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ADIANTAMENTOS A EMPREGADOS PAGAMENTO DE RECIBO DE FÉRIAS AO

FUNCIONÁRIO
A conta "Adiantamento a Empregados", de natureza
devedora, é debitada quando a empresa efetua as seguintes A forma mais simples de se fazer a contabilização do
operações: recibo de férias consiste em considerar o valor pago a esse
título como adiantamento.
1. paga adiantamento mensal ao empregado;
2. paga recibo de férias ao empregado; A apropriação do valor das férias nas respectiva conta de
3. paga despesas relativas a vale-farmácia, vale- custo ou de despesas operacionais é feita com base na
supermercado etc. folha de pagamento.

Por sua vez, referida conta é creditada quando as As férias incorridas no mês de setembro, por exemplo,
operações referidas são compensadas na folha de deverá ser apropriada na folha de pagamento do referido
pagamento mensal. mês. O restante das férias do mês de outubro deverá ser
apropriado na folha de pagamento desse mês,
PAGAMENTO DE ADIANTAMENTO MENSAL A permanecendo, portanto, em conta específica do ativo
EMPREGADOS circulante como adiantamento.

A maioria das empresas, por força de Convenção Coletiva Exemplo:


de Trabalho, estão obrigadas a pagar, mensalmente, a seus
empregados adiantamento salarial correspondente a um Período de Gozo das Férias: 16/09 a 15/10/2003
percentual sobre o salário nominal. Valor bruto das férias R$ 1.000,00
INSS Retido R$ 110,00
Exemplo: Valor líquido das férias R$ 890,00

Determinada empresa efetuou adiantamento salarial no Registro contábil no pagamento das férias:
montante de R$ 15.000,00.
1. Valor do pagamento líquido efetuado:
Com base nos dados do exemplo, o registro contábil
poderá ser efetuado da seguinte maneira: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante)
C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante)
D – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) R$ 890,00
C – Banco Bradesco S.A (Ativo Circulante)
R$ 15.000,00 2. Valor da retenção do INSS:

O histórico poderá ser feito do seguinte modo: D – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
a) conta devedora - Valor adiantamento salarial n/mês R$ 110,00
conforme relação nominal;
b) conta credora - Valor aviso de débito referente O valor das férias, apropriado na folha de pagamento de
adiantamento salarial conforme relação nominal. setembro/2003, corresponde a:

Por ocasião da compensação do adiantamento salarial na Férias (15 dias) R$ 500,00


respectiva folha de pagamento do mês, o lançamento INSS proporcional R$ 55,00
contábil poderá ser feito da seguinte forma: Valor líquido proporcional: R$ 445,00

D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) Encargos previdenciários correspondente a parte da


C – Adiantamento Salarial (Ativo Circulante) empresa, relativos ao mês:
R$ 15.000,00
a) parte da empresa:
O histórico poderá ser feito do seguinte modo: R$ 500,00 x 20,00% = R$ 100,00

a) conta devedora - Valor relativo compensação b) seguro acidente do trabalho:


adiantamento salarial n;/mês; R$ 500,00 x 3,00% = R$ 15,00
b) conta credora - Valor relativo adiantamento salarial
n/mês, ora compensado. c) terceiros:
R$ 500,00 x 5,8% = R$ 29,00
Total dos encargos previdenciários/INSS = R$ 144,00 Circulante)
R$ 8.000,00
FGTS: R$ 42,50
D – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante)
Registro contábil da folha de pagamento correspondente às C – Contas a Pagar – Farmácia YZ (Passivo Circulante)
férias e respectivos encargos sociais: R$ 1.000,00

1. Registro do valor das férias proporcionais, no mês: Por ocasião do desconto na folha de pagamento dos
respectivos valores:
D – Férias (Conta de Resultado)
C – Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) D – Salários a Pagar (Passivo Circulante) R$ 9.000,00
R$ 500,00 C – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo
Circulante) R$ 8.000,00
2. Registro dos valores dos encargos sociais no mês: C – Adiantamentos - Vale-Farmácia (Ativo Circulante) R$
1.000,00
D – INSS (Conta de Resultado)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 144,00 ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

D – FGTS (Conta de Resultado) Os adiantamentos a fornecedores ocorrem na aquisição de


C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) matérias-primas, mercadorias, imobilizado, serviços, etc.
R$ 42,50
Quando o adiantamento se referir a matérias-primas,
Nota: caso a empresa constitua mensalmente provisão de materiais de embalagens, mercadorias, insumos, materiais
férias, o débito do valor respectivo e encargos será de uso e consumo e serviços relativos à industrialização, o
debitado nesta conta. valor correspondente deverá ser classificado em conta
específica de "estoque" no grupo Ativo Circulante.
No mês de outubro será adotado o mesmo procedimento
Por sua vez, quando o adiantamento for feito para
contábil relativo ao mês de setembro.
aquisição de bens fixos, o valor correspondente será
classificado no subgrupo Imobilizado do Ativo
PAGAMENTO DE DESPESAS RELATIVAS A VALE- Permanente.
FARMÁCIA, VALE-SUPERMERCADO, ETC.
A classificação em conta específica de "estoque" será feita
Mediante convênios firmados com o comércio, é comum quando a empresa possuir controle permanente de estoque.
ocorrerem aquisições de produtos, por parte dos Caso contrário, ou seja, quando o controle do estoque for
empregados, no sistema de vale-farmácia, vale- feito de forma periódica, o adiantamento será classificado
supermercado, etc. no grupo Ativo Circulante, em conta específica de
"Adiantamentos a Fornecedores".
Nesta modalidade, a empresa autoriza despesas efetuadas
pelos empregados com farmácia e supermercado e, Na hipótese de adiantamento a fornecedores de serviços,
posteriormente, mediante autorização destes procede ao se os mesmos não se relacionarem à industrialização por
desconto na folha de pagamento. encomenda para formação dos estoques, serão
classificados como "Adiantamentos a Fornecedores" -
Para o registro contábil da operação contabiliza-se os realizável a curto prazo ou longo prazo, conforme o prazo
gastos efetuados com farmácia e supermercado em conta de execução dos mesmos.
de adiantamento a empregados para posterior
compensação na folha de pagamento. EXEMPLO 01:

Exemplo: Determinada empresa, sem controle permanente de


estoque, efetuou adiantamento para fornecedores no valor
Compras autorizadas de empregados em convênios, de R$ 100.000,00.
efetuados no mês, de R$ 8.000,00 de supermercado e R$
1.000,00 de farmácia: Referido adiantamento refere-se à futura aquisição de
matérias primas.
D – Adiantamentos – Vale Supermercado (Ativo
Circulante) Registro contábil:
C – Contas a Pagar – Supermercado X (Passivo
D – Adiantamentos a Fornecedores – Ind. XYZ (Ativo Circulante) R$ 1.350,00
Circulante) D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a
C – Banco do Brasil S/A – Cta. Movimento (Ativo Longo Prazo) R$ 4.050,00
Circulante) C – Veículos (Imobilizado - Ativo Permanente) R$
R$ 100.000,00 5.400,00

Quando do recebimento das matérias-primas: Nota: Para maiores detalhes sobre a contabilização do
ICMS sobre as compras de ativo imobilizado, leia o tópico
Valor das matérias-primas: R$ 100.000,00 “ICMS na Aquisição do Imobilizado”
ICMS recuperável: R$ 12.000,00
Valor do custo das matérias-primas adquiridas: R$ ICMS NA AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO
100.000,00 - R$ 12.000,00 = R$ 88.000,00
Com a Lei Complementar 102/2000, a partir de
D – Compras de Matérias-Primas (Conta de Resultado) R$ 01.01.2001 os créditos decorrentes de entrada de ativo
88.000,00 imobilizado poderão ser apropriados à razão de 1/48 por
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.000,00 mês.
C – Adiantamentos a Fornecedores - Ind. XYZ (Ativo
Circulante) R$ 100.000,00 A contabilização do referido crédito a apropriar deve ser
feito em conta do ativo (impostos a recuperar) e a crédito
EXEMPLO 02: de imobilizado, já que o ICMS recuperável é considerado
como redutor do custo de aquisição.
Adiantamento para futura aquisição de 1 (um) veículo no
valor de R$ 20.000,00. Exemplo:

D – Adiantamentos a Fornecedores - Velpar Veículos Valor de Aquisição de Máquina: R$ 100.000,00


Ltda. (Imobilizado - Ativo Permanente) Valor do ICMS R$ 12.000,00
C – Banco do Brasil S/A - Cta. Movimento (Ativo
Circulante) Cálculo do ICMS recuperável para fins de distribuição nas
R$ 20.000,00 contas do ativo circulante e realizável a longo prazo:
Por ocasião da entrega do veículo:
Ativo Circulante: 12 parcelas x R$ 12.000,00 : 48 meses =
R$ 3.000,00
Valor do veículo R$ 30.000,00
Realizável a Longo Prazo: 36 parcelas x R$ 12.000,00 : 48
ICMS R$ 5.400,00
meses = R$ 9.000,00
1. Contabilização da aquisição:
1. Contabilização do ICMS recuperável, por ocasião da
D – Veículos (Imobilizado - Ativo Permanente) entrada do bem no estabelecimento:
C – Fornecedores - Velpar Veículos Ltda (Passivo
Circulante) D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
R$ 30.000,00 Circulante) R$ 3.000,00
D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a
2. Transferência do valor adiantado ao fornecedor: Longo Prazo) R$ 9.000,00
C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado) R$ 12.000,00
D – Fornecedores - Velpar Veículos Ltda (Passivo
Circulante) 2. Apropriação do ICMS 1/48 no mês:
C – Adiantamentos a Fornecedores - Velpar Veículos
Ltda. (Imobilizado - Ativo Permanente) D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 20.000,00 C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
Circulante)
3. Registro do ICMS recuperável: R$ 250,00

Valor recuperável a curto prazo (12 parcelas x R$ 5.400,00 Nota: no final do exercício, deve ser ajustado a conta do
: 48 meses) R$ 1.350,00 ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a Longo
Valor recuperável a longo prazo (36 parcelas x R$ Prazo), transferindo o valor correspondente ás parcelas
5.400,00 : 36 meses) R$ 4.050,00 que faltarem para realização no curto prazo, conforme
seguinte lançamento:
D – ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
D - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo específica do Passivo Circulante ou do Exigível a Longo
Circulante) Prazo, conforme o prazo previsto para a entrega do bem ou
C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Realizável a execução do serviço, quando então serão baixados por
Longo Prazo) ocasião do cumprimento da obrigação assumida.

RECUPERAÇÃO PARCIAL DO CRÉDITO EXEMPLO

No caso da alienação do ativo que gerou o crédito do A empresa “A” recebe da Empresa “B”, em 20.01.2008,
ICMS, o valor do crédito do ICMS anulado volta a compor um adiantamento no valor de R$ 1.000,00 por conta de um
o custo do ativo imobilizado, ou alternativamente, a pedido de mercadorias no valor total de R$ 2.500,00, a ser
empresa poderá lançar o valor do crédito não aproveitado entregue no prazo de 15 dias, e cujo saldo será pago 30
como uma despesa no resultado. dias após a entrega.

Também pode ocorrer que, por força o inciso II § 5 do art. Por ocasião do recebimento do adiantamento, em
20 da Lei Complementar 87/96 (incluído pela Lei 20.01.2008, teríamos o seguinte lançamento:
Complementar nº 102, de 11.7.2000), em cada período de
apuração do imposto, não se admite o creditamento de D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
parcela, em relação à proporção das operações de saídas ou C - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
prestações isentas ou não tributadas sobre o total das R$ 1.000,00
operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo
período. Em 05.02.2008, por ocasião da entrega das mercadorias,
será efetuado o registro da operação de venda da seguinte
Nesta hipótese, a parcela não aproveitada no mês deverá forma:
ser contabilizada como despesa.
D - Clientes (Ativo Circulante)
Exemplo: C - Receita de Vendas (Resultado)
R$ 2.500,00
O crédito de 1/48 do ICMS imobilizado no mês foi de R$
1.000,00. Porém, 50% das operações de saídas do Em seguida, é reconhecida a baixa do adiantamento
estabelecimento decorrem de saídas isentas ou não recebido em 20.01.2008, de forma que a conta “Clientes”
tributadas. Portanto, o crédito do mês (R$ 1.000,00) terá reflita a realidade da negociação, restando somente o saldo
que ser proporcional (50%), sendo que o saldo não a receber na data contratada:
aproveitado constituirá despesa tributária:
D - Adiantamento de Clientes (Passivo Circulante)
D – ICMS não recuperável (Conta de Resultado) R$ C - Clientes (Ativo Circulante)
500,00 R$ 1.000,00
D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 500,00
C - ICMS sobre Imobilizado a Recuperar (Ativo
Circulante) R$ 1.000,00 Finalmente, em 05.03.2008, data do vencimento da
obrigação da empresa “B”, por ocasião do recebimento do
saldo remanescente, seria realizado o último lançamento:

ADIANTAMENTOS DE CLIENTES D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)


C - Clientes (Ativo Circulante)
Em determinados casos, a empresa pode receber de seus R$ 1.500,00
clientes, alguns valores a título de adiantamento por conta
de encomendas que realizou de bens que ainda serão AJUSTES CONTÁBEIS DE EXERCÍCIOS
produzidos ou comprados para revenda ou ainda para a ANTERIORES
prestação de serviços futuros.
Os registros dos fatos contábeis são suscetíveis de erros,
Enquanto o bem encomendado não for entregue ou o que poderão ou não interferir na apuração do resultado e,
serviço contratado não for executado, os valores conseqüentemente, na base imponível do Imposto de
adiantados assumem a característica de uma obrigação que Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
a empresa possui para com o cliente. A obrigação de (CSLL) relativo ao exercício em determinado período.
entregar o produto ou de prestar o serviço.
Partindo do pressuposto de que a escrituração contábil é a
Neste caso os valores devem ser registrados em conta fonte de informações para a apuração do lucro ou prejuízo
fiscal, qualquer erro no registro de um fato, via de regra, Prejuízos Acumulados". Note-se que os ajustes são aqueles
poderá provocar o aumento ou diminuição do imposto resultantes de efeitos na retificação de erro imputável a
devido em determinado exercício. determinado exercício anterior e que não possam ser
atribuídos a fatos subseqüentes.
CRITÉRIO PARA UTILIZAÇÃO DA CONTA
"AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES" O contabilista deve ter bastante cautela e prudência para
registrar ajustes por erros de exercícios anteriores
De acordo com a Lei da S/A (Lei 6404/1976), o lucro diretamente na conta de Lucros Acumulados, e não se deve
líquido do exercício não deve estar influenciado por efeitos dar esse tratamento a pequenos valores.
que pertençam a exercícios anteriores, ou seja, deverão
transitar pelo balanço de resultados somente os valores que ERROS COM CONTAS PATRIMONIAIS
competem ao respectivo período.
Regra geral, os erros cometidos com contas patrimoniais,
Como ajustes de exercícios serão considerados apenas os tais como inversão de lançamento, contrapartida a débito
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou em conta indevida ou contrapartida a crédito em conta
da retificação de erro imputável a determinado exercício indevida, não provocam influência na determinação do
anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos lucro e, por inferência, no resultado tributável do
subseqüentes. exercício.

MUDANÇA DE CRITÉRIO CONTÁBIL O reflexo na determinação do resultado do exercício, via


de regra, só ocorre quando a contrapartida das contas
A modificação de métodos ou critérios contábeis poderá patrimoniais transitar pelo balanço de resultados e,
ter ou não efeitos relevantes e, também, poderá influenciar conseqüentemente, se traduzem em aumento, redução ou
ou não a apuração do lucro líquido do exercício. postergação do pagamento do Imposto de Renda.

Observe-se que quando a modificação de métodos ou AUMENTO INDEVIDO DO RESULTADO NA


critérios contábeis afetar a apuração do lucro líquido do ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
exercício, o efeito correspondente deverá ser lançado,
conforme o caso, a débito ou a crédito da conta de "Lucros Os erros contábeis mais comuns que se traduzem em
ou Prejuízos Acumulados". aumento indevido do resultado podem ocorrer devido a:

Nota: Em virtude da edição da Lei nº 11.638/2007 que a) despesa lançada a menor do que a efetivamente paga ou
extinguiu a conta "Lucros Acumulados", a partir de incorrida;
01.01.2008, entendemos que a contrapartida dos ajustes b) receita lançada a maior ou manutenção na contabilidade
dependerão de um novo pronunciamento do órgão de valor de receita, cuja Nota Fiscal já foi objeto de
fiscalizador e poderão, provisoriamente, ser efetuados em cancelamento;
conta transitória integrante do subgrupo de Reserva de c) falta de registro referente a baixa de bens do ativo
Lucros ou, se for o caso, na conta “Prejuízos permanente.
Acumulados”.
Fora os casos exemplificados, existem outros que podem
Como exemplos de alterações de critérios contábeis: causar distorções na determinação do resultado.

a) alteração do método de avaliação dos estoques (do PROCEDIMENTO CONTÁBIL PARA


custeio direto para o custeio por absorção ou do Fifo para REGULARIZAÇÃO DO ERRO
o médio, etc.);
b) passagem do regime de caixa para o de competência, na Supondo-se que os erros que provocam aumento indevido
contabilização do Imposto de Renda (e outros passivos); do resultado tenham sido detectados após o encerramento
c) mudança no método de avaliação dos investimentos (do do período, o procedimento contábil a ser seguido pela
método do custo para o da equivalência patrimonial). empresa será o seguinte:

RETIFICAÇÃO DE ERROS DE EXERCÍCIOS a) lançamento de ajuste a débito da conta "Ajustes de


ANTERIORES Exercícios Anteriores";
b) transferência do valor do ajuste da conta "Ajustes de
A retificação de erros de exercícios anteriores poderá Exercícios Anteriores" para a conta "Lucros ou Prejuízos
afetar, também, o lucro líquido do exercício. Nesse caso, o Acumulados";
valor correspondente a retificação será lançado, conforme c) diminuir do valor a ser retificado a parcela
o caso, a débito ou a crédito da conta de "Lucros ou correspondente ao Imposto de Renda.
Exemplo: d) registro a débito em conta de resultado referente a
conserto de bens do ativo imobilizado, que resulte em
Considerando-se que no ano-calendário de 2006 a aumento da vida útil superior a um ano em relação a sua
empresa, inadvertidamente, não efetuou o registro contábil (s) data (s) de aquisição;
referente ao cancelamento de uma Nota Fiscal no valor de e) constituição da provisão para férias em valor superior ao
R$ 50.000,00, ocorrendo a sua regularização no período devido, etc.
subseqüente.
PROCEDIMENTO CONTÁBIL PARA
Os ajustes contábeis, no exemplo proposto, serão REGULARIZAÇÃO DO ERRO
efetuados da seguinte forma:
Na hipótese que os erros que provocaram a redução
D - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido) indevida do resultado tenham sido detectados após o
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) encerramento do balanço, não sendo mais possível o
R$ 50.000,00 estorno ou retificação dos lançamentos efetuados, o
Histórico: Valor relativo baixa da duplicata nº 15009 procedimento contábil a ser seguido pela empresa será o
referente à Nota Fiscal nº 25097 de 30.12.2006, cancelada. seguinte:

a) lançamento de ajuste a crédito da conta "Ajustes de


D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) Exercícios Anteriores";
b) transferência do valor do ajuste da conta "Ajustes de
C - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido) Exercícios Anteriores" para a conta "Lucros ou Prejuízos
R$ 50.000,00 Acumulados";
Histórico: Transferência referente a ajustes efetuados no c) contabilizar a parcela correspondente ao Imposto de
exercício de 2006. Renda e Contribuição Social sobre o ajuste, caso
houverem.
D - Provisão Para Imposto de Renda (Passivo Circulante)
R$ 12.500,00 Exemplo:
D - Provisão Para a Contribuição Social (Passivo
Circulante) R$ 4.500,00 A empresa desembolsou R$ 10.000,00 em 2006 na
C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Passivo Circulante) reforma de um veículo e, em decorrência dessa reforma,
R$ 17.000,00 houve um aumento de vida útil superior a um ano.
Histórico: Valor do Imposto de Renda e CSLL calculado
sobre ajuste no resultado do ano-calendário de 2006. O registro contábil foi feito erroneamente da seguinte
forma:
Nota: considerou-se neste exemplo que a empresa é
tributada pelo lucro real e que esteve sujeita ao adicional D - Manutenção de Veículos (Conta de Resultado)
do Imposto de Renda de 10% no exercício de 2006. C - Fornecedores (Passivo Circulante)
R$ 10.000,00
Caso não haja saldo na conta de provisão para Imposto de
Renda, em virtude da empresa já ter efetuado o pagamento No exercício seguinte, o erro foi detectado, não sendo mais
do mesmo, o ajuste deverá ser efetuado, tendo como possível estornar o lançamento, tendo em vista que o
contrapartida as contas de Tributos a Compensar no Ativo balanço já se encontra fechado. Os registros contábeis
Circulante. serão:

REDUÇÃO INDEVIDA DO RESULTADO NA D - Veículos (Ativo Permanente)


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL C - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido)
R$ 10.000,00
Por sua vez, os erros de natureza contábil que implicam Histórico: Valor relativo a Nota Fiscal nº 1598 de
redução indevida do resultado, via de regra, são 29/12/2006 da Reformadora Alfa Ltda. referente à reforma
ocasionados por: do caminhão MBB, placas XYZ9999, cujo lançamento ora
regularizamos.
a) registro em duplicidade de uma nota fiscal de
fornecedor; D - Ajustes de Exercícios Anteriores (Patrimônio Líquido)
b) subavaliação do estoque final de mercadorias, C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)
resultando em aumento excessivo do Custo das R$ 10.000,00
Mercadorias Vendidas; Histórico: Transferência referente a ajustes efetuados no
c) inobservância do regime de competência na escrituração ano-calendário de 2006.
da receita, rendimento, custo ou dedução;
D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) As aplicações financeiras constituem-se num leque de
R$ 3.400,00 investimentos com rentabilidade fixa ou variável, do tipo:
C - Provisão Para Imposto de Renda (Passivo Circulante) Fundos de Investimento Financeiro (FIF), Certificados de
R$ 2.500,00 Depósitos Bancários (CDB), Letras Hipotecárias, etc.
C - Provisão Para a Contribuição Social (Passivo
Circulante) R$ 900,00 O valor dessas aplicações classifica-se, no balanço:
Histórico: Valor do Imposto de Renda e CSLL calculado
sobre ajuste no resultado do ano-calendário de 2006. No ativo circulante:

Nota: considerou-se neste exemplo que a empresa é a) entre as disponibilidades, no caso de aplicações em
tributada pelo lucro real e que esteve sujeita ao adicional modalidades resgatáveis a qualquer momento, sem
do Imposto de Renda de 10% no exercício de 2006. vinculação a determinado prazo, como é o caso dos
Fundos de Investimentos Financeiros (FIF);
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL b) como investimentos temporários, se resgatáveis em
prazo vencível até 12 meses após a data de aplicação.
A Lei nº 11.638/2007 substitui a faculdade da reavaliação
de bens pela obrigação de se ajustar o valor dos ativos e No realizável a longo prazo:
passivos a preços de mercado. Um dos casos em que essa
regra se aplica é quando houver operação de incorporação, a) no caso de aplicações financeiras resgatáveis em prazo
fusão ou cisão vinculada a uma efetiva alienação de vencível após 12 meses da data de aplicação.
controle que tenha sido realizada entre partes
independentes, ou seja, sociedades que não façam parte de CONTABILIZAÇÃO DA APLICAÇÃO
um mesmo grupo econômico.
Por ocasião da aplicação efetuamos o lançamento de
Os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou transferência de numerário da conta banco conta
decorrente da fusão ou cisão devem ser ajustados aos movimento para a conta de aplicação correspondente ao
valores de mercado e a contrapartida desses ajustes será tipo de aplicação efetuada.
realizada em uma conta do patrimônio líquido,
denominada “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, que pode Exemplo:
apresentar saldo devedor (negativo) ou credor (positivo),
dependendo do caso.
Aplicação de R$ 10.000,00 em FIF na Caixa Econômica
Federal:
Nos termos da nova legislação, serão classificadas como
ajustes de avaliação patrimonial, as contrapartidas de
D – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades)
aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos
C – CEF Conta Movimento (Disponibilidades)
do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
R$ 10.000,00
preço de mercado. Este procedimento ocorre enquanto tais
valores não são computados no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência. No tocante à CPMF incidente na operação, esse valor será
lançado como uma despesa tributária no resultado:
Em nosso entendimento, a redação do dispositivo que deu
origem à norma que cuida do ajuste de avaliação D – CPMF (Despesas Tributárias – Conta de Resultado)
patrimonial deverá ser adequadamente normatizada pelos C – CEF Conta Movimento (Disponibilidades)
órgãos reguladores (BACEN, CVM, CFC, etc.), de forma R$ 38,00
a indicar a quais hipóteses os ajustes se aplicam e como
eles devem ser processados. APROPRIAÇÃO DO RENDIMENTO PELO REGIME
DE COMPETÊNCIA
Porém, apenas a título de exemplo, na hipótese de
avaliação de imóveis a preço de mercado, com laudo A apropriação do rendimento de aplicação financeira deve
devidamente fundamentado e nas circunstâncias ser feita observando-se o regime de competência.
determinadas pela Lei, teremos o seguinte lançamento
contábil na empresa que detém os ativos: Assim, na data do balanço ou balancete, se existir saldo de
aplicação financeira a ser resgatado nos períodos
D - Ajuste a Valores de Mercado - Imóveis (Imobilizado) seguintes, o rendimento proporcional auferido até essa data
C - Ajustes de Avaliação Patrimonial - Imóveis deverá ser registrado em conta de resultado do período, em
(Patrimônio Líquido) contrapartida à conta de aplicação.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS Exemplo:


Juros de aplicação FIF na Caixa Econômica Federal, no O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda
valor de R$ 500,00: compreenderá:

D – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades) 1. o preço líquido de descontos incondicionais e


C – Juros sobre Aplicações Financeiras (Conta de abatimentos;
Resultado) 2. transporte e seguro pagos na respectiva compra e
R$ 500,00 3. Os tributos não recuperáveis, devidos na aquisição ou
importação.
REGISTRO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA
FONTE SOBRE O RENDIMENTO DE APLICAÇÃO Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
de mercadorias, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRF) sobre neste guia.
rendimentos de aplicação financeira, quando compensável
com o imposto devido pela empresa, deve ser registrado CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV
em conta do subgrupo de impostos a recuperar no ativo
circulante. No caso de produtos (bens produzidos por uma indústria),
a fórmula é semelhante ao CMV:
Exemplo:
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
Retenção de R$ 100,00 sobre os rendimentos de aplicação,
conforme aviso bancário: Onde:

D – IRF a Compensar (Ativo Circulante) CPV = Custo dos Produtos Vendidos


C – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades) EI = Estoque Inicial
R$ 100,00 In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e
outros materiais) aplicados nos produtos vendidos
Na hipótese do IRF não ser compensável (como é o caso MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
do IRF retido sobre empresas optantes pelo Simples GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia,
Nacional), tal valor deve ser contabilizado como despesa depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos
tributária: produtos vendidos
EF = Estoque Final (inventário final)
D – Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras
(Despesas Tributárias – Conta de Resultado) COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
C – Aplicações Financeiras – FIF CEF (Disponibilidades)
R$ 100,00 O § 1º do art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77 dispõe que o
custo de produção dos bens ou serviços vendidos
APURAÇÃO DO CUSTO DAS VENDAS compreenderá, obrigatoriamente:

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV 1) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer


outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na
A apuração do custo das mercadorias vendidas está produção, observado o disposto neste artigo;
diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois 2) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de
representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de
vendas realizadas no período. produção;
3) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos
O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado de depreciação dos bens aplicados na produção;
através da equação: 4) os encargos de amortização diretamente relacionados
com a produção;
CMV = EI + C - EF 5) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados
na produção.
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
EI = Estoque Inicial de produção, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
C = Compras neste guia.
EF = Estoque Final (inventário final)
CUSTO DOS SERVIÇOS VENDIDOS (CSV)
COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE MERCADORIAS
Numa empresa de serviços, a sistemática será semelhante à depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços
anterior, sendo a fórmula: vendidos
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi
Para outros detalhamentos sobre a composição dos custos
Onde: de serviços, acesse o tópico “Inventário de Estoques”,
neste guia.
CSV = Custo dos Serviços Vendidos
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento EXEMPLO PRÁTICO
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, Calcular o Custo dos Produtos Vendidos de 01 de janeiro a
subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos 31 de dezembro de determinada indústria que apurou os
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, seguintes dados:

Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00


Compras de Insumos 1.750.000,00
ICMS sobre Compras 210.000,00
Fretes sobre Compras 70.000,00
Mão de Obra Direta 597.000,00
Gastos Gerais de Fabricação 790.000,00
Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00

A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS ficará como segue:

Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00


+ Compras de Insumos 1.750.000,00
+ Fretes sobre Compras 70.000,00
- ICMS sobre Compras (210.000,00)
+ Mão de Obra Direta 597.000,00
+ Gastos Ferais de Fabricação 790.000,00
- Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00)
= Custo dos Produtos Vendidos 2.922.000,00

AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO ou montagem de bens do imobilizado devem


IMOBILIZADO ATRAVÉS DE ser capitalizados até o momento em que o
FINANCIAMENTO bem estiver em condições de operação.

Quando a empresa adquire bens para o ativo As obrigações contraídas, cujo prazo de
imobilizado através de financiamentos (como vencimento final ocorra após o término do
o Finame), deverá considerar como custo a exercício social seguinte àquele em que
ser ativado o preço total constante da Nota houve a contratação, serão classificadas no
Fiscal do fornecedor, acrescido de outros Exigível a Longo Prazo, e, por ocasião do
dispêndios, como por exemplo, o frete e o levantamento do balanço, serão transferidas
seguro cobrados à parte. as parcelas que devem ser liquidadas no
exercício social seguinte, para o Passivo
As despesas financeiras decorrentes do Circulante.
empréstimo contraído para aquisição de bens
do Ativo Imobilizado não devem ser REGISTROS CONTÁBEIS
incluídas no custo de aquisição dos bens
adquiridos, e sim lançadas como despesas Exemplo:
financeiras pelo regime de competência.
Determinada empresa adquiriu equipamentos
Já os encargos financeiros de empréstimos e para unidade fabril, em 01/12/2003, no valor
financiamentos de terceiros para a construção de R$ 300.000,00, sendo que 80% deste valor
foi financiado pelo Finame, e será pago em 4) Registro do pagamento relativo à parte não
60 parcelas, sem carência, e o saldo será pago financiada:
com recursos próprios da empresa para o
fornecedor dos equipamentos. D - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo
Circulante)
Na data em que o financiamento foi liberado, C - Banco Conta Movimento (Ativo
o bem foi entregue e foi pago R$ 2.800,00 a Circulante)
título de taxas e comissões bancárias. R$ 60.000,00

O financiamento tem encargos de TJLP + 5) Em 31.12.2003, registro dos encargos


juros, no total de 16% ao ano sobre o saldo financeiros previstos no contrato (TJLP +
devedor. juros, de 01.12 a 31.12.2003 - 1,2445% sobre
o saldo devedor):
Lançamentos contábeis:
D - Despesas Financeiras (Resultado) R$
1) Pelo registro dos equipamentos: 2.986,80
C - Financiamentos - Finame (Passivo
D - Equipamentos (Ativo Imobilizado) Circulante) R$ 597,36
C - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo C - Financiamentos - Finame (Exigível a
Circulante) Longo Prazo) R$ 2.389,44
R$ 300.000,00
6) Em 02.01.2004, pelo pagamento da
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a primeira parcela do financiamento:
aquisição do imobilizado, quando cabível.
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS D - Financiamentos - Finame (Passivo
Imobilizado”. Circulante)
C - Banco Conta Movimento (Ativo
2) Pelo registro da liberação do Circulante)
financiamento (pagamento direto ao R$ 4.000,00
fornecedor):
AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO
D - Fornecedores - Equipabrás S/A (Passivo IMOBILIZADO DE VALOR
Circulante) R$ 240.000,00 IRRELEVANTE
C - Financiamentos - Finame (Passivo
Circulante) R$ 48.000,00 Como regra geral, os bens e direitos
C - Financiamentos - Finame (Exigível a necessários à manutenção das atividades da
Longo Prazo) R$ 192.000,00 empresa, caracterizados por apresentar-se na
forma tangível (edifícios, máquinas,
Nota: cálculo dos valores distribuídos entre equipamentos, etc.), devem ser escriturados
curto e longo prazo: no ativo imobilizado. O imobilizado abrange,
também, os custos das benfeitorias realizadas
R$ 240.000,00 : 60 parcelas = R$ 4.000,00 em bens locados ou arrendados.
12 parcelas x 4.000,00 = R$ 48.000,00
(Passivo Circulante) No entanto, a legislação fiscal (Art. 301 do
48 parcelas x 4.000,00 = R$ 192.000,00 RIR/1999) permite a dedução como despesa
(Exigível a Longo Prazo) operacional, se o custo de aquisição do bem
adquirido tiver valor unitário não superior a
3) Pelo registro de taxas e comissões R$ 326,61 (trezentos e vinte e seis reais e
bancárias no ato da liberação do sessenta e um centavos), ou prazo de vida útil
financiamento: que não ultrapasse um ano, qualquer que seja
o custo do bem.
D - Despesas Financeiras (Resultado)
C - Banco Conta Movimento (Ativo Assim, a lei fiscal está desonerando a
Circulante) empresa do trabalho de calcular, registrar e
R$ 2.800,00 controlar a depreciação individualizada destes
bens.
Todavia, vale alertar que, de acordo com os ponto de vista contábil, o que ocorre, e assim
Pareceres Normativos CST nº 100/1978 e deve ser registrado, são duas transações, uma
20/1980: de venda do bem usado e outra de compra do
novo bem.
a) a opção para o registro como despesa deve
ser exercida por ocasião da aquisição do bem, Para tanto, deve-se avaliar o bem usado para
sendo inadmissível reverter para despesa o determinar o valor que este representará
custo de bens anteriormente ativados; como parte do pagamento do novo bem, de
modo que se possa apurar o ganho ou perda
b) o valor unitário deve ser considerado em de capital decorrente da transação.
função do critério da utilidade funcional do
bem, isto é, somente pode ser considerado Exemplo:
unitariamente o bem que, por si só, preste ou
tenha condições de prestar utilidade à Empresa adquiriu um veículo no valor de R$
empresa adquirente, como cadeira para uso 25.000,00, dando como parte do pagamento
no escritório, grampeador, cesto de lixo etc. um veículo usado no valor de R$ 10.000,00.
c) o conceito de valor unitário em função da O valor registrado contabilmente do veículo
utilidade que o bem possa prestar, dado em pagamento é de R$ 15.000,00 e a
singularmente tomado, não tem aplicação nos depreciação acumulada de R$ 9.000,00,
casos de exploração de atividade que requeira (valor residual = R$ 15.000,00 - R$ 9.000,00
o emprego concomitante de certa quantidade = R$ 6.000,00):
de bens, como, por exemplo, nas aquisições
de engradados e vasilhames (retornáveis)
1) Pela baixa do bem usado, para apurar o
utilizados por empresas distribuidoras de
resultado da transação:
águas minerais, refrigerantes, etc.
a) Pela baixa do custo registrado
Exemplo:
contabilmente:
Vamos supor que a empresa "A", adquiriu em
D – Resultado na Venda do Imobilizado
18.03.2007, uma calculadora cujo valor
(Resultado Não Operacional)
unitário de aquisição foi de R$ 280,00 e que
C – Veículos (Imobilizado)
este valor tenha sido pago através de cheque
R$ 15.000,00
emitido ao fornecedor. Neste caso o
reconhecimento como despesa deverá ser
realizado com o seguinte lançamento b) Pela baixa da depreciação acumulada:
contábil:
D – Depreciação Acumulada - Veículos
D - Imobilizado de Valor Irrelevante (Ativo Imobilizado)
(Resultado) C – Resultado na Venda do Imobilizado
C - Bancos Conta Movimento (Ativo (Resultado Não Operacional)
Circulante) R$ 9.000,00
R$ 280,00
c) Pela venda do veículo usado ao
AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO fornecedor:
IMOBILIZADO SEM
FINANCIAMENTO BANCÁRIO D – Fornecedores (Passivo Circulante)
C – Resultado na Venda do Imobilizado
COM PARTE DO PAGAMENTO (Resultado Não Operacional)
EFETUADO COM BEM USADO R$ 10.000,00

É praxe, na aquisição de um bem novo 2) Pela aquisição do veículo novo:


(especialmente veículos), incluir na
negociação um bem usado como parte do D – Veículos (Ativo Imobilizado)
pagamento. C – Fornecedores (Passivo Circulante)
R$ 25.000,00
Deve-se observar que apesar da negociação
ficar caracterizada como uma troca, sob o
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a qual será registrada em conta(s) do passivo
aquisição do imobilizado, quando cabível. circulante e exigível a longo prazo, se for o
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS caso.
Imobilizado”.
Portanto, para fins de apuração do resultado
AQUISIÇÃO DO IMOBILIZADO COM contábil, estes registros devem ser feitos
PAGAMENTO À PRAZO OU À VISTA imediatamente por ocasião do recebimento do
bem.
Na hipótese de aquisição do imobilizado com
pagamento à prazo ou à vista, basta debitar o Exemplo:
valor correspondente à aquisição e creditar a
conta de fornecedor (se compra à prazo) ou Valor de veículo adquirido mediante
Caixa/Bancos Cta. Movimento (se à vista). consórcio: R$ 50.000,00
Valor das quotas já pagas (registradas no
Nota: registrar, também, o ICMS sobre a ativo) R$ 20.000,00
aquisição do imobilizado, quando cabível.
Para maiores detalhes, leia o tópico “ICMS 1. Contabilização da aquisição do Veículo:
Imobilizado”.
D – Veículos (Imobilizado)
AQUISIÇÃO DE BENS POR MEIO DE C – Fornecedores (Passivo Circulante)
CONSÓRCIOS R$ 50.000,00

ADIANTAMENTOS EFETUADOS 2. Registro da quitação do bem, mediante a


carta de crédito respectiva:
Nos pagamentos de quotas de consórcio não
contemplado, registram-se tais valores em D – Fornecedores (Passivo Circulante)
uma conta de adiantamento, no ativo C – Consórcios a Pagar (Passivo)
imobilizado. R$ 50.000,00

Exemplo: 3. Transferência dos valores adiantados de


consórcio:
Pagamento de quota de consórcio de R$
1.500,00, relativamente a grupo para D – Consórcios a Pagar (Passivo)
aquisição de veículo: C – Adiantamentos de Consórcio
(Imobilizado)
D – Adiantamentos de Consórcio R$ 20.000,00
(Imobilizado)
C – Bancos cta. Movimento (Ativo 4. Registro da atualização dos valores das
Circulante) parcelas de consórcio contemplado a pagar,
R$ 1.500,00 considerando os seguintes dados:

REGISTROS POR OCASIÃO DA Valor de cada parcela: R$ 1.000,00


AQUISIÇÃO DO BEM Número de parcelas a pagar: 40
Saldo devedor na data do recebimento do
Por ocasião da aquisição do bem adquirido bem: R$ 40.000,00 (40 x R$ 1.000,00)
por Consórcio, há necessidade de registrar o Valor do ajuste: R$ 40.000,00 – R$
custo total na conta própria desse bem, no 30.000,00 (valor já existente na conta
subgrupo ativo imobilizado, bem como os Consórcios a Pagar, sendo R$ 50.000,00 da
ajustes decorrentes do (a): carta de crédito menos R$ 20.000,00 dos
valores das quotas adiantadas) = R$
a) total dos pagamentos realizados (inclusive 10.000,00
lance, se for o caso), dando-se baixa na conta
transitória em que foram registrados Ajuste contábil:
inicialmente;
b) dívida assumida, calculada pela D – Variações de Consórcios a Pagar
multiplicação do valor atual da parcela (Despesas Financeiras)
mensal pelo número de parcelas restantes, a
C – Consórcios a Pagar (Passivo) GASTOS DE IMPLANTAÇÃO DE
R$ 10.000,00 SISTEMAS E MÉTODOS

Nota: separar os valores de Consórcios a Os gastos significativos realizados com a


Pagar no passivo circulante e exigível a implantação de sistemas e métodos, quando
longo prazo, conforme o prazo de contribuírem para a formação do resultado de
vencimento das parcelas futuras. mais de um exercício social futuro, devem ser
registrados no Ativo Diferido e amortizados
ACRÉSCIMOS DA DÍVIDA A PARTIR DO durante o período em que se espera a
RECEBIMENTO DO BEM produção de resultados para a empresa.

Os acréscimos no saldo a pagar que GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS


ocorrerem no futuro por mudanças no preço
do bem serão considerados despesas de Os valores dispendidos com novos
variações monetárias, visto que se referem à empreendimentos, tais como organização,
atualização monetária de obrigações em construção e implantação de uma nova
função de índices contratados. fábrica, bem como os gastos incorridos antes
do início das operações da empresa, serão
EFEITOS FISCAIS registrados nesse agrupamento de contas.

A contabilização da forma apresentada é Nesses casos, a empresa deve manter um


respaldada pelo PN CST 1/83, e poderá controle adequado, com contas detalhadas por
representar menor pagamento de IRPJ e natureza de gasto ou por projeto, para poder
CSLL sobre o Lucro Real de até 34% sobre o identificar e segregar as despesas e
valor da despesa financeira contabilizada. contabilizá-las corretamente.

ATIVO DIFERIDO GASTOS COM PESQUISAS E


DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
O Ativo Diferido caracteriza-se por
evidenciar os recursos aplicados na realização Os custos do desenvolvimento e pesquisas
de despesas que, por contribuírem para a com produtos novos, bem como as pesquisas
formação do resultado de mais de um de mercado antes do seu lançamento, para
exercício social futuro, somente são aferir a existência de mercado ou utilidade do
apropriadas às contas de resultado à medida e produto, serão registrados nesse agrupamento
na proporção em que essa contribuição de contas.
influencia a geração do resultado de cada
exercício. Os gastos com aprimoramento e
modificações nos produtos já existentes não
O Ativo Diferido deverá ser avaliado, pelo devem ser classificados no Ativo Diferido,
valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos mas lançados diretamente em despesas
gastos realizados, deduzido do saldo das operacionais no resultado do período, no qual
contas que registrem a sua amortização (art. são incorridos.
183 da Lei nº 6.404/76).
GASTOS DE REORGANIZAÇÃO
O grupo Ativo Diferido, classificado no
Ativo Permanente, apresenta, em geral, as Os gastos significativos realizados com
seguintes contas: reorganização ou reestruturação de
determinadas áreas ou da totalidade da
I - gastos de implantação e pré-operacionais; empresa, que irão produzir benefícios futuros,
II - gastos com pesquisa e desenvolvimento serão contabilizados no diferido e
de produtos; amortizados durante o período em que os
III - gastos de implantação de sistemas e resultados dessa reorganização ou
métodos; reestruturação serão usufruídos pela empresa.
IV - gastos de reorganização ou
reestruturação. RESULTADOS NA FASE PRÉ-
OPERACIONAL OU NA EXPANSÃO
Além dos gastos efetivados pela empresa na Amortização de R$ 20.000,00 de gastos com
fase pré-operacional ou na expansão, são pesquisa e desenvolvimento de produtos:
também registrados no grupo do Ativo
Diferido os resultados eventuais obtidos D – Amortizações do Diferido (Conta de
nessa fase e que são utilizados ou mantidos Resultado)
para empregar no empreendimento em C – Amortizações Acumuladas – Gastos com
andamento, como por exemplo: venda de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos
bens, receita financeira de recursos ainda não (Ativo Diferido)
aplicados. R$ 20.000,00

Assim, se a empresa obtém receitas RECUPERAÇÃO DOS VALORES


financeiras, deverá considerar essas receitas
como dedução das despesas financeiras A companhia deverá efetuar, periodicamente,
lançadas no próprio Ativo Diferido, e se análise sobre a recuperação dos valores
ultrapassarem esse valor, deverá deduzi-las registrados no diferido, a fim de que sejam:
das outras despesas pré-operacionais,
mediante registro em uma conta específica à I - registradas as perdas de valor do capital
parte, como redução das despesas pré- aplicado quando houver decisão de
operacionais. interromper os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam ou quando
No caso da venda de bens, o ganho apurado comprovado que não poderão produzir
será registrado como redução dos gastos pré- resultados suficientes para recuperação desse
operacionais. Por outro lado, se ocorrer valor; ou
prejuízo, esse valor será acrescido ao Ativo
Diferido. II - revisados e ajustados os critérios
utilizados para determinação da vida útil
CONTABILIZAÇÃO - EXEMPLO econômica estimada e para cálculo
da amortização.
Gastos de pesquisa e desenvolvimento de A PARTIR DE 01.01.2008
produtos de R$ 100.000,00: A partir de 01.01.2008, classificar-se-ão no
ativo diferido as despesas pré-operacionais e
D – Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento os gastos de reestruturação que contribuirão,
de Produtos (Ativo Diferido) efetivamente, para o aumento do resultado de
C – Bancos cta. Movimento (Ativo mais de um exercício social e que não
Circulante) configurem tão-somente uma redução de
R$ 100.000,00 custos ou acréscimo na eficiência
operacional.
AMORTIZAÇÃO
Base: Lei 11.638/2007.
De acordo com a Lei nº 6.404/76 e o art. 327 ATIVO IMOBILIZADO
do RIR/99, a amortização dos valores
registrados no Ativo Diferido deverá ser feita O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto
em prazo não inferior a cinco anos e não de bens e direitos necessários à manutenção
superior a dez anos, a partir do início da das atividades da empresa, caracterizados por
operação normal ou do exercício em que apresentar-se na forma tangível (edifícios,
passem a ser usufruídos os benefícios delas máquinas, etc.). O imobilizado abrange,
decorrentes, devendo ser registrada a perda também, os custos das benfeitorias realizadas
do capital aplicado quando abandonados os em bens locados ou arrendados.
empreendimentos ou atividades a que se
destinavam, ou comprovado que essas O registro do ativo imobilizado é regulado
atividades não poderão produzir resultados pela NBC T 19.1.
suficientes para amortizá-los.
São classificados ainda, no imobilizado, os
A contrapartida da amortização do Ativo recursos aplicados ou já destinados à
Diferido deve ser lançada em Despesas ou aquisição de bens de natureza tangível,
Custos Operacionais. mesmo que ainda não em operação, tais como
construções em andamento, importações em
Exemplo: andamento, etc.
dependentes originados diretamente
Ressalte-se que as inversões realizadas em da construção ou da aquisição do
bens de caráter permanente, mas não item do imobilizado;
destinadas ao uso nas operações, deverão ser - custo da preparação do local;
classificadas no grupo de investimentos, - custo de entrega inicial e manuseio;
enquanto não definida sua destinação. - custo de instalação e montagem;
- custo de testes para verificação do
A partir de 01.01.2008, por força da Lei funcionamento do bem, deduzido das
11.638/2007, os ativos intangíveis (como receitas líquidas obtidas durante o
marcas e patentes) não serão mais registrados período de teste, tais como amostras
no Ativo Imobilizado, e sim, no Ativo produzidas quando o equipamento era
Intangível. testado; e
- honorários profissionais.
CARACTERÍSTICAS E VALOR c) custo estimado para desmontar e remover o
CONTÁBIL ativo e restaurar o local no qual está
localizado, quando existir a obrigação futura
O Ativo imobilizado compreende os ativos para a entidade.
tangíveis que:
O custo de um bem do imobilizado é o preço
a) são mantidos por uma entidade para uso na pago ou equivalente na data da aquisição.
produção ou na comercialização de
mercadorias ou serviços, para locação, ou Os encargos financeiros de empréstimos e
para finalidades administrativas; financiamentos de terceiros para a construção
b) têm a expectativa de serem utilizados por ou montagem de bens do imobilizado devem
mais de doze meses; ser capitalizados até o momento em que o
c) haja a expectativa de auferir benefícios bem estiver em condições de operação.
econômicos em decorrência da sua utilização;
e CUSTOS QUE NÃO DEVEM SER
d) possa o custo do ativo ser mensurado com INCORPORADOS AO IMOBILIZADO
segurança.
São exemplos de custos que não devem ser
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo classificados como imobilizado:
está registrado na contabilidade, líquido da
respectiva depreciação acumulada e das a) custo para abrir novas instalações;
provisões para perdas por redução ao valor b) custo para introduzir novo produto ou
recuperável. serviço, inclusive custos de propaganda e
promoção;
CUSTO CONTÁBIL c) custo para a realização de negócios em
nova localidade ou para nova classe de
Custo é o valor de aquisição ou construção do consumidores, inclusive custo de treinamento
ativo imobilizado ou o valor atribuído ou de de empregados; e
mercado, no caso de doações. d) custo de administração e outros custos
gerais indiretos.
O custo de um bem do imobilizado
compreende: Os custos de manutenção diária de item do
imobilizado que incluem, principalmente,
a) preço de compra, inclusive impostos de mão-de-obra, bens de consumo e pequenas
importação e impostos não-recuperáveis peças devem ser reconhecidos no resultado
sobre a compra, deduzidos de descontos quando incorridos.
comerciais e abatimentos;
b) custos diretamente atribuíveis para instalar CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL DAS
e colocar o ativo em condições operacionais CONTAS DO ATIVO IMOBILIZADO
para o uso pretendido;
Nota: são exemplos de custos As contas no grupo imobilizado devem ser
diretamente atribuíveis: segregadas por espécie de ativo, segundo a
- custos com empregados, incluindo sua natureza, para que possa ter o controle do
todas as formas de remuneração e custo e da depreciação, amortização ou
encargos proporcionados por uma exaustão relativo a cada bem.
entidade a seus empregados ou a seus
Em função dessas necessidades é que cada uma vez que a sua vida útil e a depreciação
empresa deve elaborar seu plano de contas, são diferentes.
segregando o imobilizado da seguinte forma:
Máquinas e Equipamentos
a) imobilizado em operação, que são todos os
bens já em utilização na atividade objeto da Engloba o conjunto de máquinas, aparelhos e
sociedade; equipamentos utilizados no processo de
b) imobilizado em andamento, que são produção de bens ou serviços da empresa, ou
classificadas todas as aplicações de recursos seja, não são auxiliares, mas diretamente
de imobilizações, mas que ainda não estão utilizados como base para a realização da
operando. atividade da empresa.

Quando a empresa tiver filiais ou diversas Equipamentos de Informática


fábricas e mesmo que a contabilidade seja
centralizada, deverá segregar as contas por Incluem se nessa conta as unidades centrais
estabelecimentos, para efeitos de controle e de processamento, as unidades periféricas,
apropriação da depreciação, amortização ou bem como as impressoras e terminais.
exaustão para fins de custeio.
No caso dos programas e aplicativos
IMOBILIZADO EM OPERAÇÃO ("software") adquiridos ou desenvolvidos
pela empresa, devem ser apropriados ao
Terrenos resultado se o seu valor não for relevante. No
entanto, nos casos de grandes sistemas,
Nesta conta são registrados os valores envolvendo valores significativos, devem ser
relativos aos terrenos de propriedade da registrados no Ativo Intangível e amortizados
empresa e que são utilizados em suas em função dos períodos a serem beneficiados.
operações, tais como: terrenos onde se
localiza a fábrica, a administração, as filiais, Móveis e Utensílios
os depósitos. Os terrenos sem uma destinação
específica devem ser classificados no grupo Essa conta engloba os valores relativos às
investimentos. mesas, cadeiras, arquivos, estantes, etc., que
tenham vida útil superior a um ano.
Terrenos e construções são ativos que devem
ser registrados separadamente, mesmo Veículos
quando adquiridos em conjunto.
Classificam se nessa conta todos os veículos
Edificações de propriedade da empresa, utilizados pelo
pessoal do departamento administrativo, de
Abrangem os edifícios que estão em vendas, ou de transporte. Os veículos
operação, os imóveis ocupados pela utilizados no processo produtivo, tais como
administração, fábrica, depósitos, filiais de empilhadeiras, tratores e similares, podem ser
propriedade da empresa. registrados na conta de equipamentos.

Não devem ser incluídos nessa conta os Ferramentas e Peças de Reposição


valores relativos às instalações elétricas,
hidráulicas, etc., que fazem parte da conta Peças maiores e equipamentos sobressalentes
instalações. devem ser classificados como ativo
imobilizado quando a entidade espera usá-los
Instalações durante mais de 12 meses.

Nessa conta são registrados os equipamentos, Nessa conta também são registradas as peças
materiais e custos de implantação, relativos a de reposição em estoque destinadas à
instalações hidráulicas, sanitárias, de vapor, substituição ou manutenção das máquinas,
de ar comprimido, de comunicações, de equipamentos, veículos, etc., classificados no
climatização, etc., com a característica de Ativo Imobilizado. Essas peças, quando
serviços indiretos e auxiliares ao processo utilizadas, serão contabilizadas como adição
produtivo da empresa, que apesar de fazerem ao imobilizado em operação, e o valor das
parte dos edifícios, devem ser segregadas, peças substituídas deve ser baixado dessa
conta.
Nessa conta são classificados todos os gastos
Por outro lado, os estoques mantidos pela com materiais, mão-de-obra direta e indireta
empresa, representados por material de e outros gastos que a empresa incorrer na
consumo, ferramentas e peças que serão construção e instalação, até o momento em
utilizados no processo produtivo ou utilizados que os bens entram em operação, quando são
nas operações normais da empresa, devem ser reclassificados para as contas específicas do
classificados no grupo de Estoques - grupo Imobilizado em Operação.
Almoxarifado, e à medida que são utilizados
ou consumidos serão apropriados como custo O custo de um ativo de construção própria é
ou despesa. determinado usando os mesmos princípios
aplicáveis a um ativo adquirido.
Marcas e Patentes
Consórcios
Nessa conta são registrados os gastos com
registro de marca, nome, invenções próprias São classificados nessa conta os
ou contratos de uso de marcas e patentes de adiantamentos por conta de fornecimento de
terceiros, sendo que, a partir de 01.01.2008, bens, destinados ao Ativo Permanente, por
tais valores são contabilizados no Ativo meio de consórcios antes do recebimento dos
Intangível e não mais no Ativo Imobilizado. mesmos. Quando do recebimento do bem, o
valor constante dessa conta será transferido
Reflorestamentos e Jazidas para uma conta específica do grupo
Imobilizado em Operação.
Classificam se nessa conta custos relativos a
projetos de florestamento e reflorestamento Os reajustes do valor das prestações a pagar,
de propriedade da empresa, bem como os após o recebimento do bem, serão
custos incorridos na obtenção de direitos de reconhecidos contabilmente, tendo como
exploração de jazidas de minério e pedras contrapartida a conta de resultado intitulada
preciosas. Variações Monetárias Passivas.

Benfeitorias em Propriedade de Terceiros Importações em Andamento

São classificados nessa conta os valores Serão registrados nessa conta todos os gastos
relativos às construções em terrenos incorridos desde a assinatura do contrato de
arrendados e as instalações e benfeitorias em câmbio (tais como: fretes, comissões,
imóveis alugados, sejam de uso do setor seguros, impostos não recuperáveis, tarifas
administrativo ou produtivo da empresa, que aduaneiras, etc.), até o efetivo desembaraço
forem incorporados ao imóvel arrendado, e aduaneiro dos bens importados destinados ao
revertam ao proprietário do imóvel no Ativo Permanente.
término do contrato. As benfeitorias serão
amortizadas em função da vida útil estimada Quando os bens importados forem
ou no período de vigência do contrato de desembaraçados, será efetuada a transferência
locação ou arrendamento, dos dois o menor. dos valores registrados nessa conta para a
conta específica, do grupo Imobilizado em
Bens do Ativo Imobilizado de Pequeno Operação.
Valor
As variações cambiais passivas ocorridas até
A critério da empresa, poderá ser lançado a data do desembaraço aduaneiro serão
como custo ou despesa operacional o valor de registradas como custo na conta de
aquisição de bens do ativo permanente, cujo Importação em Andamento. A partir da
prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou o entrada dos bens importados na empresa,
valor unitário não seja superior a R$ 326,61 devem ser registradas como despesa
(art. 301 do RIR/99 e art. 30 da Lei nº operacional, mediante obediência ao
9.249/95). princípio contábil da competência.

IMOBILIZADO EM ANDAMENTO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO


IMOBILIZADO
Construções em Andamento
A base de avaliação dos bens componentes
do Ativo Imobilizado é o seu custo de
aquisição, ou seja, todos os gastos
relacionados com a aquisição dos bens e os REPAROS, MANUTENÇÕES E
necessários para colocá-lo em local e SUBSTITUIÇÃO DE PARTES OU PEÇAS
condições de uso no processo operacional da
companhia. Os gastos incorridos com melhorias,
alterações, recuperações e reparos para
Bens Adquiridos manter ou recolocar os ativos em condições
normais de uso serão agregados à conta que
No caso de compra, o custo compreende o registra o bem no grupo do Ativo Permanente
preço faturado pelo fornecedor acrescido de e depreciados conforme prazo de vida útil
todos os gastos necessários para poder previsto, sempre que forem de valores
efetivar a compra e instalar o bem, tais como: relevantes e aumentarem a vida útil
frete, seguro, comissões, desembaraço originalmente prevista para o bem. Caso
aduaneiro, custos de instalação e montagem, contrário, serão lançados como despesas, à
custos com escritura e outros serviços legais e medida que os gastos são incorridos.
os impostos pagos, exceto quando ensejarem
crédito fiscal. Se há reconhecimento no valor contábil de
um item do imobilizado o custo da reposição
Os valores relativos a encargos financeiros de parte desse item, o valor contábil da parte
decorrentes de empréstimos e reposta deve ser baixado, independentemente
financiamentos, bem como os juros nas de ela ter sido depreciada separadamente.
compras a prazo de bens do Ativo
Imobilizado, não devem ser incluídos no Perante a legislação do Imposto de Renda
custo dos bens adquiridos, mas lançados pode ser lançado como custo ou despesa
como despesas financeiras no resultado ou no operacional o valor de aquisição de bens para
ativo diferido, se em fase de construção. o Ativo Permanente, cujo prazo de vida útil
não ultrapasse um ano ou o valor unitário seja
Bens Construídos inferior a R$ 326,61 (art. 301 do RIR/99 e art.
30 da Lei nº 9.249/95).
O custo dos bens construídos corresponde aos
gastos por aquisição dos materiais aplicados, BENS OBSOLETOS OU SUCATEADOS
o da mão-de-obra e seus encargos e outros
custos diretos e indiretos relacionados com a Tratando-se de bens obsoletos, sucateados ou
construção, incorridos até a data da colocação totalmente depreciados, deverão permanecer
dos mesmos em atividade. registrados contabilmente, pois a baixa
contábil deve ser concomitante à baixa física
Bens Recebidos em Doação ou Subvenções do bem, ou seja, com sua efetiva saída do
Para Investimento patrimônio da empresa, e o valor de
alienação, caso haja valor econômico
No caso de bens recebidos em doação ou apurável, servirá para apuração da receita
subvenção para investimento, sem ônus para eventual ou do valor efetivo da perda.
a empresa, devem ser contabilizados pelo
preço praticado no mercado, a crédito da REVISÃO DO VALOR CONTÁBIL
conta específica de Reserva de Capital (art.
182, § 1º, letra "d" da Lei nº 6.404/76). O valor contábil do ativo imobilizado deve
ser revisado periodicamente e quando o valor
As demais doações recebidas pela empresa recuperável for menor que o valor contábil
serão apropriadas ao resultado do período deve ser constituída provisão para perdas.
como receita.
A companhia deverá efetuar, periodicamente,
Bens Incorporados ao Capital análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado, a fim de que
Os bens que forem incorporados ao sejam:
Patrimônio Líquido da empresa para
formação do capital social serão registrados I - registradas as perdas de valor do capital
pelo seu valor de avaliação, estabelecido por aplicado quando houver decisão de
três peritos ou por empresa especializada e interromper os empreendimentos ou
aprovado em assembléia geral (art. 8º da Lei atividades a que se destinavam ou quando
nº 6.404/76). comprovado que não poderão produzir
resultados suficientes para recuperação desse Os ativos intangíveis compreendem o leque
valor; ou de bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa
II - revisados e ajustados os critérios finalidade, inclusive o fundo de comércio
utilizados para determinação da vida útil adquirido.
econômica estimada e para cálculo da
depreciação, exaustão e amortização. Trata-se de um desmembramento do ativo
imobilizado, que, a partir da vigência da Lei
TRIBUTOS PAGOS NA AQUISIÇÃO DO 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008,
IMOBILIZADO passa a contar apenas com bens corpóreos de
uso permanente. Deve ser ressaltado que,
Os tributos pagos na aquisição de bens do para as companhias abertas, a existência
imobilizado, quando não recuperáveis, devem desse subgrupo “Intangível” já se encontra
fazer parte integrante do custo de aquisição. regulada pela Deliberação CVM nº 488/05.

As contribuições sociais incidentes sobre o Como exemplos de intangíveis, os direitos de


faturamento ou receita bruta e sobre o valor exploração de serviços públicos mediante
das importações, pagas pela pessoa jurídica concessão ou permissão do Poder Público,
na aquisição de bens destinados ao ativo marcas e patentes, softwares e o fundo de
permanente, serão acrescidas ao custo de comércio adquirido.
aquisição, conforme art. 32 da Lei
10.865/2004. Mensalmente deve ser contabilizada a
amortização desses bens, em conta redutora
Perante a legislação do Imposto de Renda específica.
(PN CST nº 02/79), o Imposto de
Transmissão na Aquisição de Bens Imóveis TRANSFERÊNCIA
(ITBI) pago pela pessoa jurídica na aquisição
de bens do ativo permanente poderá, a seu Os valores intangíveis que, em 01.01.2008,
critério, ser registrado como custo de estavam contabilizados no imobilizado,
aquisição ou deduzido como despesa devem ser transferidos, nesta data, para o
operacional. subgrupo de contas denominado “Ativo
Intangível”.
BAIXAS OU TRANSFERÊNCIAS
Exemplo:
O valor contábil de um item do ativo
imobilizado deve ser baixado quando:
Transferência relativa aos saldos das contas
a) alienado; ou “Marcas e Patentes”, no valor de R$
b) não se prevê obter benefícios econômicos 100.000,00 e respectiva amortização
futuros com seu uso ou venda. acumulada de R$ 40.000,00, existentes nas
contas do imobilizado, em 01.01.2008:
Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um
item do ativo imobilizado devem ser D - Marcas e Patentes (Ativo Intangível)
reconhecidos no resultado não-operacional C - Marcas e Patentes (Ativo Imobilizado)
quando o item for baixado. R$ 100.000,00

O ganho ou perda decorrente de baixa de um D - Amortizações Acumuladas – Marcas e


item do imobilizado deve ser determinado Patentes (Ativo Imobilizado)
como a diferença entre o valor líquido da C - Amortizações Acumuladas – Marcas e
venda, se houver, e o valor contábil do item. Patentes (Ativo Intangível)
R$ 40.000,00
O valor contábil de um item do ativo
imobilizado, quando for retirado da operação, AVALIAÇÃO
deve ser transferido para Investimentos,
Realizável a Longo Prazo ou Ativo Os direitos classificados no intangível devem
Circulante, conforme a destinação e reduzido ser avaliados pelo custo incorrido na
ao seu valor de realização quando este for aquisição deduzido do saldo da respectiva
menor. conta de amortização, feita em função do
ATIVO INTANGÍVEL prazo legal ou contratual de uso dos direitos
ou em razão da sua vida útil econômica, deles AUDITORIA FINANCEIRA
o que for menor.
No caso da auditoria financeira, há interesse
O fundo de comércio e outros valores na auditoria das demonstrações financeiras da
intangíveis adquiridos são avaliados pelo entidade como um todo.
valor transacionado, deduzido das respectivas
amortizações, calculadas com base na O objetivo geral de uma auditoria das
estimativa de sua utilidade econômica. (NBC demonstrações financeiras é fazer com que o
4.2.7.3.) auditor expresse uma opinião sobre se as
demonstrações financeiras estão
Marcas e Patentes razoavelmente apresentadas de acordo com
os princípios de contabilidade geralmente
Nessa conta são registrados os ativos aceitos.
intangíveis, ou seja, os gastos com registro de
marca, nome, invenções próprias ou contratos O auditor avalia a apresentação razoável das
de uso de marcas e patentes de terceiros. demonstrações financeiras por meio da
obtenção de evidências de auditoria de uma
Direitos de Uso – Softwares forma detalhada e cuidadosa. Quando o
auditor, com base em evidências adequadas,
Nesta conta serão registrados os custos pagos suficientes, competentes e pertinentes,
ou relativos à elaboração de programas de conclui que as demonstrações financeiras
computador, amortizados com base na estão livres de erros importantes, emite uma
estimativa de vida útil dos mesmos. opinião sobre sua razoabilidade e anexa essa
opinião às demonstrações financeiras.
Fundo de Comércio
O auditor não assegura ou garante a correção
Compreende os valores pagos a título de da apresentação das demonstrações
aquisição de direitos para exploração de financeiras, porém tem uma grande
pontos comerciais, amortizados com base no responsabilidade em informar aos usuários se
prazo de fruição de tais direitos. as demonstrações financeiras estão
AUDITORIA adequadamente apresentadas. Se o auditor
considera que as demonstrações financeiras
Uma auditoria é uma revisão das não estão razoavelmente apresentadas, ou se
demonstrações financeiras, sistema não pode chegar a uma conclusão devido à
financeiro, registros, transações e operações falta de evidências ou outras condições
de uma entidade ou de um projeto, efetuada prevalecentes, então tem a responsabilidade
por contadores, com a finalidade de assegurar de comunicar também aos usuários dessas
a fidelidade dos registros e proporcionar demonstrações financeiras, através de seu
credibilidade às demonstrações financeiras e parecer.
outros relatórios da administração.
AUDITORIA DE CUMPRIMENTO E
A auditoria também identifica deficiências no OPERACIONAL
sistema de controle interno e no sistema
financeiro e apresenta recomendações para A auditoria de cumprimento e a auditoria
melhorá-los. operacional têm objetivos específicos e
podem ou não estar relacionadas á
As auditorias podem diferir substancialmente, contabilidade de uma entidade. Normalmente,
dependendo de seus objetivos, das atividades a contabilidade é base destes exames. Daí sua
para os quais se utilizam as auditorias e dos importância para diferentes usuários e
relatórios que se espera receber dos auditores. objetivos. Vemos que a contabilidade não é
uma ciência com um único usuário, como
Em geral, as auditorias podem ser pensam alguns (muitas pessoas sabem que a
classificadas em três grupos: contabilidade é necessária para atender ás
normas fiscais do governo, por exemplo).
1. auditoria financeira;
2. auditoria de cumprimento e A auditoria de cumprimento engloba a
3. auditoria operacional. revisão, comprovação e avaliação dos
controles e procedimentos operacionais de A subscrição pode ou não ser procedida com
uma entidade. integralização (em numerário ou bens)
imediata.
A auditoria operacional é um exame mais
amplo da administração, recursos técnicos e Normalmente, no plano de contas, utiliza-se a
desempenho de uma organização. O seguinte estrutura para visualizar o Capital
propósito desta auditoria é medir o grau em Social subscrito e integralizado:
que as atividades da entidade estão
alcançando seus objetivos. 2.4.1 Capital Social Subscrito e Integralizado

AUMENTO DE CAPITAL 2.4.1 01 Capital Subscrito

1. COM LUCROS ACUMULADOS E 2 4 1 02 (-) Capital a Integralizar


RESERVAS DE LUCROS 2 4 1 02 001 (-) Sócio 1
2 4 1 02 002 (-) Sócio 2
É comum as empresas, visando fortalecer a
situação patrimonial e financeira dos seus Nota: os números à frente das contas e
negócios, capitalizarem parte dos lucros subcontas referem-se apenas ao modelo
gerados, na forma de aumento de capital. proposto, sendo variável de acordo com o
plano de contas efetivo da empresa.
O registro contábil correspondente ao
aumento do capital social mediante A subconta “Capital Subscrito” é de natureza
aproveitamento de lucros acumulados ou de credora, e a “Capital a Integralizar” é de
reservas é realizado mediante a transferências natureza devedora. A soma do Capital
do (s) valor (es) correspondentes á conta de Subscrito e do Capital a Integralizar totalizará
capital social. a conta “Capital Social Subscrito e
Integralizado”.
Exemplo:
Portanto, há necessidade de 2 lançamentos
Capitalização mediante incorporação de contábeis, por ocasião do aumento de capital:
lucros acumulados de R$ 50.000,00 e
reservas de lucros de R$ 100.000,00. 1. Registro da subscrição do Capital Social:

D – Lucros Acumulados (Patrimônio D – Capital a Integralizar (Patrimônio


Líquido) R$ 50.000,00 Líquido)
D – Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido) C – Capital Subscrito (Patrimônio Líquido)
R$ 100.000,00
C – Capital Social (Patrimônio Líquido) R$ 2. Registro da integralização do Capital
150.000,00 Social (mediante depósito bancário):

2. CAPITALIZAÇÃO DE OUTRAS D – Bancos Cta. Movimento (Ativo


RESERVAS Circulante)
C – Capital a Integralizar (Patrimônio
A capitalização de outras reservas (como as Líquido)
de capital ou de reavaliação de bens) será
procedida da mesma forma, debitando-se a Se a integralização do Capital for mediante
reserva correspondente e creditando-se o bens imóveis (edificações), teremos:
Capital Social.
D – Edificações (Imobilizado)
3. COM ENTRADA DE NOVO SÓCIO C – Capital a Integralizar (Patrimônio
Líquido)
A entrada de novo sócio normalmente é
procedida de alteração contratual, com BAIXA DE BENS OU DIREITOS DO
subscrição de capital. ATIVO PERMANENTE

A alienação, baixa ou obsolescência de bens


ou direitos do ativo permanente deve ser
contabilizada, para apuração do ganho de inclusive dos acréscimos ao custo e
capital, tributável pelo Imposto de Renda e reavaliações anteriores ao início do período
Contribuição Social sobre o Lucro. de apuração;
b) converter o valor do bem para OTN
VALOR CONTÁBIL DO BEM através de sua divisão pelo valor da
ORTN/OTN na época da aquisição e de cada
Para efeito de apuração do ganho de capital, acréscimo ao custo ou reavaliação,
considera-se valor contábil: observando:

1 - INVESTIMENTOS PERMANENTES: – o valor nominal da ORTN estipulado para o


respectivo ano, quando se tratar de aquisições
Participações societárias avaliadas pelo custo registradas até 31-12-1976;
de aquisição: o valor de aquisição. – o valor médio trimestral, em função do
período de apuração do contribuinte, no caso
Participações societárias avaliadas pelo valor de adições ocorridas a partir de 1º de janeiro
de Patrimônio Líquido: Soma algébrica dos de 1977 e até a data do balanço de
seguintes valores: encerramento do exercício social iniciado em
1978, sujeito à correção especial do Ativo
Imobilizado;
– valor de Patrimônio Líquido pelo qual o
– o valor médio trimestral ou o valor mensal,
investimento estiver registrado;
conforme o contribuinte tenha optado pelo
– ágio ou deságio na aquisição do
registro em partidas trimestrais ou mensais,
investimento;
em relação aos bens registrados após o
– provisão para perdas, constituídas até 31-
balanço de abertura de exercício social
12-1995, quando dedutível.
iniciado em 1978 e até o balanço de 31-12-
1986;
2 - OURO NÃO CONSIDERADO ATIVO – valor mensal, no caso de valores registrados
FINANCEIRO a partir de 1-1-1987;

O valor de aquisição. c) corrigir o valor original, até 31-1-1989,


mediante multiplicação da quantidade em
3 - DEMAIS BENS E DIREITOS DO OTN pelo valor de NCz$ 6,92;
ATIVO PERMANENTE d) converter o valor corrigido em 31-1-89 em
quantidade de BTNF através da sua divisão
O custo de aquisição, diminuído dos encargos pelo valor do BTNF de NCz$ 1,0000;
de depreciação, amortização ou exaustão e) multiplicar a quantidade de BTNF apurado
acumulada. na letra “d” por CR$ 126,8621 e dividir o
resultado pelo FAP de 01-02-1991 (CR$
EMPRESAS QUE NÃO CONTROLAM 126,8621), convertendo o valor em
OS BENS INDIVIDUALMENTE quantidade de FAP;
f) a quantidade de FAP obtida na letra “e”
Os bens não controlados individualmente deve ser multiplicada por CR$ 597,06 (FAP
serão agrupados em uma mesma conta ou de dezembro/1991) e o resultado dividido por
subconta, desde que tenham idêntica CR$ 597,06 (UFIR de 02-01-1992);
natureza, igual taxa de depreciação e ano de g) multiplicar o valor em UFIR determinado
aquisição. conforme a letra “f” pelo valor de R$ 0,8287
(UFIR vigente em 01-01-1996);
Nesse caso, para proceder à baixa de qualquer h) baixar na contabilidade e no controle do
desses bens, deverá observar o seguinte: Ativo Imobilizado adotado o valor apurado
na letra “g”, bem como os acréscimos
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS ATÉ posteriores a 01-01-1996.
31-01-1989
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS DE
O custo a ser baixado será determinado do 01-02-1989 A 31-01-1991
seguinte modo:
O custo a ser baixado corresponderá ao
a) identificar o valor original e a época de resultado das seguintes operações:
aquisição do bem ou direito a ser baixado,
a) identificar o valor original e a época de No caso de bens e direitos adquiridos até 31-
aquisição do bem a ser baixado, inclusive os 12-1990, também deve ser baixado o valor da
acréscimos ao custo e reavaliações correção complementar pela diferença entre o
posteriores; IPC e o BTNF em 1990, procedida de acordo
b) converter o valor para BTN Fiscal através com o artigo 3º da Lei 8.200/91.
de sua divisão pelo valor do BTN Fiscal do
dia de aquisição ou acréscimo; Nesse caso, para determinar o valor a ser
c) multiplicar a quantidade de BTNF baixado, procede-se do seguinte modo:
determinada na letra “b” pelo BTNF de 01-
02-1991 (Cr$ 126,8621); a) determina-se o valor que serviu de base à
d) converter o valor apurado na letra “c” em correção complementar, que corresponderá:
quantidade de FAP, mediante a sua divisão
pelo FAP de janeiro/1991 (Cr$ 126,8621); – ao valor corrigido até 31-12-1989, no caso
e) multiplicar a quantidade de FAP obtida na de bens adquiridos até aquela data. A
letra “d” pelo FAP de Cr$ 597,06 (FAP de quantidade de BTNF correspondente
dezembro/1991); ao bem baixado deve ser multiplicada por
f) converter em UFIR DIÁRIA o valor NCz$ 10,9518 (BTNF de 31-12-1989);
apurado na letra “e”, dividindo-o pela UFIR – ao valor original em cruzeiros do custo de
do dia 2-1-1992 (Cr$ 597,06); aquisição, no caso de bens adquiridos no
g) multiplicar a quantidade de UFIR apurada período de apuração de 1990;
na letra “f” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR
vigente em 1-1-1996); b) multiplica-se o valor obtido em “a” pelo
h) baixar, na contabilidade e no controle do índice do IPC correspondente:
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado – a 31-12-1989, ou seja, 18,9472, se o bem
na letra “g” bem como os acréscimos foi adquirido até 31-12-1989;
posteriores a 1-1-1996. – ao mês da aquisição ou acréscimo, no caso
de bens adquiridos ou acrescidos em 1990.
CORREÇÃO COMPLEMENTAR PELO Os coeficientes do IPC são os seguintes:
IPC/90

MÊS Coeficiente
dezembro-89 18,9472
janeiro-90 18,9472
fevereiro-90 12,1371
março-90 7,0246
abril-90 3,8111
maio-90 2,6320
junho-90 2,4400
julho-90 2,2273
agosto-90 1,9725
setembro-90 1,7607
outubro-90 1,5615
novembro-90 1,3673
dezembro-90 1,1830

c) multiplica-se a quantidade de BTNF do (BTNF de 31-12-90);


bem a ser baixado, bem como dos respectivos f) a quantidade de BTNF obtida em “e” deve
acréscimos ou reavaliações, pelo BTNF de ser multiplicada por Cr$ 126,8621 (BTNF de
31-12-1990 (Cr$ 103,5081); 1-2-91) e convertida em quantidade de Fator
d) o valor determinado na forma da letra “b” de Atualização Patrimonial - FAP, com base
deve ser diminuído do valor corrigido até 31- no valor de Cr$ 126,8621 (FAP de 1-2-1991);
12-1990 (letra “c”);
e) a diferença obtida na letra “d” deve ser g) o valor obtido em “f” deve ser
convertida em quantidade de BTNF, multiplicado pelo FAP do mês de
mediante sua divisão por Cr$ 103,5081 dezembro/1991 (Cr$ 597,06);
h) o valor obtido em “g” deve ser convertido Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
pela UFIR de 02-01-1992 (Cr$ 597,06); na letra “b”, bem como os acréscimos
i) o valor em quantidade de UFIR apurado na posteriores a 1-1-1996.
letra “h” será multiplicado por R$ 0,8287
(UFIR vigente em 1-1-1996), obtendo-se CORREÇÃO ESPECIAL DO ATIVO
assim o valor da correção complementar pelo PERMANENTE
IPC/90, a ser acrescido ao custo de aquisição,
para efeito de apuração do ganho ou perda de A Lei 8.200/91, em seu artigo 2º, facultou às
capital. empresas corrigir monetariamente os bens do
seu Ativo Permanente, com base em índice à
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS A sua escolha, que refletisse, em nível nacional,
PARTIR DE 01-01-1992 ATÉ 31-08-1994 variação geral de preços.

Os valores adquiridos a partir de 01-01-1992 Se a empresa efetuou a correção especial do


e até 31-08-1994 devem ser baixados do artigo 2º da Lei 8.200/91 sobre o bem a ser
seguinte modo: baixado, deve determinar o valor dessa
correção, a fim de proceder à sua baixa.
a) converter o valor adquirido ou acrescido
pela UFIR do dia da aquisição ou do A dificuldade para baixa dessa correção
acréscimo; especial somente existirá se houve correção
b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada de diversos bens e não se procedeu ao
na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR registro individualizado.
vigente em 1-1-1996);
c) baixar, na contabilidade e no controle do Nesse caso, deve proceder do seguinte modo:
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
na letra “b”, bem como os acréscimos a) determinar o valor que serviu de base à
posteriores a 01-01-1996. correção especial;
b) aplicar sobre o valor da letra “a” o índice
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS A de variação escolhido pela empresa;
PARTIR DE 01-09-1994 ATÉ 31-12-1994 c) dividir o valor determinado em “b” por Cr$
126,8621, convertendo-o em quantidade de
Os valores adquiridos a partir de 01-09-1994 FAP;
até 31-12-1994 devem ser baixados do d) multiplicar a quantidade de FAP por Cr$
seguinte modo: 597,06 (FAP de dezembro/1991);
e) converter, em quantidade de UFIR, o valor
a) converter o valor adquirido ou acrescido obtido na letra “d”, mediante a sua divisão
pela UFIR do mês da aquisição ou acréscimo; por Cr$ 597,06 (UFIR de 2-1-1992);
b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada f) multiplicar a quantidade de UFIR obtida
na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR em “e” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR
vigente em 1-1-1996); vigente em 1-1-1996);
c) baixar, na contabilidade e no controle do g) baixar na contabilidade e no controle do
Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado Ativo Imobilizado adotado, o valor apurado
na letra “b”, bem como os acréscimos na letra “f”;
posteriores a 01-01-1996. h) o valor corrigido até 31-12-1995 será
acrescido ao custo de aquisição do bem a ser
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS DE baixado para apuração do ganho ou perda de
01-01-1995 A 31-12-1995 capital.

Os valores adquiridos nesse período devem O valor da correção especial do bem objeto
ser baixados da seguinte maneira: da baixa poderá ser deduzido normalmente na
determinação do resultado do período de
a) converter o valor adquirido ou acrescido apuração em que ocorreu a baixa.
pela UFIR do trimestre da aquisição ou do
acréscimo; No entanto, cabe observar que a baixa de
b) multiplicar a quantidade de UFIR apurada bens do Ativo Permanente, que foram objeto
na letra “a” pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR da correção especial do Art. 2º da Lei
vigente em 1-1-1996); 8.200/91, implica a realização da Reserva
c) baixar, na contabilidade e no controle do Especial constituída em 31-1-91, ainda que
ela já tenha sido incorporada ao Capital O valor da depreciação, amortização ou
Social. exaustão acumulada, a ser baixado no Razão
Auxiliar e na contabilidade, deve ser
BAIXA DOS ENCARGOS DE determinado do seguinte modo:
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E
EXAUSTÃO ACUMULADOS a) determinar a percentagem total do encargo
acumulado até o último balanço. Para tanto,
BENS OU DIREITOS ADQUIRIDOS ATÉ devem ser tomadas por base a taxa do
31-12-1995 encargo e a época da aquisição e dos
acréscimos ao custo, assim como as
reavaliações do bem a ser baixado;

b) aplicar a percentagem mencionada sobre o a) determinar o valor, em quantidade de


valor em UFIR do bem a ser baixado; UFIR, da correção especial relativa ao bem a
c) proceder à baixa do encargo na ser baixado;
escrituração e no controle do Ativo b) a percentagem total do encargo acumulado
Imobilizado adotado, do valor correspondente deve ser aplicada sobre o valor em UFIR da
à multiplicação do valor em UFIR, correção especial relativa ao bem a ser
determinado de acordo com a letra “b” deste baixado;
subitem, pelo valor de R$ 0,8287 (UFIR c) multiplicar a quantidade de UFIR obtida na
vigente em 1-1-1996), bem como do valor forma da letra “b” pelo valor de R$ 0,8287
dos encargos apropriados a partir de 1-1- (UFIR vigente em 1-1-1996);
1996. d) proceder à baixa do encargo na
escrituração e no controle do Ativo
CORREÇÃO COMPLEMENTAR PELO Imobilizado adotado, no valor correspondente
IPC/90 – LEI 8.200/91, Art. 3º ao apurado na letra “c”, bem como aos
encargos apropriados a partir de 1-1-1996;
No caso de bens adquiridos até 1990, também e) realizar a Reserva Especial constituída no
será necessário baixar a correção Patrimônio Líquido na mesma proporção dos
complementar pela diferença entre o BTNF e encargos baixados.
o IPC em 1990, referente ao encargo de
depreciação, amortização ou exaustão BENS ADQUIRIDOS A PARTIR DE 01-01-
porventura registrado. 1996

O valor da correção complementar do Para a baixa dos encargos acumulados


encargo, corrigido até 31-12-1995, será referentes aos bens adquiridos a partir de 01-
determinado como segue: 01-1996 serão observados os seguintes
procedimentos:
a) determinar o valor em quantidade de UFIR
da correção complementar do IPC/90, relativa a) determinar a percentagem total do encargo
ao bem a ser baixado. acumulado até o balanço anterior;
b) a percentagem total do encargo b) aplicar a percentagem mencionada na letra
acumulado, deve ser aplicada sobre o valor “a” sobre o custo de aquisição do bem a ser
em UFIR da correção complementar do bem baixado;
a ser baixado; c) proceder à baixa do encargo acumulado na
c) proceder à baixa do encargo na escrituração contábil.
escrituração e no controle do Ativo
Imobilizado adotado. Exemplo 1:

CORREÇÃO ESPECIAL DO ATIVO Empresa enquadrada no lucro real anual em


PERMANENTE 2003 aliena um bem de seu ativo permanente,
contabilizado em móveis e utensílios.
Se houve contabilização da correção especial
prevista no 2º da Lei 8.200/91 sobre o bem do – Valor original de aquisição: CR$
Ativo Permanente que está sendo baixado, 4.000.000,00;
deve realizar as seguintes operações: – Data da aquisição: 18-04-1994;
– Valor da venda: R$ 1.000,00;
– Data da venda: 10-09-2003; C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
– Data do último balanço: 31-12-2002; Não Operacional)
– Apropriação dos encargos: anual; R$ 1.000,00
– Taxa anual de depreciação: 10%;
– Não houve acréscimo ao custo original do Pela baixa do valor contábil do bem:
bem.
D – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
Passo 1 – DETERMINAÇÃO DO CUSTO Não Operacional)
CORRIGIDO DO BEM C – Móveis e Utensílios (Imobilizado – Ativo
Permanente)
Custo corrigido: R$ 5.234,75
Valor da aquisição: CR$ 4.000.000,00
UFIR da data de aquisição: CR$ 633,23 Pela baixa da depreciação acumulada do bem:
Valor original convertido em UFIR:
CR$ 4.000.000,00 dividido por CR$ 633,23 = D – Depreciação Acumulada de Móveis e
6.316,8201 UFIR Utensílios (Imobilizado - Ativo Permanente)
Valor corrigido em 31-12-1995: 6.316,8201 C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
UFIR x R$ 0,8287 = R$ 5.234,75 Não Operacional)
R$ 4.580,41
Passo 2 – DETERMINAÇÃO DOS
ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO Resumo para fins de apuração do
ACUMULADOS ATÉ 31-12-2002: ganho/perda de capital:
Valor da Venda R$ 1.000,00
Ano e Taxa de Depreciação do Período Menos: custo corrigido do bem R$ 5.234,75
(%) Mais: depreciação do bem R$ 4.580,41
Igual a: ganho ou perda de capital: R$ 345,66
1994 ........................................7,500 (ganho de capital).
1995 ........................................10,00
1996 ........................................10,00 Exemplo 2:
1997 ........................................10,00
1998 ........................................10,00 Empresa enquadrada no lucro real que apura
1999 ........................................10,00 balancetes mensais de suspensão e redução
2000 ........................................10,00 do imposto em 2003 que aliena o seguinte
2001 ........................................10,00 equipamento:
2002 ........................................10,00
Total .........................................87,50 – Valor original de aquisição: R$ 15.000,00;
– Data de aquisição: 05-11-1996;
Percentagem total da depreciação sobre o – Valor da venda: R$ 2.000,00;
custo de aquisição: 6.316,8201 UFIR x – Data da venda: 15-04-2003;
87,50% = 5.527,2176 UFIR – Apropriação dos encargos: mensal
Valor dos encargos de depreciação – Taxa anual de depreciação: 10%;
acumulados, corrigidos até 31-12-1995: – Não houve acréscimos ao custo original do
5.527,2176 UFIR x R$ 0,8287 = R$ 4.580,41 equipamento.

Passo 3 – RESUMO DOS SALDOS DO Passo 1 – DETERMINAÇÃO DOS


BEM EM 31-12-2002: ENCARGOS ACUMULADOS SOBRE O
VALOR DO BEM EM 31-03-2003 (último
MÓVEIS E UTENSÍLIOS R$ 5.234,75 balancete levantado antes da baixa):
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA/MÓVEIS
E UTENSÍLIOS R$ 4.580,41 Ano e Taxa de Depreciação do Período
(%)
Passo 4 – CONTABILIZAÇÃO DA BAIXA:
Ano 1996...................................1,67
Pelo recebimento do valor da venda: Ano 1997.................................10,00
Ano 1998.................................10,00
D – Caixa/Bancos Conta Movimento Ano 1999.................................10,00
(Disponibilidades) Ano 2000.................................10,00
Ano 2001.................................10,00 Mais: depreciação do bem R$ 9.625,50
Ano 2002.................................10,00 Igual a: ganho ou perda de capital: R$
Janeiro a Março/2003.................2,50 3.374,50 (perda de capital).
Total ........................................64,17
BALANÇO DE ABERTURA
Valor dos encargos de depreciação
acumulados: R$ 15.000,00 x 64,17% = R$ Ocorrendo a mudança de regime tributário,
9.625,50 de lucro presumido para lucro real, a pessoa
jurídica que não manteve escrituração
Passo 2 – RESUMO DOS SALDOS DO contábil fica obrigada a realizar levantamento
BEM EM 31-12-2002: patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao
do último período-base em que foi tributada
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS R$ pelo lucro presumido, a fim de proceder a
15.000,00 balanço de abertura e iniciar a escrituração
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA/ contábil (parágrafo único do artigo 19 da Lei
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS R$ 8.541/1992).
9.625,50
Pode ocorrer também que, por motivos de
Passo 3 - CONTABILIZAÇÃO DA BAIXA: perda de dados ou destruição de arquivos,
fichas, livros e demais documentos contábeis,
Pelo recebimento do valor da venda: a empresa não tenha condições de reconstituir
sua escrita, sendo obrigada a levantar um
D – Caixa/Bancos Conta Movimento balanço para reiniciar sua escrituração fiscal a
(Disponibilidades) partir de determinada data.
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
Não Operacional) O levantamento patrimonial deverá incluir
R$ 2.000,00 todos os bens do ativo, o patrimônio líquido e
as obrigações.
Pela baixa do valor contábil do bem:
No ativo deverão ser inventariados: o
D – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado dinheiro em caixa e em bancos, as
Não Operacional) mercadorias, os produtos, as matérias primas,
C – Máquinas e Equipamentos (Imobilizado – as duplicatas a receber, os bens do ativo
Ativo Permanente) permanente, etc., incluindo-se os valores
R$ 15.000,00 relativos á depreciação dos bens do
imobilizado, como se tivessem sido
Pela baixa da depreciação acumulada do bem: contabilizados nos períodos anteriores.

D – Depreciação Acumulada - Móveis e No passivo deverão ser arroladas todas as


Utensílios (Imobilizado - Ativo Permanente) obrigações e no patrimônio líquido o capital
C – Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado registrado e a diferença (devedora ou credora)
Não Operacional) do ativo menos o passivo exigível e capital
R$ 9.625,50 social.

Resumo para fins de apuração do Exemplo:


ganho/perda de capital:
Determinada empresa, que não mantinha
Valor da Venda R$ 2.000,00 escrituração contábil, apurou os seguintes
Menos: custo do bem R$ 15.000,00 valores patrimoniais em 31.12.2006:

Discriminação Valor R$
Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
Duplicatas a Receber 79.500,00
Estoques 45.700,00
Veículos 15.500,00
Depreciação Veículos (6.450,00)
Máquinas e Equipamentos 9.400,00
Depreciação Máquinas e Equipamentos (3.150,00)
SOMA DO ATIVO 190.500,00
Fornecedores 37.990,00
Salários a Pagar 10.400,00
Tributos a Pagar 7.500,00
Capital Social 50.000,00
SOMA DO PASSIVO 105.890,00
Lucro ou Prejuízo (Ativo - Passivo) 84.610,00

A contabilização do balanço de abertura, em 01.01.2007, deverá ser como a que segue:

Conta Débito Crédito


Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
Duplicatas a Receber 79.500,00
Estoques 45.700,00
Veículos 15.500,00
Máquinas e Equipamentos 9.400,00
Balanço de Abertura 200.100,00

Conta Débito Crédito


Balanço de Abertura 200.100,00
Depreciação Veículos 6.450,00
Depreciação Máquinas e Equipamentos 3.150,00
Fornecedores 37.990,00
Salários a Pagar 10.400,00
Tributos a Pagar 7.500,00
Capital Social 50.000,00
Lucros Acumulados 84.610,00

Nota: o prejuízo eventualmente apurado em levantamento patrimonial realizado não poderá ser
compensado na apuração do lucro real, tendo em vista tratar-se de prejuízo meramente contábil.

BALANÇO PATRIMONIAL modo a facilitar o conhecimento e a análise


da situação financeira da empresa.
Balanço Patrimonial é a demonstração
contábil destinada a evidenciar, qualitativa e De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei
quantitativamente, numa determinada data, a 6.404/76, as demonstrações de cada exercício
posição patrimonial e financeira da Entidade. serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do
No balanço patrimonial, as contas deverão ser exercício anterior.
classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem e agrupadas de COMPOSIÇÃO
Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e Desta forma, muitos dos componentes
artigo 187) e NBC T.3, o Balanço patrimoniais aumentam ou diminuem de
Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo valor, sem que a contabilidade registre tais
Passivo e pelo Patrimônio Líquido. variações, bem como muitas das receitas e
despesas, recebidas ou pagas durante o
O Ativo compreende os bens, os direitos e as exercício, não correspondem realmente aos
demais aplicações de recursos controlados ingressos e ao custo do período.
pela entidade, capazes de gerar benefícios
econômicos futuros, originados de eventos Daí a necessidade de se proceder ao ajuste
ocorridos. das contas patrimoniais e de resultado, na
data do levantamento do balanço, para que
O Passivo compreende as origens de recursos elas representem, em realidade, os
representados pelas obrigações para com componentes do patrimônio nessa data, bem
terceiros, resultantes de eventos ocorridos que como suas variações no exercício.
exigirão ativos para a sua liquidação.
CONCILIAÇÕES DOS SALDOS
O Patrimônio Líquido compreende os CONTÁBEIS
recursos próprios da Entidade, e seu valor é a
diferença positiva entre o valor do Ativo e o A conciliação consiste, basicamente, na
valor do Passivo. Quando o valor do Passivo comparação do saldo de uma conta com uma
for maior que o valor do Ativo, o resultado é informação externa à contabilidade, de
denominado Passivo a Descoberto. Portanto, maneira que se possa ter certeza quanto à
a expressão Patrimônio Líquido deve ser exatidão do saldo em análise.
substituída por Passivo a Descoberto.
As fontes de informações mais usuais para
AGRUPAMENTO verificação dos registros contábeis são os
livros fiscais, os extratos bancários, as
Os elementos da mesma natureza e os saldos posições de financiamentos e carteiras de
de reduzido valor quando agrupados, e desde cobranças, as folhas de pagamento, os
que seja indicada a sua natureza e nunca controles de caixa, etc.
devem ultrapassar, no total, um décimo do
valor do respectivo grupo de contas, sendo AJUSTES E RECLASSIFICAÇÕES
vedada a utilização de títulos genéricos como PATRIMONIAIS
"diversas contas" ou "contas correntes".
Para elaboração do balanço devem ser
PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO efetuados vários ajustes e reclassificações nas
DO BALANÇO contas patrimoniais, entre os mais comuns
são:
Ao término do exercício, como se faz em
todos os meses, procede-se ao levantamento 1 – na data da elaboração do balanço
do balancete de verificação, com o objetivo (geralmente 31 de dezembro), prepara-se o
de conhecer os saldos das contas do razão e balancete de verificação, da mesma forma ao
conferir sua exatidão. que se faz mensalmente;

No balancete são relacionadas todas as contas 2 – confronta-se o saldo de cada conta do


utilizadas pela empresa, quer patrimoniais razão com os livros auxiliares tais como:
quer de resultado, demonstrando seus débitos, livro caixa, contas correntes, registro de
créditos e saldos. duplicatas, fichas de estoques de mercadorias,
fichas de controle do ativo permanente;
As contas do balancete, no fim do exercício,
sejam patrimoniais ou de resultado, nem 3 – elabora-se o inventário dos materiais, de
sempre representam, entretanto, os valores mercadorias, dos produtos manufaturados,
reais do patrimônio, naquela data, nem as dos produtos em elaboração, dos móveis e
variações patrimoniais do exercício, porque utensílios, das máquinas e equipamentos, das
os registros contábeis não acompanham a duplicatas a receber e a pagar, dos devedores
dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em e credores em contas correntes, e de outros
que ela se desenvolve. componentes patrimoniais suscetíveis de
serem inventariados;
4 – após elaborar o inventário, confrontam-se CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES NO
seus totais com os saldos das respectivas RESULTADO
contas e dos registros específicos de cada
bem. Caso sejam constatadas divergências, e Algumas empresas destinam parte de seus
apuradas suas causas, deve-se proceder aos lucros aos empregados, aos administradores,
ajustes; aos detentores de partes beneficiárias. Tais
valores devem ser contabilizados no
5 – efetua-se os cálculos de depreciação dos encerramento do exercício.
bens, procedendo-se aos respectivos
lançamentos. Nas empresas que apuram PROVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA E
custos mensais, as depreciações são CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O
apropriadas mensalmente; LUCRO

6 – procede-se à regularização das contas de Calcula-se a provisão para o Imposto de


despesas dos exercícios seguintes (seguros a Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro
apropriar, assinaturas de periódicos, etc.) Líquido, de acordo com as normas tributárias
vigentes, fazendo-se a respectiva
7 – apura-se o resultado da conta de contabilização.
mercadorias, transferindo-o para a conta de
resultados; LANÇAMENTOS DE ENCERRAMENTO
DO EXERCÍCIO
8 – ajusta-se outras contas patrimoniais,
como os investimentos (cálculo da Para apuração do resultado do exercício, faz-
Equivalência Patrimonial), transferência das se os lançamentos de encerramento,
parcelas a vencer no exercício seguinte do debitando-se as contas de receitas e
exigível a longo prazo para o circulante, creditando-se uma conta transitória, chamada
variações cambiais e monetárias sobre os de “apuração do resultado do exercício”.
valores a receber e pagar (do tipo
empréstimos bancários), apropriação dos O inverso é efetuado nas contas de despesas e
juros sobre aplicações financeiras, etc. custos, debitando-se a conta “apuração do
resultado do exercício” e creditando-se as
contas de custos ou despesas

Exemplo:

Conta Débito Crédito


Receitas de Vendas de Mercadorias 1.500.000,00
Receitas Financeiras 50.000,00
Resultado não-Operacional 15.000,00
Apuração do Resultado do Exercício 1.565.000,00

Conta Débito Crédito


Apuração do Resultado do Exercício 1.406.122,00
ICMS sobre Vendas 120.000,00
PIS e COFINS sobre Vendas 54.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas 720.000,00
Folha de Pagamento 155.000,00
Encargos Sociais e Trabalhistas 60.450,00
Despesas Financeiras 79.000,00
Despesas Tributárias 54.000,00
Aluguel e Manutenção 50.000,00
Despesas de Veículos 40.000,00
Despesas de Escritório 19.000,00
Provisão para Imposto de Renda 34.770,00
Provisão para Contribuição Social 19.152,00

O saldo da conta “Apuração do Resultado do Após os ajustes mencionados anteriormente,


Exercício” será então transferida para a conta as contas remanescentes são apenas as contas
do Patrimônio Líquido. No exemplo acima, o patrimoniais, que devem ser separadas e
lançamento seria: classificadas em grupos para elaboração do
balanço patrimonial, sendo que o saldo do
D – Apuração do Resultado do Exercício ativo deve ser igual ao do passivo, da
(conta transitória de Resultado) seguinte forma:
C – Lucros a Destinar (Patrimônio Líquido)
R$ 158.878,00 a) no ATIVO, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos
Após essas operações, estão encerradas as elementos nelas registrados, nos seguintes
contas de resultado, restando somente as grupos:
contas patrimoniais.
- Ativo Circulante;
Nota: Em nosso entendimento a adoção da - Ativo Realizável a Longo Prazo;
conta transitória "Lucros a Destinar" - Ativo Permanente, dividido em
poderia ser utilizada em atendimento ao investimentos, ativo imobilizado, ativo
prescrito na Lei 11.638/2007, que extinguiu intangível e ativo diferido;
a conta "Lucros Acumulados". A utilização
desta conta implica na destinação do lucro b) no PASSIVO, as contas serão dispostas e
apurado antes do encerramento das serão classificadas nos seguintes grupos:
demonstrações contábeis, que pode ser
realizada pela distribuição dos lucros aos - Passivo Circulante;
sócios, criação de reservas ou mesmo - Passivo Exigível a Longo Prazo;
utilizados para o aumento do capital social - Resultados de Exercícios Futuros;
integralizado na sociedade. - Patrimônio Líquido, dividido em Capital
Social, Reservas de Capital, Ajustes de
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros,
PATRIMONIAIS Ações em Tesouraria e Prejuízos
Acumulados.

Demonstrativo Gráfico:

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

PERMANENTE RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DESTINAÇÃO DO RESULTADO necessárias a formação de reservas de lucros


específicas, como para as Sociedades
Observe-se, ainda, que por determinação Anônimas, que devem constituir a Reserva
contratual, legal ou estatutária, podem ser
Legal (5% sobre o lucro líquido do exercício conforme Lei 6.404/76, além das
– nas condições do art. 193 da Lei das S/A). demonstrações de lucros ou prejuízos
acumulados, do fluxo de caixa e do valor
Neste caso, o lançamento seria: adicionado. Consulte o tópico respectivo ao
demonstrativo para obter maiores
D – Lucros a Destinar (Patrimônio Líquido - detalhamentos.
Conta Transitória)
C – Reserva Legal (Patrimônio Líquido) BONIFICAÇÃO EM MERCADORIAS

Na hipótese de ocorrer prejuízo no exercício, É bastante comum, por conveniência entre o


tal valor deve ser transferido para reservas de comprador e o vendedor, a realização de
lucros existentes. Se tais não existirem, ou vendas por meio de concessão de desconto
forem insuficientes, o valor não compensado comercial disfarçado mediante entrega de
deverá ser mantido em conta de “Prejuízos uma quantidade adicional da mercadoria
Acumulados”, até sua futura absorção por vinculada ao negócio realizado.
lucros, reservas de capital ou mesmo pela
redução do Capital Social. Na Nota Fiscal de Venda em vez de estarem
demonstrados o valor de venda e o valor do
Nota: Em nosso entendimento a adoção da desconto dado, mantém-se o valor de venda,
conta transitória "Lucros a Destinar" mas entrega-se uma quantidade de
poderia ser utilizada em atendimento ao mercadoria ou produto maior do que o
prescrito na Lei 11.638/2007, que extinguiu normal para aquele preço acertado.
a conta "Lucros Acumulados". A utilização
desta conta implica na destinação do lucro Exemplo: o preço de 100 caixas do produto
apurado antes do encerramento das "YXZ" corresponde a R$ 500,00, e o
demonstrações contábeis, que pode ser vendedor entrega por esse mesmo valor a
realizada pela distribuição dos lucros aos quantidade de 110 caixas do produto. A
sócios, criação de reservas ou mesmo quantidade adicional de 10 caixas
utilizados para o aumento do capital social corresponde à bonificação em mercadorias.
integralizado na sociedade.
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
Exemplo:
O desconto comercial, dado mediante
Absorção de R$ 20.000,00 de prejuízo do acréscimo da quantidade entregue, presume a
exercício pela Reserva Legal: existência de um desconto no negócio por
unidade vendida.
D – Reserva Legal (Patrimônio Líquido)
C – Prejuízos Acumulados (Patrimônio No exemplo acima, a entrega de 10 caixas
Líquido) está vinculada à venda do lote de 100 caixas,
R$ 20.000,00 ou seja, a receita da venda está vinculada à
baixa do estoque de 110 caixas.
TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO
PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO O vendedor, em vez de vender o produto
DE RESULTADOS "YXZ" pelo preço unitário de R$ 5,00 (R$
500,00 : 100 caixas), nessa operação teve o
Após ter efetuado todos os lançamentos de preço unitário real de R$ 4,545 (R$ 500,00 :
encerramento do exercício, no livro diário, 110 caixas).
devem ser transcritos também o balanço
patrimonial e a demonstração do resultado do Como a entrega da quantidade adicional está
exercício, além da demonstração dos lucros vinculada ao negócio em si, a classificação da
ou prejuízos acumulados, com a data e baixa das 10 caixas "bonificadas" deve ser
assinatura dos administradores e do efetuada como custo dos produtos vendidos,
responsável pela contabilidade, com juntamente com as outros 100 caixas, não
respectivo CRC. cabendo, nesse caso, a classificação como
despesas de vendas.
Observar que, no caso de S/A, há necessidade
de publicação das respectivas demonstrações, DISTRIBUIÇÃO COMO AMOSTRA
Se as 10 caixas do produto fossem 500 un. brinquedos a R$ 2,00 cada = R$
distribuídas como amostra pela empresa, sem 1.000,00
obtenção direta de receita líquida em troca de bonificação de 100 brinquedos = R$ 0,00
cada unidade entregue, neste caso, teríamos a ICMS 18% = R$ 180,00
classificação contábil do valor como despesas
com vendas. 1) Na empresa vendedora:

Exemplo: Reconhecimento da receita de venda:

Empresa distribui como amostra 3 pares de D - Clientes (Ativo Circulante)


sapatos a determinado cliente. O custo de C - Vendas de Mercadorias (Resultado)
cada par de sapato é R$ 10,00, e a nota fiscal R$ 1.000,00
consta:
Valor do ICMS na operação:
3 pares de sapatos a R$ 30,00 cada = R$
90,00 D - ICMS sobre Vendas (Resultado)
ICMS 18% = R$ 16,20 C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 180,00
Contabilização:
Nota: contabilizar, também, o PIS e COFINS
1) Pela nota fiscal de remessa como amostra: sobre vendas, conforme o regime de
tributação adotado.
D - Amostras de Produtos (Resultado)
C - Estoques (Ativo Circulante) Baixa do estoque: (500 vendidos + 100
R$ 30,00 bonificados) x R$ 1,25 = R$ 750,00

2) ICMS devido na operação: D - Custo das Mercadorias Vendidas


(Resultado)
D - ICMS sobre Amostras (Resultado) C - Estoque de Mercadorias (Ativo
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) Circulante)
R$ 16,20 R$ 750,00

BONIFICAÇÃO VINCULADA A VENDA 2) No comprador:

Se nos documentos fiscais de venda, em vez D - Estoque de Mercadorias (Ativo


de mencionar o desconto comercial normal, a Circulante) R$ 820,00
redução do preço unitário se der mediante a D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
entrega de uma quantidade adicional, a título 180,00
de bonificação, e se a entrega dessa C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
quantidade adicional está condicionada à 1.000,00
venda em si, o registro contábil, pelo
vendedor, dessa quantidade, será como custo Nota: contabilizar, também, o PIS e COFINS
das mercadorias vendidas. sobre a compra, quando recuperáveis no
regime não cumulativo.
No comprador as mercadorias recebidas em
bonificação, serão registradas como redução CHEQUES PRÉ-DATADOS OU
do custo unitário das mercadorias adquiridas. DEVOLVIDOS

Exemplo: CHEQUES PRÉ-DATADOS

Considerando-se determinada operação de De acordo com a Lei 7.357/1985, o cheque é


venda de 500 brinquedos (custo médio uma ordem de pagamento à vista.
unitário do estoque na data de R$ 1,25) pelo
preço unitário de R$ 2,00 e cuja Nota Fiscal Embora não exista previsão legal para a
constou os seguintes dados: figura do chamado "cheque pré-datado", tem-
se tornado praxe o pagamento e recebimento
através de cheque que, através de um simples
acordo entre as partes, só é apresentado ao que o pagamento foi feito através de cheque,
banco sacado na data previamente cuja apresentação foi acertada para o dia 11
convencionada. de dezembro.

O cheque pré-datado, portanto, surgiu por 1) Pelo registro da compra efetuada:


uma imposição do mercado para facilitar as
transações de compra e venda. O seu uso D - Estoques de Mercadorias (Ativo
passou a ser feito de forma generalizada e, Circulante)
atualmente, esse meio de pagamento é C - Fornecedores (Passivo Circulante)
utilizado, inclusive, pelas pessoas jurídicas. R$ 5.000,00

RECEBIMENTO ATRAVÉS DE CHEQUE Nota: não consideramos os impostos


PRÉ-DATADO recuperáveis incidentes na operação.

A classificação mais adequada dos valores 2) Pela emissão do cheque pré-datado:


correspondentes aos cheques pré-datados é
em conta representativa de créditos a receber D - Fornecedores (Passivo Circulante)
no ativo circulante. Portanto, os cheques pré- C - Cheques a Pagar (Passivo Circulante)
datados não devem ser classificados como R$ 5.000,00
disponibilidades.
3) Pela compensação do cheque:
Exemplo:
D - Cheques a Pagar (Passivo Circulante)
Empresa efetuou uma venda no dia 16 de C - Bancos C/Movimento (Ativo Circulante)
novembro, no valor de R$ 1.000,00, R$ 5.000,00
recebendo em cheque e ficando acertado com
o cliente que o mesmo será depositado no dia CHEQUES DEVOLVIDOS
1º de dezembro.
Na devolução, pelo banco sacado, de cheque
1) Pelo recebimento do cheque em 16.11: recebido em pagamento (de duplicata, de
venda a vista ou de qualquer outra transação),
D - Cheques a Receber (Ativo Circulante) não cabe estorno do lançamento original que
C - Vendas de Mercadorias (Resultado) registrou o pagamento, uma vez que a
R$ 1.000,00 transação em si não foi desfeita.

2) Pelo depósito do cheque em 01.12: Desta forma, registra-se respectivo valor a


débito de conta do Ativo Circulante -
D - Bancos C/Movimento (Ativo Circulante) Cheques em Cobrança - e a crédito da conta
C - Cheques a Receber (Ativo Circulante) Bancos Conta Movimento.
R$ 1.000,00
Nota: os cheques em cobrança não devem ser
PAGAMENTO ATRAVÉS DE CHEQUE classificados no subgrupo disponibilidades, e
PRÉ-DATADO sim, como créditos a receber.

Sendo o cheque uma ordem de pagamento à Exemplo:


vista, será efetuada a baixa da obrigação
registrada no passivo, mediante emissão do Devolução de cheque, por parte do Banco
cheque pré-datado. XYZ, no valor de R$ 3.000,00:

O valor correspondente ao cheque pré-datado D - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante)


deverá ser classificado no passivo em conta C - Banco XYZ – Cta. Movimento (Ativo
representativa de "cheques a pagar". Circulante)
R$ 3.000,00
Exemplo:
Posteriormente, por ocasião do depósito do
Empresa comprou mercadorias, no dia 10 de mesmo cheque:
novembro, no valor de R$ 5.000,00, sendo
D - Banco XYZ – Cta. Movimento (Ativo D - Comissões sobre Vendas (Conta de
Circulante) Resultado)
C - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante) C - Provisão para Comissões (Passivo
R$ 3.000,00 Circulante)

Caso o cheque venha a ser liquidado em 2 - Pelo reconhecimento da parcela liberada


dinheiro pelo devedor, o lançamento seria: para pagamento, na data do recebimento da
venda:
D - Caixa (Ativo Circulante)
C - Cheques em Cobrança (Ativo Circulante) D - Provisão para Comissões (Passivo
R$ 3.000,00 Circulante)
C - Comissões a Pagar (Passivo Circulante)
Verificar também os procedimentos para
baixa, em caso do cheque se tornar Nota: caso houver IRF sobre as comissões,
incobrável, no tópico “Perdas no creditar na conta IRF a Recolher o valor do
Recebimento de Créditos”. mesmo, deduzindo-se das comissões a pagar.

COMISSÕES SOBRE VENDAS 3 - Pelo pagamento das comissões:

Tratando-se de uma Despesa de Venda, as D - Comissões a Pagar (Passivo Circulante)


parcelas variáveis de comissões de vendas C - Caixa ou Bancos Conta Movimento
devem ser registradas no momento em que (Ativo Circulante)
ocorrerem, independentemente do seu
pagamento. REVERSÃO

COMISSÕES SOBRE VENDAS À VISTA Na hipótese de não-recebimento da fatura


relativa à determinada venda, seja por
Debita-se uma conta de resultado e credita-se devolução ou baixa da fatura (por esta ser
a conta de “Comissões a Pagar”: considerada incobrável), deverá ser feita a
reversão da provisão para o pagamento de
D - Comissões sobre Vendas (Conta de comissões, da seguinte forma:
Resultado)
C - Comissões a Pagar (Passivo Circulante) D - Provisão para Comissões sobre Vendas
(Passivo Circulante)
Nota: caso houver IRF sobre as comissões, C - Reversão da Provisão - Comissões sobre
creditar na conta IRF a Recolher o valor do Vendas (Resultado)
mesmo, deduzindo-se das comissões a pagar.
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
COMISSÃO VINCULADA AO
RECEBIMENTO DA VENDA PREJUÍZO CONTÁBIL

As comissões, cujo pagamento dependa do O prejuízo contábil origina-se na


recebimento das duplicatas ou de outro contabilidade, sendo sua compensação
evento futuro, devem (no mês das vendas a efetuada com reservas existentes ou com
que se referem) ser registradas a crédito na lucros contábeis futuros.
conta de “Provisão para Comissões” no
Passivo Circulante. O prejuízo contábil resulta do confronto entre
as receitas, operacionais e não operacionais,
Posteriormente, serão transferidas para a custos e despesas operacionais, provisões e
conta de “Comissões a Pagar”, à medida que outros valores que forem transferidos para o
se tornarem disponíveis. resultado do exercício, onde o saldo líquido
apurado na demonstração do resultado do
Os lançamentos serão: exercício, quando negativo, denomina-se
prejuízo contábil.
1 - Pelo reconhecimento da despesa com
comissão, na data da venda: O prejuízo contábil apurado é transferido para
a conta "Prejuízos Acumulados" do grupo
Patrimônio Líquido, dando-lhe a destinação O prejuízo fiscal, por sua vez, é o resultado
prevista no contrato ou estatuto social. negativo decorrente da apuração do lucro real
e compensável com lucros reais posteriores.
De acordo com os artigos 167 e 189 da Lei
6.404/76, o prejuízo contábil apurado no Diferentemente do prejuízo contábil, o
exercício será, obrigatoriamente, absorvido prejuízo fiscal tem sua origem na
pelos lucros acumulados, pelas reservas de determinação do lucro real, ou seja, partindo-
lucros, reserva legal e pela reserva de capital, se do resultado do exercício, positivo ou
nessa ordem, não podendo, no entanto, ser negativo, são efetuados os ajustes de adição e
compensado com a reserva de correção exclusão na parte A do Livro de Apuração do
monetária do capital social, uma vez que a Lucro Real - LALUR, conforme
legislação determina que esta reserva deve ser determinação da legislação do Imposto de
capitalizada. Renda.

Inexistindo reservas de lucros ou se o valor Se, após estes ajustes, o resultado final
dessas for insuficiente para absorver o apurado for negativo, será denominado
prejuízo, o valor remanescente poderá ser prejuízo fiscal, e será controlado na parte B
absorvido pelas reservas de capital (art. 200, do LALUR, para futura compensação com o
inciso I, da Lei 6.404/1976). Ressalte-se, lucro real.
porém, que a absorção de prejuízos por outras
reservas que não as de lucros não é Uma empresa, mesmo apurando resultado
obrigatória. contábil negativo, pode ficar sujeita ao
cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
Não havendo saldo credor em nenhuma das e da Contribuição Social sobre o Lucro, uma
contas referidas, o valor negativo apurado no vez que, efetuando os ajustes de adições e
resultado do exercício permanece na conta exclusões a este resultado, o mesmo pode
"prejuízos acumulados", inexistindo prazo converter-se em resultado positivo para
para sua compensação. efeitos fiscais.

Exemplo: COMPENSAÇÃO DOS PREJUÍZOS


FISCAIS
Compensação de R$ 100.000,00 de prejuízo
contábil ocorrido no exercício, sendo que A legislação do Imposto de Renda permite à
existem as seguintes reservas de lucros: pessoa jurídica reduzir o lucro real apurado
no período-base, mediante compensação de
1. Lucros Acumulados dos Exercícios prejuízos fiscais apurados em períodos-base
Anteriores: R$ 50.000,00 anteriores, mensais ou anuais.
2. Reserva Legal R$ 20.000,00
3. Reserva de Capital R$ 40.000,00 O prejuízo fiscal compensável com o lucro
Total (1+2+3) R$ 110.000,00. real é aquele apurado e registrado no
LALUR.
Teremos o seguinte lançamento para
compensação do prejuízo do exercício: No entanto, a compensação de prejuízos
fiscais de períodos-base anteriores está
D – Lucros Acumulados R$ 50.000,00 limitada ao valor correspondente a 30% do
D – Reserva Legal R$ 20.000,00 lucro real e não tem prazo para compensação
D – Reserva de Capital R$ 30.000,00 (artigo 15 da Lei nº 9.065/95).
C – Prejuízo do Exercício R$ 100.000,00
Não há contabilização do prejuízo fiscal, já
Nota: observar que a última reserva a ser que este é controlado no LALUR, e não na
compensada é a de Capital, haja visto a contabilidade.
ordem preferencial determinada pela Lei
6.404/76, não sendo tal compensação COMPRA DE MERCADORIAS
obrigatória.
Mercadorias são artigos adquiridos pelo
PREJUÍZO FISCAL comércio para revenda em seus
estabelecimentos, seja a varejo, seja em A empresa comercial, quando adquire
atacado. mercadoria de indústria, deve considerar o
IPI destacado na Nota Fiscal como custo de
TRIBUTOS RECUPERÁVEIS aquisição, uma vez que, pela sua natureza,
não poderá exercer o direito ao crédito desse
O valor dos impostos e contribuições imposto.
recuperáveis não se inclui no custo das
mercadorias. Exemplo:

Desta forma, o ICMS destacado na aquisição Empresa comercial comprou mercadorias


de mercadoria para revenda deve ser excluído para revenda cuja nota fiscal de entrada no
do custo de aquisição, contabilizando-se o estabelecimento tem os seguintes dados:
valor correspondente em conta própria do
ativo circulante. Esse procedimento faz com Preço da mercadoria - R$ 10.000,00
que a mercadoria adquirida ingresse no IPI Destacado e não recuperável - R$
estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou 1.000,00
seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Total da Nota Fiscal - R$ 11.000,00
Fiscal. ICMS destacado na nota fiscal - R$ 1.200,00
Frete da mercadoria - R$ 300,00
O mesmo se pode afirmar sobre a
contabilização do PIS e COFINS, quando Lançamentos contábeis:
recuperáveis.
1. Registro do valor total da nota fiscal do
No caso do IPI, se a empresa não tiver direito fornecedor:
a crédito desse imposto, o valor
correspondente integrará o custo de aquisição D – Estoques de Mercadorias (Ativo
das mercadorias. Circulante)
C – Fornecedores – Seabra Cia. Ltda.
FRETE (Passivo Circulante)
R$ 11.000,00
O valor do frete pago pelo transporte de
mercadorias será registrado como parcela 2. Registro do ICMS recuperável:
integrante do custo de aquisição.
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
EMPRESA QUE NÃO MANTÉM C – Estoques de Mercadorias (Ativo
CONTROLE DE ESTOQUES Circulante)
R$ 1.200,00
Na empresa que não mantém controle de
estoques, usualmente as compras são 3 – Registro do frete:
registradas em contas de resultado específicas
(Compra de Mercadorias, ICMS sobre D – Estoques de Mercadorias (Ativo
Compra de Mercadorias, Fretes sobre Circulante)
Compras) sendo que na data de apuração dos C – Fornecedores – Transportes Paulista
resultados se faz o levantamento físico dos Ltda. (Passivo Circulante)
estoques para a contabilização do valor a R$ 300,00
débito de estoques e a crédito de conta de
resultado, chamado “Estoques Finais de Para a contabilização das parcelas de crédito
Mercadorias”. do PIS e COFINS Não Cumulativos, acesse o
tópico respectivo.
Para maiores detalhamentos sobre Inventário
Físico de Estoques e respectiva CONTAS DE COMPENSAÇÃO
contabilização, leia o tópico “Inventário de
Estoques”. O sistema de compensação é um controle à
parte do sistema patrimonial, ou seja,
IPI NÃO RECUPERÁVEL enquanto este último engloba as contas que
compõem o patrimônio da empresa como um
todo (ativo, passivo e patrimônio líquido),
aquele abrange contas que servem Quanto ao aspecto controle, esse sistema
exclusivamente para controle, sem fazer parte pode ser de fato útil à empresa, mas a sua
do patrimônio. ausência não significa que essa empresa não
tenha controle, uma vez que o controle pode
Desta forma, as contas de compensação nada ser feito de várias formas, com sistemas
têm a ver com o sistema de contas próprios, planilhas, etc.
patrimoniais, tratando-se de um conjunto de
contas de uso optativo e destinado a O sistema de compensação tem como
finalidades internas da empresa, podendo objetivo propiciar maior controle à empresa,
servir, como fonte de dados para transmitir permitir o registro de possíveis futuras
determinadas informações a terceiros. alterações do patrimônio e, além disso, servir
como fonte de dados para a elaboração das
O uso das contas de compensação é notas explicativas.
recomendável, para as finalidades de controle
interno, para registro de possíveis alterações Assim sendo, as contas de compensação
patrimoniais futuras e como fonte de dados podem ser utilizadas para registro, entre
para a elaboração de notas explicativas. outras, das seguintes operações:

PREVISÃO LEGAL 1. Contratos de arrendamento mercantil;


2. Contratos de aluguel;
A legislação societária anterior, ou seja, o 3. Contratos de avais, hipotecas, alienações
Decreto-lei nº 2.627/40, que definia as regras fiduciárias;
de contabilidade até o advento da atual Lei 4. Bens dados como garantia;
das Sociedades por Ações, previa em seu 5. Subcontratações;
artigo 135, a obrigatoriedade do uso e da 6. Contratos de seguros;
publicação das contas de compensação. 7. Contratos de financiamentos/empréstimos
não liberados.
A atual Lei das S/A (Lei nº 6.404/76) não 8. Consignação de mercadorias;
proíbe o uso das contas de compensação, no 9. Remessa de títulos para caução.
entanto, ao tratar das demonstrações e demais
informações publicáveis para as S/A, não As contas de compensação devem ser
especifica essas contas. apresentadas com títulos bem elucidativos e
com base em valores fixados em contratos ou
O Conselho Federal de Contabilidade, por documentação específica. Quando do término
intermédio da Resolução CFC nº 612/85, do contrato ou da operação que originou o
aprovou a NBC T 2.5, que dispõe sobre as registro contábil nas contas de compensação,
contas de compensação, nos seguintes as mesmas serão encerradas mediante
termos: lançamento inverso entre as contas que
registram a operação.
2.5.1 - As contas de compensação constituem
sistema próprio. Exemplos:
2.5.2 - Nas contas de compensação, registrar-
se-ão os atos relevantes cujos efeitos possam 1) Arrendamento mercantil:
se traduzir em modificações no patrimônio da
entidade. Ao receber o equipamento, a empresa
2.5.3 - A escrituração das contas de arrendatária nada registra em seu balanço
compensação será obrigatória nos casos que patrimonial, podendo, para controle, apenas
se obrigue especificamente. efetuar o registro nas contas de compensação:

Isso significa que toda empresa que quiser D - Bens Recebidos em Arrendamento (Conta
fazer uso das contas de compensação, pode de Compensação Ativa)
fazê-lo, mas nunca misturando as contas C - Contratos de Arrendamento (Conta de
patrimoniais com as contas desse grupo. Compensação Passiva)

CONTROLE 2) Hipotecas:
A responsabilidade por hipoteca de imóveis D - Seguros Contratados (Conta de
pode ser registrada em conta de compensação Compensação Ativa)
da seguinte forma: C - Contratos de Seguros (Conta de
Compensação Passiva)
D - Imóveis Hipotecados (Conta de
Compensação Ativa) 9) Financiamentos/empréstimos não
C - Hipotecas (Conta de Compensação liberados:
Passiva)
D - Empréstimos/Financiamentos a Utilizar
3) Contratos de alienação fiduciária: (Conta de Compensação Ativa)
C - Contratos de
D - Contratos de Alienação Fiduciária (Conta Empréstimos/Financiamentos (Conta de
de Compensação Ativa) Compensação Passiva)
C - Responsabilidade Por Financiamentos
(Conta de Compensação Passiva) REVERSÃO DAS CONTAS DE
COMPENSAÇÃO
4) Contratos de consignação mercantil:
Para reverter o lançamento, quando o evento
4.1) No consignador - aquele que remete as que deu causa ao mesmo não mais existir,
mercadorias: basta inverter o lançamento original.

D - Consignatários (Conta de Compensação Exemplo:


Ativa)
C - Mercadorias Consignadas (Conta de Término de contrato de seguro:
Compensação Passiva)
D - Contratos de Seguros (Conta de
4.2) No consignatário - aquele que recebe as Compensação Passiva)
mercadorias: C - Seguros Contratados (Conta de
Compensação Ativa)
D - Mercadorias em Consignação (Conta de
Compensação Ativa) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES
C - Consignadores (Conta de Compensação DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
Passiva)
A elaboração da Demonstração das Mutações
5) Responsabilidade da empresa pelo endosso do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa
de títulos: e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º,
da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou
D - Títulos Endossados (Conta de Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser
Compensação Ativa) incluída nesta demonstração.
C - Endossos Para Desconto (Conta de
Compensação Passiva) A DMPL uma demonstração mais completa e
abrangente, já que evidencia a movimentação
6) Responsabilidade pignoratícia da empresa: de todas as contas do patrimônio líquido
durante o exercício social, inclusive a
D - Bens Penhorados (Conta de formação e utilização das reservas não
Compensação Ativa) derivadas do lucro.
C - Penhores (Conta de Compensação
Passiva) MUTAÇÕES NAS CONTAS
PATRIMONIAIS
7) Empréstimos com caução de títulos:
As contas que formam o Patrimônio Líquido
D - Títulos Caucionados (Conta de podem sofrer variações por inúmeros
Compensação Ativa) motivos, tais como:
C - Endossos para Caução (Conta de
Compensação Passiva) 1 - Itens que afetam o patrimônio total:

8) Contratos de seguros:
a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo A elaboração da Demonstração das Mutações
prejuízo líquido do exercício; do Patrimônio Líquido é relativamente
b) redução por dividendos; simples, pois basta representar, de forma
c) acréscimo por reavaliação de ativos sumária e coordenada, a movimentação
(quando o resultado for credor); ocorrida durante o exercício nas diversas
d) acréscimo por doações e subvenções para contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital,
investimentos recebidos; Reservas de Capital, Reservas de Lucros,
e) acréscimo por subscrição e integralização Reservas de Reavaliação, Ações em
de capital; Tesouraria e Lucros ou Prejuízos
f) acréscimo pelo recebimento de valor que Acumulados.
exceda o valor nominal das ações
integralizadas ou o preço de emissão das Utiliza-se uma coluna para cada uma das
ações sem valor nominal; contas do patrimônio da empresa, incluindo
g) acréscimo pelo valor da alienação de uma conta total, que representa a soma dos
partes beneficiárias e bônus de subscrição; saldos ou transações de todas as contas
h) acréscimo por prêmio recebido na emissão individuais. Essa movimentação deve ser
de debêntures; extraída das fichas de razão dessas contas.
i) redução por ações próprias adquiridas ou
acréscimo por sua venda; As transações e seus valores são transcritos
j) acréscimo ou redução por ajuste de nas colunas respectivas, mas de forma
exercícios anteriores. coordenada.

2 - Itens que não afetam o total do Por exemplo, se temos um aumento de capital
patrimônio: com lucros e reservas, na linha
correspondente a essa transação, transcreve-
a) aumento de capital com utilização de se o acréscimo na coluna de capital pelo valor
lucros e reservas; do aumento e, na mesma linha, as reduções
b) apropriações do lucro líquido do exercício nas contas de reservas e lucros utilizadas no
reduzindo a conta Lucros Acumulados para aumento de capital pelos valores
formação de reservas, como Reserva Legal, correspondentes.
Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para
Contingência e outras; MODELO
c) reversões de reservas patrimoniais para a
conta de Lucros ou Prejuízos acumulados; Tecnicamente, a elaboração da DMPL é
d) compensação de Prejuízos com Reservas. bastante simples e seus componentes em
linha vertical são os mesmos da DLPA. Na
PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS linha horizontal do quadro serão consignados
os elementos componentes do patrimônio
líquido.

CIA. NACIONAL - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$
Histórico Capital RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Total
Realizado Ágio na Subvenções para Reserva Para Reserva Reserva Acumulados
Emissão Investimentos Contingência Estatutária Legal
de Ações
Saldo em
31.12.X1
Ajustes de
Exercícios
Anteriores:
efeitos de
mudança de
critérios
contábeis
retificação de
erros de
exercícios
anteriores
Aumento de
Capital:
com lucros e
reservas
por subscrição
realizada
Reversões de
Reservas:
de
contingências
de lucros a
realizar
Lucro Líquido
do Exercício:
Proposta da
Administração
de Destinação
do Lucro:
Transferências
para reservas
Reserva legal
Reserva
estatutária
Reserva de
lucros para
expansão
Reserva de
lucros a realizar
Dividendos a
distribuir
(R$ ... por
ação)
Saldo em
31.12.X2

Exemplo: Ágio na emissão de ações - R$ 250.000


Aumento de capital com reserva estatutária -
Com base nas informações apresentadas pela R$ 140.000
Cia. Bini em 31.12.2003, vamos elaborar a Aumento de capital com lucros acumulados -
Demonstração das Mutações do Patrimônio R$ 200.000
Líquido (valores em milhares de reais): Valor do lucro líquido do exercício - R$
800.000
Ajuste devedor de exercícios anteriores Valor destinado à reserva legal - R$ 40.000
decorrentes de mudança de critério contábil - Valor destinado à reserva estatutária - R$
R$ 3.000 100.000
Aumento de capital realizado no exercício Valor destinado à reserva para contingências
pela subscrição realizada pelos sócios - R$ - R$ 350.000
960.000 Dividendos a distribuir (R$ 0.10 por ação) -
R$ 200.000

CIA. BINI - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2003 EM MILHARES DE R$
Histórico Capital RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Total
Realizado Ágio na Subvenções para Reserva Para Reserva Reserva Acumulados
Emissão Investimentos Contingência Estatutária Legal
de Ações
Saldo em
31.12.X2 700.000 125.000 100.000 0 200.000 100.000 290.000 1.515.000
Ajustes de
Exercícios
Anteriores: 0 0 0 0 0 0 (3.000) (3.000)
Aumento de
Capital:
por subscrição
realizada 960.000 250.000 0 0 0 0 0 1.210.000
com lucros e
reservas 340.000 0 0 0 (140.000) 0 (200.000) 0
Lucro Líquido
do Exercício 0 0 0 0 0 0 800.000 800.000
Proposta da
Administração
de Destinação
do Lucro:
Reserva legal 0 0 0 0 0 40.000 (40.000) 0
Reserva
estatutária 0 0 0 0 100.000 0 (100.000) 0
Reserva de
contingências 0 0 0 350.000 0 0 (350.000) 0
Dividendos a
distribuir (R$
0,10 por ação) 0 0 0 0 0 0 (200.000) (200.000)
Saldo em
31.12.X3 2.000.000 375.000 100.000 350.000 160.000 140.000 197.000 3.322.000

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E demonstrações contábeis encerradas somente


APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR) até 31.12.2007.

Até 31.12.2007, a Demonstração das Origens FORMA DE APRESENTAÇÃO


e Aplicações de Recursos (DOAR) era
obrigatória para as companhias abertas e para A DOAR indicará as modificações na posição
as companhias fechadas com patrimônio financeira da companhia, discriminando:
líquido, na data do balanço patrimonial,
superior a R$ 1.000.000,00 (limite este 1 - as origens dos recursos, agrupadas em:
atualizado pela Lei nº 9.457/97). A DOAR
indica as modificações na posição financeira a) lucro do exercício, acrescido de
da companhia. depreciação, amortização ou exaustão e
ajustado pela variação nos resultados de
Os financiamentos estão representados pelas exercícios futuros;
origens de recursos, e os investimentos pelas b) realização do capital social e contribuições
aplicações de recursos, sendo que o para reservas de capital;
significado de recursos aqui não é c) recursos de terceiros, originários do
simplesmente o de dinheiro, ou de aumento do passivo exigível a longo prazo,
disponibilidades, pois abrange um conceito da redução do ativo realizável a longo prazo e
mais amplo; representa capital de giro líquido da alienação de investimentos e direitos do
que, na denominação dada pela lei, é Capital ativo imobilizado;
Circulante Líquido.
2 - as aplicações de recursos agrupadas em:
A partir de 01.01.2008, a DOAR foi extinta,
por força da Lei 11.638/2007, sendo a) dividendos distribuídos;
obrigatória para apresentação das b) aquisição de direitos do ativo imobilizado;
c) aumento do ativo realizável a longo prazo, A depreciação, amortização ou exaustão, por
dos investimentos e do ativo diferido; representarem uma recuperação de fundos,
d) redução do passivo exigível a longo prazo; devem ser adicionadas ao lucro líquido
apurado no exercício, para efeito de
3 - o excesso ou insuficiência das origens de elaboração da demonstração das origens e
recursos em relação às aplicações, aplicações de recursos.
representando aumento ou redução do capital
circulante líquido; APLICAÇÕES DE RECURSOS

4 - os saldos no início e no fim do exercício, As aplicações de recursos são representadas


do ativo e passivo circulantes, o montante do pela redução do Capital Circulante Líquido
capital circulante líquido e o seu aumento ou entre o início e o término de determinado
redução durante o exercício. período.

ORIGENS DE RECURSOS As aplicações de recursos mais comuns que


implicam na variação do Capital Circulante
As origens de recursos são representadas Líquido são as seguintes:
pelos aumentos no Capital Circulante
Líquido, e as mais comuns são: 1) Imobilizações

a) das próprias operações, quando as receitas Ocorrendo a aquisição de bens para o Ativo
(que geram ingressos de capital circulante Imobilizado, investimentos permanentes ou
líquido) do exercício são maiores que as aplicação de recursos no Ativo Diferido, tais
despesas, ou seja, resultam do lucro líquido fatos representam aplicação de recursos e,
apurado exclusivamente das operações conseqüentemente, refletem numa variação
regulares da empresa. líquida negativa do Capital Circulante
Líquido.
Assim, se houver lucro, teremos uma origem
de recursos, se houver prejuízo, teremos uma 2) Redução do Passivo Exigível a Longo
aplicação de recursos; Prazo

b) dos acionistas, pelos aumentos de capital A amortização de empréstimos a longo prazo


integralizados pelos mesmos no exercício, já significa, em princípio, uma redução do
que tais recursos aumentaram as passivo exigível a longo prazo e representa
disponibilidades da empresa e, uma aplicação de recursos. Por outro lado, a
conseqüentemente, seu capital circulante obtenção de um novo financiamento
líquido; representa uma origem de recursos.

c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela Tendo em vista que o conceito de recursos é
empresa, pagáveis a longo prazo, bem como o de Capital Circulante Líquido, a mera
dos recursos oriundos da venda a terceiros de transferência de um saldo de empréstimo do
bens do Ativo Permanente, ou de Exigível a Longo Prazo para o Passivo
transformação de Realizável a Longo Prazo Circulante, por vencer no exercício seguinte,
em Ativo Circulante. representa uma aplicação de recursos, pois
reduziu o Capital Circulante Líquido.
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto
prazo não são considerados como origem de c) Remuneração de dividendos:
recursos para fins dessa demonstração, pois
não alteram o Capital Circulante Líquido. A remuneração de acionistas, decorrente de
Nesse caso há um aumento de dividendos, representa uma aplicação de
disponibilidades e, ao mesmo tempo, do recursos, refletindo numa variação negativa
Passivo Circulante. do Capital Circulante Líquido.

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

O Capital Circulante Líquido é a diferença


entre o ativo circulante (disponível, contas a
receber, estoques e despesas pagas diminuem o resultado, mas não reduzem o
antecipadamente) e o passivo circulante capital circulante líquido; representam
(fornecedores, contas a pagar e outras redução no Ativo Permanente e redução no
exigibilidades do exercício seguinte) em Patrimônio Líquido, mas não alteram os
determinada data. valores de Ativo e Passivo Circulantes. Desta
forma, o valor desses itens registrados no ano
Quando o Ativo Circulante é maior do que o devem ser adicionados ao Lucro Líquido para
Passivo Circulante, tem-se um Capital apuração do valor efetivo dos recursos
Circulante Líquido próprio. gerados pelas próprias operações;

Quando o Ativo Circulante é menor do que o f) variação nos resultados de exercícios


Passivo Circulante, tem-se um Capital futuros representa lucros que, pelo regime de
Circulante Líquido negativo ou de terceiros. competência, pertencem a exercícios futuros,
porém, já afetaram o Capital Circulante
TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O Líquido, ou seja, se o saldo de Resultados de
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Exercícios Futuros tem um aumento no
exercício, significa que a empresa já o
Além das origens e aplicações relacionadas recebeu, aumentando o Capital Circulante
anteriormente, há inúmeros tipos de Líquido, mas sem que o tenha registrado
transações efetuadas que não afetam o Capital como receita, não fazendo parte do lucro do
Circulante Líquido, mas são representadas ano. Assim, como se trata de recebimento
como origens e aplicações simultaneamente, originário pelas operações da empresa, deve
como por exemplo: ser agregado ao resultado do exercício. Se
houver redução do saldo desse grupo, deve
a) aquisição de bens do Ativo Permanente ser diminuído do Lucro Líquido;
(Investimentos ou Imobilizado) pagáveis a
Longo Prazo. Nesse caso, há uma aplicação g) lucro ou prejuízo registrado pelo método
pelo acréscimo do Ativo Permanente e, ao da equivalência patrimonial para
mesmo tempo, uma origem pelo investimentos em coligadas ou controladas,
financiamento obtido pelo acréscimo no esse resultado, que afeta o lucro da
Exigível a Longo Prazo no exercício, como se investidora, não afeta o seu Capital
houvesse entrado um recurso que fosse Circulante Líquido. Por isso, na apuração da
imediatamente aplicado; origem de recursos das operações, esse valor
deve ser diminuído do Lucro Líquido, se for
b) conversão de empréstimos de longo prazo receita; ou a ele acrescentado, se for despesa;
em capital, caso em que há uma origem pelo
aumento do capital e, paralelamente, uma h) ajustes de exercícios anteriores; esses
aplicação pela redução do Exigível a Longo ajustes são registrados diretamente na conta
Prazo, como se houvesse ingresso de recurso de Lucros ou Prejuízos Acumulados, não
de capital aplicado na liquidação da dívida; afetando, portanto, o Lucro Líquido do ano.
Neste caso, os ajustes são efetuados nos
c) integralização de Capital em bens do Ativo saldos iniciais do balanço, nas contas a que se
Permanente, situação também sem efeito refere, como se já houvesse sido registrado
sobre o Capital Circulante Líquido, mas nos anos anteriores, assim sendo, as origens e
representada na origem (aumento de capital) aplicações de recursos do ano já ficarão
e na aplicação (bens do Ativo Permanente expurgadas desse efeito;
recebidos), como se houvesse essa circulação
do recurso; i) variações monetárias de dívidas de longo
prazo, essas despesas afetam o lucro mas, por
d) venda de bens do Ativo Permanente reduzirem o Patrimônio Líquido e
recebível a Longo Prazo, operação que aumentarem o Exigível a Longo Prazo, não
também deve ser demonstrada na origem, alteram o Capital Circulante Líquido. Devem,
como se fosse recebido o valor da venda e, na por isso, também ser adicionadas ao Lucro
aplicação, como se houvesse o empréstimo Líquido do exercício.
sido feito para recebimento a longo prazo;
OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO
e) depreciação, amortização e exaustão. Tais
valores, lançados como despesa do exercício,
Quando as operações consomem Capital seus ajustes deve ser no agrupamento de
Circulante Líquido, isso representa uma aplicações.
aplicação e, como tal, deve ser apresentado
na demonstração, no grupo de aplicações, ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO
como o primeiro item do grupo. DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE
RECURSOS
Isso ocorre quando a empresa está operando
com prejuízo. Entretanto, se a empresa está 1º passo: obtenção do balanço final, depois de
com prejuízo, mas em decorrência dos ajustes todos os ajustes, na data de encerramento do
citados, as operações próprias apresentam exercício, bem como do balanço de
uma origem de recursos (lucro), a encerramento do exercício anterior.
apresentação do prejuízo e de seus ajustes
deve ser no agrupamento das origens. Exemplo:

No caso da empresa apresentar lucro, mas os Balanços da Negocial S/A de 31.12.2002 e


ajustes evidenciarem uma aplicação de 31.12.2003 (valores em R$):
recursos (prejuízo), a apresentação do lucro e

ATIVO 31.12.2002 31.12.2003


ATIVO CIRCULANTE 60.000,00 100.000,00
Disponível 6.000,00 10.000,00
Duplicatas a Receber 20.000,00 30.000,00
Estoques 30.000,00 53.000,00
Despesas Antecipadas 4.000,00 7.000,00

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 10.000,00 5.000,00

ATIVO PERMANENTE 254.000,00 400.000,00


Investimentos 30.000,00 40.000,00
Ativo Imobilizado 200.000,00 320.000,00
Ativo Diferido 24.000,00 40.000,00

TOTAL DO ATIVO 324.000,00 505.000,00

PASSIVO 31.12.2002 31.12.2003

PASSIVO CIRCULANTE 36.000,00 55.000,00


Empréstimos 12.000,00 18.000,00
Fornecedores 10.000,00 15.000,00
Contas a Pagar 8.000,00 12.000,00
Provisão para Imposto de Renda 6.000,00 10.000,00

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 120.000,00 155.000,00


Empréstimos 120.000,00 155.000,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 168.000,00 295.000,00


Capital 80.000,00 120.000,00
Reservas de Capital 24.000,00 55.000,00
Reservas de Lucros 23.000,00 40.000,00
Lucros Acumulados 41.000,00 80.000,00

TOTAL DO PASSIVO 324.000,00 505.000,00


2º passo: apurar as variações dos saldos das contas, ou seja, a diferença líquida entre os mesmos. Os
grupos de Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, por
serem credores, devem ser indicados como negativos. Como exemplo:

CONTAS 31.12.2002 31.12.2003 VARIAÇÃO


Ativo Circulante 60.000,00 100.000,00 40.000,00
Passivo Circulante (36.000,00) (55.000,00) (19.000,00)
Capital Circulante Líquido 24.000,00 45.000,00 21.000,00
Realizável a Longo Prazo 10.000,00 5.000,00 (5.000,00)
PERMANENTE:
Investimentos 30.000,00 40.000,00 10.000,00
Ativo Imobilizado 200.000,00 320.000,00 120.000,00
Ativo Diferido 24.000,00 40.000,00 16.000,00
Exigível a Longo Prazo (120.000,00) (155.000,00) (35.000,00)
Patrimônio Líquido (168.000,00) (295.000,00) (127.000,00)
SOMA 0,00 0,00 0,00

A soma três colunas deve ser igual a zero, 3º passo: análise da composição das variações
como evidência de que se tomaram todas as ocorridas em cada uma das contas, como
contas e se apuraram corretamente as exemplificado a seguir.
variações.
a) Realizável a Longo Prazo:
O valor de R$ 21.000,00 é a variação no
Capital Circulante Líquido, valor esse que se Conforme o livro Razão da empresa é
pretende demonstrar como foi apurado. Por composto pelas contas abaixo e teve a
esse motivo, há que se apurar, para cada uma seguinte movimentação no período:
das contas não-circulantes, a movimentação
ocorrida.

CONTAS SALDO EM ADIÇÕES BAIXAS SALDO EM


31.12.2002 31.12.2003
Empréstimos Compulsórios 2.500,00 1.000,00 0,00 3.500,00
Impostos a Recuperar 1.500,00 0,00 0,00 1.500,00
Títulos a Receber 6.000,00 0,00 (6.000,00) 0,00
SOMA 10.000,00 1.000,00 (6.000,00) 5.000,00

Assim, os R$ 1.000,00 de adições entre ambas é o que resultou na redução nesse


representam uma aplicação de recursos, pois grupo no valor de R$ 5.000,00.
reduziram o Capital Circulante Líquido, os
R$ 6.000,00 de baixas nos Títulos a Receber b) Investimentos
representam origem de recursos, e o líquido
Esse grupo teve a seguinte movimentação:

INVESTIMENTOS CONTROLADA EMPRESA EMPRESA TOTAL


"BETA" "A" "B"
Saldo em 25.000,00 3.000,00 2.000,00 30.000,00
31.12.2002
Integralizações na 3.500,00 2.000,00 0,00 5.500,00
empresa "BETA" e
Empresa "A"
Baixa por venda do 0,00 0,00 (2.000,00) (2.000,00)
investimento na
empresa "B"
Participação no 8.000,00 0,00 0,00 8.000,00
lucro da controlada
BETA pelo método
da equivalência
patrimonial
Dividendos (1.500,00) 0,00 0,00 (1.500,00)
recebidos
Saldos em 35.000,00 5.000,00 0,0040.000,00
31.12.2003

A variação líquida total no grupo de pois sua contrapartida está em receita do


investimentos é a seguinte: exercício; assim sendo, esse valor não entra
como aplicação, mas como redução do Lucro
- A integralização em participações Líquido nas origens para se chegar aos
societárias no período, no valor de R$ valores oriundos das operações;
3.500,00, representa uma aplicação, pois - Os dividendos recebidos no valor de R$
reduziu o Capital Circulante Líquido; 1.500,00 representam uma origem, pois
- A venda de investimentos (feita pelo mesmo ingressaram na disponibilidade, aumentando
valor de baixa) por R$ 2.000,00, representa o Capital Circulante Líquido.
uma origem;
- O aumento nos investimentos relativo à c) Imobilizado
participação no lucro da controlada, pelo
método da equivalência patrimonial, no valor No Razão da empresa foi constatada a
de R$ 8.000,00, caracteriza um aumento no seguinte movimentação do imobilizado da
Ativo Permanente, no entanto, tal aumento empresa em 2003:
não reduziu o Capital Circulante Líquido,

CONTA Saldos em Adições BaixasTransferências Saldos em


31.12.2002 31.12.2003
Terrenos 30.000,00 9.000,00 0,00 0,00 39.000,00
Edifícios 60.000,00 18.000,00 0,00 12.000,00 90.000,00
Máquinas e 170.000,00 110.000,00 (29.400,00) 10.000,00 260.600,00
equipamento
s
Veículos 20.000,00 11.700,00 (4.000,00) 0,00 27.700,00
Obras em 30.000,00 55.000,00 0,00 (22.000,00) 63.000,00
andamento
SOMA 310.000,00 203.700,00 (33.400,00) 0,00 480.300,00
Depreciação (15.000,00) (7.700,00) 0,00 0,00 (22.700,00)
Acumulada
Edifícios
Máquinas e (90.000,00) (50.000,00) 10.700,00 0,00 (129.300,00)
equipamento
s
Veículos (5.000,00) (5.300,00) 2.000,00 0,00 (8.300,00)
SOMA (110.000,00) (63.000,00) 12.700,00 0,00 (160.300,00)
Depreciações
Total Líquido 200.000,00 140.700,00 (20.700,00) 0,00 320.000,00

Conclui-se que houve uma variação líquida O valor da depreciação do ano no valor de R$
de R$ 120.000,00 no Imobilizado. 63.000,00 deverá ser adicionado ao Lucro
Líquido para apurar a origem das operações,
O valor das adições ao custo no valor de R$ uma vez que não afetou o Capital Circulante
203.700,00 representam uma aplicação. Líquido, pois foi lançada em conta de
resultado.
d) Venda de Imobilizado Neste caso, o valor de venda de R$ 50.000,00
entra como origem e o lucro de R$ 29.300,00
Considerando-se que as vendas do como redução do lucro líquido para
imobilizado foram efetuadas pelo valor de R$ determinar o ingresso efetivo de recursos das
50.000,00, temos: operações.

Preço de venda R$ 50.000,00 e) Ativo Diferido


Valor líquido dos bens baixados R$
20.700,00 Esse grupo de contas apresentou a seguinte
Lucro apurado R$ 29.300,00 movimentação no período:

Histórico Custo Amortização Total Líquido

Saldo em 31.12.2002 24.000,00 0,00 24.000,00


Adições no exercício ao custo 21.000,00 0,00 21.000,00
Amortização do ano 0,00 (5.000,00) (5.000,00)
Saldo em 31.12.2003 45.000,00 (5.000,00) 40.000,00

Assim, as adições no ano ao custo no valor de f) Exigível a Longo Prazo


R$ 21.000,00 representam uma aplicação e as
amortizações no período, no valor de R$ Esse grupo de contas teve a seguinte
5.000,00 devem ser adicionadas ao Lucro movimentação no período:
Líquido para apurar as origens das operações.

Histórico Banco "A" Banco "B" Banco "C" Total


Saldos em 31.12.2002 a longo 70.000,00 50.000,00 0,00 120.000,00
prazo
(+) Novos empréstimos 30.000,00 0,00 20.000,00 50.000,00
(+) Variações monetárias 25.500,00 13.000,00 3.000,00 41.500,00
(-) Transferências para o Circulante (25.000,00) (31.500,00) 0,00 (56.500,00)
Saldos em 31.12.2003 100.500,00 31.500,00 23.000,00 155.000,00

Neste caso, o valor do novo empréstimo no g) Patrimônio Líquido


valor de R$ 50.000,00 representa uma
origem. As variações no Patrimônio Líquido são
facilmente identificadas se a empresa tiver a
As variações monetárias lançadas em Demonstração das Mutações do Patrimônio
despesas financeiras não afetaram o Capital Líquido, pois tais variações são tão-somente
Circulante Líquido, pois, na verdade, não as transações que aumentaram ou diminuíram
houve o ingresso de recursos, devendo ser o patrimônio total do exercício; transações
adicionadas ao lucro líquido para se chegar essas que são extraídas da coluna total
aos recursos originados pelas operações. daquela demonstração.

A transferência para o circulante do valor de Se a Demonstração das Mutações do


R$ 56.500,00 que representa efetivamente Patrimônio Líquido apresentasse os seguintes
uma aplicação, pois aumentou o Passivo dados:
Circulante, diminuindo o Capital Circulante
Líquido.

Saldo em 31.12.2002 168.000,00


Integralização de capital 91.000,00
Lucro líquido do exercício 46.000,00
Dividendos (10.000,00)
Saldo em 31.12.2003 295.000,00
A integralização de capital no valor de R$ Temos, assim, a composição líquida de todas
91.000,00 e o Lucro Líquido do exercício no as contas não circulantes, bastando agora
valor de R$ 46.000,00 representam origens de dispor cada valor, já de forma ordenada, na
recursos. Demonstração de Origens e Aplicações de
Recursos, como segue:
Os dividendos no valor de R$ 10.000,00
representam uma aplicação de recursos. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E
APLICAÇÕES DE RECURSOS
EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2003 (em
R$):

ORIGENS DE RECURSOS: Valor - R$ Soma


DAS OPERAÇÕES:
Lucro Líquido do Exercício 46.000,00
Mais: Depreciação e amortização 68.000,00
Variações monetárias de empréstimo a longo prazo 41.500,00
Menos: Participação de R$ 8.000 no lucro da controlada, menos (6.500,00)
dividendos recebidos no valor de R$ 1.500
Lucro na venda de imobilizado (29.300,00)
SOMA DAS OPERAÇÕES 119.700,00
DOS ACIONISTAS:
Integralização de capital 91.000,00
SOMA DOS ACIONISTAS 91.000,00
DE TERCEIROS:
Ingresso de novos empréstimos 50.000,00
Baixa do imobilizado (valor de venda) 50.000,00
Venda de investimentos 2.000,00
Resgate de títulos a longo prazo 6.000,00
SOMA DE TERCEIROS 108.000,00
TOTAL DAS ORIGENS
318.700,00

APLICAÇÕES DE RECURSOS: Valor - R$ Soma


Aquisição de imobilizado 203.700,00
Adições ao custo no ativo diferido 21.000,00
Integralização de novos investimentos 5.500,00
Aumento em empréstimos compulsórios 1.000,00 231.200,00
Transferência para o passivo circulante dos empréstimos LP 56.500,00 56.500,00
Dividendos propostos e pagos 10.000,00 10.000,00
TOTAL DAS APLICAÇÕES 297.700,00
VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 21.000,00

Demonstração do Aumento no Capital Circulante Líquido (em R$):

Saldos em 31.12.2002 31.12.2003 Variação


Ativo Circulante 60.000,00 100.000,00 40.000,00
Passivo Circulante 36.000,00 55.000,00 (19.000,00)
Capital Circulante 24.000,00 45.000,00 21.000,00
Líquido

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU A DLPA evidencia as alterações ocorridas no


PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) saldo da conta de lucros ou prejuízos
acumulados, no Patrimônio Líquido.
De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº REVERSÕES DE RESERVAS
6.404/76, adiante transcrito, a companhia
poderá, à sua opção, incluir a demonstração Correspondem às alterações ocorridas nas
dos lucros ou prejuízos acumulados nas contas que registram as reservas, mediante a
demonstrações das mutações do patrimônio reversão de valores para a conta Lucros
líquido. Acumulados, em virtude daqueles valores não
serem mais utilizados.
"A demonstração de lucros ou prejuízos
acumulados deverá indicar o montante do LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO
dividendo por ação do capital social e EXERCÍCIO
poderá ser incluída na demonstração das
mutações do patrimônio líquido, se É o resultado líquido do ano apurado na
elaborada e publicada pela companhia." Demonstração do Resultado do Exercício,
cujo valor é transferido para a conta de
Nota: Em virtude da edição da Lei nº Lucros Acumulados.
11.638/2007 que extinguiu a conta "Lucros
Acumulados", entendemos que o TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS
demonstrativo em questão deverá ser
renomeado através de um novo São as apropriações do lucro feitas para a
pronunciamento do órgão fiscalizador e que constituição das reservas patrimoniais, tais
os artigos que tratam da DLPA na Lei como: reserva legal, reserva estatutária,
Societária devem sofrer alterações para reserva de lucros a realizar, reserva para
espelhar a nova nomenclatura e as novas contingências.
normas para a elaboração do relatório.
SUBSTITUIÇÃO PELA
OUTRAS SOCIEDADES DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A DLPA é obrigatória para as sociedades
limitadas e outros tipos de empresas, De acordo com o § 2º do artigo 186 da Lei nº
conforme a legislação do Imposto de Renda 6.404/76 a Demonstração dos Lucros ou
(art. 274 do RIR/99). Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio
COMPOSIÇÃO líquido, se elaborada e divulgada pela
companhia, pois não inclui somente o
A demonstração dos lucros ou prejuízos movimento da conta de lucros ou prejuízos
acumulados deverá discriminar: acumulados, mas também o de todas as
demais contas do patrimônio líquido.
1. O saldo do início do período e os ajustes de
exercícios anteriores; MODELO
2. As reversões de reservas e o lucro líquido
do exercício; e CIA. MODELO - DEMONSTRAÇÃO DOS
3. As transferências para reservas, os LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
dividendos, a parcela dos lucros incorporada EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X1 -
ao capital e o saldo ao fim do período. SALDO EM 31.12.X1

AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES RECURSOS:


1. Saldo inicial de lucros acumulados
Como ajustes de exercícios serão 2. Ajustes credores de Exercícios Anteriores
considerados apenas os decorrentes de efeitos 3. Reversão de reservas
da mudança de critério contábil, ou da - De contingências
retificação de erro imputável a determinado - De lucros a realizar
exercício anterior, e que não possam ser 4. Outros recursos
atribuídos a fatos subseqüentes. 5. Lucro líquido do exercício
6. (-) Saldo anterior de prejuízos acumulados
Para obter detalhamentos sobre tais ajustes, 7. (-) Ajustes devedores de exercícios
acesse o tópico “Ajustes de Exercícios anteriores
Anteriores”, neste guia.
8. (-) Prejuízo líquido do ano Destinação proposta para Distribuição de
9. Total dos recursos Dividendos (R$ 0,11 por ação) - R$
10.500,00
APLICAÇÕES: Transferência Para Reserva de Investimentos
10. Transferência para reservas - R$ 6.000,00
- Reserva legal Transferência Para Reserva de Contingências
- Reserva estatutária - R$ 1.100,00
- Reserva p/ contingências Transferência Para Aumento de Capital - R$
- Reserva de lucros a realizar 20.000,00
- Reserva p/ investimentos Reversão das Reservas de Lucros a Realizar -
11. Dividendos ou lucros distribuídos, pagos R$ 9.000,00
ou creditados (R$ .... por ação) Reversão da Reserva de Contingências - R$
12. Parcela dos lucros incorporados ao capital 10.000,00
Diferença a Maior de CMV p/ Mudança de
13. Outras aplicações Critério de Avaliação - R$ 3.000,00
14. Total das aplicações Transferência Para Reserva Estatutária - R$
15. Lucros ou prejuízos acumulados (recursos 5.000,00
- aplicações) Lançamento a Menor na conta Provisão de
Férias - R$ 1.000,00
Exemplo: Transferência Para Reservas de Lucros a
Realizar - R$ 1.500,00
Em 31.12.2006, o saldo da conta de Lucros Constituição da Reserva Legal - R$ 1.750,00
Acumulados da Cia. Nacional registrava o
valor de R$ 39.000,00. CIA. NACIONAL
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU
Durante o exercício de 2007, houve os PREJUÍZOS ACUMULADOS
seguintes lançamentos na conta Lucros EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.2007
Acumulados:

RECURSOS: Valor - R$
1. Saldo inicial do exercício 39.000,00
2. Ajustes credores de exercícios anteriores
- Efeitos de mudança de critério contábil 3.000,00
3. Reversão de reservas
- De contingências 10.000,00
- De lucros a realizar 9.000,00
4. Lucro líquido do exercício 35.000,00
5. (-) Ajuste de exercícios anteriores
- Retificação de erro de exercício anterior 1.000,00
6. Total dos recursos 97.000,00

APLICAÇÕES:
7. Transferência para reservas
- Reserva legal 1.750,00
- Reserva estatutária 5.000,00
- Reserva para contingência 1.100,00
- Reserva para investimentos 6.000,00
- Reserva de lucros a realizar 1.500,00
8. Dividendos a distribuir (R$ 0,11 por ação) 10.500,00
9. Transferência para aumento de capital 20.000,00
10. Total das aplicações 45.850,00
11. Lucros Acumulados (Recursos - Aplicações) 51.150,00
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE • Compra à vista e pagamento
CAIXA (DFC) de fornecedores;
• Pagamentos de
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), despesas/custo, contas a pagar e
ao contrário da DOAR, passou a ser um outros.
relatório obrigatório pela contabilidade para
todas as sociedades de capital aberto ou com c) Transações que não Afetam o Caixa
patrimônio líquido superior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta Dentre as transações realizadas pela empresa,
obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por algumas não afetam o caixa, isto é, não há
força da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de encaixe e nem desencaixe de dinheiro, como
2007, e desta forma torna-se mais um por exemplo: - Depreciação, amortização e
importante relatório para a tomada de exaustão; - Provisão para devedores
decisões gerenciais. duvidosos; - Correção monetária de balanço;
- Acréscimo ou diminuições de investimentos
De forma condensada, esta demonstração avaliados pelo método de equivalência
indica a origem de todo o dinheiro que entrou patrimonial, sem significar que houve vendas
no caixa em determinado período e, ainda, o ou novas aquisições.
Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como
a Demonstração de Resultados de Exercícios, APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE
a DFC é uma demonstração dinâmica e FLUXO DE CAIXA
também está contida no balanço patrimonial.
Seguindo as tendências internacionais, o
A Demonstração do Fluxo de Caixa irá fluxo de caixa pode ser incorporado às
indicar quais foram às saídas e entradas de demonstrações contábeis tradicionalmente
dinheiro no caixa durante o período e o publicadas pelas empresas. Basicamente, o
resultado desse fluxo. relatório de fluxo de caixa deve ser
segmentado em três grandes áreas:
AS PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE
AFETAM O CAIXA I - Atividades Operacionais;

A seguir, relacionaremos em dois grupos as II - Atividades de Investimento;


principais transações que afetam o caixa.
III - Atividades de Financiamento.
a) Transações que Aumentam o Caixa
(Disponível) As Atividades Operacionais são explicadas
pelas receitas e gastos decorrentes da
• Integralização do Capital industrialização, comercialização ou
pelos proprietários em dinheiro; prestação de serviços da empresa. Estas
• Empréstimos bancários e atividades têm ligação com o capital
financiamentos oriundos das circulante líquido da empresa.
instituições financeiras;
• Vendas de Ativos As Atividades de Investimento são os gastos
Permanentes; efetuados no Realizável a Longo Prazo ou no
• Outras entradas (juros Ativo Permanente, bem como as entradas por
recebidos, indenizações de venda de ativos imobilizados.
seguros, etc.).
As Atividades de Financiamento são os
b) Transações que Diminuem o Caixa recursos obtidos do Exigível a Longo Prazo e
(Disponível) do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos
aqui os empréstimos e financia-mentos de
• Pagamento de dividendos aos curto prazo. As saídas correspondem à
acionistas; amortização destas dívidas e os valores pagos
• Pagamento de juros, correção aos acionistas a título de dividendos,
monetária de dívidas; distribuição de lucros.
• Aquisicão de itens do Ativo
Permanente; MONTAGEM DOS FLUXOS DE CAIXA
Método Direto também devem ser ajustadas, porque estão
relacionadas com as atividades operacionais.
Pelo Método Direto a empresa fará o
confronto direto entre as contas da 1. Fluxo de Caixa Operacional Líquido
Demonstração de Resultado e as contas do Lucro Líquido
Balanço Patrimonial, detalhando as entradas e (-) Aumento de Estoques
saídas de caixa. (+) Depreciação
(-) Aumento de Clientes
Agora é só uma questão de ordenamento das (+) Pagamento a Funcionários
entradas e saídas de caixa, conforme a (+) Contas a Pagar
estrutura internacional pelo Método Direto. (+) Pagamentos de Impostos e Tributos
Para os ingressos de recursos, considerar os (+) Aumentos de Fornecedores
valores positivos, para as saídas, negativos. 2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
A seguir mostraremos um modelo (-) Aquisição de Ativo Permanente
simplificado de DFC pelo método direto, (+) Recebimento de Dividendos
baseado no modelo FAS 95, ou seja, fazendo 3. Das Atividades de Financiamentos
uma segregação dos tipos de atividades: (+) Novos Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
1. Das Atividades Operacionais (+) Emissão de Debêntures
(+) Recebimentos de Clientes e outros (+) Integralização de Capital
(-) Pagamentos a Fornecedores (-) Pagamento de Dividendos
(-) Pagamentos a Funcionários 4. Aumento/Diminuição nas
(-) Recolhimentos ao Governo Disponibilidades
(-) Pagamentos a Credores Diversos
2. Das Atividades de Investimentos Quando há um aumento nos ativos circulantes
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado (estoques, contas a receber), o raciocínio é
(-) Aquisição de Ativo Permanente que foi usado dinheiro do caixa, para comprar
(+) Recebimento de Dividendos estoques ou conceder crédito a clientes. De
3. Das Atividades de Financiamentos maneira inversa, se os estoques ou clientes
(+) Novos Empréstimos diminuírem é porque a empresa está tendo
(-) Amortização de Empréstimos receita ou recebimento de clientes.
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital Nota: Os aumentos do Ativo Circulante usam
(-) Pagamento de Dividendos caixa, as diminuições produzem caixa.
4. Aumento/Diminuição nas
Disponibilidades Os aumentos do Passivo Circulante têm o
efeito oposto sobre o caixa. Quando os
Método Indireto fornecedores concedem créditos, o caixa é
liberado para outras atividades. Quando a
O Método Indireto é aquele pelo qual os empresa diminui a conta de fornecedores, é
recursos provenientes das atividades que ela está usando caixa para solver
operacionais são demonstrados a partir do compromissos.
lucro líquido, ajustado pelos itens
considerados na contas de resultado, porém Nota: Os aumentos do Passivo Circulante
sem afetar o caixa da empresa. O Método produzem caixa, as diminuições usam caixa.
Indireto é feito com base nos ajustes do lucro
líquido do exercício que se encontra na Todos estes ajustes fazem parte das
Demonstração de Resultado. atividades operacionais. As demais atividades
de investimento e de financiamento serão
Primeiro passo: Os itens operacionais que não elaboradas nos mesmos moldes do Método
usaram dinheiro, mas foram deduzidos como Direto, usando-se para tanto os dados do
despesas devem ser acrescentados de volta ao Balanço Patrimonial.
lucro do exercício, como é o caso da
depreciação. CONCLUSÃO

Segundo passo: As alterações ocorridas no A demonstração é uma ferramenta que


Capital Circulante Líquido (AC e PC) permite ao administrador financeiro melhorar
o planejamento financeiro da empresa, a) as receitas e os rendimentos ganhos no
conseguindo, com isso, que o Caixa fique período, independentemente de sua realização
livre de excessos e que a empresa conheça em moeda; e
antecipadamente as suas necessidades de b) os custos, despesas, encargos e perdas,
dinheiro. pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
Dessa maneira, deverá sempre ser comparada
com o efetivo desempenho de Caixa da MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO
empresa para poder alcançar toda a sua RESULTADO DO EXERCÍCIO
utilidade nas previsões orçamentárias e de
investimentos, assim como ser aperfeiçoada RECEITA OPERACIONAL BRUTA
para tornar-se cada vez mais objetiva e Vendas de Produtos
próxima da realidade. Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
DO EXERCÍCIO (DRE) (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de Abatimentos
dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Impostos e Contribuições Incidentes sobre
Ações), instituiu a Demonstração do Vendas
Resultado do Exercício.
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
A Demonstração do Resultado do Exercício
tem como objetivo principal apresentar de (-) CUSTOS DAS VENDAS
forma vertical resumida o resultado apurado Custo dos Produtos Vendidos
em relação ao conjunto de operações Custo das Mercadorias
realizadas num determinado período, Custo dos Serviços Prestados
normalmente, de doze meses.
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
De acordo com a legislação mencionada, as
empresas deverão na Demonstração do (-) DESPESAS OPERACIONAIS
Resultado do Exercício discriminar: Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
- A receita bruta das vendas e serviços, as
deduções das vendas, os abatimentos e os (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
impostos; Despesas Financeiras
- A receita líquida das vendas e serviços, o (-) Receitas Financeiras
custo das mercadorias e serviços vendidos e o Variações Monetárias e Cambiais Passivas
lucro bruto; (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
- As despesas com as vendas, as despesas
financeiras, deduzidas das receitas, as (-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
despesas gerais e administrativas, e outras OPERACIONAIS
despesas operacionais;
- O lucro ou prejuízo operacional, as receitas = RESULTADO OPERACIONAL
e despesas não operacionais LÍQUIDO
- O resultado do exercício antes do Imposto
sobre a Renda e a provisão para o imposto;
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
- As participações de debêntures,
Receitas Não Operacionais
empregados, administradores e partes
Despesas Não Operacionais
beneficiárias, e as contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados; = LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO
- O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
seu montante por ação do capital social. SOCIAL E SOBRE O LUCRO

Na determinação da apuração do resultado do (-) Provisão para Imposto de Renda e


exercício serão computados em obediência ao Contribuição Social Sobre o Lucro
princípio da competência:
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS Nessa conta serão registrados os descontos
PARTICIPAÇÕES incondicionais concedidos aos clientes
relativos às vendas e serviços.
(-) Participações de Administradores,
Empregados, Debêntures e Partes Impostos e Contribuições Incidentes sobre
Beneficiárias Vendas

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO A receita bruta deve ser registrada pelos


EXERCÍCIO valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição
RECEITA OPERACIONAL BRUTA tributária), que são registrados em contas
devedoras. Desta forma, os valores dos
Compreende a receita bruta das vendas de impostos incidentes sobre as vendas, tais
bens e serviços prestados em operações como: ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão
realizadas pela empresa. diminuídos da receita bruta.

Na receita bruta não se incluem as vendas Custos das Vendas


canceladas, os descontos incondicionais
concedidos e os impostos não cumulativos Estas contas registram os custos de bens ou
cobrados destacadamente do comprador ou serviços vendidos. Para maiores
contratante dos quais o vendedor dos bens ou detalhamentos sobre a composição dos
o prestador dos serviços seja mero depositário Custos das Vendas, acesse o tópico
(parágrafo único do art. 31 da Lei respectivo, neste guia.
8.981/1995).
Despesas de Vendas e Administrativas
Os impostos não cumulativos citados
correspondem ao IPI e ao ICMS quando As despesas de vendas representam os gastos
cobrado como substituição tributária. de promoção, colocação e distribuição dos
produtos da empresa, bem como os riscos
Desta forma, para que se possa aplicar o assumidos pela venda, tais como:
conceito legal de Receita Operacional Bruta,
é recomendável que a empresa que a) despesas com folha de pagamento da área
contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de de vendas;
Vendas, o faça em conta de “Faturamento b) comissões sobre vendas;
Bruto” e não em “Receita de Venda de c) propaganda e publicidade;
Produtos”, ficando assim o plano de contas da d) gastos com garantia de produtos;
empresa: e) utilidades e serviços: transporte,
depreciação e manutenção de bens, energia
Faturamento Bruto elétrica, telefone, água.
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária As despesas administrativas representam os
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços gastos, pagos ou incorridos, para direção ou
gestão da empresa, tais como:
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
a) despesas com o pessoal: salários,
Devoluções de Vendas gratificações, férias, encargos, assistência
médica, transporte;
Nesta conta, de natureza devedora, são b) utilidades e serviços: energia elétrica,
registradas as devoluções de vendas relativas água, telefone, fax, correio, seguros;
à anulação de valores registrados como c) despesas gerais: material de escritório,
receita bruta de vendas e serviços. Assim material de limpeza, viagens, alimentação,
sendo, as devoluções não devem ser jornais e revistas, despesas legais e judiciais,
deduzidas diretamente da conta de vendas, serviços profissionais contratados,
mas registradas nessa conta devedora. depreciação e manutenção de bens;
d) impostos e taxas: IPTU, IPVA, ITR,
Abatimentos Contribuição Sindical.
Receitas e Despesas Financeiras Abrange outras receitas e despesas
operacionais decorrentes de atividades
Nesse grupo são incluídos os juros, os acessórias do objeto da empresa, tais como:
descontos e a atualização monetária pré-
fixada, além de outros tipos de receitas ou a) lucros e prejuízos em participações
despesas, bem como aquelas decorrentes de societárias;
aplicações financeiras. b) vendas de sucatas ou sobras de estoques.

As atualizações monetárias ou variações Resultados Não Operacionais


cambiais de empréstimos são registradas
separadamente no grupo variações Nesse grupo são segregados os resultados não
monetárias. operacionais, ou seja, aqueles decorrentes de
outras operações não ligadas às atividades
As Receitas Financeiras compreendem: principais ou acessórias da empresa, tais
como:
- Descontos obtidos, decorrentes de
pagamentos antecipados de duplicatas de a) ganhos e perdas na alienação de
fornecedores ou outros títulos; investimentos permanentes;
- Juros recebidos referentes aos juros b) ganhos e perdas na alienação de bens e
cobrados pela empresa de seus clientes, por direitos do ativo permanente;
atraso de pagamento e outras operações c) ganhos e perdas por desapropriação, baixa
similares; por perecimento, extinção, desgaste,
- Receitas de aplicações financeiras que obsolescência de bens do ativo permanente.
englobam as receitas decorrentes de
aplicações financeiras, correspondentes à Imposto de Renda e Contribuição Social
diferença entre o valor aplicado e o valor Sobre o Lucro
resgatado, do tipo Certificado de Depósito
Bancário (CDB), etc.; Nessas contas devem ser registrados os
- Outras receitas de investimentos valores relativos à Contribuição Social Sobre
temporários. o Lucro e do Imposto de Renda devido sobre
o resultado.
As Despesas Financeiras compreendem:
Participações e Contribuições
- Descontos concedidos aos clientes pelo
pagamento antecipado ou pontual de Essas participações e contribuições devem ser
duplicatas; contabilizadas na própria data do balanço,
- Juros de empréstimos, financiamentos, mediante débito nas contas de participações
desconto de títulos e outras operações; no resultado e crédito nas contas de provisão
- Comissões e despesas bancárias cobradas no Passivo Circulante.
pelos bancos nas operações de desconto, de
concessão de crédito, etc. De acordo com o artigo 189 da lei das S/A,
- Correção monetária prefixada de do resultado do exercício, serão deduzidos,
empréstimos. antes de qualquer participação, os prejuízos
acumulados e a provisão para o imposto
As Variações Monetárias de Obrigações e sobre a renda.
Créditos compreendem:
Dessa forma, toma-se o lucro líquido depois
- Variação cambial incorrida pela atualização do imposto de renda e contribuição social,
periódica de obrigações ou créditos a serem antes das participações e dele se deduz o
pagos ou recebidos em moeda estrangeira; saldo eventual de prejuízos acumulados,
- Atualização monetária que registra as apurando-se assim a base inicial de cálculo
atualizações sobre obrigações ou créditos das participações.
sujeitos à cláusula de atualização monetária.
Ressalte-se que o cálculo das participações
Outras Receitas e Despesas Operacionais não é feito sobre o mesmo valor. Deve ser
calculado extracontabilmente, primeiramente,
a participação das debêntures. Do lucro
remanescente se calcula a participação dos Considerando-se que determinada empresa
empregados, do lucro remanescente desse tenha definido no seu estatuto, que as
cálculo, se calcula a participação dos debêntures, empregados, administradores e
administradores, e do saldo, a participação partes beneficiárias tenham direito à
das partes beneficiárias. participação de 5% do lucro do exercício. A
empresa tem um saldo de prejuízos
Exemplo: acumulados no valor de R$ 20.000,00, e o
seu resultado do exercício após o Imposto de
Renda e Contribuição Social corresponde a
R$ 100.000,00, teremos:

Lucro após Imposto de Renda e Contribuição Social 100.000,00


(-) Prejuízo acumulado 20.000,00
(=) Base de cálculo das participações de Debêntures 80.000,00
(-) Debêntures = 5% de R$ 80.000,00 4.000,00
(=) Base de cálculo da participação dos Empregados 76.000,00
(-) Empregados = 5% de 76.000,00 3.800,00
(=) Base de cálculo da participação dos Administradores: 72.200,00
(-) Administradores = 5% de R$ 72.200,00 3.610,00
(=) Base de cálculo da participação das Partes Beneficiárias 68.590,00
(-) Partes beneficiárias = 5% de R$ 68.590,00 3.429,50
(=) Lucro líquido após as participações 65.160,50

Lucro Por Ação Observe-se que o limite de depreciação é o


valor do próprio bem. Desta forma, deve-se
O artigo 187 da Lei nº 6.404/76 determina a manter um controle individualizado, por bem,
indicação do montante do lucro ou prejuízo do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha
líquido por ação do Capital Social, o que de item do imobilizado” para que o valor
possibilita melhor avaliação pelos contabilizado da depreciação, somado ás
investidores dos resultados apurados pela quotas já registradas anteriormente, não
companhia em relação às ações que possui. ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.

O lucro por ação é apurado pela divisão do INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃO


lucro líquido de exercício pelo número de
ações em circulação do capital social. A depreciação de um ativo começa quando o
item está em condições de operar na forma
DEPRECIAÇÃO pretendida pela administração, e cessa
quando o ativo é baixado ou transferido do
Depreciação é a redução do valor dos bens imobilizado.
pelo desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência. A depreciação não cessa quando o ativo
torna-se obsoleto ou é retirado
Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o temporariamente de operação a não ser que o
reconhecimento da depreciação, amortização ativo esteja totalmente depreciado.
e exaustão.
VIDA ÚTIL, PERÍODO DE USO E
A taxa anual de depreciação de um bem será VOLUME DE PRODUÇÃO
fixada em da estimativa de sua vida útil ou
prazo de utilização. Os seguintes fatores devem ser considerados
ao se estimar a vida útil, período de uso e
A quota de depreciação a ser registrada na volume de produção de um ativo:
escrituração contábil da pessoa jurídica, como
custo ou despesa operacional, será a) o uso esperado do ativo, que deve ser
determinada mediante aplicação da taxa de avaliado com base na capacidade esperada ou
depreciação sobre o valor do bem em reais. na produção física do ativo;
b) o desgaste físico esperado, que depende de O cálculo das quotas de depreciação de bens
fatores operacionais, tais como o número de do ativo imobilizado será efetuado da
turnos durante os quais o ativo será usado, o seguinte forma:
programa de reparo e manutenção, inclusive
enquanto estiver ocioso; Bens já Existentes no Patrimônio no
c) a obsolescência tecnológica resultante de Exercício Anterior
mudanças ou aperfeiçoamentos na produção
ou mudanças na demanda no mercado pelo Para os bens já existentes no Exercício
produto ou serviço produzido pelo ativo; e anterior, que não foram baixados no
d) os limites legais ou semelhantes sobre o exercício, basta aplicar a taxa anual de
uso do ativo, tais como datas de expiração depreciação sobre o respectivo valor do bem.
dos respectivos arrendamentos, permissões de
exploração ou concessões. Exemplo:

Observe que a legislação do imposto de renda Valor de Edificações da sede: R$ 105.000,00


fixa limites máximos de depreciação para os Taxa anual de depreciação: 4%
bens, constantes no anexo 1 da IN SRF Valor da Depreciação no ano: R$ 105.000,00
162/1998. x 4% = R$ 4.200,00
Valor da Depreciação mensal: R$ 4.200,00 :
CÁLCULO DAS QUOTAS DE 12 meses = R$ 350,00
DEPRECIAÇÃO
Bens Acrescidos no Ativo Imobilizado no
Dentre os vários métodos de cálculo dos Período
encargos de depreciação, destacam-se:
A quota de depreciação em reais, das
a) o método linear que resulta numa despesa aquisições ou dos valores acrescidos aos bens
constante durante a vida útil, se o valor existentes, será calculada da seguinte forma:
residual do ativo não mudar;
b) o método dos saldos decrescentes que a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o
resulta em despesa decrescente durante a vida valor do custo de aquisição ou acréscimo,
útil; obtendo a quota anual em reais;
c) o método das unidades produzidas que b) dividir a quota anual em reais por 12, para
resulta em despesa baseada na expectativa de obter o valor do duodécimo mensal de
produção. depreciação, a ser registrado na escrituração a
partir do mês de aquisição ou incorporação
A legislação fiscal (Regulamento do Imposto do acréscimo;
de Renda – artigo 309) admite a utilização c) no caso de bem incorporado e baixado do
somente do método linear, com exceção a Ativo Imobilizado, dentro do ano-calendário,
seguir. serão apropriados os duodécimos de
depreciação proporcionais ao número de
O método linear é a aplicação de uma taxa meses que o bem permanecer incorporado ao
fixa anual sobre o valor do bem a depreciar. ativo.

Exemplo: móveis e utensílios – vida útil de Exemplo:


10 anos – taxa = 100% : 10 = 10% ao ano.
Bem acrescido em 10 de fevereiro, no valor
Entretanto, no caso dos bens aplicados de R$ 21.600,00
exclusivamente na exploração de minas, Taxa anual de depreciação: 10%
jazidas e florestas, cujo período de Valor da depreciação anual: R$ 21.600,00 x
exploração total seja inferior ao tempo de 10% = R$ 2.160,00
vida útil desses bens, poderá ser determinada, Valor da depreciação mensal: R$ 2.160,00 :
opcionalmente, em função do prazo da 12 = R$ 180,00
concessão ou do contrato de exploração ou, Valor da depreciação no ano de aquisição: 11
ainda, do volume da produção de cada quotas x R$ 180,00 = R$ 1.980,00
período de apuração e sua relação com a
possança conhecida da mina ou dimensão da Bens Baixados no Período
floresta explorada (Lei nº 4.506, de 1964,
arts. 57, § 14, e 59, § 2º).
a) aplicar a taxa anual de depreciação sobre o utilizados pelo proprietário na produção dos
valor do custo de aquisição ou acréscimo, seus rendimentos ou destinados à revenda;
obtendo a quota anual em reais; Bens que normalmente aumentam de valor
b) dividir a quota anual em reais por 12, para com o tempo, tais como obras de arte ou
obter o valor do duodécimo mensal de antiguidades;
depreciação, a ser registrado na escrituração a Bens que não estiverem funcionando ou em
partir do mês de aquisição ou incorporação condições de produzir;
do acréscimo; Bens para os quais seja registrada quota de
c) no caso de bem baixado do Ativo exaustão;
Imobilizado, dentro do ano-calendário, serão Bens adquiridos no exterior por empresa
apropriados os duodécimos de depreciação instalada em Zona de Processamento de
proporcionais ao número de meses que o bem Exportação (ZPE).
permanecer incorporado ao ativo.
Com algumas exceções, tais como pedreiras e
Exemplo: aterros, os terrenos têm vida útil ilimitada e
não devem ser depreciados.
Bem baixado em 10 de julho, no valor
original de R$ 18.000,00 Depreciação de Partes de Item do
Taxa anual de depreciação: 20% Imobilizado
Valor da depreciação anual: R$ 18.000,00 x
20% = R$ 3.600,00 Cada parte de um item do ativo imobilizado
Valor da depreciação mensal: R$ 3.600,00 : com custo significativo em relação ao total do
12 = R$ 300,00 custo do item deve ser depreciado,
Valor da depreciação no ano até a data da amortizado ou exaurido separadamente.
baixa: 7 quotas x R$ 300,00 = R$ 2.100,00
Como exemplo, depreciar separadamente a
CONTABILIZAÇÃO fuselagem e os motores de um avião.

O registro contábil do encargo de depreciação DEPRECIAÇÃO DE BENS USADOS


será feito a débito de uma conta de custo ou
despesa operacional e a crédito da conta A taxa de depreciação de bens usados, para
redutora do ativo imobilizado intitulada fins de apuração do custo ou despesa
depreciação acumulada. operacional das empresas tributadas pelo
lucro real, tem parâmetros fixados pela IN
Exemplo: 103/84 da SRF, podendo a mesma ser
calculada considerando como prazo de vida
Depreciação de R$ 10.000,00 de máquinas e útil o maior dentre:
equipamentos:
1. Metade do prazo de vida útil admissível
D - Depreciações (Custo ou Despesa para o bem adquirido novo;
Operacional – Conta de Resultado) 2. Restante da vida útil do bem, considerada
C - Depreciação Acumulada - Máquinas e esta em relação á primeira instalação para
Equipamentos (Ativo Imobilizado) utilização.
R$ 10.000,00
Assim, por exemplo, um caminhão de carga,
Bens que não são depreciáveis cuja vida útil é de 4 anos, se adquirido após 3
anos de fabricação, poderá ser depreciado em
A legislação tributária não admite como 2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano (ao
despesas dedutíveis às quotas de depreciação invés de 25% a.a., que seria a taxa para o
dos seguintes bens do ativo imobilizado: caminhão novo).

Terrenos (exceto quanto às edificações e DEPRECIAÇÃO ACELERADA


benfeitorias); CONTÁBIL (em função dos turnos)
Imóveis cedidos para fins residenciais a
sócios, diretores, administradores ou Em relação aos bens móveis, poderão ser
empregados; adotados, em função do número de horas
Prédios ou construções não alugados nem diárias de operação, os seguintes coeficientes
de depreciação acelerada (Lei 3.470/58, art. a) aplicar o percentual de depreciação
69): correspondente à parte não depreciada do
bem sobre os custos de substituição das
I – um turno de oito partes ou peças.
horas..................................1,0; b) apurar a diferença entre o total dos custos
II – dois turnos de oito de substituição e o valor determinado
horas.............................1,5; conforme a letra "a";
III – três turnos de oito c) escriturar o valor de "a" a débito das contas
horas.............................2,0. de resultado;
d) escriturar o valor de "b" a débito da conta
Portanto, a utilização da aceleração da do ativo imobilizado que registra o bem, o
depreciação contábil, quando há mais de um qual terá novo valor contábil depreciável no
turno diário de operação, poderá permitir uma novo prazo de vida útil previsto (PN CST
contabilização maior de encargos dedutíveis 22/87, subitem 3.2).
na apuração do resultado tributável.
Por novo valor contábil do bem deve ser
Base: art. 312 do Regulamento do IR/99. entendido o saldo residual depreciável
consignado na contabilidade, isto é, o valor
DEPRECIAÇÃO DAS PARTES E PEÇAS que estiver registrado na escrituração do
DE EQUIPAMENTOS SUBSTITUÍDOS contribuinte (corrigido monetariamente até
31.12.1995 nos casos dos bens adquiridos
As contas que registram recursos aplicados anteriormente a essa data), diminuído da
para manutenção em almoxarifado de partes e depreciação acumulada e acrescido do valor
peças, máquinas e equipamentos de da reforma.
reposição, que têm por finalidade manter
constante o exercício normal das atividades Não interfere na fixação da nova taxa de
da pessoa jurídica, devem ser classificadas no depreciação a ser utilizada o eventual saldo
ativo imobilizado. da depreciação acelerada incentivada
controlada na parte B do LALUR.
As partes e peças que quando aplicadas em
substituição das danificadas resultarem em 3) Os gastos aqui referidos são os que se
aumento de vida útil superior a um ano, destinam a recuperar o bem para recolocá-lo
prevista no ato de aquisição do bem, deverão em condições de funcionamento, mantendo as
ser acrescidas ao valor desse bem. Caso suas características. Não se aplica aos casos
contrário, poderão ser computadas como em que ocorre mudança na configuração, na
custo ou despesa operacional (RIR/99, art. natureza ou no tipo do bem – sobre os gastos
301 e §§ 1º e 2º). que devam ou não ser capitalizados e a forma
de contar o prazo de vida útil superior a um
Notas: ano.

1) O procedimento acima não é aplicável a 4) Na apuração do percentual correspondente


certas peças e partes que quando incorporadas à parte não depreciada, deverá ser computada
às respectivas máquinas ou equipamentos têm além das depreciações normais e aceleradas,
vida útil não superior a um ano, intervalo de a depreciação acelerada incentivada relativa
tempo no qual devem ser substituídas. Assim, ao bem, registrada na parte B do LALUR. Os
os recursos aplicados na sua aquisição, por valores registrados na parte B do LALUR
não chegarem a possuir características de somente serão corrigidos monetariamente até
permanência, devem ser classificados fora do 31.12.1995.
ativo permanente (PN CST 02/84).
Exemplo:
2) A pessoa jurídica que incorrer em gastos
com reparos, conservação ou substituição de Valor atualizado do bem: R$ 100.000,00
partes e peças de bens de seu ativo Depreciação acumulada registrada: 45% ou
imobilizado, de que resulte aumento de vida R$ 45.000,00
útil superior a um ano, deverá: Depreciação acelerada incentivada (parte B
do LALUR): não há
Parte não depreciada do bem: R$ 100.000,00
– R$ 45.000,00 = R$ 55.000,00 ou 55%
Custo das partes ou peças substituídas em Exemplo:
julho: R$ 50.000,00
Percentual da parte do bem não depreciada: Utilizando-se os mesmo dados do exemplo do
(55%), a ser debitada em conta de resultado: item 4:
R$ 27.500,00
Novo valor contábil do bem seria: R$
Diferença, a ser debitada em conta do ativo 55.000,00 + R$ 50.000,00 = R$ 105.000,00,
permanente: R$ 22.500,00 depreciável no mesmo prazo e às mesmas
Novo valor residual contábil do bem taxas acima indicadas aplicáveis ao saldo
depreciável no prazo de vida útil previsto residual depreciável (13,33% a.a. ou 1,11%
para o bem recuperado: ao mês sobre R$ 105.000,00) ou 9,33% a.a.
R$ 55.000,00 (saldo residual anterior) + R$ ou 0,78% ao mês se aplicada sobre R$
22.500,00 = R$ 77.500,00 150.000,00.
Prazo restante para depreciação do bem
reformado, anterior á reforma = 5,5 anos (66 6) A pessoa jurídica que simplesmente
meses) incorporar ao valor do bem o total dos custos
Aumento do prazo de vida útil previsto : 2,0 de substituição das partes e peças obterá um
anos ou 24 meses novo valor do bem (R$ 122.500,00 ou R$
Novo prazo de vida útil para o bem 150.000,00), que somente poderá ser
recuperado : 7,5 anos ou 90 meses depreciado levando em consideração o novo
Nova taxa de depreciação aplicável sobre o saldo residual a depreciar em confronto com
custo de aquisição do bem registrado na o novo prazo de vida útil restante previsto
escrituração acrescido do custo de reforma para o bem recuperado, a partir desta data
ativado: R$ 100.000,00 valor original (7,5 anos), obtendo-se, então, a nova taxa de
corrigido + R$ 22.500,00 valor imobilizado depreciação utilizável de 8,44% a.a. ou
da reforma = R$ 122.500,00 9,33% a.a., respectivamente, conforme a
Saldo Residual Contábil R$ 77.500,00 situação a seguir:
dividido por 90 meses (ou 7,5 anos) dividido
por R$ 122.500,00 igual a: Novo valor do bem, sujeito à depreciação:
8,4% a.a. ou 0,70% ao mês 122.500,00 ou 150.000,00
Depreciação acumulada, já registrada:
5) A pessoa jurídica que não quiser adotar os 45.000,00 ; 45.000,00
procedimentos indicados no PN CST 022/87 Saldo a ser depreciado em 7,5 anos:
deverá incorporar ao valor do bem o total dos 77.500,00 ; 105.000,00
custos de substituição das partes e peças, Valor anual a ser registrado (em 7,5 anos):
podendo depreciar o novo valor contábil no 10.333,00 ; 14.000,00
novo prazo de vida útil previsto para o bem Percentual sobre o valor do bem sujeito à
recuperado (PN CST 22/87, item 5). depreciação: 122.500,00 ou 150.000,00 -
8,4% ou 9,33%

ANEXO I - IN SRF 162/98

Bens Relacionados na Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM

Referência Bens Vida Útil Taxa


NCM em Anos Anual
Capítulo 01 ANIMAIS VIVOS
0101 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES CAVALAR, ASININA E 5 20 %
MUAR
0102 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE BOVINA 5 20 %
0103 ANIMAIS VIVOS DA ESPÉCIE SUÍNA 5 20 %
0104 ANIMAIS VIVOS DAS ESPÉCIES OVINA E CAPRINA 5 20 %
0105 GALOS, GALINHAS, PATOS, GANSOS, PERUS, PERUAS 2 50 %
E GALINHAS-D'ANGOLA (PINTADAS), DAS ESPÉCIES
DOMÉSTICAS, VIVOS
Capítulo 39 OBRAS DE PLÁSTICOS
3923 ARTIGOS DE TRANSPORTE OU DE EMBALAGEM, DE
PLÁSTICOS
3923.10 -Caixas, caixotes, engradados e artigos semelhantes 5 20 %
3923.30 -Garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes 5 20 %
3923.90 -Outros vasilhames 5 20 %
3926 OUTRAS OBRAS DE PLÁSTICOS E OBRAS DE OUTRAS
MATÉRIAS DAS POSIÇÕES 3901 A 3914
3926.90 Correias de transmissão e correias transportadoras 2 50 %
3926.90 Artigos de laboratório ou de farmácia 5 20 %
Capítulo 40 OBRAS DE BORRACHA
4010 CORREIAS TRANSPORTADORAS OU DE 2 50 %
TRANSMISSÃO, DE BORRACHA VULCANIZADA
Capítulo 42 OBRAS DE COURO
4204 Correias transportadoras ou correias de transmissão 2 50 %
Capítulo 44 OBRAS DE MADEIRA
4415 CAIXOTES, CAIXAS, ENGRADADOS, BARRICAS E 5 20 %
EMBALAGENS SEMELHANTES, DE MADEIRA;
CARRETÉIS PARA CABOS, DE MADEIRA; PALETES
SIMPLES, PALETES-CAIXAS E OUTROS ESTRADOS
PARA CARGA, DE MADEIRA; TAIPAIS DE PALETES,
DE MADEIRA
4416 BARRIS, CUBAS, BALSAS, DORNAS, SELHAS E 5 20 %
OUTRAS OBRAS DE TANOEIRO
Capítulo 57 TAPETES E OUTROS REVESTIMENTOS PARA 5 20 %
PAVIMENTOS,

DE MATÉRIAS TÊXTEIS
Capítulo 63 OUTROS ARTEFATOS TÊXTEIS CONFECCIONADOS
6303 CORTINADOS, CORTINAS E ESTORES; SANEFAS E 5 20 %
ARTIGOS SEMELHANTES PARA CAMAS PARA USO
EM HOTÉIS E HOSPITAIS
6305 SACOS DE QUAISQUER DIMENSÕES, PARA 5 20 %
EMBALAGEM
6306 ENCERADOS E TOLDOS; TENDAS; VELAS PARA 4 25 %
EMBARCAÇÕES, PARA PRANCHAS À VELA OU PARA
CARROS À VELA; ARTIGOS PARA ACAMPAMENTO
Capítulo 69 PRODUTOS CERÂMICOS
6909 APARELHOS E ARTEFATOS PARA USOS QUÍMICOS 5 20 %
OU PARA OUTROS USOS TÉCNICOS, DE CERÂMICA;
ALGUIDARES, GAMELAS E OUTROS RECIPIENTES
SEMELHANTES PARA USOS RURAIS, DE CERÂMICA;
BILHAS E OUTRAS VASILHAS PRÓPRIAS PARA
TRANSPORTE OU EMBALAGEM, DE CERÂMICA
Capítulo 70 OBRAS DE VIDRO
7010 GARRAFÕES, GARRAFAS, FRASCOS, BOIÕES, VASOS, 5 20 %
EMBALAGENS TUBULARES, AMPOLAS E OUTROS
RECIPIENTES, DE VIDRO, PRÓPRIOS PARA
TRANSPORTE OU EMBALAGEM; BOIÕES DE VIDRO
PARA CONSERVA
Capítulo 73 OBRAS DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7308 CONSTRUÇÕES, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO,
EXCETO AS CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS DA
POSIÇÃO 9406
7308.10 -Pontes e elementos de pontes 25 4%
7308.20 -Torres e pórticos 25 4%
7309 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES 10 10 %
SEMELHANTES PARA QUAISQUER MATÉRIAS
(EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS),
DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO, DE
CAPACIDADE SUPERIOR A 300 LITROS, SEM
DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU TÉRMICOS, MESMO
COM REVESTIMENTO INTERIOR OU CALORÍFUGO
RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU 5 20 %
LIQUEFEITOS, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
7311
7321 AQUECEDORES DE AMBIENTES (FOGÕES DE SALA), 10 10 %
CALDEIRAS DE FORNALHA, FOGÕES DE COZINHA
(INCLUÍDOS OS QUE POSSAM SER UTILIZADOS
ACESSORIAMENTE NO AQUECIMENTO CENTRAL),
CHURRASQUEIRAS (GRELHADORES), BRASEIRAS,
FOGAREIROS A GÁS, AQUECEDORES DE PRATOS, E
APARELHOS NÃO ELÉTRICOS SEMELHANTES, DE
USO DOMÉSTICO, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU
AÇO
7322 RADIADORES PARA AQUECIMENTO CENTRAL, NÃO 10 10 %
ELÉTRICOS, DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO;
GERADORES E DISTRIBUIDORES DE AR QUENTE
(INCLUÍDOS OS DISTRIBUIDORES QUE POSSAM
TAMBÉM FUNCIONAR COMO DISTRIBUIDORES DE
AR FRIO OU CONDICIONADO), NÃO ELÉTRICOS,
MUNIDOS DE VENTILADOR OU FOLE COM MOTOR,
DE FERRO FUNDIDO, FERRO OU AÇO
Capítulo 76 obras DE Alumínio
7610 CONSTRUÇÕES DE ALUMÍNIO 25 4%
7611 RESERVATÓRIOS, TONÉIS, CUBAS E RECIPIENTES 10 10 %
SEMELHANTES PARA QUAISQUER MATÉRIAS
(EXCETO GASES COMPRIMIDOS OU LIQUEFEITOS),
DE ALUMÍNIO, DE CAPACIDADE SUPERIOR A 300
LITROS, SEM DISPOSITIVOS MECÂNICOS OU
TÉRMICOS, MESMO COM REVESTIMENTO INTERIOR
OU CALORÍFUGO
7613 RECIPIENTES PARA GASES COMPRIMIDOS OU 5 20 %
LIQUEFEITOS, DE ALUMÍNIO
Capítulo 82 FERRAMENTAS
8201 PÁS, ALVIÕES, PICARETAS, ENXADAS, SACHOS, 5 20 %
FORCADOS E FORQUILHAS, ANCINHOS E
RASPADEIRAS; MACHADOS, PODÕES E
FERRAMENTAS SEMELHANTES COM GUME;
TESOURAS DE PODAR DE TODOS OS TIPOS; FOICES E
FOICINHAS, FACAS PARA FENO OU PARA PALHA,
TESOURAS PARA SEBES, CUNHAS E OUTRAS
FERRAMENTAS MANUAIS PARA AGRICULTURA,
HORTICULTURA OU SILVICULTURA
8202 SERRAS MANUAIS; FOLHAS DE SERRAS DE TODOS 5 20 %
OS TIPOS (INCLUÍDAS AS FRESAS-SERRAS E AS
FOLHAS NÃO DENTADAS PARA SERRAR)
8203 LIMAS, GROSAS, ALICATES (MESMO CORTANTES),
TENAZES, PINÇAS, CISALHAS PARA METAIS, CORTA-
TUBOS, CORTA-PINOS, SACA-BOCADOS E
FERRAMENTAS SEMELHANTES, MANUAIS
8203.20 -Alicates (mesmo cortantes), tenazes, pinças e ferramentas 5 20 %
semelhantes
8203.30 -Cisalhas para metais e ferramentas semelhantes 5 20 %
8203.40 -Corta-tubos, corta-pinos, saca-bocados e ferramentas 5 20 %
semelhantes
8204 CHAVES DE PORCAS, MANUAIS (INCLUÍDAS AS 5 20 %
CHAVES DINAMOMÉTRICAS); CHAVES DE CAIXA
INTERCAMBIÁVEIS, MESMO COM CABOS
8205 FERRAMENTAS MANUAIS (INCLUÍDOS OS CORTA- 5 20 %
VIDROS) NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES,
LAMPARINAS OU LÂMPADAS DE SOLDAR
(MAÇARICOS) E SEMELHANTES; TORNOS DE
APERTAR, SARGENTOS E SEMELHANTES, EXCETO OS
ACESSÓRIOS OU PARTES DE MÁQUINAS-
FERRAMENTAS; BIGORNAS; FORJAS-PORTÁTEIS;
MÓS COM ARMAÇÃO, MANUAIS OU DE PEDAL
8206 FERRAMENTAS DE PELO MENOS DUAS DAS 5 20 %
POSIÇÕES 8202 A 8205
8210 APARELHOS MECÂNICOS DE ACIONAMENTO 10 10 %
MANUAL, PESANDO ATÉ 10kg, UTILIZADOS PARA
PREPARAR, ACONDICIONAR OU SERVIR ALIMENTOS
OU BEBIDAS
8214 MÁQUINAS DE TOSQUIAR 5 20 %
Capítulo 83 OBRAS DIVERSAS DE METAIS COMUNS
8303 COFRES-FORTES, PORTAS BLINDADAS E 10 10 %
COMPARTIMENTOS PARA CASAS-FORTES, COFRES E
CAIXAS DE SEGURANÇA E ARTEFATOS
SEMELHANTES, DE METAIS COMUNS
8304 CLASSIFICADORES, FICHÁRIOS (FICHEIROS*), 10 10 %
CAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO, PORTA-CÓPIAS, PORTA-
CANETAS, PORTA-CARIMBOS E ARTEFATOS
SEMELHANTES, DE ESCRITÓRIO, DE METAIS
COMUNS, EXCLUÍDOS OS MÓVEIS DE ESCRITÓRIO
DA POSIÇÃO 9403
Capítulo 84 REATORES NUCLEARES, CALDEIRAS, MÁQUINAS,
APARELHOS E INSTRUMENTOS MECÂNICOS
8401 REATORES NUCLEARES; ELEMENTOS 10 10 %
COMBUSTÍVEIS (CARTUCHOS) NÃO IRRADIADOS,
PARA REATORES NUCLEARES; MÁQUINAS E
APARELHOS PARA A SEPARAÇÃO DE ISÓTOPOS
8402 CALDEIRAS DE VAPOR (GERADORES DE VAPOR), 10 10 %
EXCLUÍDAS AS CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO
CENTRAL CONCEBIDAS PARA PRODUÇÃO DE ÁGUA
QUENTE E VAPOR DE BAIXA PRESSÃO; CALDEIRAS
DENOMINADAS "DE ÁGUA SUPERAQUECIDA"
8403 CALDEIRAS PARA AQUECIMENTO CENTRAL, 10 10 %
EXCETO AS DA POSIÇÃO 8402
8404 APARELHOS AUXILIARES PARA CALDEIRAS DAS 10 10 %
POSIÇÕES 8402 OU 8403 (POR EXEMPLO:
ECONOMIZADORES, SUPERAQUECEDORES,
APARELHOS DE LIMPEZA DE TUBOS OU DE
RECUPERACAO DE GÁS); CONDENSADORES PARA
MÁQUINAS A VAPOR
8405 GERADORES DE GÁS DE AR (GÁS POBRE) OU DE GÁS 10 10 %
DE ÁGUA, COM OU SEM DEPURADORES; GERADORES
DE ACETILENO E GERADORES SEMELHANTES DE
GÁS, OPERADOS A ÁGUA, COM OU SEM
DEPURADORES
8406 TURBINAS A VAPOR 10 10 %
8407 MOTORES DE PISTÃO, ALTERNATIVO OU ROTATIVO, 10 10 %
DE IGNIÇÃO POR CENTELHA (FAÍSCA) (MOTORES DE
EXPLOSÃO)
8408 MOTORES DE PISTÃO, DE IGNIÇÃO POR 10 10 %
COMPRESSÃO (MOTORES DIESEL OU SEMI-DIESEL)
8410 TURBINAS HIDRÁULICAS, RODAS HIDRÁULICAS, E 10 10 %
SEUS REGULADORES
8411 TURBORREATORES, TURBOPROPULSORES E OUTRAS 10 10 %
TURBINAS A GÁS
8412 OUTROS MOTORES E MÁQUINAS MOTRIZES 10 10 %
8413 BOMBAS PARA LÍQUIDOS, MESMO COM DISPOSITIVO 10 10 %
MEDIDOR; ELEVADORES DE LÍQUIDOS
8414 BOMBAS DE AR OU DE VÁCUO, COMPRESSORES DE 10 10 %
AR OU DE OUTROS GASES E VENTILADORES; COIFAS
ASPIRANTES (EXAUSTORES*) PARA EXTRAÇÃO OU
RECICLAGEM, COM VENTILADOR INCORPORADO,
MESMO FILTRANTES
8415 MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-CONDICIONADO 10 10 %
CONTENDO UM VENTILADOR MOTORIZADO E
DISPOSITIVOS PRÓPRIOS PARA MODIFICAR A
TEMPERATURA E A UMIDADE, INCLUÍDOS AS
MÁQUINAS E APARELHOS EM QUE A UMIDADE NÃO
SEJA REGULÁVEL SEPARADAMENTE
8416 QUEIMADORES PARA ALIMENTAÇÃO DE 10 10 %
FORNALHAS DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS,
COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS PULVERIZADOS OU DE
GÁS; FORNALHAS AUTOMÁTICAS, INCLUÍDAS AS
ANTEFORNALHAS, GRELHAS MECÂNICAS,
DESCARREGADORES MECÂNICOS DE CINZAS E
DISPOSITIVOS SEMELHANTES
8417 FORNOS INDUSTRIAIS OU DE LABORATÓRIO, 10 10 %
INCLUÍDOS OS INCINERADORES, NÃO ELÉTRICOS

Ver Nota (1)


8418 REFRIGERADORES, CONGELADORES ("FREEZERS") E 10 10 %
OUTROS MATERIAIS, MÁQUINAS E APARELHOS
PARA A PRODUÇÃO DE FRIO, COM EQUIPAMENTO
ELÉTRICO OU OUTRO; BOMBAS DE CALOR,
EXCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS DE AR-
CONDICIONADO DA POSIÇÃO 8415
8419 APARELHOS E DISPOSITIVOS, MESMO AQUECIDOS 10 10 %
ELETRICAMENTE, PARA TRATAMENTO DE
MATÉRIAS POR MEIO DE OPERAÇÕES QUE
IMPLIQUEM MUDANÇA DE TEMPERATURA, TAIS
COMO AQUECIMENTO, COZIMENTO, TORREFAÇÃO,
DESTILAÇÃO, RETIFICAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO,
PASTEURIZAÇÃO, ESTUFAGEM, SECAGEM,
EVAPORAÇÃO, VAPORIZAÇÃO, CONDENSAÇÃO OU
ARREFECIMENTO, EXCETO OS DE USO DOMÉSTICO;
AQUECEDORES DE ÁGUA NÃO ELÉTRICOS, DE
ACUMULAÇÃO
8420 CALANDRAS E LAMINADORES, EXCETO OS 10 10 %
DESTINADOS AO TRATAMENTO DE METAIS OU
VIDRO, E SEUS CILINDROS
8421 CENTRIFUGADORES, INCLUÍDOS OS SECADORES 10 10 %
CENTRÍFUGOS; APARELHOS PARA FILTRAR OU
DEPURAR LÍQUIDOS OU GASES
8422 MÁQUINAS DE LAVAR LOUÇA; MÁQUINAS E 10 10 %
APARELHOS PARA LIMPAR OU SECAR GARRAFAS OU
OUTROS RECIPIENTES; MÁQUINAS E APARELHOS
PARA ENCHER, FECHAR, ARROLHAR OU ROTULAR
GARRAFAS, CAIXAS, LATAS, SACOS OU OUTROS
RECIPIENTES; MÁQUINAS PARA CAPSULAR
GARRAFAS, VASOS, TUBOS E RECIPIENTES
SEMELHANTES; OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EMPACOTAR OU EMBALAR MERCADORIAS
(INCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
EMBALAR COM PELÍCULA TERMO-RETRÁTIL);
MÁQUINAS E APARELHOS PARA GASEIFICAR
BEBIDAS
8423 APARELHOS E INSTRUMENTOS DE PESAGEM, 10 10 %
INCLUÍDAS AS BÁSCULAS E BALANÇAS PARA
VERIFICAR PEÇAS USINADAS (FABRICADAS*),
EXCLUÍDAS AS BALANÇAS SENSÍVEIS A PESOS NÃO
SUPERIORES A 5cg; PESOS PARA QUAISQUER
BALANÇAS
8424 APARELHOS MECÂNICOS (MESMO MANUAIS) PARA 10 10 %
PROJETAR, DISPERSAR OU PULVERIZAR LÍQUIDOS
OU PÓS; EXTINTORES, MESMO CARREGADOS;
PISTOLAS AEROGRÁFICAS E APARELHOS
SEMELHANTES; MÁQUINAS E APARELHOS DE JATO
DE AREIA, DE JATO DE VAPOR E APARELHOS DE
JATO SEMELHANTES
8425 TALHAS, CADERNAIS E MOITÕES; GUINCHOS E
CABRESTANTES; MACACOS
10 10 %
8426 CÁBREAS; GUINDASTES, INCLUÍDOS OS DE CABO; 10 10 %
PONTES ROLANTES, PÓRTICOS DE DESCARGA OU DE
MOVIMENTAÇÃO, PONTES-GUINDASTES, CARROS-
PÓRTICOS E CARROS-GUINDASTES
8427 EMPILHADEIRAS; OUTROS VEÍCULOS PARA 10 10 %
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA E SEMELHANTES,
EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO
8428 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ELEVAÇÃO, 10 10 %
DE CARGA, DE DESCARGA OU DE MOVIMENTAÇÃO
(POR EXEMPLO: ELEVADORES OU ASCENSORES,
ESCADAS ROLANTES, TRANSPORTADORES,
TELEFÉRICOS)
8429 "BULLDOZERS", "ANGLEDOZERS", NIVELADORES, 4 25 %
RASPO-TRANSPORTADORES ("SCRAPERS"), PÁS
MECÂNICAS, ESCAVADORES, CARREGADORAS E PÁS
CARREGADORAS, COMPACTADORES E ROLOS OU
CILINDROS COMPRESSORES, AUTOPROPULSORES
8430 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE 10 10 %
TERRAPLENAGEM, NIVELAMENTO, RASPAGEM,
ESCAVAÇÃO, COMPACTAÇÃO, EXTRAÇÃO OU
PERFURAÇÃO DA TERRA, DE MINERAIS OU
MINÉRIOS; BATE-ESTACAS E ARRANCA-ESTACAS;
LIMPA-NEVES
8432 MÁQUINAS E APARELHOS DE USO AGRÍCOLA, 10 10 %
HORTÍCOLA OU FLORESTAL, PARA PREPARAÇÃO OU
TRABALHO DO SOLO OU PARA CULTURA; ROLOS
PARA GRAMADOS (RELVADOS), OU PARA CAMPOS
DE ESPORTE
8433 MÁQUINAS E APARELHOS PARA COLHEITA OU 10 10 %
DEBULHA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS, INCLUÍDAS AS
ENFARDADORAS DE PALHA OU FORRAGEM;
CORTADORES DE GRAMA (RELVA) E CEIFEIRAS;
MÁQUINAS PARA LIMPAR OU SELECIONAR OVOS,
FRUTAS OU OUTROS PRODUTOS AGRÍCOLAS,
EXCETO AS DA POSIÇÃO 8437
8434 MÁQUINAS DE ORDENHAR E MÁQUINAS E 10 10 %
APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
8435 PRENSAS, ESMAGADORES E MÁQUINAS E 10 10 %
APARELHOS SEMELHANTES, PARA FABRICAÇÃO DE
VINHO, SIDRA, SUCO DE FRUTAS OU BEBIDAS
SEMELHANTES
8436 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA 10 10 %
AGRICULTURA, HORTICULTURA, SILVICULTURA,
AVICULTURA OU APICULTURA, INCLUÍDOS OS
GERMINADORES EQUIPADOS COM DISPOSITIVOS
MECÂNICOS OU TÉRMICOS E AS CHOCADEIRAS E
CRIADEIRAS PARA AVICULTURA
8437 MÁQUINAS PARA LIMPEZA, SELEÇÃO OU 10 10 %
PENEIRAÇÃO DE GRÃOS OU DE PRODUTOS
HORTÍCOLAS SECOS; MÁQUINAS E APARELHOS
PARA A INDÚSTRIA DE MOAGEM OU TRATAMENTO
DE CEREAIS OU DE PRODUTOS HORTÍCOLAS SECOS,
EXCETO DOS TIPOS UTILIZADOS EM FAZENDAS
8438 MÁQUINAS E APARELHOS NÃO ESPECIFICADOS NEM 10 10 %
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO, PARA PREPARAÇÃO OU
FABRICAÇÃO INDUSTRIAIS DE ALIMENTOS OU DE
BEBIDAS, EXCETO AS MÁQUINAS E APARELHOS
PARA EXTRAÇÃO OU PREPARAÇÃO DE ÓLEOS OU
GORDURAS VEGETAIS FIXOS OU DE ÓLEOS OU
GORDURAS ANIMAIS
8439 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE 10 10 %
PASTA DE MATÉRIAS FIBROSAS CELULÓSICAS OU
PARA FABRICAÇÃO OU ACABAMENTO DE PAPEL OU
CARTÃO
8440 MÁQUINAS E APARELHOS PARA BROCHURA OU 10 10 %
ENCADERNAÇÃO, INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE
COSTURAR CADERNOS
8441 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS PARA O 10 10 %
TRABALHO DA PASTA DE PAPEL, DO PAPEL OU
CARTÃO, INCLUÍDAS AS CORTADEIRAS DE TODOS
OS TIPOS
8442 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAL (EXCETO AS 10 10 %
MÁQUINAS-FERRAMENTAS DAS POSIÇÕES 8456 A
8465), PARA FUNDIR OU COMPOR CARACTERES
TIPOGRÁFICOS OU PARA PREPARAÇÃO OU
FABRICAÇÃO DE CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU
OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; CARACTERES
TIPOGRÁFICOS, CLICHÊS, BLOCOS, CILINDROS OU
OUTROS ELEMENTOS DE IMPRESSÃO; PEDRAS
LITOGRÁFICAS, BLOCOS, PLACAS E CILINDROS,
PREPARADOS PARA IMPRESSÃO (POR EXEMPLO:
APLAINADOS, GRANULADOS OU POLIDOS)
8443 MÁQUINAS E APARELHOS DE IMPRESSÃO, 10 10 %
INCLUÍDAS AS MÁQUINAS DE IMPRESSÃO DE JATO
DE TINTA, EXCETO AS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS
AUXILIARES PARA IMPRESSÃO
8444 MÁQUINAS PARA EXTRUDAR, ESTIRAR, 10 10 %
TEXTURIZAR OU CORTAR MATÉRIAS TÊXTEIS
SINTÉTICAS OU ARTIFICIAIS
8445 MÁQUINAS PARA PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS 10 10 %
TÊXTEIS; MÁQUINAS PARA FIAÇÃO, DOBRAGEM OU
TORÇÃO, DE MATÉRIAS TÊXTEIS E OUTRAS
MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO DE
FIOS TÊXTEIS; MÁQUINAS DE BOBINAR (INCLUÍDAS
AS BOBINADEIRAS DE TRAMA) OU DE DOBAR
MATÉRIAS TÊXTEIS E MÁQUINAS PARA
PREPARAÇÃO DE FIOS TÊXTEIS PARA SUA
UTILIZAÇÃO NAS MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8446 OU
8447
8446 TEARES PARA TECIDOS 10 10 %
8447 TEARES PARA FABRICAR MALHAS, MÁQUINAS DE 10 10 %
COSTURA POR ENTRELAÇAMENTO ("COUTURE-
TRICOTAGE"), MÁQUINAS PARA FABRICAR
GUIPURAS, TULES, RENDAS, BORDADOS,
PASSAMANARIAS, GALÕES OU REDES; MÁQUINAS
PARA INSERIR TUFOS
8448 MÁQUINAS E APARELHOS AUXILIARES PARA AS 10 10 %
MÁQUINAS DAS POSIÇÕES 8444, 8445, 8446 OU 8447
(POR EXEMPLO: RATIERAS, MECANISMOS
"JACQUARD", QUEBRA-URDIDURAS E QUEBRA-
TRAMAS, MECANISMOS TROCA-LANÇADEIRAS)
8449 MÁQUINAS E APARELHOS PARA FABRICAÇÃO OU 10 10 %
ACABAMENTO DE FELTRO OU DE FALSOS TECIDOS,
EM PEÇA OU EM FORMAS DETERMINADAS,
INCLUÍDAS AS MÁQUINAS E APARELHOS PARA
FABRICAÇÃO DE CHAPÉUS DE FELTRO; FORMAS
PARA CHAPÉUS E PARA ARTEFATOS DE USO
SEMELHANTE
8450 MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA, MESMO COM 10 10 %
DISPOSITIVOS DE SECAGEM
8451 MÁQUINAS E APARELHOS (EXCETO AS MÁQUINAS 10 10 %
DA POSIÇÃO 8450) PARA LAVAR, LIMPAR,
ESPREMER, SECAR, PASSAR, PRENSAR (INCLUÍDAS
AS PRENSAS FIXADORAS), BRANQUEAR, TINGIR,
PARA APRESTO E ACABAMENTO, PARA REVESTIR
OU IMPREGNAR FIOS, TECIDOS OU OBRAS DE
MATÉRIAS TÊXTEIS E MÁQUINAS PARA REVESTIR
TECIDOS-BASE OU OUTROS SUPORTES UTILIZADOS
NA FABRICAÇÃO DE REVESTIMENTOS PARA
PAVIMENTOS, TAIS COMO LINÓLEO; MÁQUINAS
PARA ENROLAR, DESENROLAR, DOBRAR, CORTAR
OU DENTEAR TECIDOS
8452 MÁQUINAS DE COSTURA, EXCETO AS DE COSTURAR 10 10 %
CADERNOS DA POSIÇÃO 8440; MÓVEIS, BASES E
TAMPAS, PRÓPRIOS PARA MÁQUINAS DE COSTURA;
AGULHAS PARA MÁQUINAS DE COSTURA
8453 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR, CURTIR 10 10 %
OU TRABALHAR COUROS OU PELES, OU PARA
FABRICAR OU CONSERTAR CALÇADOS E OUTRAS
OBRAS DE COURO OU DE PELE, EXCETO MÁQUINAS
DE COSTURA
8454 CONVERSORES, CADINHOS OU COLHERES DE 10 10 %
FUNDIÇÃO, LINGOTEIRAS E MÁQUINAS DE VAZAR
(MOLDAR), PARA METALURGIA, ACIARIA OU
FUNDIÇÃO
8455 LAMINADORES DE METAIS E SEUS CILINDROS 10 10 %
8456 MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR 10 10 %
ELIMINAÇÃO DE QUALQUER MATÉRIA, OPERANDO
POR "LASER" OU POR OUTROS FEIXES DE LUZ OU DE
FÓTONS, POR ULTRA-SOM, ELETRO-EROSÃO,
PROCESSOS ELETROQUÍMICOS, FEIXES DE
ELÉTRONS, FEIXES IÔNICOS OU POR JATO DE
PLASMA
8457 CENTROS DE USINAGEM (CENTROS DE 10 10 %
MAQUINAGEM*), MÁQUINAS DE SISTEMA
MONOSTÁTICO ("SINGLE STATION") E MÁQUINAS DE
ESTAÇÕES MÚLTIPLAS, PARA TRABALHAR METAIS
8458 TORNOS (INCLUÍDOS OS CENTROS DE 10 10 %
TORNEAMENTO) PARA METAIS.
8459 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS 10 10 %
UNIDADES COM CABEÇA DESLIZANTE) PARA
FURAR, MANDRILAR, FRESAR OU ROSCAR INTERIOR
E EXTERIORMENTE METAIS, POR ELIMINAÇÃO DE
MATÉRIA, EXCETO OS TORNOS (INCLUÍDOS OS
CENTROS DE TORNEAMENTO) DA POSIÇÃO 8458
8460 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA REBARBAR, 10 10 %
AFIAR, AMOLAR, RETIFICAR, BRUNIR, POLIR OU
REALIZAR OUTRAS OPERAÇÕES DE ACABAMENTO
EM METAIS OU CERAMAIS ("CERMETS") POR MEIO
DE MÓS, DE ABRASIVOS OU DE PRODUTOS
POLIDORES, EXCETO AS MÁQUINAS DE CORTAR OU
ACABAR ENGRENAGENS DA POSIÇÃO 8461
8461 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA APLAINAR, 10 10 %
PLAINAS-LIMADORAS, MÁQUINAS-FERRAMENTAS
PARA ESCATELAR, BROCHAR, CORTAR OU ACABAR
ENGRENAGENS, SERRAR, SECCIONAR E OUTRAS
MÁQUINAS-FERRAMENTAS QUE TRABALHEM POR
ELIMINAÇÃO DE METAL OU DE CERAMAIS
("CERMETS"), NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8462 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS 10 10 %
PRENSAS) PARA FORJAR OU ESTAMPAR, MARTELOS,
MARTELOS-PILÕES E MARTINETES, PARA
TRABALHAR METAIS; MÁQUINAS-FERRAMENTAS
(INCLUÍDAS AS PRENSAS) PARA ENROLAR,
ARQUEAR, DOBRAR, ENDIREITAR, APLANAR,
CISALHAR, PUNCIONAR OU CHANFRAR METAIS;
PRENSAS PARA TRABALHAR METAIS OU
CARBONETOS METÁLICOS, NÃO ESPECIFICADAS
ACIMA
8463 OUTRAS MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA 10 10 %
TRABALHAR METAIS OU CERAMAIS ("CERMETS"),
QUE TRABALHEM SEM ELIMINAÇÃO DE MATÉRIA
8464 MÁQUINAS-FERRAMENTAS PARA TRABALHAR 10 10 %
PEDRA, PRODUTOS CERÂMICOS, CONCRETO
(BETÃO), FIBROCIMENTO OU MATÉRIAS MINERAIS
SEMELHANTES, OU PARA O TRABALHO A FRIO DO
VIDRO
8465 MÁQUINAS-FERRAMENTAS (INCLUÍDAS AS 10 10 %
MÁQUINAS PARA PREGAR, GRAMPEAR, COLAR OU
REUNIR POR QUALQUER OUTRO MODO) PARA
TRABALHAR MADEIRA, CORTIÇA, OSSO, BORRACHA
ENDURECIDA, PLÁSTICOS DUROS OU MATÉRIAS
DURAS SEMELHANTES
8467 FERRAMENTAS PNEUMÁTICAS, HIDRÁULICAS OU DE 10 10 %
MOTOR, NÃO ELÉTRICO, INCORPORADO, DE USO
MANUAL
8468 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR, MESMO DE 10 10 %
CORTE, EXCETO OS DA POSIÇÃO 8515; MÁQUINAS E
APARELHOS A GÁS, PARA TÊMPERA SUPERFICIAL
8469 MÁQUINAS DE ESCREVER, EXCETO AS 10 10 %
IMPRESSORAS DA POSIÇÃO 8471; MÁQUINAS DE
TRATAMENTO DE TEXTOS
8470 MÁQUINAS DE CALCULAR QUE PERMITAM GRAVAR,
REPRODUZIR E VISUALIZAR INFORMAÇÕES, COM
FUNÇÃO DE CÁLCULO INCORPORADA; MÁQUINAS
DE CONTABILIDADE, MÁQUINAS DE FRANQUEAR,
DE EMITIR BILHETES E MÁQUINAS SEMELHANTES,
COM DISPOSITIVO DE CÁLCULO INCORPORADO;
CAIXAS REGISTRADORAS
8470.21 --Máquinas eletrônicas de calcular com dispositivo impressor 10 10 %
incorporado
8470.29 --Outras máquinas eletrônicas de calcular, exceto de bolso 10 10 %
8470.30 -Outras máquinas de calcular 10 10 %
8470.40 -Máquinas de contabilidade 10 10 %
8470.50 -Caixas registradoras 10 10 %
8470.90 Máquinas de franquear correspondência 10 10 %
8471 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS PARA PROCESSAMENTO 5 20 %
DE DADOS E SUAS UNIDADES; LEITORES
MAGNÉTICOS OU ÓPTICOS, MÁQUINAS PARA
REGISTRAR DADOS EM SUPORTE SOB FORMA
CODIFICADA, E MÁQUINAS PARA PROCESSAMENTO
DESSES DADOS, NÃO ESPECIFICADAS NEM
COMPREENDIDAS EM OUTRAS POSIÇÕES
8472 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS DE ESCRITÓRIO 10 10 %
[POR EXEMPLO: DUPLICADORES HECTOGRÁFICOS
OU A ESTÊNCIL, MÁQUINAS PARA IMPRIMIR
ENDEREÇOS, DISTRIBUIDORES AUTOMÁTICOS DE
PAPEL-MOEDA, MÁQUINAS PARA SELECIONAR,
CONTAR OU EMPACOTAR MOEDAS, APONTADORES
(AFIADORES) MECÂNICOS DE LÁPIS, PERFURADORES
OU GRAMPEADORES]
8474 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SELECIONAR, 5 20 %
PENEIRAR, SEPARAR, LAVAR, ESMAGAR, MOER,
MISTURAR OU AMASSAR TERRAS, PEDRAS,
MINÉRIOS OU OUTRAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS
SÓLIDAS (INCLUÍDOS OS PÓS E PASTAS); MÁQUINAS
PARA AGLOMERAR OU MOLDAR COMBUSTÍVEIS
MINERAIS SÓLIDOS, PASTAS CERÂMICAS, CIMENTO,
EM PASTA; MÁQUINAS PARA FAZER MOLDES DE
AREIA PARA FUNDIÇÃO
8475 MÁQUINAS PARA MONTAGEM DE LÂMPADAS, 10 10 %
TUBOS OU VÁLVULAS, ELÉTRICOS OU
ELETRÔNICOS, OU DE LÂMPADAS DE LUZ
RELÂMPAGO ("FLASH"), QUE TENHAM INVÓLUCRO
DE VIDRO; MÁQUINAS PARA FABRICAÇÃO OU
TRABALHO A QUENTE DO VIDRO OU DAS SUAS
OBRAS
8476 MÁQUINAS AUTOMÁTICAS DE VENDA DE 10 10 %
PRODUTOS (POR EXEMPLO: SELOS, CIGARROS,
ALIMENTOS OU BEBIDAS), INCLUÍDAS AS
MÁQUINAS DE TROCAR DINHEIRO
8477 MÁQUINAS E APARELHOS PARA TRABALHAR 10 10 %
BORRACHA OU PLÁSTICOS OU PARA FABRICAÇÃO
DE PRODUTOS DESSAS MATÉRIAS, NÃO
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS
POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8478 MÁQUINAS E APARELHOS PARA PREPARAR OU 10 10 %
TRANSFORMAR FUMO (TABACO), NÃO
ESPECIFICADOS NEM COMPREENDIDOS EM OUTRAS
POSIÇÕES DESTE CAPÍTULO
8479 MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS COM
FUNÇÃO PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DESTE
CAPÍTULO
8479.10 -Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou 4 25 %
trabalhos semelhantes
8479.20 -Máquinas e aparelhos para extração ou preparação de óleos 10 10 %
ou gorduras vegetais fixos ou de óleos ou gorduras animais
8479.30 -Prensas para fabricação de painéis de partículas, de fibras de 10 10 %
madeira ou de outras matérias lenhosas, e outras máquinas e
aparelhos para tratamento de madeira ou de cortiça
8479.40 -Máquinas para fabricação de cordas ou cabos 10 10 %
8479.50 -Robôs industriais, não especificados nem compreendidos em 10 10 %
outras posições
8479.60 -Aparelhos de evaporação para arrefecimento do ar 10 10 %
8479.8 -Outras máquinas e aparelhos
8479.81 --Para tratamento de metais, incluídas as bobinadoras para 10 10 %
enrolamentos elétricos
8479.82 --Para misturar, amassar, esmagar, moer, separar, peneirar, 10 10 %
homogeneizar, emulsionar ou agitar
8479.89 --Outros 10 10 %
8480 CAIXAS DE FUNDIÇÃO; PLACAS DE FUNDO PARA 3 33,3 %
MOLDES; MODELOS PARA MOLDES; MOLDES PARA
METAIS (EXCETO LINGOTEIRAS), CARBONETOS
METÁLICOS, VIDRO, MATÉRIAS MINERAIS,
BORRACHA OU PLÁSTICOS
Capítulo 85 MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS,
APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE
SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM
TELEVISÃO
8501 MOTORES E GERADORES, ELÉTRICOS, EXCETO OS 10 10 %
GRUPOS ELETROGÊNEOS
8502 GRUPOS ELETROGÊNEOS E CONVERSORES 10 10 %
ROTATIVOS, ELÉTRICOS
8504 TRANSFORMADORES ELÉTRICOS, CONVERSORES 10 10 %
ELÉTRICOS ESTÁTICOS (RETIFICADORES, POR
EXEMPLO), BOBINAS DE REATÂNCIA E DE AUTO-
INDUÇÃO
8508 FERRAMENTAS ELETROMECÂNICAS DE MOTOR 5 20 %
ELÉTRICO INCORPORADO, DE USO MANUAL
8510 APARELHOS OU MÁQUINAS DE TOSQUIAR DE 5 20 %
MOTOR ELÉTRICO INCORPORADO
8514 FORNOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS OU DE 10 10 %
LABORATÓRIO, INCLUÍDOS OS QUE FUNCIONAM
POR INDUÇÃO OU POR PERDAS DIELÉTRICAS;
OUTROS APARELHOS INDUSTRIAIS OU DE
LABORATÓRIO PARA TRATAMENTO TÉRMICO DE
MATÉRIAS POR INDUÇÃO OU POR PERDAS
DIELÉTRICAS
8515 MÁQUINAS E APARELHOS PARA SOLDAR (MESMO 10 10 %
DE CORTE) ELÉTRICOS (INCLUÍDOS OS A GÁS
AQUECIDO ELETRICAMENTE), A "LASER" OU
OUTROS FEIXES DE LUZ OU DE FÓTONS, A ULTRA-
SOM, A FEIXES DE ELÉTRONS, A IMPULSOS
MAGNÉTICOS OU A JATO DE PLASMA; MÁQUINAS E
APARELHOS ELÉTRICOS PARA PROJEÇÃO A QUENTE
DE METAIS OU DE CERAMAIS ("CERMETS")
8516 APARELHOS ELÉTRICOS PARA AQUECIMENTO DE 10 10 %
AMBIENTES, DO SOLO OU PARA USOS
SEMELHANTES
8517 APARELHOS ELÉTRICOS PARA TELEFONIA OU 5 0%
TELEGRAFIA, POR FIO, INCLUÍDOS OS APARELHOS
TELEFÔNICOS POR FIO CONJUGADO COM UM
APARELHO TELEFÔNICO PORTÁTIL SEM FIO E OS
APARELHOS DE TELECOMUNICAÇÃO POR
CORRENTE PORTADORA OU DE TELECOMUNICAÇÃO
DIGITAL; VIDEOFONES
8520 GRAVADORES DE DADOS DE VÔO 5 20 %
8521 APARELHOS VIDEOFÔNICOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO, MESMO INCORPORANDO UM
RECEPTOR DE SINAIS VIDEOFÔNICOS
8521.10 Gravador-reprodutor de fita magnética, sem sintonizador 5 20 %
8521.90 Gravador-reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por 5 20 %
meio magnético, óptico ou opto-magnético
8524 DISCOS, FITAS E OUTROS SUPORTES GRAVADOS,
COM EXCLUSÃO DOS PRODUTOS DO CAPÍTULO 37
8524.3 -Discos para sistemas de leitura por raio "laser": 3 33,3 %
8524.40 -Fitas magnéticas para reprodução de fenômenos diferentes do 3 33,3 %
som e da imagem
8524.5 -Outras fitas magnéticas 3 33,3 %
8524.60 -Cartões magnéticos 3 33,3 %
8525 APARELHOS TRANSMISSORES (EMISSORES) PARA 5 20 %
RADIOTELEFONIA, RADIOTELEGRAFIA,
RADIODIFUSÃO OU TELEVISÃO, MESMO
INCORPORANDO UM APARELHO DE RECEPÇÃO OU
UM APARELHO DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO
DE SOM; CÂMERAS DE TELEVISÃO; CÂMERAS DE
VÍDEO DE IMAGENS FIXAS E OUTRAS CÂMERAS
("CAMCORDERS")
8526 APARELHOS DE RADIODETECÇÃO E DE 5 20 %
RADIOSSONDAGEM (RADAR), APARELHOS DE
RADIONAVEGAÇÃO E APARELHOS DE
RADIOTELECOMANDO
8527 APARELHOS RECEPTORES PARA RADIOTELEFONIA, 5 20 %
RADIOTELEGRAFIA OU RADIODIFUSÃO, EXCETO DE
USO DOMÉSTICO
8543 MÁQUINAS E APARELHOS ELÉTRICOS COM FUNÇÃO 10 10 %
PRÓPRIA, NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO
Capítulo 86 VEÍCULOS E MATERIAL PARA VIAS FÉRREAS OU
SEMELHANTES, APARELHOS MECÂNICOS
(INCLUÍDOS OS ELETROMECÂNICOS) DE
SINALIZAÇÃO PARA VIAS DE COMUNICAÇÃO
8601 LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES, DE FONTE 10 10 %
EXTERNA DE ELETRICIDADE OU DE
ACUMULADORES ELÉTRICOS
8602 OUTRAS LOCOMOTIVAS E LOCOTRATORES; 10 10 %
TÊNDERES
8603 LITORINAS (AUTOMOTORAS), MESMO PARA
CIRCULAÇÃO URBANA, EXCETO AS DA POSIÇÃO
8604 10 10 %
8604 VEÍCULOS PARA INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE 10 10 %
VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES, MESMO
AUTOPROPULSORES (POR EXEMPLO: VAGÕES-
OFICINAS, VAGÕES-GUINDASTES, VAGÕES
EQUIPADOS COM BATEDORES DE BALASTRO,
ALINHADORES DE VIAS, VIATURAS PARA TESTES E
DRESINAS)
8605 VAGÕES DE PASSAGEIROS, FURGÕES PARA 10 10 %
BAGAGEM, VAGÕES-POSTAIS E OUTROS VAGÕES
ESPECIAIS, PARA VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES
(EXCLUÍDAS AS VIATURAS DA POSIÇÃO 8604)
8606 VAGÕES PARA TRANSPORTE DE MERCADORIAS 10 10 %
SOBRE VIAS FÉRREAS
8608 Aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de 10 10 %
sinalização, de segurança, de controle ou de comando para vias
férreas ou semelhantes, rodoviárias ou fluviais, para áreas ou
parques de estacionamento, instalações portuárias ou para
aeródromos
8609 CONTEINERES (CONTENTORES), INCLUÍDOS OS DE 10 10 %
TRANSPORTE DE FLUIDOS, ESPECIALMENTE
CONCEBIDOS E EQUIPADOS PARA UM OU VÁRIOS
MEIOS DE TRANSPORTE
Capítulo 87 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, TRATORES, CICLOS E
OUTROS

VEÍCULOS TERRESTRES
8701 TRATORES (EXCETO OS CARROS-TRATORES DA 4 25 %
POSIÇÃO 8709)
8702 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 10 4 25 %
PESSOAS OU MAIS, INCLUINDO O MOTORISTA
8703 AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS E OUTROS 5 20 %
VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PRINCIPALMENTE
CONCEBIDOS PARA TRANSPORTE DE PESSOAS
(EXCETO OS DA POSIÇÃO 8702), INCLUÍDOS OS
VEÍCULOS DE USO MISTO ("STATION WAGONS") E OS
AUTOMÓVEIS DE CORRIDA
8704 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTE DE 4 25 %
MERCADORIAS
8705 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS PARA USOS ESPECIAIS (POR 4 25 %
EXEMPLO: AUTO-SOCORROS, CAMINHÕES-
GUINDASTES, VEÍCULOS DE COMBATE A INCÊNDIOS,
CAMINHÕES-BETONEIRAS, VEÍCULOS PARA
VARRER, VEÍCULOS PARA ESPALHAR, VEÍCULOS-
OFICINAS, VEÍCULOS RADIOLÓGICOS), EXCETO OS
CONCEBIDOS PRINCIPALMENTE PARA TRANSPORTE
DE PESSOAS OU DE MERCADORIAS
8709 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS SEM DISPOSITIVO DE 10 10 %
ELEVAÇÃO, DOS TIPOS UTILIZADOS EM FÁBRICAS,
ARMAZÉNS, PORTOS OU AEROPORTOS, PARA
TRANSPORTE DE MERCADORIAS A CURTAS
DISTÂNCIAS; CARROS-TRATORES DOS TIPOS
UTILIZADOS NAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS
8711 MOTOCICLETAS (INCLUÍDOS OS CICLOMOTORES) E 4 25 %
OUTROS CICLOS EQUIPADOS COM MOTOR
AUXILIAR, MESMO COM CARRO LATERAL; CARROS
LATERAIS
8716 REBOQUES E SEMI-REBOQUES, PARA QUAISQUER 5 20 %
VEÍCULOS; OUTROS VEÍCULOS NÃO
AUTOPROPULSORES
Capítulo 88 AERONAVES E APARELHOS ESPACIAIS
8801 BALÕES E DIRIGÍVEIS; PLANADORES, ASAS 10 10 %
VOADORAS E OUTROS VEÍCULOS AÉREOS, NÃO
CONCEBIDOS PARA PROPULSÃO COM MOTOR
8802 OUTROS VEÍCULOS AÉREOS (POR EXEMPLO: 10 10 %
HELICÓPTEROS, AVIÕES); VEÍCULOS ESPACIAIS
(INCLUÍDOS OS SATÉLITES) E SEUS VEÍCULOS DE
LANÇAMENTO, E VEÍCULOS SUBORBITAIS
8804 PÁRA-QUEDAS (INCLUÍDOS OS PÁRA-QUEDAS 10 10 %
DIRIGÍVEIS E OS PARAPENTES) E OS PÁRA-QUEDAS
GIRATÓRIOS
8805 APARELHOS E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO 10 10 %
DE VEÍCULOS AÉREOS; APARELHOS E DISPOSITIVOS
PARA ATERRISSAGEM DE VEÍCULOS AÉREOS EM
PORTA-AVIÕES E APARELHOS E DISPOSITIVOS
SEMELHANTES; APARELHOS SIMULADORES DE VÔO
EM TERRA
Capítulo 89 EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES
8901 TRANSATLÂNTICOS, BARCOS DE CRUZEIRO, 20 5%
"FERRY-BOATS", CARGUEIROS, CHATAS E
EMBARCAÇÕES SEMELHANTES, PARA O
TRANSPORTE DE PESSOAS OU DE MERCADORIAS
8902 BARCOS DE PESCA; NAVIOS-FÁBRICAS E OUTRAS 20 5%
EMBARCAÇÕES PARA O TRATAMENTO OU
CONSERVAÇÃO DE PRODUTOS DA PESCA
8903 IATES E OUTROS BARCOS E EMBARCAÇÕES DE
RECREIO OU DE ESPORTE; BARCOS A REMOS E
CANOAS
8903.10 -Barcos infláveis 5 20 %
8903.9 -Outros 10 10 %
8904 REBOCADORES E BARCOS CONCEBIDOS PARA 20 5%
EMPURRAR OUTRAS EMBARCAÇÕES
8905 BARCOS-FARÓIS, BARCOS-BOMBAS, DRAGAS, 20 %
GUINDASTES FLUTUANTES E OUTRAS
EMBARCAÇÕES EM QUE A NAVEGAÇÃO É
ACESSÓRIA DA FUNÇÃO PRINCIPAL; DOCAS OU
DIQUES FLUTUANTES; PLATAFORMAS DE
PERFURAÇÃO OU DE EXPLORAÇÃO, FLUTUANTES
OU SUBMERSÍVEIS
8906 OUTRAS EMBARCAÇÕES, INCLUÍDOS OS NAVIOS DE 20 5%
GUERRA E OS BARCOS SALVA-VIDAS, EXCETO OS
BARCOS A REMO
8907 OUTRAS ESTRUTURAS FLUTUANTES (POR EXEMPLO:
BALSAS, RESERVATÓRIOS, CAIXÕES, BÓIAS DE
AMARRAÇÃO, BÓIAS DE SINALIZAÇÃO E
SEMELHANTES)
8907.10 -Balsas infláveis 5 20 %
8907.90 -Outras 20 5%
Capítulo 90 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA,
FOTOGRAFIA OU CINEMATOGRAFIA, MEDIDA,
CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS E
APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS
9005 BINÓCULOS, LUNETAS, INCLUÍDAS AS 10 10 %
ASTRONÔMICAS, TELESCÓPIOS ÓPTICOS, E SUAS
ARMAÇÕES; OUTROS INSTRUMENTOS DE
ASTRONOMIA E SUAS ARMAÇÕES, EXCETO OS
APARELHOS DE RADIOASTRONOMIA
9006 APARELHOS FOTOGRÁFICOS; APARELHOS E 10 10 %
DISPOSITIVOS, EXCLUÍDAS AS LÂMPADAS E TUBOS,
DE LUZ-RELÂMPAGO ("FLASH"), PARA FOTOGRAFIA
9007 CÂMERAS E PROJETORES, CINEMATOGRÁFICOS, 10 10 %
MESMO COM APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE
REPRODUÇÃO DE SOM INCORPORADOS
9008 APARELHOS DE PROJEÇÃO FIXA; APARELHOS 10 10 %
FOTOGRÁFICOS, DE AMPLIAÇÃO OU DE REDUÇÃO
9009 APARELHOS DE FOTOCÓPIA, POR SISTEMA ÓPTICO 10 10 %
OU POR CONTATO, E APARELHOS DE TERMOCÓPIA
9010 APARELHOS DOS TIPOS USADOS NOS 10 10 %
LABORATÓRIOS FOTOGRÁFICOS OU
CINEMATOGRÁFICOS (INCLUÍDOS OS APARELHOS
PARA PROJEÇÃO OU EXECUÇÃO DE TRAÇADOS DE
CIRCUITOS SOBRE SUPERFÍCIES SENSIBILIZADAS DE
MATERIAIS SEMICONDUTORES); NEGATOSCÓPIOS;
TELAS PARA PROJEÇÃO
9011 MICROSCÓPIOS ÓPTICOS, INCLUÍDOS OS 10 10 %
MICROSCÓPIOS PARA FOTOMICROGRAFIA,
CINEFOTOMICROGRAFIA OU MICROPROJEÇÃO
9012 MICROSCÓPIOS (EXCETO ÓPTICOS) E 10 10 %
DIFRATÓGRAFOS
9015 INSTRUMENTOS E APARELHOS DE GEODÉSIA, 10 10 %
TOPOGRAFIA, AGRIMENSURA, NIVELAMENTO,
FOTOGRAMETRIA, HIDROGRAFIA, OCEANOGRAFIA,
HIDROLOGIA, METEOROLOGIA OU DE GEOFÍSICA,
EXCETO BÚSSOLAS; TELÊMETROS
9016 BALANÇAS SENSÍVEIS A PESOS IGUAIS OU 10 10 %
INFERIORES A 5cg, COM OU SEM PESOS
9017 INSTRUMENTOS DE DESENHO, DE TRAÇADO OU DE 10 10 %
CÁLCULO (POR EXEMPLO: MÁQUINAS DE
DESENHAR, PANTÓGRAFOS, TRANSFERIDORES,
ESTOJOS DE DESENHO, RÉGUAS DE CÁLCULO E
DISCOS DE CÁLCULO); INSTRUMENTOS DE MEDIDA
DE DISTÂNCIAS DE USO MANUAL (POR EXEMPLO:
METROS, MICRÔMETROS, PAQUÍMETROS E
CALIBRES), NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO
9018 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDICINA,
CIRURGIA, ODONTOLOGIA E VETERINÁRIA,
INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA CINTILOGRAFIA E
OUTROS APARELHOS ELETROMÉDICOS, BEM COMO
OS APARELHOS PARA TESTES VISUAIS
9018.1 -Aparelhos de eletrodiagnóstico (incluídos os aparelhos de 10 10 %
exploração funcional e os de verificação de parâmetros
fisiológicos)
9018.20 -Aparelhos de raios ultravioleta ou infravermelhos 10 10 %
9018.4 -Outros instrumentos e aparelhos para odontologia
9018.41 --Aparelhos dentários de brocar, mesmo combinados numa 10 10 %
base comum com outros equipamentos dentários
9018.49 --Outros instrumentos e aparelhos para odontologia 10 10 %
9018.50 -Outros instrumentos e aparelhos para oftalmologia 10 10 %
9018.90 -Outros instrumentos e aparelhos 10 10 %
9019 APARELHOS DE MECANOTERAPIA; APARELHOS DE 10 10 %
MASSAGEM; APARELHOS DE PSICOTÉCNICA;
APARELHOS DE OZONOTERAPIA, DE
OXIGENOTERAPIA, DE AEROSSOLTERAPIA,
APARELHOS RESPIRATÓRIOS DE REANIMAÇÃO E
OUTROS APARELHOS DE TERAPIA RESPIRATÓRIA
9020 OUTROS APARELHOS REPIRATÓRIOS E MÁSCARAS 10 10 %
CONTRA GASES, EXCETO AS MÁSCARAS DE
PROTEÇÃO DESPROVIDAS DE MECANISMO E DE
ELEMENTO FILTRANTE AMOVÍVEL
9022 APARELHOS DE RAIOS X E APARELHOS QUE 10 10 %
UTILIZEM RADIAÇÕES ALFA, BETA OU GAMA,
MESMO PARA USOS MÉDICOS, CIRÚRGICOS,
ODONTOLÓGICOS OU VETERINÁRIOS, INCLUÍDOS OS
APARELHOS DE RADIOFOTOGRAFIA OU DE
RADIOTERAPIA, OS TUBOS DE RAIOS X E OUTROS
DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X, OS
GERADORES DE TENSÃO, AS MESAS DE COMANDO,
AS TELAS DE VISUALIZAÇÃO, AS MESAS,
POLTRONAS E SUPORTES SEMELHANTES PARA
EXAME OU TRATAMENTO
9024 MÁQUINAS E APARELHOS PARA ENSAIOS DE 10 10 %
DUREZA, TRAÇÃO, COMPRESSÃO, ELASTICIDADE OU
DE OUTRAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE
MATERIAIS (POR EXEMPLO: METAIS, MADEIRA,
TÊXTEIS, PAPEL, PLÁSTICOS)
9025 DENSÍMETROS, AREÔMETROS, PESA-LÍQUIDOS E 10 10 %
INSTRUMENTOS FLUTUANTES SEMELHANTES,
TERMÔMETROS, PIRÔMETROS, BARÔMETROS,
HIGRÔMETROS E PSICRÔMETROS, REGISTRADORES
OU NÃO, MESMO COMBINADOS ENTRE SI
9026 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU 10 10 %
CONTROLE DA VAZÃO (CAUDAL), DO NÍVEL, DA
PRESSÃO OU DE OUTRAS CARACTERÍSTICAS
VARIÁVEIS DOS LÍQUIDOS OU GASES [POR
EXEMPLO: MEDIDORES DE VAZÃO (CAUDAL),
INDICADORES DE NÍVEL, MANÔMETROS,
CONTADORES DE CALOR], EXCETO OS
INSTRUMENTOS E APARELHOS DAS POSIÇÕES 9014,
9015, 9028 OU 9032
9027 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA ANÁLISES 10 10 %
FÍSICAS OU QUÍMICAS [POR EXEMPLO:
POLARÍMETROS, REFRATÔMETROS,
ESPECTRÔMETROS, ANALISADORES DE GASES OU
DE FUMAÇA]; INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA
ENSAIOS DE VISCOSIDADE, POROSIDADE,
DILATAÇÃO, TENSÃO SUPERFICIAL OU
SEMELHANTES OU PARA MEDIDAS
CALORIMÉTRICAS, ACÚSTICAS OU FOTOMÉTRICAS
(INCLUÍDOS OS INDICADORES DE TEMPO DE
EXPOSIÇÃO); MICRÓTOMOS
9028 CONTADORES DE GASES, LÍQUIDOS OU DE 10 10 %
ELETRICIDADE, INCLUÍDOS OS APARELHOS PARA
SUA AFERIÇÃO
9029 OUTROS CONTADORES (POR EXEMPLO: 10 10 %
CONTADORES DE VOLTAS, CONTADORES DE
PRODUÇÃO, TAXÍMETROS, TOTALIZADORES DE
CAMINHO PERCORRIDO, PODÔMETROS);
INDICADORES DE VELOCIDADE E TACÔMETROS,
EXCETO OS DAS POSIÇÕES 9014 OU 9015;
ESTROBOSCÓPIOS
9030 OSCILOSCÓPIOS, ANALISADORES DE ESPECTRO E 10 10 %
OUTROS INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA
MEDIDA OU CONTROLE DE GRANDEZAS ELÉTRICAS;
INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA MEDIDA OU
DETECÇÃO DE RADIAÇÕES ALFA, BETA, GAMA, X,
CÓSMICAS OU OUTRAS RADIAÇÕES IONIZANTES
9031 INSTRUMENTOS, APARELHOS E MÁQUINAS DE 10 10 %
MEDIDA OU CONTROLE, NÃO ESPECIFICADOS NEM
COMPREENDIDOS EM OUTRAS POSIÇÕES DO
PRESENTE CAPÍTULO; PROJETORES DE PERFIS
9032 INSTRUMENTOS E APARELHOS PARA REGULAÇÃO 10 10 %
OU CONTROLE, AUTOMÁTICOS
Capítulo 94 MÓVEIS; MOBILIÁRIO MÉDICO-CIRÚRGICO;
CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS
9402 MOBILIÁRIO PARA MEDICINA, CIRURGIA, 10 10 %
ODONTOLOGIA OU VETERINÁRIA (POR EXEMPLO:
MESAS DE OPERAÇÃO, MESAS DE EXAMES, CAMAS
DOTADAS DE MECANISMOS PARA USOS CLÍNICOS,
CADEIRAS DE DENTISTA); CADEIRAS PARA SALÕES
DE CABELEIREIRO E CADEIRAS SEMELHANTES, COM
DISPOSITIVOS DE ORIENTAÇÃO E DE ELEVAÇÃO
9403 OUTROS MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO 10 10 %
9406 CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS 25 4%
Capítulo 95 ARTIGOS PARA DIVERTIMENTO OU PARA ESPORTE
9506 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS PARA CULTURA FÍSICA 10 10 %
E GINÁSTICA; PISCINAS
9508 CARROSSÉIS, BALANÇOS, INSTALAÇÕES DE TIRO- 10 10 %
AO-ALVO E OUTRAS DIVERSÕES DE PARQUES E
FEIRAS; CIRCOS, COLEÇÕES DE ANIMAIS E TEATROS
AMBULANTES

DESCONTO DE DUPLICATAS O desconto de duplicatas é uma operação


financeira em que a empresa entrega
determinadas duplicatas para o banco e este 2) Pelo registro do débito bancário, relativo a
lhe antecipa o valor em conta corrente, juros e encargos sobre a operação:
cobrando juros antecipadamente.
D - Encargos Financeiros a Transcorrer
Embora a propriedade dos títulos negociados (Ativo Circulante)
seja transferida para a instituição, a empresa é C - Bancos Conta Movimento (Ativo
co-responsável pelo pagamento dos mesmos Circulante)
em caso de não liquidação pelo devedor. R$ 1.000,00

Neste caso, a instituição financeira leva a 3) Quando da liquidação da duplicata


débito em conta corrente da empresa o valor descontada pelo cliente:
de face do título não liquidado.
D - Duplicatas Descontadas (Ativo
TRATAMENTO CONTÁBIL Circulante)
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
Os valores de face das duplicatas descontados R$ 20.000,00
são registrados numa conta redutora do ativo
circulante, logo após a conta “duplicatas a Na hipótese do cliente não ter liquidado a
receber”. Esta conta recebe o nome de duplicata e o banco debitar o respectivo valor
“duplicatas descontadas”, tendo saldo credor. na conta da empresa, então o lançamento
será:
A conta "duplicatas descontadas" apresenta a
seguinte função na operação de desconto: D - Duplicatas Descontadas (Ativo
Circulante)
a) é creditada, pelo valor de face dos títulos, C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
no momento em que é efetuada a operação de R$ 20.000,00
desconto e a instituição financeira faz o
crédito em conta corrente da empresa; ENCARGOS FINANCEIROS A
b) é debitada no momento da liquidação do TRANSCORRER
título pelo devedor ou quando a instituição
financeira leva a débito em conta corrente da Os encargos financeiros pagos
empresa por falta de pagamento por parte do antecipadamente, como é o caso de desconto
devedor. de duplicatas, devem ser apropriados pelo
período a que competirem.
Os encargos financeiros debitados pela
instituição financeira devem ser Exemplo:
contabilizados como "encargos financeiros a
transcorrer", já que se tratam de despesas Juros debitados em desconto de duplicata de
antecipadas, sendo debitada por ocasião do R$ 290,00, relativa ao período de 29 dias. O
desconto e creditadas no momento em que a desconto foi efetuado em 20.11.2006 e a
despesa é incorrida, observando-se o regime duplicata vencerá em 19.12.2006:
de competência.
Nota: nos cálculos de rateio de encargos
Exemplo: financeiros, considera-se o dia da operação
e exclui-se o dia do vencimento.
Operação de desconto de duplicata no valor
de R$ 20.000,00, sendo que os encargos Lançamento por ocasião do desconto:
respectivos foram de R$ 1.000,00.
D - Encargos Financeiros a Transcorrer
1) Pelo registro do desconto creditado em (Ativo Circulante)
conta: C - Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante) R$ 290,00
C - Duplicatas Descontadas (Ativo
Circulante) No balancete de 30.11.2006, se apropriará a
R$ 20.000,00 despesa financeira proporcional, relativa ao
período de 20.11 a 30.11.2006:
Despesa financeira relativa a 11 dias de DESPESAS ANTECIPADAS
novembro:
As despesas antecipadas são aquelas pagas ou
R$ 290,00 dividido por 29 vezes 11 igual a devidas com antecedência, mas referindo-se a
R$ 110,00. períodos de competência subseqüentes.

Despesa financeira a transcorrer de Exemplos:


01.12.2006 a 19.12.2006 (18 dias, porque no
cálculo de rateio exclui-se o dia do a) Prêmios de seguro
vencimento do título): b) Aluguel pago antecipadamente
c) Assinaturas de periódicos e anuidades
R$ 290,00 – R$ 110,00 = R$ 180,00. d) Juros sobre descontos de duplicatas

Contabilização relativa à transferência da CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS


despesa financeira incorrida em novembro: DESPESAS ANTECIPADAS

D - Juros sobre Desconto de Duplicatas As despesas do exercício seguinte serão


(Conta de Resultado) apresentadas no balanço pelas importâncias
C - Encargos Financeiros a Transcorrer aplicadas, diminuídas das apropriações
(Ativo Circulante) efetuadas no período, de forma a obedecer ao
R$ 110,00 regime de competência.

Em dezembro, faz-se lançamento semelhante, A apropriação das despesas relacionadas


só que com o valor do saldo dos encargos a neste grupo deve ser feita ao resultado do
transcorrer (R$ 180,00). período a que corresponderem e não ao
período em que foram pagas, mediante
DESCONTOS OBTIDOS controles auxiliares, com as informações
relativas aos valores pagos e às parcelas a
Trata-se de operações onde o serem apropriadas.
cliente/comprador, ao pagar o fornecedor,
obtém uma redução do valor a pagar na fatura ENCARGOS FINANCEIROS A
ou duplicata. TRANSCORRER

Tal redução corresponde a uma receita Os encargos financeiros pagos


financeira. antecipadamente, como é o caso de desconto
de duplicatas, devem ser apropriados pelo
Exemplo: período a que competirem.

Valor da duplicata - R$ 1.000,00 Exemplo:


Desconto por pagamento pontual - 2,00%
Valor do desconto - R$ 20,00 Juros debitados em desconto de duplicata de
Valor líquido pago - R$ 980,00 R$ 290,00, relativa ao período de 29 dias. O
desconto foi efetuado em 20.11.2006 e a
CONTABILIZAÇÃO duplicata vencerá em 19.12.2006:

Debita-se a conta da obrigação respectiva e Nota: nos cálculos de rateio, considera-se o


credita-se uma conta de receita. dia da operação e exclui-se o dia do
vencimento.
No exemplo anterior, a contabilização
poderia ser como segue: Lançamento por ocasião do desconto:

D – Fornecedores (Ativo Circulante) R$ D - Encargos Financeiros a Transcorrer


1.000,00 (Ativo Circulante)
C – Descontos Obtidos (Conta de Resultado) C - Bancos Cta. Movimento (Ativo
R$ 20,00 Circulante)
C – Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo R$ 290,00
Circulante) R$ 980,00
No balancete de 30.11.2006, se apropriará a No dia 10.11.2006, efetuou uma compra de
despesa financeira proporcional, relativa ao 100 unidades dessa mercadoria pelo valor
período de 20.11 a 30.11.2006: total de R$ 12.195,12, incluindo 18% de
ICMS sobre esse preço. Não houve
Despesa financeira relativa a 11 dias de recuperação de outros tributos.
novembro: R$ 290,00 dividido por 29 vezes
11 igual a R$ 110,00. A contabilização da compra foi procedida da
seguinte forma:
Despesa financeira a transcorrer de
01.12.2006 a 19.12.2006 (18 dias, porque no a) Pela entrada da mercadoria no estoque da
cálculo de rateio exclui-se o dia do empresa:
vencimento do título): R$ 290,00 – R$
110,00 = R$ 180,00. D - Estoque de Mercadorias (Ativo
Circulante) R$ 10.000,00
Contabilização relativa á transferência da D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
despesa financeira incorrida em novembro: 2.195,12
C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
D - Juros sobre Desconto de Duplicatas 12.195,12
(Conta de Resultado)
C - Encargos Financeiros a Transcorrer b) Pelo registro do frete da mercadoria:
(Ativo Circulante)
R$ 110,00 Considerando-se que o valor do frete foi de
R$ 2.272,72, com a incidência de ICMS à
Em dezembro, faz-se lançamento semelhante, alíquota de 12%, que gera um crédito de
só que com o valor do saldo dos encargos a imposto no valor de R$ 272,72, teremos o
transcorrer (R$ 180,00). seguinte lançamento:

DEVOLUÇÃO DE COMPRAS D - Estoque de Mercadorias (Ativo


Circulante) R$ 2.000,00
A identificação dos valores que deverão ser D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
contabilmente registrados nos casos de 272,72
devolução de compras a fornecedores exige 3 C - Fretes a Pagar (Passivo Circulante) R$
informações distintas: 2.272,72

1 - O valor da Nota Fiscal de devolução - é o No dia 05.12.2006 foram devolvidas 40


preço de aquisição da mercadoria devolvida unidades correspondentes ao último lote
que consta da Nota Fiscal de compra; comprado em 10.11.2006.
2 - O valor que compõe o estoque - é o valor
pelo qual a mercadoria foi registrada nos O valor registrado na contabilidade em
estoques, que geralmente têm agregados ao 10.11.2006, referente à entrada das 100
preço de compra da mercadoria outros unidades, engloba o valor do preço da
valores, tais como valor de seguros, valor de mercadoria constante da Nota Fiscal de
fretes e outros, por vezes apropriados de Entrada líquido do ICMS e do valor do frete,
forma indireta devido às características das também líquido do ICMS, incorrido no
mercadorias ou do próprio gasto; transporte da mercadoria.
3 - O valor dos tributos recuperados - é o
valor do ICMS, IPI, PIS e COFINS que a Contabilização das operações de estoque
empresa se credita pela entrada da relativas à devolução:
mercadoria.
1 - Registro da Nota Fiscal de devolução no
Exemplo: valor de R$ 4.878,05 (40 unidades x R$
121,95) com incidência de 18% de ICMS:
Empresa possui em seu estoque, no dia
31.10.2006, 120 unidades da mercadoria "X" D - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
registradas ao preço unitário de R$ 90,00. 4.878,05
C - Estoque de Mercadorias (Ativo
Circulante) R$ 4.000,00
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ D - Despesa de Frete (Resultado)
878,05 C - Estoque de Mercadorias (Ativo
Circulante)
2 - Registro da transferência do valor do frete R$ 800,00
correspondente às 40 unidades devolvidas
para despesa operacional (R$ 2.000,00 ÷ 100 A ficha de estoque dessa mercadoria
x 40 = R$ 800,00): apresentaria os seguintes registros:

Entrada Saída Saldo


Data Quant. Valor R$ Quant. Valor R$ Quant. Valor R$
Unit Total Unit. Total Unit Total
31.10.2006 120 90,00 10.800,00
10.11.2006 100 120,00 12.000,00
30.11.2006 220 103,64 22.800,00
05.12.2006 (40) 120,00 (4.800,00)
31.12.2006 180 100,00 18.000,00

DEVOLUÇÃO DE VENDAS D - Devoluções de Vendas (Resultado)


C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
DEVOLUÇÃO DE VENDAS DO PRÓPRIO R$ 33.000,00
EXERCÍCIO
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante)
Ocorrendo a devolução de venda, o valor C - IPI sobre Vendas (Resultado)
correspondente a essa devolução deverá ser R$ 3.000,00
contabilizado em conta própria, como
redutora da receita bruta das vendas. 2) Contabilização do ICMS:

Exemplo: D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)


C - ICMS sobre Vendas (Resultado)
Empresa recebe a seguinte devolução R$ 5.100,00
mercadorias de cliente:
3) Reversão do custo das mercadorias
Valor das mercadorias (100 unidades x R$ apropriado ao resultado:
30,00) R$ 30.000,00
Valor do IPI destacado: R$ 3.000,00 D - Estoques (Ativo Circulante)
Valor Total da Nota Fiscal: R$ 33.000,00 C - Custo das Mercadorias Vendidas
Valor do ICMS destacado: R$ 5.100,00 (Resultado)
R$ 22.000,00
O custo das mercadorias vendidas relativas ao
lote devolvido é de R$ 22.000,00 DEVOLUÇÃO DE VENDAS EFETUADAS
EM EXERCÍCIO ANTERIOR
1) Lançamento contábil das mercadorias
recebidas em devolução: Quando ocorre uma devolução de
mercadorias que foram vendidas no exercício
D - Devoluções de Vendas (Resultado) R$ anterior, existe a necessidade de um
30.000,00 tratamento específico no registro contábil,
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ para que não haja distorção nas
3.000,00 demonstrações do exercício.
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
R$ 33.000,00 Assim, o registro será feito na forma de um
cancelamento, neste exercício, de um lucro
Determinadas empresas registram o IPI como bruto apurado no exercício anterior, que será
impostos sobre vendas, para controle. Neste tratado com uma despesa operacional e não
caso, os lançamentos deveriam ser o seguinte: mais como uma conta redutora da conta que
registra as vendas.
Com base nos dados do exemplo do item Sendo assim, a partir de 01.01.2008, os
anterior teremos os seguintes lançamentos direitos de uso que antes eram registrados no
contábeis: imobilizado, agora passam a configurar as
contas do ativo intangível, por tratarem-se de
1) Registro da devolução: bens incorpóreos.

D - Devolução de Vendas de Exercício A contabilização dos valores relativos aos


Anterior (Resultado) R$ 30.000,00 direitos de uso adquiridos pela pessoa jurídica
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ serão registradas a débito da conta do
3.000,00 Intangível tendo como contrapartida de
C - Duplicatas A Receber (Ativo Circulante) lançamento a conta do Exigível (ou
R$ 33.000,00 Disponibilidades, se pagos à vista).

2) Registro do ICMS: Exemplo:

D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) Aquisição do direito de uso de marca, no


C - Devolução de Vendas de Exercício valor de R$ 10.000,00, a ser pagos em 4
Anterior (Resultado) parcelas de R$ 2.500,00:
R$ 5.100,00
D – Direitos de Uso – Marcas (Intangível)
C – Contas a Pagar (Passivo Circulante)
3) Registro na entrada do estoque:
R$ 10.000,00
D - Estoques (Ativo Circulante) AMORTIZAÇÃO
C - Devolução de Vendas de Exercício
Anterior (Resultado) A amortização de tais direitos deve respeitar
R$ 22.000,00 o prazo previsto no contrato.

DIREITOS DE USO A amortização deverá ser a débito de conta de


resultado, e a crédito de conta redutora do
Direito de uso corresponde a autorização do Intangível.
detentor de marca, patente, licença, processo
industrial, ou de qualquer outro direito Exemplo:
legalmente disponível, para terceiro.
Considerando um direito de uso,
Quando há aquisição de direitos de uso, tais contratualmente fixado para 60 meses (5
desembolsos devem ser contabilizados de anos), no valor contabilizado (total) de R$
forma específica. 12.000,00, teremos uma amortização mensal
de R$ 12.000,00 dividido por 60 meses = R$
De acordo com o artigo 179 da Lei 6.404/76, 200,00.
nas contas do ativo imobilizado registram-se
os direitos que tenham por objeto bens Lançamento:
corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou D – Amortização de Direitos de Uso (Conta
exercidos com essa finalidade, inclusive os de Resultado)
decorrentes de operações que transfiram à C – Amortizações Acumuladas – Direitos de
companhia os benefícios, riscos e controle Uso (Intangível)
desses bens. R$ 200,00

Com a publicação da Lei 11.638/2007, o Bases: Art. 305, 307, 310, 324, 325 e 327 do
artigo 179, teve a inclusão do inciso VI que Regulamento do IR/99, artigo 179 da Lei
criou, a figura do ativo intangível onde serão 6.404/76 e os citados no texto.
classificados os direitos que tenham por DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS OU
objeto bens incorpóreos destinados à DIVIDENDOS
manutenção da companhia ou exercidos com
essa finalidade, inclusive o fundo de SOCIEDADE ANÔNIMA
comércio adquirido.
Tratando-se de sociedade anônima, a Lei nº social poderá prever a retenção total ou
6.404/76 determina que a administração parcial dos lucros para reforço no capital de
deverá propor, na data do balanço, a giro, futura incorporação ao capital, etc.
destinação do resultado, inclusive dividendos.
Exemplo:
Portanto, a destinação do resultado deverá ser
contabilizada na data do balanço, no Empresa Ltda em que o lucro apurado no
pressuposto de sua aprovação pela encerramento do exercício social tenha sido
assembléia. de R$ 50.000,00 e que o contrato social
preveja distribuição de lucros de 60% (R$
Exemplo: 30.000,00):

Se a proposta de distribuição de dividendos D - Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)


for de R$ 20.000,00, o valor correspondente C - Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
deverá ser contabilizado na data do balanço R$ 30.000,00
da seguinte forma:
E por ocasião do pagamento:
D - Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
D - Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
C - Dividendos Propostos (Passivo C - Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante) Circulante)
R$ 20.000,00 R$ 30.000,00

Após a aprovação pela Assembléia, os Nota: Em virtude da nova regulamentação


dividendos propostos serão transferidos para societária prevista na Lei 11.638/2007, a
a conta de "Dividendos a Pagar”: partir de 01.01.2008 a conta "Lucros
Acumulados" deixou de ser usual, fazendo
D - Dividendos Propostos (Passivo desta forma, com que a rubrica a ser
Circulante) utilizada seja a conta contábil de reservas
C - Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) onde estão escriturados os resultados
R$ 20.000,00 positivos acumulados no período. Sugerimos
a utilização da conta "Lucros a Distribuir"
E, por ocasião do pagamento aos acionistas: no grupo Reserva de Lucros (Patrimônio
Líquido).
D - Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)
C - Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
R$ 20.000,00

Nota: Em virtude da nova regulamentação EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS


societária prevista na Lei 11.638/2007, a
partir de 01.01.2008 a conta "Lucros Tais contas registram as obrigações da
Acumulados" deixou de ser usual, fazendo empresa junto a instituições financeiras do
desta forma, com que a rubrica a ser País e do Exterior, cujos recursos são
utilizada seja a conta contábil de reservas destinados para financiar imobilizações ou
onde estão escriturados os resultados para capital de giro para ser aplicado na
positivos acumulados no período. Sugerimos empresa.
a utilização da conta "Lucros a Distribuir"
no grupo Reserva de Lucros (Patrimônio Como regra geral, os empréstimos e
Líquido). financiamentos são suportados por contratos
que estabelecem o seu valor, forma e época
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS de liberação, encargos incidentes, forma de
LIMITADAS pagamento, garantias além de outras
cláusulas contratuais.
No caso de sociedades empresárias limitadas,
a proposta de destinação de lucro deverá ser Os empréstimos distinguem-se dos
estabelecida no contrato social. O contrato financiamentos pelo fato de que estes
representam um crédito vinculado à aquisição Os empréstimos e financiamentos contratados
de determinado bem, podendo ter a em moeda corrente nacional pedem ser
intervenção de instituição financeira ou corrigidos monetariamente com base nos
diretamente com o fornecedor do bem. índices previstos nos contratos. Tratando-se
de empréstimos pagáveis em moeda
Por outro lado, os empréstimos são estrangeira, estes são atualizados pela
concessões de crédito em espécie, sem variação cambial ocorrida entre a data do
vinculação específica, muito embora conste empréstimo ou do último saldo atualizado e a
do contrato a finalidade do mesmo. data do balanço.

REGISTRO CONTÁBIL As variações monetárias serão registradas


contabilmente na própria conta que registra o
O registro contábil deve ser efetuado quando empréstimo ou financiamento, tendo como
a empresa receber os recursos, o que muitas contrapartida uma conta de despesa
vezes coincide com a data do contrato. No operacional ou do Ativo Diferido (quando se
caso dos contratos em que a liberação dos tratar de empreendimento em fase pré-
recursos ocorrer em várias parcelas, o registro operacional).
será efetuado à medida dos recebimentos das
parcelas. Exemplo:

Os financiamentos e empréstimos ainda não Contabilização da variação monetária passiva


liberados podem ser controlados de R$ 10.000,00 relativamente á empréstimo
contabilmente em contas de compensação e do Banco Alfa S/A (a empresa está em fase
informados em nota explicativa. operacional):

Todos os empréstimos e financiamentos D – Variação Monetária Passiva (Resultado)


contraídos pela empresa, cujo prazo de C – Empréstimo – Banco Alfa S/A (Passivo
pagamento final seja inferior a um ano, Circulante)
contado a partir da assinatura do contrato, R$ 10.000,00
deverão ser registrados contabilmente no
Passivo Circulante. Caso o prazo final seja JUROS, COMISSÕES E OUTROS
superior a um ano, esses contratos serão ENCARGOS FINANCEIROS
registrados no Exigível a Longo Prazo, e por
ocasião da data do balanço, as parcelas dos Os juros, comissões e outros eventuais
empréstimos e financiamentos a longo prazo encargos financeiros serão também
que se tornarem exigíveis até o término do registrados pelo regime de competência, ou
exercício seguinte, devem ser transferidas seja, pelo tempo transcorrido, independendo
para o Passivo Circulante. da data de pagamento.

Exemplo: No caso dos juros e demais encargos


incorridos, que serão pagáveis após a data do
Contabilização de empréstimo de curto prazo balanço, serão também provisionados.
com vencimento em parcela única, no valor
de R$ 100.000,00, sendo deduzidos R$ O valor relativo aos juros e outros encargos
500,00 a título de IOF. Os juros serão pagos financeiros serão registrados contabilmente
por ocasião do vencimento. na própria conta que registra o empréstimo ou
financiamento, tendo como contrapartida uma
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo conta de despesas financeiras, exceto no caso
Circulante) R$ 99.500,00 dos juros e encargos incorridos durante a fase
D – IOF s/Empréstimos (Conta de Resultado) pré-operacional (que devem ser registrados
R$ 500,00 no Ativo Diferido).
C – Empréstimos – Banco Alfa S/A (Passivo
Circulante) R$ 100.000,00 Exemplo:

VARIAÇÕES MONETÁRIAS OU Contabilização de juros de R$ 20.000,00


CAMBIAIS relativamente á empréstimo do Banco Beta
S/A (a empresa está em fase operacional):
D – Juros Passivos (Resultado) ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL -
C – Empréstimo – Banco Beta S/A (Passivo FORMALIDADES
Circulante)
R$ 20.000,00 A entidade deve manter um sistema de
escrituração uniforme dos seus atos e fatos
ENCARGOS FINANCEIROS A administrativos, através de processo manual,
TRANSCORRER mecanizado ou eletrônico.

Quando os encargos financeiros são As formalidades da escrituração estão


descontados antecipadamente, sendo recebido expressas no Decreto Lei 486/1969.
somente o valor líquido do empréstimo, a
empresa deve registrar o valor recebido na ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS DOS
conta Bancos e o valor total do empréstimo REGISTROS
na conta de Passivo, e os encargos financeiros
antecipados serão debitados em uma conta A escrituração será executada:
Encargos Financeiros a Transcorrer, que é
redutora da conta Empréstimos. a) Em idioma e moeda corrente nacionais;
b) Em forma contábil;
Exemplo: c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) Com ausência de espaços em branco,
Empréstimo obtido junto ao Banco Beta S/A, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
para capital de giro R$ 1.000.000,00, sendo transportes para as margens;
descontados R$ 50.000,00 a título de e) Com base em documentos de origem
encargos financeiros. O prazo de externa ou interna ou, na sua falta, em
financiamento é de 30 dias. elementos que comprovem ou evidenciem
fatos e a prática de atos administrativos.
1) Escrituração do empréstimo liberado em
conta corrente: A terminologia utilizada deve expressar o
verdadeiro significado das transações.
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante) R$ 950.000,00 UTILIZAÇÃO DE CÓDIGOS E/OU
D – Encargos Financeiros a Transcorrer ABREVIATURAS
(Passivo Circulante) R$ 50.000,00
C – Empréstimo – Banco Beta S/A (Passivo Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas
Circulante) R$ 1.000.000,00 nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar,
2) Apropriação, no final do mês, dos em elenco identificador, no "Diário" ou em
encargos financeiros transcorridos (supondo- registro especial revestido das formalidades
se que se passaram 15 dias da data do extrínsecas.
empréstimo, portanto, a apropriação será de
15/30 do valor dos encargos financeiros): Veja maiores detalhes no tópico “Históricos
Padronizados”.
D – Juros Passivos (Conta de Resultado)
C – Encargos Financeiros a Transcorrer ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA A
(Passivo Circulante) CONTABILISTA
R$ 25.000,00
A escrituração contábil e a emissão de
ENCARGOS FINANCEIROS - relatórios, peças, análises e mapas
IMOBILIZADO demonstrativos e demonstrações contábeis
são de atribuição e responsabilidade
Os encargos financeiros de empréstimos e exclusivas de contabilista legalmente
financiamentos de terceiros para a construção habilitado.
ou montagem de bens do imobilizado devem
ser capitalizados até o momento em que o TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO E
bem estiver em condições de operação (NBC DEMAIS DEMONSTRAÇÕES
T 19.1.6.2). CONTÁBEIS
O Balanço e demais Demonstrações TERMO DE ABERTURA E
Contábeis de encerramento de exercício serão ENCERRAMENTO
transcritas no "Diário", completando-se com
as assinaturas do Contabilista e do titular ou De acordo com os artigos 6º e 7º do Decreto
representante legal da entidade. 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Diário
deverá conter, respectivamente, na primeira e
DIÁRIO, RAZÃO E OUTROS REGISTROS na última páginas, tipograficamente
numeradas, os termos de abertura e de
O Diário e o Razão constituem os registros encerramento.
permanentes da entidade.
Do termo de abertura constará a finalidade a
Os registros auxiliares, quando adotados, que se destina o livro, o número de ordem, o
devem obedecer aos preceitos legais da número de folhas, a firma individual ou o
escrituração contábil, observadas as nome da sociedade a que pertença, o local da
peculiaridades da sua função. sede ou estabelecimento, o número e data do
arquivamento dos atos constitutivos no órgão
No "Diário" serão lançadas, em ordem de registro do comércio e o número de
cronológica, com individualização, clareza e registro no Cadastro Nacional de Pessoas
referência ao documento probante, todas as Jurídicas (CNPJ).
operações ocorridas, incluídas as de natureza
aleatória, e quaisquer outros fatos que O termo de encerramento indicará o fim a que
provoquem variações patrimoniais. se destinou o livro, o número de ordem, o
número de folhas e a respectiva firma
Observada esta disposição, admite-se: individual ou sociedade mercantil.

a) A escrituração do "Diário" por meio de Os termos de abertura e encerramento serão


partidas mensais; datados e assinados pelo comerciante ou por
b) A escrituração resumida ou sintética do seu procurador e por contabilista legalmente
"Diário", com valores totais que não excedam habilitado. Na localidade em que não haja
a operações de um mês, desde que haja profissional habilitado, os termos de abertura
escrituração analítica lançada em registros e encerramento serão assinados, apenas, pelo
auxiliares. comerciante ou seu procurador. Referido
c) No caso de a entidade adotar para sua livro Diário deverá ser registrado no órgão
escrituração contábil o processo eletrônico, os competente.
formulários contínuos, numerados mecânica
ou tipograficamente, serão destacados e Aplicam-se as regras específicas para os
encadernados em forma de livro. termos de abertura e encerramento para os
demais livros contábeis, como o razão.
O Livro "Diário" será registrado na Junta
Comercial do Estado. Na hipótese de pessoas ESTOQUES
jurídicas não sujeitas a registro de seus atos
constitutivos na Junta Comercial (como é o A contabilização das compras de itens do
caso de entidades sem fins lucrativos e estoque deve ocorrer no momento da
Sociedades Simples - SS), o registro é feito transmissão do direito de propriedade dos
no Cartório Civil da sede. mesmos.

Não há necessidade de registro do Livro Geralmente, tal momento ocorre na entrada


Razão. Entretanto, o mesmo deve conter física dos bens no estabelecimento. Mas
termo de abertura e encerramento, com a existem estoques que, mesmo não estando
assinatura do contabilista e do responsável fisicamente presentes no local, devem ser
pela empresa. contabilizados, como por exemplo, matérias
primas que foram remetidas pelo fornecedor,
Os demais livros auxiliares (como de entradas por conta e ordem do cliente, á terceira
de mercadorias, livro de apuração do ISS, empresa que efetuará industrialização dos
etc.) devem ser registrados de acordo com a referidos materiais.
legislação de fiscalização do respectivo órgão
fazendário ou legal que determine a sua Os estoques estão representados basicamente
obrigatoriedade. por: mercadorias para revenda, produtos
acabados, produtos em elaboração, matérias- D - Produtos Acabados (Estoques – Ativo
primas, almoxarifado, importações em Circulante)
andamento e adiantamentos a fornecedores de C - Produtos em Elaboração (Estoques –
estoques, observando-se que serão também Ativo Circulante)
considerados:
2. Baixa de estoques de produtos acabados,
a) os itens existentes fisicamente em por saídas decorrentes de vendas:
estoques, excluindo-se aqueles que estão
fisicamente na empresa, mas não são de D - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de
propriedade da empresa, tais como aqueles Resultado)
recebidos em consignação, para conserto, C - Produtos Acabados (Estoques – Ativo
remessa para industrialização, etc.; Circulante)
b) os itens de propriedade da empresa que
estão em poder de terceiros para conserto, Produtos em Elaboração
consignação, beneficiamento ou
armazenamento. Correspondem a custos de materiais, gastos
de fabricação e mão de obra, alocados aos
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL produtos que não foram totalmente
industrializados, mas já estão em processo de
O termo "estoque" refere-se a todos os bens industrialização.
tangíveis mantidos para venda ou uso próprio
no curso ordinário do negócio, bens em Recebe débitos correspondentes aos custos
processo de produção para venda ou para uso incorridos, e créditos relativos á transferência
próprio ou que se destinam ao consumo na para produtos acabados.
produção de mercadorias para venda ou uso
próprio. Numa empresa com contabilidade de custos
integrada e coordenada com a escrituração
Seguindo o conceito de liquidez, o subgrupo contábil, esta contabilização ocorre
estoques classifica-se no Circulante, após os regularmente, de acordo com os custos
subgrupo “Outros Créditos”. efetivamente apurados (através de mapas de
rateio e controle dos estoques á produção).
Todavia, poderá haver casos de empresas que
tenham estoques cuja realização ultrapasse o Numa empresa que não mantém custos
exercício seguinte, assim deve haver a integrados á contabilidade, a contabilização é
reclassificação dos estoques para o Realizável procedida no final do período de apuração,
a Longo Prazo, em conta à parte. mediante transferência do valor de estoques
apurados de acordo com os critérios fiscais
Produtos Acabados (56% do maior preço de venda praticado no
período ou 1,5 vezes o custo de materiais
Nessa conta são registrados os produtos empregados nos estoques em elaboração).
terminados e oriundos da própria fabricação
da empresa, disponíveis para venda, podendo Exemplos:
ser estocados na fábrica, depósitos de
terceiros ou filiais. 1. Contabilização de transferência de custos
de mão de obra apurados, relativos a lote de
Essa conta é debitada pela transferência da produtos em fabricação, em empresa que
conta produtos em elaboração e creditada por mantém contabilidade de custos integrada e
ocasião das vendas ou transferências para coordenada com o restante da escrituração:
outro estabelecimento da empresa.
D - Produtos em Elaboração (Estoques –
Exemplos: Ativo Circulante)
C - Transferência de Custos de Mão de Obra
1. Transferência da conta Produtos em (Conta de Resultado)
Elaboração para Produtos Acabados, pelo
acabamento dos referidos produtos: 2. Contabilização de estoques de produtos em
elaboração no final de período de apuração
do Imposto de Renda, em empresa que não
tem contabilidade de custos integrada e EMPRESA QUE NÃO MANTÉM
coordenada com o restante da escrituração: CONTROLE DE ESTOQUES

D - Produtos em Elaboração (Estoques – Na empresa que não mantém controle de


Ativo Circulante) estoques, usualmente as compras são
C - Custo dos Produtos Vendidos (Conta de registradas em contas de resultado específicas
Resultado) (Compra de Mercadorias, ICMS sobre
Compra de Mercadorias, Fretes sobre
Mercadorias Para Revenda Compras) sendo que na data de apuração dos
resultados se faz o levantamento físico dos
Representa os produtos adquiridos de estoques para a contabilização do valor a
terceiros para revenda, acabados e que não débito de estoques e a crédito de conta de
sofrem nenhum processo de transformação na resultado, chamado “Estoques Finais de
empresa. Mercadorias”.

Para maiores detalhes, acesse o tópico Para maiores detalhamentos sobre Inventário
“Compra de Mercadorias”. Físico de Estoques e respectiva
contabilização, leia o tópico “Inventário de
COMPRA DE MERCADORIAS Estoques”.

Mercadorias são artigos adquiridos pelo IPI NÃO RECUPERÁVEL


comércio para revenda em seus
estabelecimentos, seja a varejo, seja em A empresa comercial, quando adquire
atacado. mercadoria de indústria, deve considerar o
IPI destacado na Nota Fiscal como custo de
TRIBUTOS RECUPERÁVEIS aquisição, uma vez que, pela sua natureza,
não poderá exercer o direito ao crédito desse
O valor dos impostos e contribuições imposto.
recuperáveis não se inclui no custo das
mercadorias. Exemplo:

Desta forma, o ICMS destacado na aquisição Empresa comercial comprou mercadorias


de mercadoria para revenda deve ser excluído para revenda cuja nota fiscal de entrada no
do custo de aquisição, contabilizando-se o estabelecimento tem os seguintes dados:
valor correspondente em conta própria do
ativo circulante. Esse procedimento faz com Preço da mercadoria - R$ 10.000,00
que a mercadoria adquirida ingresse no IPI Destacado e não recuperável - R$
estoque da empresa pelo seu valor líquido, ou 1.000,00
seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Total da Nota Fiscal - R$ 11.000,00
Fiscal. ICMS destacado na nota fiscal - R$ 1.200,00
Frete da mercadoria - R$ 300,00
O mesmo se pode afirmar sobre a
contabilização do PIS e COFINS, quando Lançamentos contábeis:
recuperáveis.
1. Registro do valor total da nota fiscal do
No caso do IPI, se a empresa não tiver direito fornecedor:
a crédito desse imposto, o valor
correspondente integrará o custo de aquisição D – Estoques de Mercadorias (Ativo
das mercadorias. Circulante)
C – Fornecedores – Seabra Cia. Ltda.
FRETE (Passivo Circulante)
R$ 11.000,00
O valor do frete pago pelo transporte de
mercadorias será registrado como parcela 2. Registro do ICMS recuperável:
integrante do custo de aquisição.
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
C – Estoques de Mercadorias (Ativo
Circulante) Quando da venda da mercadoria ou da
R$ 1.200,00 prestação do serviço, o valor do PIS,
contabilizado em conta específica redutora
3 – Registro do frete: da Receita.

D – Estoques de Mercadorias (Ativo Deve ser observado que os efeitos desta lei
Circulante) têm vigência a partir de 1º de dezembro de
C – Fornecedores – Transportes Paulista 2002. Já nesta data, deve ser provisionado o
Ltda. (Passivo Circulante) crédito decorrente do estoque existente, à
R$ 300,00 razão de 0,65%, como credito presumido.

Para a contabilização das parcelas de crédito Este crédito calculado será utilizado em 12
do PIS e COFINS Não Cumulativos, acesse o (doze) parcelas mensais iguais e sucessivas,
tópico respectivo. a partir de 1º/12/2002 (art. 11, parágrafos 1º
e 2º).
PIS E COFINS NÃO CUMULATIVOS
Brasília-DF, 24 de janeiro de 2003.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Contador Alcedino Gomes Barbosa
através do Comunicado Técnico 1/2003 Presidente
(adiante reproduzido), estabeleceu que “em
conta específica (Recuperação de PIS) deve Desta forma, conclui-se que é obrigatória a
ser contabilizado o crédito valendo como contabilização do crédito do PIS, não
redutor do custo da mercadoria ou da despesa bastando contabilizar o encargo
na prestação de serviços”: correspondente pelo valor líquido (débito
menos crédito), devendo sê-lo
O Conselho Federal de Contabilidade, por destacadamente. O mesmo procedimento
permissão Regimental – art. 13º , inciso XXI, deve ser adotado para a COFINS não
c/c o art. 4º da Resolução CFC n.º 751/93 – cumulativa, vigente a partir de 01.02.2004. A
emite o seguinte Comunicado Técnico: Lei seguir, apresentamos exemplos de
n.º 10.637/2002 – PIS/PASEP NÃO contabilização:
CUMULATIVO – FORMA DE
CONTABILIZAÇÃO. CRÉDITO DE ESTOQUES DE 01.12.2002

COMUNICADO TÉCNICO Nº 01/03 Estoques Existentes em 01.12.2002 - R$


50.000,00
O Conselho Federal de Contabilidade, por
permissão Regimental - art. 13º, inciso XXI, Crédito do PIS R$ 50.000,00 x 0,65% = R$
c/c o art. 4º da Resolução CFC nº 751/93 - 325,00 dividido por 12 = R$ 27,03
emite o seguinte Comunicado Técnico:
D - Pis a Recuperar (Ativo Circulante)
Lei nº 10.637/2002 - PIS/PASEP NÃO C - Estoques (Ativo Circulante)
CUMULATIVO – FORMA DE R$ 325,00 (valor integral do crédito)
CONTABILIZAÇÃO
CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE BENS E
Com o advento da lei supra epigrafada, a SERVIÇOS
contribuição para o PIS e PASEP tornaram-
se contribuições não-cumulativas. Neste Valor das compras do mês (sem IPI): R$
sentido, deve ser adotado, quanto a estas 100.000,00
contribuições, a mesma sistemática conferida
à Contabilização do ICMS, uma vez que Crédito do PIS R$ 100.000,00 x 1,65% = R$
estas geram créditos em relação a operações 1.650,00
anteriores.
D. PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
Em conta específica (Recuperação de PIS) C. Custo da Mercadoria Vendida ou Estoques
deve ser contabilizado o crédito valendo (Conta de Resultado ou Ativo Circulante)
como redutor do custo da mercadoria ou da R$ 1.650,00
despesa na prestação de serviços.
Nota: Se as mercadorias correspondentes D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
estiverem em estoque, deve-se creditar a C - PIS Crédito de Custos ou Despesas
respectiva conta de estoques, ou Operacionais* (Conta de Resultado)
proporcionalmente, caso parte das R$ 82,50
mercadorias tenham sido vendidas e parte
ficaram em estoques. * Estas contas são redutoras de custos ou
despesas.
CRÉDITO DE DEPRECIAÇÃO
CRÉDITO RELATIVO Á DEVOLUÇÃO
Depreciação no mês R$ 916,00 x 1,65% = R$ DE VENDAS
15,11
Devolução de vendas no valor de R$
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) 4.000,00 x 1,65% = R$ 66,00
C - Custo dos Produtos Vendidos* (Conta de
Resultado) D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ 15,11 C - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
R$ 66,00
* Lançamento para depreciação relativa a
custos de produção. Se a depreciação se Nota: na prática, o crédito do PIS de
referir a despesas gerais (por exemplo, devoluções de vendas é um estorno da
depreciação de computadores), lança-se a despesa do PIS contabilizada anteriormente,
crédito de uma conta específica de redução de por isso, o crédito do mesmo recai sobre a
despesas administrativas ("PIS crédito de própria conta de resultado onde foi
depreciações" ou semelhante). contabilizado o PIS sobre as vendas.

CRÉDITO DE DESPESAS FINANCEIRAS DÉBITO DO PIS

Despesas Bancárias no mês R$ 500,00 x Total da receita bruta: R$ 250.000,00


1,65% = R$ 8,25
Débito do PIS: R$ 250.000,00 x 1,65% =
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) 4.125,00
C - PIS Crédito de Despesas Financeiras*
(Conta de Resultado) D - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
R$ 8,25 C - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 4.125,00
* Esta conta é redutora das despesas
financeiras. APURAÇÃO CONTÁBIL DO PIS A
RECOLHER:
Nota: observar que as despesas financeiras
não geram mais créditos do PIS, a partir de Pela transferência dos créditos do PIS,
01.08.2004. apurados no mês, á conta de PIS a Recolher:

CRÉDITO DE ENERGIA ELÉTRICA E D - PIS a Recolher (Passivo Circulante)


OUTRAS DESPESAS C - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ * (conforme valor apurado no mês)
Energia Elétrica no mês R$ 1.000,00 x 1,65%
= R$ 16,50 * Se o saldo do PIS a Recuperar for superior
ao débito apurado no período, deve-se
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante) transferir só o montante exato para zerar a
C - PIS Crédito de Energia Elétrica* (Conta conta de PIS a Recolher, sendo o saldo
de Resultado) remanescente mantido na Conta de PIS a
R$ 16,50 Recuperar, para futura compensação com o
próprio PIS ou outros tributos federais.
Aluguéis pagos a pessoa jurídica: R$
5.000,00 x 1,65% R$ 82,50 APLICAÇÃO DO PRESENTE TÓPICO
AOS CRÉDITOS DA COFINS A PARTIR
DE 01.02.2004
Se aplica a contabilização explanada também por cento) do custo total dos produtos
á COFINS não cumulativa, a partir de vendidos no exercício social anterior.
01.02.2004, adaptando-se somente as contas
contábeis relativa a esta contribuição. Bens de consumo eventual são aqueles de uso
imprevisível ou de freqüência irregular ou
esporádica no processo produtivo, tais como
(PN CST nº 70/79):
Matérias-primas
a) materiais destinados a restaurar a
Engloba todos os materiais a serem utilizados integridade ou da apresentação de produtos
ou transformados no processo produtivo. danificados;
b) materiais e produtos químicos para testes;
Material de Embalagem c) produtos químicos e outros materiais para
remoção de impurezas de recipientes
Abriga os itens de estoque que se destinam à utilizados no processo produtivo;
embalagem ou acondicionamento dos d) embalagens especiais utilizadas, por
produtos para venda. exemplo, para atender determinadas
necessidades de transporte;
Manutenção e Suprimento e) produtos para retificar deficiências
reveladas pelas matérias-primas ou produtos
intermediários;
Nessa conta são registrados os valores
f) materiais destinados ao reparo de defeitos
relativos aos estoques de peças para
ocorridos durante a produção;
manutenção de máquinas, equipamentos,
g) produtos a serem utilizados em serviço
edifícios, etc., que serão utilizados em
especial de manutenção.
consertos.
Estoques de Terceiros
No caso de troca de peças mediante baixa da
peça anterior, o valor das peças será agregado
ao imobilizado e não apropriado como Quando há recebimento de estoques de
despesas. terceiros, como, por exemplo, materiais que
serão beneficiados (industrialização por
encomenda), contabiliza-se os materiais
Importação em Andamento
recebidos em uma conta especial de estoques,
em contrapartida a uma conta de obrigação.
Serão registrados nessa conta os custos
incorridos relativos às importações em
Exemplo:
andamento de matérias-primas ou itens
destinados ao estoque.
Recebimento de materiais, no valor de R$
1.000,00 – referente nota fiscal de remessa de
Almoxarifado e Bens de Consumo
cliente, para industrialização.
Eventual
Na entrada dos materiais de terceiros a serem
Nessa conta são registrados itens de estoque
processados se lançará:
de consumo geral, tais como: material de
escritório, produtos de higiene, produtos para
alimentação dos funcionários, etc. D - Estoques de Terceiros (Ativo Circulante)
C - Estoques a Industrializar (Passivo
Circulante)
É comum às empresas lançarem tais valores
R$ 1.000,00
como despesas no momento da compra,
mantendo à parte um controle quantitativo,
uma vez que tais itens, na maioria das vezes, Posteriormente, na devolução dos materiais,
representam uma quantidade muito grande de são cobrados R$ 500,00 relativamente ao
itens, mas de pequeno valor, não afetando os serviço de industrialização. Lançamentos por
resultados. ocasião da saída da mercadoria:

Poderá ser registrado diretamente como custo a) Pelo registro da devolução da mercadoria
de produção a aquisição de bens de consumo industrializada:
eventual, cujo valor não exceda a 5% (cinco
D - Estoques a Industrializar (Passivo Para constituição da provisão é necessário
Circulante) que se especifique, item por item, os bens
C - Estoques de Terceiros (Ativo Circulante) que, comprovadamente, estejam com preço
R$ 1.000,00 de mercado inferior ao seu custo.

b) Valor dos serviços de industrialização Segundo o artigo 183 da Lei das Sociedades
cobrados: por Ações (Lei nº 6.404/76), considera-se
valor de mercado:
D - Clientes (Ativo Circulante)
C - Receita de Serviços de Industrialização a) das matérias-primas e dos bens em
(Conta de Resultado) almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
R$ 500,00 repostos, mediante compra no mercado; e
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o
AMOSTRAS preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais
Quando a empresa efetuar a distribuição de despesas necessárias para a venda, e a
amostras ou outros itens similares, os valores margem de lucro.
dispendidos na aquisição ou produção de tais
itens devem ser registrados em conta de Para fins fiscais, esta provisão passou a ser
estoque de amostras grátis. A apropriação dos indedutível para efeito de apuração do lucro
custos ao resultado deve ser feita, com real a partir de 01.01.1996 (Lei nº 9.249/95,
observância do regime de competência, no art. 13, I).
período da distribuição das amostras grátis,
debitando-se a conta de despesas com vendas PROVISÃO PARA PERDAS EM
no resultado e creditando-se a conta estoque ESTOQUES
de amostra grátis.
As quebras e perdas conhecidas em estoques
BONIFICAÇÕES ou calculadas por estimativa, relativas a
estoques obsoletos ou que se perdem ou
Quando a empresa vende mercadorias e dá evaporam no processo produtivo, são
uma quantidade extra a título de bonificação, ajustadas mediante a constituição da provisão
deve o registro contábil dessa quantidade para perdas em estoques, classificada como
extra ser feito como acréscimo ao custo das redutora do subgrupo estoques, tendo como
mercadorias vendidas e não como despesas contrapartida uma conta de despesa no
de vendas. No comprador as mercadorias resultado, não dedutível para efeitos fiscais.
recebidas em bonificação devem provocar a
redução do custo unitário comprado. Exemplo:

ADIANTAMENTO A FORNECEDORES Empresa inventariou estoques em 31 de


dezembro e encontrou R$ 4.000,00 em
Os adiantamentos efetuados a fornecedores almoxarifado, correspondente a itens
de matéria-prima ou produto para revenda são obsoletos e que não terão mais uso dentro das
registrados nessa conta; a baixa será efetuada atividades normais.
por ocasião do efetivo recebimento,
registrando-se o custo total na correspondente D - Perdas com Estoques Obsoletos (Conta
conta do estoque, e caso haja saldo a pagar, de Resultado)
na conta fornecedores, no passivo circulante. C - Provisão para Perdas em Estoques (Conta
Redutora – Estoques – Ativo Circulante)
PROVISÃO PARA AJUSTE DO ESTOQUE R$ 4.000,00
AO VALOR DE MERCADO
IMPOSTOS PAGOS NA AQUISIÇÃO
O custo de aquisição ou produção dos bens
existentes na data do balanço deverá ser Os impostos não cumulativos que devam ser
ajustado ao valor de mercado, mediante a recuperados não se computam no custo de
constituição de uma provisão, quando este for aquisição das mercadorias ou matérias-
menor, que será classificada como conta primas, devendo ser registrados em conta
redutora do subgrupo estoques. específica de impostos a recuperar. Impostos
não cumulativos são aqueles que em cada 10.000,00
operação sucessiva é abatido o montante D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
cobrado na operação anterior, como é o caso 12.000,00
do ICMS e do IPI. C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
110.000,00
O ICMS e o IPI integrarão o custo das
mercadorias, matérias-primas ou outros itens Lançamento por ocasião do término do
integrantes do estoque quando o contribuinte período de apuração do IPI e do ICMS,
não puder recuperá-los nas operações transferindo-se o saldo das contas respectivas
subseqüentes, nos casos previstos na para a conta do passivo:
legislação específica.
D - ICMS a Recolher (Passivo Circulante)
Para maiores detalhes, acesse o tópico “ICMS C - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)
e IPI Recuperáveis” R$ 12.000,00

ICMS E IPI RECUPERÁVEIS D - IPI a Recolher (Passivo Circulante)


C - IPI a Recuperar (Ativo Circulante)
O IPI e o ICMS pagos na aquisição de R$ 10.000,00
mercadorias para revenda e de insumos da
produção industrial (matérias-primas, ICMS SOBRE FRETES RECUPERÁVEIS
materiais intermediários e embalagens) não
devem integrar o respectivo custo, quando O ICMS sobre fretes de insumos adquiridos,
forem recuperáveis mediante crédito nos quando recuperável, é deduzido do respectivo
livros fiscais pertinentes. Também nas custo de aquisição.
aquisições para realização de serviços de
transportes, comunicações e fornecimento de Exemplo:
energia, o ICMS pago, quando recuperável,
não integra o respectivo custo. Custo de frete de matéria prima adquirida,
cujo valor de transporte foi de R$ 10.000,00,
IPI E ICMS NA IMPORTAÇÃO sendo recuperáveis R$ 1.200,00 de ICMS:

A segregação do custo de aquisição aplica-se D - Estoques de Matérias Primas (Ativo


inclusive aos impostos recuperáveis Circulante) R$ 8.800,00
(IPI/ICMS) pagos na importação de D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$
mercadorias destinadas à revenda ou 1.200,00
matérias-primas e outros materiais destinados C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$
à industrialização. 10.000,00

CONTABILIZAÇÃO

Uma forma de contabilizar os impostos ESTORNOS E RETIFICAÇÕES DE


recuperáveis pagos na aquisição de LANÇAMENTOS
mercadorias e insumos da produção é o
registro, por ocasião da aquisição desses Os erros de escrituração devem ser corrigidos
bens, em contas próprias, classificáveis no mediante retificação de lançamento através
ativo circulante, intituladas “IPI a Recuperar” de estorno, complementação e transferência.
e "ICMS a Recuperar”. É de especial importância o detalhamento, no
campo destinado ao histórico, do tipo de
Exemplo: operação que está sendo realizada e a que
lançamento se refere o ajuste, assegurando
Aquisição de R$ 110.000,00 de materiais um melhor entendimento e facilitando o
para a produção, sendo recuperáveis R$ rastreamento dos lançamentos realizados.
10.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de ICMS:
Estorno: é utilizado quando ocorre a
D - Estoque de Matérias-primas (Ativo duplicidade de um mesmo lançamento
Circulante) R$ 88.000,00 contábil ou por erro de lançamento da conta
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ debitada ou da conta creditada.
Complementação: é efetuada para corrigir o D - Caixa
valor anteriormente registrado, aumentando-o C - Matéria Prima
ou reduzindo-o. R$ 1.000,00

Transferência: regulariza o lançamento da Para regularização, primeiro estorna-se o


conta debitada ou creditada indevidamente, lançamento anterior, mediante lançamento
através da transposição do valor para a conta inverso com histórico descritivo:
adequada.
D - Matéria Prima
Os lançamentos realizados fora da época C - Caixa
devida deverão registrar nos seus históricos, R$ 1.000,00
as datas de sua efetiva ocorrência e o(s)
motivo(s) do atraso. A seguir, faz-se o lançamento correto:

Exemplos: D - Matéria Prima


C - Caixa
Erro de Valor: Pagamento de salários no R$ 1.000,00
valor de R$ 1.000,00, em dinheiro.
EXAUSTÃO DE RECURSOS
Lançamento realizado: FLORESTAIS

D - Salários a Pagar Exaustão é a redução do valor de


C - Caixa investimentos necessários à exploração de
R$ 100,00 recursos minerais ou florestais.

Regularização, mediante lançamento De acordo com o art. 328 do RIR/99 poderá


complementar devidamente identificado no ser computada, como custo ou encargo, em
histórico: cada período, a importância correspondente à
diminuição do valor de recursos florestais,
D - Salários a Pagar resultante de sua exploração.
C - Caixa
R$ 900,00 Em se tratando de florestas ou mesmo de
vegetais de menor porte, a empresa pode
Troca de Contas: Compra a vista de matéria- utilizar quotas de depreciação, amortização
prima, por R$ 10.000,00 ou quota de exaustão.

Lançamento realizado: A quota de depreciação é utilizada quando a


floresta é destinada à exploração dos
D - Matéria-prima respectivos frutos. Neste caso, o custo de
C - Fornecedores aquisição ou formação da floresta é
R$ 10.000,00 depreciado em tantos anos quantos forem os
de produção de frutos.
A conta correta a crédito é “Caixa”. A
regularização será feita mediante A amortização, por sua vez, é utilizada para
transferência entre contas, com detalhamento os casos de aquisição de floresta de
no histórico: propriedade de terceiros, apropriando-se o
custo ou encargo ao longo do período
D - Fornecedores determinado, contratado para a exploração.
C - Caixa
R$ 10.000,00 Por fim, na hipótese de floresta própria, o
custo de sua aquisição ou formação será
Inversão de Contas: Compra de matéria objeto de quotas de exaustão, à medida e na
prima, à vista, por R$ 1.000,00 proporção em que seus recursos forem sendo
exauridos. Da mesma forma, serão lançadas
Lançamento efetuado: quotas de exaustão quando a floresta
pertencer a terceiro e for explorada em
função de contrato por prazo indeterminado.
LIMITE Valor contábil da floresta em 31 de
dezembro: R$ 400.000,00
A depreciação, amortização e exaustão Exaustão acumulada até 31 de dezembro: R$
devem ser reconhecidas até que o valor 100.000,00
residual do ativo seja igual ao seu valor
contábil (NBC 19.5.4.4). Cálculo da quota de exaustão:

DETERMINAÇÃO DA QUOTA DE 400.000,00 x 6,25% = 25.000,00.


EXAUSTÃO
O registro contábil da quota de exaustão no
Para o cálculo da quota de exaustão de mês de janeiro será feito do seguinte modo:
recursos florestais, deverão ser observados os
seguintes critérios: D - Exaustão de Recursos Florestais
(Resultado)
a) apurar-se-á, inicialmente, o percentual que C - Exaustão Acumulada - Florestas
o volume dos recursos florestais utilizados ou (Permanente)
a quantidade de árvores extraídas durante o R$ 25.000,00
período representa em relação ao volume ou à
quantidade de árvores que no início do Floresta Plantada
período compunham a floresta;
b) o percentual encontrado será aplicado No caso de floresta plantada, a quota de
sobre o valor da floresta, registrado no ativo, exaustão será determinada mediante a relação
e o resultado será considerado como custo percentual existente entre a quantidade de
dos recursos florestais extraídos. árvores extraídas durante o período de
apuração e a quantidade existente no início
Floresta Natural desse mesmo período.

Tratando-se de floresta natural, a quota de Floresta Plantada = A x 100 / B = %


exaustão será determinada mediante relação A = número de árvores extraídas no período
percentual entre os recursos florestais de apuração
extraídos no período e o volume dos recursos B = número de árvores existentes no início do
florestais existentes no início do mesmo período de apuração
período.
Exemplo:
Floresta Natural = x.100 / y = %
onde: Considerando-se que o número de árvores
x = área explorada no período cortadas no mês de janeiro tenha atingido
y = área total dos recursos no início do 10.000 unidades e que a quantidade existente
período no início desse mesmo período era de 80.000
árvores. O percentual de exaustão será
Exemplo: calculado do seguinte modo:

Considerando-se que no início do ano a 10.000 x 100 / 80.000 = 12,5%


empresa possuía 80 hectares de florestas
naturais e a quantidade extraída no mês de Considerando-se, ainda que o valor contábil
janeiro correspondeu a uma área de 5 da floresta em 31 de dezembro era de R$
hectares. O percentual de exaustão será 250.000,00, o valor do encargo de exaustão
calculado do seguinte modo: corresponderá a:

5 ha x 100 / 80 ha = 6,25% 250.000,00 x 12,5% = 31.250,00

Dando seqüência ao exemplo, admitindo-se O lançamento contábil no mês de janeiro


que a empresa apresente os seguintes dados: poderá ser feito do seguinte modo:

D - Exaustão de Recursos Florestais


(Resultado)
C - Exaustão Acumulada - Florestas (Ativo
Permanente) 1) com base na relação existente entre a
R$ 31.250,00 extração efetuada no respectivo período de
apuração com a possança conhecida da mina
NÃO EXTINÇÃO NO PRIMEIRO CORTE (quantidade estimada de minérios da jazida);

O Parecer Normativo nº 18/79 definiu que o 2) com base no prazo de concessão para
custo de formação de florestas ou de exploração da jazida.
plantações de certas espécies vegetais que
não se extinguem no primeiro corte, voltando O critério a ser observado será aquele que
depois deste a produzir novos troncos ou proporcionar maior percentual de exaustão
ramos, permitindo um segundo, ou até no período.
terceiro corte, deve ser objeto de quotas de
exaustão, ao longo do período de vida útil do Exemplo:
empreendimento, efetuando-se os cálculos
em função do volume extraído em cada Possança conhecida da mina - 10.000
período, em confronto com a produção total toneladas
esperada, englobando os diversos cortes. Extração efetuada no ano - 2.000 toneladas
Prazo para término da concessão - 6 anos
EXAUSTÃO DE RECURSOS MINERAIS
No exemplo acima, a produção corresponde a
Exaustão é a redução do valor de 20% (vinte por cento) da possança conhecida
investimentos necessários à exploração de e isso significa que a jazida estará exaurida
recursos minerais ou florestais. no prazo de 5 (cinco) anos, inferior, portanto,
ao prazo para término da concessão, que
A diminuição de recursos minerais resultante corresponde a 6 (seis) anos.
da sua exploração deverá ser computada
como custo ou encargo. Neste caso, a quota de exaustão será
calculada em função da possança conhecida
A sistemática para a determinação da quota da jazida.
anual de exaustão é semelhante àquela
aplicada no cálculo do encargo anual de CÁLCULO DA EXAUSTÃO REAL
depreciação.
O critério adotado na determinação da quota
A base de cálculo da quota anual de exaustão anual de exaustão é o mesmo aplicado no
é o custo de aquisição dos recursos minerais cálculo da quota de depreciação.
explorados.
Desta forma, a medida que os recursos
LIMITE minerais vão se exaurindo, registra-se na
contabilidade, simetricamente à possança
A depreciação, amortização e exaustão conhecida da jazida, a quota de exaustão.
devem ser reconhecidas até que o valor
residual do ativo seja igual ao seu valor Exemplo:
contábil (NBC 19.5.4.4).
Cálculo da quota anual de exaustão
DETERMINAÇÃO DA QUOTA ANUAL considerando-se os seguintes dados:

O montante anual da quota de exaustão será Valor contábil da jazida - R$ 30.000,00


determinado com base no volume da Exaustão acumulada - R$ 6.000,00
produção do ano e sua relação com a Possança conhecida da jazida - 5.000
possança conhecida da mina, ou em função toneladas
do prazo de concessão para sua exploração. Produção do período - 750 toneladas
Prazo para término da concessão - 8 anos
Existem, portanto, dois critérios para o
cálculo da quota de exaustão de recursos Encargo de exaustão a ser apropriado como
minerais, a saber: custo do período:
1) Relação entre a produção no período e a circulação do local de seu estabelecimento
possança conhecida da mina: aviso concernente ao fato e deste dará
minuciosa informação, dentro de 48 (quarenta
750 toneladas x 100 / 5.000 = 15% e oito) horas ao órgão competente do
R$ 30.000,00 x 15% = R$ 4.500,00 Registro do Comércio – art. 10 do Decreto
Lei 486/1969.
2) Prazo para término da concessão:
Deverá ser remetida cópia dessa comunicação
100 / 8 = 12,5% ao órgão da Secretaria da Receita Federal de
R$ 30.000,00 x 12,5% = R$ 3.750,00 sua jurisdição (art. 264, § 1º do RIR/99).

No exemplo, o prazo para término da REINÍCIO DA ESCRITURAÇÃO


concessão é de 8 (oito) anos e, assim sendo, o
encargo a ser contabilizado será no valor de Para reiniciar a escrituração dos livros
R$ 4.500,00, uma vez que a jazida estará contábeis (diário e razão), a empresa deverá
exaurida antes do término do prazo de levantar balanço de abertura, constando todos
concessão. os itens patrimoniais na data do reinício da
escrituração.
Se, por outro lado, o volume de produção do
período fosse de 500 toneladas, o cálculo da Para maiores detalhamentos sobre
quota de exaustão seria efetuado em função procedimentos de balanço de abertura, leia o
do prazo de concessão para exploração da tópico "Balanço de Abertura", neste guia.
jazida.
ARBITRAMENTO DO LUCRO
Contabilização:
Ressalte-se que a perda dos livros ou
D – Exaustões de Recursos Minerais (Conta documentos implica arbitramento, pois se o
de Resultado) contribuinte não mantiver escrituração na
C – Exaustão Acumulada – Mina XYZ forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar
(Imobilizado – Permanente) de elaborar as demonstrações financeiras
R$ 4.500,00 exigidas pela legislação fiscal, nos casos em
que o mesmo se encontre obrigado ao lucro
RECURSOS MINERAIS INESGOTÁVEIS real, estará sujeito ao lucro arbitrado (RIR/99
art. 530).
De acordo com o § 3º do artigo 330 do
RIR/99, fica inviabilizado o cálculo e Idêntica situação aos contribuintes optantes
apropriação de quotas de exaustão real em pelo lucro presumido que não apresentarem o
relação aos recursos minerais inesgotáveis ou Livro caixa e dos demais livros obrigatórios
de exaurimento interminável, como as de (livro de inventário, entradas e saídas, etc.).
água mineral, não se admitindo, assim, que as
empresas mineradoras que exploram tais Entretanto, caso o contribuinte consiga
recursos minerais possam contabilizar, em recompor a escrituração nos prazos exigidos
relação a essa atividade, parcelas de exaustão pela legislação, é admissível dispensar o
a qualquer título. arbitramento do lucro, porque estarão
afastadas as hipóteses compulsórias previstas
Entretanto, obviamente, se houver período no Regulamento do Imposto de Renda.
determinado de exploração, contratualmente
fixado, a exaustão poderá ser calculada pelo FACTORING
período transcorrido do contrato.
Empresas de Factoring são aquelas que
EXTRAVIO DE DOCUMENTOS OU exploram as atividades de prestação
LIVROS cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão
Ocorrendo extravio, deterioração ou de crédito, seleção de riscos, administração
destruição de livros, fichas, documentos ou de contas a pagar e a receber, compras de
papéis de interesse da escrituração, o direitos creditórios resultantes de vendas
comerciante fará publicar em jornal de grande
mercantis a prazo ou de prestação de Podem, ainda, constar da folha de pagamento
serviços. de salários, as verbas pagas aos funcionários
por ocasião da rescisão de contrato de
Base: Lei 8981/95, art. 36, com a redação trabalho.
dada pelo art. 58 da Lei 9.430/96.
OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO
A receita obtida pelas empresas de factoring, CONTÁBIL DA COMPETÊNCIA
representada pela diferença entre a quantia
expressa no titulo de crédito adquirido e o Normalmente os salários são pagos até o 5º
valor pago, deverá ser reconhecida, para dia útil do mês seguinte ao de referência,
efeito de apuração do lucro líquido do exceto os casos em que os acordos ou
período - base, na data da operação. convenções coletivas estabelecem prazos
menores.
EXEMPLOS DE REGISTROS CONTÁBEIS
No entanto, a contabilização da folha de
Registros na Empresa Faturizada - pagamento de salários deve ser efetuada
Empresa Alienante do Título observando-se o regime de competência, ou
seja, os salários devem ser contabilizados no
Considerando que a empresa "Alfa" vendeu a mês a que se referem ainda que o seu
uma empresa de factoring uma carteira de pagamento seja efetuado no mês seguinte.
duplicatas no valor de R$ 50.000,00, e
recebeu por essa venda a quantia de R$ No caso do valor relativo às férias e ao 13º
40.000,00, teremos os seguintes lançamentos salário, a empresa deve apropriar estes
contábeis: valores mensalmente em obediência ao
regime de competência, efetuando a provisão
D - Banco Conta Movimento (Ativo para o pagamento dessas verbas. Se a
Circulante) R$ 40.000,00 empresa não faz a provisão, esses valores
D - Despesas Financeiras (Conta de serão apropriados como custo ou despesa por
Resultado) R$ 10.000,00 ocasião do respectivo pagamento.
C - Duplicatas A Receber (Ativo Circulante)
R$ 50.000,00 Sobre a constituição da Provisão para Férias e
Provisão para o 13º Salário, leia os tópicos
Registros na Empresa Faturizadora - específicos neste guia
Empresa Adquirente do Título
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
D - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
R$ 50.000,00 Os salários e encargos incidentes sobre os
C - Banco Conta Movimento (Ativo mesmos, classificam-se como despesas
Circulante) R$ 40.000,00 operacionais, quando referentes a
C - Receita de Faturização (Conta de funcionários das áreas comercial e
Resultado) R$ 10.000,00 administrativa, e como custo de produção ou
de serviços, quando referentes a funcionários
FOLHA DE PAGAMENTO dos setores de produção e os alocados na
execução de serviços objeto da empresa.
Na folha de pagamento, além dos salários dos
funcionários, constam também outros valores, EXEMPLO DE LANÇAMENTOS
tais como: férias, 13º salário, INSS e IRRF CONTÁBEIS
descontados dos salários, aviso prévio, valor
do desconto relativo ao vale transporte e às Empresa comercial apresentou o seguinte
refeições e ainda o valor do FGTS incidente resumo da folha de pagamento:
sobre os salários.

I - Folha de Pagamento de Salários do Mês de Outubro/2003:

DESCRIÇÃO VALOR - R$
Salários 15.000,00
Aviso Prévio indenizado 800,00
Férias indenizadas 700,00
Salário maternidade 1.800,00
Salário família 30,00
13º salário – quitação 500,00
Total das verbas 18.830,00

DESCONTOS VALOR - R$
Adiantamento de salário 6.000,00
INSS sobre salários 1.425,00
INSS sobre 13º salário 40,00
Vale-transporte 740,00
Plano de Alimentação do Trabalhador 980,00
Assistência Médica 630,00
Faltas e atrasos 90,00
IRRF sobre salários 710,00
Contribuição Sindical 30,00
Total dos descontos 10.645,00
Valor líquido da folha de pagamento R$ 8.185,00

II - Contribuição Previdenciária a Recolher

INSS sobre salários R$ 4.200,00


INSS sobre 13º salário R$ 130,00
(=) INSS devido pela empresa R$ 4.330,00
(+) INSS descontado dos empregados R$ 1.465,00
(-) Salário família R$ 30,00
(-) Salário maternidade R$ 1.800,00
(=) Valor líquido a recolher na GPS R$ 3.965,00

III - Contribuição ao FGTS a Recolher

Parcela incidente sobre a folha de pagamento R$ 1.324,00


(+) Contribuição ao FGTS sobre 13º salário - rescisão: R$ 42,50
(=) Valor da contribuição ao FGTS devida R$ 1.366,50

Outros dados: D - Adiantamento de Salários (Ativo


Circulante) R$ 6.000,00
A rescisão de contrato de trabalho é por C - IRRF a Recolher (Passivo Circulante) R$
dispensa sem justa causa, ocorrida no dia 150,00
31.10.2003 e o pagamento será feito até o 2º C - Banco Conta Movimento (Ativo
dia útil subseqüente. Circulante) R$ 5.750,00

A contribuição ao FGTS sobre os salários e 2) Pelo pagamento do IRRF sobre o


sobre os valores devidos na rescisão foi adiantamento:
depositada nas respectivas contas vinculadas.
D - IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
O adiantamento de salário foi pago no dia C - Banco Conta Movimento (Ativo
20.10.2003, e sobre esse valor foi retido o Circulante)
IRRF no valor de R$ 150,00. R$ 150,00

A empresa provisiona mensalmente o valor 3) Pela provisão dos valores relativos aos
das férias, o 13º salário e os encargos sociais. salários e ao aviso prévio indenizado:

Lançamentos contábeis: D - Folha de Pagamento (Resultado)


C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
1) Pelo valor do adiantamento de salário pago Circulante)
no dia 20.10.2003: R$ 15.800,00
4) Pela baixa da provisão para férias e C - Contribuição Sindical a Recolher (Passivo
encargos incidentes sobre essa verba, pelo Circulante) R$ 30,00
valor a ser pago na rescisão, tendo em vista C - IRRF a Recolher (Passivo Circulante) R$
que esses valores já foram provisionados 710,00
anteriormente: C - INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$
1.465,00
D - Provisão de Férias (Passivo Circulante)
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo 10) Pelo valor descontado dos salários
Circulante) relativos à faltas e atrasos:
R$ 700,00
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
5) Pela baixa da provisão para 13º salário e Circulante)
encargos incidentes sobre essa verba, pelo C - Folha de Pagamento (Resultado)
valor a ser pago na rescisão tendo em vista R$ 90,00
que esses valores já foram provisionados
anteriormente: 11) Pelos valores relativos à Assistência
Médica, Vale-Transporte e Plano de
D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante) Alimentação do Trabalhador, descontados
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo dos funcionários:a) Assistência Médica
Circulante)
R$ 500,00 D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante)
6) Pelo valor da contribuição FGTS incidente C - Adiantamentos – Folha de Pagamento –
sobre a parcela do 13º salário pago na Assistência Médica (Ativo Circulante)
rescisão: R$ 630,00

D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante) b) Vale Transporte:


C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 42,50 D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante)
7) Pelo valor da contribuição ao FGTS sobre C - Vale Transporte (Conta de Resultado)
a folha de salários: R$ 740,00

D - FGTS sobre Folha de Pagamento c) Plano de Alimentação do Trabalhador:


(Resultado)
C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante) D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
R$ 1.324,00 Circulante)
C - Programa de Alimentação dos
8) Pelo valor do salário-família e salário Empregados (Conta de Resultado)
maternidade que serão deduzidas do valor do R$ 980,00
"INSS a recolher":
12) Pela transferência do valor dos
D - INSS a Recolher (Passivo Circulante) adiantamentos concedidos:
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
Circulante) D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo
R$ 1.830,00 Circulante)
C - Adiantamento de Salários (Ativo
Nota: Circulante)
Salário-Família R$ 30,00 R$ 6.000,00
Salário Maternidade R$ 1.800,00
13) INSS da empresa sobre os salários e o 13º
9) Pelo valor da contribuição sindical, INSS pago na rescisão:
sobre salários e 13º salário e IRRF
descontados em folha de pagamento: D - INSS - Folha de Pagamento (Resultado)
R$ 4.200,00
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo D - Provisão 13º Salário (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 2.205,00 R$ 130,00
C - INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ Os eventos em decorrência de sinistro
4.330,00 (incêndio, roubo ou acidente), cobertos por
seguro, devem ser registrados contabilmente,
14) Pelo pagamento dos salários (total líquido por ocasião de sua ocorrência.
da folha de R$ 8.185,00 menos os valores a
pagar em rescisão de contrato de R$ Exemplo:
2.000,00):
Registro de acidente, onde houve perda total
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo de veículo registrado no ativo imobilizado da
Circulante) empresa, no valor de R$ 40.000,00, sendo R$
C - Banco Conta Movimento (Ativo 10.000,00 de depreciação. O valor de
Circulante) mercado do bem, na data do evento, coberto
R$ 6.185,00 pela seguradora, é de R$ 32.000,00.

15) Pelo pagamento das verbas rescisórias 1. Pela baixa do bem em decorrência do
(aviso prévio, 13º salário e férias): acidente:

D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo D - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado


Circulante) Não Operacional)
C - Banco Conta Movimento (Ativo C - Veículos (Imobilizado)
Circulante) R$ 40.000,00
R$ 2.000,00
2. Pela baixa da depreciação registrada:
16) Pelo pagamento do FGTS:
D - Depreciação – Veículos (Imobilizado)
D - FGTS a Recolher (Passivo Circulante) C - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
C - Banco Conta Movimento (Ativo Não Operacional)
Circulante) R$ 10.000,00
R$ 1.366,50
3. Pelo registro da cobertura do sinistro, a ser
17) Pelo Pagamento do INSS: recebido da seguradora:

D - INSS a Pagar (Passivo Circulante) D - Indenizações de Seguros a Receber


C - Banco Conta Movimento (Ativo (Ativo Circulante)
Circulante) C - Ganhos ou Perdas de Capital (Resultado
R$ 3.965,00 Não Operacional)
R$ 32.000,00
18) Pelo pagamento da contribuição sindical:
4. Por ocasião do recebimento da
D - Contribuição Sindical a Pagar (Passivo indenização, faz-se a baixa do valor a
Circulante) receber, da seguinte forma:
C - Banco Conta Movimento (Ativo
Circulante) D - Bancos Cta. Movimento (Ativo
R$ 30,00 Circulante)
C - Indenizações de Seguros a Receber
9) Pelo pagamento do IRRF: (Ativo Circulante)
R$ 32.000,00
D - IRRF a Recolher (Passivo Circulante)
C - Banco Conta Movimento (Ativo INVENTÁRIO DE ESTOQUES
Circulante)
R$ 710,00 No final de cada exercício, as empresas
devem inventariar seus estoques de materiais
INDENIZAÇÃO RECEBIDA DA (matérias primas, materiais de embalagem,
SEGURADORA – SINISTROS DE BENS etc.), produtos acabados e em elaboração,
DO IMOBILIZADO serviços em andamento e mercadorias para
revenda.
Tal inventário deve ser escriturado no “Livro comerciais e conforme procedimentos
de Registro de Inventário”, sendo que devem contábeis normalmente utilizados, os
ser observadas as prescrições fiscais exigidas produtos em fabricação e acabados serão
(ICMS, IPI e Imposto de Renda). avaliados pelo custo de produção. Para isto, a
contabilidade deve atender os requisitos
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO anteriormente explanados, além de manter tal
sistema de custos integrado e coordenado
O custo das mercadorias revendidas e das com o restante da escrituração contábil.
matérias-primas utilizadas será determinado
com base em registro permanente de estoque A base da integração é o controle permanente
ou no valor dos estoques existentes, de de estoques, que normalmente é
acordo com o livro de inventário, no fim do informatizado e permite o acompanhamento
período de apuração. diário dos estoques (saldo inicial, compras,
saídas e saldo final), tanto físico quanto
O valor dos bens existentes no encerramento financeiro.
do período-base poderá ser o custo médio ou
dos bens adquiridos ou produzidos mais O plano de contas contábil deverá registrar
recentemente. todos os custos de produção (materiais, mão
de obra direta e gastos gerais de fabricação),
A empresa que mantiver sistema de custo transferindo-os aos custos dos produtos,
integrado e coordenado com o restante da mediante rateio ou planilha, cujos métodos
escrituração poderá utilizar os custos devem ser aplicados uniformemente.
apurados para avaliação dos estoques de
produtos em fabricação e acabados. Exemplo:

CONCEITO DE CUSTO INTEGRADO E Apuração dos custos de produção,


COORDENADO COM A ESCRITURAÇÃO transferidos para produtos em elaboração, de
empresa que mantém sistema de custos
Considera-se sistema de contabilidade de integrado e coordenado com o restante da
custo integrado e coordenado com o restante escrituração:
da escrituração aquele:
D – Produtos em Elaboração (Estoques –
I – apoiado em valores originados da Ativo Circulante) R$ 55.500,00
escrituração contábil (matéria-prima, mão-de- C – Transferência de Custos – Matéria Prima
obra direta, custos gerais de fabricação); (Conta de Resultado) R$ 20.000,00
II – que permite determinação contábil, ao C – Transferência de Custos – Mão de Obra
fim de cada mês, do valor dos estoques de Direta (Conta de Resultado) R$ 15.000,00
matérias-primas e outros materiais, produtos C – Transferência de Custos – Gastos Gerais
em elaboração e produtos acabados; de Fabricação (Conta de Resultado) R$
III – apoiado em livros auxiliares, fichas, 20.500,00
folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou Histórico: P/ transferência de custos do mês
rateio, tidos em boa guarda e de registros de novembro/2003.
coincidentes com aqueles constantes da
escrituração principal; Na seqüência, transfere-se o valor dos
IV – que permite avaliar os estoques produtos em elaboração que foram acabados
existentes na data de encerramento do no mês, conforme controle permanente de
período de apropriação de resultados segundo estoques:
os custos efetivamente incorridos.
D – Produtos Acabados (Estoques – Ativo
Base: art. 294 do RIR/99. Circulante)
C – Produtos em Elaboração (Estoques –
EMPRESA QUE MANTÉM SISTEMA Ativo Circulante)
INTEGRADO DE CUSTOS COM A R$ 50.000,00
CONTABILIDADE Histórico: P/ transferência de produtos
acabados p/ estoque.
Quando a empresa possui sistema de custos
regular, elaborado de acordo com as leis E, na seqüência, apura-se o Custo dos
Produtos Vendidos, transferindo-se
respectivo valor dos estoques de produtos Os estoques deverão ser avaliados de acordo
acabados: com o seguinte critério (RIR/1999, art. 296):

D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de a) os de materiais em processamento, por


Resultado) uma vez e meia o maior custo das matérias-
C – Produtos Acabados (Estoques – Ativo primas adquiridas no período, ou em 80% do
Circulante) valor dos produtos acabados, determinado de
R$ 45.000,00 acordo com a alínea "b" a seguir;
Histórico: P/ baixa de estoques de produtos b) os dos produtos acabados, em 70% do
vendidos no mês. maior preço de venda no período de
apuração.
EMPRESA QUE NÃO MANTÉM
CONTROLE DE ESTOQUES Os estoques de produtos agrícolas, animais e
extrativos poderão ser avaliados pelos preços
Para as empresas que não mantém registro correntes de mercado, conforme as práticas
permanente de estoque, e, por conseguinte, usuais em cada tipo de atividade (RIR/1999,
não têm condições de apurar o inventário art. 297). Essa faculdade é aplicável aos
físico-financeiro dos mesmos, deve-se atentar produtores, comerciantes e industriais que
para os critérios de avaliação dos estoques lidam com esses produtos (PN CST Nº
seguinte: 5/1986, subitem 3.3.1.2).

1. INSUMOS E MERCADORIAS: Exemplo:

Devem ser avaliadas pelo custo de aquisição Empresa que não mantém controle de
mais recente. estoques, levanta o seguinte inventário em 31
de dezembro:
2. PRODUTOS ACABADOS E EM
ELABORAÇÃO:

Item Estoque (unidades)


Produto Acabado YZ 50
Produto em Elaboração YZ 20
Matéria Prima AB 100
Material de Embalagem C 20

Dados: critérios exigidos pela legislação do Imposto


Maior preço de venda do Produto YZ: R$ de Renda:
50,00
Último Custo de Aquisição da Matéria Prima Produto Acabado YZ = R$ 50,00 x 70% = R$
AB: R$ 20,00 35,00
Último Custo de Aquisição do Material de Produto em Elaboração YZ = R$ 35,00 (valor
Embalagem C: R$ 10,00 do produto acabado YZ) x 80% = R$ 28,00

Temos então a seguinte valoração unitária Agora, pode-se completar o inventário, com a
dos estoques de produtos, conforme os respectiva valorização dos estoques, que
ficarão como segue:

Estoque Valor
Item (unidades) Unitário R$ Total
Produto Acabado X 50 35,00 1.750,00
Produto em Elaboração Y 20 28,00 560,00
Matéria Prima AB 100 20,00 2.000,00
Material de Embalagem C 20 10,00 200,00
Total R$ 4.510,00
Admitindo-se que a empresa tinha um saldo SERVIÇOS EM ANDAMENTO
contábil do exercício anterior de estoques
seguinte: Caso a empresa seja de serviços, e na data do
balanço esteja com serviços em execução,
Produtos Acabados - R$ 1.000,00 deverá apurar os respectivos custos de
Produtos em Elaboração - R$ 500,00 serviços e contabilizá-los como “serviços em
Matérias Primas - R$ 1.500,00 andamento” (conta de estoque).
Materiais de Embalagem - R$ 250,00
Para obtenção dos custos de serviços, para
Deve-se proceder, inicialmente, á “baixa” empresa que não mantém controle de
destes saldos, antes da contabilização dos apuração contábil dos respectivos custos,
estoques finais: efetua-se a avaliação dos mesmos, com base
em planilha específica, englobando o
D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) levantamento de todos os custos relacionados
C – Estoques de Produtos Acabados (Ativo ao serviço que está em execução, como: mão
Circulante) de obra (incluindo os respectivos encargos
R$ 1.000,00 sociais e trabalhistas), materiais e outros
custos aplicados diretamente (como locação
D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) de máquinas e equipamentos aplicados) e
C – Estoques de Produtos em Elaboração gastos indiretos dos serviços.
(Ativo Circulante)
R$ 500,00 Exemplo:

D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Empresa que não mantém contabilidade de


C – Estoques de Matérias Primas (Ativo custos integrada e coordenada com a
Circulante) escrituração contábil, apresenta os seguintes
R$ 1.500,00 serviços em andamento:

D – Estoques Iniciais (Conta de Resultado) Serviço A = 100 horas de atividades


C – Estoques de Materiais de Embalagem aplicadas
(Ativo Circulante) Serviço B = 20 horas de atividades aplicadas
R$ 250,00
Os custos apurados em planilha
Após os lançamentos acima, as contas de correspondem ao seguinte:
estoques estão zeradas, então se contabiliza o
inventário apurado: Serviço A:
Mão de obra (incluindo encargos sociais e
D – Estoques de Produtos Acabados (Ativo trabalhistas) R$ 29,00 por hora de atividade
Circulante) Materiais aplicados: R$ 1.090,00
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) Locação de equipamentos aplicados: R$
R$ 1.750,00 2.000,00
Gastos Indiretos (luz, água, telefone e outros)
D – Estoques de Produtos em Elaboração R$ 700,00
(Ativo Circulante)
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) Serviço B:
R$ 560,00 Mão de obra (incluindo encargos sociais e
trabalhistas) R$ 40,00 por hora de atividade
D – Estoques de Matérias Primas (Ativo Materiais aplicados: R$ 800,00
Circulante) Locação de equipamentos aplicados: R$
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) 750,00
R$ 2.000,00 Gastos Indiretos (luz, água, telefone e outros)
R$ 300,00
D – Estoques de Materiais de Embalagem
(Ativo Circulante) Nota: a alocação de gastos indiretos pode
C – Estoques Finais (Conta de Resultado) ser efetuada por critério de rateio (total de
R$ 200,00 gastos indiretos dividido pelo número de
horas de atividades no período, por
funcionário, etc.).
Com os dados acima, o inventário de serviços
em andamento ficaria:

Horas Valor Valor


Serviço A Aplicadas Hora Total
Mão de Obra 100 29,00 2.900,00
Materiais Aplicados 1.090,00
Locação de Equipamentos 2.000,00
Gastos Indiretos 700,00
Soma 6.690,00

Horas Valor Valor


Serviço B Aplicadas Hora Total
Mão de Obra 20 40,00 800,00
Materiais Aplicados 800,00
Locação de Equipamentos 750,00
Gastos Indiretos 300,00
Soma 2.650,00

Total do Inventário de Serviços (A+B) R$ em que tiver sido adquirido o respectivo


9.340,00 direito.

A contabilização ficaria (partindo do Exemplo:


pressuposto que no início do exercício não
havia estoques de serviços em andamento): Empresa "A" adquiriu ações da empresa "B"
em 31/10/2006. O valor da aplicação poderá
D – Serviços em Andamento (Estoques – permanecer no ativo circulante até
Ativo Circulante) 31/12/2007. Não ocorrendo a alienação até
C – Estoques Finais de Serviços (Conta de 31/12/2007, o valor correspondente será
Resultado) transferido para o subgrupo de investimentos
R$ 9.340,00 em 31/12/2007.

INVESTIMENTOS A intenção de permanência, em certos casos,


conforme esclarece o Parecer Normativo CST
No subgrupo Investimentos do Ativo 108/78, é presumida em função de critérios
Permanente devem ser classificadas as estabelecidos em lei. Assim a participação da
participações societárias permanentes, assim companhia em sociedades coligadas e
entendidas as importâncias aplicadas na controladas, dados os reflexos da aquisição
aquisição de ações e outros títulos de do investimento (expressiva participação no
participação societária, com a intenção de capital ou, então, assunção do controle
mantê-las em caráter permanente, seja para se societário) reveste-se da intenção de
obter o controle societário, seja por interesses permanência.
econômicos, entre eles, como fonte
permanente de renda. Será ainda presumida a intenção de
permanência em relação às participações em
Essa intenção será manifestada no momento sociedades por quotas de responsabilidade
em que se adquire a participação, mediante limitada, em razão da ausência de título
sua inclusão no subgrupo de investimentos representativo da respectiva quota e pela
(caso haja interesse de permanência) ou formalidade exigida para a sua transferência,
registro no ativo circulante (não havendo esse notadamente a necessidade de contrato
interesse). escrito, registrado no órgão competente.

Será, no entanto, presumida a intenção de EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL


permanência sempre que o valor registrado
no ativo circulante não for alienado até a data A equivalência patrimonial é o método que
do balanço do período-base seguinte àquele consiste em atualizar o valor contábil do
investimento ao valor equivalente à
participação societária da sociedade O lançamento contábil não se resume a
investidora no patrimônio líquido da “débito e crédito”, mas deve possuir também:
sociedade investida, e no reconhecimento dos
seus efeitos na demonstração do resultado do 1. O valor (ou valores); expresso em moeda
exercício. nacional.
2. Data do lançamento.
O valor do investimento, portanto, será 3. Histórico.
determinado mediante a aplicação da
porcentagem de participação no capital LANÇAMENTO DE PRIMEIRA
social, sobre o patrimônio líquido de cada FÓRMULA
sociedade coligada ou controlada.
É o registro do fato contábil que envolve uma
Para maiores detalhes, acesse o tópico conta devedora e outra conta credora.
“Equivalência Patrimonial”.
Exemplo:
CONTABILIZAÇÃO
Depósito bancário com recursos do caixa:
O valor de custo de aquisição será debitado á
conta que registrar o investimento e creditado Data do lançamento - 21/10/2006
á conta de origem dos recursos (caixa, bancos D - Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante)
cta. Movimento, contas a pagar, etc.). Histórico: N/depósito em dinheiro em
21/10/2006 - R$ 10.000,00
Exemplo: C - Caixa (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em dinheiro no
Aquisição de participação societária na Cia. Bradesco S/A - R$ 10.000,00
Industrial Modelo, no valor de R$
1.000.000,00, mediante contrato que preveja LANÇAMENTO DE SEGUNDA
o pagamento de R$ 400.000,00 à vista (pago FÓRMULA
em cheque) e o saldo em 45 dias.
É o registro do fato contábil que envolve uma
D – Cia. Industrial Modelo (Investimentos – conta devedora e mais de uma conta credora.
Ativo Permanente) R$ 1.000.000,00
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo Exemplo:
Circulante) R$ 400.000,00
C – Contas a Pagar – Aquisição de Depósito bancário, em parte com recursos do
Investimentos (Passivo Circulante) R$ caixa (dinheiro) e parte de cheques pré-
600.000,00 datados de clientes (conta cheques a cobrar):

Data do lançamento - 22/10/2006


D - Banco Bradesco S/A (Ativo Circulante)
Histórico: N/depósito em 22/10/2006 - R$
10.000,00
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS C - Caixa (Ativo Circulante)
Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2006,
O lançamento contábil é o registro do fato em dinheiro, Bradesco S/A - R$ 1.000,00
contábil. Todo fato que origina um C - Cheques a Cobrar (Ativo Circulante)
lançamento contábil deve estar suportado em Histórico: Parte de n/depósito em 22/10/2006,
documentação hábil e idônea. em cheque, Bradesco S/A - R$ 9.000,00

Os lançamentos contábeis podem ser: LANÇAMENTO DE TERCEIRA


FÓRMULA
a) lançamento de primeira fórmula;
b) lançamento de segunda fórmula; É o registro do fato contábil envolvendo mais
c) lançamento de terceira fórmula; de uma conta devedora e apenas uma conta
d) lançamento de quarta fórmula. credora.

Exemplo:
Venda de mercadoria, sendo uma parte à vista Nossa compra de um veículo nesta data
e outra a prazo.
O histórico deveria ser como segue:
Data do lançamento - 26/10/2006
D - Caixa (Ativo Circulante) Valor relativo n/aquisição de um veículo,
Histórico: Vlr. Recebido parte da NF 00676, marca XXX, mod. XXX, chassis
de J.Silva S/A. - R$ 10.000,00 xxxxxxxxxxx, conforme nota fiscal nº
D - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) xxxxxx, de xx/xx/xx, de José Silva Veículos
Histórico: Vlr. parte da NF 00676, de J.Silva Ltda.
S/A. - R$ 50.000,00
C - Vendas de Mercadorias (Resultado) ABREVIATURAS DO HISTÓRICO
Histórico: Vlr. NF 00676, de J.Silva S/A. - CONTÁBIL
R$ 60.000,00
Admite-se a utilização de abreviaturas no
LANÇAMENTO DE QUARTA FÓRMULA histórico contábil. Algumas mais comuns são:

É o registro do fato contábil que envolve mais Cfe. = Conforme


de uma conta devedora e mais de uma conta Ch. = Cheque
credora. Dep. = Depósito
Dp. = Duplicata
Exemplo: Fat. = Fatura
NF = Nota Fiscal
Compra, na mesma nota fiscal, de N/ = Nosso, nossa, nesse
mercadorias e material de consumo, sendo Pg. = Pago
parte pago no ato e o saldo a ser pago em 30 Ref. = Referente
dias: Transf. = Transferência
Vlr. = Valor
Data do lançamento - 20/10/2006
D - Estoque de Mercadorias (Ativo NORMAS BRASILEIRAS DE
Circulante) CONTABILIDADE
Histórico: Vlr. Parte NF 9701 de
Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 10.000,00 A Contabilidade, na sua condição de ciência
D - Estoque de Materiais de Consumo (Ativo social, cujo objeto é o Patrimônio, busca, por
Circulante) meio da apreensão, da quantificação, da
Histórico: Vlr. Parte NF 9701 de classificação, do registro, da eventual
Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 2.000,00 sumarização, da demonstração, da análise e
C - Bancos Cta. Movimento (Ativo relato das mutações sofridas pelo patrimônio
Circulante) da Entidade particularizada, a geração de
Histórico: Cheque 009766 – Distribuidora informações quantitativas e qualitativas sobre
Mercantil Ltda. - R$ 4.000,00 ela, expressas tanto em termos físicos, quanto
C - Fornecedores (Passivo Circulante) monetários.
Histórico: Vlr. Saldo NF 9701 de
Distribuidora Mercantil Ltda. - R$ 8.000,00 As Normas Brasileiras de Contabilidade
estabelecem regras de conduta profissional e
HISTÓRICO DO LANÇAMENTO procedimentos técnicos a serem observados
CONTÁBIL quando da realização dos trabalhos previstos
na Resolução CFC n° 560/83, de 28.10.1983,
Histórico é a descrição do fato contábil. A em consonância com os Princípios
boa técnica exige que o histórico seja feito Fundamentais de Contabilidade.
com a máxima clareza, evidenciando de
forma analítica o registro da operação. Assim, As Normas classificam-se em Profissionais e
o histórico do fato contábil deve ser Técnicas, sendo enumeradas
inteligível e objetivo. seqüencialmente.

Exemplo: As Normas – Profissionais estabelecem


regras de exercício Profissional,
Histórico contábil incompleto: caracterizando-se pelo prefixo NBC P.
As Normas Técnicas estabelecem conceitos NBC P 2 – Normas Profissionais de Perito
doutrinários, regras e procedimentos Contábil
aplicados de Contabilidade, caracterizando-se NBC P 3 – Normas Profissionais de Auditor
pelo prefixo NBC T. Interno
NBC P 4 - Normas para Educação
As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissional Continuada
(NBC) podem ser detalhadas através de NBC P 5 - Norma Sobre Exame de
Interpretações Técnicas que, se, necessário, Qualificação Técnica para Registro no
incluirão exemplos. Cadastro Nacional de Auditores
Independentes
As Interpretações Técnicas são identificadas
pelo Código da NBC a que se referem ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS
seguido de hífen, sigla IT e numeração
seqüencial. NBC T 1 – Das características da Informação
Contábil
O Conselho Federal de Contabilidade poderá NBC T 2 – Da Escrituração Contábil
emitir Comunicados Técnicos quando
ocorrerem situações decorrentes de atos NBC T 2.1 - Formalidades da Escrituração
governamentais que afetam, transitoriamente, Contábil
as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 2.2 - Documentação Contábil
(NBC). NBC T 2.4 - Retificação de Lançamentos
NBC T 2.5 - Contas de Compensação
Os Comunicados Técnicos são identificados NBC T 2.6 - Escrituração Contábil das Filiais
pela sigla CT, seguida de hífen e numeração NBC T 2.7 - Balancete
seqüencial. NBC T 2.8 - Das Formalidades da
Escrituração Contábil em Forma Eletrônica
A inobservância de Normas Brasileiras de
Contabilidade constitui infração disciplinar, NBC T 3 – Conceito, Conteúdo, Estrutura e
sujeita às penalidades previstas nas alíneas c, Nomenclatura das Demonstrações Contábeis
"d" e "e" do art. 27 do
3.1. Das Disposições Gerais
Decreto-lei n° 9295 de 27 de maio de 1946, e, 3.2. Do Balanço Patrimonial
quando aplicável, ao Código de Ética 3.3. Da Demonstração do Resultado
Profissional do Contabilista. 3.4. Da Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados
ESTRUTURA DAS NORMAS 3.5. Da Demonstração das Mutações do
PROFISSIONAIS Patrimônio Líquido
3.6. Da Demonstração das Origens e
NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Aplicações de Recursos
Independente 3.7 - Demonstração do Valor Adicionado
3.8 - Demonstração do Fluxo de Caixa
NBC P 1 - IT - 01 - Interpretação Técnica- 3.9 - Demonstração por Segmentos
Informações do Auditor
NBC P 1 - IT - 02 - Interpretação Técnica - NBC T 4 – Da Avaliação Patrimonial
Regulamentação Independência e Sigilo NBC T 5 – Da Correção Monetária
NBC P 1.8 - Utilização de Trabalhos de NBC T 6.1 – Da Divulgação das
Especialistas Demonstrações Contábeis, Da Forma de
Apresentação

6.2. Do Conteúdo das Notas Explicativas


6.3. Das Republicações

NBC T 7 – Da Conversão da Moeda


Estrangeira nas Demonstrações Contábeis
NBC T 8 – Das Demonstrações Contábeis
Consolidadas
NBC T 9 – Da Fusão, Incorporação, Cisão,
Transformação e Liquidação de Entidades
NBC T 10 – Dos Aspectos Contábeis NBC T 11 - IT - 04 - Transação e Eventos
Específicos em Entidades Diversas Subseqüentes
NBC T 11 - IT - 05 - Parecer dos Auditores
10.1. Empreendimentos de Execução a Longo Independentes Sobre as Demonstrações
Prazo Contábeis
10.2. Arrendamento Mercantil NBC T 11 - IT - 06 - Supervisão e Controle
10.3. Consórcios de Vendas de Qualidade
10.4. Fundações NBC T 11 - IT - 07 - Planejamento da
10.5. Entidades Imobiliárias Auditoria
10.6. Entidades Hoteleiras NBC T 12 – Da Auditoria Interna
10.7. Entidades Hospitalares NBC T 13 – Da Perícia Contábil
10.8. Entidades Cooperativas NBC T 13.2 - Planejamento da Perícia
10.9. Entidades Financeiras NBC T 13.6 - Laudo Pericial Contábil
10.10. Entidades de Seguro Comercial e NBC T 13.7 - Parecer Pericial Contábil
Previdência Privada NBC T 13 - IT - 01 - Termo de Diligência
10.11. Entidades Concessionárias do Serviço NBC T 13 - IT - 02 - Laudo e Parecer de
Público Leigos
10.12. Entidades Públicas da Administração NBC T 13 - IT - 03 - Assinatura em Conjunto
Direta NBC T 14 - Revisão Externa de Qualidade
10.13. Entidades Desportivas Profissionais Pelos Pares
10.14. Entidades Agropecuárias NBC T 15 - Informações de Natureza Social
10.15. Entidades em Conta de Participação e Ambiental
10.16. Entidades que Recebem Subsídios, NBC T 16 - Aspectos Contábeis Específicos
Subvenções e Doações da Gestão Governamental
10.17. Entidades que Recebem Incentivos 16.1 - Conceituação e Objetivos
Fiscais 16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis
10.18. Entidades Sindicais e Associações de 16.3 - Planejamento e seus Instrumentos
Classe 16.4 - Transações Governamentais
10.19. Entidades Sem Finalidade de Lucros 16.5 - Registro Contábil
10.20. Consórcios de Empresas 16.6 - Demonstrações Contábeis
10.21. Entidades Cooperativas Operadoras de 16.7 - Consolidação das Demonstrações
Planos de Assistência a Saúde Contábeis
16.8 - Controle Interno
NBC T 11 – Normas de Auditoria 16.9 - Reavaliação e Depreciação dos Bens
Independente das Demonstrações Contábeis Públicos
NBC T 19 - Aspectos Contábeis Específicos
NBC T 11.3 - Papéis de Trabalho e 19.1 - Imobilizado
Documentação da Auditoria 19.2 - Tributos sobre Lucros
NBC T 11.4 - Planejamento da Auditoria 19.3 - Planos de Benefícios e Encargos de
NBC T 11.8 - Supervisão e Controle de Aposentadoria a Empregados
Qualidade 19.4 - Incentivos Fiscais, Subvenções,
NBC T 11.10 - Continuidade Normal das Contribuições, Auxílios e Doações
Atividades da Entidade Governamentais
NBC T 11.11 - Amostragem 19.5 - Depreciação, Amortização e Exaustão
NBC T 11.12 - Processamento Eletrônico de 19.6 - Reavaliação de Ativos
Dados 19.7 - Provisões, Passivos, Contingências
NBC T 11.13 - Estimativas Contábeis Passivas e Contingências Ativas
NBC T 11.14 - Transações com Partes 19.8 - Intangíveis
Relacionadas 19.9 - Exploração de Recursos Minerais
NBC T 11.16 - Transações e Eventos 19.10 - Redução no Valor Recuperável de
Subseqüentes Ativos
NBC T 11.17 - Carta de Responsabilidade da 19.11 - Mudanças nas Práticas Contábeis, nas
Administração Estimativas e Correção de Erros
NBC T 11 - IT - 01 - Carta de 19.12 - Eventos Subseqüentes à Data das
Responsabilidade da Administração Demonstrações Contábeis
NBC T 11 - IT - 02 - Papéis de Trabalho e INTEGRA DAS NORMAS BRASILEIRAS
Documentação de Auditoria DE CONTABILIDADE - NBC
NBC T 11 - IT - 03 - Fraude e Erro
Para obter a íntegra das NBC, acesse a Quando a integralização do capital social é
seguinte página na internet: feita em moeda corrente, debita-se uma conta
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc específica do ativo circulante (Bancos
/index.htm c/Movimento, por exemplo) e credita-se a
conta "Capital Social".
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
No caso de integralização de capital mediante
O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo conferência de bens, debita-se uma conta
de contas que registra o valor contábil específica do ativo permanente e credita-se a
pertencente aos acionistas ou quotistas. conta "capital social".

Até 31.12.2007, as contas que formavam o Exemplo:


Patrimônio Líquido, segundo a Lei das S/A,
eram: Integralização de capital social, mediante
dinheiro (depósito bancário) no valor de R$
a) Capital Social 100.000,00:
b) Reservas de Capital
c) Reservas de Reavaliação D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
d) Reservas de Lucros circulante)
e) Lucros ou Prejuízos Acumulados C – Capital Social (Patrimônio Líquido)
R$ 100.000,00
Também se classificam no Patrimônio
Líquido as Ações ou Quotas em Tesouraria, RESERVAS DE CAPITAL
bem como os adiantamentos para futuro
aumento de capital. Para maiores detalhes A reserva de capital abrange as seguintes
sobre tais contas, acesse os tópicos subcontas:
respectivos nesta obra.
a) Reserva de Correção Monetária do Capital
Os artigos 182 e 186 da Lei nº 6.404, de 1976 Realizado;
- Lei das S/A – especificam a descrição das b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
contas do patrimônio líquido. c) Reserva de Alienação de Partes
Beneficiárias;
A PARTIR DE 01.01.2008 d) Reserva de Alienação de Bônus de
Subscrição;
A partir de 01.01.2008, por força da Lei e) Reserva de Prêmio na Emissão de
11.638/2007, a divisão do patrimônio líquido Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por
será realizada da seguinte maneira: força da Lei 11.638/2007)
f) Reserva de Doações e Subvenções para
a) Capital Social Investimento; (excluída desde 01.01.2008,
b) Reservas de Capital por força da Lei 11.638/2007)
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial g) Reserva de Incentivo Fiscal.
d) Reservas de Lucros
e) Ações em Tesouraria Para maiores detalhes, acesse o tópico
f) Prejuízos Acumulados. “Reservas de Capital”.

CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE REAVALIAÇÃO

O capital social representa os valores As reservas de reavaliação representam


recebidos pela empresa, em forma de acréscimos de valor atribuído a elementos do
subscrição ou por ela gerados. A ativo, baseado nos seus valores de mercado,
integralização do capital poderá ser feita por conforme definido no artigo 8º da Lei nº
meio de moeda corrente ou bens e direitos. 6.404, de 1976.

Na conta "Reservas de Reavaliação"


poderemos agrupar as seguintes subcontas:
a) Reserva de Reavaliação de Terrenos; Lei 6.404/76), a assembléia geral poderá, por
b) Reserva de Reavaliação de Edifícios; proposta dos órgãos de administração,
c) Reserva de Reavaliação de Máquinas e destinar para a reserva de incentivos fiscais a
Equipamentos; parcela do lucro líquido decorrente de
d) Reserva de Reavaliação de Bens em doações ou subvenções governamentais para
Empresas Coligadas; investimentos, que poderá ser excluída da
e) Reserva de Reavaliação de Bens em base de cálculo do dividendo obrigatório.
Empresas Controladas.
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Exemplo:
Os lucros ou prejuízos representam também
Contabilização de Reserva de Reavaliação de resultados obtidos, porém foram retidos sem
Edifícios no valor de R$ 1.050.000,00: finalidade específica (quando lucros) ou à
espera de absorção futura (quando prejuízos).
D – Edifícios – Reavaliação (Imobilizado –
Permanente) Para maiores detalhes sobre Reservas de
C – Reserva de Reavaliação de Edifícios Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados,
(Patrimônio Líquido) acesse o tópico respectivo.
R$ 1.050.000,00
Com o advento da Lei 11.638/2007, a partir
EXTINÇÃO DA RESERVA DE de 01.01.2008 foi extinta a nomenclatura
REAVALIAÇÃO A PARTIR DE 01.01.2008 "Lucros Acumulados", assim esta conta
deverá ser composta apenas pelo saldo dos
A partir de 01.01.2008, a Reserva de prejuízos acumulados apurados.
Reavaliação foi extinta, por força da Lei
11.638/2007. Em seu lugar foi criado o grupo PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO
Ajustes de Avaliação Patrimonial que possui
características diferentes do grupamento No caso em que o valor do Patrimônio
anterior. Líquido é negativo é também denominado de
"Passivo a Descoberto". Isto ocorre quando o
Os saldos existentes nas reservas de valor das obrigações para com terceiros é
reavaliação deverão ser mantidos até a sua superior ao dos ativos.
efetiva realização ou estornados até o final do
exercício social de 2008. Exemplo:

RESERVAS DE LUCROS Total do Ativo - R$ 1.500.000,00


Total das Obrigações - R$ 2.000.000,00
As reservas de lucros são constituídas pelos Passivo a Descoberto - R$ 1.500.000,00
lucros obtidos pela empresa, retidos com menos R$ 2.000.000,00 = R$ 500.000,00
finalidade específica.
O Conselho Federal de Contabilidade - CFC,
Os lucros retidos com finalidade específica e por meio de sua Câmara Técnica, editou em
classificados nesta conta são transferidos da 16/06/1999 a Resolução CFC nº 847/99,
conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". alterando dispositivos da NBCT-3 que trata
acerca do conceito, conteúdo, estrutura e
Na conta "Reservas de Lucros" poderemos nomenclatura das Demonstrações Contábeis.
agrupar as seguintes subcontas:
Por meio da aludida Resolução, de
Reserva Legal; observância obrigatória por todos os
Reserva Estatutária; contabilistas no país, foram procedidas
Reserva para Contingências; alterações quanto ao Balanço Patrimonial,
Reserva de Lucros a Realizar; precisamente a caracterização e evidenciação
Reserva de Lucros para Expansão; do "PASSIVO A DESCOBERTO".
Reserva de Incentivos Fiscais.
Esta nomenclatura deve ser utilizada, quando
A partir de 01.01.2008, por força da Lei da constatação ao final do exercício que o
11.638/2007 (que incluiu o artigo 195-A à Patrimônio Líquido é negativo, sendo
demonstrado, conforme Resolução CFC Desta forma, a demonstração do PASSIVO A
1.049/2005, substituindo-se a expressão DESCOBERTO será apresentada como
Patrimônio Líquido por Passivo a Descoberto segue:

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente Passivo a Descoberto
Capital Social
Reservas
Prejuízos Acumulados
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS descrição da sua natureza, o valor potencial e


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS a expectativa da companhia sobre a sua
eventual realização.
INSTRUÇÕES DA CVM
Dessa forma, dando continuidade a essa
As informações produzidas e divulgadas política, qual seja, concorrer para a melhoria
pelas companhias abertas, especialmente das informações divulgadas pelas companhias
aquelas constantes das Demonstrações abertas, apresenta-se uma consolidação de
Financeiras, do Relatório da Administração e notas explicativas, que resultou do trabalho
dos Relatórios e Pareceres de Auditoria de pesquisa em Instruções, Deliberações e
Independente, devem estar redigidas de forma Pareceres de Orientação da CVM, além de
simples e direta, permitindo a um público Ofícios-Circulares da Superintendência de
leitor médio a compreensão dos dados neles Normas Contábeis e de Auditoria da
contidos e a sua utilização para a tomada de autarquia. Sempre que necessário, as devidas
decisão. atualizações serão procedidas.

Não se trata aqui de tornar simplória a O rol de notas explicativas vigentes, que,
redação dos documentos divulgados pelas diga-se de passagem, não deve esgotar a
companhias e sim de utilizar o português necessidade de divulgação de outras
corrente, privilegiando a clareza da informações relevantes aqui não
exposição, de modo a comunicar de forma contempladas (divulgação espontânea),
simples a informação que muitas vezes é de compreende:
natureza complexa.
01) Ações em Tesouraria
Outro aspecto que merece ser destacado é 02) Acordo Geral do Setor Elétrico
que, para atingir os objetivos aos quais se 03) Ágio/Deságio
destina, o conjunto de demonstrações 04) Ajustes de Exercícios Anteriores
financeiras disponibilizadas ao mercado deve 05) Alteração de Método ou Critério Contábil
evidenciar toda a informação que for 06) Arrendamento Mercantil (Leasing)
relevante para a avaliação da situação 07) Ativo Contingente
patrimonial presente e futura; deve 08) Ativo Diferido
evidenciar, especialmente, os compromissos e 09) Benefícios a Empregados
obrigações futuras que possam vir a ter 10) Bug do Milênio
impacto da situação patrimonial e financeira 11) Capacidade Ociosa
da companhia, mesmo que ainda não se 12) Capital Social
caracterizem como exigibilidades e, portanto, 13) Capital Social Autorizado
ainda não estejam reconhecidos nas 14) Contingências Passivas
demonstrações financeiras. 15) Continuidade Normal dos Negócios
16) Créditos Eletrobrás
Da mesma forma, ativos contingentes, que, 17) Critérios de Avaliação
por atendimentos aos princípios contábeis, 18) Debêntures
não devam ser reconhecidos contabilmente, 19) Demonstrações em Moeda de Capacidade
devem ser divulgados em nota com a Aquisitiva Constante
20) Demonstrações Condensadas As Notas Explicativas visam fornecer as
21) Demonstrações Contábeis Consolidadas informações necessárias para esclarecimento
22) Destinação de Lucros Constantes em da situação patrimonial, ou seja, de
Acordo de Acionistas determinada conta, saldo ou transação, ou de
23) Dividendo por Ação valores relativos aos resultados do exercício,
24) Dividendos Propostos ou para menção de fatos que podem alterar
25) Empreendimentos em Fase de futuramente tal situação patrimonial, ou
Implantação ainda, poderá estar relacionada a qualquer
26) Equivalência Patrimonial outra das Demonstrações Financeiras, seja a
27) Estoques Demonstração das Origens e Aplicações de
28) Eventos Subseqüentes Recursos, seja a Demonstração dos Lucros ou
29) Fundo Imobiliário Prejuízos Acumulados.
30) Imposto de Renda e Contribuição Social
31) Incentivos Fiscais NOTAS PREVISTAS PELA LEI
32) Incorporação, Fusão e Cisão
33) Instrumentos Financeiros O § 5º do mesmo artigo da Lei das S/A
34) Investimentos Societários no Exterior menciona, sem esgotar o assunto, as bases
35) Juros Sobre o Capital Próprio gerais e as normas a serem inclusas nas
36) Lucro ou Prejuízo por Ação demonstrações financeiras, as quais deverão
37) Obrigações de Longo Prazo indicar:
38) Ônus, Garantias e Responsabilidades
Eventuais e Contingentes a) os principais critérios de avaliação dos
39) Opções de Compra de Ações elementos patrimoniais, especialmente
40) Programa de Desestatização estoques, dos cálculos de depreciação,
41) Provisão para Crédito de Liquidação amortização e exaustão, de constituição de
Duvidosa provisões para encargos ou riscos, e dos
42) Reavaliação de Ativos ajustes para atender a perdas prováveis na
43) Refis realização dos elementos do ativo;
44) Remuneração dos Administradores b) os investimentos, em outra sociedade,
45) Reservas – Detalhamento quando relevantes;
46) Reserva de Lucros A Realizar c) o aumento de valor de elementos do ativo
47) Retenção de Lucros resultante de novas avaliações;
48) Informação por Segmento de Negócio d) os ônus reais constituídos sobre elementos
49) Seguros do ativo, as garantias prestadas a terceiros e
50) Transações com Partes Relacionadas outras responsabilidades eventuais ou
51) Variação Cambial contingentes;
52) Vendas ou Serviços a Realizar e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as
53) Voto Múltiplo garantias das obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do
O detalhamento maior pode ser obtido através capital social;
do site da Comissão de Valores Mobiliários g) as opções de compra de ações outorgadas e
em consulta a legislação específica. exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores;
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS i) os eventos subseqüentes à data de
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS encerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a
A publicação de Notas Explicativas às situação financeira e os resultados futuros da
Demonstrações Financeiras está prevista no § companhia.
4º do artigo 176 da Lei 6.404/1976 (Lei das
S/A), adiante transcrito: A Lei das S/A estabeleceu os casos que
deverão ser mencionados em Notas
"as demonstrações serão complementadas Explicativas; no entanto, essa menção
por Notas Explicativas e outros quadros representa o conceito básico a ser seguido
analíticos ou demonstrações contábeis pelas empresas, podendo haver situações em
necessários para esclarecimento da situação que sejam necessárias Notas Explicativas
patrimonial e dos resultados do exercício". adicionais, além das já previstas pela Lei das
S/A.
NOTAS RECOMENDADAS PELA CVM NOTAS EXPLICATIVAS – NORMAS DA
CVM
Como complemento às Notas Explicativas
previstas na Lei das S/A, a Comissão de Para detalhamentos sobre notas explicativas
Valores Mobiliários vem apresentando exigidas pela CMV para
recomendações sobre a divulgação de
diversos assuntos relevantes para efeito de companhias abertas, abra o arquivo “Notas
melhor entendimento das demonstrações Explicativas – Orientações CVM”.
financeiras. Os itens, que de acordo com as
sugestões da CVM devem constar das Notas EXEMPLO DE NOTAS EXPLICATIVAS
Explicativas, são os seguintes:
Nota 1 - Práticas contábeis adotadas
- ações em tesouraria;
- arrendamento mercantil; a) Títulos e valores mobiliários - são
- capital realizado atualizado; demonstrados ao custo acrescido dos
- demonstrações em moeda de capacidade rendimentos proporcionais até a data do
constante; balanço, não ultrapassando o valor de
- demonstrações financeiras consolidadas; mercado.
- lucro/prejuízo por ação; b) Estoques - são avaliados ao custo médio de
- ativo diferido; aquisição ou produção, estando reduzidos,
- investimentos societários no Exterior; mediante a provisão evidenciada, ao valor de
- mudança de critério contábil; mercado ou de realização, quando inferiores
- remuneração dos administradores; ao custo.
- reservas - detalhamento; c) Investimentos - as participações relevantes
- retenção de lucros; em coligadas e controladas são avaliadas pelo
- transações entre partes relacionadas; método de equivalência patrimonial. As
- dividendos - cálculo; demais participações em outras sociedades
- ágio/deságio; são registradas ao custo diminuído da
- equivalência patrimonial; provisão para perdas permanentes.
- destinação do resultado do exercício;
- empreendimentos em fase de implantação; Nota 2 - Reavaliação de bens do imobilizado
- debêntures;
- ajustes de exercícios anteriores;
A sociedade procedeu durante o exercício à
- reavaliação de bens;
reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado, a
- planos de aposentadoria e pensões;
qual se encontra baseada por laudo de peritos,
- provisões para créditos de liquidação
aprovado em assembléia de 20.10.2003. O
duvidosa;
resultado dessa reavaliação está a seguir
- ônus, garantias e contingentes;
demonstrado (em R$):
- obrigações de longo prazo;
- programa de desestatização;
- opção de compra de ações.

Conta Valor Valor Líquido Diferença


Reavaliado Contábil
Terrenos 20.000,00 5.000,00 15.000,00
Edifícios 50.000,00 15.000,00 35.000,00
Máquinas 40.000,00 25.000,00 15.000,00
TOTAIS 110.000,00 45.000,00 65.000,00

A diferença foi acrescida aos saldos do Nota 3 - Ajuste de exercícios anteriores à


imobilizado, a crédito da Reserva para sociedade, no decorrer do exercício apurou
Reavaliação integrante do Patrimônio que no exercício anterior não foi apropriada a
Líquido da sociedade. O valor reavaliado dos parcela relativa à despesa com manutenção
edifícios e máquinas passou agora a ser do imobilizado, competentes àquele
depreciado pela sua vida útil econômica exercício, no valor de R$ 25.000,00. O ajuste
remanescente estimada, utilizando-se as taxas desse valor foi debitado à conta de Lucros
de depreciação usuais. Acumulados.
NOTAS SOBRE O ATIVO IMOBILIZADO Nota: valor justo é o valor pelo qual um
ativo poderia ser negociado entre partes
De acordo com a NBC T 19.1 as independentes e interessadas, conhecedoras
Demonstrações Contábeis também devem do assunto e dispostas a negociar, numa
divulgar, para cada classe de imobilizado: transação normal, sem favorecimentos e com
isenção de outros interesses.
a) os critérios de avaliação utilizados para
apurar o valor de custo; A entidade deve divulgar as mudanças nas
b) os aspectos relacionados à depreciação na estimativas em relação a:
forma da NBC T 19.5;
c) o valor de custo, a depreciação acumulada a) valores residuais;
e a provisão para perdas, no início e no fim b) custos estimados de demolição, remoção e
do período; e restauração de itens do imobilizado.
d) a reconciliação do valor contábil no início
e no fim do período mostrando: DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E
EXAUSTÕES
I) adições;
II) baixas; As Demonstrações Contábeis devem
III) aquisições por combinação de entidades; divulgar, para cada classe de imobilizado:
IV) prejuízos por perda de valor reconhecidos
como despesa; a) o método de depreciação, amortização e
V) reversões de prejuízos por perda de valor exaustão utilizado;
nos resultados; b) a vida útil, período de utilização e volume
VI) variações cambiais líquidas resultantes da de produção ou a taxa de depreciação,
conversão das Demonstrações Contábeis da amortização e exaustão utilizada; e
moeda funcional para as diferentes moedas de c) o valor contábil bruto e a depreciação,
apresentação, inclusive a conversão das amortização e exaustão acumulada, inclusive
operações no estrangeiro para moedas de provisão para perdas, no início e no fim do
apresentação das demonstrações da entidade; período.
e
VII) outras movimentações. A entidade deve divulgar as mudanças nas
estimativas em relação a:
Outras Informações
a) valores residuais;
A NBC T 19.1 exige também que se b) vida útil, período de utilização e volume de
demonstrem: produção; e
c) método de depreciação, amortização e
a) a existência, a natureza e os montantes das exaustão.
restrições à titularidade e itens do imobilizado
dados em garantia de passivos; ATIVOS E PASSIVOS DIFERIDOS
b) o montante das despesas reconhecidas no
valor contábil de um item do imobilizado no Segundo a NBC T 19.2.4.5, as demonstrações
decurso de sua construção; contábeis e/ou as notas explicativas devem
c) o montante dos compromissos contratuais conter, quando relevantes, informações
para aquisição de imobilizado; evidenciando:
d) o valor contábil de ativos temporariamente
paralisados; a) montante dos tributos sobre lucros corrente
e) o valor contábil bruto de quaisquer ativos e diferido, registrados no resultado,
totalmente depreciados, que ainda estejam em patrimônio líquido, ativo e passivo;
uso; b) natureza, fundamento e estimativa de
f) o valor contábil dos ativos imobilizados realização das parcelas do ativo fiscal
retirados das operações e separados para diferido, discriminadas ano a ano para os
baixa; e primeiros cinco anos e, a partir daí, agrupadas
g) quando o modelo de custo é usado, o valor em períodos máximos de três anos, inclusive
justo do imobilizado se for, para a parcela do ativo fiscal diferido não
significativamente, diferente do valor registrada que ultrapassar o prazo de
contábil. realização de dez anos;
c) efeitos decorrentes de eventual alteração na profissional, as empresas têm divulgado de
expectativa de realização do ativo fiscal forma usual, como a primeira das Notas
diferido e respectivos fundamentos; Explicativas com o título "Operações" ou
d) efeitos no ativo, passivo, resultado e "Contexto Operacional" cujo conteúdo faz
patrimônio líquido, decorrentes de ajustes por menção ao ramo de atividade explorado, base
alteração de alíquotas ou por mudança na de operação e mercado que atua e qual o
expectativa de realização ou liquidação dos estágio do empreendimento se estiver em
ativos ou passivos diferidos; implantação ou se estiver em expansão.
e) montante das diferenças temporárias e dos
prejuízos fiscais não utilizados para os quais Tais informações são importantes para que os
não se reconheceu contabilmente um ativo analistas e demais usuários das
fiscal diferido, com a indicação do valor dos demonstrações financeiras possam melhor
tributos que não se qualificaram para esse avaliar a situação da empresa e os seus
reconhecimento; resultados, bem como julgar da razoabilidade
f) conciliação entre o valor debitado ou de índices de rentabilidade e liquidez.
creditado ao resultado antes dos tributos
sobre os lucros, considerando as alíquotas PERDAS NO RECEBIMENTO DE
aplicáveis, as quais devem ser divulgadas CRÉDITOS
com as respectivas bases de cálculo;
g) natureza e montante de ativos cuja base As perdas no recebimento de créditos
fiscal seja inferior ao seu valor contábil; decorrentes das atividades da pessoa jurídica
h) no caso de reorganização societária, poderão ser deduzidas como despesas, para
descrição das ações administrativas que determinação do lucro real.
contribuirão para a realização futura do ativo
fiscal diferido. Poderão ser registrados como perda os
créditos (Lei 9.430/96, art. 9°, § 1°):
INCENTIVOS FISCAIS, SUBVENÇÕES,
CONTRIBUIÇÕES, AUXÍLIOS E a) em relação aos quais tenha havido a
DOAÇÕES GOVERNAMENTAIS declaração de insolvência do devedor, em
sentença emanada do Poder Judiciário;
As notas explicativas relativas aos incentivos b) sem garantia, de valor:
fiscais, subvenções para investimento,
doações e demais verbas recebidas do 1. Até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por
governo devem conter, no mínimo, as operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses,
seguintes informações: independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu
a) os valores recebidos por tipo de benefício: recebimento;
incentivos fiscais, subvenções, contribuições, 2. Acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
auxílios, perdão de empréstimos subsidiados até R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por
e doações; operação, vencidos há mais de 1 (um) ano,
b) critérios contábeis adotados, quando do independentemente de iniciados os
registro dos benefícios recebidos; procedimentos judiciais para o seu
c) principais compromissos assumidos pela recebimento, porém, mantida a cobrança
entidade por conta dos benefícios recebidos; administrativa;
d) potenciais ganhos ou perdas em 3. Superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais),
decorrência do cumprimento ou vencidos há mais de 1 (um) ano, desde que
descumprimento de compromissos pactuados; iniciados e mantidos os procedimentos
judiciais para o seu recebimento;
e) contingências relativas aos benefícios
assumidos. c) com garantia, vencidos há mais de 2 (dois)
anos, desde que iniciados e mantidos os
Base: NBC T 19.4. procedimentos judiciais para o seu
recebimento ou o arresto das garantias;
NOTA SOBRE OPERAÇÕES OU d) contra devedor declarado falido ou pessoa
CONTEXTO OPERACIONAL jurídica declarada concordatária,
relativamente à parcela que exceder o valor
Apesar de não prevista pela Lei Societária, que esta tenha se comprometido a pagar.
pela CVM ou qualquer outro órgão
Nota: a concordata foi substituída pela 1. Contabilização de duplicata incobrável no
recuperação judicial na nova lei de falências valor de R$ 4.000,00, sem garantia, estando
(Lei 11.101/2005). Entretanto, não há vencida há mais de 6 meses:
alterações de procedimentos para dedução
dos créditos não garantidos. D – Perda no Recebimento de Créditos
(Resultado)
No caso de contrato de crédito em que o não C – Clientes (Ativo Circulante)
pagamento de uma ou mais parcelas implique R$ 4.000,00
o vencimento automático de todas as demais
parcelas vincendas, os limites a que se 2. Crédito de R$ 20.000,00, vencido há mais
referem os números "1" e "2" da alínea b de um ano, sob cobrança administrativa,
acima serão considerados em relação ao total originalmente lançado na conta "Outros
dos créditos, por operação, com o mesmo Valores a Receber":
devedor (Lei 9.430/96, art. 9°, § 2°).
a) no momento do registro da perda:
Considera-se crédito garantido o proveniente
de vendas com reserva de domínio, de D – Perdas no Recebimento de Créditos
alienação fiduciária em garantia ou de (Resultado)
operações com outras garantias reais (Lei C – Devedores Incobráveis (conta
9.430/96, art. 9°, § 3°). retificadora da conta "Outros Valores a
Receber”)
No caso de crédito com empresa em processo R$ 20.000,00
falimentar ou de concordata, a dedução da
perda será admitida a partir da data da b) após 5 anos, sem que haja cobrança do
decretação da falência ou da concessão da crédito:
concordata, desde que a credora tenha
adotado os procedimentos judiciais D – Devedores Incobráveis (conta
necessários para o recebimento do crédito retificadora do Ativo Circulante)
(Lei 9.430/96, art. 9°, § 4°). C – Outros Valores a Receber (Ativo
Circulante)
CONTABILIZAÇÃO R$ 20.000,00

De acordo com a Lei 9.430/96, art. 10, o PRÊMIO DE SEGUROS A APROPRIAR


registro contábil das perdas será efetuado a
débito de conta de resultado e a crédito: O artigo 179 da Lei 6.404/76 dispõe, em seu
item I, que as aplicações de recursos em
a) da conta que registra o crédito, quando este despesas do exercício seguinte devem ser
não tiver garantia e seu valor for de até R$ classificadas no Ativo Circulante, devendo
5.000,00, por operação, e estiver vencido há ser apropriadas no resultado quando
mais de seis meses, independentemente de incorridas.
iniciados os procedimentos judiciais para o
seu recebimento; DESPESAS INCORRIDAS
b) de conta redutora do crédito, nas demais
hipóteses. Consideram-se despesas incorridas aquelas de
competência do período-base que tenham
Os valores registrados na conta redutora do sido pagas ou não.
crédito poderão ser baixados definitivamente
em contrapartida à conta que registre o Desta forma, as despesas de exercício(s)
crédito, a partir do período de apuração em seguinte(s) são aquelas que, embora
que se completar cinco anos do vencimento registradas no exercício em curso, são de
do crédito sem que o mesmo tenha sido competência de exercício(s) subseqüente(s) e,
liquidado pelo devedor (Lei 9.430/96, art. 10, por isso, são classificadas no Ativo
§ 4º). Circulante ou Ativo Realizável a Longo
Prazo.
Exemplos:
A apropriação dessas despesas ao resultado é
feita proporcionalmente no período.
APROPRIAÇÃO CONTÁBIL Exemplo:

A apropriação contábil das despesas com Vigência da apólice - 20.05.2008 a


seguros deve ser feita em função do prazo da 20.05.2009
cobertura prevista na apólice correspondente. Valor do prêmio de seguro - R$ 10.000,00

A contabilização em conta representativa de Condições de pagamento:


custo ou despesa se verifica através de quotas
mensais. 20.05.2008 - R$ 3.000,00
20.06.2008 - R$ 3.500,00
PRÊMIO DE SEGUROS 20.07.2008 - R$ 3.500,00

A apólice de seguro, regra geral, apresenta Lançamentos contábeis:


um prazo de vigência de 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias, salvo casos de seguros 1) Apropriação do valor total da apólice:
específicos com prazos maiores ou menores e
as apólices com vigência em anos bissextos D - Seguros a Apropriar (Ativo Circulante)
(com 366 dias). C - Seguros a Pagar (Passivo Circulante)
R$ 10.000,00
Mensalmente, se calcula a proporção do
número de dias segurados no mês/número de 2) Pagamento da primeira parcela do seguro:
dias da vigência da apólice x valor do prêmio
de seguro. D - Seguros a Pagar (Passivo Circulante)
C - Bancos c/Movimento (Ativo Circulante)
As parcelas correspondentes aos períodos R$ 3.000,00
seguintes deverão ser mantidas no Ativo
Circulante, uma vez que se trata de uma 3) Apropriação mensal das parcelas de
despesa ainda não incorrida. seguro, conforme planilha de rateio:

PLANILHA DE RATEIO MENSAL DE SEGUROS


Seguradora Cia. Paulista
Apólice nº 1289800-0
Ramo: Incêndio
Cobertura Predial
Prêmio R$ 10.000,00
Vigência 20.05.2008 a 20.05.2009

Mês/Ano Dias Rateio - R$ Saldo a


Apropriar - R$
mai-08 11 301,37 9.698,63
jun-08 30 821,92 8.876,71
jul-08 31 849,32 8.027,39
ago-08 31 849,32 7.178,07
set-08 30 821,92 6.356,15
out-08 31 849,32 5.506,83
nov-08 30 821,92 4.684,91
dez-08 31 849,32 3.835,59
jan-09 31 849,32 2.986,27
fev-09 28 767,12 2.219,15
mar-09 31 849,32 1.369,83
abr-09 30 821,92 547,91
mai-09 20 547,91 -

TOTAL 365 10.000,00


Durante a vigência da apólice de seguro, a carteiras de cobrança ficam vinculadas á
despesa será apropriada mensalmente para o liquidação de empréstimos.
resultado, mediante transferência de valores
da conta seguros a vencer, nos valores acima Desta forma, convém contabilizar
(coluna “rateio R$”): separadamente tais operações, da seguinte
forma:
D – Seguros Patrimoniais (Resultado)
C - Seguros a Apropriar (Ativo Circulante) 1) Pela liberação do empréstimo, vinculado à
carteira de duplicatas, pelo Banco:
PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DE
MOVIMENTAÇÕES BANCÁRIAS D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
DEPÓSITO EM DINHEIRO REFERENTE C – Empréstimos Bancários (Passivo
SAÍDA DE CAIXA Circulante)

No caso de depósito bancário em dinheiro 2) Pelo crédito das cobranças de duplicatas:


proveniente de saída de caixa:
D – Empréstimos Bancários (Passivo
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)
Circulante) C – Clientes (Ativo Circulante)
C – Caixa (Ativo Circulante)
RECEBIMENTO DE JUROS NA
DEPÓSITO EM CHEQUE REFERENTE COBRANÇA DE CLIENTES
RECEBIMENTO DE DUPLICATA
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
Quando um cliente quita uma duplicata Circulante)
através de depósito bancário, o lançamento C – Juros Recebidos (Resultado)
será:
PAGAMENTO DE FORNECEDORES
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo COM CHEQUE
Circulante)
C – Clientes (Ativo Circulante) D – Fornecedores (Passivo Circulante)
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
COBRANÇA DE DUPLICATAS Circulante)

Nas operações de cobrança de duplicatas em APLICAÇÃO FINANCEIRA (CDB, FIF,


cobrança simples: etc.)

D – Bancos Cta. Movimento (Ativo Na aplicação:


Circulante)
C – Clientes (Ativo Circulante) D – Aplicações Financeiras (Ativo
Circulante)
No débito relativo à tarifas de cobrança, pelo C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
banco: Circulante)

D – Tarifas Bancárias (Resultado) Nota: se o prazo da aplicação for superior a


C – Bancos Cta. Movimento (Ativo 12 meses, então classificar em realizável a
Circulante) longo prazo.

Para visualizar a sistemática de lançamento No resgate:


de cobranças de títulos descontados, acesse o
tópico “Desconto Duplicatas”. D – Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
COBRANÇA VINCULADA

Dependendo do tipo de operação contratada


entre a empresa e o Banco, determinadas
C – Aplicações Financeiras (Ativo A empresa que não provisionar o valor do 13º
Circulante) salário, em obediência ao princípio contábil
da competência, irá contabilizar essa
Crédito dos juros sobre a aplicação: gratificação diretamente em conta de despesa
ou custo, conforme o caso, no mês em que se
D – Aplicações Financeiras (Ativo der a quitação da gratificação em folha de
Circulante) pagamento.
C – Juros sobre Aplicações Financeiras
(Resultado) Os adiantamentos serão considerados como
tal e registrados em conta própria do ativo
IRF sobre os rendimentos: circulante, sendo baixados por ocasião da
quitação da gratificação.
D – IRF a Compensar (Ativo Circulante)
C – Aplicações Financeiras (Ativo ENCARGOS SOCIAIS
Circulante)
Contabilizar os encargos sociais (20% do
Nota: Nas empresas optantes pelo Simples INSS, FGTS, percentuais devidos ao SAT e a
Nacional, o IRF constitui-se despesa Terceiros) sobre o valor da provisão
tributária, pois não é recuperável. determinada, cujo ônus cabe à empresa e que
incidirão por ocasião do pagamento do 13º
Para maiores detalhamentos, leia o tópico salário.
“Aplicações Financeiras”.
AJUSTES NO VALOR PROVISIONADO
EMPRÉSTIMO BANCÁRIO
Caso ocorram alterações salariais, cabe
Pela liberação: ajustar o valor da provisão para pagamento
do 13º salário e dos encargos sociais,
D – Bancos Cta. Movimento (Ativo constituída em meses anteriores, de modo que
Circulante) o valor registrado reflita o montante da
C – Empréstimo Bancário (Passivo gratificação já incorrida e dos encargos
Circulante) sociais que sobre ela incidirão, quando do seu
pagamento.
Pelo pagamento:
Os ajustes serão registrados na conta de
provisão, tendo como contrapartida uma
D – Empréstimo Bancário (Passivo
conta de resultado (custo ou despesa
Circulante)
operacional).
C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
Circulante)
Se a provisão se referir a empregados
vinculados à produção de mercadorias ou
Juros sobre empréstimo bancário:
serviços, a provisão será debitada a conta de
custos.
D – Juros Passivos (Resultado)
C – Empréstimo Bancário (Passivo
Caso se referir a empregados da área
Circulante)
administrativa, será debitado a conta de
despesa operacional.
PROVISÃO DO 13º SALÁRIO
Exemplo:
A provisão é calculada na base de 1/12 da
remuneração dos empregados que tiverem
Constituição da provisão do 13o salário de
trabalhado no mínimo quinze dias no mês,
R$ 10.000,00, acrescidos de R$ 3.680,00 de
cabendo ajuste do valor provisionado nos
encargos sociais (FGTS e INSS),
meses anteriores em virtude de reajustes
relativamente à folha de pagamento do
salariais, acrescidos dos encargos sociais cujo
pessoal de produção de uma indústria:
ônus cabe à empresa.
D – 13º Salário e Encargos da Produção
NÃO CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO
(Conta de Custos - Resultado)
C – Provisão de 13º Salário (Passivo
Circulante) C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
R$ 13.680,00 R$ 4.790,00

PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO Quitação

Adiantamento A empresa deve efetuar o pagamento do


saldo do 13º salário até o dia 20 de dezembro
As empresas adiantam metade do 13º salário ou por ocasião da dispensa sem justa causa ou
por ocasião da concessão das férias a partir pedido de dispensa do funcionário.
do mês de fevereiro, quando solicitada pelo
funcionário, ou até 30 de novembro. O valor do saldo do 13º salário pago poderá
ser registrado contabilmente a débito da
O valor do adiantamento será registrado em respectiva conta de provisão no Passivo
conta de adiantamento no Ativo Circulante, Circulante, até o limite do valor provisionado.
até a data da quitação da gratificação, ou seja,
até o pagamento do saldo do 13º salário. Nesta ocasião, o valor do adiantamento
registrado no Ativo Circulante será
Exemplo: transferido para a conta que registra a
provisão para pagamento da gratificação no
Pagamento de R$ 4.790,00 relativos ao Passivo Circulante.
adiantamento da 1a parcela do 13º salário:
Exemplo:
D – Adiantamento de 13º Salário (Ativo
Circulante) Resumo da Folha de 13º Salário – em 20/12:

Total 13º Salário 11.000,00


Desconto INSS 990,00
Adiantamento 13º Salário 4.790,00
Líquido a pagar – 2ª parcela 5.220,00

Pagamento da 2a parcela do 13º Salário, no D – INSS – 13º Salário (Custos ou Despesas


total de R$ 5.220,00, relativo à quitação dos Operacionais)
valores em 20 de dezembro. C – Provisão de 13º Salário (Passivo
Circulante)
O valor da primeira parcela paga foi de R$ R$ 288,00
4.790,00.
3) Lançamento de ajuste/complemento do
1) Lançamento de ajuste/complemento da FGTS sobre a provisão de 13º Salário:
provisão do 13º Salário:
R$ 11.000,00 x 8% = 880,00 – 800,00
R$ 11.000,00 – R$ 10.000,00 (provisão (provisão anterior) = 80,00
anterior) = R$ 1.000,00
D – FGTS – 13º Salário (Custos ou Despesas
D – 13º Salário (Custos ou Despesas Operacionais)
Operacionais) C – Provisão de 13º Salário (Passivo
C – Provisão de 13º Salário (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 80,00
R$ 1.000,00
4) Lançamento da transferência dos valores
2) Lançamento de ajuste/complemento do adiantados do 13º Salário para a conta
INSS sobre a provisão de 13º Salário: Provisão de 13º Salário:

R$ 11.000,00 x 28,8% = 3.168,00 – 2.880,00 D – Provisão de 13º Salário (Passivo


(provisão anterior) = 288,00 Circulante)
C – Adiantamento de 13º Salário (Ativo
Circulante) 7) Transferência do INSS provisionado na
R$ 4.790,00 conta de Provisão de 13º Salário para a conta
de INSS a Recolher:
5) Lançamento do pagamento relativo à
quitação em 20/dezembro: D – Provisão de 13º Salário (Passivo
Circulante)
D – Provisão de 13º Salário (Passivo C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
Circulante) R$ 3.168,00
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
R$ 5.220,00 8) Transferência do FGTS provisionado na
conta de Provisão de 13º Salário para a conta
6) Lançamento do desconto do INSS de FGTS a Recolher:
referente ao 13º Salário:
D – Provisão de 13º Salário (Passivo
D – Provisão de 13º Salário (Passivo Circulante)
Circulante) C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 880,00
R$ 990,00
9) Situação da conta Provisão de 13º Salário,
após os lançamentos acima:

Contabilização Provisão 13º Salário e Encargos 13.680,00


Adiantamento 13º Salário (4.790,00)
Complemento Provisão 13º Salário 1.000,00
Complemento Provisão 13º Salário - INSS 288,00
Complemento Provisão 13º Salário - FGTS 80,00
Pagamento 2ª parcela (5.220,00)
Desconto INSS s/ 13º Salário (990,00)
Transferência para INSS a recolher (3.168,00)
Transferência para FGTS a recolher (880,00)
Saldo da Provisão 13º Salário em 31/Dezembro 0,00

Nota: Nos lançamentos referentes ao FGTS, A provisão de férias dos empregados deve ser
não foi considerado a contribuição de 0,5% contabilizada em obediência ao princípio de
sobre o valor do 13º Salário, que pode ser competência.
acrescido à alíquota de 8%. A referida
contribuição (0,5%) não é mais exigida O montante da provisão para pagamento de
desde 01.01.2007. remuneração de férias e dos encargos sociais
incidentes sobre referida remuneração será
10) Quitação do INSS sobre o 13º Salário: debitado em conta de custos ou despesas
operacionais.
D – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) Se a provisão se referir a empregados
R$ 4.158,00 vinculados á produção de mercadorias ou
serviços, a provisão será debitada a conta de
Memória de Cálculo: R$ 3.168,00 (parte da custos. Caso se referir a empregados da área
empresa) + R$ 990,00 (descontado do administrativa, será debitado a conta de
empregado) = 4.158,00. despesa operacional.

11) Quitação do FGTS sobre o 13º Salário No período seguinte, a conta de provisão,
classificada no passivo circulante, será
D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante) debitada, até o limite provisionado, pelos
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante) valores pagos a qualquer beneficiário cujas
R$ 880,00 férias ali tenham sido incluídas.

PROVISÃO PARA FÉRIAS Caso não haja saldo suficiente na conta de


provisão, o excedente será debitado
diretamente a custos ou despesas 4) Pelo pagamento de encargos sociais (INSS
operacionais. e FGTS) sobre parcela de férias:

No final do exercício, deverá ser efetuada a D – Provisão de Férias (Passivo Circulante)


reversão do saldo remanescente, se houver, e C – Bancos Cta. Movimento (Ativo
constituída nova provisão. Ou, Circulante)
alternativamente, apenas complementando o
valor (ou revertido parcialmente). Nota: neste exemplo não consideramos os
dados relativos ao Imposto de Renda na
ENCARGOS SOCIAIS Fonte e o INSS retido do empregado.

Contabilizar os encargos sociais (20% do Por ocasião do balanço levantado em


INSS, FGTS, percentuais devidos ao SAT e a 31.12.2006, a empresa apurou os seguintes
Terceiros) sobre o valor da provisão valores relativos à provisão de férias e
determinada, cujo ônus cabe à empresa e que encargos sociais devidos:
incidirão por ocasião do pagamento das
férias. Férias vencidas e proporcionais - R$
12.000,00
Exemplo: 1/3 Adicional sobre Férias - R$ 4.000,00
INSS sobre férias - R$ 4.512,00
Constituição da provisão para pagamento de FGTS sobre férias - R$ 1.360,00
férias em empresa comercial no período Total da Provisão - R$ 21.872,00
encerrado em 30.06.2006:
O saldo anterior, contabilizado em
Férias vencidas e proporcionais - R$ 9.000,00 30.06.2006, foi reduzido a R$ 2.000,00, pois
houve contabilização entre 01.07.2006 a
1/3 Adicional sobre Férias - R$ 3.000,00 31.12.2006 de R$ 14.404,00 de vários
INSS sobre férias - R$ 3.384,00 pagamentos de férias (R$ 10.537,00) e
FGTS sobre férias - R$ 1.020,00 encargos sociais sobre férias (R$ 3.867,00)
Total da Provisão - R$ 16.404,00 no período (lançados conforme modelos
números 3 e 4 anteriormente transcritos).
O lançamento contábil referente à
constituição da provisão para pagamento de Contabilmente deverá ser efetuado o ajuste da
remuneração de férias e respectivos encargos conta que registra a provisão, da seguinte
sociais poderá ser efetuado do seguinte modo: forma:

1) Pelo valor da provisão para pagamento das 5) Pela reversão do saldo do valor
férias (férias vencidas, proporcionais e 1/3): provisionado em 30.06.2006:

D – Férias e Encargos Sociais (Conta de D – Provisão para Férias (Passivo Circulante)


Resultado) C – Férias e Encargos Sociais (Conta de
C – Provisão de Férias (Passivo Circulante) Resultado)
R$ 12.000,00 R$ 2.000,00

2) Pela provisão dos encargos sociais (INSS e 6) Pela provisão de férias em 31.12.2006:
FGTS) incidentes sobre as férias:
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de Resultado)
Resultado) C – Provisão de Férias (Passivo Circulante)
C – Provisão de Férias (Passivo Circulante) R$ 21.872,00
R$ 4.404,00
Nota: pode-se também simplesmente
3) Pelo pagamento de férias a funcionários: complementar o valor da provisão de férias,
sem reverter o saldo. Neste caso, o
D – Provisão de Férias (Passivo Circulante) lançamento seria:
C – Caixa (Ativo Circulante)
D – Férias e Encargos Sociais (Conta de I – a constituição da provisão será efetuada a
Resultado) débito da conta de resultado e a crédito da
C – Provisão de Férias (Passivo Circulante) conta redutora do estoque;
R$ 19.872,00 II – a reversão da provisão será efetuada a
débito da conta redutora do estoque, a que se
PROVISÃO PARA PERDA DE refere o item I, e a crédito da conta de
ESTOQUES DE LIVROS resultado;
III – a perda efetiva será efetuada a débito da
A Lei 10.753/2003, em seu artigo 8 (alterado conta redutora do estoque, até o seu valor, e o
pela Lei 10.833/2003), permite às pessoas excesso, a débito da conta de resultado –
jurídicas e as que lhes são equiparadas pela custos ou despesas - e a crédito da conta de
legislação do imposto sobre a renda que estoque;
exerçam as atividades de editor, distribuidor e IV – a recuperação das perdas que tenham
de livreiro, a constituição de provisão para impactado o resultado tributável, a débito da
perda de estoques. conta patrimonial e a crédito da conta de
resultado.
Esta provisão será calculada no último dia de
cada período de apuração do imposto sobre a LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
renda e da contribuição social sobre o lucro
líquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um 1) Pela constituição da provisão:
terço) do valor do estoque existente naquela
data. D - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
de Resultado)
Referida provisão foi normatizada pela IN C - Provisão para Perdas - Livros (Conta
SRF 412/2004. Redutora de Estoques - Ativo Circulante)

DEDUTIBILIDADE 2) Pela reversão da provisão constituída:

A partir de 31.10.2003 (data da publicação da D - Provisão para Perdas - Livros (Conta


Lei 10.753/2003 no Diário Oficial da União), Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
a provisão referida será dedutível para fins de C - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
determinação do lucro real e da base de de Resultado)
cálculo da contribuição social sobre o lucro
líquido. 3) Pela perda efetivada (até o limite da
provisão constituída):
CONCEITOS
D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
Para efeito da regulamentação, é considerado: Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
I - editor: a pessoa jurídica que adquire o
direito de reprodução de livros, dando a eles 4) Pela perda efetivada (acima do valor da
tratamento adequado à leitura; provisão constituída):
II - distribuidor: a pessoa jurídica que opera
no ramo de compra e venda de livros por D - Perdas de Livros (Conta de Resultado)
atacado; C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
III - livreiro: a pessoa jurídica que se dedica à
venda de livros. 5) Pela recuperação das perdas já lançadas
anteriormente no resultado:
REGISTROS CONTÁBEIS
D - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
Os registros contábeis relativos à constituição C - Recuperação de Perdas de Livros (Conta
da provisão para perda de estoques, à de Resultado)
reversão dessa provisão, à perda efetiva do
estoque e a sua recuperação serão efetuados PROVISÃO PARA PERDA DE
conforme a seguir: ESTOQUES DE LIVROS
A Lei 10.753/2003, em seu artigo 8 (alterado excesso, a débito da conta de resultado –
pela Lei 10.833/2003), permite às pessoas custos ou despesas - e a crédito da conta de
jurídicas e as que lhes são equiparadas pela estoque;
legislação do imposto sobre a renda que IV – a recuperação das perdas que tenham
exerçam as atividades de editor, distribuidor e impactado o resultado tributável, a débito da
de livreiro, a constituição de provisão para conta patrimonial e a crédito da conta de
perda de estoques. resultado.

Esta provisão será calculada no último dia de LANÇAMENTOS CONTÁBEIS


cada período de apuração do imposto sobre a
renda e da contribuição social sobre o lucro 1) Pela constituição da provisão:
líquido (CSLL), correspondente a 1/3 (um
terço) do valor do estoque existente naquela D - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
data. de Resultado)
C - Provisão para Perdas - Livros (Conta
Referida provisão foi normatizada pela IN Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
SRF 412/2004.
2) Pela reversão da provisão constituída:
DEDUTIBILIDADE
D - Provisão para Perdas - Livros (Conta
A partir de 31.10.2003 (data da publicação da Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
Lei 10.753/2003 no Diário Oficial da União), C - Provisão para Perdas - Estoques (Conta
a provisão referida será dedutível para fins de de Resultado)
determinação do lucro real e da base de
cálculo da contribuição social sobre o lucro 3) Pela perda efetivada (até o limite da
líquido. provisão constituída):

CONCEITOS D - Provisão para Perdas - Livros (Conta


Redutora de Estoques - Ativo Circulante)
Para efeito da regulamentação, é considerado: C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)

I - editor: a pessoa jurídica que adquire o 4) Pela perda efetivada (acima do valor da
direito de reprodução de livros, dando a eles provisão constituída):
tratamento adequado à leitura;
II - distribuidor: a pessoa jurídica que opera D - Perdas de Livros (Conta de Resultado)
no ramo de compra e venda de livros por C - Estoques de Livros (Ativo Circulante)
atacado;
III - livreiro: a pessoa jurídica que se dedica à 5) Pela recuperação das perdas já lançadas
venda de livros. anteriormente no resultado:

REGISTROS CONTÁBEIS D - Estoques de Livros (Ativo Circulante)


C - Recuperação de Perdas de Livros (Conta
Os registros contábeis relativos à constituição de Resultado)
da provisão para perda de estoques, à
reversão dessa provisão, à perda efetiva do REAVALIAÇÃO DE BENS
estoque e a sua recuperação serão efetuados
conforme a seguir: BASE LEGAL PARA O PROCEDIMENTO
DE AVALIAÇÃO DE BENS
I – a constituição da provisão será efetuada a
débito da conta de resultado e a crédito da A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das
conta redutora do estoque; S/A), em seu artigo 8º, admite a possibilidade
II – a reversão da provisão será efetuada a de se avaliarem os ativos de uma companhia
débito da conta redutora do estoque, a que se pelo seu valor de mercado, chamando isto de
refere o item I, e a crédito da conta de reavaliação.
resultado;
III – a perda efetiva será efetuada a débito da
Na reavaliação abandona-se o custo do bem
conta redutora do estoque, até o seu valor, e o
original, corrigido monetariamente até
31.12.1995, e utiliza-se o novo valor Quanto à contabilização, diz o artigo 182, §
econômico do ativo, obtido a partir de um 3º da Lei 6.404/76:
laudo de avaliação.
"Serão classificadas como reservas de
O valor da reavaliação do ativo imobilizado é reavaliação as contrapartidas de aumentos
a diferença entre o valor líquido contábil do de valor atribuídos a elementos do ativo em
bem e o valor de mercado, com base em virtude de novas avaliações com base em
laudo técnico elaborado por três peritos ou laudo nos termos do art. 8º, aprovado pela
entidade especializada. assembléia geral."

EXTINÇÃO DA RESERVA DE A partida da reavaliação será debitada no


REAVALIAÇÃO A PARTIR DE 01.01.2008 próprio ativo reavaliado. Assim, a diferença
entre o valor do laudo e o constante na
A partir de 01.01.2008, a Reserva de contabilidade será acrescida a este último. O
Reavaliação foi extinta, por força da Lei ativo, com novo valor contábil, não precisa
11.638/2007. estar subdividido, mostrando o valor anterior
e o acréscimo pela reavaliação. Deverá ter um
Os saldos existentes nas reservas de único total, já que o controle do valor
reavaliação deverão ser mantidos até a sua reavaliado será efetuado na conta de reserva,
efetiva realização ou estornados até o final do do patrimônio líquido.
exercício social de 2008.
Nada impede, porém, para fins de controle
Serão classificadas como Ajustes de contábil, que haja desdobramento do valor na
Avaliação Patrimonial, enquanto não contabilidade, constando de valor original +
computadas no resultado do exercício em valor reavaliado. É, aliás, recomendável tal
obediência ao regime de competência, as procedimento, especialmente com relação aos
contrapartidas de aumentos ou diminuições bens imóveis, já que o artigo 437 do
de valor atribuído a elementos do ativo e do Regulamento do Imposto de Renda exige esta
passivo, em decorrência da sua avaliação a segregação contábil em subconta distinta de
preço de mercado. que registra o valor do bem, no caso de
incorporação da reserva de reavaliação ao
Portanto, as referências, a partir de capital social.
01.01.2008, à conta “Reserva de
Reavaliação”, neste texto, devem ser Exemplo:
entendidas como da conta “Ajustes de
Avaliação Patrimonial”. Imóvel constante na contabilidade pelo valor
de R$ 150.000,00, com depreciação
O LAUDO DE AVALIAÇÃO acumulada de R$ 20.000,00. O laudo de
avaliação, elaborado segundo os critérios
O laudo, para se proceder à reavaliação, é determinados pelo art. 8º da Lei 6.404/76,
elaborado por três peritos, ou então por uma informa que o valor do bem é de R$
empresa especializada, nomeados em 160.000,00.
Assembléia, devendo conter, no mínimo as
seguintes informações: Lançamento contábil para registrar a
reavaliação:
a) a descrição detalhada de cada bem
avaliado e da documentação respectiva; D – Imóveis – Parcela de Reavaliação (Ativo
b) a identificação contábil dos bens; Imobilizado)
c) os critérios utilizados para a avaliação, C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio
especialmente quanto à fundamentação Líquido)
técnica; R$ 30.000,00
d) o valor atribuído a cada bem;
e) a vida útil remanescente do bem; O valor de R$ 30.000,00 é obtido deduzindo-
f) a data da avaliação. se do valor da avaliação, de R$ 160.000,00, o
valor contábil, de R$ 130.000,00 (150.000,00
CONTABILIZAÇÃO DO LAUDO DE valor do bem – 20.000,00 depreciação).
AVALIAÇÃO
CONTABILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS - Valor da Reavaliação - R$ 25.000,00 menos
TRIBUTOS DIFERIDOS R$ 30.000,00 (valor contábil do bem) =
menos R$ 5.000,00.
Segundo dispõe a Norma Brasileira de
Contabilidade Técnica (NBC T) 19.2 – que Lançamento contábil:
trata dos Tributos sobre Lucros, item
19.2.3.6, o montante dos tributos sobre a D – Reserva de Reavaliação – Bem Imóvel 1
diferença entre o valor contábil e sua (Patrimônio Líquido)
correspondente base fiscal deve ser C – Parcela de Reavaliação - Imóveis (Ativo
integralmente provisionado, no momento do Permanente)
registro da reavaliação, mediante a utilização R$ 5.000,00
de conta retificadora da reserva de
reavaliação. REALIZAÇÃO DA RESERVA DE
REAVALIAÇÃO
Desta forma, para atendimento da norma
respectiva, teríamos que debitar a conta de A reserva de reavaliação é considerada
reserva de reavaliação e creditar contas de realizada na proporção em que se realizarem
exigibilidades. os bens reavaliados, devendo ser transferida
para lucros ou prejuízos acumulados.
Exemplo:
Devem ser considerados como realizados os
Reavaliação de imóveis, no valor de R$ valores de reavaliação na medida da
1.000.000,00. A alíquota do IRPJ é de 25% e ocorrência dos seguintes fatos:
da CSLL é de 9%. Então teremos a seguinte
contabilização dos tributos diferidos: a) depreciação, amortização ou exaustão do
valor da reavaliação dos bens computada
D – Reavaliação de Imóveis (Reservas de como custo ou despesa operacional no
Reavaliação – Patrimônio Líquido) R$ período;
340.000,00 b) baixa dos bens reavaliados em virtude de
C – IRPJ Diferido – Reavaliação de Bens alienação ou perecimento.
(Exigível a Longo Prazo) R$ 250.000,00
C – CSLL Diferida - Reavaliação de Bens Exemplo:
(Exigível a Longo Prazo) R$ 90.000,00
Registrou-se no período depreciação sobre
Nota: posteriormente, transfere-se a parcela parcela de reavaliação de bens, no valor de
de tributação de curto prazo (com base na R$ 10.000,00. A realização será contabilizada
realização a ocorrer) para as contas do como segue:
passivo circulante.
D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio
RESERVA DE REAVALIAÇÃO – Líquido)
VALORES DEVEDORES C – Lucros ou Prejuízos Acumulados
(Patrimônio Líquido)
Pode ocorrer a hipótese de o Laudo de R$ 10.000,00
avaliação determinar valor menor que o
contábil para determinado bem ou até para PROCEDIMENTOS DE
todos os bens. Neste caso, haverá reavaliação CONTABILIZAÇÃO – A PARTIR DE
devedora (redução do valor do bem). O 01.01.2005
lançamento será o inverso do exemplificado
anteriormente. Por força da NBC T 19.6 – de observância
obrigatória a partir de 01.01.2005 (Resolução
Exemplo: CFC 1.004/2004), além dos procedimentos já
explanados anteriormente, deve-se atentar
- Valor contábil do bem - R$ 50.000,00 valor para os seguintes:
original menos R$ 20.000,00 valor da
depreciação = R$ 30.000,00 REGISTRO DAS DEPRECIAÇÕES,
- Valor atribuído pelo Laudo de avaliação - AMORTIZAÇÕES OU EXAUSTÕES
R$ 25.000,00
Para os bens reavaliados, devem ser quando a entidade tiver registrado como
registradas as depreciações, amortizações ou despesa, até o limite desta, uma perda
exaustões correspondentes até a data-base do decorrente de reavaliação negativa,
laudo de avaliação. relacionada com o mesmo bem.

BENS COM REAVALIAÇÃO CREDORA E Exemplo:


DEVEDORA
Um conjunto de subitens de determinado bem
A contrapartida credora da reavaliação pode teve a seguinte avaliação efetuada em laudo:
ser creditada como receita não operacional

Avaliação Valor Contábil Reavaliação


Item
R$ R$ R$
750-001 50.000,00 30.000,00 20.000,00
750-002 15.000,00 25.000,00 (10.000,00)
TOTAL 65.000,00 55.000,00 10.000,00

Contabilização: determinação de sua realização por


depreciação, amortização, exaustão ou baixa.
1. Pelo registro da reavaliação devedora do subitem
750-002: REAVALIAÇÃO NEGATIVA

D – Ajustes Devedores na Reavaliação de Bens Na hipótese de reavaliação negativa, apurada


(Conta de Resultado) em função de o valor dos laudos de avaliação
C – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) ser inferior ao valor líquido contábil, o
R$ 10.000,00 registro contábil deve ser efetuado da
Histórico: P/ajuste decorrente de Laudo de seguinte forma:
Avaliação, subitem 750-002.
PRIMEIRA REAVALIAÇÃO
2. Pelo registro da reavaliação credora do subitem
750-001: Quando o saldo da reserva de reavaliação for
devedora (reavaliação negativa), na primeira
a) Registro como receita não operacional, até o reavaliação dos bens, este valor deve ser
limite do ajuste devedor do bem: registrado como despesa não operacional, no
resultado do exercício em que a reavaliação
D – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) ocorrer, mediante constituição de provisão
C – Ajustes Credores na Reavaliação de Bens para perdas. Esta provisão somente deve ser
(Conta de Resultado) reconhecida se a perda for considerada
R$ 10.000,00 irrecuperável.
Histórico: P/ajuste parcial decorrente de Laudo de
Avaliação, subitem 750-001 Exemplo:

b) Registro do restante da reavaliação credora (R$ Empresa realizou a primeira reavaliação de


20.000,00 menos R$ 10.000,00 já contabilizados em bens, sendo que o laudo de avaliação apontou
“a”): um valor de R$ 1.000.000,00. Na
contabilidade, o valor dos respectivos bens é
D – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado) de R$ 1.200.000,00. Teremos então uma
C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) reavaliação negativa de R$ 200.000,00, que a
R$ 10.000,00 administração da entidade considera
Histórico: P/reavaliação cfe. Laudo, item 750 do irreversível.
imobilizado.
Contabilização:
CONTROLE INDIVIDUALIZADO
D – Provisão para Perdas do Imobilizado
A entidade deve manter controle individualizado que (Conta de Resultado)
identifique o valor da reavaliação de cada bem e dos C – Parcela de Reavaliação (Ativo
tributos incidentes sobre a reavaliação, para
Imobilizado) Reavaliação – Patrimônio Líquido)
R$ 200.000,00 R$ 51.515,15

Nota: se a reavaliação negativa não for Nota: se o saldo da Reserva de Reavaliação


considerada irreversível pela administração, a for insuficiente para registro de redução do
contabilização será: ativo, esta insuficiência deve ser registrada
conforme os procedimentos tratados no
D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) tópico “Primeira Reavaliação”.
C – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado)
R$ 200.000,00 TRIBUTOS SOBRE A REAVALIAÇÃO

REAVALIAÇÕES SUBSEQÜENTES O passivo dos tributos incidentes sobre a


reserva de reavaliação não deve ser
O imobilizado deve ser reduzido em contrapartida à constituído para ativos que não se realizam
reserva de reavaliação, correspondente aos mesmos por depreciação, amortização ou exaustão,
bens e originada de reavaliações anteriores. como é o caso de terrenos, e para os quais
não haja qualquer perspectiva de realização
Os tributos registrados no passivo sobre a por alienação.
reavaliação devem ser reduzidos proporcionalmente
à redução da reserva de reavaliação. A parcela correspondente aos tributos
incidentes sobre a reavaliação deve ser
Exemplo: registrada no passivo exigível a longo prazo,
sendo transferida para o passivo circulante, à
Empresa realizou uma segunda reavaliação de bens, medida que os ativos forem sendo realizados.
sendo que o laudo de avaliação apontou um valor de As eventuais oscilações nas alíquotas dos
R$ 1.000.000,00. Na contabilidade, o valor dos tributos devem ser reconhecidas em
respectivos bens é de R$ 1.100.000,00, e o saldo da contrapartida da reserva de reavaliação.
Reserva de Reavaliação (no Patrimônio Líquido) é
de R$ 132.000,00 e do IRPJ e CSLL Diferidos é de DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU
R$ 68.000,00. Teremos então uma reavaliação EXAUSTÃO
negativa de R$ 100.000,00 – relativamente ao novo
Laudo, contabilizados como segue: Após a reavaliação, a depreciação, a
amortização ou a exaustão dos bens
1. Registro da redução da Reserva de Reavaliação reavaliados devem ser calculadas e
pelo novo Laudo: registradas sobre o novo valor, considerando
a vida útil econômica remanescente, indicada
D – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) no laudo de avaliação.
C – Parcela de Reavaliação (Ativo Imobilizado)
R$ 100.000,00 VEDAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL

2. Registro da redução proporcional dos tributos: A reserva de reavaliação não pode ser
utilizada para aumento de capital ou
Cálculo da redução: amortização de prejuízo, enquanto não
realizada.
Saldo da Reserva de Reavaliação antes da
contabilização da redução: R$ 132.000,00 DIVULGAÇÃO
Redução da Reserva de Reavaliação conforme novo
Laudo: R$ 100.000,00 As informações sobre a reavaliação efetuada
% de redução da Reserva de Reavaliação: R$ pela entidade devem ser divulgadas em notas
100.000,00 dividido por R$ 132.000,00 = explicativas, destacando, no mínimo:
75,757576%.
Redução do IRPJ e CSLL Diferidos: R$ 68.000,00 x a) as bases da reavaliação e os avaliadores, no
75,757576% = R$ 51.515,15. ano da reavaliação;
b) o histórico e a data da reavaliação;
D – IRPJ e CSLL Diferidos (Exigível a Longo c) o sumário das contas objeto da reavaliação
Prazo) e respectivos valores;
C – Reavaliação de Imóveis (Reservas de d) o efeito no resultado do exercício, oriundo
das depreciações, amortizações ou exaustões sobre a D – Caixa (Ativo Circulante)
reavaliação, e baixas posteriores; C – Valores a Receber - Empresa X (Ativo
e) o tratamento quanto a dividendos e participações; Circulante)
f) o tratamento e os valores envolvidos quanto aos
tributos diferidos. O documento contábil para suporte de tal
contabilização (além do próprio contrato) é o
REEMBOLSOS DE DESPESAS relatório de despesas de viagem.

Os reembolsos de despesas caracterizam-se por 2. Na empresa contratante, que suportará tais


valores pagos ou devidos cujo ônus deva ser despesas, a contabilização será a seguinte:
reembolsado por terceiro.
Por ocasião do recebimento do relatório de
Normalmente, tais despesas ocorrem entre empresas despesas, á vista dos documentos pertinentes:
contratantes, onde, por conveniência prática, um dos
contratantes paga as despesas e, pelo contrato, tem D. Despesa de Viagens (Conta de Resultado)
direito ao ressarcimento das mesmas do outro C. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas
contratante. (Passivo Circulante)

É o caso, por exemplo, de um contrato de Por ocasião do pagamento do reembolso


consultoria, onde a empresa contratante assume as respectivo:
despesas de viagem, alimentação, etc. das pessoas
que irão prestar os serviços e que são empregados ou D. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas
sócios da empresa contratada. (Passivo Circulante)
C. Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo
A contabilização deve ser simultânea, nas empresas Circulante)
contratantes, à vista dos documentos ou relatórios
gerados. UTILIZAÇÃO DE CONTAS DE
RECEITAS
Mas também tais reembolsos podem ocorrer entre
empregados e empregadores, em decorrência, por Por não serem receitas, a contabilização de
exemplo, do uso de veículos dos empregados nas tais valores não deve ser procedida em contas
atividades do empregador. de resultados. Somente devem ser
contabilizadas como receitas, aquelas que
REEMBOLSO DE DESPESAS ENTRE representarem ingressos de novos recursos na
EMPRESAS empresa (por exemplo, a obtenção de receita
financeira, a venda de serviços e mercadorias,
Exemplo: etc.).

Despesas de viagens decorrente de contrato de Existe muita confusão entre receitas,


consultoria, onde a empresa de consultoria paga tais reembolsos de despesas e recuperação de
despesas e, contratualmente, deve ser ressarcida pela custos ou despesas. Os três fatos são
contratante. distintos, sendo receita, em síntese, um fato
que gere criação de nova riqueza (ou novo
Na empresa de consultoria que pagou as despesas e patrimônio) para a empresa.
que tem o direito a reembolsá-las, tais valores
deverão ser contabilizados da forma que segue: Para fins de Imposto de Renda, o art. 279 do
RIR/99 assim define: “a receita bruta das
1. Por ocasião do pagamento da despesa a ser vendas e serviços compreende o produto da
reembolsada pela contratante (Empresa X): venda de bens nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o
D – Valores a Receber - Empresa X (Ativo resultado auferido nas operações de conta
Circulante) alheia”.
C – Caixa (Ativo Circulante)
O reembolso de despesa caracteriza-se por
Por ocasião do recebimento do reembolso: uma antecipação de valores por terceiros que
devem ser reembolsados pela empresa.
E recuperação de custo ou despesa é o evento onde Isto permite que as transações sejam
ocorre uma recuperação de uma despesa ou custo da registradas nos livros contábeis e sejam
própria empresa (assumida por esta). Como apresentadas nas demonstrações financeiras
exemplo, a devolução de tarifas bancárias debitadas do período no qual os bens (ou serviços)
anteriormente pelo banco, a participação do foram entregues ou executados (ou
trabalhador no custo do Programa de Alimentação recebidos). É apresentada assim uma
do Trabalhador (PAT) e no Vale Transporte (VT), associação entre as receitas e os gastos
etc. necessários para gerá-las.

REEMBOLSO DE DESPESAS DE VEÍCULOS DE As demonstrações financeiras preparadas sob


EMPREGADOS o método de competência informam aos
usuários não somente a respeito das
Exemplo: transações passadas, que envolvem
pagamentos e recebimentos de dinheiro, mas
Determinada empresa utiliza o veículo de um também das obrigações a serem pagas no
funcionário, para vendas externas, reembolsando as futuro e dos recursos que representam
despesas ocorridas com o uso do mesmo à vista dos dinheiro a ser recebido no futuro. Portanto,
documentos (notas fiscais de combustíveis, proporcionam o tipo de informações sobre
manutenção, pedágio, etc.). A empresa contabilizará transações passadas e outros eventos, que são
como segue: de grande relevância aos usuários na tomada
de decisões econômicas.
Por ocasião da entrega dos documentos ou relatório
de despesas pelo funcionário: As receitas e as despesas devem ser incluídas
na apuração do resultado do período em que
D. Despesas de Veículos (Conta de Resultado) ocorrerem, sempre simultaneamente quando
C. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas se correlacionarem, independentemente de
(Passivo Circulante) recebimento ou pagamento.

Por ocasião do pagamento do reembolso respectivo: O reconhecimento simultâneo das receitas e


despesas, quando correlatas, é conseqüência
D. Contas a Pagar – Reembolsos de Despesas natural do respeito ao período em que ocorrer
(Passivo Circulante) sua geração.
C. Caixa/Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras
Nota: recomenda-se que haja contrato por escrito, de Contabilidade elegem o regime de
entre empregador e empresa, estipulando as competência como único parâmetro válido,
condições de uso, para fins de assegurar a portanto, de utilização compulsória no meio
dedutibilidade de tais despesas. empresarial.

REGIME DE COMPETÊNCIA RECONHECIMENTO DAS RECEITAS

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos As receitas consideram-se realizadas:


aspectos básicos da contabilidade que devem ser
conhecidos para poder avaliar adequadamente as 1. nas transações com terceiros, quando estes
informações financeiras. efetuarem o pagamento ou assumirem
compromisso firme de efetivá-lo, quer pela
O regime de competência é um princípio contábil, investidura na propriedade de bens
que deve ser, na prática, estendido a qualquer anteriormente pertencentes à ENTIDADE,
alteração patrimonial, independentemente de sua quer pela fruição de serviços por esta
natureza e origem. prestados;
2 – quando da extinção, parcial ou total, de
um passivo, qualquer que seja o motivo, sem
Sob o método de competência, os efeitos financeiros
o desaparecimento concomitante de um ativo
das transações e eventos são reconhecidos nos
de valor igual ou maior;
períodos nos quais ocorrem, independentemente de
3 - pela geração natural de novos ativos
terem sido recebidos ou pagos.
independentemente da intervenção de
terceiros; “X” (ativo circulante)
4 – no recebimento efetivo de doações e subvenções. R$ 5.000,00

RECONHECIMENTO DOS GASTOS b) Em agosto:

Consideram-se incorridas os gastos: Por ocasião do crédito do valor líquido das


vendas (valor das faturas menos valor da
1 – quando deixar de existir o correspondente valor taxa):
ativo, por transferência de sua propriedade para
terceiro; D. Bancos c/movimento (ativo circulante)
2 – pela diminuição ou extinção do valor econômico C. Cartões de Crédito a Receber –
de um ativo; Administradora “X” (ativo circulante)
3 – pelo surgimento de um passivo, sem o R$ 95.000,00
correspondente ativo.
Tais procedimentos não são válidos somente
EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE para o caso citado (cartões de crédito), mas
DESPESA INCORRIDA para qualquer outro item relacionado com
fatos que gerem variações patrimoniais
A maioria dos lojistas aceita o pagamento das imediatas. Exemplos: débitos da CPMF de
compras de clientes através de cartões de crédito. um período final do mês que se efetiva no
início do mês subsequente, juros e
As empresas de cartões cobram uma taxa (comissão) atualização monetária sobre financiamentos
sobre as vendas, a título de operacionalização e (que devem ser apropriados “pro rata dia”),
garantia do crédito. fretes e carretos que são faturados
quinzenalmente, participação dos
Tais taxas devem ser apropriadas, contabilmente, funcionários nos resultados, etc.
por ocasião da venda, e não somente por ocasião da
liberação (crédito) do valor na conta corrente do REGIME DE CAIXA
lojista.
Sob o regime de caixa, os recebimentos e os
Exemplo: pagamentos são reconhecidos unicamente
quando se recebe ou se paga mediante
Operações de venda com cartões de crédito “X” no dinheiro ou equivalente.
mês de julho: R$ 100.000,00
Taxa da administradora de cartões: 5% Este método é freqüentemente usado para a
Valor da taxa: R$ 5.000,00 preparação de demonstrações financeiras de
Data do crédito das faturas dos cartões: 15 de entidades públicas. Isto é devido ao fato de
agosto. que o objetivo principal da contabilidade
governamental é identificar os propósitos e
Contabilização: fins para os quais se tenham recebido e
utilizados os recursos, e para manter o
a) Em julho: controle orçamentário da citada atividade.

Por ocasião do registro das vendas ocorridas no mês: Alguns aspectos da legislação fiscal
permitem a utilização do regime de caixa,
para fins tributários. Porém, de modo algum o
D. Cartões de Crédito a Receber – Administradora
regime de competência pode ser substituído
“X” (ativo circulante)
pelo regime de caixa numa entidade
C. Vendas por Cartões de crédito (conta de
empresarial, pois se estaria violando um
resultado)
princípio contábil.
R$ 100.000,00
Se a legislação fiscal permite que
Contabilização, pelo regime de competência, das
determinadas operações sejam tributadas pelo
taxas devidas à Administradora:
regime de caixa, isto não significa que a
contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir
D. Taxas com Vendas por Cartões de Crédito (conta seus ditames. Existem livros fiscais (como o
de resultado) Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR),
C. Cartões de Crédito a Receber – Administradora que permitem os ajustes necessários e
controles de tal tributação, á margem da 1) Gastos com materiais ou serviços cuja
contabilidade. utilização se estende por períodos maiores do
que um mês.
O que não se pode nem se deve é submeter a
contabilidade a uma distorção, apenas para cumprir Existem gastos que a empresa realiza para
a necessidade de informação de um único serem consumidos ou utilizados ao longo de
um determinado período. Esses gastos,
REGISTROS CONTÁBEIS mesmo sendo pagos, não podem ser
debitados diretamente em contas de custo ou
A Entidade deve manter um sistema de escrituração despesa.
uniforme dos seus atos e fatos administrativos que
atendam às seguintes normas contábeis: Os mais comuns desses gastos são: a compra
de grandes quantidades de materiais de
NBC T 1 - Das Características da Informação consumo, os prêmios de seguro, as
Contábil assinaturas de jornais e revistas, as despesas
NBC T 2.1 - Formalidades da Escrituração Contábil financeiras sobre contratos de financiamento,
NBC T 2.2 - Documentação Contábil as comissões pagas antecipadamente e outras
NBC T 2.4 - Retificação de Lançamentos despesas antecipadas.
NBC T 2.5 - Contas de Compensação
NBC T 2.6 - Escrituração Contábil das Filiais Na contabilização devem ser debitadas as
NBC T 2.7 - Balancete contas de Estoques ou Despesas do Exercício
NBC T 2.8 - Das Formalidades da Escrituração Seguinte.
Contábil em Forma Eletrônica
2) Compra de bens de pequeno valor.
DOCUMENTAÇÃO
Na compra de bens com custo unitário não
A base dos registros contábeis é a documentação superior a R$ 326,62 a empresa poderá, por
(notas fiscais, recibos, cópias de cheques, etc.). ocasião da aquisição, optar por registrá-los
diretamente como despesa em vez de registrá-
Os documentos não devem apresentar nenhuma los no Ativo Permanente.
rasura e caso sofram algum dano que dificulte a
identificação de seu conteúdo eles deverão ser Para esse registro o valor unitário deve ser
reconstituídos ou substituídos, na impossibilidade de considerado em função da utilidade do bem,
reconstituição. ou seja, só poderá ser considerado despesa o
bem que por si só preste ou tenha condições
A data de emissão do documento, geralmente, de prestar utilidade à empresa.
determina a data do registro contábil, por isso a
importância que o fluxo de papéis dentro da empresa Por exemplo: se a empresa comprar diversos
seja adequado. tijolos para construção de edifício, no preço
unitário inferior a R$ 326,62, a referida
Mas existem documentos, como as notas fiscais de compra deverá ser registrada no Ativo
entrada de mercadorias, que são contabilizados na Permanente, pois um único tijolo não presta a
data da entrada no estabelecimento, e não na data de sua utilidade para a empresa.
emissão do documento.
Mas se a empresa adquirir uma cadeira por
REGISTROS CONTÁBEIS QUE EXIGEM um preço inferior a R$ 326,62, poderá
ATENÇÃO ESPECÍFICA registrá-la diretamente em uma conta de
despesa.
Algumas contabilizações exigem uma atenção
especial pelo fato de envolverem outros 3) Estoques
procedimentos que não o simples lançamento
contábil, geralmente envolvem cálculos, rateios, No registro das compras de matérias-primas
retenções de tributos, entre outras situações. e/ou mercadorias deve-se observar as contas
distintas para cada item e a apropriação dos
Exemplos: impostos recuperáveis (ICMS/IPI) em contas
específicas.
4) Compra de bens para o Ativo Permanente saldos indicados nos extratos bancários. As
divergências devem ser apontadas em papel
Na compra de bens devem ser observadas as normas próprio e ajustadas, conforme o caso.
específicas para a contabilização dos impostos que
vierem destacados na Nota Fiscal, assim como das Outro caso comum de conciliação são as
despesas acessórias (fretes, armazenagem, etc.), que contas de adiantamentos a empregados,
eventualmente deverão fazer parte do custo do bem. cheques pré-datados em cobrança, clientes,
fornecedores e contas a pagar.
5) Despesas com a importação de bens ou
mercadorias ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL EM
FORMATO ELETRÔNICO
Os gastos com importação não poderão ser debitados
diretamente em contas de despesa ou custo, pois as A NBC T 2.8 estabelece critérios e
importações são registradas no Ativo Circulante procedimentos para a escrituração contábil
(mercadorias) e no Permanente (bens) até a em forma eletrônica e a sua certificação
formação total de seu custo, o que ocorre geralmente digital, sua validação perante terceiros,
na data do desembaraço alfandegário. manutenção dos arquivos e responsabilidade
de contabilista.
6) Despesas realizadas em imóveis de propriedade
de terceiros Certificação Digital

No registro destes gastos deve ser observado se eles O processo de certificação digital deve estar
são passíveis de ser considerados como benfeitorias, em consonância com a legislação vigente e as
que deverão ser registradas no Ativo Permanente. normas estabelecidas pela Infra-Estrutura de
Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil.
7) Gastos com implantação de novos projetos e
despesas pré-operacionais Além dos demais livros exigidos por lei, o
"Livro Diário" e o "Livro Razão" constituem
Esses gastos são realizados na organização, registros permanentes da entidade e quando
construção e implantação de novas instalações ou escriturados em forma eletrônica devem ser
novos locais para o exercício das atividades da assinados digitalmente de acordo com os
empresa e também quando a empresa estiver requisitos estabelecidos por entidade
desenvolvendo ou implantando novos sistemas para devidamente credenciada pela ICP - Brasil.
o controle de suas atividades.
Detalhes do Registro
Para o registro desses fatos a contabilidade possui
um grupo de contas no Ativo Diferido. A escrituração em forma contábil deve
conter, no mínimo:
8) Custos e despesas apropriadas
a) data do registro contábil;
Nos finais de mês e especialmente no final do b) conta(s) devedora(s);
exercício (dezembro), geralmente ocorre o registro c) conta(s) credora(s);
de gastos cuja fatura inclui valores pertencentes a d) histórico que represente o verdadeiro
outro mês ou exercício, que são nesse caso significado da transação, ou código de
separados pelo departamento de contabilidade para histórico padronizado, neste caso, baseado
registro nos períodos apropriados, permitindo a em tabela auxiliar inclusa no Livro Diário
correta apuração do resultado de cada período. Eletrônico;
e) valor do registro contábil.
CONCILIAÇÃO
Na escrituração contábil em forma eletrônica,
A contabilidade não deve se ater somente a efetuar o lançamento contábil deve ser efetuado com:
os registros, mas também de adequar os saldos do
razão á efetiva situação patrimonial. a) um registro a débito e um registro a
crédito, ou;
Exemplo mais comum de conciliação é a bancária. b) um registro a débito e vários registros a
Periodicamente, pelo menos uma vez por mês, os crédito, ou;
saldos do razão devem ser confrontados com os c) vários registros a débito e um registro a
crédito, ou; demonstrações, relatórios e outros
d) vários registros a débito e vários registros a documentos a partir da escrituração contábil
crédito. em forma eletrônica, que contenham
assinaturas e certificados digitais, para fazer
Documentos fé perante terceiros.

Os documentos em papel podem ser digitalizados e Armazenamento


armazenados em meio eletrônico ou magnético,
desde que assinados e autenticados, obedecendo ao O contabilista deve tomar as medidas
seguinte: necessárias para armazenar em meio
eletrônico ou magnético, devidamente
a) Os documentos digitalizados devem ser assinados assinados digitalmente, os documentos, os
pela pessoa física ou jurídica responsável pelo livros e as demonstrações referidos nesta
processo de digitalização, pelo contabilista norma, visando a sua apresentação de forma
responsável e pelo empresário ou sociedade integral, nos termos estritos das respectivas
empresária que utilizarão certificado digital leis especiais ou em juízo quando previsto em
expedido por entidade devidamente credenciada pela lei.
ICP - Brasil;
b) Os documentos digitalizados, contendo assinatura
digital de contabilista, do empresário ou da
sociedade empresária e da pessoa física ou jurídica
responsável pelo processo de digitalização, devem
ser apresentados aos serviços notariais para RESERVAS DE LUCROS
autenticação nos termos da lei.
As reservas de lucros são as contas de
Balanço Patrimonial reservas constituídas pela apropriação de
lucros da companhia, conforme previsto no §
O Balanço Patrimonial e demais Demonstrações 4º do art. 182 da Lei nº 6.404/76, para atender
Contábeis de encerramento de exercício devem ser a várias finalidades, sendo sua constituição
inseridos no Livro Diário Eletrônico, completando- efetivada por disposição da lei ou por
se com as assinaturas digitais de contabilista proposta dos órgãos da administração.
legalmente habilitado com registro ativo em
Conselho Regional de Contabilidade e do CLASSIFICAÇÃO
empresário ou da sociedade empresária.
Pela Lei das S/A, classificam-se como
Livro Diário Eletrônico reservas de lucros:

No Livro Diário Eletrônico, devem ser registradas a) Reserva Legal;


todas as operações relativas às atividades da b) Reserva Estatutária;
entidade, em ordem cronológica, com c) Reserva para Contingências;
individualização, clareza e caracterização do d) Reserva de Lucros a Realizar;
documento respectivo, dia a dia, por digitação direta e) Reserva de Lucros para Expansão;
ou reprodução digitalizada. f) Reserva de Incentivos Fiscais.

O Livro Diário Eletrônico, contendo certificado e O saldo das reservas de lucros, exceto as para
assinatura digital de contabilista legalmente contingências e de lucros a realizar, não
habilitado e com registro ativo em Conselho poderá ultrapassar o capital social; atingido
Regional de Contabilidade e do empresário ou da esse limite, a assembléia deliberará sobre a
sociedade empresária, deve ser submetido ao aplicação do excesso na integralização ou no
Registro Público competente. aumento do capital social, ou na distribuição
de dividendos.
Requisitos de Segurança
DIFERENÇA ENTRE RESERVAS E
A entidade deve adotar requisitos de segurança PROVISÕES
compatíveis com o processo de certificação digital
regulamentado pela ICP - Brasil ou submetê-los aos As provisões representam expectativas de
serviços notariais quando imprimir livros, perdas de ativos ou estimativas de valores a
desembolsar que, apesar de financeiramente ainda dos lucros líquidos que serão destinados à sua
não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis constituição; e
já ocorridos. 3 - estabeleça o limite máximo da reserva.

A partir do momento que essas perdas de ativos ou RESERVA PARA CONTINGÊNCIAS


obrigações se tornam totalmente definidas, deixam
de ser consideradas como provisões, como por De acordo com o artigo 195 da Lei nº
exemplo: a provisão para férias se transforma em 6.404/76, a assembléia geral poderá, por
salários a pagar, a provisão para Imposto de Renda proposta dos órgãos de administração,
passa a ser Impostos de Renda a pagar. destinar parte do lucro líquido à formação de
reserva com a finalidade de compensar, em
Por outro lado, as reservas representam a diferença exercício futuro, a diminuição do lucro
entre o patrimônio líquido e o capital, sendo decorrente de perda julgada provável, cujo
resultantes de valores entregues pelos titulares do valor possa ser estimado.
capital que não representam aumento de capital, ou
representam acréscimos de valor de elementos do Nesse caso, a proposta dos órgãos da
ativo, ou ainda se originam de lucros não administração deverá indicar a causa da perda
distribuídos aos sócios ou acionistas. prevista e justificar, com as razões de
prudência que a recomendem, a constituição
RESERVA LEGAL da reserva.

A reserva legal deverá ser constituída mediante No exercício em que ocorrer a perda
destinação de 5% (cinco por cento) do lucro líquido efetivamente, ou deixarem de existir as
do exercício, antes de qualquer outra destinação. razões que justificaram a sua constituição,
Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela efetua-se a reversão da Reserva para
companhia, até que seu valor atinja 20% do capital Contingências anteriormente constituída para
social realizado, quando então deixará de ser a conta de Lucros Acumulados.
acrescida.
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
A critério da companhia, a reserva legal poderá
deixar de receber créditos, quando o saldo desta No exercício em que o montante do
reserva, somado ao montante das reservas de capital dividendo obrigatório, calculado nos termos
(exceto a reserva de correção monetária do capital do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A,
realizado), atingir 30% do capital social. ultrapassar a parcela realizada do lucro
líquido do exercício, a assembléia-geral
A finalidade da reserva legal é assegurar a poderá, por proposta dos órgãos da
integralidade do capital social, sendo permitida a sua administração, destinar o excesso à
utilização exclusivamente para absorção de constituição de reserva de lucros a realizar.
prejuízos, cuja compensação ocorrerá
obrigatoriamente quando houver saldo de prejuízos, Desta forma, à opção da companhia, poderá
após terem sido absorvidos os saldos de lucros ser constituída a reserva de lucros a realizar,
acumulados e das demais reservas de lucros. mediante destinação dos lucros do exercício,
cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros
RESERVAS ESTATUTÁRIAS ainda não realizada financeiramente, apesar
de reconhecida contabilmente, pela empresa.
As reservas estatutárias são constituídas por
determinação do estatuto da companhia, como Esta situação pode ocorrer em decorrência,
destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e por exemplo, de lucro em vendas a prazo cuja
não podem restringir o pagamento do dividendo realização financeira ocorrerá após o término
obrigatório. do exercício seguinte.

O estatuto poderá criar as reservas desde que, para Desta forma, evita-se distribuir dividendo
cada uma: obrigatório sobre essa parcela de lucros que,
apesar de existente, não está realizada
1 - indique, de modo preciso e completo, a sua financeiramente no caixa da empresa.
finalidade;
2 - fixe os critérios para determinar a parcela anual
Tais valores, à medida da sua realização financeira, Notas:
devem ser transferidos para lucros ou prejuízos
acumulados, entrarão no cômputo para cálculo dos 1 – O valor a ser distribuído como dividendo
dividendos. é de R$ 400 (que é o valor da parcela
realizada do lucro líquido).
Realização do Lucro 2 – Caso a assembléia geral não aprovar a
constituição da reserva de lucros a realizar,
Para fins da constituição da Reserva de Lucros a o dividendo a ser distribuído será o fixado no
Realizar, considera-se realizada a parcela do lucro estatuto (no exemplo, R$ 500).
líquido do exercício que exceder da soma dos 3 – Não há obrigação da constituição da
seguintes valores: reserva de lucros a realizar.

I – o resultado líquido positivo da equivalência RESERVA DE LUCROS PARA


patrimonial (art. 248 da Lei das S/A), e EXPANSÃO
II – o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo
prazo de realização financeira ocorra após o término Para atender a projetos de investimento e
do exercício social seguinte. expansão, a companhia poderá reter parte dos
lucros do exercício. Essa retenção deverá
A partir de 01.01.2008, por força da Lei estar justificada com o respectivo orçamento
11.638/2007, pode constituir a Reserva de Lucros a de capital aprovado pela assembléia geral.
Realizar o lucro, rendimento ou ganho líquidos em
operações ou contabilização de ativo e passivo pelo O orçamento, submetido pelos órgãos da
valor de mercado, cujo prazo de realização administração com justificação da retenção
financeira ocorra após o término do exercício social de lucros proposta, deverá compreender todas
seguinte. as fontes de recursos e aplicações de capital,
fixo ou circulante, e poderá ter a duração de
Exemplo: até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de
execução, por prazo maior, de projeto de
Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial investimento.
(Empresa A) - R$ 1.000
Resultado Negativo na Equivalência Patrimonial LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(Empresa B) - R$ 800
Lucro Realizável a Longo Prazo - R$ 100 Até 31.12.2007, o plano de contas
Lucro Líquido do Exercício - R$ 700
Dividendo Determinado no Estatuto - R$ 500 apresentava as duas contas: Lucros

Vejamos o cálculo da parcela destinada na formação Acumulados (credora) e Prejuízos


da reserva de lucros a realizar e o dividendo
obrigatório, assim composto: Acumulados (devedora), mas na realidade o

Resultado Positivo Líquido na Equivalência saldo era mantido em uma só conta, ou seja,
Patrimonial - (1.000 – 800) = R$ 200
(+) Lucro Realizável a Longo Prazo - R$ 100 na conta de Lucros Acumulados ou na conta
(=) Soma do Lucro a Realizar - R$ 300
de Prejuízos Acumulados.
Parcela do Lucro Líquido que excede ao Lucro a
Realizar:
O saldo credor representa a parcela do
resultado da empresa não destinada
R$ 700 – R$ 300 = R$ 400 (Parcela realizada do
especificamente.
lucro líquido)
O saldo devedor - prejuízos acumulados,
Assim temos: representa o saldo dos resultados negativos da
empresa e não absorvidos por reservas
Dividendo (determinado no estatuto) - R$ 500 anteriormente existentes e que deverá ser
(-) Parcela Realizada do Lucro Líquido - R$ 400 compensado com lucros a serem auferidos
(=) Parcela destinada a Reserva de Lucros a Realizar futuramente.
- R$ 100.
Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo A partir de 01.01.2008, por força por força da
Lei 11.638/2007, o saldo das reservas de
(prejuízo), este será obrigatoriamente absorvido lucros, exceto as para contingências, de
incentivos fiscais e de lucros a realizar, não
pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e poderá ultrapassar o capital social. Atingindo
esse limite, a assembléia deliberará sobre
pela reserva legal, nessa ordem. aplicação do excesso na integralização ou no
aumento do capital social ou na distribuição
de dividendos.

Com o advento da Lei 11.638/2007, a partir de RESERVAS DE CAPITAL


01.01.2008 foi extinta a nomenclatura "Lucros
Acumulados", assim esta conta deverá ser composta As reservas de capital são constituídas com
apenas pelo saldo dos prejuízos acumulados valores recebidos pela empresa e que não
apurados, após as compensações com as reservas transitam pelo resultado, por não se referirem
citadas. à entrega de bens ou serviços pela empresa.

Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros Respectivas reservas devem refletir,
Acumulados” deixou de existir. Porém, essa conta essencialmente, as contribuições feitas pelos
possui natureza absolutamente transitória, e será acionistas que estejam diretamente
utilizada para servir de contrapartida às reversões relacionadas à formação ou ao incremento do
das reservas de lucros e às destinações do lucro. capital social.

Exemplo: As reservas de capital constituem-se grupo de


contas integrantes do Patrimônio Líquido.
Destinação do saldo da conta transitória “Lucros
Acumulados”: COMPOSIÇÃO
D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) R$ De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182
500.000,00 da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como
C – Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) R$ reservas de capital as contas que registrarem:
300.000,00
C – Reserva Legal (Patrimônio Líquido) R$ a) a correção monetária do capital realizado;
25.000,00 b) a contribuição do subscritor de ações que
C – Reserva de Lucros para Expansão (Patrimônio ultrapassar o valor nominal e a parte do preço
Líquido) R$ 175.000,00 de emissão das ações sem valor nominal que
ultrapassar a importância destinada à
RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS formação do capital social, inclusive nos
casos de conversão em ações de debêntures
A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos ou partes beneficiárias;
de administração, destinar para a reserva de c) o produto da alienação de partes
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido beneficiárias e bônus de subscrição;
decorrente de doações ou subvenções d) até 31.12.2007 - por força da Lei
governamentais para investimentos, que poderá ser 11.638/2007, o prêmio recebido na emissão
excluída da base de cálculo do dividendo de debêntures;
obrigatório. e) até 31.12.2007 - por força da Lei
11.638/2007, as doações e as subvenções para
Base: artigo 195-A da Lei 6.404, incluído pela Lei investimentos.
11.638/2007.
CORREÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZO CONTÁBIL REALIZADO
Para maiores detalhamentos da compensação de Na sistemática de correção monetária de
prejuízos, verifique o texto do tópico "Compensação balanço, que vigorou até 31.12.1995, todas as
de Prejuízos", neste guia. contas do Patrimônio Líquido são corrigidas
monetariamente, e essa correção é acrescida
NORMAS A PARTIR DE 01.01.2008 aos saldos das próprias contas, com exceção
da correção monetária do capital realizado
que deve ser registrada em conta à parte daquela que excluídas da tributação, desde que registradas
registra o capital social. como Reserva de Capital (art. 443 do
RIR/99).
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES
Subvenções
No caso de ações com valor nominal, na conta
Capital Social, essas ações devem figurar somente Subvenção é a contribuição pecuniária,
pelo seu valor nominal, ou seja, a diferença entre o prevista em lei orçamentária, concedida por
preço que os acionistas pagam pelas ações e o seu órgãos do setor público a entidades públicas
valor nominal deve ser registrada em conta de ou privadas, com o objetivo de cobrir
Reserva de Capital. despesas com a manutenção e o custeio
destas, com ou sem contraprestação de bens
Tratando-se de ações sem valor nominal, cujo preço ou serviços da beneficiária dos recursos.
de emissão é fixado, na constituição, pelos
fundadores, e, nos aumentos de capital, pela As subvenções para investimentos não são
assembléia geral ou pelo conselho de administração, computadas na determinação da base de
conforme dispuser o estatuto, à parte do preço de cálculo do Imposto de Renda, desde que
emissão das ações sem valor nominal, que registradas como reserva de capital (art. 443
ultrapassar a importância destinada à formação do do RIR/99).
capital social, será classificada como reserva de
capital, - na conta "Ágio na emissão de ações". RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS

ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS E Até 31.12.2007, eram classificadas como


BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO reservas de incentivos fiscais, dentro do
subgrupo Reservas de Capitais, os valores
As partes beneficiárias e os bônus de subscrição são decorrentes de aplicações de recursos
valores mobiliários que podem ser alienados e, nesse advindos de receita fiscal do governo em
caso, o produto da alienação é contabilizado em favor de entidades públicas ou privadas com
conta de reservas de capital específica. objetivo de geração de benefícios sociais e
econômicos.
PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES A partir de 01.01.2008, as reservas de
incentivos fiscais passarão a compor as
Até 31.12.2007, a diferença entre o valor nominal Reservas de Lucros, conforme determinado
das debêntures lançadas pela empresa e o valor pelo pela Lei 11.638/2007.
qual foram colocadas no mercado, era registrada em
conta específica de reserva de capital, intitulada DESTINAÇÃO DAS RESERVAS DE
"prêmio na emissão de debêntures". CAPITAL

O prêmio na emissão de debêntures faz parte das De acordo com o artigo 200 da Lei das S/A,
condições de negociação desses títulos, que as reservas de capital somente podem ser
constituem exigibilidades da companhia e, portanto, utilizadas para:
não poderá mais ser considerado como uma reserva
de capital, a partir de 01.01.2008. a) Absorver prejuízos, quando estes
ultrapassarem os lucros acumulados e as
DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA reservas de lucros, exceto no caso da
INVESTIMENTO – ATÉ 31.12.2007 existência de lucros acumulados e de reservas
de lucros, quando os prejuízos serão
Doações absorvidos primeiramente por essas contas;
b) Resgate, reembolso ou compra de ações;
O valor das doações recebidas em bens imóveis, c) Resgate de partes beneficiárias;
móveis ou direitos pela empresa, era registrado pelo d) Incorporação ao capital social;
valor de mercado, em conta de reserva de capital, e) Pagamento de dividendo a ações
tendo como contrapartida à conta do respectivo bem preferenciais, quando essa vantagem lhes for
ou direito recebido. assegurada.

Ressalte-se que, para efeitos fiscais, somente as Os saldos das reservas de capital referentes a
doações recebidas do Poder Público poderão ser prêmios recebidos na emissão de debêntures e
doações e subvenções para investimento,
existentes no início do exercício social de 2008, Verificada a falsidade do balanço ou de
poderão ser mantidos nessas respectivas contas até a qualquer outro documento de contabilidade,
sua total utilização, na forma prevista em lei. assim como da escrita dos contribuintes, o
profissional que houver assinado tais
REGISTROS TRANSITÓRIOS documentos será declarado sem idoneidade
para assinar quaisquer peças ou documentos
Os prêmios recebidos na emissão de debêntures e as contábeis sujeitos à apreciação dos órgãos da
doações e subvenções, decorrentes de operações e Secretaria da Receita Federal, por ato de
eventos ocorridos a partir da vigência da Lei nº Delegado ou Inspetor da Receita Federal,
11.638, de 2007, serão transitoriamente registrados independentemente de ação criminal que no
em contas específicas de resultado de exercícios caso couber (art. 820 do RIR/99).
futuros, com divulgação do fato e dos valores
envolvidos, em nota explicativa, até que a CVM DECLARAÇÃO DE HABILITAÇÃO
edite norma específica sobre a matéria. PROFISSIONAL - DHP

Base: art. 3º da Instrução CVM 469/2008 Deverá ser anexado nas demonstrações
contábeis a Declaração de Habilitação
RESPONSÁVEIS PELA ESCRITURAÇÃO Profissional, comprovando a regularidade do
contabilista, conforme exigência contida no
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, artigo 1º da Resolução CFC 871/2000.
peças, análises e mapas demonstrativos e
demonstrações contábeis são de atribuição e RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
responsabilidade exclusivas de Contabilista
legalmente habilitado. Numa empresa comercial ou industrial, o
resultado operacional bruto corresponde á:
O contabilista deverá assinar junto com os
representantes legais da entidade ou titular da RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS
empresa individual, as demonstrações financeiras + RECEITA DE VENDAS DE
obrigatórias, com a indicação do seu número de MERCADORIAS
registro no Conselho Regional de Contabilidade (art. - IMPOSTOS SOBRE VENDAS
268 do RIR/99 e § 4º do art. 177 da Lei nº 6.404/76). - DEVOLUÇÕES DE VENDAS
- CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
Nas localidades em que não houver profissional (CPV)
habilitado, a escrituração contábil poderá ficar a - CUSTO DAS MERCADORIAS
cargo do próprio contribuinte ou de pessoa por ele VENDIDAS (CMV)
designada. Ressalte-se, no entanto, que a designação
de pessoa não habilitada profissionalmente, não Nota: sobre apuração do CPV e do CMV,
eximirá o contribuinte da responsabilidade pela leia o tópico específico “Custo das Vendas”.
escrituração (§ 1º do art. 268 do RIR/99).
No caso das empresas de serviços:
Desde que legalmente habilitado para o exercício da
profissão como técnico em Contabilidade ou RECEITA DA VENDA DE SERVIÇOS
Contador, o titular da empresa individual, o sócio, - IMPOSTOS SOBRE VENDAS
acionista ou diretor da sociedade pode assinar as - SERVIÇOS CANCELADOS
demonstrações financeiras da empresa e assumir a - CUSTO DOS SERVIÇOS VENDIDOS
responsabilidade pela escrituração (§ 2º do art. 268 (CSV)
do RIR/99).
Nota: sobre apuração do CSV, leia o tópico
RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS específico “Custo das Vendas”.

Os contabilistas, dentro do âmbito de sua atuação e Se o valor das vendas for maior do que o
no que se referir à parte técnica, serão CMV + CPV (ou CSV), pode-se dizer que
responsabilizados, juntamente com os seus houve um lucro bruto.
constituintes, por qualquer falsidade dos documentos
que assinar e pelas irregularidades de escrituração Se o valor das vendas for menor do que o
praticadas no sentido de fraudar o Imposto de Renda CMV + CPV (ou CSV), pode-se dizer que
(§ 1º do art. 819 do RIR/99). houve um prejuízo bruto.
Exemplo:

Estoque Inicial (01.01.2003) 110.000,00


Compras para revenda 1.750.000,00
ICMS sobre Compras 210.000,00
Fretes sobre Compras 70.000,00
Vendas de mercadorias 2.700.000,00
Devolução de Vendas 27.000,00
ICMS sobre Vendas 481.140,00
PIS e COFINS sobre Vendas 97.564,50
Estoque inventariado (31.12.2003) 185.000,00

Então, o Resultado Operacional Bruto poderá ser demonstrado como segue:

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2.700.000,00


Vendas de mercadorias 2.700.000,00
DEDUÇÕES DA RECEITA (605.704,50)
PIS e COFINS sobre Vendas 97.564,50
ICMS sobre Vendas 481.140,00
Devolução de Vendas 27.000,00
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.094.295,50
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (1.535.000,00)
Estoque Inicial (01.01.2003) 110.000,00
Compras para revenda 1.750.000,00
ICMS sobre Compras (210.000,00)
Fretes sobre Compras 70.000,00
Estoque inventariado (31.12.2003) (185.000,00)
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 559.295,50

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Nesse grupo somente deverão constar os valores


recebidos que se referem a transações que afetarão o
O grupo Resultado de Exercícios Futuros é patrimônio no exercício seguinte, que não serão em
apresentado no Balanço Patrimonial entre o Passivo hipótese alguma devolvidos pela empresa e nem
Exigível e o Patrimônio Líquido, sendo composto representem obrigação qualquer de sua parte de
das receitas já recebidas pela empresa, deduzidas entregar bens ou serviços.
dos custos e despesas correspondentes incorridos ou
a incorrer, que efetivamente serão reconhecidas em RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
períodos futuros por estarem associadas a algum
evento futuro ou à fluência do tempo e sobre as A definição de "Resultados de Exercícios Futuros"
quais não haja qualquer tipo de obrigação de dada pela Lei nº 6.404/76 é pouco esclarecedora.
devolução por parte da empresa (art. 181 da Lei nº
6.404/76). No entanto, de acordo com a doutrina predominante,
uma receita é considerada como de exercício futuro
Sua apresentação é a seguinte: quando:

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS a) corresponder a recebimento antecipado que,


Receitas de Exercícios Futuros efetivamente, contribuirá para a formação de resultado
(-) Custos e Despesas Correspondentes às de exercício futuro;
Receitas de Exercícios Futuros b) o valor assim recebido não for passível de
devolução pela empresa, nem estiver vinculado a
LIMITAÇÕES futuro fornecimento de bens ou prestação de serviços
(pois, nesse caso, representaria um adiantamento de
clientes, classificado no Passivo Circulante ou A forma de apuração do resultado contábil e do lucro
Exigível a Longo Prazo, conforme o caso). real dessa atividade está disciplinada nos arts. 410 a
414 do RIR/99.
CUSTOS E DESPESAS CORRESPONDENTES
ÀS RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Instituições Financeiras - Encargos Sobre
Contratos de Abertura de Crédito
Na obtenção de receitas de exercícios futuros, a
empresa deverá dispensar tratamento similar aos A instituição financeira que cobra comissão, por
custos correspondentes a tais receitas, ou seja, ocasião da concessão de um empréstimo, pode
registrá-los também no grupo "Resultados de apropriá-la também proporcionalmente aos resultados
Exercícios Futuros" como conta redutora da de acordo com o prazo do empréstimo (art. 373 do
respectiva receita. RIR/99).

EXEMPLOS DE OPERAÇÕES CLASSIFICÁVEIS Pelo recebimento do valor na abertura do crédito,


EM RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS efetuará a contabilização a crédito como Receitas de
Exercícios Futuros, bem como os eventuais custos
Aluguel Recebido Antecipadamente correspondentes, em conta redutora da respectiva
receita.
No caso de aluguel recebido antecipadamente, mas
cujo contrato estabelece que não haverá reembolso, Ressalte-se que esse procedimento somente será válido
mesmo que o locatário devolva antes o imóvel ou quando não existir cláusula no contrato que obrigue a
bem, esse valor será lançado na conta do grupo de instituição financeira a devolver a comissão, parcial ou
Receitas de Exercícios Futuros, a ser apropriado aos totalmente, no caso de pagamento antecipado do
resultados efetivos à medida do transcurso do prazo empréstimo.
de locação. Também serão registrados na conta
devedora os custos e despesas correspondentes às EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO
receitas, que aparece como redutora desse grupo,
todos os gastos incorridos ou a incorrer relativos à Empresa “A” alugou uma máquina para a empresa
geração da receita. "B", nas seguintes condições:

Venda de Imóveis a Prazo ou em Prestações - Duração do contrato - 12 meses


- Valor total do aluguel pelo referido prazo - R$
As empresas que desenvolvem atividades de compra 12.000,00
e venda, loteamento e incorporação de imóveis e/ou - O valor recebido pela locadora não será devolvido,
executam contratos de construção ou fornecimentos total ou parcialmente, mesmo no caso de devolução
de bens ou serviços a longo prazo utilizam-se das antecipada do equipamento
contas de Resultados de Exercícios Futuros, por - Valor do frete pago pela locadora - R$ 600,00
imposição da legislação fiscal.
1) Registro do aluguel recebido antecipadamente:
Esta determina que o lucro bruto da venda de
imóvel, cuja tributação for diferida para o período D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
base do recebimento da receita, deverá ser registrado C - Receita de Aluguel de Máquinas (Resultados de
em conta específica de Resultados de Exercícios Exercícios Futuros)
Futuros. R$ 12.000,00

Para tanto, deverão ser observadas, entre outras, as 2) Registro da despesa correspondente à receita
seguintes normas por expressa disposição fiscal: recebida antecipadamente:

a) o lucro bruto será registrado com conta específica D - Despesas com Aluguel de Máquinas (Resultados
de "Resultados de Exercícios Futuros", para a qual de Exercícios Futuros)
serão transferidos a receita de venda e o custo do C - Caixa/Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
imóvel, inclusive o orçado, se for o caso; R$ 600,00
b) por ocasião da venda, será determinada a relação
entre o lucro bruto e a receita bruta de venda, e em 3) Apropriação da receita correspondente ao primeiro
cada período-base será transferida para as contas de mês de locação (R$ 12.000,00 : 12 meses = R$
resultado parte do lucro bruto proporcional à receita 1.000,00):
recebida no mesmo período.
D - Receita de Aluguel de Máquinas (Resultados de mediante lançamento a crédito das contas que
Exercícios Futuros) registrem o montante dos custos relativos ao benefício
C - Receita de Aluguéis (Resultado) concedido (parágrafo único do artigo 34 do Decreto
R$ 1.000,00 95.247/1987).

4) Pela apropriação da despesa correspondente à Para maior controle, sugere-se que o crédito seja feito
receita do mês (R$ 600,00: 12 meses = R$ 50,00): em subconta redutora, dentro do grupo de contas que
registra o gasto. Isto não prejudica o disposto na
D - Despesas com Fretes (Resultado) regulamentação do Vale Transporte, já que o efeito
C - Despesas com Aluguel de Máquinas (Resultados monetário final (despesa menos reembolso), é o
de Exercícios Futuros) mesmo.
R$ 50,00
Exemplo:
Os lançamentos contábeis se repetirão todos os
meses, até o término da vigência do contrato. 1) Pela aquisição do vale-transporte:

VALE-TRANSPORTE D - Vale-Transporte em Estoque (Ativo Circulante)


C - Bancos Cta. Movimento (Ativo Circulante)
O vale-transporte, instituído pela Lei 7.418/1985,
constitui benefício que o empregador antecipará ao 2) Pelo adiantamento dos vales aos empregados:
trabalhador para utilização efetiva em despesas de
deslocamento residência-trabalho e vice-versa. D - Adiantamento a Empregados – Vale-Transporte
(Ativo Circulante)
Normalmente, se adquire o vale-transporte com C - Vale-Transporte em Estoque (Ativo Circulante)
antecedência, já que o benefício deve ser adiantado
ao empregado. Portanto, incorreto registrar a 3) Pelo registro do uso do vale transporte, conforme
aquisição do vale-transporte diretamente em conta folha de pagamento:
de resultado, porque se estaria antecipando o registro
de uma despesa, ferindo o regime de competência. D - Gastos com Vale-Transporte (Conta de Resultado)
C - Adiantamento a Empregados – Vale-Transporte
Desta forma, os vale-transportes adquiridos em (Ativo Circulante)
março, para distribuição aos empregados em abril,
terão que ser registrados como despesa somente em 4) Pelo reembolso do uso do vale transporte, por parte
abril, e não em março. dos empregados, conforme folha de pagamento:

Na aquisição do vale transporte, debita-se uma conta D - Salários a Pagar (Passivo Circulante)
do ativo e credita-se a conta da origem de recursos C - (-) Reembolso de Vale-Transporte (Conta de
respectiva. Resultado)

Na entrega do vale-transporte aos funcionários, VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E


debita-se a conta do adiantamento de vale transporte SERVIÇOS
e credita-se a conta do ativo utilizada por ocasião da
aquisição. Pelo regime de competência contábil, as vendas
realizadas devem ser contabilizadas por ocasião da
E, por ocasião do fechamento mensal da folha de entrega ou execução do produto ou serviço, e não
pagamento, transferem-se as parcelas adiantadas somente por ocasião de seu recebimento (“regime de
para contas de resultado, creditando-se o caixa”).
adiantamento. Contabiliza-se também a parcela
reembolsada pelos empregados, em conta de Para fins de facilitar a compreensão dos termos
recuperação de custos ou despesas. empregados neste tópico, define-se:

REEMBOLSO Mercadorias - Valores de venda de produtos


adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia
A parcela de custo, equivalente a 6% (seis por cento) adquire medicamentos de um distribuidor, e revende-
do salário básico do empregado, que venha a ser os. Trata-se de mercadorias, e não de produtos.
recuperada pelo empregador, deverá ser deduzida do
montante das despesas efetuadas no período-base,
Produtos - Valores de venda de produtos de Exemplos:
produção própria (indústria). Exemplo: uma
indústria farmacêutica adquire insumos, 1. Baixa de estoques pela venda de Mercadorias:
industrializa-os e venda aos distribuidores. Trata-se
de produtos de produção própria vendidos. D – Custo de Mercadorias Vendidas (Conta de
Resultado)
Serviços - Valores de venda de serviços executados C – Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)
por contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de
auditoria independente, executados para um cliente. 2. Baixa de estoques pela venda de Serviços:

Regime de competência - As receitas e as despesas D – Custo dos Serviços Vendidos (Conta de


devem ser incluídas na apuração do resultado do Resultado)
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente C – Serviços em Andamento (Ativo Circulante)
quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento. Nota: a conta “serviços em andamento” é debitada
pelos custos inerentes à execução dos serviços, como
Regime de caixa - As receitas e as despesas são folha de pagamento do pessoal alocado nos serviços e
incluídas na apuração do resultado no período em respectivos encargos, materiais aplicados, aluguel de
que forem recebidas ou pagas. equipamentos, etc.

Exemplos: 3. Baixa de estoques pela venda de Produtos:

1. Venda de Mercadorias: D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de


Resultado)
D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em C – Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)
Longo Prazo)
C – Vendas de Mercadorias (Conta de Resultado)

2. Vendas de Serviços:

D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em


Longo Prazo)
C – Vendas de Serviços (Conta de Resultado)

3. Venda de Produtos:

D – Clientes (Ativo Circulante ou Realizável em


Longo Prazo)
C – Vendas de Produtos (Conta de Resultado)

BAIXA DOS ESTOQUES VENDIDOS

Se contabiliza o Custo da Mercadoria Vendida


através da baixa dos estoques (ficha de controle de
estoques).

Esta contabilização pode ser por operação ou por


período (dia, semana, quinzena, mês).

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