONTRATANTE recebam treinamento e orientação quanto aos riscos que estão
submetidos, a forma de preveni-los e á procedimento adotado em situação de risco.
É proibido o acesso e a permanência de pessoas não autorizadas dentro de
espaços confinados
A realização de trabalhos em espaços confinados deve ser precedida de inspeção
prévia, de modo a se identificar os riscos envolvidos e propor procedimentos para preveni-
los.
Todo trabalho em áreas confinadas deve ser acompanhado por urna outra pessoa
que tenha plenos conhecimentos dos perigos envolvidos com a operação. Dessa forma,
se algum problema ocorrer com a pessoa que estiver executando o serviço dentro da área
confinada, haverá uma pessoa de prontidão do lado de fora, para tomar todas as medidas
cabíveis. Essa pessoa é responsável por:

— Conhecer a localização e manuseio de extintores e hidrantes.


— Conhecer a localização de alarmes, chuveiro e lava-olhos de emergência.
— Conhecer a localização e manuseio correto dos dispositivos de desligamento ou os
meios de desenergização dos equipamentos para casos de emergência.

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— Conhecimentos em primeiros socorros.

O inspetor e o executante devem manter contato visual durante todo o tempo. Em


locais confinados onde a pessoa que esteja inspecionando o serviço pelo lado de fora não
tenha visão do executante que está localizado dentro da área confinada, deve-se utilizar
rádios HT para que os mesmos mantenham contato constante.
Se uma emergência ocorrer, a pessoa inspecionando o serviço deve chamar por auxílio.
Ela NÃO deve em hipótese nenhuma adentrar ao espaço confinado antes da chegada de
socorro.

A. Encanamentos

Todo encanamento conectado ao espaço confinado deve ter as válvulas


bloqueadas (fechadas). Devem ser colocados cadeados nas válvulas para se evitar que
as mesmas sejam abertas acidentalmente durante a execução do serviço
No caso de materiais altamente perigosos (corrosivos, inflamáveis, explosivos, tóxicos,
asfixiantes, alta pressão ou temperatura superior a 44 0C). Os encanamentos devem ser
fisicamente desconectados do espaço confinado

B. Sistemas Mecânicos Internos

Todo sistema mecânico interno ao espaço confinado que represente perigo ao(s)
executante(s), tais como. pás rotativas, hélices, filtros rotativos, transportadores tipo rosca
sem fim, etc., devem ter sua fonte de energia (elétrica, pneumática ou hidráulica)
desligada e trancada com cadeados de segurança

C. Níveis de Oxigênio

O teor de oxigênio dentro do espaço confinado deve ser superior a 19.5% em


volume e inferior a 23 % em volume antes de entrar dentro do mesmo e durante a
execução de todo o serviço.
Uma monitoração continua (utilizando-se um oxímetro) do nível de Oxigênio no
interior do espaço confinado deve ser feita sempre que houver a possibilidade da

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presença de um Contaminante que reduza (ou aumente) o nível de oxigênio dentro do
espaço confinado para valores abaixo (acima) dos valores permitidos A monitoração deve
ser realizada por trabalhador qualificado sob supervisão de responsável técnico.
Para espaços confinados onde o nível de oxigênio esteja fora dos limites
especificados, deve-se utilizar ventilação mecânica. como por exemplo ventiladores, que
execute a insuflação de ar para o interior do ambiente.
É PROIBIDA a ventilação de espaços confinados com oxigênio puro. Devemos
utilizar ar respirável.
Na eventual impossibilidade de se manter o nível de oxigênio dentro da faixa de
19.5-23% em volume, e OBRIGATÓRIO o uso de respiradores de ar mandado ou
respiradores autônomos de ar.

D. Níveis de Inflamáveis.

O teor de gases/vapores/névoa inflamáveis dentro do espaço confinado deve ser


inferior em 10% do seu Limite Inferior de Flamabilidade antes de entrar dentro do mesmo
e durante a execução de todo o serviço.
E extremamente PROIBIDO a entrada em espaços confinados quando o teor de
gases/vapores/névoa inflamáveis dentro do mesmo for superior ao Limite Inferior de
Flamabilidade.
Para estes casos, deve-se purgar o interior do espaço confinado utilizando-se
vapor ou outro gás inerte. Deve-se ter atenção especial com relação ao nível de oxigênio
dentro do espaço confinado após a purga com vapor ou gás inerte.
Uma monitoração contínua (utilizando-se um explosímetro) do nível de inflamáveis
no interior do espaço confinado deve ser feita sempre que houver a possibilidade da
presença de um contaminante que aumente o nível para valores acima dos valores
permitidos. A monitoração deve ser realizada por trabalhador qualificado sob supervisão
de responsável técnico.
Valores do Limite Inferior de Flamabilidade podem ser encontrados nas MSDS
(Material Safety Data Sheet) ou Fichas de Emergência fornecidas pelo fabricante.
Para espaços confinados sujeitos à presença gases/vapores inflamáveis deve-se
utilizar somente extensões com luzes à prova de explosão.

E. Níveis de Substâncias Tóxicas.

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O teor de gases/vapores/névoa tóxicos dentro do espaço confinado deve ser
inferior aos limites de tolerância antes de entrar dentro do mesmo e durante a execução
de todo o serviço.
Quando o teor de gases/vapores/névoa tóxicos dentro do mesmo for superior ao
Limites de Tolerância, deve-se purgar o interior do espaço confinado utilizando-se vapor
ou outro gás inerte. Deve-se ter atenção especial com relação ao nível de oxigênio dentro
do espaço confinado após a purga.
Uma monitoração contínua do nível de gases/vapores/névoa tóxicos no interior do
espaço confinado deve ser feita sempre que houver a possibilidade da presença de um
contaminante que aumente o nível para valores acima dos limites de tolerância, A
monitoração deve ser realizada por trabalhador qualificado sob supervisão de responsável
técnico.
Deve ser providenciada, ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos
contaminantes e ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do
ambiente, garantindo de forma permanente a inovação continua de ar.
Se não for possível reduzir o teor abaixo dos limites de tolerância, é
OBRIGATÓRIO o uso de equipamentos de respiração autônoma. E PROIBIDO o uso de
respiradores de ar mandado (devido à possibilidade de rompimento da mangueira e/ou
falha do sistema de alimentação) e filtros químicos (tipo cartucho) em espaços confinados
contendo substâncias altamente tóxicas.
Os limites máximos de exposição dependem do tipo e concentração do agente e
do tempo de exposição ao trabalhador. Os limites de tolerância para cada agente químico
e/ou poeira podem ser encontrados na Norma Regulamentadora Nº 18. Na ausência de
valores para o(s) contaminante(s) específico(s), deve-se utilizar os valores recomendados
pela ACGH-1 (American Conference of Governmental Industrial Hygienists).

F. Níveis de Pó combustíveis

Qualquer pó combustível que esteja presente no interior do espaço confinado e


que possa ser transportado pelo ar (ficar em suspensão) deve ser removido antes de se
entrar no espaço confinado (isto significa que durante a remoção as pessoas autorizadas
devem permanecer do lado de fora).

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Pó combustível que possa ser gerado durante a execução do serviço devem ser
mantido abaixo do Limite Inferior de Flamabilidade.
A concentração máxima de poeiras em suspensão dentro de um espaço confinado
deve ser aquela que permita visão a uma distância mínima de 1.5 metros.

G. Processos de Solda

A área deve ser bem ventilada de forma a promover uma atmosfera segura para o
executante (manter a concentração de gases tóxicos. fumos e poeiras abaixo do máximo
permitido). Em casos específicos de operação em locais confinados, pode ser necessária
a utilização de ventilação mecânica adicional ou o uso de equipamentos autônomo. No
caso de ventilação mecânica, um mínimo de 57 m3/min (2000 fi3/min) por soldador deve
ser fornecido durante a operação de solda.
Os equipamentos de soldagem elétrica devem estar aterrados.
Para o caso de solda oxiacetilênica. todos os cilindros de gases comprimidos
(oxigênio e acetileno) devem ser mantidos fora do espaço confinado.
Nunca ascenda o maçarico oxiacetilênico no interior de espaços confinados.
Acenda-o pelo lado de fora e adentre com o maçarico aceso e já regulado.

H. Tanques

NUNCA entre em tanques que contenham vapores/gases/líquidos inflamáveis,


combustíveis, tóxicos ou corrosivos sem que os mesmos tenham sido devidamente
drenados e limpos e toda a redondeza tenha sido completamente ventilada.
Use somente extensões de luzes de baixa voltagem e a prova de explosão quando
trabalhando no interior de tanques.

I. Espaços Confinados com Acaso Único pelo Topo

Para espaços confinados em que o único meio de acesso é através do topo e cuja
distância entre o topo e o fundo seja superior a 1,80 metros de altura, deve-se utilizar
balancim (talha) para que, numa situação de emergência. seja possível para a pessoa

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acompanhando/inspecionando o serviço pelo lado de fora içar a pessoa que esteja dentro
do espaço confinado.
O entrante deve estar usando cinto de segurança modelo pára-quedista engatado
ao guancho do balancim durante toda a execução do trabalho dentro do espaço
confinado.
O uso do cinto de segurança modelo pára-quedista engatado ao balancim é
OBRIGATÓRIO, mesmo que a pessoa esteja apoiada no fundo do tanque.
O uso de escadas NÃO elimina a necessidade do uso de balancim. As escadas
podem ser usadas para entrar e sair do espaço confinado em situações normais, O
balancim é utilizado para resgate em casos de emergência. como por exemplo, perda de
consciência do entrante.

J. Produtos Químicos

Nos serviços em que se utilizem produtos químicos. os trabalhadores não poderão


realizar suas atividades sem a utilização de EPI adequado.
Quando da utilização de produtos químicos no interior de espaços confinados,
como por exemplo. aplicação de laminados, pisos, papéis de parede, pinturas ou
similares, deve-se estar atento á possibilidade de geração e acumulação de gases que
exponham os trabalhadores a riscos de asfixia, explosão. intoxicação e doenças do
trabalho.

K. Equipamentos de Resgate

Para espaços confinados sujeitos à presença de contaminantes tóxicos e asfixiantes


ou sujeitos a alterações do teor de oxigênio para fora do limite de tolerância (19.5-
23% em volume), deve ser mantido ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou
equipamentos de respiração autônoma para ser usado em caso de emergência.

3.1.6. SISTEMA DE PERMISSÃO PARA TRABALHO

Certificado de inspeção de segurança: É o documento utilizado para as anotações da


inspeção de segurança à ser realizada pelo profissional de segurança, onde constam:
- equipamento;

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- localização do trabalho;
- características do trabalho;
- resultado das medições realizadas;
- EPI’s necessários;
- recomendações;
- data / hora e assinatura / matrícula.
O certificado de inspeção de segurança serve para assessorar o emitente quanto às
condições necessárias para liberar o trabalho, ficando em poder do emitente da
Permissão de Trabalho que é um documento utilizado para registrar as condições em que
serão executados os trabalhos, contendo:
- equipamento;
- localização do trabalho;
- características do trabalho;
- perguntas sobre segurança da operação;
- EPI’s necessários;
- recomendações;
- data / hora e assinatura / matrícula – do emitente
- assinatura / matricula – do co-emitente / executante / operador da área;
A PT é feita em pelo menos duas vias, devendo ficar uma cópia com o emitente e
uma com o executante, e mantida no local do trabalho.
Com este procedimento cumprido à risca, conforme a norma que o instituiu, e o
atendimento das recomendações necessárias, as chances de um acidente são reduzidas
drasticamente, tendendo à zero.

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4. CONCLUSÃO

Observado o estudo sobre o projeto de lei da NR 31 – que disporá sobre os


Trabalhos em Espaços Confinados – vemos que é possível diminuir estes índices
alarmantes de acidentes no trabalho nesta atividade.

Devemos sempre ter em mente que para se chegar aos menores números nesta
luta contra os acidentes/doenças, devemos ter metas como a conscientização do
trabalhador; priorizar as medidas coletivas antes das individuais; proporcionar um melhor
ambiente de trabalho a todos; ouvir o que os outros têm a dizer, entre outras coisas que
parecem simples, mas que podem fazer uma grande diferença no final.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sites visitados:
www.mte.gov.br
www.fundacentro.com.br

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ANEXO

PORTARIA Nº 30, DE 22 DE OUTUBRO DE 2002

Divulgar para consulta pública a proposta de texto de criação da Norma


Regulamentadora N. º 31 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados.

A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO e o DIRETOR DO


DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de
suas atribuições legais e considerando o estabelecido na Portaria MTb n°
393/96, resolvem:
Art. 1° - Divulgar para consulta pública o texto anexo de proposta da Norma
Regulamentadora Nº 31- Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados.
Art. 2° - Fixar o prazo de 90 (noventa) dias, após a publicação deste ato, para o
recebimento de sugestões ao texto, que deverão ser encaminhadas para:
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho
Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Edifício Anexo, 1º andar, Ala "B" - CEP
70059-900 – Brasília / DF
Art. 3° - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

VERA OLÍMPIA GONÇALVES


Secretária de Inspeção do Trabalho

JUAREZ CORREIA BARROS JUNIOR


Diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

20
NR 31 -- NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS
TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

31.1 – Objetivo, definição e atribuições.


31.1.1 - Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados, seu reconhecimento, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança
e saúde dos trabalhadores.
31.1.2 – Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana
que possua ventilação deficiente para remover contaminantes, bem como a falta
de controle da concentração de oxigênio presente no ambiente.
31.1.3 – Cabe ao empregador:
a) indicar o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento ou de sua
responsabilidade;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho de forma a garantir
permanentemente ambientes e condições adequadas de trabalho;
e) garantir a capacitação permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as
medidas de controle, de emergência e resgate em espaços confinados;
f) garantir que o acesso a espaço confinado somente ocorra após a emissão da
Permissão de Entrada, conforme anexo II desta NR;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos potenciais nas
áreas onde desenvolverão suas atividades;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que
possam atuar em conformidade com esta NR;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho nos casos de suspeição de
condição de risco grave e iminente, procedendo a imediata evacuação do local;
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de
cada acesso aos espaços confinados;

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k) garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar
o local de trabalho sempre que suspeitarem da existência de risco grave e
iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros;
l) implementar as medidas de proteção necessárias para o cumprimento desta NR.
31.1.4 – Cabe aos trabalhadores:
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar aos responsáveis as situações de risco para sua segurança e saúde
ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

31.2 – Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados


31.2.1 – A gestão de segurança e saúde deve ser implementada, no mínimo,
pelas seguintes ações:
a) antecipar, reconhecer, identificar, cadastrar e sinalizar os espaços confinados
para evitar o acesso de pessoas não autorizadas;
b) estabelecer medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou controlar os riscos do
espaço confinado;
c) controlar o acesso aos espaços confinados procedendo a implantação de travas
e bloqueios;
d) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle das atmosferas
de risco em espaços confinados;
e) desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que
garantam informações, conhecimento e segurança a todos os trabalhadores;
f) desenvolver e implantar um procedimento para preparação, emissão, uso e
cancelamento de permissões de entrada;
g) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos e trabalhadores dentro
de espaços confinados;
h) monitorar a atmosfera nos espaços confinados para verificar se as condições
de acesso e permanência são seguras.

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31.3 – Medidas de proteção
31.3.1 – As medidas para implantação e revisão do sistema de permissão de
entrada em espaços confinados devem incluir, no mínimo:
a) afixar na entrada de cada espaço confinado avisos de advertência, conforme o
anexo I da presente norma;
b) emitir ordem de bloqueio e ordem de liberação do espaço confinado,
respectivamente, antes do início dos serviços e após a conclusão dos mesmos;
c) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com
acompanhamento e autorização de supervisão qualificada;
d) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando
os deveres de cada trabalhador e providenciando o treinamento requerido;
e) garantir que as avaliações iniciais sejam feitas fora do espaço confinado;
f) proibir a ventilação com oxigênio;
g) disponibilizar os procedimentos e permissão de entrada para o conhecimento
dos trabalhadores autorizados, seus representantes;
h) testar e calibrar os equipamentos antes de cada utilização;
i) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, protegido contra
emissões eletromagnéticas ou interferências de radio-freqüências providos com
alarme;
j) encerrar a permissão de entrada quando as operações forem completadas,
ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos
trabalhos;
k) manter arquivados os procedimentos e permissões de entrada;
l) utilizar equipamentos e instalações, inclusive o sistema de iluminação fixa ou
portátil, certificados no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade, em locais onde há presença de atmosfera potencialmente
explosiva;
31.3.2 – É vedada a realização de qualquer trabalho de forma individualizada ou
isolada em espaços confinados.
31.3.3 – Todo trabalho realizado em espaço confinado deve ser acompanhado por
supervisão capacitada para desempenhar as seguintes funções:

23
a) emitir ordem de bloqueio dos espaços confinados antes do início das
atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada;
c) cancelar a Permissão de Entrada quando necessário;
d) manter o monitoramento e a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término dos
trabalhos;
e) permanecer fora do espaço confinado mantendo contato permanente com os
trabalhadores autorizados;
f) adotar os procedimentos de emergência e resgate quando necessário;
g) operar os equipamentos de movimentação ou resgate de pessoas;
h) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer qualquer
indício de situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente
suas tarefas;
i)emitir ordem de liberação dos espaços confinados após o término dos serviços.
31.3.4 - A Permissão de Entrada deve conter, no mínimo, as informações
previstas no anexo II desta NR.
31.3.5 – Os equipamentos de proteção e resgate devem estar disponíveis e em
condições imediatas de uso;
31.3.6 - A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada;
31.3.7 – Os trabalhos à quente, tais como solda, queima, esmerilhamento, corte
ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor, somente poderão ser
autorizados após a implantação de medidas especiais de controle.
31.3.8 - Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de
Entrada devem ser avaliados e revisados no mínimo uma vez ao ano ou sempre
que houver alteração dos riscos, devendo ser encaminhados para apreciação por
parte da CIPA, onde houver, ou do designado.
31.3.9 – Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos
quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:
a) entrada não autorizada num espaço confinado;
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada;

24
c) acidente, incidente ou condição imprevista durante a entrada;
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço
confinado;
e) identificação de condição de trabalho mais segura.
31.3.10 – todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve
ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar,
conforme estabelece a NR-07, com a emissão do respectivo Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO).
31.3.11 – Cabe ao empregador garantir que todos os trabalhadores que
adentrarem em espaços confinados disponham de, no mínimo:
a) equipamento de comunicação;
b) dispositivo de iluminação; e
c) equipamento de proteção individual adequado ao risco, conforme estabelecido
na NR 6.
31.3.13 – Na impossibilidade de identificação dos riscos existentes ou atmosfera
IPVS, o espaço confinado somente poderá ser adentrado com a utilização de
máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha
de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.
31.3.14 – Quando o responsável técnico constatar que o espaço confinado não
possui riscos potenciais que requeiram procedimentos de trabalho especiais, este
deve emitir um documento onde conste a identificação do espaço, a data e sua
assinatura, certificando que todos os riscos foram eliminados.
31.3.14.1 – A documentação descrita no “caput” deve ser mantida no
estabelecimento a disposição dos trabalhadores e seus representantes.
31.3.15 – Nos estabelecimentos onde ocorrerem espaços confinados devem ser
observadas, de forma complementar a presente NR, a NBR 14606 – Postos de
Serviço – Entrada em espaço confinado e a NBR 14787 – Espaço Confinado
– Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.

31.4 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados


31.4.1 – O empregador deve desenvolver programas de capacitação sempre que
ocorrer qualquer das seguintes situações:

25
a) antes que o trabalhador seja designado para desempenhar atividades em
espaços confinados;
b) antes que ocorra uma mudança no trabalho;
c) na ocorrência de algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;
d) pelo menos uma vez ao ano.
31.4.2 – O programa de capacitação deve possuir no mínimo:
a) conteúdo programático versando sobre: definições; identificação de espaço
confinado; reconhecimento, avaliação e controle de riscos; funcionamento de
equipamentos utilizados; técnicas de resgate e primeiros socorros; utilização da
Permissão de Entrada.
b) carga horária adequada a cada tipo de trabalho, estabelecida a critério do
responsável técnico, devendo possuir no mínimo oito horas, sendo quatro horas
de treinamento teórico e quatro horas de treinamento prático;
c) instrutores designados pelo responsável técnico, devendo os mesmos possuir
proficiência no assunto;
d) informações que garantam ao trabalhador, ao término do treinamento,
condições para desempenhar com segurança os trabalhos para os quais seja
designado.
31.4.3 - É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a
prévia capacitação do trabalhador.
31.4.4 – O conteúdo programático das capacitações devem ser mantidos na
empresa a disposição dos trabalhadores e seus representantes.
31.4.5 – Ao término do treinamento deverá ser emitido um certificado contendo o
nome do trabalhador, conteúdo programático, a especificação do tipo de trabalho
e espaço confinado, data e local de realização do treinamento, assinaturas dos
instrutores e do responsável técnico.
31.4.6 – Uma cópia do certificado deverá ser entregue ao trabalhador e outra
arquivada na empresa.

31.5 – Medidas de emergência e resgate


31.5.1 – O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e
resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

26
a) identificação dos riscos potenciais através da Análise Preliminar de Riscos -
APR;
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas
em caso de emergência;
c) utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,
resgate e primeiros socorros;
d) designação de pessoal responsável pela execução das medidas de resgate e
primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;
e) exercício anual em técnicas de resgate e primeiros socorros em espaços
confinados simulados.

ANEXO I - SINALIZAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO DE ESPAÇO CONFINADO.


ESPAÇO CONFINADO QUE REQUER PERMISSÃO DE ENTRADA EXIGE
FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA
ANEXO II - FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA
MODELO - PERMISSÃO DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO
Nome da Empresa:__________________________________________________
Local de Trabalho:____________
Espaço Confinado:_____________________________
Data e Horário da Emissão: _____________
Data e Horário do Término:_______________
Trabalho a ser Realizado:_____________________________________________
Trabalhadores Autorizados:____________________________________________
Vigia:_____________________
Pessoal de Resgate:_____________________________
Telefones e Contatos: Ambulância: ________ Bombeiros:______
Segurança:_______

REQUERIMENTOS QUE DEVEM SER COMPLETADOS ANTES DA ENTRADA


Descrição dos espaços adjacentes _____________________________________

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1. Isolamento – Área de Segurança (sinalizada com cartaz) - Isolada e/ou
bloqueada por cercas, cones, cordas, faixas, barricadas, correntes e/ou cadeados.
S( ) N( )
2. Bloqueios e Desconexões – caldeiras, bombas, geradores, quadros, circuitos
elétricos e linhas desenergizadas, desligados e isolados; tubulação, linhas e dutos,
bloqueados, isolados, travados e/ou desconectados ____________ N/A( ) S( ) N( )
3. Avaliação Inicial da Atmosfera: Horário __________
Oxigênio __________% O2 Inflamáveis __________ %LIE
Gases/vapores tóxicos __________ ppm
Poeiras/fumos/névoas tóxicas__________ mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Responsável pelas Avaliações:
___________________
4. Purga, Inertização e/ou Lavagem_________________________ N/A( ) S( ) N( )
5. Ventilação – tipo e equipamento_________________________ N/A( ) S( ) N( )
Avaliação após purga, inertização e/ou ventilação: Horário ______________
Oxigênio __________% O2 < 19,5% ou > 23,0 %
Inflamáveis __________%LIE < 10% Gases/vapores tóxicos __________ ppm
Poeiras/fumos/névoa tóxicos__________ mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Responsável pelas Avaliações:
____________________
6. Iluminação Geral ( a prova de explosão?)___________________ N/A( ) S( ) N( )
7. Procedimentos de Comunicação:_________________________ N/A( ) S( ) N( )
8. Procedimentos de Resgate:_____________________________ N/A( ) S( ) N( )
9. Equipamentos:
Equip. de monitoramento de gases de leitura direta com alarmes?N/A( ) S( ) N( )
Lanternas ?____________________________________________ N/A( ) S ( ) N( )
Extintores de incêndio ?__________________________________ N/A( ) S( ) N( )
Roupa de proteção, Capacetes, botas, luvas, protetor auricular e ocular?N/A( ) S( )
N( )
Equipamentos de proteção respiratória?______________________ N/A( ) S( ) N( )
Cintos de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados?
N/A( ) S( ) N( )

28
Cintos de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate ? N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de içamento ?_______________________________ N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de Comunicação ?____________________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de respiração autônoma para os trabalhadores autorizados?
N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de r espiração autônoma para a equipe de resgate? N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos elétricos e outros à prova de explosão?__________ N/A( ) S( ) N( )
10. Treinamento de Todos os Trabalhadores? É atual?__________N/A( ) S( ) N( )
ENTRADA AUTORIZADA POR (nome legível e
assinatura)_______________________

REQUERIMENTOS QUE DEVEM SER COMPLETADOS DURANTE O


DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS.
12. Medições Periódicas: Horário_____________
Oxigênio __________% O2 < 19,5% ou > 23,0 %
Inflamáveis __________%LIE < 10% Gases/vapores tóxicos __________ ppm
Poeiras/fumos/névoas tóxicas __________mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Responsável pelas Avaliações:
__________________
13. Permissão de Trabalhos à Quente - Operações de solda, queima,
esmerilhamento e ou outros trabalhos que liberem chama aberta, faíscas ou calor
estão autorizados com as respectivas medidas de controle de engenharia,
administrativas e pessoais _______________N/A( ) S( ) N( )
Procedimentos de Emergência e Resgate: _____________________________
· A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver
a marca na coluna “não”. Obs.: “N/A” não se aplica, “S” sim e “N” não.
· Qualquer saída por qualquer motivo implica na emissão de nova Permissão de
Entrada.
· Esta Permissão de Entrada e todas as cópias deverão ficar no local de trabalho
até o término do trabalho, logo após deverão ser arquivadas no SESMT.
· As informações contidas neste documento foram emitidas, recebidas,
compreendidas e são expressão da atual condição operacional do Espaço.

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Confinado, permitindo-se desta forma a Entrada no Espaço Confinado e o
desenvolvimento de trabalhos no seu interior.
· Elaborada por: Nome Legível / Assinatura Responsável
Técnico:______________
· Preenchida por: Nome Legível / Assinatura Supervisor de
Entrada______________

ANEXO III – GLOSSÁRIO


Análise Premilinar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas
causas, conseqüências e medidas de controle.
Atmosfera IPVS: atmosfera imediatamente perigosa à vida e à saúde.
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas
na atmosfera do espaço confinado.
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como:
pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água, esgotos e outros.
Contaminantes: referem-se aos gases, vapores, névoas, fumos e poeiras
presentes na atmosfera do espaço confinado.
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigênio em
volume.
Engolfamento: é a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos finamente
divididos que possam ser aspirados causando a morte por enchimento ou
obstrução do sistema respiratório, ou que possa exercer força suficiente no corpo
para causar morte por estrangulamento, constrição ou esmagamento.
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em
volume.
Folha de Permissão de Entrada (FPE): documento escrito contendo o conjunto
de medidas de controle, visando a entrada e desenvolvimento de trabalho seguro
e medidas de emergência e resgate em espaços confinados.
Inertização: deslocamento da atmosfera por um gás inerte, resultando numa
atmosfera não combustível.
Intrisicamente Seguro: situação em que o equipamento não é capaz de liberar
energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais,

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causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no
certificado de conformidade do equipamento.
Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para
permissão de trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais como
trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras.
Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço
confinado.
Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço
confinado.
Proficiência: competência, aptidão, capacidade e habilidade aliadas à
experiência.
Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e
administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção
adequada e uso correto dos respiradores.
Purga: método pelo qual gases, vapores e impurezas são retirados dos espaços
confinados.
Quase acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a
possibilidade de ocorrência de acidente.
Responsável Técnico: profissional habilitado e qualificado para identificar os
espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas de engenharia,
administrativas, pessoais e de emergência e resgate.
Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento
escrito para preparar uma permissão de entrada segura e para o retorno do
espaço confinado ao serviço depois do término dos trabalhos.
Supervisor de Entrada: técnico encarregado para operacionalizar a permissão de
entrada.
Trava: dispositivo que utiliza um meio tal como chave ou cadeado para garantir
isolamento de dispositivos que liberem energia elétrica ou mecânica.
Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e
responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os
trabalhadores.

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