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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL

INSTITUTO DE FÍSICA E MATEMÁTICA


DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA
MAT301 - CÁLCULO 1
SEMESTRE 01/2011

1. Introdução
1.1 Números Reais R
Conjuntos numéricos:
- Números Naturais: N = 1, 2, 3, ...
- Números Inteiros: Z = ..., −2, −1, 0, 1, 2, ...
- Números Racionais: Q = x\x = m n , com m ∈ Z, n ∈ Z

- Números Irracionais: Q ′ . Não podem ser escritos em termos de uma fração.


Ex.: π, e, 2 , ...
- Números Reais: R = Q ′ ∪ Q

1.2 Intervalos:
- Intervalo aberto limitado: a, b = x ∈ R\a < x < b. Representação gráfica:
- Intervalo fechado limitado: a, b = x ∈ R\a ≤ x ≤ b.Representação gráfica:
- Intervalo semi-aberto ou semi-fechado limitado: a, b= x ∈ R\a < x ≤ b
a, b = x ∈ R\a ≤ x < b
- Intervalo aberto ilimitado: a, ∞ = x ∈ R\x > a
−∞, b = x ∈ R\x < b
- Intervalo fechado ilimitado: a, ∞ = x ∈ R\x ≥ a
−∞, b= x ∈ R\x ≤ b

1.3 Valor Absoluto:


Seja a ∈ R :
a, se a ≥ 0
|a| =
−a, se a < 0

|a| = da, 0 = distância do ponto a até a origem.


|a − b| = da, b = distância entre a e b.
a − b, se a ≥ b
|a − b| =
b − a, se b > a

Propriedades:
1) |x| < a  −a < x < a
2) |x| > a  −a > x ou x > a

Ex.: |x| < 2 , ou seja, dx, 0 < 2.


Se x = 1, então d1, 0 = 1, mas d−1, 0 = 1 também! Logo, −2 < x < 2.

1.4 Desigualdades:
i) a < b ⇔ b − a é positivo
ii) a > b ⇔ a − b é positivo
iii) a ≤ b ⇔ a < b ou a = b
iv) a ≥ b ⇔ a > b ou a = b

Inequações do 1∘ Grau:
Exemplos: Determine todos os intervalos que satisfaçam as inequações abaixo. Faça a representação gráfica:
i) 7 < 5x + 3 ≤ 9 Resp.: 4/5, 6/5
ii) |7x − 2| < 4 Resp.: −2/7, 6/7
1
iii) 2 > −3 − 3x ≥ −7 Resp.: −5/3, 4/3
iv) |x + 12| > 7 Resp.: −∞, −19 ∪ −5, ∞

Inequações do 2∘ Grau:
Exemplos:
1) x 2 − x − 2 > 0 Resp.: −∞, −1 ∪ 2, ∞
2) x 2 − 4x + 3 ≤ 0 Resp.: 1, 3
3) x 2 + 2x ≥ 0 Resp.: −∞, −2 ∪ 0, ∞
4) x 2 + 6x + 5 < 0 Resp.: −5, −1

LISTA DE EXERCÍCIOS 1:
Resolva as desigualdades e exprima a solução em termos de intervalos:
1. 2x + 5 < 3x − 7 2. 3 ≤ 2x − 3 < 7 3. x 2 − x − 6 < 0
5
4. x 2 − 2x − 5 > 3 5. x2x + 3 ≥ 5 6. |x + 3| < 0.01
7. |2x + 5| < 4 8. |6 − 5x| ≤ 3 9. |3x − 7| ≥ 5
10. |−11 − 7x| > 6 11. −5 ≤ 3x + 4 < 7 12. |6x − 7| > 10
13. 0 < 3x + 1 ≤ 4x − 6 14. |5 − 2x| ≥ 7 15. −6 < 3x + 3 ≤ 3
16. |x − 4| ≤ 16 17. 1 < x − 2 < 6 − x 18.x − 7 ≥ −5 ou x − 7 ≤ −6
19.x < 6x − 10 ou x ≥ 2x + 5 20.2x − 1 > 1ou x + 3 < 4 21.1 ≤ −2x + 1 < 3
22.x + 3 < 6x + 10 23.|2x − 3| > 4 24.2 < 5x + 3 ≤ 8x − 12
25.|2x − 3| ≤ 5
RESPOSTAS:
1. (12,∞ 2. [9,19) 3. (-2,3)
4. (-∞, −2 ∪ 4, ∞ 5. (-∞, −5/2∪1, ∞ 6. (-3.01,-2.99)
7. (-9/2,-1/2) 8. [3/5,9/5] 9. (-∞, 2/3∪4, ∞
10. (-∞, −17/7 ∪ −5/7, ∞ 11. [-3,1) 12. (−∞, −1/2 ∪ 17/6, ∞
13. [7,∞ 14. (-∞, −1 ∪ 6, ∞ 15. (-3,0]
16. [-12,20] 17. (3,4) 18.−∞, 1∪2, ∞
19.−∞, −5∪2, ∞ 20.−∞, 1 ∪ 1, ∞ 21.(-1,0]
22.−7/5, ∞ 23.−∞, −1/2 ∪ 7/2, ∞ 24.5, ∞
25.[-1,4]

2. Funções

2.1. O que é uma função?


Podemos definir função da seguinte maneira:
Uma grandeza y é uma função de outra grandeza x, se a cada valor de x estiver associado um único valor de y.
Dizemos que y é a variável dependente e x é a variável independente.
Escrevemos y = fx, onde f é o nome da função.
O domínio da função é o conjunto dos possíveis valores da variável independente e a imagem é o conjunto
correspondente de valores da variável dependente.
Uma função pode ser representada por tabelas, gráficos e fórmulas.

exemplo: No verão de 1990, a temperatura, no estado do Arizona, ficou alta durante todo o tempo (tão alta, de fato,
que algumas empresas aéreas decidiram que talvez não fosse seguro aterrissar seus aviões lá). As altas diárias de
temperatura na cidade de Phoenix, de 19 a 29 de junho são dadas na tabela abaixo:

2
Data 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Temperatura  o C 43 45 46 45 45 45 49 50 48 48 42
Tabela 1. Temperatura em Phoenix, Arizona, junho de 1990
Trata-se de uma função: cada data tem uma única temperatura mais alta, associada a ela.

2.2. Gráfico de uma função:

O gráfico da função f em um plano xy é o conjunto de pontos x, y, onde x pertence ao domínio de f e y é o valor
correspondente fx de f.
25

20

15
f(x)
10

-2 -1 0 1 2 3
x
-5

2.3. Tipos de Funções:

a) Funções polinomiais:
1) Função Linear: fx = mx + b
onde x é a variável independente e m e b são constantes (números reais).
⋅ A constante m é a inclinação da reta determinada por y = fx.
⋅ b é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo vertical.
⋅ zero ou raiz da função é a abscissa do ponto em que a reta corta o eixo horizontal.

Observe que:
⋅ Se m = 0, a função linear fx = b é uma função constante. Desenhe seu gráfico!
⋅ Se b = 0, então temos fx = mx. Trata-se de um conjunto de retas com inclinação m, todas passando na origem
0, 0.

Por exemplo: y = −2x, y = −x, y = − 1 x, y = 1 x, y = x, y = 2x,


2 2
y = −2x, y = −x, y = −x/2, y = x/2, y = x, y = 2x

-4 -2 0 2 4
x

-2

-4

Coeficiente Angular de uma reta:

O coeficiente angular ou inclinação de uma reta não vertical pode ser determinado, se conhecermos dois de seus
pontos, a partir da expressão:
y −y
m = x 22 − x 11
Equação de uma reta de coeficiente angular conhecido:

y − y 1 = mx − x 1 
2 2
Exemplo 1: A equação da reta que passa pelo ponto 3, −2 e tem coeficiente angular 3
é? Resposta: y = 3
x − 4.
3
Exemplo 2: Determine a equação da reta que passa pelos pontos −3, −5 e 2, −2. Resposta: y = 35 x − 16
5
.
Exemplo 3: Dada a função fx = 2x + 4, esboce o gráfico da função, mostrando os interceptos vertical e horizontal.
Resp.:
8

-2 -1 0 1 2
x

Exemplo 4: A média de pontos obtidos num teste psicotécnico aplicado em determinada empresa vem decrescendo
constantemente nos últimos anos. Em 2000, a média foi de 582 pontos, enquanto que em 2005, a média foi de 552
pontos.
a) Defina a função do valor da média em relação ao tempo. Resposta: y = −6x + 582
b) Se a tendência atual se mantiver, qual foi a média de pontos obtida em 2010? Resposta: 522 pontos
c) Em que ano, a média é de 534 pontos, nestas condições? Resposta: Em 2008.

2) Função Quadrática:
Uma função quadrática é da forma fx = ax 2 + bx + c
Exemplo 1: Esboce o gráfico de fx = x 2 − 1. Resposta:
5

-4 -2 0 2 4
x
-1

Observação: Esta curva é chamada parábola. Uma parábola pode ter a concavidade voltada para cima (a > 0) ou
concavidade voltada para baixo (a < 0).

Elementos da Parábola:
−b ± b 2 − 4ac
Raízes: Calcula-se por Báskhara (são os valores onde a parábola intercepta o eixo x). .
2a
Vértice: é onde se encontra o valor máximo (se a < 0) ou o valor mínimo (se a > 0) da função.
2
xv = − b e y v = − Δ = − b − 4ac .
2a 4a 4a
Exemplo 2: Esboce o gráfico de fx = x 2 + 2x − 3, mostrando os elementos da parábola, o domínio e a imagem.
Exemplo 3: Esboce o gráfico de fx = −x 2 + 5x − 6, mostrando os elementos da parábola, o domínio e a imagem.
Resposta:
Exemplo 2: Exemplo 3:

12 x
1 2 3 4 5
0
10
-1
8

6 -2

4 -3
2
-4
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
x -5
-2

-4 -6

Exemplo 4: A temperatura de uma certa região em função do tempo x é Cx = −0, 15x 2 + 3, 8x + 12 graus
centígrados.
a) Qual era a temperatura às 14 horas? Resposta: 35,8 ∘C.

4
b) De quanto a temperatura aumentou ou diminuiu entre 19 e 22 horas? Resposta: Diminuiu 7,05∘C.
3) Função Cúbica: fx = ax 3 + bx 2 + cx + d
Exemplo 1: Esboce o gráfico de fx = x 3 . Resposta:
8

-2 -1 0 1 2
x
-2

-4

-6

-8

Exemplo 2: Suponha que o custo total, em reais, para fabricar q unidades de um certo produto seja dado pela
função: Cq = 271 q 3 + 5q 2 + 125q + 250.
a) Calcule o custo de fabricação de 20 unidades. Resposta: R$ 5.046,30.
b) Calcule o custo de fabricação da 20 a . unidade. Resposta: R$ 362,26.
Observação: Vejamos o caso particular, das funções polinomiais da forma y = fx = x n :
1) para n ímpar: x, x 3 , x 5 , x 7 .

15

10

-3 -2 -1 0 1 2 3
x
-5

-10

-15

∙ Identifique-as, escolhendo uma cor diferente para cada uma delas.


∙ O que você observa?
2) para n par: x 2 , x 4 , x 6

10

-2 -1 0 1 2
x
-2

-4

∙ O que você observa?

LISTA DE EXERCÍCIOS 2:
1) Um tomate é jogado verticalmente para o alto, no instante t = 0, com velocidade de 15 metros por segundo. Sua
altura y, acima do solo, no instante t (em segundos), é dada pela equação y = −5t 2 + 15t.Faça uma análise da
função quadrática definida por esta equação, isto é:
∙ esboce um gráfico da posição versus tempo;
∙ determine os zeros desta função e interprete o que representam;
∙ determine as coordenadas do ponto mais alto da curva e interprete o que este ponto representa;
∙ responda: durante quanto tempo ocorreu o movimento do tomate ?

2) Considerando a função polinomial definida por: fx = 3x 3 − 7x 2 − 22x + 8 , construa seu gráfico e determine os
pontos de intersecção com os eixos horizontal e vertical.
3) Esboce os gráficos das funções e determine seus zeros:
(a) fx = 1 x − 5 (b) gx = 2 − 5x (c) hx = 10 − x 2 (d) lx = x 2 − 2x + 4
2

5
4) Uma caixa retangular de base quadrada, tem volume 125. Expresse a área A, de sua superfície total, como função
da aresta x , de sua base.
(Lembre-se: o volume de uma caixa retangular pode ser obtido pelo produto da área de sua base pela altura, a área
da superfície total de uma caixa retangular é obtida pela soma das áreas de todas as suas faces).

5) Expresse a área de um quadrado como função de seu perímetro.

6) Considere o gráfico abaixo para responder as perguntas a seguir.

10

y5

-10 -5 0 5 10
x

-5

-10

(a) Quantos zeros tem a função? Dê suas localizações aproximadas.


(b) Dê valores aproximados para f2 e f4.
(c) A função é crescente ou decrescente na vizinhança de x = −1 ? E na vizinhança de x = 3 ?
(d) O gráfico é côncavo para cima ou para baixo na vizinhança de x = 5 ? E na vizinhança de x = −5 ?
(e) Dê os intervalos (aproximados) onde a função é crescente.

7) Se fx = x 2 + 1, encontre:
(a) ft + 1 (b) ft 2 + 1 (c) f2 (d) 2ft (e) ft 2 + 1

8) Esboce o gráfico de uma função definida para x ≥ 0 com as seguintes propriedades. (Existem várias respostas
possíveis.)
(a) f0 = 2.
(b) fx é crescente para 0 ≤ x < 1.
(c) fx é decrescente para 1 < x < 3.
(d) fx é crescente para x > 3.
(e) fx → 5 quando x → ∞.

9) Relacione as seguintes fórmulas com os gráficos apresentados a seguir:


( ) y = −x ( ) y = x 3 − 4x − 2 ( ) y = −28 + 34x − 9x 2
( ) y = −x 2 + x − 2 ( ) y = x2 + 2 ( ) y = 2x − 6

2 6
4
x 4
-4 -2 2 4
0 2
2

-2 0 0
-3 -2 -1 1 2 3 -4 -2 2 4
x x
-2
-2
-4
-4
-4
-6 -6

(1) (2) (3)

6
5
4 4
4

2 2
3

0 0 2
-4 -2 2 4 1 2 3 4
x x

-2 1
-2

-4 -4 -2 0 2 4
-4 x
-1

(4) (5) (6)

10) Uma empresa de aluguel de automóveis oferece carros a R$ 40,00 por dia e 15 centavos o quilômetro rodado.
Os carros do seu concorrente estão a R$ 50,00 por dia e 10 centavos o quilômetro rodado.
(a) Para cada empresa, obtenha uma fórmula que dê o custo de alugar o carro por um dia em função da distância
percorrida.
(b) No mesmo sistema de eixos, esboce os gráficos de ambas as funções.
(c) Como você deve decidir que empresa está com o aluguel mais barato ?

b) Função Módulo: fx = |ax + b|


Exemplo 1: Esboce o gráfico de fx = |x|.
Exemplo 2: Esboce o gráfico de fx = |x − 1|.
Exemplo 3: Esboce o gráfico de fx = |2x + 1|.
Respostas:
Exemplo 1: Exemplo 2: Exemplo 3:

5
4 7
4 6
3
5
3
4
2
2 3

1 2
1
1

-4 -2 0 2 4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
x x x

px
c) Função Racional: fx =
qx
Exemplo 1: Esboce o gráfico de fx = 1x .
Exemplo 2: Esboce o gráfico de fx = 1 .
x−2
Exemplo 3: Esboce o gráfico de fx = 1 .
x+2
Respostas:
Exemplo 1: Exemplo 2: Exemplo 3:

10
10
4

5
2 5

-4 -2 0 2 4 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x x -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2
x
-2
-5 -5

-4
-10 -10

Exemplo 4: Supõe-se que a população de uma certa comunidade, daqui a x anos, será de Px = 30 − 5
x+2
milhares.
a) Daqui a 10 anos, qual será a população da comunidade? Resposta: 29,58 mil habitantes.
b) De quanto a população crescerá durante o 10 o ano? Resposta: 30 habitantes.
7
c) Ao longo desse tempo, o que acontecerá ao tamanho da população? Resposta: Crescerá até 30 mil habitantes.

d) Função Raiz Quadrada: fx = ax + b


Exemplo 1: Esboce o gráfico da função fx = x.
Exemplo 2: Esboce o gráfico da função fx = x−3.
Respostas:
2 3

1.5 2

1 1

0.5
02 3 4 5 6 7 8 9
x

0 1 2 3 4 -1
1) x
2)

e) Funções Trigonométricas:

Os primeiros estudos sobre Trigonometria tiveram origem nas relações entre lados e ângulos num triângulo e datam
de muito tempo.(Trigonon : triângulo e metria : medição). Nosso objetivo principal, agora, é o estudo de
funções trigonométricas. Podemos definí-las usando o círculo unitário, que é a definição que as torna periódicas
ou com repetições. Essas funções são muito importantes, pois inúmeros fenômenos que ocorrem em nossa volta são
periódicos: o nível da água em uma maré, a pressão sangüinea em um coração, uma corrente alternada, a posição
das moléculas de ar transmitindo uma nota musical, todos flutuam com regularidade e podem ser representados por
funções trigonométricas.

Medida de arcos de circunferência


Usamos, basicamente, duas unidades de medidas para arcos de circunferência:
∙ Grau
Um grau corresponde a 1 da circunferência onde está o arco a ser medido.
360
∙ Radiano
Um radiano corresponde à medida do arco de comprimento igual ao raio da circunferência onde está o arco a ser
medido.
É importante lembrar que o arco de uma volta mede 360 ∘ ou 2π rad π ≈ 3, 14.

Exemplo: Quantos graus correspondem, aproximadamente, a um arco de 1rad ?


Definição 1: Considere um ângulo t, medido em radianos, num círculo de equação x 2 + y 2 = 1. Seu lado terminal
intercepta o círculo num ponto Px, y. O seno de t é definido como sendo a ordenada do ponto P e o co-seno de t é
definido como sendo a abscissa do ponto P. Isto é:
sent = y e cos t = x.
Sobre o círculo abaixo, de raio 1, marque um ponto P e identifique o seno e o co − seno do ângulo que ele
representa, em cada um dos seguintes casos:
a) P ∈ 1 o quadrante b) P ∈ 2 o quadrante c) P ∈ 3 o quadrante d) P ∈ 4 o quadrante

Observe que à medida que o ponto P movimenta-se sobre o círculo, os valores de sent e cos t oscilam entre −1 e 1.
8
Como consequência imediata da definição, temos que;
sen 2 t + cos 2 t = 1.

Veja, no mesmo sistema de eixos cartesianos, os gráficos das funções f e g , definidas, respectivamente, por
ft = sent e gt = cos t. Identifique cada uma delas.

0.5

-6 -4 -2 0 2 4 6 8
t

-0.5

-1

A amplitude de uma oscilação é a metade da distância entre os valores máximo


e mínimo.
O período de uma oscilação é o tempo necessário para que a oscilação complete
um ciclo.
A amplitude de cos t e sent é 1 e o período é 2π.

Definição: Consideremos um número qualquer t , com cos t ≠ 0. A função tangente é definida por
tan t = sin t .
cos t
∙ Observe o gráfico da função f , definida por ft = tan t
15

10

-4 -2 0 2 4
t
-5

-10

-15

LISTA DE EXERCÍCIOS 3:
1) Relacione cada gráfico com a função que ele representa:
( 1 ) fx = 1 + senx ( 2 ) gx = senx − 2 ( 3 ) hx = sen2x
( 4 ) lx = 2senx ( 5 ) mx = 5sen2x ( 6 ) nx = −5sen x
2

2 2 4

1 1 2

0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 -4 -2 0 2 4
x x x
-1 -1 -2

-2 -2 -4

-6

( ) ( ) ( )

9
3 3
4
2 2
2
1 1

0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 -2 0 2 4 6 8 10 12
x x x
-1 -1
-2
-2 -2
-4
-3 -3

( ) ( ) ( )
∙ Qual a amplitude e o período de cada uma das funções?
2) Idem para:
( 1 ) Fx = cos x + 2 ( 2 ) Gx = 1 − cos x ( 3 ) Hx = cos x
2
( 4 ) Lx = cos x ( 5 ) Mx = 4 cos 2x ( 6 ) Nx = 4 cos 1 x
2 2

4
4
1.5 2
1 2
0.5
0 1 2 3 4 5 6 7 0 2 4 6 8 10 12 -4 -2 0 2 4
-0.5 x x x
-1 -2
-1.5 -2

-4
-4

( ) ( ) ( )
3
3 4
2
2
2
1 1

0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7 -10 -5 0 5 10
x x x
-1 -1
-2
-2
-2
-3 -4
-3

( ) ( ) ( )
3) Qual a diferença entre senx 2 , sen 2 x e sensenx ? Apresente exemplos, justificando.
4) Localize, no círculo trigonométrico, o ângulo de π e determine o seno , o cosseno e a tangente do mesmo.
2
5) Um disco realiza 33 rotações por minuto. Qual é o período de seu movimento ?
6) Complete, determinando uma fórmula para descrever oscilações do tipo:

3 1

2
0.5
1

-4 -2 0 2 4 6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
x x
-1
-0.5
-2

-3 -1

fx = gx =

f) Função exponencial:
Definição: é uma função real, com base a positiva e diferente de 1, definida por fx = a x
10
Exemplo 1: Esboce o gráfico de fx = 2 x .
Exemplo 2: Esboce o gráfico de fx =  12  x .

Respostas:

30 30

25 25

20 20

15 15

10 10

5 5

-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
1) x
2) x

Exemplo 3: Um determinado veículo automotivo tem seu valor depreciado de tal forma que após t anos de
utilização porde ser descrito pela função Vt = 15.000e −0,08t + 600.
a) Qual era o preço do veículo novo? Resposta: 15.600
b) Quanto o veículo valerá após 10 anos? Resposta: 7.339,93

Exemplo 4: A função exponencial natural fx = e x é um caso particular da função exponencial de base a qualquer.
Veja esta função na calculadora científica. Calcule alguns valores de x, inclusive x = 1. Esboce o gráfico. Resposta:
10

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
x
-2

Exemplo 5: Se o custo anual y de manutenção de um computador está relacionado com o seu uso mensal médio x
(em centenas de horas) pela equação y = 35.000 − 25.000e −0,02x , qual é o custo anual de manutenção, em reais para
o uso mensal médio de 200 horas? Resposta: R$ 10.980,26

g) Função Logarítmica:
Definição: A função logarítmica de base a, positiva e diferente de 1, é uma função real, definida por fx = log a x
Exemplo 1: Esboce o gráfico da função fx = log 3 x.
Exemplo 2: Esboce o gráfico da função fx = log 1 x.
3
Exemplo 3: A função logarítmica natural fx = ln x é um caso particular da função logarítmica de base a qualquer,
porque ln x = log e x. Veja esta função na calculadora científica. Calcule alguns valores de x, inclusive x = 1. Esboce
o gráfico.
Respostas:
2 3 2

1 1
2
x
2 4 6 8 10
x 0
1 2 3 4 5
0 1
-1

-1 -2
0 1 2 3 4 5
x
-3
-2 -1
-4
-3 -2
1) 2) 3)

Propriedades:
1) lnA.B = ln A + ln B
2) ln AB = ln A − ln B
3) ln A r = r ln A
log b
4) Mudança de base: log a b = = ln a
log a ln b
11
Exemplo 4: Uma máquina tem depreciação exponencial dada pela fórmula V = V 0 e at . Sabendo que, em 1995, seu
valor era de R$ 14.500,00 e em 2004 era de R$ 9.800, calcule seu valor em 1997. Resposta: R$ 13.291,00

h) Função par: f−x = fx


Exemplos:

1) Função módulo: fx = |x| 2) Função quadrática: fx = x 2

5 25

4 20

3 15

2 10

1 5

-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x

i) Função Ímpar: f−x = −fx


Exemplos:
1) Função identidade: fx = x 2) Função cúbica: fx = x 3

4
20

2 10

-4 -2 0 2 4 -3 -2 -1 0 1 2 3
x x

-2 -10

-4 -20

j) Função periódica: fx = fx + T = fx + 2T = ...


Exemplo: As funções trigonométricas: função seno e função cosseno.

k) Função definida por partes:

Há funções que são definidas por mais de uma expressão.


Exemplo 1:

-2 -1 0 1 2 3
x
-1

-2
2x + 3 se x < 0 -3

fx = x2 se 0 ≤ x < 2
1 se x ≥ 2

x se x ≥ 0
Exemplo 2: A função valor absoluto |x| = é uma função definida por duas sentenças.
−x se x < 0

12
LISTA DE EXERCÍCIOS 4:
0 se x < 0
1. A função degrau de Heaviside, H, é definida por Hx = . Construa seu gráfico.
1 se x ≥ 0
2. Considerando a função H, definida acima, determine a função Hx − 1 e construa seu gráfico.
0 se x < 1
1 se 1 ≤ x < 2
3. Represente graficamente a função g, definida por gx = 2 se 2 ≤ x < 3 e determine:
3 se 3 ≤ x < 4
4 se x ≥ 4
a) g−1 b) g1 c) g2, 5 d) g4 e) g5

4. Construa o gráfico da função h, definida por hx = |x 2 − 4| − 3 e responda às seguintes questões:


a) Quais os zeros de h ?
b) Quais os valores de x que tornam hx um número positivo ?
c) Quais os valores de x que tornam hx um número negativo ?
10

-4 -2 0 2 4
x
-2

Resposta: Gráfico
m) Função Composta: Dadas duas funções f e g, a função composta de f e g ,denotada por f ∘ g é definida por
f ∘ gx = fgx

Exemplo 1: Dadas as funções fx = x e gx = x − 1, encontre a composição de funções f ∘ gx.


Resposta: f ∘ gx = fx − 1 = x − 1

Exemplo 2: A análise das condições da água de uma pequena praia indica que o nível médio diário de substâncias
poluentes presentes no local será de Qp = 0, 6p + 18, 4 unidades de volume, quando a população for p milhares
de habitantes. Estima-se que, daqui a t anos, a população seja de pt = 6 + 0, 1t 2 mil habitantes.
a) Expresse o nível de substâncias poluentes em função do tempo. Resposta: Qt = 22 + 0, 06t 2
b) Qual será o nível de substâncias poluentes daqui a 2 anos? Resposta: 4,72 unidades de volume
c) Em quanto tempo, aproximadamente, o número de substâncias poluentes será de 5 unidades de volume?
Resposta: 7 anos.
n) Função Inversa:
Exemplo 1: Encontre a função inversa de fx = 2x.
Solução: escrevendo y = 2x, então reslvemos a equação para x, 2x = y  x = y/2. Finalmente, trocamos x por
y temos: y = x/2.
Exemplo 2: As funções exponencial y = e x e logarítmica y = ln x são inversas.
Observe que o gráfico da função inversa é obtido refletindo-se o gráfico de fx em torno da reta y = x.

10

5
2

-4 -2 0 2 4 -2 -1 0 1 2
x x
-2
-5
-4

-10
Exemplo 1: Exemplo 2:
Exemplo 3: Encontre a função inversa de fx = x 3 + 2.

13
Solução: Escrevendo y = x 3 + 2, então resolvemos a equação para x, x3 = y − 2  x = 3 y − 2 . Finalmente,
trocamos x por y, obtemos y = 3 x − 2 .

LISTA DE EXERCÍCIOS 5:

1) Construa o gráfico das funções:


a) fx = 5/2 b)fx = 2x + 1 c)fx = 5 − 3x
d)fx = −x 2 + 8x − 7 e)fx = 2 x + 1 f)fx = lnx + 1
Respostas:

3.5 6
6
4
3 4

2
2
2.5
-2 -1 0 1 2 3 4 5
-3 -2 -1 0 1 2 3 x
x
2 -2 -2

-4 -4
1.5
a) -4 -2 0 2
x
4
b) c)

10 5 3

8 2
4
6 1
x
4 -2 -1 1 2 3
3 0
2 -1

0 2 4 6 8 2 -2
x
-2
-3
-4 1
-4
-6
-5
d) e) -5 -4 -3
x
-2 -1 0 1 2 3
f)

2) Um ciclista, com velocidade constante, percorre uma trajetória retilínea conforme o gráfico:
7

-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2


x

Em quanto tempo percorrerá 15 Km? Resposta: 6 min.

3) Escreva a função do 2 o grau representada pelo gráfico:


8

-1 0 1 2 3 4 5
x

-2

Resposta:fx = x 2 − 4x + 3

4)O custo para a produção de x unidades de certo produto é dado por C = x 2 − 40x + 1600. Calcule o valor do custo
mínimo. Resposta: C = 1200.

5) Dada a função fx = |x − 2| − 1, construa o gráfico e dê o conjunto imagem de f. Resposta:


Imf = y ∈ ℜ\y  −1.

14
6) Determine o domínio, a imagem, o gráfico e o período das funções:

a)y = 2 sin x Resp.:D = ℜ, Im = −2, 2, período= 2π.


b)y = 2 + sin x Resp.:D = ℜ, Im = 1, 3, período=2π.
c)y = sin3x Resp.:D = ℜ, Im = −1, 1, período=2π/3.
d)y = cos2x Resp.:D = ℜ, Im = −1, 1, período=π.
e)y = cosx + π/2 Resp.:D = ℜ, Im = −1, 1, período=2π.
f)y = 1 + 2 cosx + π Resp.:D = ℜ, Im = −1, 3, período=2π.

7) Encontre uma fórmula para a função inversa.


3
a) fx = 10 − 3x , b) fx = e x , c) fx = lnx + 3, d) y = 2x 2 + 2.
Resposta: a) f −1 x = − 13 x 2 + 103 . b) f −1 x = e x − 3, c) f −1 x = x−2
2
.

3. Limites
O conceito de limite é o alicerce sobre o qual todos os outros conceitos do cálculo estão baseados. Usamos a palavra
limite no nosso cotidiano para indicar, genericamente, um ponto que pode ser eventualmente atingido mas que
jamais pode ser ultrapassado.
Exemplos:
a) Injetando ininterruptamente ar em um balão de borracha, haverá um momento em que ele estoura. Isso porque
existe um Limite de elasticidade da borracha.
b) Um engenheiro ao construir um elevador estabelece o Limite de carga que este suporta.
c) No lançamento de um foguete, os cientistas devem estabelecer um Limite mínimo de combustível necessário
para que a aeronave entre em órbita.
É importante ter em mente que o limite pode ser um ponto que nunca é atingido mas do qual pode-se aproximar
tanto quanto desejar. Iniciaremos por estudá-los de uma forma intuitiva.
Limites descrevem o que acontece com uma função fx à medida que sua variável x se aproxima de um
número particular a. Para ilustrar este conceito, vejamos alguns exemplos:
2
Exemplo 1: Suponha que você quer saber o que acontece com a função fx = x + x − 2 à medida que x se
x−1
aproxima de 1. Embora fx não esteja definida em x = 1, você pode obter uma boa idéia da situação avaliando fx
em valores de x cada vez mais próximos de 1 , tanto à esquerda quanto à direita. Isto pode ser feito através de uma
tabela de valores.

x fx
0.9 2. 9
0.99 2. 99
0.999 2. 999
0.9999 2. 999 9
donde podemos concluir que, para valores próximos de 1, à sua esquerda, fx se aproxima do número 3 e
escrevemos:
lim− fx = 3 ,
x→1
lendo: “o limite de fx quando x tende a 1 pela esquerda é 3
De forma análoga, investigamos o limite à direita. Vejamos:
x fx
1.1 3. 1
1.01 3. 01
1.001 3. 001
1.0001 3. 000 1

donde podemos concluir que, para valores próximos de 1, à sua direita, fx se aproxima também do número 3 e
escrevemos:
15
lim fx = 3 ,
x→1 +
lendo: “o limite de fx quando x tende a 1 pela direita é 3”.

Concluimos que:
lim fx = 3
x→1
Graficamente temos:

-4 -2 0 2 4
x

-2

-4

2
Observe que o gráfico da função fx = x + x − 2 representado acima é uma reta com um ”buraco” no ponto
x−1
(1,3).
2
No caso da função fx = x + x − 2 , a qual concluimos que lim fx = 3 tabelando valores à esquerda e à
x−1 x→1
direita de 1, este também pode ser determinado de forma algébrica, ou seja,
2 x + 2x − 1
lim fx = lim x + x − 2 = lim = lim x + 2 = 1 + 2 = 3
x→1 x→1 x−1 x→1 x−1 x→1
Propriedades:
1) O limite é único.
2) Se lim
x→a
fx = L e lim
x→a
gx = M existem e c é um número real qualquer, então:
a) lim
x→a
fx ± gx= limx→a
fx ± lim
x→a
gx = L ± M
b) lim
x→a
c.fx = c lim
x→a
fx = cL
c) lim
x→a
fxgx = limx→a
fx lim
x→a
gx = LM
fx lim fx
d) lim = x→a = L , para M ≠ 0
x→a gx lim
x→a
gx M
e) lim
x→a
fx n = lim
x→a
fx n = L n
f) lim
x→a
c=c
LIMITES LATERAIS:
- Limite pela direita: - Limite pela esquerda:
lim fx
x→a+
lim fx
x→a−

lim fx = A e x→a+


Teorema 1: Se os limites à direita e à esquerda são diferentes x→a− lim fx = B, então o limite lim
x→a
fx não
existe.
2
Notamos que no exemplo 1 obtivemos para a função fx = x + x − 2 , os limites laterais iguais, isto é,
x−1
lim fx = 3 = lim fx e por este motivo afirmamos que lim fx = 3. Nem sempre isso ocorre. Vejamos um
x→1 − x→1 + x→1
segundo exemplo.
x + 1 se x < 3
Exemplo 2: Dada a função fx = , cujo gráfico está representado a seguir
6 se x ≥ 3

16
8

-6 -4 -2 0 2 4 6
x
-2

-4

temos: lim fx = 4 e lim fx = 6 logo, conclui-se que ∄ lim fx, pois os limites laterais são
x→3 − x→3 + x→3
distintos.
Exemplo 3: Dada a função fx = 1x , vamos verificar o comportamento da função quando tomamos valores
próximos de x = 0. Embora fx não esteja definida em x = 0, pode-se obter uma idéia da situação avaliando fx
em valores de x cada vez mais próximos de 0 , tanto à esquerda quanto à direita, como foi feito no exemplo 1,
através de uma tabela,

x fx
−0.1 −10
−0.01 −100
−0.001 −1000
−0.0001 −10000
−0.00001 −100000
donde podemos concluir que, para valores próximos de 0, à sua esquerda, fx decresce indefinidamente (sem
limitação) e escrevemos:
lim− fx = −∞ ,
x→0
De forma análoga, investigamos o limite à direita.
x fx
0.1 10
0.01 100
0.001 1000
0.0001 10000
0.00001 100000
donde podemos concluir que, para valores próximos de 0, à sua direita, fx cresce indefinidamente (sem limitação)
e escrevemos:
lim+ fx = +∞
x→0
Concluimos então que ∄ lim fx , usando o argumento de que os limites laterais são distintos.
x→0
O gráfico da função fx = 1x está abaixo representado

-4 -2 0 2 4
x

-2

-4

Observação 1: Devemos enfatizar que os símbolos +∞ e − ∞, como usados aqui, descrevem uma maneira
17
particular na qual o limite não existe; eles não são limites numéricos e, conseqüentemente, não podem ser
manipulados usando regras de álgebra. Por exemplo, não é correto escrever +∞  − +∞  = 0.

Observação 2: Se lim fx , onde a não é ponto crítico ( a , por exemplo) ou ponto de descontinuidade, então o
x→a 0
limite existe e é fa. Caso contrário, devemos calcular os limites laterais.

Exemplo 4: Determine, se existir, o limite de:


a) lim x
x→1 x − 1
2
b) lim x − 9 :
x→−2 x + 2
−1, se x = 0
c) Calcule lim fx onde fx =
x→0 x, se x ≠ 0

Teorema 2: (Limite no infinito) Se n ∈ N , então lim 1n = 0


x→±∞ x

+∞, se n é par
Teorema 3: (Limite Infinito) Se n ∈ N , então lim 1n = ∞ e lim 1n =
x→0+ x x→0− x − ∞, se n é ímpar

OBS.: Se n é par, lim 1n = lim 1n , então lim 1n existe.


x→0+ x x→0− x x→0 x
Se n é ímpar, lim n ≠ lim n , então lim 1n não existe.
1 1
x→0+ x x→0− x x→0 x
Exemplo.: y = 21
x
10

-2 -1 0 1 2
x
-2

Expressões Indeterminadas:
0 , ∞ , ∞ − ∞, 0 0 , ∞ 0 , 1 ∞
0 ∞

LISTA DE EXERCÍCIOS 6:

1) Explique com suas palavras o significado da equação

é possível diante da equação anterior que f2 = 3? Explique.

2) Para a função cujo gráfico é dado, determine o valor solicitado se existir. Se não existir, explique por quê.

18
3) Para a função cujo gráfico é dado, determine o valor solicitado se existir. Se não existir, explique por quê.

4) Para a função cujo gráfico é dado, determine o valor solicitado se existir. Se não existir, explique por quê.

5) Dado que

Encontre se existir, o limite. Se não existir, explique por quê.

19
6) Calcule os limites:
1) lim 2x − 5 Resp.: 2
x→∞ x + 8
3
lim 2x −5 3x + 5 Resp.: 0
2) x→−∞
4x − 2
2
3) lim x − 9 Resp.: 6
x→3 x − 3
x −1
4) lim Resp.: 1/2
x→1 x − 1
3
5) lim 3 x − 24x Resp.: 4
x→2 x − 3x + 2x
6) lim x − 9 Resp.: 6
x→9 x −3
2
7) lim x + x − 2 Resp.: 3
x→1 x−1

7) Calcule os limites:
2
1)lim x3 − 5  12)lim t 2 − 2t + 3 
x→3 x − 7 t→∞ 2t + 5t − 3
2 3 2
2)lim t 3 − 5  lim  5x4 − x3 + x − 1 
13)x→−∞
t→2 2t + 6 x +x −x+1
3)lim 8r + 1 14)lim  x , lim  x , lim x 
r→1 r+3 x→3+ x − 3 x→3− x − 3 x→3 x − 3
2 1− 1+y
4)lim x − 1  15)lim 
x→1 x − 1 y→0 7y
x+2 − 2 4 − t + 2 2
5)lim x  16)lim 
x→0 t→0 9 − t + 3 2
|x| 2
6)lim x 17)lim  x + 3x + 2 
x→0 x→−1 x+1
3 3x + 1 2 − 1
7)lim x x− x  18)lim 
x→0 x→0 x 3 − 3x
x −1
8)lim  2x − 1 
x→∞ x − 2
19)lim 
x→1 x−1
x + h − x 22
9)lim  2x 
x→∞ x 2 − 1
20)lim 
h→0 h
3 2
10)lim x 2 − 10x + 1 21)lim  −x 3 + 3x 
x→∞ x→∞ x −1
3 |x| |x| |x|
11)lim  x −2 3x + 2  22)lim 2 , lim 2 , lim 2
x→−2 x −4 x→0+ x x→0− x x→0 x

Respostas do exercício 7)
1)− 101 9)0 17)1
1
2)− 22 10)+∞ 18)−2
3) 32 11)− 94 19) 12
4)2 12) 12 20) 2x
1
5) 13)0 21)−1
2 2
6)∄ 14)+∞, −∞, ∄ 22)+∞, +∞, +∞
7)-1 15)− 141 8)2 16) 23

20
4. Continuidade

Um grupo importante de funções de uma variável real é o das funções contínuas, isto é, funções que têm limite,
em cada ponto de seu domínio, igual ao valor da função no ponto. O gráfico uma função contínua não tem quebras,
saltos ou furos, ou seja, pode ser traçado sem levantar a ponta do lápis do papel.
Def.: Dizemos que uma função f é contínua no ponto a, se as seguintes condições forem satisfeitas:
i) f é definida no ponto a
ii) lim
x→a
fx existe
iii) lim
x→a
fx = fa

Se f não satisfizer alguma destas condições, dizemos que a função f é descontínua em a ou que f tem uma
descontinuidade no ponto a.
Dizemos que uma função f é contínua em um intervalo, se f for contínua em todos os pontos desse intervalo.
Exemplo 1: fx = 1 é contínua em x = −1?
x+1
4

-4 -2 0 2 4
x

-2

-4

1 , se x ≠ 0
Exemplo 2: fx = x2 é contínua em x = 0 ?
1 , se x = 0

-4 -2 0 2 4
x
-1

Exemplo 3: Em qual dos seguintes intervalos fx = 1 é contínua?


x−2
a) [ 2, ∞ b) (-∞, +∞ c) (2, ∞ d) [1 , 2]

Teorema: Todos os polinômios são contínuos para todo valor de x. Uma função racional é contínua em qualquer
ponto onde ela é definida, isto é, em todos os pontos, exceto naqueles para os quais um ou mais de seus
denominadores se anulam.

100

50

-4 -2 0 2 4
x
-50

-100

Exemplos: fx = x 3 + 3x − 1 é função contínua para todo x.

21
Assíntota Vertical:
A linha reta vertical x = a é chamada de assíntota vertical do gráfico da função f se pelo menos uma das seguintes
condições for válida:
lim fx = +∞
i) x→a+
lim fx = +∞
ii) x→a−
lim fx = −∞
iii) x→a+
lim fx = −∞
iv) x→a−

Assíntota Horizontal:
A linha reta horizontal y = b é chamada de assíntota horizontal do gráfico de uma função f se pelo menos uma das
seguintes condições for válida:
lim fx = b ou x→−∞
x→+∞
lim fx = b.

Traçado de Gráficos de Funções Racionais:

1 o Passo: Se a função racional é dada como uma soma de quociente de polinômios, reunimos os termos num único
quociente de polinômios, tomando o mínimo múltiplo comum.
2 o Passo: Determinar limx→∞
lim fx. Se esses limites são um número finito L, então y = L é uma assíntota
fx e x→−∞
horizontal.
3 o Passo: Determinar os valores de x para os quais o numerador da função é zero. São os pontos onde o gráfico
intercepta o eixo dos x.
4 o Passo: Determinar os valores de x para os quais o denominador da função é zero, que é onde a função tende a ∞
ou −∞, determinando uma assíntota vertical.
5 o Passo: Os valores de x encontrados no 3 o e 4 o passos são os pontos onde a função pode mudar de sinal. Esses
pontos determinam os intervalos. Determinamos, então, se a função é positiva ou negativa em cada um desses
intervalos, calculando seu valor num ponto de cada intervalo.

Exemplo: Ache as assíntotas horizontais e verticais do gráfico da função f e trace-o:

2
1) fx = 3x 2) fx = 2x2 − 1 3) yx = x2
x−1 2x − 3x x+2
2 2
4) yx = x 2 + 1 5) yx = 23x 6) yx = 2x 2
x −1 x −4 9−x
Respostas:
8 5 10

4 5
6
3 x
-6 -4 -2 2 4
4 2 0

1 -5
2
-4 -2 0 2 4 -10
x
-4 -2 0 2 4 -1
x
-15
-2
-2
-3 -20
1) 2) 3)

8 3
6
6 2
4
4
1 2
2
-4 -2 0 2 4 -6 -4 -2 0 2 4 6
x x
-4 -2 0 2 4
x -2
-1
-2
-4
-4 -2
-6
-6 -3
4) 5) 6)

22
LISTA DE EXERCÍCIOS 7:

1) Dados os gráficos de f(x) e g(x) abaixo, estabeleça os números nos quais as funções são descontínuas e explique
por quê.
f(x) g(x)

2) Faça o gráfico e determine, se existirem, os valores de x nos quais a função fx é descontínua:
x ,se x ≠ ±1 0 ,se x ≤ 0 x2 − 4 ,se x ≠ −2
2
a)fx = x −1 b)fx = c)fx = x+2
0 ,se x = ±1 x ,se x > 0 1 ,se x = −2

x+6 ,se x ≤ −4
x + 3 ,se x ≠ 3 x 2 − 4 ,se x < 3
d)fx = e)fx = f)fx = 16 − x 2 ,se −4 < x < 4
2 ,se x = 3 2x − 1 ,se x ≥ 3
6−x ,se x ≥ 4

2x − 1 ,se x≠2 |x| 1 ,se x ≠ −5


x ,se x ≠ 0 x+5
g)fx = h)fx = i)fx =
0 ,se x = 2 1 ,se x=0 0 ,se x = −5
Gráficos:
4 5
2
4
2 x
-4 -2 2 4
0
3

-3 -2 -1 0 1 2 3 -2
x 2
-4
-2
1
-6
-4 0
a) b) c)
-4 -2 2 4
x

8 10 5

8 4
6
6 3
4 4
2
2
2 1

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x -4 -2 0 2 4
-2 x
-4 -2 0 2 4
x -1
-4
-2 -2
d) e) f)

8 2 3

6 2
1
4 1

2
-4 -2 0 2 4 -6 -4 -2 0 2
x x
-4 -2 0 2 4 -1
x
-2 -1
-2
-4
-2 -3
g) h) i)

23
3) Faça o gráfico e determine, se existirem, os valores de x, nos quais a função é descontínua:

3−x , se x < 1 1 , se x > −1


x 2 − 1 ,se x<1 x+1
a) fx = 4 , se x = 1 b) fx = c) fx = 1 , se x = −1
2
4−x ,se x≥1
x + 1 , se x > 1 x+1 , se x < −1

3 − x 2 , se x < 1 1 , se x ≠ ±1 3x − 1 ,se x ≤ 1
d) gx = 1 , se x = 1 e) gx = x2 − 1 f) fx =
0 , se x = ±1 3−x ,se x > 1
x+1 , se x > 1

g) gx = 1 h) yx = x2 i) yx = x2


2 2 2
x −x x −4 x −x−2
Gráficos:
10 10 5

8 4
8
3
6
6 2
4
4 1
2
-4 -2 0 2 4
2 x
-4 -2 0 2 4 -1
x
-2 -2
a) -2 -1 0 1
x
2 3
b) c)

3
4 4
2

2 2
1

-3 -2 -1 0 1 2 3 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x x

-2 -2 -1

-2
-4 -4
-3
d) e) f)

4 6 6

2
4 4
x
-4 -2 2 4
0 2 2
-2
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x
-4
-2 -2
-6
-4 -4
-8
g) h) i)

5. Derivadas

Taxa de Variação de uma Função (Seções 2.7 e 2.9 pág. 149 a 173 Cálculo, 5 a edição, vol. 1, Stewart)

Taxa de variação média


Sejam x e y quantidades variáveis e suponha que y depende de x, tal que y = fx, onde f é uma função
conveniente. Para calcularmos a taxa de variação de y por unidade de variação de x naturalmente começaremos por
considerar uma variação em x, digamos △x. Esta variação em x provoca uma variação em y, digamos △y. Desta
△y
forma, podemos definir taxa de variação média como: T vm =
△x

Exemplo 1:A tabela abaixo dá a população P dos EUA (em milhões de habitantes) no século XIX, a intervalos t de
10 anos.

24
1800 1810 1820 1830 1840 1850 1860 1870 1880 1890 1900
5, 3 7, 2 9, 6 12, 9 17, 1 23, 2 31, 4 38, 6 50, 2 62, 9 76, 0
a) Qual a taxa de variação média da população dos EUA no período que vai de 1800 a 1850?
b) Qual a taxa de variação média da população dos EUA no período que vai de 1840 a 1850?

Velocidade Média
Por exemplo, se numa viagem você dirigir 150km em 3h, então, dividindo 150km por 3h, conclui-se que você
dirigiu, em média, 50km em 1h, isto é 50km/h. Isto não lhe indica, por exemplo, que após 1h de viagem você tenha
percorrido exatamente 50km. Você pode ter parado num sinal de trânsito ou pode ter viajado a 55km/h !
Na tentativa de resolver matematicamente este problema, suponhamos que podemos descrever a distância
percorrida por um objeto como uma função do tempo. Isto é, para cada valor do tempo t podemos associar um
número d que representa a distância percorrida pelo objeto. Por exemplo, dt = 2t + 1 é uma função que descreve o
movimento de um objeto que se move ao longo de uma reta em termos do tempo t. Assim, se t for medido em
segundos (seg) e d em metros (m), então, após 2seg, o objeto está a 5m (d2 = 2.2 + 1) ao longo da linha de
movimento; 3seg mais tarde, isto é, quandot = 5seg, o objeto está a 11m ao longo da linha de movimento
(d5 = 2.5 + 1).
A velocidade média, V m , de um objeto em movimento é a razão (ou taxa) entre a distância percorrida pelo
objeto e o tempo gasto para percorrer esta distância.
No exemplo dado, no intervalo de tempo que vai dos 2seg aos 5seg temos:
dt + △t − dt d2 + 3 − d2
V m = △d = 11 − 5 = 2m/s ou V m = = = 2m/s.
△t 5−2 △t 5−3
Exercício: Sabendo que um objeto movimenta-se ao longo de uma linha, de acordo com a equação d = 3t − 2, faça
uma análise deste movimento, no intervalo de tempo que vai de 3seg a 7seg, determinando:
a) △t ; b) △d;
c) a velocidade média V m do objeto quando este se desloca do ponto em que está aos 3seg do início do movimento,
ao ponto em que está aos 7seg.
Velocidade Instantânea
Consideremos, agora, o problema de determinar a velocidade de um objeto em movimento, num determinado
instante t , o que significa determinar sua velocidade instantânea. O que podemos fazer, é imaginar intervalos de
tempo △t cada vez menores, para que as velocidades médias correspondentes possam dar-nos informações cada vez
mais precisas do que se passa no instante t. Somos, assim, levados ao conceito de velocidade instantânea Vt (ou
taxa de variação instantânea do deslocamento), no instante t, como sendo o limite de V m , quando △t tende a zero,
isto é
dt + △t − dt
Vt = lim
△t→0 △t
Exemplo 3: Sabendo que um objeto movimenta-se ao longo de uma linha, de acordo com a equação d = 3t − 2,
determine a velocidade instantânea para t = 3seg.

Uma bola é lançada de uma ponte, para o alto, e sua altura, y (em metros), acima do solo, t segundos depois, é dada
por y = −5t 2 + 15t + 12.
a) A ponte fica a que altura acima do solo?
b) Qual é a velocidade média da bola durante o primeiro segundo?
c) Obtenha um valor aproximado para a velocidade em t = 1seg.
d) Esboce um gráfico da função e determine a altura máxima atingida pela bola. Qual deve ser a velocidade no
instante em que a bola atinge o topo?
e) Use o gráfico para determinar o instante t em que a bola atinge sua altura máxima.

Coeficiente Angular da Reta Tangente a uma Curva


Para calcular o coeficiente angular da reta tangente a f em x 0 , tomamos a reta secante passando por
P = x 0 , fx 0  e um segundo ponto Q = x, fx qualquer. Aproximando x de x 0 , a reta secante se aproxima da
reta tangente.

25
Temos o coeficiente angular da reta secante:
fx − fx 0 
m s = Δf = x − x0 , para x ≠ x 0 . Então, ao x → x 0 , teremos o coeficiente angular da reta tangente:
Δx
fx − fx 
lim x − x 0 0 desde que o limite exista e seja finito.
m = x→x
0

Mudança de variável: se x − x 0 = Δx  x = Δx + x 0 .
fx − fx 0  fΔx + x 0  − fx 0 
Assim, x − x0 =
Δx
E, ao x → x 0 , Δx → 0 :
dfx 0  fx − fx  fΔx + x 0  − fx 0 
lim x − x 0 0 = lim
= x→x
dx 0 Δx→0 Δx

Exemplo: Considere a função fx = x 2


a) determine o coeficiente angular da reta tangente à curva da f, no ponto 1, 1;
b) determine a equação da reta tangente à curva da f, no ponto 1, 1;
c) construa o gráfico da curva da f e da reta tangente determinada, num mesmo sistema de eixos.

Observação: O coeficiente angular da reta tangente a f em x 0 representa a taxa de variação instantânea de f em


x 0 , também chamado de derivada de f em x 0 .
dfx 0  fΔx + x 0  − fx 0 
= lim Δf = lim . chamada fórmula de Leibniz.
dx Δx→0 Δx Δx→0 Δx

Notações para a Derivada:


dfx dy
y ′ , f ′ x, D x fx, D x y, ou .
dx dx

Exemplos: Usando a fórmula de Leibniz, calcule a derivada das funções


1) fx = 2x + 1 em x = 2 :
2) fx = x 2 em x = 1 : E em x = 2 ?
3) fx = 3x 2 + 12 , em x = 2.

OBS.: Funções deriváveis são contínuas, mas nem toda função contínua é derivável.
Exemplo.: Usando a primeira fórmula estudada, calcule a derivada da função abaixo em x = 2 :
7 − x , se x > 2
fx =
3x − 1 , se x ≤ 2

26
A Derivada Como Uma Função:
dfx
Se considerarmos a derivada de f em x e fizermos x variar, obtemos a função derivada df , onde éo
dx dx
dfx fx + Δx − fx
coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto x, fx. = lim , obtida
dx Δx→0 Δx
substituindo x 0 por x.
Exemplo 1: Calcule a derivada de fx = 1x para x ≠ 0 :
Exemplo 2: Calcule a derivada de fx = 3x 2 − 4 :

LISTA DE EXERCÍCIOS 8

1) Faça os exercícios ímpares 1 ao 29, página 173 e 174 seção 2.9 (Cálculo, 5 a edição, Vol. 1, Stewart).

2) Uma partícula move-se ao longo de uma reta horizontal, onde s cm é a distância orientada da partícula a partir
do ponto O em t segundos. Ache a velocidade instantânea vt cm/s em t segundos e então ache vt 1  para o valor de
t 1 dado:

a) s = 3t 2 + 1; t 1 = 3 Resp.: 6t; 18

b) s = 1 ; t 1 = 1 Resp.: − 12 ; −1
4t 2 4t

c) s = 2t 3 − t 2 + 5; t 1 = −1 Resp.: 6t 2 − 2t; 8

d) s = 2t ; t = 0 Resp.: 8 ;1
4+t 1 4 + t 2 2

3) Um objeto cai do repouso de acordo com a equação s = −16t 2 , onde s cm é a distância do objeto ao ponto de
partida em t segundos e o sentido positivo é para cima. Se uma pedra cai de um edifício com 256 cm de altura, ache
a) a velocidade instantânea da pedra 1s. depois de iniciada a queda; Resp.: −32 cm/s
b) a velocidade instantânea da pedra 2s. depois da queda; Resp.: −64 cm/s
c) quanto tempo leva para a pedra atingir o solo? Resp.: 4s
d) a velocidade instantânea da pedra quando ela atinge o solo. Resp.: −128 cm/s.

4) Uma bola de bilhar é atingida e movimenta-se em linha reta. Se s cm for a distância da bola de sua posição inicial
após t segundos, então s = 100t 2 + 100t. Com qual velocidade a bola atingirá a tabela da posição inicial que está a
39 cm? Resp.: 160 cm/s.

5) Se uma bola for impulsionada de tal forma que ela adquira uma velocidade inicial de 24 cm/s ao descer um certo
plano inclinado, então s = 24t + 10t 2 , onde o sentido positivo é o de descida do plano inclinado.
a) Qual será a velocidade instantânea da bola em t 1 s.? Resp.: 24 + 20t 1 .
b) Quanto tempo levará para que a velocidade aumente para 48 cm/s? Resp.: 1,2 s.

6) Uma frente fria aproxima-se de uma região. A temperatura é T graus t horas após a meia-noite e
T = 0, 1400 − 40t + t 2  , 0 ≤ t ≤ 12.
a) Ache a taxa de variação média de T em relação a t entre 5h e 6h: R.: T=-2,9 graus/h
b) Ache a taxa de variação de T em relação a t às 5h: R.: -3 graus/h.

7) Uma bola é atirada verticalmente para cima a partir do chão, com velocidade inicial de 64 m/s. Se o sentido
positivo da distância do ponto de partida é para cima, a equação do movimento é s = −16t 2 + 64t com t em
segundos e s em metros.
a) Ache a velocidade instantânea da bola ao fim de 1s. R.: 32 m/s
b) Quantos segundos a bola leva para atingir o seu ponto mais alto? R.: 2 s
c) Qual a altura máxima atingida pela bola? R.: 64 m
d) Decorridos quantos segundos a bola atinge o solo? R.: 4 s
27
e) Ache a velocidade instantânea da bola quando ela chega ao chão. R.: -64 m/s.

Regras de Diferenciação (Capítulo 3 pag. 183, 5 a edição, Cálculo Vol.1 James Stewart)

Derivada de funções polinomiais e exponenciais (seção 3.1 pag. 183)

Derivada da função constante:


d c=0
dx
Derivada da potência de x :
d x n = n.x n−1 , onde n ∈ Q
dx
Derivada do produto de uma constante por uma função:
d cv = c. d v
dx dx
Derivada da soma ou diferença de funções:
d u + v = d u + d v
dx dx dx
Derivada da função Exponencial Natural:
d
dx
ex = ex
Derivada da função Logaritmo:
d
log a x = 1 ; d
ln x = 1x
dx x ln a dx

LISTA DE EXERCÍCIOS 9
Exercícios ímpares 3 ao 35, seção 3.1 pag. 191 do livro texto.

Regra do Produto e do Quociente (seção 3.2 pag. 192)


Regra do produto: Se as funções f e g têm derivadas em x, então seu produto também tem derivada e vale:
d fx.gx= fx d gx + gx d fx
dx dx dx
1
Exemplo: d x 3 + 3x − 14x 2 − 6
dx

fx
Regra do quociente: Se as funções f e g têm derivadas em x e se gx não é zero, então o quociente também
gx
tem uma derivada em x e vale:
dfx dgx
gx − fx
d  fx  = dx dx
dx gx gx 2

Exemplo: Calcule a derivada de d


 x 2 :
dx 2x − 1

LISTA DE EXERCÍCIOS 10
Exercícios ímpares 1 ao 35, seção 3.2, pág. 197 do livro texto.

28
Derivada de Funções Trigonométricas:(seção 3.4, pág. 210)
d
dx
senx = cos x
d
dx
cos x = −senx
d
dx
tan x = sec 2 x
d
dx
cot x = − cos sec 2 x
d
dx
cos sec x = − cos sec x cot x
d
dx
sec x = sec x tan x dxd

Exemplos
a) Diferencie y = x 2 senx.
b) Um objeto na extremidade de um mola vertical é esticado 4 cm além de sua posição no repouso e solto no
instante t = 0. Sua posição no instante t é s = ft = 4 cos t. Encontre a velocidade no instante t e use-a para analisar
o movimento do objeto.

LISTA DE EXERCÍCIOS 11
Exercícios ímpares 1 ao 15, seção 3.4 pág. 215 do livro texto.

Regra da Cadeia (para funções compostas, seção 3.5 pag. 217):

Na última unidade vimos como diferenciar polinômios e funções racionais. Mas, frequentemente, precisamos
diferenciar potências dessas funções. Por exemplo, se y = fx 2 , da derivada do produto de funções, dá
dy
= d fx.fx
dx dx
= fx.f ′ x + f ′ x.fx
e, agrupando os termos, obtemos:
dy
dx
= 2fxf ′ x.
É surpresa que a derivada de fx 2 não seja simplesmente 2fx, como poderíamos esperar por analogia com a
fórmula (2.2.2) D x x n  = nx n−1 , com n = 2? Há um fator adicional, f ′ x, cuja origem pode ser explicada
escrevendo-se g = fx 2 , na forma
g = u 2 com u = fx .
Então
dg
= d fx 2 ,
dx dx
dg
= 2u = 2fx e
du
du = f ′ x ,
dx
de modo que a forma da derivada na equação toma a forma

d gux = d gu. d ux


dx du dx
A equação acima - a regra da cadeia - é válida para duas funções diferenciáveis quaisquer y = gu e u = fx.
Neste caso, u ′ x é chamada derivada da função interna.

Exemplo 1:
Se
y = 3x + 5 17 ,
não seria prático achar o desenvolvimento binomial da 17 a potência de 3x + 5. O resultado seria um polinômio com
18 termos e alguns coeficientes teriam até 14 algarismos! Mas, se escrevermos

29
y = u 17 com u = 3x + 5 ,
então
dg du = 3 .
= 17u 16 e
du dx
Assim, a regra da cadeia fornece
d 3x + 5 17 = dy = dy . du = 17u 16 .3
dx dx du dx
= 173x + 5 16 .3 = 513x + 5 16 .
9
Exemplo 2: a) yx = x2 + 4 , b) yx = x 2 x 3 + 2x 10 , c) yx = 3x
x2 + 7

Exemplo 3:
Para uma interpretação física da regra da cadeia, imagine uma refinaria de petróleo que produza u litros de gasolina
de x barris de óleo cru. Então, em um segundo processo, a refinaria produz y gramas de um produto petroquímico a
partir dos u litros de gasolina. A figura 5 ilustra os dois processos.
x barris de óleo cru

Processo 1

u litros de gasolina

Processo 2

y gramas de petroquímico

figura 5
y é, assim, uma função de u e u é uma função de x, de modo que a saída final, y, é uma função também da entrada x.
Considere as unidades em que as derivadas destas funções são medidas:
dy g
: (gramas de petroquímico por litro de gasolina)
du l
du : l (litros de gasolina por barril de óleo)
dx barril
dy g
: (gramas de petroquímico por barril de óleo)
dx barril
Levando essas unidades a cada termo correspondente da equação (3.4.3) obtemos:
g g
= . l .
barril l barril
O prático cancelamento das unidades no segundo membro desta última igualdade, parece confirmar a validade da
regra da cadeia. Por exemplo, se obtemos 3 gramas de petroquímico por litro de gasolina e 75 litros de gasolina por
barril de óleo, como poderíamos deixar de obter 3 × 75 = 225 gramas de petroquímico por barril de óleo ?
Observação: A regra da cadeia pode ser escrita na forma:

d gux = g ′ ux.u ′ x


dx

Esta notação tem a vantagem de especificar os valores das variáveis nos quais se calculam as derivadas. Neste caso,
u ′ x é chamada derivada da função interna.

A Regra da Cadeia para as funções trigonométricas


Se u = fx então:

30
d
dx
senu = cos u.D x u d
dx
cot gu = − cos ec 2 u.D x u
d
dx
cos u = −senu.D x u d
dx
sec u = sec u.tgu.D x u
d
dx
tgu = sec 2 u.D x u d
dx
cos ecu = − cos ecu. cot gu.D x u

Regra da Potência

d a x = a x lna
dx
Exemplo: yx = 2 x .
Solução: d 2 x = 2 x ln2 = 2 x .0.69
dx

LISTA DE EXERCÍCIOS 12
Exercícios ímpares 1 ao 39, seção 3.5 pag. 223 do livro texto.

Diferenciação Implícita (seção 3.6, pág. 226)

Até agora, nossas funções envolvendo duas variáveis foram expressas, de maneira geral,na forma explícita
y = fx. Em outras palavras, uma das duas variáveis era dada isolada em função de outra. Por exemplo,
y = 3x − 7, s = −16t 2 + 20t, u = 3 cos w
estão todas escritas em forma explícita, e dizemos que, y, s e u são funções de x, t e w, respectivamente. Muitas
funções, no entanto, não são dadas de forma explícita, sendo definidas apenas implicitamente por determinada
equação. Por exemplo, a função y = 1x pode ser definida implicitamente pela equação xy = 1. Suponha que você
dy
quer achar nessa equação. Acontece que isso é, de fato, razoavelmente simples, e você provavelmente
dx
começaria resolvendo a equação para y (isto é, isolando y).
Forma implícita Forma explícita Derivada
y = 1x = x −1 = −x −2 = −12
dy
xy = 1
dx x

Esse método funciona bem quando é fácil isolar a variável dependente. No entanto, não podemos usá-lo nos casos
dy
em que não sabemos isolar y como função de x. Por exemplo, como encontrar na equação
dx
x 2 − 2y 3 + 4y = 2
onde é difícil expressar y como função de x explicitamente? Para fazer isso, usamos diferenciação implícita, onde
supomos que y é uma função de x.
dy
Para entender como encontrar implicitamente, você precisa compreender que a derivação está sendo feita em
dx
relação a x. Isso significa que, ao derivar termos envolvendo apenas x, derivamos como de hábito. Mas, ao derivar
termos envolvendo y, precisamos usar a Regra da Cadeia, já qie estamos supondo que y está definido,
implicitamente, como função de x.
Estude os próximos exemplos com atenção. Note, em particular, como a Regra da Cadeia é utilizada para introduzir
dy
o termo .
dx
Exemplo 1:
dy
Encontre dado que y 3 + y 2 − 5y − x 2 = −4.
dx
1. Derive ambos os lados da equação em relação a x. Não deixe de lembrar que, ao derivar termos que contém y,
devemos aplicar a Regra da Cadeia.

31
d y 3 + y 2 − 5y − x 2  = d −4
dx dx
d y 3  + d y 2  − d 5y − d x 2  = d −4
dx dx dx dx dx
dy dy dy
3y 2 + 2y −5 − 2x = 0
dx dx dx
dy
2. Junte os termos contendo no lado esquerdo da última equação obtida.
dx
dy dy dy
3y 2 + 2y −5 = 2x
dx dx dx
dy
3. Fatore do lado esquerdo da equação.
dx
dy
3y 2 + 2y − 5 = 2x
dx
dy
4. Isole na última equação.
dx
dy
= 2x
dx 3y 2 + 2y − 5
Observações:
dy
1.Note, que a diferenciação implícita produz uma expressão para que contém x e y.
dx

Exemplo 2:
Determine a inclinação da reta tangente ao gráfico de 3x 2 + y 2  2 = 100xy no ponto 3, 1.
dy dy
Para obter a inclinação pedida, vamos determinar . Para maior praticidade, trocaremoa a notação por y ′ .
dx dx
2 ′
3x 2 + y 2  = 100xy ′
32x 2 + y 2 2x + 2yy ′  = 100xy ′ + y1
12xx 2 + y 2  + 12yx 2 + y 2 y ′ = 100xy ′ + 100y
12yx 2 + y 2 y ′ − 100xy ′ = 100y − 12xx 2 + y 2 
y ′ 12yx 2 + y 2  − 100x = 100y − 12xx 2 + y 2 
100y − 12xx 2 + y 2 
y′ =
12yx 2 + y 2  − 100x
Logo, a inclinação da tangente no ponto 3, 1 é:
1001 − 1233 2 + 1 2 
m3, 1 = = 13 .
1213 2 + 1 2  − 1003 9
A curva 3x 2 + y 2  2 = 100xy dada neste exemplo é chamada lemniscata

2
y
1

-3 -2 -1 0 1 2 3
x
-1

-2

-3

Exemplo 3:
dy
Determine para senxy = 2x + 5.
dx
derivando toda expressão senxy ′ = 2x + 5 ′ , obtemos cosxyxy ′ + y.1 = 2, depois isolamos y ′ .
cosxyxy ′  + y cosxy = 2
x cosxy.y ′ = 2 − y cosxy
2 − y cosxy
y′ =
x cosxy

32
Exercícios:
dy
1 Encontre dado que x 2 − 2y 3 + 4y = 2.
dx
dy
2 a) Se x 2 + y 2 = 25, encontre ;
dx
b) Encontre uma equação tangente ao círculo x 2 + y 2 = 25 no ponto 3, 4.

Derivada das funções trigonométricas inversas (pág. 231)

A função inversa da função seno é dada por:

dy
y = sen −1 x significa seny = x. Diferenciando seny = x implicitamente em relação a x obtemos cos y. =1
dx
ou
dy
= cos 1 .
dx y
Agora, usando a identidade triginimétrica cos 2 x + sen 2 x = 1 obtemos:

cos y = 1 − sen 2 y = 1 − x 2 .
Portanto, d sen −1 x =
dy
= cos 1 = 1
dx dx y
1 − x2

A fórmula para a derivada da função arco tangente é deduzida de forma similar.

dy
y = tan −1 x significa tan y = x. Diferenciando tany = x implicitamente em relação a x obtemos sec 2 y. =1
dx
= 12 .
dy
ou
dx sec y
Agora, usando a identidade triginimétrica sec 2 x − tan 2 x = 1 obtemos:

sec 2 y = 1 + tan 2 y = 1 + x 2 .
= 12 = 1 .
dy
Portanto, d tan −1 x =
dx dx sec y 1 + x2

LISTA DE EXERCÍCIOS 13
Exercícios ímpares 1 ao 23, 41 ao 50 seção 3.6, pág. 232 e 233 do livro texto.

Derivadas Superiores (Seção 3.7, pág. 235)

Derivada Segunda ou de Ordem 2:


A derivada segunda de uma função fx é a derivada de sua derivada (primeira) f ′ x.
d 2 fx dfx
Notação: f”x = 2
= d
dx dx dx

Exemplo 1: Calcule a derivada segunda de fx = x 5 − 2x.


Derivadas de ordem superior:
Seja f uma função derivável: f ′ é a derivada primeira de f
f ′′ é a derivada segunda de f
f ′′′ é a derivada terceira de f
n
f é a derivada enésima de f.

Exemplo 2: Ache todas as derivadas da função fx = x 4 + x 3 − x 2 + 7


3
Exemplo 3: Calcule d 3 2 sin x + 3 cos x − x 3  :
dx

33
Aceleração Instantânea:
É a taxa de variação instantânea da velocidade. Se v (velocidade) é dada em cm/s, a (aceleração) será dada em
cm/s 2 .
2
v = ds e a = dv ou a = d 2s
dt dt dt

Exemplo 4: Uma partícula está se movendo ao longo de uma reta horizontal, de acordo com a equação dada. Ache
a velocidade e a aceleração em função do tempo t.
2
a) s = 1 t 3 − 2t 2 + 6t − 2 Resp.: v = t − 4t + 6; a = t − 4
6 2
b) s = 125 − 2 t 5 Resp.: v = − 2000 − 2t 4 ; a = 64000 − 8t 3
16t + 32 5 16t + 32 2 16t + 32 3

1 −
3
2
c) s = 9t + 2 2t + 1 Resp.: v = 18t + 22t + 1 2 ; a = 18 − 22t + 1 2

LISTA DE EXERCÍCIOS 14
Exercícios ímpares 1 ao 47, seção 3.7, pág. 239 do livro texto.

Derivada de funções logaritmicas (seção 3.8, pág. 242)

d log x = 1 .
dx a
x ln a

Demonstração: Se y = log a x, então a y = x.


Derivando a equação implicitamente com respeito a x, tem-se
dy
a y ln a =1
dx
= y1 = 1
dy
dx a ln a x ln a

Exemplo 1: Diferencie y = lnx 3 + 1. Resposta: 3x 2 .


x3 + 1

Diferenciação Logarítmica

Passos:

1) Tome o logaritmo natural em ambos os lados de uma equação y = fx e use as propriedades dos logaritmos para
simplificar.
2) Diferencie implicitamente em relação a x.
3) Resolva a equação resultante para y ′ .

x 3/4 x 2 + 1
Exemplo 2: Diferencie y = . Resposta: y 3 + 2 x − 15 .
3x + 2 5 4x x +1 3x + 2

Exemplo 3: Diferencie y = x x .

Solução: Use a diferenciação logaritmica:

ln y = ln x x
= x ln x e derive implicitamente

Resposta: y ′ = x x 2 + ln x .
2 x

LISTA DE EXERCÍCIOS 15
Excercícios: seção 3.8, pág. 247, exercícios 2 ao 26 do livro texto.

34
Funções Hiperbólicas (seção 3.9, pág. 248)

Certas combinações das funções exponenciais e x e e −x surgem frequentemente em aplicações da matemática e, por
isso, merecem nomes especiais. Elas são análogas às funções trigonométricas e possuem a mesma relação com a
hipérbole que as funções trigonométricas têm com o círculo. Por isso são chamadas funções hiperbólicas,
particularmente seno hiperbólico, cosseno hiperbólico e assim por diante.

Definições:
−x
senhx = e − e 1
x
cos sec hx =
2 senhx
−x
coshx = e − e 1
x
sechx =
2 cosh x
tghx = senhx cotghx = cosh x
cosh x senhx
Gráficos: senhx, cosh x e tanh x.

1
70
60
60
40 0.5
50
20
40
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x
-20 30

-40 20 -0.5

-60 10
-1
-4 -2 0 2 4
x

A aplicação mais famosa é o uso do cosseno hiperbólico para descrever a curva formada por um fio suspenso entre
dois pontos, chamada função catenária, y = c + a coshx/a.

Derivadas de funções Hiperbólicas


d
dx
senhx = cosh x d
dx
cos sec hx = − cos sec hx coth x
d
dx
cos hx = senhx d
dx
sec hx = − sec hx tanh x
d
dx
tan hx = sec h 2 x d
dx
cot hx = − cos sec h 2 x

LISTA DE EXERCÍCIOS 16
Exercícios ímpares 30ao 47, seção 3.9, pág. 254 do livro texto.

35
Taxas Relacionadas (seção 3.10, pág. 255)

São problemas envolvendo taxas de variação de variáveis que estão relacionadas.

Exemplo 1: Uma escada com 10 u.c. (unidades de comprimento) está apoiada numa parede vertical. Se o pé da
escada for puxado horizontalmente, afastando-se da parede a 1 u.c. por segundo, qual a velocidade com que a
escada está deslizando para baixo na parede, quando seu pé está a 6 u.c. da parede? (Resp. − 34 u.c/s Exemplo 2
pág. 256).

Exemplo 2: Um tanque tem a forma de um cone invertido com 4 m. de altura e uma base com 2 m. de raio. A água
flui no tanque a uma taxa de 2 m 3 /min. Com que velocidade o nível da água estará se elevando quando sua
profundidade for de 3 m.? (Exemplo 3, pág. 256).
2
( Use as relações: Volume do cone = πr h e r = 2 )
3 h 4
Exemplo 3: Dois carros estão se encaminhando em direção a um cruzamento, um seguindo a direção oeste a 50
mi/h e o outro seguindo a direção norte a 60 mi/h. Qual a taxa segundo a qual eles se aproximam um do outro no
instante em que o primeiro carro está a 0,3 mi do cruzamento e o segundo a 0,4 mi? (Exemplo 4 pág. 257). Resp:
-78 mi/h.

LISTA DE EXERCÍCIOS 17
Exercícios ímpares 1 ao 19, seção 3.10, pág. 259 do livro texto.

Diferencial (pág. 264)

Estudaremos agora a relação entre o incremento Δy e a derivada. Isto ocorre quando precisamos fazer uma
estimativa da variação em fx devida a uma variação em x. A variação em x (variável independente) é chamada de
incremento Δx, isto é, x varia de x para x + Δx. A variação em y (variável dependente), onde y = fx , é chamada de
incremento Δy, para obtê-lo devemos subtrair o valor inicial de y de seu novo valor:
Δy = fx + Δx − fx
Vejamos, agora, qual a alteração que ocorre no valor de y, se este continuasse a variar à taxa fixa f ′ x, enquanto
o valor da variável independente passa de x para x + Δx. A esta alteração de y, chamaremos de diferencial de y e
representaremos por dy:
dy = f ′ xΔx ou dy = f ′ xdx

Note que dy é uma função linear, por isso é chamada aproximação linear do incremento Δy.

Exemplo 1: Comparando Δy e dy Considere a função fx = x 2 . Encontre:


a) dy quando x = 1 e dx = 0, 01; b) Δy quando x = 1 e Δx = 0, 01; c) compare dy e Δy.

Exemplo 2: O raio de uma esfera tem 21 cm, com um erro de medida possível de no máximo 0, 05 cm. Qual é o
erro máximo cometido ao usar esse valor de raio para computar o volume da esfera (V = 43 πr 3 ? Resposta: 277
cm 3 .

Nota: Embora o erro possível possa parecer muito grande, uma idéia melhor dele é dada pelo erro relativo, que é
computado dividindo-se o erro pelo volume total. No caso do exemplo anterior:
ΔV ≈ dV = 3 dr
V V r
Assim, o erro relativo no volume é cerca de três vezes o erro relativo no raio. No exemplo 3, o erro relativo no
0, 05
raio é aproximadamente dr r = 21 ≈ 0, 0024 e produz um erro relativo de cerca de 0, 007 no volume. Os erros
também podem ser expressos como erros percentuais de 0, 24% no raio e 0, 7% no volume.

LISTA DE EXERCÍCIOS 18
Exercícios: Resolva os exercícios ímpares 15 ao 31 da página 267 do livro texto.

36
6. Aplicações da derivada

6.1 Formas Indeterminadas e a Regra de L’Hôspital

fx
Se lim fx = 0 = lim gx , diz-se que o quociente tem a forma indeterminda 0 em x = a.
x→a x→a gx 0
fx
Se lim fx = ∞ = lim gx , diz-se que o quociente tem-se a forma indeterminada ∞
∞ em x = a.
x→a x→a gx

Outras formas indeterminadas podem aparecer quando se quer calcular o limite. Resumindo, são 7 as formas
indeterminadas

0 , ∞ , ∞ − ∞, 1 ∞ , 0 0 , ∞ 0 , 0 ⋅ ∞.
0 ∞

Primeira Regra de L’Hôspital


Sejam f e g funções deriváveis num intervalo aberto I, exceto possivelmente em um número a em I. Suponha que,
para todo x ≠ a em I, g′x ≠ 0.

f ′ x fx
Então, se lim fx = 0 = lim gx e se lim ′
= L , então, lim = L.
x→a x→a g x
x→a x→a gx
Observação: A regra também é valida se a ou L forem substituidos por +∞ ou −∞ .
2
Exemplo 1: Calcule lim senx x .
x→0
0
d
sen 2 x
Solução: Temos uma forma indeterminada 0
. Agora, lim x→0 dx
d
= lim x→0 2 cosx 2 x = 0.
dx
x
2
Logo, pela primeira regra de L’Hôspital, lim senx x = 0 .
x→0

x −x
Exemplo 2: Calcule lim e − e .
x→0 senx

d
e x − e −x  x −x
Solução: Novamente, temos a forma indeterminada 0
e lim dx
= lim e + e = 2
0 x→0 d
senx x→0 cosx
x −x dx
Logo, pela primeira regra de L’Hôspital, lim e − e = 2
x→0 senx
Segunda Regra de L’Hôspital
Sejam f e g funções deriváveis num intervalo aberto I, exceto possivelmente em um número a em I. Suponha que,
para todo x ≠ a em I, g′x ≠ 0.
f ′ x fx
Então, se lim
x→a
fx = ∞ ou −∞ , lim
x→a
gx = ∞ ou −∞ e se lim
x→a g ′ x
= L , então, lim
x→a gx
= L.

Observação: Os números a e L podem ser ∞ ou −∞ .


Exemplo 1: Calcule lim+ x lnx
x→0

Solução: Aqui temos uma indeterminação do tipo 0−∞. Para podermos aplicar uma das regras de L’Hôspital,
devemos transformá-la em uma das indeterminações ∞ 0
∞ ou 0 .

lnx
lim+ x lnx = lim+ 1
= −∞
∞.
x→0 x→0
x
d
lnx
Agora, aplicando a segunda regra de L’Hôspital, lim+ dx
d 1
= lim+ − x = 0.
x→0 x→0
dx x
Portanto lim+ x lnx = 0
x→0
37
Exemplo 2: Calcule: lim ex
x→∞ x

d x
e
Solução: lim
x→∞
ex
x = ∞
∞ . Assim, pela segunda regra de L’Hôspital, lim
x→∞
dx
d
= lim
x→∞
e x = ∞.
dx
x
ex
Portanto, lim
x→∞ x =∞

LISTA DE EXERCÍCIOS 19
Exercícios: Faça os exercícios ímpares 5 ao 33 página 313 do livro texto.

6.2 Derivadas e Gráficos (Seção 4.3, pág. 296)

O que a Derivada nos diz, graficamente?


Muitos problemas práticos são formulados em termos de encontrar o valor máximo ou mínimo de uma função f
em um certo intervalo, como veremos nos exemplos que serão abordados aqui. Desta forma, num primeiro
momento, é importante saber como determinar estes valores.
Por exemplo, observe o gráfico abaixo:

Neste exemplo, o pico pode ser caracterizado em termos de retas tangentes ao gráfico. O pico é o único ponto
do gráfico no qual a tangente é horizontal, isto é, no qual o coeficiente angular da tangente é zero.
∙ Qual seria o coeficiente angular de uma reta tangente ao gráfico, à esquerda do pico ?
∙ Qual seria o coeficiente angular de uma reta tangente ao gráfico, à direita do pico ?
Quando f ’é positiva, a tangente está inclinada para cima; quando f ’é negativa, a tangente está inclinada para
baixo. Se f ’=0, então, a tangente está na horizontal. Assim, o sinal da f ’nos diz se a f está crescendo ou
decrescendo.
Se f ′ > 0 em um intervalo, então a f é crescente neste intervalo.
Se f ′ < 0 em um intervalo, então a f é decrescente neste intervalo.
Se f ′ = 0 em um intervalo, então a f é constante neste intervalo.
Exemplo 1: Considere a função fx = x 2 − 6x + 5 :

-1 0 1 2 3 4 5 6
x

-2

-4

Sua derivada, 2x − 6, se anula em x = 3. De fato, observe no gráfico, que a reta tangente à curva nesse ponto, é
horizontal.
38
Novamente, observando o gráfico, concluímos que a função é decrescente até o ponto 3, −4 e crescente, a
partir dele. Escrevemos:
f é decrescente em −∞; 3
f é crescente em 3; +∞

Pontos Críticos:

O ponto x 0 é um ponto crítico de uma função f, se f é definida em um intervalo aberto contendo x 0 e a derivada
f ′ x 0  é zero ou não existe.

Exercício: Ache os pontos críticos da função fx = 4x 2 − 3x + 2. Resp.: 3/8


20

15

10

-3 -2 -1 0 1 2 3
x

Observe que quando uma função passa de crescente para decrescente, ou de decrescente para crescente, ela
passa por um extremo (máximo ou mínimo) local. Freqüentemente, as palavras máximo e mínimo são usadas para
significar máximo e mínimo locais. Usam-se as expressões máximo absoluto ou mínimo absoluto, para designar o
máximo ou o mínimo da função em todo o seu domínio.
Uma função pode não ter máximo nem mínimo. Por exemplo, fx = 1x . Construa seu gráfico e verifique !

Teste da Derivada Primeira


O que foi discutido até aqui, pode ser resumido pelo Teste da Derivada Primeira, que nos permite determinar
máximos ou mínimos de uma dada função:
Seja f uma função e a um número de seu domínio, tal que f ′ a = 0, ou não existe f ′ a. Se f ′ x for positiva à
esquerda e negativa à direita de a, então a, fa será um ponto de máximo de f. Ao contrário, se f ′ x for negativa
à esquerda e positiva à direita de a, então a, fa será um ponto de mínimo de f.

Se fa é o máximo absoluto (ou mínimo absoluto) de uma função contínua f no intervalo fechado x 1 , x 2  , a é
tal que f ′ a = 0 ou não existe f ′ a , ou ainda, poderemos ter a = x 1 ou a = x 2 . Em outras palavras, o máximo ou
o mínimo absoluto de uma função em um intervalo, podem ocorrer nos extremos deste intervalo.

Exercícios: Calcule os valores máximos e mínimos absolutos das funções:

1) fx =
23 − x em −1, 2 R.: Mín.: (2,2) Máx.: (-1,8)
2) fx 2x + 5 em 0, 5
= R.: Mín.: (0,5/3) Máx.: (5,5)
3
3) fx −x 2 + 3x em 0, 3 R.: Mín.: (0,0) e (3,0) Máx.: (3/2,9/4)
=
4) fx x 3 − 3x 2 em −1, 3 R.: Mín.: (-1,4) e (2,-4) Máx.: (0,0) e (3,0)
=
5) fs = 1 em 0, 1 R.: Mín.: (1,-1) Máx.: (0,-1/2)
s−2
6) Explique porque a função fx = 12 tem um máximo em 1, 2 mas não em 0, 2.
x
7) Explique porque a função fx = 1 tem um mínimo em 0, 2 mas não em −2, 0.
x+1

LISTA DE EXERCÍCIOS 20
Exercícios: Resolva os exercícios ímpares do número 15 ao 57 da página 286 do livro texto.

39
O que a Derivada Segunda nos diz, graficamente?
Veja o gráfico da função f definida por fx = x − 1 3 :

8
6
y4

-2 -1 0 1 2 3
x
-2
-4
-6
-8

Observe que à esquerda do ponto 1, 0 a curva da f é voltada para baixo (côncava para baixo) e à sua direita,
a curva é voltada para cima (côncava para cima). Portanto, no ponto 1, 0 há uma mudança na concavidade do
gráfico. Este ponto é dito ponto de inflexão da função f.

Assim como o sinal da derivada primeira de uma função nos dá informações a respeito do crescimento da
mesma, o sinal da derivada segunda nos dá informações a respeito de sua concavidade, quais sejam:
f ′′ x < 0 para x ∈ a; b ⇒ f é côncava para baixo em a; b
e
f ′′ x > 0 para x ∈ a; b ⇒ f é côncava para cima em a; b
Seja f uma função e x 0 um número de seu domínio, tal que f ′′ x 0  = 0 ou não existe f ′′ x 0 . O ponto x 0 , fx 0  é
ponto de inflexão da f se houver uma reta tangente, bem como, uma mudança de concavidade em x 0 , fx 0 .

Teste da Derivada Segunda

O que foi discutido acima, pode ser resumido pelo Teste da Derivada Segunda, que nos permite determinar
máximos ou mínimos de uma dada função:
Seja f uma função e a um número de seu domínio, tal que f ′ a = 0, ou não existe f ′ a.

Se f ′′ x for positiva a, fa será um ponto de mínimo de f. Se f ′′ x for negativa, então a, fa será um ponto de
máximo de f.

LISTA DE EXERCÍCIOS 21
Resolva os exercícios ímpares do número 5 ao 41 da página 304 do livro texto.

6.3 Problemas de Otimização (Seção 4.7, pág. 331)

Exemplo: Deve-se construir uma caixa com base retangular, usando um retângulo de cartolina com 16cm de largura
e 21cm de comprimento, cortando-se um quadrado em cada canto. Determine as dimensões desse quadrado para
que a caixa tenha o volume máximo possível.

Comecemos por fazer um desenho da peça de cartolina, onde introduzimos a variável x para denotar o
comprimento do quadrado a ser cortado de cada canto. Nosso objetivo é maximizar o volume V da caixa a ser
construída, dobrando-se a cartolina ao longo das retas pontilhadas.
É importante perceber que existe, no contexto do problema, uma infinidade de caixas que podem ser fabricadas com
a peça de cartolina, em questão. Você deve se perguntar que forma a caixa deve ter para que isto seja possível. Ela
deve ser alta, baixa, ou quase cúbica? Você pode até calcular alguns volumes bastando, para isto, lembrar que suas
dimensões são x , 21 − 2x e 16 − 2x , para conseguir desenvolver uma visão intuitiva de quais são as dimensões
40
procuradas. Por exemplo:
Se x = 2 teremos V = 2 × 17 × 12 = 408 cm 3
Se x = 0, 7 teremos V = 0, 7 × 19, 6 × 14, 6 = 200, 312 cm 3
Se x = 2, 8 teremos V = 2, 8 × 15, 4 × 10, 4 = 448 , 448 cm 3

De forma genérica, o volume V da caixa na figura (ii) é dado por:


V = x16 − 2x21 − 2x = 2168x − 37x 2 + 2x 3  .
Esta equação exprime V como função de x. Passemos à determinação dos valores críticos de V:
D x V = 2168 − 74x + 6x 2  = 43x − 28x − 3.
Os valores críticos são, portanto, 28 e 3 . Como 28 está fora do domínio de x, resta o valor crítico 3 .
3 3
Aplicamos o Teste da derivada primeira e, como:
V ′ 0 = 336 > 0 ⇒ V é crescente à esquerda de 3
V ′ 4 = −64 < 0 ⇒ V é decrescente à direita de 3 ,
concluímos que o máximo de V ocorre em x = 3.
Verifiquemos, finalmente, a existência de máximos e mínimos nos pontos extremos. Como o domínimo da
função é o intervalo 0; 8 , e, como V = 0 se x = 0 ou x = 8, o máximo de V não ocorre em nenhum dos pontos
extremos do domínio. Conseqüentemente, deve-se cortar de cada canto um quadrado de 3cm de lado para se obter a
caixa de volume máximo.

LISTA DE EXERCÍCIOS 22
Resolva os exercícios ímpares do número 1 ao 31 da página 336 do livro texto.

41

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