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MICROPROCESSADORES ENERGETICAMENTE MAIS EFICIENTES

Luciana Ponche Dias1


Samara Hartwig de Oliveira1

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é mostrar o quanto as evoluções tecnológicas dos


microprocessadores têm ajudado a solucionar o problema do consumo energético,
bem como a necessidade do mercado em relação a eles. Não é apenas uma
necessidade tecnológica de se fazer mais operações em menor tempo, mas também
uma questão de racionamento energético, de menor consumo sem perder a sua
eficiência. Por meio de pesquisas bibliográficas o trabalho mostra o quanto os
microprocessadores atuais fazem a diferença no consumo de energia por agirem em
dois fatores: tanto na diminuição do calor gerado pelas máquinas, quanto no
resfriamento desse calor (por um sistema de ar-condicionado), que também
consome bastante energia, ou seja, são duas economias de uma vez só. Por meio
da pesquisa de campo quantitativa é possível ver o quanto é desconhecido dos
estudantes da área de tecnologia de informação as vantagens dos
microprocessadores atuais. Esta pesquisa esclarece de que forma os
microprocessadores agem na redução de energia, e deixa claro o quanto as
empresas estão sendo enganadas por soluções ecologicamente corretas, mas que,
na maior parte do tempo, prometem benefícios enganosos e sem sentido. Conclui
que hoje os aparelhos tecnológicos mesmo consumindo bastante energia também
buscam meios para diminuir este consumo e assim gerando melhoria ao aparelho
em questão de operações, que é o que o usuário busca na hora de decidir qual irá
levar.

Palavras-Chave: microprocessadores, consumo energético, tecnologia, eficiência.

ABSTRACT

The point of this search is to show how technological developments of


microprocessors has helped solve the problem of energy consumption, just like the
market need for them. It is not just a technological need to do more transactions in
less time, but also a question of energy rationing, of low consumption without losing
its efficiency. Through library research, the work shows how current microprocessors
make the difference in energy consumption by acting on two factors: in the reduction
of heat generated by machines, as in cooling of this heat (by an air-conditioning),
witch also consumes a lot of energy, in other words, two economies are at once. By
means of quantitative field research you can see how much is unknown to students
of information technology the advantages of current microprocessors. This research
clarifies how the microprocessors act in energy reduction, and makes clear how

1
Graduando em Sistemas de Informação
companies are being duped by ecologically correct solutions, but in most of the time,
promise benefits misleading and meaningless. It concludes that today's technological
devices, even consuming too much energy, are also looking for ways to reduce this
consumption, improving the device in matter of operations, which is what the user
searches for, when deciding which will take.

Key-Words: microprocessors, energy consumption, technology, efficiency.

INTRODUÇÃO

Os primeiros microprocessadores foram produzidos com o intuito de se ter


mais freqüência. Hoje o foco dos fabricantes é pelo menor consumo energético do
mesmo, sem perder a alta tecnologia.
Os computadores viraram utensílios indispensáveis em um lar, que faz do
consumo energético ser maior do que de anos anteriores. A economia no talão de
energia de um computador de casa é pequena, porém quando aplicado em um data
center ou servidores em geral a economia é bem grande, tanto no calor gerado
quanto no resfriamento, respondendo assim o problema de pesquisa.
Com a pesquisa de campo quantitativa é visível analisar o quanto é
necessário focar sustentabilidade para os estudantes de tecnologia informacional,
pois ainda é um tema desconhecido da maioria.
Mediante a isso, o artigo aborda desde a função do microprocessador, até a
incorporação do mesmo nas empresas, mostrando benéficos, resultados e melhoria
tanto para o consumidor quanto para o consumo energético.

1 MICROPROCESSADORES

O microprocessador (também conhecido como CPU ou unidade central de


processamento) é o ‘’coração’’ de qualquer computador normal, é uma máquina
completa de computação embutida em um único chip. Executa as instruções e
cálculos que constituem os programas, ao mesmo tempo em que se incumbe de
enviar as informações solicitadas por todos os componentes do computador e de
receber aquelas por eles geradas. Ele é de vital importância para o funcionamento
geral do computador, pois o desempenho do sistema depende de sua velocidade. A
memória disponível ou o sistema de refrigeração nele incorporado influi em sua
temperatura de funcionamento (GUIMARÃES, LAGES, 2002, p. 26).

1.1 EVOLUÇÕES DOS MICROPROCESSADORES

O primeiro processador que se tem notícia é o 4004, inicialmente foi projetado


para ser um componente para calculadoras. Foi lançado em 1971 com apenas 2300
transístores e uma área de apenas 3x4 milímetros, 4 bits de clock e operava aos 740
KHz. Este foi uma grande invenção desde então a tendência foi superar a cada dia
(MONTEIRO, 2007, p. 17).
Em 1972, a Intel liberou o processador 8008, que funcionou em uma
velocidade de pulso de disparo de 200KHz (0.2MHz) e registradores de 8 bits. O
processador 8008 conteve 3.500 transistores e foi construído no processo do 10-
mícron. Em 1974 foi introduzido o 8080, funcionando em uma taxa de pulso de
disparo de 2MHz, conteve 6.000 transistor e foi constituída em um processo 6-
mícron, podiam dirigir-se até 64KB da memória, ou seja, o processador 8080 teve 10
vezes o desempenho dos 8008. Em 1976 a Intel liberou os 8085 que funcionaram
em 5MHz e contiveram 6.500 transistor, construído em um processo 3-mícron. Em
1978, foi lançado o 8086 que foi o primeiro chip de 16 bits e podia usar 1 megabyte
de memória, era tão poderoso que a IBM preferiu encomendar uma versão com
menor poder de processamento para equipar seu PC-XT (MONTEIRO, 2007, p. 24).
Em 1982 foi lançado o 80286, com 134 mil transistores, pista de dados de 16
bits e bus de 24 bits, tornou possível usar até 16 Mb de RAM, foi o primeiro
multitarefa. De 1985 a 2000 foram lançados inúmeros microprocessadores (80486,
Pentium I, Pentium Pro, Pentium II, Pentium III e Pentium 4) todos com chip de 32
bits e até 4 Gb de RAM. A diferença quanto a eles está em números de transistores
e circuitos integrados implantados. Chegando aos mais modernos, como: Celeron,
Xeon, Itanium, Core, Core Duo, etc. (MONTEIRO, 2007, p. 27).
As inovações em microprocessadores vêm crescendo e é bem visível sua
evolução. Hoje os microprocessadores atuam com 2 ou 4 núcleos, microarquitetura,
barramento externo de 800 MHz, 1.066 MHz ou 1.333 MHz (transferindo quatro
dados por pulso de clock), 2 MB, 4 MB ou 8 MB de cache de memória L2
compartilhado, tecnologia de virtualização, capaz de processar imagens 3D,
videoconferências, arquitetura externa etc. (MONTEIRO, 2007, p. 28).

1.2 A NOVA GERAÇÃO DE MICROPROCESSADORES

A solução para construir computadores mais rápidos e mais baratos passou a


ser simplesmente produzir transistores cada vez menores, pois quanto menor é o
tamanho dos transítores, menor é o consumo de energia por transitor (esquentando
muito menos) e maior é a quantidade de transistores que um mesmo chip pode
conter (aumentando assim, o poder de processamento). Hoje, o menor transistor já
mede 0.02 mícron (MORIMOTO, 2002).
Os microprocessadores atuais estão sendo fabricados sobre uma camada de
silício de 90nm de espessura, e os fabricantes, na sua ânsia de reduzir a resistência
para diminuir a dissipação de calor, pretendem reduzi-la ainda mais, aproximando da
fronteira final, os elétrons. Já se houve falar em tamanho de transistores medidos
em números de elétrons, tecnologia baseada em fluxo de elétrons. Os fios
conduzem correntes de elétrons e os transistores controlam este fluxo (CRUZ,
2007).
Hoje, os microprocessadores realizam mais operações gastando menos
eletricidade do que faziam há quatro anos e com esta redução do consumo, diminui
também o calor gerado por essas máquinas. As novas tecnologias implantadas nos
microprocessadores permitem que os núcleos do processador trabalhem mais
rápido que a freqüência básica de operação quando estiverem operando abaixo dos
limites especificados para energia, corrente e temperatura (HESS, 2009).
A evolução tecnológica envolvida é surpreendentemente grande, de
microprocessadores que trabalhavam com clock de dezenas de kHz e que
podiam processar alguns milhares de instruções por segundo, atingiu-se
clocks na casa dos 4 GHz e poder de processamento de dezenas de
bilhões de instruções por segundo. A complexidade também cresceu: de
alguns milhares de transistores para centenas de milhões de transistores
numa mesma pastilha (DONADELLI, 2009).
2 O CONSUMO ENERGÉTICO NAS EMPRESAS

A preocupação atual das empresas está sendo pela sustentabilidade e pelo


corte de custos, e os data center estão acompanhando essa tendência da
“Tecnologia verde”. De acordo com especialista, hoje a tecnologia da informação
representa 2% de toda a energia gasta no planeta, portanto, os CIOs (Chief
Information Officers) tendem a ser cada vez mais cobrados por reduzir os impactos
para o meio ambiente (LISBOA, 2009).
O maior consumo de energia de uma empresa vem dos data centers, e
servidores em geral. Cada vez mais servidores são necessários para suprir
a demanda crescente de produtos online. E isso implica em mais espaço,
mais banda, mais poder de processamento e mais energia tanto para suprir
os computadores, quanto para fazer funcionar os sistemas de refrigeração
(CADAVAL, 2009).
Hoje, todos os servidores usados no data center, sugam o ar frio pela frente e
jogam para trás. Os data centers tradicionais usam um estilo sala para posicionar
seus racks com todas as entradas na mesma direção, o problema dessa
configuração é que o ar quente liberado por uma fila se mistura com o ar frio que
está sendo levado para a fileira adjacente. As novas práticas na disposição dos
racks nos últimos dez anos organizam preferivelmente corredores quentes e frios
para proporcionar melhor controle sobre o fluxo de ar. E esse ciclo trás auto-
eficiências para o processo de refrigeração e economiza energia elétrica (CADAVAL,
2009).
O processador é o elemento que mais consome energia em um data center. A
indústria tem se esforçado para aumentar a eficiência dessas peças. Os
processadores consomem menos energia se tiverem menor carga de trabalho. A
virtualização também é peça fundamental no processo de economia energética
(CADAVAL, 2009).
A média de utilização do data center chega a 10% do servidor. E o trabalho
da virtualização é diminuir o numero de servidores e fazer com que a utilização fique
mais alta. As empresas atualmente gastam até 10% de seus orçamentos de
tecnologia em energia, sendo que apenas metade disso é usada pelo computador
em si, grande parte do consumo é para o resfriamento (CADAVAL, 2009).
2.1 CALOR GERADO PELAS MÁQUINAS

Como todos os componentes eletrônicos, o processador produz calor durante


o seu funcionamento. O excesso de calor é prejudicial e pode chegar a queimar o
processador ou funcionar de maneira instável. Os processadores esquentam devido
ao efeito Joule, que é o processo de transformação de energia elétrica em calor.
Dentro do processador existem vários fios (condutores) responsáveis pelas ligações
internas. O efeito Joule surge em razão dos choques dos elétrons contra a rede de
íons do condutor, isso se manifesta no condutor com o aumento de temperatura
(TORRES, LIMA, 2007).
O alto calor gerado se dá pelo fato de os microprocessadores realizarem
várias conversões entre corrente alternada e corrente continua, o que desperdiça
energia e gera calor. O calor gerado por um dispositivo eletrônico precisa ser
rapidamente removido, caso contrário produzirá um aumento de temperatura. Se o
calor não for removido, a temperatura do dispositivo pode aumentar cada vez mais,
até um ponto que ela é tão alta que danifica os circuitos internos do processador
(TORRES, LIMA, 2007).
Para resolver problemas de superaquecimento, além da escolha correta do
cooler e o uso da pasta térmica é preciso reduzir a temperatura do ambiente e
melhorar o fluxo de ar dentro do gabinete (TORRES, LIMA, 2007).

2.2 RESFRIAMENTO DE CALOR

Devido ao grande calor gerado pelas máquinas é preciso não apenas de


microprocessadores eficientes, que consumam cada vez menos energia, mas
também de um sistema de resfriamento eficiente. A grande vantagem de se diminuir
o calor gerado pelos microprocessadores é ter como conseqüência a diminuição do
uso de resfriamento (HESS, 2009).
Há sistemas de resfriamento que conecta os sensores de temperatura
instalados nos servidores ao ar-condicionado, de forma que o ar resfriado seja
direcionado a cada servidor em particular quando necessário. Tais sistemas podem
reduzir os custos com resfriamento entre 25% e 40%. "Como os grandes data
centers pertencem à área de TI e usam quantidades enormes de energia, é natural
que executivos de tecnologia estejam envolvidos. É gente que está muito aderente à
iniciativa", afirma o gerente comercial da Symantec Brasil, Vicente Lima.
A adesão a práticas de TI Verde deve-se à crescente necessidade de redução
de custos. Segundo pesquisas, 97% das empresas em todo o mundo estão
interessadas em diminuir custos, principalmente com resfriamento. Especificamente
na América Latina, a preocupação em atenuar o consumo de energia elétrica e de ar
condicionado foi apontada por 89% dos participantes, contra 81% do resultado
global. O levantamento constatou que, em média, a conta de energia elétrica dos
data centers das grandes empresas varia entre 21 milhões de dólares e 25 milhões
de dólares ao mês. Ar condicionado responde por 38% deste montante, enquanto a
área de TI consome outros 60% (MONTE, 2009).
O produto inovado também deve ter aceitação no mercado e trazer
rentabilidade para a empresa inovadora. É importante saber como a
inovação influencia o fator tecnologia, especificamente quanto à eficiência
energética (MONTE, 2009).

2.3 SOLUÇÕES

Cada vez mais os circuitos microcontrolados, além de controlar o consumo e


fazer outras operações, também deverão monitorar as perdas de energia,
melhorando a eficiência energética dos equipamentos (CHEROBINO, 2007).
“A microeletrônica refere-se à tecnologia dos Circuitos Integrados (CI). Um CI
pode ter milhões de componentes em uma pequena base de silício, denominada de
pastilha, com área de aproximadamente de 100 mm2” (SEDRA, SMITH, 2000, p. 1).
O CI é usado em relógios digitais, calculadoras, telefones celulares, computadores e
dispositivos de controle e automação nas empresas. Um CI da INTEL de 1971 para
calculadoras possuía 2300 transistores, enquanto o microprocessador Pentium,
usado em computadores, possuía 3,5 milhões de transistores na pastilha. A
tendência de miniaturização continua, na atualidade, com a nanotecnologia (SEDRA,
SMITH, 2000, p. 4).
Segundo Stephen Smith, da Intel, outra solução é o processador
“multinuclear”, no qual o desempenho é aperfeiçoado por meio de vários dispositivos
de processamento (núcleos) em cada chip, o que é muito mais eficiente em termos
de energia. ADM, Intel e Sun agora informam o “desempenho por watt” de seus
chips (por exemplo, o trabalho feito com cada unidade de energia), em vez de
simplesmente enfatizar o desempenho bruto. Os chips de núcleo duplo são algo
comum atualmente e os de núcleo quádruplo começam a disseminar-se. A mudança
de 2 para 4 núcleos nos últimos anos melhorou o desempenho em 4,5 vezes. O
consumo médio por servidor poderia estabilizar-se nos próximos anos, seguindo
essa tendência.
A virtualização, capaz de potencializar a utilização de processamento dos
servidores de rede, é uma tecnologia que se encaixa tanto na TI verde quanto em
seu objetivo maior: a economia de recursos. Uma empresa de 500 funcionários
atinge facilmente a marca de 50 servidores, e cada um desses equipamentos
consomem recursos de administração, manutenção, energia, ar-condicionado entre
outros. Num ambiente de virtualização, no entanto, o número de servidores de uma
companhia do mesmo porte pode cair para um patamar de duas a quatro máquinas,
uma vez que a tecnologia consolida e centraliza aplicações, tirando o máximo de
aproveitamento dos recursos existentes nas máquinas físicas. Dessa forma, reduz-
se a emissão de CO2 na atmosfera e economiza-se com aquisições futuras de
hardware, refrigeração e energia elétrica. A forma de se fazer backup, algo sempre
preocupante e muito custoso para tecnologia informacional, também é otimizada em
um ambiente virtualizado. A tecnologia de virtualização não é só um discurso pró-
ecologia, os benefícios são concretos e comprováveis. As empresas que aderem à
virtualização buscam muito mais do que simplesmente levantar uma bandeira a
favor do meio ambiente. O que elas procuram são formas de racionalizar seus
gastos, o que acaba refletindo em ganhos para o meio ambiente (BARROS, 2009).
Imagine um data center, um grande salão com centenas de computadores
empilhados em racks, cada um desperdiçando alguns Watts de eletricidade
sob a forma de calor. Esse calor precisa ser resfriado por um sistema de ar-
condicionado, que por sua vez também gasta muita energia. Diminuindo o
calor gerado pela máquina e os gastos com resfriamento também cairão
significativamente. São duas economias de uma só vez (HESS, 2009).
Usar fontes de energia mais eficientes é outro meio, pois atualmente os data
centers realizam várias conversões entre corrente alternada e corrente continua, o
que desperdiça energia e gera calor, aumentando a necessidade de resfriamento.
Seria muito mais eficiente alimentar os servidores diretamente de uma fonte central
de corrente continua. O centro de dados Data393, de Denver, no Colorado tentou
esta técnica e diz poder resolver o consumo em quase 20%. O problema é que não
há um padrão único para fontes de energia de corrente continua, tais economias não
podem ser facilmente alcançadas em um data center repleto de equipamentos de
diferentes vendedores. O desenvolvimento de um novo padrão de fornecimento de
energia é um dos objetivos do novo consórcio (CHEROBINO, 2007).
À medida que os administradores ficarem mais desconfortáveis com os
custos de energia ficarão mais interessados em substituir os velhos
servidores por novos, com chips de vários núcleos, instalar fontes de
energia mais eficientes e adotar sistemas de resfriamento mais avançados,
comprar montes de novos equipamentos. Para os vendedores, as contas de
eletricidade cada vez mais caras representam uma grande oportunidade
(SEDRA, SMITH, 2000, p. 31).

3 EMPRESAS

As empresas estão aceitando bem a idéia de ser sustentável, e o motivo disso


é a TI verde, que além de indicar um posicionamento politicamente correto, significa
economizar recursos, cortar custos, o que em tempos de crise é questão de
sobrevivência. Se antes os “data centers” não se preocupavam com a conta de
energia elétrica, com o descarte desnecessário de equipamentos no meio ambiente,
com o espaço físico ocupado pelas máquinas ou com quanto a empresa gasta com
refrigeração de ambiente, por exemplo, agora, no novo cenário, precisam estar
bastante atentos a todos esses custos, buscando continuamente maneiras de
reduzi-los (BARROS, 2009).
Porém, as empresas têm sido bombardeadas pelos fabricantes por uma
avalanche de soluções ecologicamente corretas, mas que, na maior parte
do tempo, prometem benefícios enganosos e totalmente sem sentido. Este
cenário é boa parte dos problemas que as organizações enfrentam hoje em
relação à TI Verde. Apesar de todas as inovações para tornar os “data
centers” mais eficientes (do ponto de vista energético), as boas idéias são
apagadas pelo discurso das áreas de marketing e vendas dos fornecedores
de tecnologia da informação (BULLOCK, 2009).
No caso do “data center”, o PUE (eficiência no uso energético) compara a
energia necessária para operar os sistemas de TI e a infra-estrutura de suporte,
composta pela energia elétrica, umidificação e resfriamento do ambiente. Quanto
mais baixo for esse índice a estrutura demandará menos watts para manter o
funcionamento. Por isso é importante que a empresa determine uma média de
economia que pode ser gerada por uma solução de TI Verde ao longo de um ano e
não só naquele momento. Assim, quando o fornecedor prometer que a tecnologia irá
reduzir os gastos com energia, as empresas têm de procurar descobrir se a
porcentagem apresentada não se refere apenas a um determinado cenário ou se ela
diz respeito a uma média anual (BULLOCK, 2009).
Outro fator é a troca de equipamentos por outros mais novos, que não é
necessária, mas o que muitas empresas não sabem é que existem coisas que
podem ser feitas para reduzir a energia necessária para suprir a capacidade de
processamento e de refrigeração do “data center” sem ter de mudar todos os
equipamentos. Qualquer coisa que reduza a geração de calor no ambiente ou que
aumente o resfriamento pode melhorar o PUE (BULLOCK, 2009).
‘’É preciso aprender que fazer mais com menos e adequando os recursos
tecnológicos às reais necessidades da empresa, economiza-se em espaço físico e
energia elétrica’’(MURAKAMI, 2008).

4 METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em publicações recentes


disponíveis em livros, revistas e em sites confiáveis, buscando informações que
deram sustentação ao trabalho.
Foi realizada também uma pesquisa de campo quantitativa através de um
questionário com seis perguntas, voltado para estudantes da área de tecnologia de
informação (sistemas de informação e análise e desenvolvimento de sistema) para
saber se os alunos estão “por dentro” das novas tecnologias do mercado,
principalmente voltada para microprocessadores. Se eles têm a consciência da
necessidade ambiental, uma vez que se trata de economia de energia e se
mudariam suas escolhas na hora de comprar um computador que consome muita ou
pouca energia.
4.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

Em pesquisa realizada com 50 alunos do Centro Universitário do Espírito


Santo (UNESC) foi possível constatar o quanto é básico o conhecimento dos alunos
em relação à sustentabilidade, em ‘’fazer diferente’’ pensando no fator ecológico.
Podemos analisar pelo gráfico 1 que 70% dos alunos não sabem sobre as
tecnologias implantadas nos microprocessadores para consumir menos (P1). 95%
dos alunos dizem não acreditar que os microprocessadores são solução para o alto
consumo energético (P2). Com base nos questionários, 90% dos alunos dizem que
não deixariam de comprar um computador avançado, mesmo que ele consumisse
muita energia (P3). Em relação às empresas, 60% dos alunos dizem que elas estão
sendo enganadas com essas tecnologias verdes (P4). E por fim, 70% dos alunos
dizem que o que falta é profissionais capacitados e com conhecimento na área
voltada para sustentabilidade (P5).

100

80

60 Sim
40 Não

20

0
P1 P2 P3 P4 P5

Gráfico 1 – relação do questionário

Ainda com a pesquisa realizada foi possível analisar que 90% dos alunos
deixaram claro que não é prioridade o computador ser ecológico, o importante é a
tecnologia implantada. Apenas 9% disseram que os dois fatores são prioridade e 1%
disseram que se importa com o fator ecológico.
O questionário tinha como resposta: sim ou não, porém os alunos tinham
como alternativa dizer o porquê da resposta dada, e mediante as justificativas foi
analisado que os alunos acreditam que há outros meios de ajudar o meio ambiente
sem a tecnologia e que os meios de sustentabilidade não fazem tanta diferença.
Porém muitos dizem não saber sobre sustentabilidade e acabam não entendendo
sua eficiência, ou seja, falta o conhecimento do assunto para que seja implantado na
casa, na empresa do usuário.

CONCLUSÃO

Conclui-se que atualmente a causa energética passou a ser algo fundamental


na hora de se desenvolver uma tecnologia, o que antes nem era preocupação, hoje
se tornou algo necessário, indispensável. A evolução dos microprocessadores tem
ajudado bastante na questão energética e as empresas já começam a enxergar isso.
Mas ainda falta muita informação, faltam pessoas com conhecimento para
que a questão de sustentabilidade seja levada a sério, ao mesmo tempo em que os
computadores estão cada vez mais rápidos, tende-se ao seu consumo energético
cada vez mais baixo.

REFERÊNCIAS

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Rio de Janeiro: LTC, 2007. 696 p.

GUIMARÃES, Ângelo de moura; LAGES, Newton Alberto de Castilho. Introdução a


ciência da computação. 30. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 216 p.

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