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Por oportuno, fez-se uma pesquisa junto à PHAC (Penitenciária Harry Amorim)
e à UNEI, ambas nesta cidade, bem como a análise de dados estatísticos do Ministério
da Justiça, tudo a fim de subsidiar as conclusões inerentes ao tema apresentado.
Fig. 1. Estigmas
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regras que não são racionais ou não tem fundamento histórico plausível, como os
chamados estigmas (Fig. 1), tais como: “se é portador de necessidade especial não
serve para o trabalho”; “a homossexualidade é algo suportável, menos em minha
família”.
2
II – AS META-REGRAS E A CRIMINOLOGIA
É importante deixar bem claro que o que é crime para o Direito Penal nem
sempre é considerado crime pela sociedade. Para o Direito, o crime não é um fato
natural, algo que ocorre e pronto, mas o resultado de uma construção normativa: é crime
o que o Direito diz que é crime.
A maioria das pessoas pratica o desvio. É mais fácil definirmos quem não
pratica crimes do que quem pratica. Crimes como sonegação fiscal, “gato” da net do
vizinho, software pirata, direção embriagada ou uso de drogas são totalmente comuns
na sociedade. Não faz sentido, portanto, ficar indagando o que difere o criminoso do
não-criminoso.
Essa dissonância entre o que a sociedade considera crime e o que o Direito assim
classifica ajuda a explicar o caráter seletivo da persecução penal, compreendida pelo
processo da investigação penal e do processo penal. Surgiu, então, a partir da
interpretação desse contexto, a Teoria do Etiquetamento (Labelling Aproach) e a
Criminologia Crítica ou Radical, conglomeradas como “Teorias do Conflito”, onde a
coesão e a ordem social são frutos da força coercitiva do Estado, existindo, a partir daí,
a dominação de uns sujeitos por outros. Rompe-se, com isso, o paradigma etiológico,
passando ao paradigma da reação social.
É indubitável, até mesmo para justificar o seu papel de existência, que o agente
da lei quer ter seu trabalho reconhecido pela comunidade que o sustenta, e por isso
acaba por dar preferência persecutória, dentre os crimes em sentido jurídico, àqueles
que são também crimes em sentido social. Em outras palavras, para ser combatida não
basta que uma conduta seja criminosa, mas sim que seja também uma transgressão aos
valores sensíveis da sociedade.
3
O único ponto em comum em relação ao delito e ao delinquente é o processo de
“etiqueta” social que ele sofre. O que caracteriza crime e criminoso é um processo de
rotulagem social, um rótulo que consegue “colar” em determinada pessoa com sucesso e
em outras não. É a reação social que define o desvio.
Assaltante
4
transformação do cidadão em criminoso, segundo a lógica menos ou mais inconsciente
das chamadas meta-regras (ou basic rules).
Segundo BACILA, Sack afirmou que ao lado das regras jurídicas que pretendem
regular comportamento, existe um conjunto de regras de interpretação e de aplicação
das regras gerais ou meta-regras. Portanto, as meta-regras consistem em regras sociais
objetivas da sociedade que estão ligadas a estruturas objetivas e baseadas sobre relações
de poder. As meta-regras apresentam um aspecto objetivo (pois são baseadas em
estruturas comportamentais da sociedade) e um outro aspecto subjetivo (pois constituem
mecanismos psíquicos e atitudes subjetivas que atuam na mente do intérprete). Fritz
Sack vinculou completamente o tema das meta-regras a um discurso marxista e
estritamente ligado ao aspecto econômico.
5
Acontece que mesmo para os casos da pobreza, a teoria das meta-regras
formulada por Sack era bastante restritiva. É que Sack parte de uma Criminologia
Marxista bastante radical, que vê o crime como uma revolta das pessoas oprimidas
economicamente contra o sistema capitalista.
Como, em geral, fica aparente que os crimes tolerados são aqueles realizados por
pessoas com mais recursos (crimes de sonegação fiscal, corrupção, peculato,
banqueiros do jogo de bicho, agiotas) e os mais enfaticamente perseguidos são os
realizados habitualmente por pessoas mais pobres (furtos, roubos, porte ilegal de
armas), a impressão que dá é que os pobres delinquem mais do que aqueles com melhor
poder aquisitivo, além do que, os agentes de repressão contam que a resposta positiva
refletirá em satisfação por parte da sociedade quando estes últimos são mais
combatidos.
Há em cada regra jurídica algo a mais que vai além da tutela de um bem jurídico
ou da determinação de uma conduta. Para cada norma positivada, há um destinatário
ideologicamente definido. Mesmo entre esses destinatários, haverá diferenciação na
aplicação de uma mesma regra. Ou seja, as mesmas regras têm sua aplicação
6
determinada por meta-regras de cunho ideológico, que, embora sejam implícitas,
determinam uma dupla-seletividade na aplicação da lei penal.
São valores que povoam o imaginário social e se fazem representar nos vários
discursos formadores da concepção de mundo em um certo contexto histórico-social.
Esses valores situam-se em várias esferas, atuando de um modo tão implícito que, por
vezes, chegam a parecer inerente à própria natureza humana.
7
emocionais atuantes no cérebro do operador do Direito (preconceitos,
estereótipos, traumas e outras características pessoais), que explicariam
porque a repressão penal se concentra nas drogas e na área patrimonial,
por exemplo, e não nos crimes contra a economia, a ordem tributária, a
ecologia.
8
todos os artifícios possíveis para tentarem esconder suas atividades com uma série de
transações complexas, fruto de “engenharias financeiras”, difíceis de serem descobertas.
Por outro lado, os parlamentares não mostram empenho para aprovar projetos
que podem afetar quem exerce mandatos ou que financiam campanhas políticas de
forma irregular, como a “lavagem de dinheiro” ou o “caixa dois”.
Aqui é importante demonstrar casos e/ou situações que instrumentam o que aqui
foi explicitado na questão das meta-regras da criminologia:
1º)
Por exemplo, ser negro e pobre é algo que se apresenta um desvalor social na
concepção ideológica dominante, enquanto ser um jovem com bom poder aquisitivo
divertindo-se na praia com som em alto volume é visto como um leve excesso da
juventude, tanto mais aceitável quanto mais abastada a classe à qual pertença esse
jovem.
Com a ajuda da zelosa sociedade de bem, ele será detido, mostrado à imprensa e
entregue ao sistema penal, no qual será tratado com desprezo e arrogância. Quem
manda ser bandido!
Mas naquele mesmo dia, como em muitos e muitos outros, o bom pai de família,
proprietário da loja furtada, deixou de recolher o imposto devido, por achar que já
pagava demais. A cada R$ 100,00 de venda não declarada, ele embolsava em torno de
R$ 20,00 de dinheiro público. No dia que o bandido lhe furtou o chocolate, ele havia
deixado de declarar a venda de pelo menos R$ 2.000,00. Com isso, ele se apropriou,
criminosamente, de R$ 400,00 de dinheiro público. Haverá imprensa a mostrar-lhe a
cara envergonhada? Haverá policiais e algemas em seu estabelecimento? Haverá
promotor de justiça a discursar ferozmente contra ele? Provavelmente estarão muito
ocupados com o garoto do chocolate para darem atenção a esses crimes irrisórios.
9
2º)
3º)
Aqui se coloca mais uma situação lógica: uma pessoa melhor instruída, com um
poder aquisitivo mais abastado, pode comprar uma arma de fogo e requerer seu
registro e ainda requisitar o porte de arma. Em outra situação, um cidadão pobre e
com pouco nível de instrução, que às vezes adquire uma arma por meios escusos e não
detém uma cultura suficiente para compreender sequer o que representa um porte de
arma, naturalmente que numa averiguação policial portará tal arma sem o
preenchimento dos ditames legais, e por isso será enquadrado como criminoso. Nessa
ótica, certamente fica um estigma de que a polícia somente toma armas de pobres,
repreendendo-os, e para piorar a justiça ainda ampara tal “disparate” social de
classes.
10
III – AVALIAÇÃO ESTATÍTICA DO SISTEMA PRISIONAL LOCAL E DO
PAÍS
Análise:
Com base no número de vagas existentes e o número de internos, percebe-se
a gravidade do estado de superlotação em que se encontra o estabelecimento,
isso porque, como adiante será demonstrado, apresentam-se os tipos de
delitos cometidos e, por consequência, os delituosos ali reclusos.
Dentro dessa ótica, indiscutível consentir que houve / há, no sistema penal,
um preselecionamento do tipo de delito, a fim de se proceder a reclusão do
delinquente, mesmo porque, certamente, não haveria lugar para reprimir,
com a reclusão, todo e qualquer tipo de delinquência.
Análise:
Até os 35 anos de idade estão 74% dos internos. No entanto, é de se
consentir que, em regra geral, não há um limite de idade para o cometimento
do crime. Tal fato se dá, necessariamente, porque o tipo de crime que o
sistema entende como passível de uma punição mais exemplar, com a
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reclusão, são aqueles cometidos, em grande número, por aqueles indivíduos
que ainda não estão “maduros”.
50
43%
30
25%
20 18%
10 6% 6%
1% 1%
0
os
os
os
os
os
os
os
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an
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an
an
an
an
20
25
35
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60
a
de
18
21
26
36
46
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ai
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Cor declarada
Indígena 36 3%
Pardo 533 44%
Negro 86 7%
Branco 558 46%
1213 100%
Análise:
Mesmo havendo um estigma de que a raça negra ou parda são geralmente os
mais perseguidos pelo sistema repressor, tal assertiva não se aplica no
presente caso, pois o que aqui se apresenta é que os considerados “brancos”
também têm praticados os mesmos tipos de crimes considerados puníveis
pela sociedade.
Tal conclusão pode, entretanto, ser refutada pelo seguinte aspecto: a etnia
parda / negra pode até ser alvo daqueles que fazem a primeira abordagem
(polícia), mas quando analisado o caso pelo judiciário não há sustentação
para aplicação de pena de restrição pelo suposto crime; pode também ocorrer
que a abordagem policial não desemboque na questão processual.
50 46%
44%
Cor declarada (%)
40
30
20
10 7%
3%
0
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In
12
Grau de escolaridade
Analfabeto 6% 73
Alfabetizado 2% 22
Ensino Fundamental Incompleto 73% 889
Ensino Fundamental completo 5% 61
Ensino Médio Incompleto 10% 116
Ensino Médico completo 4% 49
Superior completo 0% 3
100% 1213
Análise:
Analisando a questão do grau de escolaridade do delinquente recluso, se
pode concluir que a educação talvez seja o melhor “remédio” para a redução,
pelo menos, da possibilidade de redução do número de criminosos reclusos,
especialmente em se considerando os crimes que a sociedade entendem
como passível de repreensão mais rígida (prisão).
Chega a ser, em primeira análise, impactante a constatação de que aqueles
que cometeram os delitos objetos da reclusão compreendem 81% daqueles
que sequer concluíram o Ensino Fundamental.
80 73%
Grau de Escolaridade
60
(%)
40
20
10%
6% 5%
2% 4% 0.25%
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E
Crime praticado
Art. 12, Lei 6368/76 14% 170
Crimes Sexuais (213, 214, 217 - CP) 6% 73
Art. 121, CP 12% 146
Art. 155, CP 14% 170
Arts. 33, 35 e 40 Lei 11.343/06 33% 400
Art. 180, CP 4% 48
Art. 157, CP 16% 194
Art. 157, § 3º, CP 1% 12
100% 1213
13
Análise:
Analisando a estatística concernente ao tipo de delito praticado, que
implicou na reclusão do delituoso, fica patente o tipo de crime que a
sociedade ou o sistema coercitivo do Estado entende como passível de uma
punição mais rígida.
Por surpresa, e até mesmo para ratificar a posição da teoria das “meta-
regras”, não há nenhum criminoso cerceado da liberdade (recluso) na espécie
e tipificação criminal da “sonegação fiscal” ou o popular crime do
“colarinho branco”.
40
Crime praticado (%)
33%
30
20
16%
14% 14%
12%
10
6%
4%
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Dos internos que são beneficiados com progressão de regime, cerca de 30% acabam por
retornar à PHAC; destes, 12% cometeram novo delito.
14
No entanto, de 12 a 18 anos, o jovem infrator será levado a julgamento numa
Vara da Infância e da Juventude e está sujeito a várias punições, tais como:
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade,
liberdade assistida, inserção em regime de semiliberdade e internação em
estabelecimento educacional.
Masculino 30 internos
Tipo de Delito:
Tipo de Delito 12
Tráfico de Drogas 8
10
Homicídio - Tent. 10
Roubo 6 8
Receptação 3
6
Quebra de medida / 3
fuga 4
Faixa Etária
13 anos 1 2
14 anos 2
0
15 anos 4
Tráfico de Homicídio - Roubo Receptação Quebra de
16 anos 8
Drogas Tent. medida / fuga
17 anos 9
18 anos 6
Grau de Escolaridade
NI 5 Faixa Etária:
4ª EF 2 10
9
5ª EF 4
8
6ª EF 11
7
7ª EF 2
6
8ª EF 4
5
1º EM 2
4
3
2
1
0
13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos
Grau de escolaridade:
12
10
0
NI 4ª EF 5ª EF 6ª EF 7ª EF 8ª EF 1º EM
15
Feminino 9 internas
Tipo de Delito
Tráfico 5
5
Roubo 1 Tipo de Delito:
Faixa Etária 4
15 anos 1 3
16 anos 4
17 anos 1 2
Grau de Escolaridade 1
5ª EF 1
0
6ª EF 2 S1
8ª EF 2 Tráfico
1º EM 1 Roubo
4
2
3,5
3 1,5
2,5
Faixa Etária: 1
2
1,5 0,5
1
0
0,5
5ª EF S1
6ª EF
0 8ª EF
1º EM
S1
15 anos
16 anos Grau de escolaridade:
17 anos
Análise:
Com base nos levantamentos efetuados junto à UNEI – DOURADOS, tanto
masculina quanto feminina, é possível analisar com propriedade onde,
realmente, sintoniza o problema-chave da criminalização, qual seja: no
tráfico de drogas, nos furtos / roubos e nas tentativas de homicídio /
homicídio. Isso vem desde a mais tenra idade.
Não obstante ainda não haver um aparelhamento adequado de informações,
em entrevista junto à assistente social da Unidade masculina, fica evidente
que quando a tipificação do crime refere-se à furtos e drogas, há uma
reincidência muito grande dos menores apreendidos.
Por outro lado, na maioria deles (internos) houve um desregramento
familiar: pais separados, moram com os avós, etc., fato esse que
possivelmente influenciam nos primeiros passos à delinquência.
Ademais, a maioria absoluta, senão a totalidade dos internos é pertencente à
família com renda de no máximo cinco salários mínimos, podendo ser
enquadrados como “pobres”.
16
3.2 – SITUAÇÃO NACIONAL
Análise:
Ano 2009:
No Brasil, como se percebe, 77% dos internos estão na faixa etária
entre 18 a 34 anos; não difere do número da PHAC, que conta com
75% de detentos até 35 anos de idade.
17
drogas faz com essa condição se torne mais enfática, faz com que a
realidade nacional reflita a realidade local.
Análise:
Ano 2009:
Em Dourados, como no Brasil, a incidência maior de delitos está
relacionada a roubos, furtos e entorpecentes (65%), sendo que os
crimes contra a fazenda pública, os do “colarinho branco”, não têm
um tratamento individualizado do Ministério da Justiça, presumindo-se
isto se dar em razão do baixo índice de registro.
18
Escolaridade - Brasil - ano 2009
População Carcerária % número
Analfabeto 6,26 26091
Alfabetizado 11,88 49521
Fundamental incompleto 42,83 178540
Fundamental Completo 16,16 67381
Médio Incompleto 10,58 44104
Médio Completo 7,44 31017
Superior Incompleto 0,71 2942
Superior Completo 0,41 1715
Acima de Superior Completo 0,01 60
Não Informado 3,71 15475
Total 100 416846
Análise:
Ano 2009:
Os números, em nível nacional, apontam que 60,97% dos internos não
completaram o Ensino Fundamental, contra 81% da PHAC,
demonstrando que, tanto aqui em Dourados como no território nacional o
fator escolaridade é causa determinante de delinquência.
19
Análise:
Conforme os dados apresentados, a população carcerária nacional negra é
minoria em relação a pardos e brancos, mas, para a sociedade e para a polícia,
é fato conhecido por todos que a etnia negra é, sim, fator de estigma;
20
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Indaga-se, então, o por quê de tal preferência? Porque os mais pobres não
reclamam de abuso de autoridade, geralmente não conhecem seus direitos, não são
acompanhados de advogados e seus estratagemas emperrantes da investigação policial.
E, ainda, porque prender os mais pobres dá a impressão de “missão cumprida”,
enquanto que prender os mais ricos, além de ser um risco à carreira policial, muitas
vezes, pode parecer um sintoma de inveja. Aplica-se, nesse caso, “in dúbio” contra
mísero, como dizem os estudiosos da criminologia crítica.
Alguns até argumentam que “o jogo do bicho” é como um outro jogo qualquer
(daqueles amparados pelo governo – loterias da CEF), sendo a única diferença porque
não paga imposto. Daí pressupõe que o pagamento do imposto é que faz com que algo
não seja ilícito, não importando, em primeiro plano, a forma em si, em linhas gerais.
Ante tudo o que aqui já foi exposto, também é possível deixar algumas
indagações:
21
b) Numa fiscalização alfandegária são fiscalizados ônibus de
“sacoleiros” OU carros particulares, especialmente aqueles de maior
poder aquisitivo onde certamente trazem um volume individual de
compra acima do permitido, e sem legalização?
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V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BISSOLI FILHO, Francisco. Sanção Penal e suas Espécies. Juruá Editora, 2010.
_________. Estigmas da Criminalização. Ed. FURB, 1999.
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. A Criminologia Radical. 3. ed. Ed. Lúmen Júris,
2008.
23