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(b) Determine para que valores de a, b, e c a interseção dos três planos é um único ponto. Mais ainda, mostre
que este ponto não depende dos valores de a, b, e c.
Resposta: Para que a interseção seja um único ponto devemos ter que a reta r acima “fura” o plano π em
um ponto. Substituindo-se os valores de x, y e z na equação do plano π obtemos a(−t)+b·1+ct = b+a−c.
Resolvendo para t obtemos (c − a)t = a − c.
Concluı́mos então que sempre que a 6= c teremos o ponto P : (1, 1, −1) como único ponto de interseção.
Esse resultado não depende dos valores de a, b e c, mas somente de que a 6= c.
2. (2 pontos) Responda às perguntas abaixo com “CERTA” ou “ERRADA” (vetores, pontos, retas e planos
estão no espaço). Respostas sem justificativa não serão consideradas.
(a) A reta determinada pelos pontos A = (1, 0, 1) e B = (−2, −2, 2) é ortogonal a reta r dada pelas equações:
x = −2 − 3t, y = 11 − 2t, z = −1 + t?
Resposta: ERRADA. A reta determinada pelos pontos A = (1, 0, 1) e B = (−2, −2, 2) tem vetor
−→
diretor AB = (−3, −2, 1). Por outro lado, a reta r tem vetor diretor (−3, −2, 1).
−→
Para que a reta procurada seja ortogonal a reta r deve acontecer que AB⊥(−3, −2, 1). Isto é, o produto
escalar desses dois vetores teria que ser zero, o que não acontece. (Outra justificativa seria dizer que como
as retas são paralelas, pois têm o mesmo vetor diretor, não podem ser ortogonais.)
(b) Para três planos no espaço que são dois a dois ortogonais entre si pode ocorrer que não haja nenhum ponto
comum entre eles?
Resposta: ERRADA. Dois planos ortogonais interceptam-se em uma reta, digamos `. O terceiro plano
do problema é ortogonal a esses dois planos os quais contêm `. Logo ` tem que “furar” esse terceiro plano,
pois não será paralela a ele. O ponto de interseção entre ` e o terceiro plano será comum aos três planos.(A
reta ` também não pode estar contida no terceiro plano, devido a ortogonalidade entre ela e esse plano,
de forma que não só há com certeza um ponto em comum entre os três planos, como também, há um
único ponto, i.e., a interseção é um ponto. Como a pergunta era apenas se a interseção era vazia, este
argumento não era necessário.
Um último comentário: a situação descrita no problema é facilmente visualizada observando-se o canto de
uma caixa que é o ponto de interseção de três planos dois a dois ortogonais entre si.)
se e somente se os três vetores são coplanares. (O vetor (c, d, e) ∧ (g, h, i) é ortogonal ao plano que contém
(c, d, e) e (g, h, i). Se (a, b, c) estiver nesse plano então (c, d, e) ∧ (g, h, i)⊥(a, b, c).)
(Vale a recı́proca: se (c, d, e) ∧ (g, h, i)⊥(a, b, c), então (a, b, c) estará no plano determinado por (c, d, e) e
(g, h, i) e o determinante acima será zero, mas isso não foi perguntado.)
3. (3 pontos) Dadas as equações das retas reversas
x= 2−λ x= t
r: y = 1 + 3λ e s: y = 4t determine:
z = 5+λ z = 2 + 3t
Q : (2, 1, 5) ~v
• -
~v
Po :(0, 0, 2) • -
−→
Construı́mos um paralelogramo a partir dos vetores Po Q e ~v e consideramos o vetor ~v com sendo a base
desse paralelogramo. Então a distância procurada é a altura desse paralelogramo em relação a base ~v .
Sabemos que a área desse paralelogramo vale “base” vezes “altura.” No nosso caso: Área = h · |~v |, onde
h obviamente é o comprimento da altura. Consequentemente h = Área dividida por |~v |.
−→
Sabemos também que a área desse paralelogramo é igual a norma do produto vetorial Po Q ∧ ~v . Portanto
−→
|Po Q ∧ ~v |
h= .
|~v |
−→ −→ √ √
Fazendo-se as contas
√ obtemos
√ Po Q ∧ ~v = (−8, −5, 7), |Po Q ∧ ~v | = 138, |~v | = 11. Logo a distância
procurada vale 138/ 11
(c) A distância entre as retas r e s.
Resposta: A distância procurada é a distância de qualquer ponto da reta s ao plano π do item (a). Como
conhecemos o ponto (0, 0, 2) em s tomamos a distância desse ponto a π:
|5 · 0 + 4 · 0 − 7 · 2 + 21| 7
distância = p =√ .
52 + 42 + (−7)2 90
(d) Encontre um ponto P em r e um ponto Q em s de forma que a distância de P a Q seja igual a distância
de r a s.
Resposta: Vamos inicialmente determinar um vetor ortogonal às duas retas. Para isso basta tomarmos
o vetor normal ao plano π do item (a), i.e., (5, 4, −7).
Um ponto genérico da reta s é da forma (t, 4t, 2 + 3t) e um ponto genérico da reta r é da forma (2 −
λ, 1 + 3λ, 5 + λ). O vetor que une um ponto genérico de s com um ponto genérico de r tem a forma
~u = (2 − λ − t, 1 + 3λ − 4t, 3 + λ − 3t). O pontos procurados correspondem aos valores de λ e t para os
quais ~u é ortogonal a (−1, 3, 1) e (1, 4, 3) que são, respectivamente, os vetores diretores de r e s. Obtemos
esses números resolvendo o sistema:
(−1)(2 − λ − t) + 3(1 + 3λ − 4t) + (3 + λ − 3t) = 0
(2 − λ − t) + 4(1 + 3λ − 4t) + 3(3 + λ − 3t) = 0
4. (1,5 pontos) Seja A uma matriz 3 × 3, não nula, tal que todos os pontos do plano 2x − y + 3z = 0 são soluções
do sistema homogêneo AX = 0. Demonstre que a forma escada de A tem duas linhas nulas. Poderia ter três
linhas nulas? Justifique de forma detalhada as respostas.
Resposta: Ao dizermos que os pontos da plano são soluções do sistema homogêneo, estamos dizendo que há
pelo menos “duas variáveis livres” na solução do sistema. Logo a forma escada de A tem que ter duas linhas
nulas. Como por hipótese (reler o enunciado do exercı́cio) A não é nula, sua forma escada também não é nula.
Logo a forma escada de A não poderá ter três linhas nulas. (A única matriz que é linha equivalente a matriz
nula é a própria matriz nula. Pense nisso e verifique porquê.)
Outra resposta: O enunciado do exercı́cio, escrito na liguagem de matrizes, significa que
2 −1, 3
A ∼ 0 0 0
0 0 0
2x − y + 3z = 0
pois o que está escrito é que o sistema AX = 0 é equivalente ao sistema 0x + 0y + 0z = 0 . Com isso fica
0x + 0y + 0z = 0
tudo justificado.
√
5.(1,5 pontos) A área do triângulo ABC é 6. Sabendo-se que A = (2, 1, 0), B = (−1, 2, 1), e que o vértice C
está no eixo Y , encontre as coordenadas de C.
Resposta: Como o vértice C está no eixo Y tem coordenadas C : (0, t, 0) para algum valor de t que temos que
determinar. Sabemos que a área do triângulo é igual a metade da área do paralelogramo construı́do a partir
de dois de seus lados. Sabemos também que a área do paralelogramo é igual a norma do produto vetorial.
Conclusão:
√ 1 −→ −→ 1 1 1p
6 = |CA ∧ CB| = |(−2, t − 1, 0) ∧ (1, t − 2, −1)| = |(1 − t, −2, 3t − 5)| = (1 − t)2 + 4 + (3t − 5)2 .
2 2 2 2
Elevando os dois lados ao quadrado e simplificando a equação obtemos 4 · 6 = 10t2 − 32t + 30. Simplificando e
trocando 24 de lado obtemos 5t2 − 16t + 3 = 0, cujas raı́zes são: (16 ± 14)/10, i.e., 3 e 1/5.
Observemos que é natural que esse problema tenha duas respostas. Basta olhar para a figura abaixo.