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Celulares, Notebooks e afins: Sobre como recarregar baterias modernas

Mito ou verdade: recarregar a bateria muitas vezes ao dia estraga o aparelho


utilizado?

Uma das dúvidas mais recorrentes de quem acabou de adquirir um aparelho com baterias
recarregáveis está relacionado a formas de prolongar a vida útil do dispositivo. Afinal, ninguém
gosta de ver o tempo de carga de seu dispositivo acabando em um ritmo cada vez mais rápido,
tornando obrigatório levar um carregador de um lado para o outro.

Infelizmente, quando se trata da manutenção de baterias, o nível de desinformação encontrada é


muito grande. Uma simples pesquisa em sites de busca indicam as mais diferentes soluções
para prolongar a vida de dispositivos e até mesmo reviver aparelhos dados como mortos.

Mas afinal, será que recarregar constantemente a bateria de meu notebook vai danificar o
aparelho? Qual a melhor forma de guardar a bateria reserva de um celular que não será
utilizada durante um bom tempo? E é verdade que basta aquecer ou congelar uma bateria para
que ela reviva milagrosamente?

São essas e outras perguntas comuns que o Baixaki responde neste artigo. Fique ligado, pois
além de desvendarmos os mistérios por traz desses mitos, fornecemos dicas valiosas para
manter suas bateria sempre cheias, ao mesmo tempo em que se prolonga a vida útil de
aparelhos.

Desvendando o mito

Antes de nos aprofundarmos na forma como baterias funcionam,


é preciso responder à pergunta que dá título ao artigo: recarregar
constantemente o aparelho não só não o estraga, como é o
método recomendado pelos fabricantes. Dessa forma, quem
deixa dispositivos conectados muito tempo à uma tomada não
precisa se preocupar em perder desempenho ou com possíveis
danos causados pelas constantes recargas.
Vale mencionar que até alguns anos atrás a resposta seria totalmente diferente, devido ao
chamado efeito memória, muito comum em aparelhos com mais idade. Antigamente, as bateria
utilizadas eram feitas de Níquel-Cádmio, uma tecnologia menos eficiente e que costumava
apresentar vários problemas em caso de recargas recorrentes.

O efeito memória funciona da seguinte forma: quando um aparelho era recarregado, a bateria se
lembrava da carga inicial e a considerava como o ponto zero. Assim, se você recarregasse o
aparelho com 80% da carga, eram grandes as chances de que, em pouco tempo, só fosse
possível utilizar os 20% restantes da bateria – o que significa muito pouco tempo de uso e a
dependência da conexão com uma fonte de energia externa. Dessa forma, a melhor maneira de
prolongar a vida dos aparelhos era sempre recarregá-los somente quando não houvesse mais
energia.

Com as baterias baseadas em Íon-Lítio (que equipam praticamente a totalidade dos aparelhos
portáteis atuais), o efeito memória desapareceu completamente. Isso significa que não importa
se a bateria está com 40% ou 70% de vida – a recarga pode ser feita sem nenhum problema ou
perda de desempenho. Inclusive o recomendado é deixá-la o mais próximo da carga total
sempre que possível.

Como prolongar a vida da uma bateria de Íon-Lítio

Agora que ficou claro que, em se tratando de baterias atuais, recarregá-las constantemente não
apresenta nenhum dano, é hora de falar um pouco sobre como funciona a tecnologia Íon-Lítio.
Antes de qualquer outra informação, é preciso saber que baterias do tipo ainda não
amadureceram totalmente, e cientistas testam constantemente novas combinações de produtos
químicos para aumentar sua eficiência e tempo de duração.

Baterias de Íon-Lítio funcionam através de ciclos de recarga (com média que fica entre 300 a
500 recargas, dependendo do tipo de aparelho utilizado). Cada vez que o dispositivo é
descarregado totalmente, perde-se um ciclo de vida útil – em teoria uma bateria do tipo só
precisa ser substituída após o usuário descarregá-la totalmente 500 vezes. Ou seja, caso se siga
o mesmo procedimento necessário nas baterias de Níquel-Cádmio, em pouco tempo seus
aparelhos só funcionarão conectados a uma fonte de energia.
Dessa forma, o ideal é que você recarregue constantemente sua
bateria, mesmo que ela ainda possua uma boa quantidade de carga.
Portanto, não precisa se preocupar em deixar seu celular com 60%
de carga conectado ao carregador meia hora antes de sair de casa –
inclusive esse é o tipo de procedimento recomendado pela maioria
dos fabricantes.

O problema que pode ocorrer devido à recarga constante dos


aparelhos está na exibição do nível de carga. Isso é comum,
principalmente em celulares e notebooks, que podem indicar um
nível maior ou menor de carga do que aquele realmente disponível.
Isso pode ser resolvido de maneira fácil, basta descarregar
totalmente a bateria do aparelho para recalibrar o medidor dos
dispositivos. O recomendado é que esse processo seja feito uma
vez a cada três meses, evitando assim maiores problemas.

Em geral, uma bateria de Íon-Lítio conservada em condições ideais dura entre dois a três anos
de uso constante. Isso acontece devido aos processos químicos naturais que acontecem nos
dispositivos e que aumentam sua resistência interna devido à oxidação. Eventualmente, a
resistência atinge um ponto em que a bateria não é mais capaz de fornecer energia, mesmo que
possua carga interna disponível.

Por esse motivo, é comum que baterias durem mais em dispositivos que exigem pouco
consumo de energia. Afinal, neles não é preciso que a taxa de transferência de energia seja
muito alta, o que possibilita seu uso mesmo quando a resistência interna é muito grande. O
aumento da resistência interna é mais comum nas baterias Íon-Lítio que utilizam cobalto em
sua composição, caso de smartphones, câmeras fotográficas e computadores portáteis.

Já aquelas baseadas em manganês (utilizadas em ferramentas elétricas, por exemplo) possuem


uma carga energética menor, mantendo a resistência interna em níveis estáveis – nesse caso, a
perda de vida útil se dá pela decomposição química de elementos internos.

Calor, o grande inimigo das baterias

Agora que você sabe que não é preciso descarregar totalmente um dispositivo antes de
recarregar a bateria, deve estar pensando: então não tem problema eu manter um aparelho
conectado o tempo toda à tomada e só desconectá-lo na hora de sair de casa, certo? Bom, em
teoria sim, mas na prática não é bem o que acontece.

Embora em matéria de ciclos de vida não haja nenhum problema em


manter um dispositivo totalmente carregado conectado à tomada, é
preciso levar em conta que o fluxo constante de energia tende a aquecer
o aparelho. Comprovar isso é uma tarefa muito fácil, especialmente se
você possui um notebook – ao comparar a temperatura de um aparelho
desconectado a um em processo de carregamento é fácil notar a
diferença de temperatura.

Basta lembrar das aulas de química ministradas em qualquer colégio para


saber que o calor funciona como um dos mais eficientes catalisadores da
natureza. Ou seja, quanto maior a temperatura de uma bateria, maior a
velocidade com que ocorrem seus processos químicos naturais - o resultado é um dispositivo
que utiliza ciclos de vida em uma velocidade maior do que a normal.

Dessa forma, manter um aparelho conectado constantemente a uma tomada pode significar
perder em pouco tempo sua capacidade de recarga, forçando o usuário a investir em uma
bateria substituta. Por isso, o recomendado é retirar a bateria sempre que o plano for utilizar o
aparelho durante longos períodos conectados a uma fonte de energia – conselho especialmente
válido para donos de notebooks. Nessas horas é preciso optar entre o risco de perder dados não
salvos em caso de uma queda de energia ou ver a vida útil da bateria diminuir em ritmo
acelerado.

Dicas para prolongar a vida útil

Agora que já se tem uma ideia básica de como uma bateria de Íon-Lítio funciona durante o
processo de recarga, é possível programar o uso dos aparelhos para obter o máximo de vida útil
possível. Note que não há remédio para recuperar baterias desgastadas por processos químicos
– em geral, esquentá-las um pouco diminui a resistência interna e permite acessar a energia
armazenada, mas basta voltar à temperatura normal para o problema retornar.

Abaixo, seguem algumas dicas simples que ajudam a prolongar o tempo de uso de sua bateria e
que evitam ter que substituí-las antes do período programado durante sua produção.

Recarregue constantemente seus aparelhos

A primeira dica tem tudo a ver com o título do artigo: a melhor maneira de manter seus
aparelhos saudáveis é recarregá-los constantemente, de preferência muito antes de sequer
pensar em acabar a bateria. Além de permitir que você os utilize durante um tempo mais
prolongado, o processo evita o desperdício de importantes ciclos de vida.

Porém, lembre-se de que a descarga completa de um dispositivo é necessária para calibrar o


medidor de energia de aparelhos. Dessa forma, recomenda-se descarregar totalmente um
aparelho a cada três meses, para evitar qualquer tipo de problema nos indicadores. Em geral,
esse ritmo é mais do que suficiente para manter a saúde de sua bateria.
Evite o calor a todo custo

Como já foi exposto durante o artigo, temperaturas


elevadas são os principais inimigos de sua bateria.
Afinal, elas aceleram o processo de desgaste dos
dispositivos e podem resultar em acidentes mais
graves, como incêndios.

Além de retirar a bateria de um aparelho sempre que


ela atingir 100% de carga e uma fonte de energia
continuar conectada, evite utilizar o aparelho em
espaços pouco ventilados ou deixá-lo armazenado
junto a fontes de calor. Assim, você prolonga o tempo de vida da bateria e evita a ocorrência
de problemas mais graves que podem por em jogo um dispositivo valioso.

Guarde baterias em um local adequado

Essa dica é especialmente importante para quem mantém uma bateria extra para momentos de
necessidade ou precisa armazenar dispositivos durante muito tempo sem uso. Como o circuito
de proteção de uma bateria precisa de um pouco de energia para operar corretamente, nunca se
deve deixá-la guardada sem carga alguma.

Algumas baterias de Íon-Lítio falham ao ficar muito tempo com a carga mínima, que no geral
gira entre 2,5 Volts por célula. Caso esse limite mínimo seja ultrapassado, o circuito de
segurança interno deixa de funcionar corretamente e indica que a bateria está morta, situação na
qual os carregadores comuns de nada servem. Alguns fabricantes dispõem de alternativas que
recuperam dispositivos nesse estado, mas em geral é perigoso tentar fazer o processo sozinho
por questões de segurança.

O ideal é que, ao guardar uma bateria, ela esteja


com cerca de 40% de sua carga total disponível.
Após um determinado período de tempo, é
comum que ela perca um pouco dessa
capacidade devido ao circuito de proteção – por
isso, quando for utilizá-la novamente, o
recomendado é deixá-la carregar totalmente
antes de utilizar o dispositivo desejado.

Também procure deixá-la em um ambiente


arejado, evitando assim qualquer problema de superaquecimento. Afinal, mesmo durante os
momentos de repouso de um aparelho os processos químicos de uma bateria continuam agindo
de maneira constante – quanto mais amena a temperatura, menor o ritmo com que eles ocorrem
e, consequentemente, maior a vida útil total do dispositivo.

Fonte: Baixaki Tecnologia

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