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O NACIONALISMO MUSICAL

NO SÉC. XIX / PRINCÍPIOS DO SÉC. XX

1) RÚSSIA

• Alexandre Borodine (1833-1887)

Danças Polovtsianas (da ópera inacabada O Príncipe Igor) (1879)

Estreadas em São Petersburgo, em versão de concerto, a 27 de Fevereiro de 1879,


sob a direcção de Rimski-Korsakov. Peça celebérrima de Borodine, trata-se de uma
cena com coros, mas que pode ser executada só pela orquestra.
Segundo Rimski-Korsakov (Crónica da minha vida musical), as Danças teriam
sido incluídas no programa do concerto ainda antes de Borodine as ter orquestrado,
por falta de tempo. Essa orquestração teria sido realizada numa noite, graças aos
esforços conjugados do compositor, de Rimski-Korsakov e de Liadov.
Na ópera, esta cena encerra o segundo acto: o khan polovtsiano Kontchak, que
aprisionara o príncipe russo Igor, trata este último com consideração e hospitalidade,
e organiza, para o entreter, danças em que participam jovens escravos.

As Danças polovtsianas desenrolam-se em vários episódios:


1) o primeiro, Dança das raparigas, é gracioso, nostálgico, e também deveras
lascivo;
2) vem em seguida uma Dança dos homens, selvagem, rodopiante (tema no
clarinete, no flautim e na flauta, depois nas cordas);
3) atinge-se um verdadeiro estado de transe com a Dança Colectiva, de tema
pulsional, e que culmina em apoteose;
4) uma Dança dos Rapazes, viva, ritmada pelo tambor, reconduz na sua parte
central a melodia encantadora das jovens do início;
5) a Dança final retoma o tema vertiginoso da Dança dos homens e intensifica-se
até ao limite das possibilidades físicas.
As Danças polovtsianas oferecem o exemplo mais espectacular do exotismo
musical russo, de uma sensualidade rude, selvagem, e de um raro virtuosismo
orquestral. Como quadro coreográfico, foram imortalizadas pelos espectáculos de
Serge Diaghilev em Paris, em 1909.

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2) NORTE DA EUROPA (Noruega)

•Edvard Grieg (1843-1857)

Peer Gynt, Suite de orquestra nº 1 (op. 46); nº 1–“De manhã” (1876-1888)

Em Janeiro de 1874, o dramaturgo Henrik Ibsen oferece a Grieg a composição da


música de cena para Peer Gynt, que, sob essa forma, verá as luzes da ribalta em
Christiana, a 24 de Fevereiro de 1876. Pressionado pela necessidade de dinheiro, o
músico aceitou este trabalho, que levou a cabo não sem dificuldades, mas que viria a
garantir, sem que o esperasse, grande parte da sua glória internacional. Dos vinte e
três números que escreveu, escolheu quatro em 1888 para uma primeira suite de
orquestra, e cinco em 1891 para uma segunda, mas o último trecho foi depressa
abandonado.
A SUITE Nº 1 abre com uma evocação do nascer do dia («Imagino, dizia o autor,
o sol a romper as nuvens ao primeiro forte»): De manhã (Allegretto pastorale em 6/8,
em mi maior), cuja melodia é entoada pela flauta, depois pelo oboé e, por fim, pelas
cordas, antes de um crescendo deslumbrante; o tema regressa em seguida na trompa,
depois no fagote, antes de se desvanecer serenamente. Mas esta página célebre e
sedutora, que serve de prelúdio ao quarto acto do drama, faz pensar muito mais no sol
do Norte do que em Marrocos (onde é suposto desenrolar-se a acção).

3) GRÃ-BRETANHA

•Edward Elgar (1857-1934)

Pomp and Circumstance, op. 39, Marcha nº 4, em Sol Maior (1907)


(Allegro marziale–Nobilmente (L’istesso tempo)–Grandioso)

Pomp and Circumstance é o título de cinco marchas militares para orquestra,


reagrupadas sob o número de opus 39: nº 1 em ré maior e nº 2 em lá menor,
compostas em 1901 e estreadas em Liverpool a 19 de Outubro de 1901; nº 3 em dó
menor, composta em 1904 e estreada em Londres a 8 de Março de 1905; nº 4 em sol
maior, composta em 1907 e estreada em Londres a 24 de Agosto de 1907; nº 5 em dó
maior, composta em 1930 e estreada em Londres a 20 de Setembro de 1930. As
quatro primeiras datam portanto do reinado de Eduardo VII, e a quinta de muito mais
tarde.

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As marchas propriamente ditas são dinâmicas e bem ritmadas, e fazem um belo
uso dos metais. No centro de cada uma, um trio mais melódico, de um lirismo amplo
e generoso. Da melodia do trio da Marcha nº 1, agora mundialmente célebre, Elgar
declararia que era daquelas para as quais se tem inspiração «só uma vez na vida».
Reutilizou-a na sua Coronation Ode (op. 44) de 1902, e, com as palavras «Land of
Hope and Glory», tornou-se para os ingleses uma espécie de segundo hino nacional.
O trio da Marcha nº 4 é quase tão popular como o anterior. Elgar sempre impediu
que lhe fossem associadas palavras, o que não foi respeitado durante a Segunda
Guerra Mundial, -época em que se transformou num Song of Freedom («Canto de
liberdade»).

4) ESPANHA

•Isaac Albéniz (1860-1909)

Ibéria, para piano, 2º caderno, nº II, “El Puerto” (1905-1909)

Esta composição parece referir-se a Puerto de Santa Maria, em Cádiz.


A suite Ibéria para piano, escrita entre finais de 1905 e inícios de 1909, é
a obra-prima de Albéniz. Compreende quatro cadernos que se estrearam
sucessivamente, à medida que foram compostos. Cada caderno, por sua vez, é
composto por 3 peças ou quadros. O conjunto é uma monumental obra pianística
e ocupa, como afirmou o compositor francês Olivier Messiaen, o mais alto
lugar entre as estrelas de primeira magnitude do instrumento-rei.

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