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FACULDADE DE SERGIPE –- FASE

LUIZ GUSTAVO DE OLIVEIRA RAMOS

FORMAS DE LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA


TOMBAMENTO E DESAPROPRIAÇÃO

Profª. ELOA DE FREITAS CARDOSO CANGUSSU

ARACAJU
2010
1. TOMBAMENTO

A Constituição Federal brasileira de 1988 traz em seu bojo o artigo 24, VII, que versa
compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: proteção
ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico. Sob esta fundamentação
fora criado o instituto do Tombamento, que é uma forma de intervenção estatal que visa
preservar e proteger o patrimônio histórico, cultural, paisagístico, artístico, turístico,
arqueológico ou cientifico de bem móvel ou imóvel, sendo competência da União, dos
Estados e Municípios, assegurados pela Constituição Federal de 1988.

O tombamento atribui ao bem a característica de se tornar imutável, e pode ser muitas


vezes inalienável, ou seja, o bem particular que sofreu tal invernação do Estado passa, então, a
gozar da proteção de bens públicos, não podendo ter sua faixada alterada, no caso de imóveis,
ou qualquer característica intrínseca e extrínseca adulterada, a partir do momento que se
encontra tombado.

Existem algumas formas de tombamento e estas podem ser:

1. Tombamento de oficio à incide bens públicos;


2. Tombamento voluntário à incide sobre bens particulares com aceitação de seus
proprietários;
3. Tombamento compulsório à imposto através de coação, incide sobre bens
particulares, após o regulamento do procedimento administrativo;
4. O tombamento pode ter caráter indenizatório, mas não configura confisco,
sendo o tombamento preservação do patrimônio cultural.

2. DESAPROPRIAÇÃO

Desapropriação é uma retirada compulsória da propriedade de determinado bem visando o


interesse público no qual opera, ou seja, a transferência do bem particular para o patrimônio
público. Encontramos alguns artigos na Constituição Federal que fundamentam a
desapropriação, in verbis:

Art. 5º, IV - XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por


necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.

§ 1º … § 2º ... § 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com


prévia e justa indenização em dinheiro.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área


incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I … II … III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública
de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até
dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e
cuja utilização será definida em lei.

Para Gasparini (2005, p. 607) o conceito de desapropriação é:

O procedimento administrativo pelo qual o Estado, compulsoriamente retira e alguém


certo bem por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social e adquire
originariamente para si ou para outrem mediante prévia e justa indenização paga em
dinheiro, salvo os casos que a própria Constituição enumera em que o pagamento é
feito com títulos da dívida publica ou da divida agrária.

Vale ressaltar que despropriação também é conhecida como expropriação, contudo a


mesmo incide sobre:

1. Posse desde que legitima e de valor econômico;


2. Ações, quotas, e direitos de qualquer sociedade. Observando a Súmula 476,
STF, in verbis:

DESAPROPRIADAS AS AÇÕES DE UMA SOCIEDADE, O PODER


DESAPROPRIANTE, IMITIDO NA POSSE, PODE EXERCER, DESDE LOGO,
TODOS OS DIREITOS INERENTES AOS RESPECTIVOS TÍTULOS.

Bens públicos pertencentes a entidade estatal inferior, ou seja, a União pode


desapropriar bens dos Estados, Municípios e do DF, bens pertencentes a autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista.

Observamos que os bens desapropriados passam integrar o quadro de bens públicos


pertencente aos entes da Administração direta, contudo alguns deste podem ser revertidos para
atender particulares como no caso de uma desapropriação de uma zona rural para urbanização
e por interesse social, ou também, para efeitos de reforma agrária, quando versa a
Constituição Federal sem seu artigo 184, supracitado.

Em regra a desapropriação gera indenização aos particulares, todavia existem situações


em que não haverá aquela, assumindo a desapropriação nítido caráter confiscatório, a
exemplo da desapropriação de alguma área em que haja cultivo ilegal de plantas.

Em face da indenização, deve-se primeiro observar que a mesma será em dinheiro, de


forma prévia e justa, possuindo caráter constitucional, salvo as exceções nesta mesma carta.
Ela deve ser justa para satisfazer o valor do imóvel na data da desapropriação e seu
pagamento; deve ser prévia para que ocorra antes da imissão na posse; e em dinheiro na
moeda corrente. Incidirá ainda a indenização sobre benfeitorias necessárias ainda que estas
sejam realizadas após a expropriação com fixação amigável (com acordo administrativo) ou
judicial (por avaliação de um juiz).
Para Rosa (2007, p. 220) o pagamento da indenização será feita por acordo ou na
forma imposta na decisão judicial, hipótese em que a ordem cronológica das requisições
(precatórios) endereçadas ao poder expropriante.

REFERÊNCIAS

GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 6º Edição. Local: São Paulo: Saraiva. 2005.

ROSA, Márcio Fernando Elias. Direito administrativo: Sinopse jurídica. 9º Edição. Local:
São Paulo: Saraiva. 2007.

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