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Releitura da “Divina Comédia” para os dias de hoje

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma releitura da obra de Dante
Aleghieri, “A Divina Comédia”. Nesta magnífica obra-prima, o autor expôs para a
sociedade de sua época muitos problemas vigentes na humanidade do século XIV, tais
como corrupção política, religiosa e moral de Florença, cidade natal do escritor.
Com uma releitura bem elaborada, percebemos uma clara semelhança entre as
denúncias de Dante com relação às fraquezas do mundo em seu tempo e as observadas
atualmente. O que se dá porque o homem de hoje continua basicamente com as mesmas
vulnerabilidades trazidas pelo pecado, uma constante na vida do ser humano.
Para tal, imaginemos Dante como uma alegoria dos seres humanos, inferiores ao
transcendental. Tanto que ele se perde “nel mezzo del cammin di nostra vita” e acaba
sendo atacado por animais ferozes, alegorias dos pecados capitais.
Dante, para ser salvo, necessita da ajuda divina por parte de sua amada, que já se
encontra no céu, Beatriz, a luz divina que guia a todos à salvação de alma, ao pleno
usufruto da teologia, ou seja, ela é a “religião”. Sem Beatriz, sem essa religião suprema,
estamos perdidos psicologicamente e não encontramos de modo algum paz de espírito.
Beatriz ainda convoca Virgílio, mestre da razão, ciência humana, para guiar
Dante em seu prol. Desse modo, constatamos a aliança que deveria ser feita entre
religião e ciência. Uma completa a outra e, juntas, passam a ser realmente eficazes em
nossa vida.
Após esse episódio introdutório, o eu-lírico deve realizar uma jornada pelo
Inferno, Purgatório e Paraíso, convertendo-se, no final, aos preceitos de Cristo.
No Inferno, Dante presencia morte, destruição, desilusão e desesperança de uma
vida melhor. E isso não foge muito da realidade de muitos em nossa sociedade: pessoas
drogadas, depressivas, agressivas, que partiram para o mundo da violência ou
prostituição são exemplos dos perfis presentes no “Inferno de Dante”.
No Purgatório, onde almas que não souberam ser nem boas nem más na vida
terrena “purgam” suas falhas para com Deus. Arrependimento, contrição e esperança
são as sensações percebidas nessa paragem. Aí temos as pessoas que erram, mas não
têm preguiça de consertar seus erros. É assim que todo o ser humano deveria ser.
Por fim, no Paraíso, o ambiente repleto de paz, tranquilidade e bem-aventurança,
torna-se uma utopia se levarmos em consideração a humanidade em geral. Nunca
funcionaremos perfeitamente como constituintes de nossa sociedade, assim como Dante
não conseguiu distinguir as três luzes representantes da Santíssima Trindade.
Apesar de o Céu ser uma utopia para nós, esta é necessária para nossa
conversão. Vivemos no “Purgatório”, portanto o nosso dever é anelar o “Paraíso” por
uma conversão perpétua. Esse é o modelo ideal de humanidade, mas o que observamos
é uma constante transformação da mesma em um “Inferno” aprisionador e agonizante.
Portanto, cabe a cada um de nós mudarmos essa realidade, guiados sempre pela
“Religião” e “Razão”, “Misticismo” e “Realidade”. É isso que Dante nos propõe.

Palavras-chave: humanidade – fraquezas do mundo – Inferno – Purgatório – Paraíso –


reflexão comparativa

Referência:
ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia: Inferno, Purgatório e Paraíso. Tradução e
notas de Ítalo Eugênio Mauro. Em português e italiano (original). Editora 34, São Paulo,
1999.

Aluno: José Luis Faco Neto. 2º. Ensino Médio . Centro Educacional Nossa senhora
Auxiliadora

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