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INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2009
Sólidos: entendendo suas estruturas e propriedades!
Objetivos:
a. Entender como átomos, íons e moléculas se arrumam para formar os sólidos;
b. Relacionar as propriedades dos sólidos com os tipos de partículas formadoras.
Uma das grandes realizações da química foi a síntese de novos materiais, tais como
plásticos e ligas. Muitos desses novos materiais podem ser projetados para ter propriedades
específicas, mas, para isso, é necessário saber como a estrutura pode afetar essas propriedades.
Portanto, não é surpresa dizer que um dos aspectos mais importantes da química é a investigação
das estruturas dos materiais e das ligações que mantêm as partículas juntas.
2
FIGURA 1 – UMA CAMADA DE ESFERAS EMPACOTADAS COMPACTAMENTE
As camadas de partículas são arrumadas umas sobre as outras de modo a formar uma
estrutura tridimensional. A FIGURA 2 mostra a primeira e uma segunda camada de partículas
iguais arrumadas de modo compacto.
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c
A terceira camada de esferas pode ser idêntica a primeira e esse arranjo, ababab..., ao ser
repetido infinitamente, forma um tipo de empacotamento compacto chamado hexagonal
compacto. Um outro modo de arrumar as esferas da 3a camada, de modo compacto, é colocá-las
sobre as cavidades c da primeira camada, formando um arranjo abcabcabc.... Esse arranjo é
chamado cúbico compacto. Essas são as duas maneiras de arrumar partículas de modo compacto.
As partículas não se arrumam apenas de modo compacto para formar os sólidos. Outros
arranjos, não compactos, como por exemplo, o cúbico de corpo centrado, são encontrados. A
FIGURA 4 mostra um arranjo cúbico de corpo centrado.
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Utilizando esferas de isopor, você vai estudar os dois tipos de empacotamento
compacto e também o não compacto. Para isso siga as orientações do
professor.
5. Discuta com seus colegas o que as esferas de isopor representam, em cada um dos
seguintes tipos de sólidos:
(a) Covalente, por exemplo, a sílica (SiO2)n.
(b) Metálico, por exemplo, o ferro (Fe)n.
(c) Molecular, por exemplo, o gelo H2O(s).
(d) Iônico, por exemplo, cloreto de sódio (Na+Cl−)n.
6. De acordo com o que foi estudado sobre estruturas e tipos de sólidos, discuta com seus
colegas diferença(s) entre sólidos covalentes e metálicos.
As propriedades dos sólidos dependem não somente de suas partículas formadoras, mas
também do tipo de ligação entre elas e do modo como elas estão arrumadas para formar a
substância. Uma propriedade que contribui para diferenciar alguns tipos de sólidos é a
condutividade elétrica. Através do EXPERIMENTO 1 a seguir, o professor vai usar um dispositivo
para testar a condutividade elétrica de diferentes materiais. Durante cada teste, anote suas
observações e, a seguir, descreva-as.
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EXPERIMENTO 1
QUADRO 1
MATERIAL DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO
Água destilada
Cu2+SO42−.5H2O(s)
Cu2+SO42−.5H2O(aq)
I2(s)
I2(aq)
Cu(s)
(SiO2)n (s)
SiO2 (s) + H2O
Sacarose, C12H22O11(s)
C12H22O11(aq)
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BIBLIOGRAFIA consultada
ATKINS, P.W. e BERAN, J.A. General Chemistry. New York: Scientific American Books,
1989.
RUSSELL, J.B. Química Geral. São Paulo, Makron Books do Brasil Editora Ltda, vol 11, 1994.
VIVEIROS, A. M. V., MARTINS, C. R., ALVES, F. M., CEDRAZ, J. P. L., LÔBO, S. F.,
“Vamos entender as estruturas dos sólidos?” Manual de aulas práticas da disciplina Química
Geral I, Salvador – BA, UFBA, Instituto de Química, Departamento de Química Geral e
Inorgânica, 1998.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2009
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Líquidos: entendendo suas propriedades
Objetivos
a. Reconhecer que as propriedades de líquidos estão relacionadas com a composição
química das suas partículas formadoras.
b. Verificar que a temperatura influencia em algumas propriedades dos líquidos.
O estado físico no qual uma matéria existe depende do balanço entre a energia cinética
das suas partículas formadoras – átomos, moléculas ou íons –, tendendo a mantê-las afastadas
umas das outras, e a energia potencial, forças de atração entre elas, que tende a aproximá-las.
Nos líquidos, as partículas formadoras estão mais afastadas umas das outras do que nos
sólidos, porém mais próximas do que nos gases. Comparativamente aos sólidos, há mais espaços
vazios entre elas, porém os espaços são menores do que nos gases. O movimento das partículas
num líquido é limitado pelas forças entre elas. Assim, elas não se aproximam tanto quanto nos
sólidos, mas não se distanciam tanto quanto nos gases. Isso permite que um líquido retenha seu
volume, mas não a forma. Como as forças entre as partículas não são muito fortes, elas deslizam
facilmente umas pelas outras e isso faz com que um líquido não tenha forma própria, mas, sim, a
forma do recipiente no qual ele está contido. Portanto, pode-se imaginar que um líquido é
constituído de partículas que se movem constantemente sem, no entanto, se separarem
completamente.
1. Faça desenhos que representem uma dada matéria nas fases líquida e sólida. Use seus
desenhos para discutir semelhanças e diferenças quanto à forma e volume de líquidos e
sólidos.
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EXPERIMENTO 1
1. Tomar dois vidros de relógio; em um deles colocar água destilada e, no outro, igual
quantidade de acetona ou etanol;
2. Com uma caneta, marcar nos vidros de relógio o nível de cada líquido;
3. Após algum tempo, verificar o nível de cada líquido nos respectivos recipientes.
EXPERIMENTO 2
1. Tomar dois béqueres; em um deles colocar cerca de 30 mℓ de água e, no outro, de etanol;
2. Tomar uma lâmina de barbear ou uma agulha de costura e, cuidadosamente, tentar colocar o
objeto sobre a superfície de cada líquido.
Você observou que a lâmina de barbear ou a agulha flutua na superfície da água, mas
não flutua na superfície do etanol? Então, o que você pode concluir sobre a tensão
superficial da água quando comparada com a do etanol? Com base na composição
desses dois líquidos e no seu entendimento de tensão superficial, dê uma explicação para
os resultados obtidos.
3. Ao béquer contendo água e com o objeto flutuando, adicionar detergente gota a gota e
observar o que acontece com o objeto.
Com base na composição química da água e do detergente, dê uma explicação para o
fato observado.
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EXPERIMENTO 3
1. Em três tubos de ensaio colocar, até a borda, respectivamente, água gelada, água à
temperatura ambiente e água aquecida (à temperatura de cerca de 50C).
2. Adicionar, simultaneamente, uma gota de solução 0,01 mol/ℓ de permanganato de potássio a
cada um dos tubos de ensaio.
3. Comparar a difusão do permanganato em cada tubo.
Em qual tubo a gota da solução colorida se difundiu mais? Dê uma explicação para o
fato.
EXPERIMENTO 4
1. Tomar duas provetas de 50 mℓ e, em cada uma, colocar, respectivamente, água e glicerina em
iguais quantidades.
2. Colocar, em cada proveta e ao mesmo tempo, esferas semelhantes.
3. Comparar o tempo que cada esfera leva para atingir o fundo da proveta.
Então, o que você pode concluir sobre a viscosidade da água quando comparada com a
da glicerina?
Explique os resultados obtidos com base na composição química de cada líquido.
4. Repetir o experimento anterior usando apenas um tipo de líquido, por exemplo, a glicerina,
mas variando a temperatura.
Explique os resultados obtidos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BROWN, T. L. E LEMAY, JR, H. E. “Química: a ciência central”. 9a ed. USA: Prentice-Hall International
Edition, 1991.
VIVEIROS, A. M. V. E CEDRAZ, J. P. L. “Líquidos: entendendo e comparando suas propriedades”
Manual de aulas práticas da disciplina Química Fundamental I, Salvador – BA, UFBA, Instituto de
Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 2008.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA
SALVADOR – Bahia
2009
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Entendendo o comportamento dos Gases!
Objetivos
c. Efetuar e observar uma reação na qual se forma um gás.
d. Coletar e medir o volume de um gás gerado numa reação.
e. Utilizar a lei dos gases ideais e a de misturas gasosas (lei de Dalton).
f. Comparar dados experimentais com teóricos.
g. Observar como a temperatura de um gás varia com a pressão e com o volume.
Na fase gasosa, a distância entre as partículas é muito grande quando comparada com aquela
nos sólidos e nos líquidos. Daí a alta compressibilidade dos gases.
3. Com base nas forças entre as partículas formadoras da matéria, como você pode explicar
a alta compressibilidade dos gases? E a alta capacidade de expandir?
No estado gasoso existem muitos espaços vazios entre as partículas e, por isso, os gases se
misturam uns com os outros em qualquer proporção. Em outras palavras, numa dada massa
gasosa “sempre há lugar para mais partículas”.
4. Como você explica o fato de que no estado gasoso existem muitos espaços vazios?
Em consequência da existência de muitos espaços vazios, os gases são menos densos que os
líquidos e os sólidos.
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5. Use seu entendimento sobre densidade e explique porque substâncias na fase gasosa são
menos densas que nas fases líquida e sólida.
Existem outras propriedades importantes que caracterizam a matéria na fase gasosa. Por ex.,
eles não têm forma nem volume próprios e, em geral, são incolores. Por isso é difícil vê-los!
Também é difícil sentir a presença de gases, pois muitos deles são inodoros e insípidos.
Em muitas reações químicas um dos produtos pode ser um gás. Nesses casos é necessário
tomar alguns cuidados especiais. Por exemplo, se o gás é tóxico, inflamável ou corrosivo, a
reação deve ser feita numa capela.
6. Para onde vai o gás que sai pela exaustão da capela? Então, o que você acha que é feito
com gases liberados como subprodutos de processos industriais?
Quando se deseja isolar o gás produzido este, geralmente, é coletado por deslocamento de
volumes de líquidos, em equipamentos semelhantes ao apresentado na FIGURA 1.
7. Com base no conhecimento de densidades relativas entre líquidos e gases, justifique por
que estes podem ser coletados por deslocamento de líquidos.
Agora você vai observar o EXPERIMENTO 1, cujo objetivo é coletar o gás hidrogênio, H2,
liberado na reação entre magnésio, Mg(s), e ácido clorídrico 6 mol/L, HCℓ(aq). O professor vai
usar um equipamento semelhante ao que está representado na FIGURA 1, no ANEXO. Através
da leitura das etapas descritas a seguir, acompanhe, pela FIGURA 1, e observe atentamente tudo
o que o professor fizer. Anote as observações e no fim procure as informações a seguir, pois você
precisará delas para o relatório:
a) Qual a massa de magnésio utilizada?
b) Qual a temperatura ambiente?
c) Qual o volume de líquido deslocado?
d) Quais os gases que estão dentro do tubo?
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EXPERIMENTO 1
1- Tomar uma fita de magnésio e medir, com uma régua, um pedaço de ~2,0 cm. Colocá-la
dentro de uma pequena gaiola feita de fio de cobre enrolado em forma de hélice. Deixar sem
enrolar uns 5 cm do fio de cobre para servir de cabo.
O que é preciso saber para calcular a quantidade de matéria de magnésio no pedaço de fita
que foi cortado?
2- Colocar 10 mL de ácido clorídrico 6 mol/L dentro do tubo graduado e completar com água até
a borda, cuidadosamente, de modo a evitar a presença de ácido no topo do tubo.
3- Introduzir, no tubo acima preparado, a gaiola feita de fio de cobre com o magnésio,
prendendo-a, pelo cabo, com uma rolha de borracha.
4- Imediatamente, cobrir o furo da rolha com o dedo, inverter o tubo, mergulhá-lo na água
contida num béquer de 400 mL e fixá-lo com uma garra ao suporte.
Observe, atentamente, tudo o que acontece dentro do tubo e descreva o que você observou.
5- Depois que a reação cessar (a fita de magnésio será consumida pelo ácido), esperar uns cinco
minutos para que o gás recolhido entre em equilíbrio térmico com o ambiente. Soltar qualquer
bolha que esteja presa às paredes do tubo e, em seguida, cobrir o furo da rolha com o dedo e
transferir o tubo, na posição vertical, para uma proveta quase completamente cheia de água.
6- Elevar ou abaixar o tubo até que o líquido no seu interior esteja no mesmo nível da água da
proveta igualando, assim, a pressão interna à pressão atmosférica. Medir o volume dos gases
dentro do tubo. Anotar também a temperatura e a pressão atmosférica no laboratório.
Agora, você vai usar a equação geral dos gases ideais, PV = nRT, para calcular o volume,
V, de gás hidrogênio que deveria ser obtido no experimento realizado, ou seja, o volume
teórico. Lembre-se que:
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já sabe, a pressão de vapor de qualquer líquido depende da temperatura na qual o líquido
se encontra. Para encontrar a pressão de vapor da água, você deve consultar um
“handbook” ou qualquer livro de Química Geral e procurar o valor correspondente ao da
temperatura do laboratório.
ii) n = quantidade de matéria de gás hidrogênio, obtida na reação. Esse valor você encontra
a partir da equação a seguir, sabendo a quantidade de matéria de magnésio que foi usada.
Mg(s) + 2HCℓ(aq) Mg2+(aq) + 2Cℓ(aq) + H2(g)
Use, então, a equação geral dos gases, PV = nRT, para calcular o volume de H2(g) que deveria
ser obtido. Compare esse valor com aquele obtido no experimento e discuta possíveis causas da
diferença entre eles.
Uma propriedade dos gases é expansão por aquecimento e contração por resfriamento. Charles
foi quem primeiro descobriu que uma quantidade de gás, mantido a uma pressão constante,
expande quando aquecida e contrai quando resfriada. Ou seja, o volume ocupado por uma
dada massa gasosa varia diretamente com a temperatura.
8. Sabendo que gases se expandem quando aquecidos, o que você espera acontecer se um
gás é aquecido a volume constante, ou seja, num recipiente cujo volume não varia com o
aquecimento?
9. E, sabendo que uma massa gasosa se contrai por resfriamento, o que você espera
acontecer se um gás é resfriado a volume constante?
O comportamento de uma dada massa gasosa, quando aquecida ou resfriada num recipiente
cujo volume não varia com a temperatura, pode ser estudado usando um equipamento conhecido
como TUBO DE BOURBON. Esse equipamento consta de um balão de volume fixo, ao qual está
conectado um manômetro que mede a pressão exercida pela massa gasosa dentro do recipiente,
quando este é aquecido e resfriado em diferentes temperaturas.
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10. O que você espera acontecer com a pressão do gás quando o balão é aquecido? E
quando ele é resfriado? Explique sua resposta.
No item anterior você estudou como a pressão exercida por uma dada massa gasosa varia com
a temperatura se o volume do recipiente não varia. Agora você vai observar o que acontece com o
volume ocupado por uma dada massa gasosa quando ela é aquecida.
O professor vai realizar o EXPERIMENTO 2, a seguir, e você deve anotar todas as alterações
observadas.
EXPERIMENTO 2
1- Tomar um kitasato e fechá-lo com uma rolha; a seguir acoplar, na sua saída lateral, um balão
de borracha pequeno;
2- Aquecer o kitasato e observar o que acontece com o balão.
11. A partir da sua observação, descreva a relação entre o volume e a temperatura de uma
dada massa gasosa?
12. Represente, através de desenhos, o sistema antes e após o aquecimento. Justifique a sua
representação.
13. Você acha que a pressão exercida pela massa gasosa variou com o aquecimento?
Justifique sua resposta.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BROWN, T. L., LEMAY JR., H. E., BURSTEN, B. E.J. R. QUÍMICA, a ciência central.
Tradutor: Robson Matos. 9a ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda. 2005.
VIVEIROS, A.M.V.; MARTINS, C.R.; ALVES, F.M.; CEDRAZ, J.P.L.; LOBO, S.F. “Por
que não é simples trabalhar com gases? "In Aulas Práticas de QUI - 134: Química Geral I.
Salvador - BA, UFBA, Instituto de Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 1998.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2009
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Soluções: concentração e solubilidade
Objetivos:
a. Entender o conceito de concentração.
b. Reconhecer a importância de expressar a concentração de uma solução.
c. Justificar o papel da água como solvente para diferentes tipos de substâncias.
d. Compreender porque alguns processos de dissolução são endotérmicos e outros são
exotérmicos.
Soluções são misturas homogêneas. Elas podem ser obtidas por dissolução de uma
substância, chamada soluto, numa outra chamada solvente. As soluções podem ser sólidas,
líquidas ou gasosas. Exemplos comuns de soluções sólidas são as ligas como, por exemplo, aço e
bronze. Um exemplo típico de solução gasosa é o ar atmosférico. Na verdade, qualquer mistura
de gases é sempre uma solução.
1. Você já estudou o estado gasoso. Discuta, então, porque uma mistura de gases é sempre
uma solução.
Soluções líquidas são obtidas por dissolução do soluto num solvente. Se o solvente é água, a
solução é chamada solução aquosa.
É muito importante saber a quantidade de soluto que está dissolvido numa dada
quantidade de solução ou então as quantidades relativas de soluto e solvente. Estes valores
expressam a concentração da solução, ou seja, a composição quantitativa dos seus
componentes.
2. O que você entende por concentração de uma solução?
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iii) Relação quantidade de matéria de soluto / volume de solução;
iv) Relação quantidade de matéria de soluto / massa de solvente.
O mol é usado para contar partículas tais como átomos, moléculas, íons, elétrons, do
mesmo modo que se usa, por exemplo, dúzia para contar ovos. Uma dúzia corresponde a 12
unidades e um mol corresponde a 6,02x1023 unidades. Ainda, do mesmo modo que a massa de
uma dúzia de ovos é diferente daquela de uma dúzia de limões, um mol de uma dada substância
tem uma massa diferente daquela de um mol de outra substância. Assim, o uso do mol torna
muito fácil saber, por exemplo, a quantidade de partículas do soluto existentes num dado volume
de solução ou saber a sua massa.
4. Sabendo que numa solução aquosa de sulfato de cobre, CuSO4, a concentração de soluto
em quantidade de matéria é igual a 0,2 mol/L, responda:
i) Qual a quantidade de partículas em 1 litro dessa solução?
ii) Qual é a massa de sulfato de cobre em 1 litro dessa solução?
iii) Qual é a quantidade de matéria de soluto em 1/2 litro dessa solução?
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É extremamente útil saber não somente o tipo de matéria com a qual convivemos
(manuseamos, inalamos ou ingerimos), mas, também, a sua quantidade. Todo tipo de matéria tem
um nível de risco, pois qualquer coisa pode ser prejudicial dependendo da quantidade relativa, ou
seja, da concentração.
Para expressar concentrações excessivamente pequenas como, por exemplo, contaminantes
de alimentos e poluentes ambientais, costuma-se usar partes por mil, partes por milhão, partes
por bilhão etc. Estes termos são semelhantes à percentagem; o termo “por cento” significa partes
por cem. Então, uma solução “um por cento” contém uma parte de soluto em cada cem de
solução.
5. Quantas partes por milhão existem em uma solução 1%?
6. O que significa dizer que a concentração de monóxido de carbono no ar é de 3 ppm (3
partes por milhão)?
Uma parte por milhão é uma unidade de concentração muito conveniente, pois é a concentração
de 1 miligrama de substância distribuída em 1 quilograma de solução, 1mg/kg.
Muitos dos usos da água estão relacionados com o fato de que ela é um excelente
solvente. Vários processos industriais são realizados em meio aquoso e a necessidade de água
para a vida é, em parte, uma conseqüência de suas propriedades como solvente. Por exemplo, a
água dissolve e transporta os minerais e os nutrientes necessários para o crescimento das plantas,
e muitos fluidos do nosso organismo são soluções aquosas de solutos biologicamente
importantes. Essencialmente, toda a água que nós consumimos está na forma de solução, até
mesmo a água potável que nós bebemos.
7. Por que a água que bebemos é uma solução?
Muitos compostos iônicos dissolvem-se em água. Quando uma amostra sólida é colocada
em água, as moléculas H2O polares são atraídas pelos íons individuais. A FIGURA 1 representa
um esquema de dissolução de sólidos iônicos por solventes polares.
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FIGURA 1. Moléculas de solvente polar dissolvendo sólido iônico.
A formação das ligações íon-água libera energia (energia de hidratação) a qual, muitas
vezes, é suficiente para separar os íons do retículo. Neste caso, o processo de dissolução é
exotérmico, ou seja, a energia de hidratação é maior que a energia reticular.
9. Você já sabe o que é energia reticular? Se não, pergunte ao professor, mas responda:
Por que o processo de dissolução é exotérmico se a energia de hidratação é maior que a
reticular?
EXPERIMENTO 1
1. Dissolver um pouco de cada um dos seguintes sólidos em água: NaCℓ, NaHCO3 e KNO3.
Como você pode verificar que o processo de dissolução é endotérmico?
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O que você pode concluir em relação à energia de hidratação versus energia
reticular, nas dissoluções endotérmicas? Fundamente sua resposta.
No EXPERIMENTO 2 a seguir, você vai observar o que acontece quando etanol e água são
misturados. Anote suas observações de acordo com a orientação do professor e dê uma
explicação para o fato observado.
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EXPERIMENTO 2
1. Adicionar 5 mL de etanol em 5 mL de água e verificar se o processo de dissolução é
exotérmico ou endotérmico.
Discuta o fato observado em termos das energias envolvidas num processo de
dissolução.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2010
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Termoquímica
Objetivos:
c. Determinar a capacidade calorífica de um metal.
d. Determinar a entalpia associada a uma reação química.
O que é calor? Pode-se definir calor como uma forma de transferência de energia em
conseqüência de uma diferença de temperatura. Quando as partículas do corpo mais quente
colidem com as do corpo mais frio, elas transferem uma parte da sua energia cinética e assim, as
partículas mais lentas aumentam de velocidade e as mais rápidas, diminuem. Esta transferência
de energia continua até que as partículas tenham a mesma energia cinética média ou, em outras
palavras, a mesma temperatura. Nas mudanças de fase, a energia adicionada é usada para romper
as forças atrativas entre as partículas em vez de aumentar sua energia cinética média, mantendo-
se constante a temperatura.
O que é capacidade calorífica? A quantidade de calor necessária para elevar a
temperatura de 1 g de uma substância em 1o C é a sua capacidade calorífica; ela é medida em
cal/g.oC ou J/g.oC. O conceito pode ser aplicado a qualquer quantidade de material, mas é
definido em 1 mol ou uma unidade de massa de substância, sendo então a capacidade calorífica
molar e a capacidade calorífica por unidade de massa, respectivamente.
A seguir, será realizado o EXPERIMENTO 1 cujo objetivo é determinar a capacidade
calorífica do cobre.
Experimento 1
1. Tomar um pedaço de cobre metálico e determinar a sua massa;
2. Amarrar o metal com um cordão e colocá-lo em um recipiente contendo água em
ebulição;
3. Deixá-lo imerso na água durante 30 minutos;
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4. Em um tubo de ensaio, colocar 30 mL de água e medir a temperatura;
5. Depois de aquecido, transferir o metal rapidamente para dentro da água contida no tubo,
agitar e anotar a temperatura máxima atingida.
A capacidade calorífica do metal pode ser calculada admitindo-se que o calor transferido
pelo metal é absorvido pela água. Pequenas perdas para o ambiente serão desprezadas.
1. O calor absorvido pela água pode ser calculado usando-se expressão:
q = m.c.T
Em que: m = massa da água (g)
c = capacidade calorífica da água, por unidade de massa (cal/g.oC)
T = variação de temperatura da água (oC)
2. O calor transferido pelo metal também pode ser calculado pela expressão:
q = m.c.T
Em que: m = massa do metal (g)
c = capacacidade calorífica do metal, por unidade de massa (cal/g.oC)
T = variação de temperatura do metal (oC)
H = q (a pressão constante)
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Como calor é absorvido (q é positivo) numa reação endotérmica e liberado (q é negativo) numa
reação exotérmica, H para uma reação endotérmica tem valor positivo (H > 0) e, para uma
reação exotérmica, tem valor negativo (H < 0).
Nos cálculos termoquímicos costuma-se considerar o calor envolvido numa reação
química como sendo a variação de entalpia, uma vez que a maioria das reações é realizada a
pressão constante.
Quando a equação química é representada acompanhada do valor de H da reação, ela é
chamada equação termoquímica.
Como a variação de entalpia depende das condições em que a reação acontece, nas
medidas termoquímicas essas condições devem ser especificadas. Assim, para comparar as
variações de energia envolvidas nas reações químicas, é importante saber sob que condições a
reação é realizada. A temperatura e a pressão devem ser especificadas. Quando cada uma das
substâncias numa reação está à pressão de 1 bar (1 bar = 0,987 atm) diz-se que ela está no seu
estado padrão. O calor envolvido numa reação, sob esta condição e a temperatura indicada (em
geral 25 oC ou 298 K) é denominado calor padrão de reação ou entalpia padrão de reação. O
primeiro termo é mais freqüentemente usado e o símbolo é Ho, com o sobrescrito (o) especial
para indicar as condições padrão (pressão = 1 bar). Assim, a entalpia padrão de combustão do
CH4(g), Ho, é igual a 888 kJ/mol de metano.
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A seguir serão realizados três experimentos. Em dois deles (EXPERIMENTOS 2 e 4), o
objetivo é determinar o calor associado a uma reação química que, nesse caso, é uma reação de
neutralização. No outro (EXPERIMENTO 3), o objetivo é determinar o calor associado a um
processo de dissolução.
Experimento 2
1. Colocar em recipientes distintos, 100 mL de solução de HCℓ 0,5 mol/L e 100 mL de
solução de NaOH 0,5 mol/L;
2. Medir as temperaturas de cada solução;
3. Em um béquer de 250 mL, previamente pesado, misturar as duas soluções, agitar
rapidamente e medir a temperatura máxima atingida.
O calor liberado nessa reação de neutralização pode ser calculado considerando que este
será absorvido pela solução aquosa e pelo béquer, onde a reação foi efetuada. Assim:
q reação = q solução + q vidro
Em que: q = m.c.T
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Sabendo-se que 1 cal = 4,18 J , expresse os valores calculados em J ou KJ.
Experimento 3
1. Em um béquer previamente pesado, colocar 200 mL de água e medir a temperatura;
2. Adicionar 2,0 g de hidróxido de sódio, NaOH, agitar a mistura com o auxílio de um
bastão de vidro, e anotar a temperatura máxima alcançada.
Experimento 4
1. Em um béquer previamente pesado, colocar 100 mL de solução de HCℓ 0,5mol/L e medir
a temperatura;
2. Adicionar 2,0 g de hidróxido de sódio, NaOH, agitar a mistura com o auxílio de um
bastão de vidro, e anotar a temperatura máxima alcançada.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2009
32
Cinética Química: entendendo as velocidades das reações
Objetivos:
e. Discutir fatores que afetam as velocidades das reações;
f. Verificar como a concentração e o estado de agregação dos reagentes alteram a
velocidade de uma reação;
g. Verificar como a temperatura e um catalisador afetam a velocidade de uma dada reação.
Algumas reações, previstas para ocorrerem sob o ponto de vista da termodinâmica, na prática
considera-se como se não ocorressem em virtude de suas velocidades serem muito baixas. É o
que ocorre na reação entre os gases hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) para formar água líquida
(H2O), cujo valor da energia livre de Gibbs é negativo, Go = 237,2 kJ/mol, mas a reação
aparentemente não ocorre, nas condições de temperatura (298 K) para a qual esse valor de Go é
encontrado:
Esse fato é explicado pela cinética química. Aqui, o fator energético que deve ser analisado é a
chamada energia de ativação, a qual está associada à energia necessária para quebra das ligações
nos reagentes.
Um modelo simples e útil para explicar porque algumas reações são mais rápidas que outras é
o da Teoria das Colisões. Segundo esse modelo, para uma reação ocorrer, partículas dos
reagentes ao colidirem umas com as outras, algumas ligações devem ser quebradas e novas
devem ser formadas. Entretanto, nem todas as colisões levam à formação de produtos. Um
requisito para que isso aconteça é que a colisão deve ocorrer com energia suficiente para
quebrar as ligações apropriadas nos reagentes. Outro requisito para que uma colisão seja
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produtiva é que as partículas aproximem-se com a orientação adequada, de modo que os
átomos possam formar novas ligações.
Colisões que ocorrem com energia suficiente para promover a quebra de ligações nos reagente
e com a orientação adequada para que novas ligações possam ser formadas, são chamadas
colisões eficientes. Aqui serão estudados fatores que contribuem para um maior número de
colisões eficientes e, portanto, para aumentar a velocidade de uma dada reação.
É importante lembrar que aumentar a velocidade de uma reação é aumentar a quantidade de
matéria de reagente que se transforma ou de produto que se forma, por unidade de tempo.
As velocidades das reações químicas são afetadas por fatores que alteram o número de
colisões eficientes por unidade de tempo: quanto maior for esse número, maior será a velocidade
da reação e vice-versa. Dentre esses fatores têm-se aqueles relativos aos reagentes – concentração
e estado de agregação –, e os relativos às condições da reação – temperatura, catalisador, pressão.
No EXPERIMENTO 1 a seguir, será estudada a reação conhecida “relógio de iodo”, a qual
consiste em um dos métodos de obtenção dessa substância. O iodo (I2) pode ser identificado
através do uso de amido, com o qual reage e forma um material de cor azul. As equações a seguir
ilustram as alterações que ocorrem:
3HSO3-(aq) + IO3-(aq) I-(aq) + 3SO42-(aq) + 3H+(aq)
5I-(aq) + IO3-(aq) + 6H+(aq) 3I2(aq) + 3H2O(l)
I2(aq) + HSO3-(aq) + H2O(l) 2I-(aq) + SO42-(aq) + 3H+(aq)
EXPERIMENTO 1
1- Tomar 2 provetas de 10 mL. Em uma delas, colocar 10 mL de solução de iodato (IO3)
0,02 mol/L e acrescentar 3 gotas de amido em água. Na outra, colocar 10 mL de solução
de ácido sulfuroso (H2SO3) 0,01 mol/L.
2- Tomar um béquer de 50 mL, colocá-lo sobre um papel branco e adicionar, ao mesmo
tempo, as duas soluções preparadas no item 1. Anotar, no QUADRO 1 a seguir, o tempo
necessário para observar a formação da cor azul, indicando a formação de iodo (I2).
34
3- Repetir os itens 1 e 2 considerando os dados apresentados no QUADRO 1 a seguir e
anotando os resultados na coluna TEMPO.
QUADRO 1
Teste [IO3-] [H2SO3] Tempo
(mol/L) (mol/L) (s)
1 0,020 0,010
2 0,010 0,010
3 0,008 0,010
4 0,006 0,010
5 0,004 0,010
No EXPERIMENTO 2 será demonstrado como a velocidade de uma reação varia com o estado
de agregação do(s) reagente(s). Para ilustrar essa dependência será estudada a reação entre
carbonato de cálcio (CaCO3) com solução de ácido clorídrico.
EXPERIMENTO 2
1. Tomar 2 tubos de ensaio e colocar, em cada um, 2 mL de solução de HCℓ 2 mol/L;
2. Adicionar, ao mesmo tempo, em um dos tubos um pouco de carbonato de cálcio em pó e,
no outro, em pedaços;
3. Comparar o tempo de reação nos dois tubos.
Em qual dos dois tubos a reação foi mais rápida? Use a teoria das colisões para
tentar dar uma explicação para o resultado obtido.
35
No EXPERIMENTO 3 vai ser feita uma avaliação de como a velocidade de uma reação varia
com a temperatura. Para isso, o teste 4 do experimento 1 vai ser realizado em três temperaturas
distintas. Anote o tempo de reação em cada uma das três situações, no QUADRO 2 a seguir:
QUADRO 2
Teste Temperatura (oC) Tempo (s)
1
2
3
EXPERIMENTO 3
1. Preparar um béquer de 500 mL com água e gelo e controlar a temperatura até o valor
desejado para realizar o experimento.
2. Realizar o item 1 do experimento 1, usando os dados apresentados para o teste 4.
3. Manter as soluções de IO3- e H2SO3 no béquer preparado no item 1, até que as
temperaturas nos dois sistemas sejam as mesmas.
4. Misturar as duas soluções, agitar e devolver imediatamente para o béquer com água a fim
de manter a temperatura constante.
5. Registrar o tempo que a mistura leva para ficar azul.
6. Repetir o procedimento variando a temperatura da reação.
BIBLIOGRAFIA consultada
FELICÍSSIMO, A.M.P. ET AL. Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-
Projetos de Ensino de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo,
1979.
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Salvador – Bahia
2010
Objetivos:
a. Identificar reações caracterizadas pela reversibilidade.
b. Usar o Princípio de Le Chatelier no estudo de sistemas em equilíbrio.
c. Entender a ação de um indicador ácido-base usando o conceito de equilíbrio químico.
Nas reações químicas, reagentes são transformados em produtos. Assim, as concentrações das
substâncias que reagem (reagentes, R) são diminuídas e as daquelas que se formam (produtos, P) são
aumentadas. De acordo com a cinética química, as concentrações das substâncias afetam as velocidades das
reações: ao longo de uma reação, a velocidade no sentido de R P diminui e a de P R aumenta. Num dado
instante, atinge um ponto em que essas velocidades se igualam e diz-se que o equilíbrio foi estabelecido. A
figura a seguir ilustra esse fato:
RP
PR
Considera-se que o equilíbrio químico é alcançado quando as reações direta e inversa ocorrem à
mesma velocidade; esse sistema pode ser representado como abaixo, onde a seta dupla representa que as
reações nos dois sentidos estão ocorrendo com as mesmas velocidades:
Reagentes Produtos
38
É importante salientar que o equilíbrio químico é uma condição dinâmica: todas as substâncias
presentes estão sendo continuamente formadas e transformadas, na mesma velocidade. Além
disso, no equilíbrio, as concentrações de reagentes e produtos podem não ser iguais: o ponto em
que as velocidades se igualam pode ser qualquer um entre o 100% de reagentes e o 100% de
produtos. A extensão em que a reação direta ou inversa é favorecida, uma em relação à outra, é
uma característica da reação sob determinadas condições.
Quando sistemas em equilíbrio são submetidos a qualquer perturbação exterior, o equilíbrio
desloca-se no sentido contrário a fim de minimizar esta perturbação. Esse é o enunciado do
“princípio de Le Chatêlier”, que pode ser usado para fazer previsões qualitativas sobre a resposta
de um sistema em equilíbrio às diversas variações nas condições externas.
Nessa aula serão realizados dois experimentos para ilustrar alguns sistemas em equilíbrio. As
presenças de reagentes e produtos serão identificadas via indícios experimentais tais como
alteração de cor (EXPERIMENTO 1) e mudança de pH (EXPERIMENTO 2).
EXPERIMENTO 1
39
ESCREVA A EQUAÇÃO QUE REPRESENTA O EQUILÍBRIO ESTABELECIDO ENTRE AS
ESPÉCIES [CO(H2O)6]2+ E [CoCℓ4]2.
Experimento 2
40
SABENDO QUE A FENOLFTALEÍNA É INCOLOR EM MEIO ÁCIDO (NA PRESENÇA DE H3O+) E
VERMELHO EM MEIO BÁSICO (NA PRESENÇA DE OH), USE A IDEIA DE EQUILÍBRIO
Bibliografia Consultada
Brown, T.L., LeMay, H. E., Bursten, B. E. Química, a ciência central. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2007, cap. 15.
Russel, J.B. Química: Equilíbrio químico. 2ª ed., v. 2. São Paulo: Makron Books do Brasil
Ltda, 1994, cap.14.
GEPEQ Química Nova: Estudando o equilíbrio ácido-base. São Paulo: SBQ-Química
Nova na Escola,
41
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INSTITUTO DE QUÍMICA
SALVADOR – Bahia
2009
42
Ácidos e Bases: compostos que se neutralizam!
Objetivos:
a. Diferenciar conceitos ácido-base de Arrhenius, Brönsted-Lowry e de Lewis;
b. Entender o processo de neutralização;
c. Caracterizar soluções como ácidas ou básicas através da medida do pH;
d. Reconhecer que o pH é uma função da concentração de íons H3O+;
e. Relacionar as forças de ácidos e bases com o grau de ionização em água.
A resposta mais correta para a questão “o que são ácidos e bases?” é: “depende”. Sim,
depende se você está interessado em saber se “certa substância que está num recipiente é um
ácido ou uma base” ou se quer saber “qual é a característica de uma dada espécie química
que faz com que ela tenha propriedades ácidas ou básicas”. No primeiro caso, você necessita
de uma definição que depende de fenômenos ou propriedades que você possa ver, tocar, sentir
o gosto etc. Por exemplo, soluções aquosas de ácidos têm sabor azedo, tornam vermelho o
papel de tornassol, reagem com certos metais liberando hidrogênio, H2(g). Soluções aquosas
de bases têm sabor amargo, tornam azul o papel de tornassol, são escorregadias ao tato.
Mas se você está interessado em saber qual é a característica que faz com que uma dada
molécula apresente propriedades ácidas ou básicas, a resposta para a questão “o que são ácidos e
bases?” não é simples. Na verdade, não há uma resposta simples e inequívoca!
Em 1887, Arrhenius propôs que ácido é qualquer espécie que produz íons H+ em água e,
base, produz íons OH. Mais tarde, estudos dessas soluções aquosas apresentaram evidências de
que esse íon H+ não existe mas que ele combinava-se quimicamente com a molécula H2O para
formar o íon H3O+, o qual é chamado de hidrônio.
43
1. Cloreto de hidrogênio, HCℓ, é uma substância gasosa e é ácido de Arrhenius. Hidróxido
de sódio, NaOH, é um sólido e é base de Arrhenius. Escreva equações que representem
os comportamentos ácido do HCℓ e básico do NaOH.
O conceito de Arrhenius é perfeitamente válido, mas muito limitado. Por exemplo,
NH3(g), em água, produz soluções básicas, mas não contém íons OH. Além disso, várias reações
ácido-base ocorrem na ausência de água.
Em 1923, Brönsted e Lowry, independentemente, definiram ácido como uma espécie que
doa prótons (H+) e, base, como uma espécie que aceita prótons.
É importante notar que ácidos e bases estão intimamente ligados pelo conceito de Brönsted-
Lowry, ou seja, para doar próton é preciso que tenha um receptor de prótons e vice-versa.
Então, para alguma espécie atuar como ácido, uma base deve estar presente
5. Qual a espécie formada quando a água atua como um ácido de Brönsted-Lowry? E como
base?
44
Outro ponto importante no conceito ácido-base de Brönsted-Lowry é que, quando um
ácido doa um próton a uma base são formados um novo ácido e uma nova base. Estes são
chamados, respectivamente, ácido conjugado e base conjugada.
6. Considere as reações entre cloreto de hidrogênio e água, e entre amônia e água, e
identifique os pares ácido-base conjugados.
Muitas substâncias, como o dióxido de carbono, CO2, e trióxido de enxofre, SO3, não
contêm hidrogênio na composição química, mas apresentam propriedades ácidas. Ainda em
1923, o cientista G. N. Lewis propôs uma definição ácido-base mais geral, que focaliza o par de
elétrons em vez do próton. Segundo Lewis, ácido é toda espécie química capaz de receber um par
de elétrons, e, base aquela capaz de doar um par eletrônico.
7. Em termos da definição de Lewis, uma base pode existir na ausência de um ácido?
Explique.
Uma propriedade dos ácidos é que eles neutralizam bases e vice-versa. Assim, quando
ácidos e bases reagem, as propriedades de ambas as espécies diminuem e podem desaparecer;
essa reação é chamada neutralização. Uma reação de neutralização muito comum é aquela entre
ácido clorídrico e hidróxido de sódio; na verdade, a reação é entre H3O+ e OH, para formar água.
Quando o número de íons H3O+ é igual ao de OH-, eles reagem para produzir uma solução
que não é ácida nem básica. O resultado é a neutralização de todas as propriedades associadas
com ácidos e bases. Se há mais íons H3O+ que OH ou, ao contrário, a solução resultante será
ácida ou básica, respectivamente. A seguir, o professor vai realizar o EXPERIMENTO 1 cujo
objetivo é entender o processo de neutralização.
45
EXPERIMENTO 1
1. Planejar um experimento com o objetivo de efetuar uma reação de neutralização entre
ácido clorídrico e hidróxido de sódio;
2. Executar o experimento;
3. Discutir os resultados observados.
O fluido estomacal é uma solução de ácido clorídrico. O estômago produz uma pequena
quantidade desse ácido o tempo todo e, portanto, um estômago ácido é o desejável. Mas a
produção de ácido clorídrico pode ser estimulada por alguns tipos de alimentos, o que causa um
excesso de acidez estomacal. Quando isto acontece, torna-se necessário tomar um antiácido
como, por exemplo, Leite de Magnésia, que é uma mistura de Mg(OH)2 em água.
8. Sabendo que o hidróxido de magnésio, Mg(OH)2, é uma base de Arrhenius, discuta como
ele atua no estômago, diminuindo a acidez estomacal. Escreva a equação química que
representa esse processo.
46
10. A partir da análise das equações que você escreveu, discuta por que as reações de íons
com água são reações ácido-base de Brönsted-Lowry.
O pH básico de uma solução de NaHCO3 justifica o seu uso como um dos principais
componentes de medicamentos usados no combate à acidez estomacal.
A ionização de um ácido em água produz íons H3O+ e, de uma base, íons OH; quanto
maior é a fração do ácido ou da base que se ioniza, maior é a concentração dos respectivos íons
em solução. Alguns ácidos, por exemplo, ácido clorídrico, HCℓ, ionizam-se quase que
completamente em água; isso quer dizer que, para este ácido, a maioria das moléculas HCℓ, em
47
água, produz íons H3O+. Para outros, como o ácido acético, somente uma fração das moléculas
CH3OOH produz íons H3O+ em água.
Ácidos que se ionizam quase que completamente em água são ditos ácidos fortes. Aqueles
que se ionizam parcialmente são mais fracos. O mesmo critério é usado para classificar bases
como fortes ou fracas.
Experimentalmente, o grau de ionização pode ser determinado medindo-se a
condutividade elétrica da solução, que será tanto maior quanto maior for o número de íons
presentes. A medida de pH de uma solução também pode ser utilizada para se avaliar o grau de
ionização do ácido ou da base, desde que se esteja trabalhando com soluções de mesma
concentração.
EXPERIMENTO 3
1. Usando um papel indicador, medir o pH de cada uma das seguintes soluções:
HCℓ 0,1 mol/ℓ
48
Bibliografia Consultada
VIVEIROS, A. M. V., MARTINS, C. R., ALVES, F. M., CEDRAZ, J. P. L., LÔBO, S. F., “Ácidos e Bases: classes
opostas de compostos químicos” Manual de aulas práticas da disciplina Química Geral I, Salvador – BA, UFBA,
Instituto de Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 1998.
MUROV, S. AND STEDJEE, B. “Experiments in Basic Chemistry”. 3rd ed. USA, John Willey & Sons, Inc., 1994,
pag. 197-203.
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SALVADOR – Bahia
2009
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Por que alguns elementos são oxidantes e outros são redutores?
Objetivos:
f. Identificar reações de oxirredução;
g. Entender a relação entre energia de ionização e poder redutor de um elemento;
h. Entender a relação entre afinidade eletrônica e poder oxidante de um elemento.
51
Por que SÓDIO e MAGNÉSIO são bons agentes redutores?
Os elementos dos grupos 1 (Li – Cs) e 2 (Be – Ba) da tabela periódica são todos metais.
A força redutora dessas espécies, ou seja, a capacidade destes metais atuarem como agente
redutor deve ser avaliada analisando as energias envolvidas no processo, cujas etapas estão
representadas no ciclo a seguir, onde M = elemento do grupo 1 ou 2.
(I) Calor de
sublimação
M(s) M(g)
(II) Energia
de ionização
(III) Calor de
hidratação
Mn+(g) + n e
n+
M (aq) + n e
4. Analise as etapas representadas acima e discuta a relação entre o poder redutor do metal
e a energia de ionização?
Observe que a etapa global de formação dos íons Mn+(aq) corresponde a soma das outras etapas.
5. Escreva, então, uma equação que represente a etapa global de formação dos íons
Mn+(aq) a partir da soma das etapas (I), (II) e (III).
52
Agora, o professor vai realizar os EXPERIMENTOS 1 e 2, descritos a seguir. Leia-os antes
para que você possa se orientar no que deve observar mais atentamente e fazer as devidas
anotações; isso será útil para você responder as questões propostas e discutir os resultados.
EXPERIMENTO 1
Fenolftaleína é uma substância orgânica, que é incolor em valores de pH até 8,0 e torna-
se vermelha em pH acima desse valor.
2. Com uma pinça, retirar o sódio metálico do recipiente onde ele está imerso em querosene, e
colocar sobre um pedaço de papel de filtro;
3. Com uma espátula, cortar um pequeno fragmento de sódio e colocar no béquer com água e
fenolftaleína.
Descreva o que você observou com o fragmento de sódio quando ele foi colocado na água.
Qual é a cor da solução resultante? A partir da observação sobre a cor da solução
resultante e com base nas informações dadas sobre a fenolftaleína, que espécie química
você pode afirmar que foi formada?
Sabendo que sódio é um bom agente redutor e com base na sua resposta do item acima,
discuta a transformação química que ocorre quando o sódio entra em contato com a água.
Escreva uma equação que represente essa transformação.
Qual espécie química é o agente oxidante? Qual elemento é reduzido? Justifique suas
respostas com base nos resultados obtidos no experimento.
Analise o experimento 1 e diga por quê:
NÃO SE DEVE tocar o sódio com as mãos?
O sódio encontra-se armazenado em querosene?
53
EXPERIMENTO 2
A energia de ionização é uma das etapas envolvidas na avaliação da força redutora de um dado
elemento. Assim, a capacidade de um elemento atuar como agente redutor está relacionada com
a facilidade de perder elétrons.
Os elementos do grupo 17 da tabela periódica são não metais e são conhecidos como
halogênios. Eles, ao contrário daqueles dos grupos 1 e 2, atuam predominantemente como
agentes oxidantes, ou seja, para eles é mais fácil (energia menor) ganhar elétrons do que perdê-
los.
A força oxidante desses elementos deve ser avaliada através das energias envolvidas no
processo. O ciclo apresentado a seguir apresenta as etapas para o cloro, Cℓ2(g). Deve-se lembrar
54
que o bromo é líquido, Br2(ℓ), e o iodo é sólido, I2(s), e, portanto para cada uma dessas duas
substâncias, antes da etapa (I), dissociação, tem-se respectivamente a vaporização e a sublimação.
(I) ½ Energia de
dissociação
½ Cℓ2(g) Cℓ(g)
+ e (II) Afinidade
eletrônica
(III) Calor de
hidratação
Cℓ(aq) Cℓ(g)
EXPERIMENTO 3
55
2. A seguir, adicionar água de cloro, Cℓ2(aq), gota a gota e com agitação, até não observar mais
alteração.
Qual a cor da solução formada após a adição água de cloro á solução de iodeto?
Sabendo que a solução de iodeto e a água de cloro são incolores, e que a solução aquosa
de iodo, I2(aq), é ferrugem, o que você pode concluir a partir dos resultados desse
experimento? Discuta sua resposta.
Escreva uma equação química que represente o que aconteceu nesse experimento.
Com base nas suas observações, o que você pode concluir quanto ao poder oxidante do cloro,
Cℓ2(aq), comparado ao do iodo, I2(aq)? Consulte uma tabela de potencial de redução padrão e
fundamente a sua conclusão.
Cloro atua preferencialmente com oxidante e sódio como redutor. Consulte novamente a
tabela de potencial de redução padrão e fundamente essa afirmação.
BIBLIOGRAFIA consultada
VIVEIROS, A. M. V., MARTINS, C. R., ALVES, F. M., CEDRAZ, J. P. L., LÔBO, S. F., “Por
que alguns elementos são oxidantes e outros redutores?” Roteiros de aulas práticas da disciplina
Química Geral I, Salvador – BA, UFBA, Instituto de Química, Departamento de Química Geral e
Inorgânica, 1998.
FELICÍSSIMO, A.M.P. ET AL. Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-
Projetos de Ensino de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo,
1979, p. 118-120.
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2010
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Eletroquímica
Objetivos:
a. Estudar a relação entre a energia elétrica e transformação química.
b. Entender como funciona a pilha de Daniel.
c. Identificar a eletrólise como uma reação não-espontânea.
Experimento 01
1. Mergulhar uma barra de zinco, Zn(s), em uma solução aquosa, 1 mol/litro, de íons Cu(II).
Antes de realizar o item 1, observe e anote a cor da solução de Cu(II).
2. Aguardar alguns minutos e observar alterações na superfície do zinco e na cor da solução
de Cu(II).
Descreva o que você observou na superfície do zinco.
58
Você observou alguma modificação na cor da solução?
Sabendo que os íons Zn2+(aq) são incolores e que o Cu(s) tem coloração
avermelhada, o que você acha que aconteceu?
Escreva uma equação geral para representar o que aconteceu nesse experimento.
O zinco metálico, Zn(s), transfere elétrons para os íons Cu(II), Cu2+(aq); assim formam-se
íons Zn2+(aq) e cobre metálico, Cu(s).
Você acha que se fosse colocado uma placa de cobre metálico, Cu(s), em uma
solução aquosa contendo íons Zn2+, ocorreria a formação de íons Cu2+(aq)? Discuta
sua resposta.
FIGURA 1
Experimento 02
1. Colocar, em um dos béqueres, solução 1 mol/litro de íons Zn2+ e mergulhar nessa solução
um pedaço de zinco;
59
2. No outro béquer, colocar solução 1 mol/litro de íons Cu2+ e mergulhar nessa solução uma
placa de cobre;
Você observa indícios de que ocorre reação nos béqueres separados?
3. Conectar os dois béqueres com uma ponte salina;
4. Conectar um voltímetro entre o zinco e o cobre e observar a passagem da corrente
elétrica;
5. Medir a voltagem da pilha.
60
Uma das maneiras de analisar a espontaneidade de processos químicos é avaliando os valores
da variação da energia livre de Gibbs (G). No caso da reação aqui estudada, o valor da
variação da energia livre padrão é Go = - 212 kJ/mol. Quanto mais negativo é o valor de Go
mais espontâneo é o processo e, nas reações redox, esse valor reflete maior tendência de os
elétrons serem transferidos do anodo, nessa reação o Zn(s), para o catodo.
A relação entre o Go e o potencial padrão da célula, Eo, é dada pela equação (1):
Go = nFEo (1)
Em que: F = constante de Faraday = 96.485 J.V1.mol1 e n = número de elétrons transferidos na
reação.
A equação que descreve potenciais de célula sob condições não-padrão é a chamada equação
de Nernst, representada a seguir:
RT
E = Eo - lnQ
nF
Em que Q = razão entre as concentrações dos reagentes e produtos, cada um elevado à potência
de seus coeficientes estequiométricos.
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FIGURA 2
Experimento 03
Bibliografia Consultada
62
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