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NUTRIÇÃO
Análise Sensorial e Desenvolvimento de Novos Produtos
Fabíola Mourinho
Fátima Fernandes
PORTO 2011
Técnicas de Analise Sensorial- Free Choice Profiling Maio de 2011
Índice
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................2
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................16
1. INTRODUÇÃO
de um produto pelos órgãos dos sentidos”, sendo, aí, organoléptica definida como
“qualifica uma propriedade de um produto perceptível pelos órgãos dos sentidos” 1.
O perfil sensorial é uma ferramenta poderosa para a indústria alimentar, uma vez
que fornece informações importantes para o desenvolvimento e comercialização de
novos produtos, reformulação de produtos existentes e a otimização dos processos de
fabrico ou da embalagem 2.
O perfil sensorial de um dado alimento, é visto cada vez mais como uma forma de
explicar ou até antecipar as preferências do consumidor 3.
O presente trabalho pretende, para além de dar uma visão geral dos diferentes
métodos de perfil sensorial, aprofundar o Free choice Profiling.
“Flavour profile”
“Texture profile”
Este método foi desenvolvido para considerar aspectos que não eram
considerados no método descrito anteriormente (“Flavour Profile”). Este método
considera que a textura pode ser dividida num conjunto de atributos cuja intensidade e
ordem pode ser medida.
“Free choice-profile”
Perfil Flash
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Este tipo de metodologia foi desenvolvido a partir do “Perfil de livre escolha”. A
principal diferença reside no método de apresentação das amostras que são, neste
método, apresentados simultaneamente aos provadores, sendo-lhes pedido que as
ordenem segundo uma dada dimensão (descritor). É uma prova de ordenação que
fornece a posição relativa dos produtos sem quantificação individual 19.
simultânea dos produtos conduz à selecção natural dos descritores melhor adaptados à
discriminação das diferenças perceptíveis entre os produtos 20.
Método Spectrum
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Desenvolvido por Civille , este método, também conhecido também como
“Universal Scale”, pretende ser um a ferramenta descritiva universal baseada na
utilização de referências absolutas utilizáveis para todo o tipo de produtos.
Este método assume que os provadores não diferem na forma como percebem as
características sensoriais, mas sim na forma como as descrevem17.
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PIGGOTT & WATSON utilizaram o método do Perfil Livre em 25 amostras de
cidras, utilizando provadores treinados e não treinados, e comparou o Perfil Livre com e
sem o método Rede para o levantamento de atributos. Observaram que os provadores
não treinados tiveram dificuldades de gerar descritores suficientes e adequados e
concluíram que o método Rede é uma alternativa, ajudando no desenvolvimento dos
vocabulários.
De acordo com STEENKAMP & TRIJP 32, o método de Rede pode aumentar o número
de descritores, e ao mesmo tempo os erros principalmente quando são usados mais de
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ARNOLD & WILLIAMS relataram que o uso do Perfil Livre, só foi possível com o
desenvolvimento da Análise de Procrustes Generalizada. MacFIE relatou que com o
surgimento de mercados comuns entre vários países, é importante notar que a Análise
Procrustes Generalizada possui habilidade de processar dados das mesmas amostras e
de provadores em diferentes países, e é claramente a chave de todos os testes sensoriais
interlaboratoriais.
5. CONCLUSÃO
Apesar de o perfil de Escolha Livre ter algumas desvantagens tais como a menor
pertinência, precisão, discriminação, exaustão, independência e quantificação,
requeridas nos termos utilizados, é um método que poderá ser uma mais-valia
relativamente a outros por permitir uma caracterização sem o treino de avaliadores e o
que confere vantagens a nível da poupança de tempo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. Pr NP 4263:1994. Análise Sensorial- Vocabulário. IPQ, Lisboa.
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21. M.A. Drake SCM, P.D. Gerard, K.R. Cadwallader, G.V. Civille,. J Food Sci.
2001; 66:1422.
22. L. González-Tomás EC. J Sensory Stud. 2006; 2:22-33.
23. WILLIAMS, A.A.,LANGRON, S.P. The use of free-choice for the evaluation of
commercial ports. J Sci Food Agric. 1984; 35:558-68.1984
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13. PIGGOTT, J.R.; WATSON, M.P.A. Comparison of freechoice profiling and the
repertory grid method in the flavor profiling of cider. Journal of Sensory Studies, v. 7,
n. 2, p. 133-145, 1992.
14. [9] McEWAN, J.A.; COLWILL, J.S.; THOMSON, D.M.H. The application of
two free-choice profile methods to investigate the sensory characteristics of
chocolate. Journal of Sensory Studies, v. 3, p. 271-286, 1989a.
15. STEENKAMP, J.B.E.M.; TRIJP, H.C.M. Free-choice profiling in cognitive food
acceptance research. In: THOMSON, D.M.H. Food Acceptability. New York. Elsevier
Applied Science, 1988. cap.27, p. 363-374.
16. ARNOLD, G.M.; WILLIAMS, A.A. The use of generalised Procrustes
techniques in sensory analysis. In: PIGGOTT, J.R. Statistical procedures in food
research. London: Elsevier Applied Science, 1986. p. 223-254.
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