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DO
TRABALHO
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO
TRABALHO
CAPÍTULO 1- Introdução
Muitos dos bens materiais que utilizamos para nossa sobrevivência ou para
nosso uso cotidiano, não são encontrados para o consumo na natureza. Para que
isso possa ser obtido, é necessária uma série de processos de trabalho, onde as
matérias-primas são transformadas com o emprego de ferramentas, máquinas e
força de trabalho humano.
Nenhum processo de trabalho ocorre sem que outro produto seja gerado
antes, por exemplo, a construção de uma casa, requer a produção de tijolos,
cimento, etc. Portanto, cada processo desse, é um componente importantíssimo
do processo de produção.
Um processo de produção pode vir a ter diferentes objetivos, dependendo
da forma que ela esteja organizada numa determinada sociedade. Mas, um
objetivo pode estar presente em todas as formas de organização social
(ECONOMICIDADE). Ou seja, podemos obter uma maior quantidade de produtos
proveniente da mesma quantidade de insumos.
Assim, qualquer acontecimento que cause uma improdutividade de insumos
(materiais, meios-de-trabalho ou mão-de-obra) pode vir a se tornar um evento
indesejável, e isso damos o nome de Acidente do Trabalho.
A seguir, veremos a definição de acidentes, para facilitar o nosso
entendimento.
1.2 Definição sobre Segurança do Trabalho
A Segurança do Trabalho foi criada para fazer frente aos graves problemas
dos acidentes. De acordo com a Legislação trabalhista brasileira, para exercer o
cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho, era necessário um curso de
quarto grau, mas atualmente universidades já estão oferecendo cursos de
graduação nessa área devido à obrigatoriedade das empresas de possuir esse
tipo de profissional.
Por ser um campo extremamente vasto de informações, é indispensável a
criação de equipes multidisciplinares, afim de identificar, avaliar e controlar as
fontes de riscos.
Um outro aspecto importante que deve ser mencionado é o jogo de
interesses de diferentes grupos sociais. De um lado a classe empresarial, que
busca com a diminuição dos acidentes um maior crescimento do processo
produtivo; já do outro lado, está a classe trabalhadora, que vê a Segurança do
Trabalho a garantia de diminuição de lesões, mortes e conseqüentemente garantir
a sua sobrevivência. Simplificando, os empresários adotam o critério de redução
de acidentes até o ponto em que o custo da prevenção passe a ser maior do que a
economia que poderá obter; já os trabalhadores, busca a chamada meta do zero-
acidentes.
Outro fator que atrapalha, é o fato do Engenheiro atuar num setor especial
da empresa, ou seja, A Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT), sendo um
empregado diretamente ligado à cúpula administrativa, representando diretamente
os interesses do empregador.
2.1 Definições
Conceito Prevencionista
“Toda ocorrência não programada, estranha ao andamento normal do trabalho,
da qual possa resultar dano físico e/ou funcionais, ou morte no trabalhador e/ou
danos materiais e econômicos à empresa”.
2.2 A dinâmica do Acidente no ambiente de Trabalho
• Condições inseguras;
• Atos inseguros.
2.4 Tipos de Riscos de A.T.
• Acidentes típicos;
• Doenças do trabalho;
• Acidentes de trajeto.
Facilmente, podemos ver que para cada tipo de acidente, uma investigação
diferente deverá ser realizada para identificar suas causas, mas principalmente,
para gerar soluções aos futuros acidentes. Os dois primeiros tipos de acidentes, a
atenção será mais intensa no interior do ambiente de trabalho; já no terceiro, o
foco de atenção será no exterior.
Para cada tipo de acidente, existe um agente ou causa específica, que
manifesta seu perigo de maneira própria, ou em outras palavras, gera um tipo de
risco.
Existem várias formas de classificar os riscos. Por exemplo, Ivan Odonne
em seu livro “Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela saúde”, faz uma
divisão dos fatores nocivos em quatro grupos:
Outros exemplos:
• Levantamento de informações
• Análise do problema
• Geração de soluções alternativas
• Avaliação das mesmas
• Implantação da solução escolhida
Para tanto, vale salientar, que este tipo de metodologia não promete
milagres ou regras predefinidas, que podem ser utilizadas em qualquer situação.
Isso porque o método a ser seguido dependerá da concepção de Acidente de
Trabalho que será adotada, quanto do conjunto de riscos existentes no local
analisado, dentre outros fatores.
Feitas as devidas colocações, será iniciada a discussão sobre as atividades
que o Engenheiro e o Técnico de Segurança do Trabalho aplicarão para resolver o
problema do acidente de trabalho.
De maneira geral, o trabalho iniciará com o planejamento das ações,
seguindo para a fase de execução de projetos em si.
O Planejamento Inicial se faz por duas razões concorrentes:
• Unidades produtivas têm vários problemas de segurança
• Seres humanos só conseguem resolver um problema de cada vez
1. Métodos retrospectivos
2. Métodos prospectivos
• Freqüência
• Gravidade
• Custo
• Extensão
FA = N x 1.000.000 / HH
A comparação sendo feita através da gravidade (que vem a ser aquela que
demanda o registro de um número maior de informações, já que é necessário
saber também qual o efeito dos acidentes) decorre do fato que nem todos os
casos são igualmente danosos. Podemos citar como exemplo, acidentes que são
fatais, ao lado de outros que geram apenas lesões superficiais rapidamente
superáveis.
Uma alternativa são os índices de morbi-mortalidade , sejam eles absolutos
ou relativos. São usuais os índices “Taxa de gravidade” (G) e “Índice de Avaliação
de Gravidade” (IAG), calculados assim:
G = DP x 1.000.000 / HH
IAG = DP / N
Tal obrigação está prevista no artigo 162 da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) e na Norma Regulamentadora NR-4, aprovada pela Portaria no. 33/83
(Secretaria de Inspeção do Trabalho). Essa categoria é representada pela
Federação Nacional dos Técnicos em Segurança do Trabalho, vinculada à
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
O T.S.T. deve também saber interpretar a legislação específica que rege a
área. É uma das competências que esse profissional deverá demonstrar, bem
como utilizar instrumentos de avaliação dos riscos ambientais, de uma maneira
que possa circunscrever medidas adequadas de proteção individual e coletiva.
Seguem a seguir, as competências do Técnico em Segurança do Trabalho:
• identificar os determinantes e condicionantes do processo saúde – doença;
Antes de qualquer coisa, vamos iniciar este tópico explicando o que é uma
NR e como surgiram, para a partir daí, citarmos uma a uma e explicando-as de
uma forma bem resumida e simples.
NR-8 Edificações
NR-14 Fornos
NR-17 Ergonomia
c) Deixar de fechar, bloquear, etc, veículos, válvulas, elementos sob pressão, etc,
o que poderá causar movimentações inesperadas, passagem de corrente elétrica,
vapor, etc;
e) Desconectá-los;
a) Sobrecarregar;
b) Jogar objetos;
d) Fazer algazarra;
e) Discutir ou brigar;
f) Empurrar;
b) Usar saltos altos, cabelos soltos, mangas arriadas, roupas largas, gravatas,
laços, anéis, pulseiras, etc;
e) Falta de redes, marquises, etc, para proteção de pessoal dos andares inferiores
contra a queda de materiais ou objetos;
j) Falta de lubrificação;
f) Superfícies deslizantes;
e) Sobrecargas;
f) Mau alinhamento;
g) Saneamento inadequado;
a) luz insuficiente;
b) Ofuscamento;
a) Renovação de ar insuficiente;
c) Fonte de ar impura;
e) Exposição a radiações;
h) Temperaturas extremas;
7.1 Apresentação
Aqui é feita uma avaliação geral das condições de trabalho e vida dos
funcionários da seção escolhida, terminando na elaboração de uma listagem
ordenada de problemas a serem enfrentados.
7.3 Documentos
• Área da fábrica;
• Ruas e vias de acesso;
• Utilização dos terrenos vizinhos;
• Direção dos ventos e do Sol;
• Fluxos de entrada e saída de pessoas, materiais e veículos;
• Meios de transporte existentes.
7.3.3.3 (Equipamentos):
7.3.3.4 (Edifícios):
• Listagem das instalações existentes (luz, força, esgoto, água potável, óleo,
gás, vapor, etc);
• Projetista, ano de instalação e estado de conservação de cada uma;
• Características técnicas (localização, capacidade, consumo, materiais
utilizados, etc).
7.3.3.6 (Materiais):
7.3.6.1 (CIPA):
• Composição atual;
• Esquema de funcionamento (horário, instalações, equipamentos, etc);
• Treinamentos recebidos pelos seus membros;
• Realização da SIPAT;
• Preenchimento dos Anexos da NR-5;
• Livro de Ata e sua fiscalização pela DRT;
• Estatísticas de acidentes e doenças dos últimos três anos, com as análises
feitas pela CIPA sobre os mesmos;
• Critérios adotados para a seleção de EPI´s;
• Elaboração do mapa de riscos;
• Estudos realizados pela CIPA nos últimos três anos;
• Posição da CIPA na empresa e sua relação com a direção, com os setores
de projetos, compras, manutenção e planejamento.
7.3.6.2 (SESMT):
• Idem a CIPA.