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MINI-CURSO:
Outubro de 2008
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AULA 1
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1. APRESENTAÇÃO
O MATLAB®, ao contrário do que muita gente pensa, é um software
destinado a realizar cálculos com matrizes (MATLAB® = MATrix LABoratory) e não
uma linguagem de programação. O seu uso é bastante abrangente, sendo utilizado em
vários meios industriais e acadêmicos, por permitir a realização de aplicações ao nível
da análise numérica, de análise de dados, cálculos matriciais, processamento de sinais,
construção de gráficos, otimização de funções, entre outras, abordando uma banda larga
de problemas científicos e de engenharia.
O uso do MATLAB® se torna bastante simples, pois os seus comandos são
bastante próximos da forma como escrevemos expressões algébricas, permitindo assim
a resolução de problemas numéricos em apenas uma fração do tempo que se gastaria
para escrever um programa semelhante numa linguagem de programação clássica.
2. INTRODUÇÃO
Como foi dito anteriormente, o MATLAB® trabalha com matrizes numéricas,
podendo conter elementos complexos. Quando usamos apenas um escalar, estamos na
verdade usando uma matriz 1x1.
2.1) SINTAXE
As duas principais terminações do MATLAB® são: a vírgula (,) e o ponto-e-
vírgula (;). Quando um comando é terminado com vírgula seu resultado é expresso na
tela e atribuído à variável do sistema ans (de answer, ou resposta), enquanto que, com a
terminação ponto-e-vírgula o resultado do comando não é expresso na tela. Quando a
terminação é uma vírgula, esta pode ser suprimida. Para continuar um comando na outra
linha, basta usar a terminação três pontos (...). Para fazer comentários, usa-se o sinal de
por cento (%) no início da linha.
EXEMPLO 1: Digite:
>>5 + 6,
>>5 + 6
>>5 + 6;
>>% 5 + 6
>>5+ ...
6
EXEMPLO 4:
Digite:
>> a = 5 + 7*(5+9) - (6+8)/(5-3)
>> b = 4 - (6 - (8/(9+7))*4) - sqrt(7+9) + (5+1)^(7+1) - 6^8
>> total = a+b
2.5) MATRIZES
Para criar uma variável que armazena uma matriz, basta escrever os
elementos da matriz entre colchetes [...], sendo que os elementos de uma mesma linha
são separados por vírgulas ou por espaços e as linhas são separadas com o uso de ponto-
e-vírgula ou por quebra de linha. Por exemplo, para escrever a matriz:
1 2 3
A = 4 5 6
7 8 9
Fazemos :
>> A = [1 2 3; 4 5 6; 7 8 9]
Ou
>> A = [1, 2, 3; 4, 5, 6; 7, 8, 9]
Ou
>> A = [1 2 3
456
7 8 9]
2
A(:,2) = 5
8
A(2,:) = [ 4 5 6 ].
Subtracao =
-8 -6 -4
-2 0 2
4 6 8
>> Soma = A + B
Soma =
10 10 10
10 10 10
10 10 10
>>x = [ -1 0 2]’;
>> y = x – 1
y=
-2
-1
1
2.5.2) MULTIPLICAÇÃO
A multiplicação de matrizes é indicada por "*". A multiplicação x*y é definida
somente se a segunda dimensão de x for igual à primeira dimensão de y. A
multiplicação:
>> x'* y
ans =
4
Naturalmente, um escalar pode multiplicar ou ser multiplicado por qualquer
matriz.
>> pi*x
ans =
-3.1416
0
6.2832
2.5.3) DIVISÃO
A divisão de matrizes requer especial atenção, pois existem dois símbolos para
divisão de matrizes no MATLAB® "\" e "/". Se A é uma matriz inversível quadrada e b
é um vetor coluna (ou linha) compatível, então A\b e b\A correspondem
respectivamente à multiplicação à esquerda e à direita da matriz b pela inversa da matriz
A, ou inv(A)*b e b*inv(A), mas o resultado é obtido diretamente:
X = A\b é a solução de A*X = b
X = b/A é a solução de X*A = b
2.5.4) POTENCIAÇÃO
A expressão A^p eleva A à p-ésima potência e é definida se A é matriz
quadrada e p um escalar. Se p é um inteiro maior do que um, a potenciação é calculada
como múltiplas multiplicações. Por exemplo,
>> A^3
ans =
279 360 306
684 873 684
738 900 441
2.6.3) POTENCIAÇÃO
A potenciação de conjuntos é indicada por “.^”. A seguir são mostrados
alguns exemplos utilizando os vetores x e y. A expressão:
>> z = x .^ y
z=
1 32 729
A potenciação pode usar um escalar.
>> z = x.^2
z=
1 4 9
Ou, a base pode ser um escalar.
>> z = 2.^[x y]
z=
2 4 8 16 32 64
2.7) NÚMEROS COMPLEXOS
O MATLAB® trabalha de forma eficiente com números complexos. Como foi
citada anteriormente, a unidade imaginária é representada por i ou j. Dessa forma, para
escrever um número complexo basta fazer:
>> z= 3 + 4*i
ou
>> z= 3 +4*j
>> w= r * exp(i*theta)
>> w = 5*exp(i*pi)
Percebemos que foi gerado um vetor com de 1 até 10, com incremento de uma unidade.
4. FUNÇÕES
O MATLAB® tem diversas funções pré-definidas, onde a maioria pode ser
usada da mesma que seria escrita matematicamente. Algumas dessas funções são
listadas abaixo:
abs(x) - valor absoluto de x.
cos(x) – cosseno de x.
acos(x) - arco cosseno de x.
sin(x) – seno de x.
asin(x) - arco seno de x.
tan(x) – tangente de x.
atan(x) - arco tangente de x.
exp(x) - exponencial de x.
gcd(x,y) – máximo divisor comum de x e y.
lcm(x,y) - mínimo múltiplo comum de x e y.
log(x) - logaritmo de x na base e.
log10(x) - logaritmo de x na base 10.
rem(x,y) - resto da divisão de x por y.
sqrt(x) - raiz quadrada de x.
5. GRÁFICOS
Uma das principais ferramentas que o MATLAB® proporciona é a sua grande
facilidade para gerar gráficos.
Abaixo, listamos algumas funções para manipulação de gráficos.
• plot(x, y) – gera um gráfico linear. X é o vetor que contêm os pontos do eixo das
abscissas e y são os pontos do eixo das ordenadas.
• semilogx (x,y) - gera um gráfico em escala semi-logaritmica(eixo x). x é o vetor
que contêm os pontos do eixo das abscissas e y são os pontos do eixo das
ordenadas.
• semilogy (x,y) - gera um gráfico em escala semi-logaritmica(eixo y). x é o vetor
que contêm os pontos do eixo das abscissas e y são os pontos do eixo das
ordenadas.
• title(‘texto’) – dar título ao gráfico gerado.
• xlabel(‘texto’) – nomeia o eixo x.
• ylabel(‘texto’) – nomeia o eixo y.
• grid – cria linhas imaginárias no gráfico gerado
• legend(‘texto’) – cria uma legenda para o gráfico.
Para gerar vários gráficos, adicionamos novos valores na função que gerou o
gráfico e escolhemos a cor de cada gráfico.
Por exemplo,
• plot(x1, y1, ‘r’, x2, y2, ‘b’, x3, y3, ‘g’) – gera três gráficos (x1, y1), (x2, y2) e
(x3, y3) com cores vermelho, azul e verde, respectivamente.
Esses gráficos são gerados na mesma janela (mesmo eixo), mas se quisermos gerar
gráficos em janelas diferentes, é comum se usar a função figure (numero).
Por exemplo,
• figure(1), plot(x1, y1)
• figure(2), plot(x2, y2).
Assim, serão gerados dois gráficos em janelas diferentes, ou seja, figura 1 (x1,y1) e
figura 2 (x2, y2).
EXEMPLO 6:
>> t = 0 : pi/10 : 4*pi;
>> y = sin(t);
>> figure(1), plot(t,y,'r'), xlabel('Eixo x'), ylabel('Eixo Y'), grid, title('Função Seno')
EXEMPLO 7:
>> z = log(t)
>>figure(2),plot(t,z,'b'), xlabel('Eixo x'), ylabel('Eixo Y'), grid, title('Função Logaritmo')
EXEMPLO 9:
>> plot(t, y, 'r',t,z,'b'), xlabel('Eixo x'), ylabel('Eixo Y'), grid, title('Funções: Seno e
logaritmica'), legend('Seno', 'Logaritmo')
6.1) O RESISTOR
O resistor é o componente mais simples de um circuito elétrico. Sua última
finalidade é apenas a de dissipar potência. A propriedade que quantifica a capacidade de
dissipação de potência de um resistor é denominada resistência elétrica. A resistência
elétrica, para cada resistor, é uma constante que relaciona linearmente a tensão e a
corrente nos terminais do componente. Dessa forma, para um resistor, as grandezas
elétricas que se relacionam de forma linear são a tensão e corrente nos seus terminais.
Essa relação é mais conhecida como Lei de Ohm e é expressa como: V = R.i , onde V e
i são, respectivamente, a tensão e a corrente nos terminais do componente e R é o valor
da sua resistência, cuja unidade de medida é o Ohm. A mesma relação se mantém entre
os fasores de tensão V̂ e corrente Î para a análise do regime permanente senoidal, no
ˆ = R ⋅ Iˆ .
domínio da freqüência: V
6.2 ) O CAPACITOR
O capacitor é o componente dos circuitos que tem a propriedade de acumular
energia em um campo elétrico. A “capacidade” que um dado capacitor tem para
armazenar energia é quantificada por um atributo do mesmo denominado capacitância
elétrica. A capacitância é uma constante que relaciona a carga acumulada pelo capacitor
e a tensão sobre seus terminais. Sua unidade de medida é o faraday (F), onde 1 faraday
= 1 columb/1 volt.
Assim, para um capacitor de capacitância C, têm-se as duas mais importantes
6.3) O INDUTOR
De forma análoga ao capacitor, o indutor é um outro elemento do circuito
capaz de armazenar energia em um campo. A diferença é que o indutor armazena
energia em um campo magnético. O parâmetro que descreve numericamente a
capacidade de um indutor armazenar energia é denominado de indutância, que tem o
henry como unidade de medida.
Dado um indutor de indutância L, percorrido por uma corrente i, segue-se que
( R 1 + R 4 ) ⋅ i1 + R 3 ⋅ i 2 = V 1 − V 2
R 3 ⋅ i 2 − R 2 ⋅ i3 = V 3 − V 2
i1 − i 2 − i 3 = 0
Observe que as equações foram escritas de forma literal. A vantagem de
escrever as equações dos circuitos na forma literal é que, mesmo que os valores dos
resistores e das fontes mudem, elas continuarão válidas. Dessa forma, poupa-se trabalho
se for necessário analisar o desempenho do circuito para diversos valores dos
componentes. Em seguida, temos o mesmo sistema na notação matricial:
V̂ s = 10 ∠ 0 °
1
V̂ c = − j X c ⋅ Î = ⋅ Î
jω C
V̂ L = jX L ⋅ Î = j ω L ⋅ Î
V̂ R = R ⋅ Î
V̂ s = V̂ c + V̂ L + V̂ R ⇒ V̂ s = ( R + jX L − jX C ) ⋅ Î
V̂ s
⇒ Î =
( R + jX L − jX C )
Deste modo, como o problema consiste em apenas determinar o fasor da
corrente no circuito, no M-file devem constar apenas os parâmetros do circuito e a
última expressão para o fasor da corrente. Desse modo, temos a seguir o texto do código
presente no M-file gerado para a resolução desse problema:
Nó → 1
Nó → 2
Vˆ Vˆ − Vˆ
− 10,6 + 1 + 1 2 = 0 Vˆ2 − Vˆ1 Vˆ2 Vˆ − 20 Iˆx
10 1 + j 2 + + 2 =0
1 + j 2 − j5 5
Vˆ1 (1,1 + j 0,2 ) − Vˆ2 = 10,6 + j 21,2
mas :
Vˆ − Vˆ2
Iˆx = 1
1+ j2
Substituindo(nó 2) :
− 5Vˆ1 + (4,8 + j 0,6 )Vˆ2 = 0
Assim :
(1,1 + j 0,2 ) −1 Vˆ1 10,6 + j 21,2
(4,8 + j 0,6) Vˆ2
⋅ =
−5 0
SOLUÇÃO:
Vˆ1 = 68,40 − j16,80 V
Vˆ2 = 68 − j 26 V
Logo :
Iˆa = 6,84 − j1,68 A
Assim :
mas : Substituindo(malha 2) :
(13 − j14) − (12 − j16) Iˆ1 150
Iˆx = Iˆ1 − Iˆ2 (27 + j16)Iˆ1 − (26 + j13)Iˆ2 = 0 (27 + j16) − (26 + j13) ⋅ ˆ = 0
I 2
SOLUÇÃO:
Iˆ1 = −26 − j 52 A
Iˆ2 = −24 − j 58 A
No MATLAB®:
Vˆcc ˆ
3. Calcular a resistência de Thévenin através da expressão Z Th = = Vcc ;
1
Assim, obtém-se o seguinte circuito equivalente de Thévenin:
Assim:
36 − j12
Iˆ0 = = 1,56 + j1,08 A
[(2 + j 3) + (10 − j19)]
Calculando o circuito equivalente de Thévenin teríamos:
VˆTh = (10 − j19) ⋅ Iˆ0 = (10 − j19) ⋅ (1,56 + j1,08) = 36,12 − 18,84V
Z Th = (10 − j19) // (2 + j 3) = 2,63 + j 2,84Ω
V3 V3 V3 − V4
+ + = 0
3 6 2
V3 = −12V
Também : Logo :
V4 = −24V
V4 − V3 V4
+ + 12 = 0
2 2
Então :
″ − V3 12 ′ ″
i1 = = = 2A i1 = i1 + i1 = 15 + 2 = 17 A
6 6
′ ″
″ V − 12 i2 = i2 + i2 = 10 − 4 = 6 A
i2 = 3 = = −4 A ⇔
3 3 ′ ′
i3 = i3 + i3 = 5 + 6 = 11A
″ V − V4 − 12 + 24
i3 = 3 = = 6A ′ ″
i4 = i4 + i4 = 5 − 6 = −1A
2 2
″ V − 24
i4 = 4 = = −6 A
4 4
No MATLAB®:
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AULA 4
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9 - RESPOSTAS DOS CIRCUITOS RL E RC A UM
DEGRAU
Didaticamente, circuitos RL e RC alimentados por fontes contínuas são bastante
utilizados em disciplinas que envolvem o estudo de circuitos elétricos. Sendo assim,
neste tópico, explicitaremos a análise destes circuitos evidenciando seu comportamente
sempre visando uma implementação do modelo através do MATLAB®.
Cada circuito elétrico tem um comportamento distinto quando submetido à
aplicação brusca de uma tensão ou corrente. Este comportamento é conhecido como
resposta a um degrau.
Neste caso, no exame da resposta dos circuitos RL e RC a um degrau, é possível
verificar o comportamento destes circuitos durante a fase em que a energia está sendo
armazenada no indutor ou capacitor.
Logo:
Assim :
di di −R
VS = Ri + L = dt
i − S
dt V L
di − Ri + VS − R VS R
= = i − i (t ) t
dt L L R di ′ −R
⇔ ∫I VS = ∫0 L dt ′
di − R VS 0 i′ −
dt = i − dt R
dt L R
i (t ) − S
V
− R VS
di = i − dt ln R = − R t
L R
I 0 − S
V L
R
Logo :
i (t ) − S
V VS V −(R )t
−R
R = e L t ⇔ i (t ) = + I 0 − S e L
R R
I 0 − S
V
R
Considerando então que a tensão nos terminais do indutor é dada por
di V −(R )t
v=L
dt
⇔ ( )
v = − R I 0 − S e L
L R
As equações acima demonstradas dão suporte para as análises do circuito
proposto. A seguir, exemplos de circuito RL alimentado por fonte CC resolvido
analiticamente e através do MATLAB®.
Logo:
dvC vC
C + = IS
dt R
Assim :
dvC vC I
+ = S v (t ) ′ t
dt RC C dvC 1
dvC I S vC 1
⇔ ∫V ′
= ∫ −
RC
dt ′
0 v C − R.I S
= − =− (vC − R.I S )
0
dt C RC RC
1 v (t ) − (R.I S ) 1
dvC = − (vC − R.I S )dt ln C =− t
RC V0 − (R.I S ) RC
Então : 1
− t
vC (t ) − (R.I S ) −
1
t ⇔ vC (t ) = R.I S + (V0 − R.I S )e RC
=e RC
V0 − (R.I S )
Considerando então que a corrente circulante pelo capacitor é dada por
1 1
dv 1 − t V − t
i = C C ⇒ i (t ) = − C (V0 − R.I S )e RC ⇒ i (t ) = I S − 0 e RC
dt RC R
x(0 ) = X f + B1
dx
(0) = −αB1 + ω d B2
Subamortecido x(t ) = X f + (B1 cos ω d t + B2 sin ω d t )e −αt
dt
onde :
ωd = ω0 2 − α 2
x(0 ) = X f + D2
Criticamente
x(t ) = X f + (D1t + D2 )e −αt
dx
amortecido (0) = D1 − αD2
dt
Equação característica: 2
RLC série e paralelo
s 2 + 2αs + ω0 = 0
2
Raízes s1 , s2 = −α ± α 2 − ω0
Tabela 1 – Equações das respostas de um circuito RLC em paralelo ou em série
Valor inicial de iL :
Mas:
iL (0 ) = I f + A1 + A2 = 0
A1 = −32mA
• diL (0 ) ⇒
= s1 A1 + s2 A2 = 0 A2 = 8mA
dt
Logo:
• ( )
iL (t ) = 24 − 32e −20000t + 8e −80000 t mA, t ≥ 0 s
Gráfico do tempo versus corrente no indutor
0.025
0.02
Corrente no indutor(A)
0.015
0.01
0.005
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tempo(s) -3
x 10
11 - POTÊNCIA COMPLEXA
Existem inúmeros conceitos envolvidos no estudo de potências em circuitos
senoidais, porém, no intuito de facilitar o entendimento desta análise trataremos apenas
da potencia complexa a qual traz informações suficientes sobre a potência dos circuitos
elétricos em análise.
A potência complexa, expressa em volt-ampère(VA), é dada pela soma entra a
potência ativa (unidade W) com a potência reativa (unidade var) multiplicada por j.
S = P + jQ
Uma das vantagens de se utilizar a potência complexa nas análises, é que esta
permite uma análise geométrica, na qual é originado o triângulo de potência. Veja:
EXEMPLO 6 - Uma carga elétrica é alimentada com 240 Vrms. A carga consome uma
potência média de 8kW com um fator de potência atrasado de 0,8.
a) Calcule a potência complexa da carga.
b) Calcule a impedância da carga.
Fonte: Circuitos Elétricos, Nilsson e Riedel, pág 336
SOLUÇÃO:
a)
Logo :
P = S cos θ mas : P 8k
⇔ S = = 10kVA
Q = S sin θ cos θ = 0,8 ⇒ sin θ = 0,6 cos θ 0,8
Q = 10 sin θ = 6k var
Logo:
S = (8 + j 6)kVA
b)
P = Veff I eff cos(θ v − θ i ) = Veff I eff cos(θ ) Assim :
P = 240 ⋅ I eff ⋅ 0,8 = 8000W Veff
⇔ Z= ∠ cos −1 0,8
Logo : I eff
I eff = 41,67 A Z = 5,76∠36,87 o
Iˆ1 = −26 − j 52 A
Iˆ2 = −24 − j 58 A
Assim, temos que:
( )
S fonte _ dep = 39 ⋅ Iˆx ⋅ −(− 24 − j 58)
*
( )
S fonte _ indep = 150∠0 ⋅ (− 26 − j 52 )
o *
sendo ω = 50krad / s .
(
RESPOSTA: v(t ) = 31,62 cos 50000t − 71,57 o V )
EXERCÍCIO 3 – Determinar as potência fornecidas pelas fontes de tensão.
RESPOSTA: Iˆ = 29 + j 2 = 29,07∠3,95o A
EXERCÍCIO 4 - Determinar Iˆ através do método das malhas.
RESPOSTA: Iˆ = 29 + j 2 = 29,07∠3,95 o A
RESPOSTA: v0 = 24 V
( )
RESPOSTAS: iL (t ) = 24 − 32e −20000t + 8e −80000t mA, p / t ≥ 0 s
( )
iL (t ) = 24 − 960000te −40000t 24e −40000t mA, p / t ≥ 0 s
[ ]
iL (t ) = 24 − 24e −32000t cos(24000t ) − 32e −32000t sin (24000t ) mA, p / t ≥ 0 s
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG
CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA – CEEI
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA – UAEE
MINI-CURSO:
RESOLUÇÃO – EXERCÍCIOS
Outubro de 2008
EXERCÍCIO 1 - Determinar as potências associadas às três fontes do circuito.
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 1\n')
Vf=50;
If=5;
R1=6;
R2=8;
R3=2;
R4=4;
%Sistema Linear - A.x = B:
A = [((4/R1)+(1/R2)+(1/R3)) -(1/R3);-((3/R1)+(1/R3)) ((1/R3)+(1/R4))];
B = [(4*Vf/R1);(If-(3*Vf/R1))];
V=A\B;
%Tensões:
V1=V(1);
V2=V(2);
%Potências:
i1=((Vf-V1)/6);
P50v=Vf*i1;
P3i1=(V1-V2)*3*i1;
P5A=V2*If;
%Escrevendo as respostas:
fprintf('Tensões:\n')
fprintf('V1 = %.2fV\n',V1)
fprintf('V2 = %.2fV\n',V2)
fprintf('Potências:\n')
fprintf('P50V = %.2fW\n',P50v)
fprintf('P3i1 = %.2fW\n',P3i1)
fprintf('P5A = %.2fW\n',P5A)
sendo ω = 50krad / s .
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 2\n')
%Conversores de fase:
rad=pi/180;
graus=180/pi;
%Fontes:
tetaV=-90*rad;%(cos(a-90)=sin(a))
tetaI=0*rad;
Vf=100*(cos(tetaV)+sin(tetaV)*i);
If=10*(cos(tetaI)+sin(tetaI)*i);
%Componentes:
R1=5;
R2=20;
L=100e-6;
C=9e-6;
%Freqüência Angular:
w=50e3;
%Operador s:
s=w*i;
%Expressão fasorial para V:
V=((Vf/R2)+If)/((1/R1)+(1/R2)+(s*C)+(1/(s*L)));
%Tensões:
Vmod=abs(V);
VfaseRad=angle(V);
VfaseGraus=VfaseRad*graus;
%Escrevendo as respostas:
fprintf('Tensão V(t):\n')
fprintf('v(t) = %.2fcos(%.3fwt %+.2f)V\n',Vmod,w,VfaseGraus)
dt=10e-7;
tmax=1e-3;
t=[0:dt:tmax];
v=Vmod*cos((w.*t+VfaseRad));
Vs=abs(Vf)*sin(w.*t);
Is=abs(If)*cos(w.*t);
plot(t,v,t,Vs,t,Is),grid
title('gráfico - Exercício 2')
xlabel('Tempo(s)'),ylabel('Amplitudes')
legend('Tensão v(t)','Fonte de tensão','Fonte de corrente')
(
RESPOSTA: v(t ) = 31,62 cos 50000t − 71,57 o V )
EXERCÍCIO 3 – Determinar as potência fornecidas pelas fontes de tensão.
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 3\n')
%Fontes
Vf1=25;
Vf2=10;
%Componentes:
R1=2;
R2=5;
R3=3;
R4=1;
R5=14;
%Sistema Linear: (A.x = B)
A=[(R1+R2) (-R2) (-R1);(-R2) (R2+R3+R4) (-R3);(-R1) (2*R3) ((-
2*R3)+R1+R5)];
B=[(Vf1-Vf2);(Vf2);(0)];
I=A\B;
I1=I(1);
I2=I(2);
I3=I(3);
%Potências:
Vphi=R3*(I2-I3);
Vdep=(-3*Vphi);
P25V=Vf1*I1;
P10V=Vf2*(I2-I1);
Pdep=Vdep*I3;
%Escrevendo as respostas:
fprintf('Potências:\n')
fprintf('P25V = %.2f W\n',P25V)
fprintf('P10V = %.2f W\n',P10V)
fprintf('Pdep = %.2f W\n',Pdep)
RESPOSTA: Iˆ = 29 + j 2 = 29,07∠3,95o A
EXERCÍCIO 4 - Determinar Iˆ através do método das malhas.
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 4\n')
%Conversores:
rad=pi/180;
%Fontes
Vfmod=33.8;
VfFasegraus=0;
VfFaseRad=VfFasegraus*rad;
Vf=Vfmod*(cos(VfFaseRad)+sin(VfFaseRad)*i);
%Componentes:
R1=1;
R2=3;
R3=2;
XL=2*i;
XC=-5*i;
%Sistema Linear: (A.x = B)
A=[(R1+R2+XL+XC) -(R2+XC);((0.75*R3*XC)-(R2+XC)) (R2+R3+XC-
(0.75*R3*XC))];
B=[(Vf);(0)];
I=A\B;
I1=I(1);
I2=I(2);
%Escrevendo as respostas:
fprintf('Corrente(Retangular):\n')
fprintf('I = %.2f %+.2fA\n',real(I1),imag(I1))
fprintf('Corrente(Polar):\n')
fprintf('I = %.2f/_%+.2fA\n',abs(I1),angle(I1)*inv(rad))
RESPOSTA: Iˆ = 29 + j 2 = 29,07∠3,95 o A
EXERCÍCIO 5 - Determinar v0 através do método da superposição.
fprintf('\nEXERCÍCIO 5\n')
%Fontes
Vf=10;
If=5;
%Componentes:
R1=5;
R2=20;
R3=10;
%Sistema Linear: (A.x = B)
for caso=1:2
if caso==1
A=[(inv(R1)+inv(R2)) (-0.4);(0) (inv(R3)+0.4)];
B=[(0);(If)];
V=A\B;
v0(1)=V(1);
vA(1)=V(2);
end
if caso==2
A=[(inv(R1)+inv(R2)) (-0.4);(0) (1+(0.4*R3))];
B=[(Vf/R1);(0)];
V=A\B;
v0(2)=V(1);
vA(2)=V(2);
end
end
%Tensão:
V0=sum(v0);
VA=sum(vA);
%Escrevendo as respostas:
fprintf('Corrente:\n')
fprintf('IA = %.2f A\n',(Vf-V0)/R1)
fprintf('Tensões:\n')
fprintf('V0 = %.2f V\n',V0)
fprintf('VA = %.2f V\n',VA)
RESPOSTA: v0 = 24 V
EXERCÍCIO 6 - Em t=0s, a chave passa da posição “a” para a posição “b”.
Determinar plotar i (t ) e v(t ) em função de t.
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 6\n')
%Tempo:
tmax=1;
dt=10e-7;
t=[0:dt:tmax];
%Fontes
Vs=24;
R=2;
L=200e-3;
%Condições iniciais:
I0=-8;
%Corrente iL pelo indutor:
iL=(Vs/R)+(I0-(Vs/R))*exp((-R/L).*t);
%Tensão vL sobre o indutor(vL=L*diL/dt):
vL=L*((-R/L)*(I0-(Vs/R))*exp((-R/L).*t));
%Plotando:
plot(t,iL,t,vL),grid
legend('Corrente iL(A)','Tensão vL(V)')
xlabel('Tempo(s)'),ylabel('Amplitude')
title('Gráfico da corrente e tensão - no indutor')
RESPOSTA: 40
Gráfico da corrente e tensão - no indutor
Corrente iL(A)
35 Tensão vL(V)
30
25
20
Amplitude
15
10
-5
-10
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Tempo(s)
EXERCÍCIO 7 - Em t=0s, a chave passa da posição “a” para a posição “b”.
Determinar plotar i (t ) e vC (t ) em função de t.
clear
clc
%----------------------------------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%----------------------------------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 7\n')
%Tempo:
tmax=1;
dt=10e-7;
t=[0:dt:tmax];
%Fontes
Vs=90;
Vf=40;
R=400e3;
R1=60;
R2=20;
C=0.5e-6;
%Condições iniciais:
V0=(R1/(R1+R2))*-Vf;%Divisor de tensão
%Transformação de fonte(Tensão-Corrente):
Is=Vs/R;
%Corrente iL pelo indutor:
vC=(Is*R)+(V0-(Is*R))*exp((-1/(R*C)).*t);
%Tensão vL sobre o indutor(iC=C*dvC/dt):
iC=C*((-1/(R*C))*(V0-(Is*R))*exp((-1/(R*C)).*t));
%Plotando:
figure(1),plot(t,iC),grid
legend('Corrente iC(A)',0)
xlabel('Tempo(s)'),ylabel('Amplitude(A)')
title('Gráfico da corrente - no Capacitor')
figure(2),plot(t,vC),grid
legend('Tensão vC(V)',0)
xlabel('Tempo(s)'),ylabel('Amplitude(V)')
title('Gráfico da tensão - no Capacitor')
RESPOSTAS:
EXERCÍCIO 8 - Em t=0s, a fonte I=24mA é ligada. Determinar a expressão de i L (t ) ,
para R=400Ω, 500Ω e 625Ω. Em seguida plotá-la no MATLAB®.
%Criando vetores:
iL=zeros(1,TAM);
didt=zeros(1,TAM);
%Condições iniciais:
iL(1)=0;
didt(1)=0;
for k=1:3
if caso(k)==1
%Obtendo coeficientes:
a=[1 1;s1(k) s2(k)];
b=[(iL(1)-If);didt(1)];
A=a\b;
A1=A(1);
A2=A(2);
%Escrevendo as respostas:
fprintf('\nRaízes - R=400ohm:\n')
fprintf('s1 = %.3f\n',s1(1))
fprintf('s2 = %.3f\n',s2(1))
fprintf('Coeficientes:\n')
fprintf('A1 = %.3f\n',A1)
fprintf('A2 = %.3f\n',A2)
fprintf('\nRaízes - R=625ohm:\n')
fprintf('s1 = %.3f\n',s1(2))
fprintf('s2 = %.3f\n',s2(2))
fprintf('Coeficientes:\n')
fprintf('B1 = %.3f\n',B1)
fprintf('B2 = %.3f\n',B2)
fprintf('wd = %.3f rad/s\n',wd)
fprintf('alfa = %.3f rad/s\n',alfa(2))
fprintf('\nRaízes - R=500ohm:\n')
fprintf('s1 = %.3f\n',s1(3))
fprintf('s2 = %.3f\n',s2(3))
fprintf('Coeficientes:\n')
fprintf('D1 = %.3f\n',D1)
fprintf('D2 = %.3f\n',D2)
%Plotar graficos:
plot(t,iL1,t,iL2,t,iL3),grid
legend('Caso - R=400ohm','Caso - R=625ohm','Caso - R=500ohm',0)
title('Gráfico da corrente no indutor versus tempo')
xlabel('Tempo(s)'),ylabel('Corrente no indutor(A)')
FORMA ALTERNATIVA:
Trata-se de uma resolução mais objetiva. Porém, para os usuários de menor
experiência, torna-se uma resolução de compreensão mais difícil.
clear
clc
%--------------------------------------
%MINI-CURSO DE SIMULAÇÃO DE CIRCUITOS
% ELÉTRICOS NO AMBIENTE MATLAB
%--------------------------------------
fprintf('\nEXERCÍCIO 8\n')
%Valores dos componentes e fontes:
If=24e-3; R=[400 625 500]; C=25e-9; L=25e-3;
%Tempo máximo de simulação:
tmax=0.4e-3; dt=10e-8; t=[0:dt:tmax];
%Condições iniciais:
iL(1)=0; didt(1)=0;
%Varificando tipo de resposta:
w0=sqrt(1/(L*C));
for k=1:3
alfa(k)=1/(2*R(k)*C);
%Eq. Característica:
poly=[1 (2*alfa(k)) (w0^2)];
S=roots(poly);
s2(k)=S(1);%Usando -b-sqrt(delta)/2a
s1(k)=S(2);%Usando -b+sqrt(delta)/2a
alfa=1/(2*R*C);
%Eq. Característica:
poly=[1 (2*alfa) (w0^2)];
S=roots(poly);
s2=S(1);%Usando -b-sqrt(delta)/2a
s1=S(2);%Usando -b+sqrt(delta)/2a
RESPOSTAS:
( )
iL (t ) = 24 − 32e −20000t + 8e −80000t mA, p / t ≥ 0 s
( )
iL (t ) = 24 − 960000te −40000t 24e −40000t mA, p / t ≥ 0 s
[ ]
iL (t ) = 24 − 24e −32000t cos(24000t ) − 32e −32000t sin (24000t ) mA, p / t ≥ 0 s
0.02
Caso - R=400ohm
Corrente no indutor(A)
Caso - R=625ohm
0.015
Caso - R=500ohm
0.01
0.005
0
0 1 2 3 4
Tempo(s) -4
x 10
---------------------------------------------------------------
REFERÊNCIAS
---------------------------------------------------------------
Aula 1:
Autor: Nustenil Segundo de M. L. Marinus
Aula 2:
Autor: Edson Porto da Silva