O documento descreve as ideologias que sustentaram as classes dominantes pré-capitalistas na Europa. Na Grécia e Roma antigas, a ideologia era a escravidão era natural e certas pessoas nasciam para serem escravos ou senhores segundo Platão e Aristóteles. Na Idade Média, o feudalismo caracterizou-se pela locação de terras pelos senhores feudais em troca de trabalho e a Igreja Católica justificou a exploração dos servos pela "ética paternalista cristã" de que eram como filhos protegidos
O documento descreve as ideologias que sustentaram as classes dominantes pré-capitalistas na Europa. Na Grécia e Roma antigas, a ideologia era a escravidão era natural e certas pessoas nasciam para serem escravos ou senhores segundo Platão e Aristóteles. Na Idade Média, o feudalismo caracterizou-se pela locação de terras pelos senhores feudais em troca de trabalho e a Igreja Católica justificou a exploração dos servos pela "ética paternalista cristã" de que eram como filhos protegidos
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O documento descreve as ideologias que sustentaram as classes dominantes pré-capitalistas na Europa. Na Grécia e Roma antigas, a ideologia era a escravidão era natural e certas pessoas nasciam para serem escravos ou senhores segundo Platão e Aristóteles. Na Idade Média, o feudalismo caracterizou-se pela locação de terras pelos senhores feudais em troca de trabalho e a Igreja Católica justificou a exploração dos servos pela "ética paternalista cristã" de que eram como filhos protegidos
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O ser humano é um ser social e desde os primórdios, sempre
viveu em grupo. Este agrupamento permitiu a distribuição das atividades entre todos. Esta distribuição, por necessidade e/ou conveniência, fez com que as pessoas se diferenciassem entre si de acordo com as tarefas que eram realizadas. As inovações tecnológicas demandavam distribuição de tarefas mais elaboradas e o aumento de produtividade fazia que menos pessoas fossem necessárias para se produzior que a sociadade demandava para seu consumo. Isto permitia que uma parte da sociedade pudesse se desvencilhar do trabalho e viver as custas do que era produzido pelo restante da sociedade. Surgiam assim as classes sociais. As classes mais abastadas não conseguiriam se perpetuar nesta situação caso não houvesse um entendimento geral sobre o papel de cada um na sociedade e como isto impacta na vida de cada indivíduo. Este entendimento deveria explicar o porquê das classes mais abastadas poderem acumular riquezas e viverem do que era poduzido pelos integrantes das classes menos abastadas. Cada fase histórica da sociedade tinha uma base ideológica que sustentasse a sua existência desta classe mais abastada na nova realidade econômica vigentes na era antiga e medieval. Na Roma e Grécia antigas, o sistema era escravocrata. A economia da época era primordialmente agrária e os escravos deveriam trabalhar as terras de seus senhores. Estes viviam como reis usufruindo do que era produzido pelos escravos. De acordo com Platão e Aristóteles “A escravidão era um fenômeno natural, o único sistema possível e a sua existência seria eterna”. Além disto, estes filósofos afirmavam que certos homens e mulheres nasciam para serem escravos pois eram inferiores. Outros, porém, já nasciam predestinados a serem donos de escravos. Naquela época, o sistema de escravidão desenvolveu nos homens livres a ideia que o trabalho era algo indigno e portanto atribuído aos escravos. Como consequencia, os homens cultos que poderiam desenvolver novas técnicas de produção não se envolviam com o trabalho e temos então, este período, caracterizado pela ausência de criatividade e poucas inovações tecnológicas. Com a derrocata do Império Romano do Ocidente devido as invasões dos bárbaros o sistema econômico mudou dando origem ao Feudalismo. O feudalismo caracterizou-se locação de terra (feudo) por parte do dono da terra (senhor feudal) para homens livres (servos). Os servos, neste período, eram livres e não eram propriedade do senhor feudal. Além disto não podiam ser separados da terra e nem de sua família. As relações entre o senhore feudal e o servo se davam de acordo com os costumes do feudo mas sempre caracterizando que o servo tinha a obrigação de cultivar a terra e pagar o senhor feudal pelo uso da terra e o senhor feudal era responsável pela proteção do servo e sua família. Cada feudo tinha seus próprios costumes. O senhor feudal podia ser vassalo de um outro senhor feudal que também poderia ser vassalo de outro senhor feudal assim por diante até a última instância que seria o rei. Caso houvesse divergências entre senhores feudais o senhor suzerano destes deveria resolver o litígio. Dentro de um feudo o senhor feudal agia como juiz julgando as dissensões entre servos e deles com o próprio senhor. Na idade média a Igreja Católica era a maior proprietária de terras que existia. Os feudos dela eram chamados de eclesiasticos enquanto os dos duques e condes eram chamados de feudos seculares. Ambos os feudos seculares e eclesiáticos podiam exercer uma relação vassalo- suzerano entre si mas ambos exploravam os servos que viviam em suas terras. Os servos eram homens livres mas eram explorados pelos seus suseranos. A igreja católica e os suzeranos suscitaram a ideia que a sociedade feudal era como uma família onde os servos eram os filhos que deviam obediência ao seu pai o suzerano. Em contra partida o suzerano era responsável pelo bem estar dos servos e os protegiam como aos seus filhos. Deu-se a isto o nome de Ética Paternalista Cristã. Podemos observar que os mais abastados, qua acumularam riquezas e conseqüentemente com mais conhecimento conseguiram se manter no poder e esplorando as classes menos abastadas durante milênios criando uma ideologia que justificasse a situação de cada um perante a sociedade.