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Copiar este trabalho é plágio, é violar direito autoral, crime previsto no Código Penal, art.184.
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FERREIRA, Carlos Eduardo Paranhos. Garrincha, a alegria do povo e os subterrâneos da alienação. Disponível
em: http://www.intermidias.com/txt/ed7/textos/CINEMA_Garrincha_CE%20Paranhos%20Ferreira.pdf
Acesso em 9.maio.2011.
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Thiago de Mello, Faz Escuro Mas eu Canto — Porque a Manhã Vai Chegar. Poesias, Editora
Civilização Brasileira, Rio, 1965.
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Copiar este trabalho é plágio, é violar direito autoral, crime previsto no Código Penal, art.184.
RESUMO
O estudo é um processo pelo qual a pessoa chega à sua consciência, ao seu
processo de tomada de consciência da realidade. Para isso, desenvolveu-se uma
concepção marxista como referência básica teórica. Em seguida procedeu-se ao
método de Paulo Freire, como um procedimento didático-pedagógico para ensinar o
indivíduo ao seu conhecimento da realidade. Daí a palavra conscientização.
Chegou-se à conclusão que a conscientização só poderia ocorrer pela educação,
caso houvesse um movimento nacional no sentido de que fossem votadas leis de
proteção à liberdade escolha no conteúdo de ensino. Acreditando-se que as
disciplinas de Sociologia e de Filosofia seriam de fundamental importância no
processo, devendo as duas serem de caráter obrigatório, recebendo o mesmo
tratamento dado à Matemática, Física, Química, Biologia e Português.
Palavras-chave: marxismo, conscientização, educação, Sociologia, Filosofia.
ABSTRACT
The study is a process whereby the person comes to his conscience, his process of
awareness of reality. For this, we developed a Marxist theory as a basic reference.
Then proceeded to the method of Paulo Freire, as an educational-learning procedure
to teach the individual to his knowledge of reality. Hence the word awareness.
Reached the conclusion that awareness could only happen through education, if
there was a national movement in the sense that they were voted on laws to protect
freedom of choice in content teaching. Believing that the disciplines of sociology and
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philosophy would be of fundamental importance in the process, and the two are
mandatory, receiving the same treatment given to Mathematics, Physics, Chemistry,
Biology and Portuguese.
Keywords: Marxism, awareness, education, sociology, philosophy.
INTRODUÇÃO
A consciência é muito importante na vida das pessoas. Uma pessoa
lúcida, consciente, não se deixa enganar. Pode até ser prejudicada, maltratada, mas
fisicamente, nunca na sua consciência. Quando fez a Revolução Cubana, em 1959,
Fidel Castro disse: ―Os capitalistas podem até invadir nosso país, acabar conosco
fisicamente, mas o povo não será enganado, maltratado psicologicamente.‖(Moraes,
1980). Marx (1981), em seus estudos disse: ―O que determina a consciência do
indivíduo, o seu modo de pensar, são as suas condições materiais de existência‖.
Isso não quer dizer que a pessoa seja consciente, lúcida do ponto de vista de sua
realidade, nada disso. Pelo contrário, conforme Freire (1978) a massa em sua maior
parte pensa de forma com a sua existência, mas age como se fosse rica, como se
fora capitalista. E é por isso que se prejudica. O que prejudica o homem não é o seu
modo de pensar, pois ele pensa bem, conforme a sua existência. No entanto, o que
o prejudica é a sua ação. Quer um exemplo? O voto. A pessoa vive na favela, com
fome, sofrendo. Um mundo de miséria. E ela sabe disso. No entanto, quando
chegam as eleições, ela não vota no trabalhador que lhe pede o voto, mas no
almofadinha de paletó, rico e perfumado. Aí é que está a alienação do homem. Para
ele, o pobre da favela, um pobre igual a ele não poderia governar, pois teria a sua
mesma incompetência. Outra alienação, achar-se incompetente, inferior, subalterno.
Certa vez, uma pessoa do povo, sofrido, disse: ―Nós aqui somos todos burros, não
sabemos de nada, mas o doutor ali, esse sim, sabe de tudo‖. São atitudes desse tipo
que faz o alienado, o inverso do conscientizado. A dicotomia conscientização x
alienação caminham juntas no mundo da luta pela sobrevivência.
Adquirir consciência, ciência de sua realidade. Com consciência ou
mesmo com ciência. Com+ciência = consciência. Daí a palavra conscientização. E
esta só pode ser adquirida com o apoio da ciência. Ninguém consegue chegar a um
nível de consciência sem ter um mínimo de leitura de uma realidade a qual vive.
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Tem que investigar. Muitas vezes quando se vê uma realidade, ela só pode ser
entendida se tiver tido antes uma leitura sobre aquilo. A esse respeito, Marx (1992)
diz: ―Se a aparência da coisa coincidisse com o seu conteúdo interior, toda ciência
seria supérflua‖. Diz a lenda que foi o educador Paulo Freire quem primeiro usou a
palavra conscientização. Freire via na educação uma forma de conscientizar o
indivíduo. Não que a educação pudesse fazer uma revolução, nada disso, mas ela
conscientiza, torna a pessoa consciente de sua realidade. Ela fica sabendo que é
explorada. E mesmo que permaneça na mesma situação, ou mesmo pior, ela tem
ciência, consciência de sua realidade.
O socialismo caiu na Rússia, mas o povo hoje é muito diferente daquele
de antes de 1917. Havia um mundo de analfabetos. Depois que fizeram a revolução,
o analfabetismo chegou a zero (Lênin, 1980). O socialismo se acabou ali, mas a
marca do analfabetismo foi embora. Em Cuba não há analfabetos. O país é pobre,
mas um pobre consciente.
No Brasil, tem-se muitos miseráveis, pobres, favelados, famintos,
analfabetos. Mas muitos são inconscientes de sua realidade, embora haja alguns
conscientes. Por isso, os inconscientes sofrem mais do que os outros, pois acham
que a culpa de sua miséria é deles mesmos. Ele, na sua santa ignorância, sente-se
o senhor de seu próprio fracasso. Isso se dá o nome de alienação.
O problema
Mas como adquirir a verdadeira consciência de sua realidade, como sair
do mundo escuro da ignorância social? Como adquirir cidadania?
As duas perguntas acima é o problema que se deseja investigar no
estudo aqui apresentado. O que se pode dizer de antemão é que a situação piora a
cada dia. Quando se pensa que a população está com uma consciência maior,
observa-se que boa parte está ainda mais alienada. Evidentemente que uma parte
permanece bem lúcida, consciente e sabedora de sua situação, entretanto, é uma
minoria. Por isso, a situação no Brasil vai ficando cada vez pior.
Quando o partido que vinha dos meios populares ganhou as eleições em
2002, no Brasil, achava-se que a situação mudaria para melhor, que boa parte da
população passaria a ter uma maior consciência de sua realidade, que o partido
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promoveria mudanças, pelo menos do ponto de vista da educação. Mas não ocorreu
nada disso, a educação continuou piorando de nível, permaneceu o mesmo clima de
alienação das massas. O partido simplesmente ignorou o problema social, e passou
a usar os mesmos procedimentos dos governos burgueses. Na ânsia de permanecer
no poder, o partido deu continuidade à política neoliberal do governo anterior.
Seguiu a mesma cartilha do Fundo Monetário Internacional, o FMI. Chegou ao ponto
de cumprir todas as metas, pagando ao fundo monetário. Mesmo com a população
faminta, miserável, o governo dito popular preferiu usar o dinheiro para pagar uma
dívida contraída pela burguesia brasileira em seu próprio benefício. Dívida que
construiu Brasília, Transamazônica, estradas para desfiles de automóveis de luxo,
edifícios de condomínios de luxo, alargamento de avenidas com a mesma finalidade
automobilística, demolição de casas, cidades, comunidades. Tudo usado contra o
povo, contra a população mais carente e trabalhadora. Um endividamento contraído
à revelia do interesse da sociedade trabalhadora. E o partido popular fez tudo isso.
Em vista disso, o estudo aqui se propõe mostrar como se dá a
conscientização da realidade. Defende-se a lógica da educação. Seria o melhor
caminho para explicar isso. Não há um caminho mais seguro. No entanto, não é
uma educação burguesa, tradicional. Esta só faz alienar cada vez mais. A educação
aqui seria aquela proposta por Paulo Freire, a educação como forma de libertação
do homem. Freire escreveu e participou de diversos trabalhos a respeito do
processo de conscientização, procurando mostrar a libertação do oprimido a partir
de sua própria realidade.
Na sua maneira filosófica de ver o homem inserido em seu contexto real,
ele aplicou a concepção marxista da existência do homem em sintonia com a sua
consciência. O que ele fez foi mostrar que, de fato, o homem inserido em uma
realidade de vida, pensa daquela forma. Mas não age do mesmo jeito se não tiver
sido educado para isso. Então, aliena-se ao pensar de um jeito e agir de outro jeito.
Passou então a educar, alfabetizar a pessoa de acordo com o material
usado para a sua sobrevivência. Então, na década de sessenta, ele participou de um
processo de educação popular, ensinando as pessoas a ler. Criou o método hoje
conhecido como o método Paulo Freire.
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não dá certo, que lhe falta apoio. Entretanto, o político mesmo de direita, o autêntico
representante da burguesia sabe que o jeito errado é o certo. No sistema capitalista,
errar para o povo significa acertar para o burguês. Não há outra alternativa, pois o
Estado é o reflexo, a representação do que ocorre dentro do processo produtivo. O
povo é o trabalhador, o classe média, o funcionário público, de qualquer nível.
Mesmo um grande magistrado que se estiver ali apenas por concurso público, sem
nenhuma representação dentro das classes dominantes, é gente do povo, graduado,
alta graduação, mas é. Ao passo que o representante da burguesia é aquele que faz
de acordo com os interesses dominantes, sem questionamento. Portanto, da mesma
forma que a classe dominante explora no processo produtivo, extraindo mais valia
relativa e absoluta, no Estado ocorre o mesmo, e não poderia ser diferente. E o que
é o Estado? É um instrumento administrativo ideológico que representa os
interesses das classes dominantes para as classes dominantes. O Estado está ali
para preservar a exploração do capital sobre o trabalho humano. O Estado é a forma
jurídica, política, militar, ideológica para manter o processo produtivo do capitalismo,
o modo de produção do sistema capitalista é mantido pelo Estado burguês.
Evidentemente que ele não diz assim, pois qualquer manual de Sociologia da direita,
conservadora, considera o Estado com aquele que pratica o bem estar social, sem
discriminação. Mas conscientizar, definir o Estado assim nada mais é do que
ideologia do sistema capitalista. E a ideologia é justamente o mascaramento da
realidade. A função do Estado é justamente encobrir, esconder, manter a coisa nas
aparências. Sua meta maior é fazer com que todos acreditem que o sistema
capitalista é bom. Para isso ele usa a educação como uma forma de alienar o
indivíduo. A educação é sua forma mais simples ou mesmo complexa está ali para
manter o capitalismo, para abrandar,a pacificar as ovelhinhas do sistema, os
trabalhadores, as formiguinhas da construção civil, as formiguinhas do comércio, da
indústria, das fábricas. O Estado é controlador, em tudo. E todas as informações têm
que passar por ele. Assim, tudo é milimetricamente medido, calculado, projetado. A
educação, para sair no meio das massas tem que ser sob medida. Nada pode fugir
ao controle dos poderosos, dos dominantes. Observa-se que as disciplinas: História,
Geografia, Matemática, Português, Redação, Língua estrangeira, Química, Física e
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BRASIL CULTURA, Banida pela ditadura, Filosofia volta ao currículo escolar, 3/04/2011.
Disponível em: http://www.brasilcultura.com.br/sociologia/banida-pela-ditadura-filosofia-volta-ao-
curriculo-escolar/ Acesso em: 5/4/2011.
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correligionários políticos nas tribunas de Paris, que ele não era marxista. Querendo
dar a entender que se deve acompanhar os movimentos e transformações que
ocorrem. A isso se dá o nome de conscientização, ou seja, perceber sempre o que
ocorre no dia a dia.
Entendemos que, para o homem, o mundo é uma realidade objetiva,
independente dele, possível de ser conhecida. É fundamental, contudo,
partirmos de que o homem, ser de relações e não só de contatos, não
apenas está no mundo, mas com o mundo. Estar com o mundo resulta de
sua abertura à realidade, que o faz ser o ente de relações que é. Há uma
pluralidade nas relações do homem com o mundo, na medida em que
responde à ampla variedade dos seus desafios. Em que não se esgota num
tipo padronizado de resposta. A sua pluralidade não é só em face dos
diferentes desafios que partem do seu contexto, mas em face de um mesmo
desafio. No jogo constante de suas respostas, altera-se no próprio ato de
responder (FREIRE, 1999, p.39-40).
.
O autor diz que ―Nas relações que o homem estabelece com o mundo há,
por isso mesmo, uma pluralidade na própria singularidade. E há também uma nota
presente de criticidade‖ (FREIRE, 1999, p.39-40). A educação também passa por
um processo de relações e de transições em todas as épocas.
Vivia o Brasil, exatamente, a passagem de uma para outra época. Daí que
não fosse possível ao educador, então, mais do que antes, discutir o seu
tema específico, desligado do tecido geral do novo clima cultural que se
instalava, como se pudesse ele operar isoladamente. E que temas e que
tarefas teriam sido esvaziados e estariam esvaziando-se na sociedade
brasileira de que decorressem a superação de uma época e a passagem
para outra? Todos os temas e todas as tarefas características de uma
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―sociedade fechada‖ Sua alienação cultural, de que decorria sua posição
de sociedade ―reflexa‖ e a que correspondia uma tarefa alienada e alienante
de suas elites. Elites distanciadas do povo. Superpostas à sua realidade.
Povo ―imerso‖ no processo, inexistente enquanto capaz de decidir e a quem
correspondia a tarefa de quase não ter tarefa. De estar sempre sob
(FREIRE, 1999, p.53).
Se a sociedade na década de sessenta vivia uma transformação, uma
transição, também agora, década de 2011, ela vive o mesmo processo. Há um
clima de mudanças e de transformações em todas as esferas sociais. Hoje o
povo está mais sintonizado em virtude da internet. As informações são mais
rápidas. O clima é de novidades as mais variadas. Mas há um fato novo: a
grande quantidade de informações ficam impossíveis de analisá-las todas. Tudo
é misturado dentro dos sites, faltam prioridades. Todos dizem o que pensam.
5
Popper, Karl — A Sociedade Democrática e seus Inimigos apud FREIRE, Paulo. . Educação como
Prática de Liberdade. Ed. Paz e Terra, 23 Edição. Rio de Janeiro, 1999.
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perde com isso é o povo, pois o antigo e superado passa para o novo. O
conservador de uma sociedade vai ser o burguês da nova sociedade. Ao passo que
o pobre, o trabalhador e o explorado não tem essa condição, ele perde tudo,
inclusive a vida. Por isso, é um engano achar que o desenvolvimento e o
crescimento econômico é progresso. Tudo o que cresce e se desenvolve prejudica o
pobre, o trabalhador. A sociedade média. Na época, Marx (1981) achou interessante
dissolver a velha sociedade feudal. Outro engano. Pois quem a dissolveu foi a
própria burguesa que fora parida ali, dentro dos feudos.
Mas o que ocorre hoje é que a burguesia quando vai explorando e
modificando as relações sociais, empobrecendo cada vez mais as classes
dominadas, usa do assistencialismo para apaziguar, manter as classes ordeiras,
dificultando a conscientização do povo, das classes populares. E aí reside o grande
perigo.
6
Na Mater et Magistra, João XXIII, ao tratar as relações entre nações ricas e pobres, desenvolvidas e
em desenvolvimento, exorta a que as primeiras, na sua ajuda às segundas, não o façam através do
que chama de ―formas disfarçadas de domínio colonial‖. Que o façam sem nenhum interesse, mas
com a única intenção de lhes possibilitar desenvolver-se, enfim, por si mesmas, econômica e
socialmente. E é exatamente isto que o assistencialismo não faz, enquadrando-se entre aquelas
―formas de domínio colonial‖.
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HUGO, Victor; PICHUAGA, R. De Lula a Bush: os programas assistencialistas e o avanço da
miséria e da barbárie mundial. 12 Março 2007. Disponível em: <
http://www.wsws.org/pt/2007/mar2007/por1-m12.shtml > Acesso em 8.,maio.2011.
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não sabia ler e nem escrever. Por conta disso, não se reivindicava escolas e cursos
para fomentar o conhecimento, a leitura e a escrita. E a preferência da população,
subtraída em seus anseios, em suas vontades e desejos de uma vida participativa e
informada, foi para o divertimento, o acaso, o pragmatismo. O futebol colocado aqui
pelos ingleses no final do século XIX teve aceitação das massas, pois era uma
forma de expandir os seus desejos, as suas vontades contidas por uma sistema que
a oprimia. A conscientização do povo passou a se dar pela via do esporte, das
festas e das brincadeiras. Coisas práticas mas que dava satisfação tanto a quem
praticava quanto aos que apreciavam. Para Gilberto Freyre apud Ferreira (2011):
Creio não dizer novidade nenhuma repetindo que, por trás da instituição
considerável que o futebol tornou-se em nosso país, se condensam e se
acumulam, há anos, velhas energias psíquicas e impulsos irracionais do
homem brasileiro, em busca da sublimação. Essa sublimação estava
outrora apenas na oportunidade para feitos históricos ou ações admiráveis
que o exército, a rainha e as revoluções mais ou menos patriotas abriam
aos brasileiros brancos e, principalmente, mestiços ou de cor, mais
transbordantes de energias animais ou de impulsos irracionais. [GILBERTO
FREYRE, AO PREFACIAR, EM 1947, O NEGRO NO FUTEBOL
8
BRASILEIRO, DE MÁRIO (RODRIGUES) FILHO APUD FERREIRA, 2011] .
Mas para haver uma transição é necessário antes a conscientização do
indivíduo. Só se liberta quando a consciência é libertada de vícios, de competição e
de moral. Um homem fraco e oprimido jamais se libertará pois a sua consciência
ainda está apagada, no passado. Tem que passar pela conscientização. Conhecer o
seu movimento histórico, a sua regra do dia a dia. Perguntar-se quem sou eu, para o
que vivo. Ficar sofrendo, agüentando calado não vai levar a nenhuma transição
democrática. Por acaso seria transição passar de elogios a reis e imperadores para
o jogado de futebol? Apenas uma mudança de ídolos não levará a nada. E parece
que de acordo com Gilberto Freyre ocorreu. Era como se o futebol tivesse vindo
para substituir feitos heróicos em virtude da incapacidade das elites nacionais de
vislumbrarem coisa melhor. O povo, envolvido pela ideologia dominante,
simplesmente faz, em sua maioria, o que as elites mandam.
A leitura fora substituída pela ditadura da admiração. Agora o povo, em
sua maioria partiria não para concentrar-se, tomar consciência de sua realidade,
8
FERREIRA, Carlos Eduardo Paranhos. Garrincha, a alegria do povo e os subterrâneos da
alienação. Disponível em:
http://www.intermidias.com/txt/ed7/textos/CINEMA_Garrincha_CE%20Paranhos%20Ferreira.pdf
Acesso em 9.maio.2011.
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não respeitassem a constituição. Mas isso não era para proteger o ex-escravo
não, era para fazer o sistema capitalista brasileiro funcionar a base do trabalho
assalariado, pois este sim, era benéfico ao sistema produtivo. Dessa forma, a
única consciência que o ex-escravo teve foi de que agora teria que sair por aí,
sem dinheiro e sem oportunidades de trabalho.
A libertação do escravo, com todo o seu aparato, tirou a oportunidade
do trabalhador da cana de açúcar de forma a sua própria consciência, a sua
conscientização.
A PROBLEMÁTICA DO ESTUDO
Mas como adquirir a verdadeira consciência de sua realidade, como sair
do mundo escuro da ignorância social? Como adquirir cidadania?
As teorias políticas recomendam vários processos para se sair da
obscuridade política. No entanto, no Brasil, quando o povo está tendo um pouco de
consciência política, vem um golpe e acaba com tudo. Assim ocorreu em 1964, onde
já havia um certo amadurecimento político, com a conscientização das massas.
Evidentemente que só a educação não tem condições de libertar, em si. Pois ela
estaria sujeita a uma série de fatores que impediriam o seu avanço, como: leis,
legislação do Ministério da Educação, censura aos livros escolares, e tudo o que
fosse ensinado que prejudicasse os interesses da burguesia nacional. Além de tudo,
a educação pública, que seria o elo da libertação e da conscientização do indivíduo,
é feita de forma a atender aos interesses do capital produtivo. Mesmo em sua
essência, o ministério, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a
LDB, recomenda apenas o profissionalismo que atenda às necessidades do capital
produtivo. Portanto, aonde haveria espaço para conscientizar o jovem se logo na
partida o caminho é-lhe desviado. A educação profissional abre espaço para o peão,
ao passo que o doutor estaria dentro da escola de ensino privado.
Art. 36º. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado
da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da
sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de
comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania; § 1º. Os
conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de
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http://www.scribd.com/document_downloads/direct/54152309?extension=pdf&ft=130
4334049<=1304337659&uahk=oai3yRmcj/QglyO8oHOFv6GrqH0
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ANEXOS
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terceira.html
7 – Aulas de análise de projetos TCC – Conforme a Metodologia legal
http://robertoeducacional.blogspot.com/p/educacao-cursos-diversos.html
8 – Palestras – Lei contra o Assédio Moral e Assédio Sexual no Trabalho
(http://www.assediomoral.org/spip.php?article445)
http://robertoeducacional.blogspot.com/p/educacao-cursos-diversos.html
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REFERÊNCIAS
CURY, Augusto. O semeador de idéias. São Paulo: Academia de Inteligência, 2011.
HOUAISS, Antônio. Mini dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora
Objetiva/Moderna, 2011.
MANDELA, Nelson. Conversas que tive comigo. São Paulo: Editora Rocco, 2011.
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2011.
MAQUIAVEL, Nicolô. O príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2011.
RIBEIRO, J. Roberto S. Conscientização. < Disponível em: http://robertoeducacional.blogspot.com
>. Acesso em 7.maio.2011.
SIDNEY, Lens. A fabricação do império americano. São Paulo: Civilização Brasileira, 2011.
SUN, Tzu. A arte da guerra. São Paulo: Editora Pensamento, 2011.
TZU, Sun. Maquiavel: a arte da guerra no Ocidente e no Oriente. São Paulo: Editora
Évora, 2011.
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LIVROS DE MARX
Compreender Marx
Autor: Collins, Denis
Editora: Vozes
Marx - O Intempestivo
Autor: Bensaid, Daniel
Editora: Civilização Brasileira
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