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Engrenagem

Capítulo 1 - Introdução.sxw

1 INTRODUÇÃO1

1.1 Engrenagens

Engrenagens são usadas em vários tipos de máquinas e equipamentos. Estão presentes nas
mais diversas aplicações: área da mobilidade (aérea, naval, agrícola, automotiva); área industrial
(usinagem, produção, transporte, movimentação de carga, controle de qualidade, robôs); área
comercial (equipamentos de controle, registradores, componentes eletrônicos); eletrodomésticos
(liquidificadores, batedeiras, máquinas de lavar).
É um elemento de máquina razoavelmente complexo, tanto para o projeto como para a
fabricação, e para a manutenção. Dependendo da aplicação exige projeto específico, ou pode ser
selecionada a partir das dimensões normalizadas. Utilizam-se engrenagens principalmente na
transmissão de movimentos com o objetivo de ganho de torque, controle do movimento,
alteração de direção de movimento. Exemplo: diferencial (figura 1.1).

Figura 1.1.1 – Diferencial de automóvel

O projeto de engrenagens é um procedimento bastante complexo que sofre pressões na


construção por menor custo, maior capacidade de transmissão de potência, maior vida de
utilização, menor peso e funcionamento com baixo ruído. A satisfação de cada um desses itens
envolve um grande número de variáveis, tais como : parâmetros de projeto, tipos de materiais,
custo, possíveis processos de fabricação e as características resultantes de cada processo,
máquinas-ferramenta disponíveis, quantidade requerida, tipos de engrenagens, dimensões,
qualidade, interação com outros elementos da máquina, montagem, lubrificação, etc..
O dimensionamento de engrenagens, nas suas diferentes configurações, é função do
conhecimento acumulado sobre a cinemática das relações de transmissão, dos esforços
1
Este texto está sendo montado para o Curso de Elementos de Máquinas II, Engenharia Mecânica, pelo professor Acires
Dias, a partir do texto do Professor Renan Brazzale, e de outros professores que lecionaram elementos de máquinas no curso
de Engenharia Mecânica da UFSC. A bibliografia de referência é o livro do HENRIOT, G., Traité Theórique et Pratique des
Engrenages. Dunod, 4a. ed., 1972. A apostila foi estruturada a partir da ementa do curso de elementos de máquinas do
EMC/UFSC. (versão 1 – Jan 2002).
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existentes, das limitações impostas, dos processos de fabricação, e outros fatores. Na prática,
alguns procedimentos utilizados para a obtenção de uma boa transmissão dependem também da
tradição e experiência no projeto desse elemento de máquina, o que leva algumas empresas a
acumularem tecnologia própria para o projeto e fabricação de redutores e variadores de
velocidades . Devido a isso, é muito provável que um projeto independente, baseado apenas em
normas e outras informações disponíveis na literatura, não se assemelhará a um projeto de uma
empresa especializada. Normalmente, as dimensões das engrenagens e por sua vez do redutor
ficam maiores.

1.2 Tipos de engrenagens

Denomina-se engrenagem toda roda dentada de forma constante, destinada a transmitir


e\ou receber movimento de outro elemento mecânico dentado também de forma constante, pela
ação dos dentes em contatos sucessivos.
Existem três tipos básicos de engrenagens: cilíndricas, cônicas, e hiperbolóidicas.
a) Cilíndricas: dentes retos, dentes helicoidais.
b) Cônicas: dentes retos, dentes curvos.
c) Hiperbolóidicas: hipóide, palóide.
d) Não cilíndricas.

A cremalheira é outro tipo importante não só como engrenagem mas porque é necessária ao
estudo teórico das engrenagens. É também a forma básica de várias ferramentas empregadas na
fabricação por geração. A cremalheira poder ser considerada uma engrenagem cilíndrica cujo
raio primitivo tende para o infinito.

1.3 Transmissões por engrenagens

Ao decidir o tipo e a forma construtiva mais adequada para o projeto de uma determinada
transmissão é requerido conhecimento preciso das condições básicas de funcionamento, a
potência nominal, o número de rotações por minuto e a relação de transmissão, bem como
momento torçor de partida, número de partidas, tempo de funcionamento por dia, número de
ciclos total de funcionamento, grau de solicitação, freqüências naturais, funcionamento geral da
máquina, etc.
Reunindo informações suficientes pode-se então determinar as transmissões a serem adotadas e
as suas principais dimensões para o funcionamento desejado. Outros dados ainda devem ser
considerados para estimar tamanho, peso, o preço, material, processo de fabricação, facilidade
comercialização e manutenção.
A transmissão por engrenagens pode também ser feita por correntes, correias, rodas de atrito,
motores de passo. A opção por um desses tipos de transmissão depende das características e
propriedades específicas de cada tipo de transmissão e das características exigidas pelo
ambiente onde a transmissão é requerida.
Transmissões por engrenagens podem ser usadas em eixos paralelos, reversos ou concorrentes e
possui uma extensa gama de aplicações considerando-se as combinações de potências, rotações
e relações de transmissão. A relação de transmissão permanecerá sempre constante
independentemente das solicitações pois a transmissão das forças é feita sem deslizamento, o
rendimento é alto, há grande resistência a sobrecargas, vida longa, segurança de funcionamento
e a manutenção é pequena. Outros pontos a favor são (quais os outros tipos de elementos que
transmitem movimento e torque? Para que se possa comparar...) o menor espaço que a
transmissão por engrenagens ocupa e a adaptabilidade a distâncias entre eixos pré-determinadas.
As desvantagens estão associadas a maior complexidade, maior custo, ruídos durante o
funcionamento e transmissão relativamente rígida.
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A seguir é apresentada uma lista de figuras (figuras 1.2 até 1.11) de transmissão por
engrenagens:
Engrenagens cilíndricas de dentes retos é muito
utilizada na transmissão entre eixos paralelos.
O dimensionamento, fabricação, montagem e
manutenção desse engrenamento é mais simples,
em relação às cônicas, helicoidais e hipoidais.
O rendimento é alto, podendo chegar a 98-99%.
Em altas velocidades apresenta problema de ruído.
As cargas transmitidas aos eixos são apenas radiais.
Exige, portanto, mancais que suportem apenas esse
tipo de carregamento.
Admitem grandes relações de transmissão.
Figura 1.1.2 – Engrenagens cilíndricas de dentes
retos
Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais é
também muito utilizada na transmissão entre eixos
paralelos.
São apropriadas para cargas e velocidades
elevadas. Trabalham de modo mais suave que as de
dentes retos.
Devido aos dentes helicoidais gera carregamentos
axiais sobre os mancais além dos radiais.
O rendimento desse tipo de engrenamento também
é bastante alto, podendo ser utilizada para grandes
Figura 1.1.3 – Engrenagens cilíndricas de dentes relações de transmissão.
helicoidais
As engrenagens cônicas, são usadas para
transmissão entre eixos ortogonais ou concorrentes
com distintos ângulos entre eles.
A transmissão por engrenagem cônica exige
precisão na montagem.
Os dentes podem ser oblíquos ou retos, neste caso,
as velocidades são restritas.
A relação de transmissão é limitada .

Figura 1.1.4 – Engrenagens cônicas


A cremalheira é usada para transformar um
movimento de rotação num de translação e pode
ser de dentes retos ou de dentes helicoidais.
É de fácil fabricação.
É utilizada como ferramenta de corte para gerar
engrenagens pelo processo de geração MAAG.

Figura 1.1.5 – Cremalheira de dentes retos


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O conjunto coroa-parafuso-sem-fim, é utilizado na


transmissão de potência ou para o controle do
movimento e, principalmente, como redutor de
velocidade, na transmissão de certa potência.
O rendimento é baixo e a capacidade de amortecer
vibrações é maior que de todos os outros tipos.
O parafuso é de aço e a coroa deve ser de um
material com dureza menor do que a do parafuso.

Figura 1.1.6 – Coroa e parafuso-sem-fim


Esta transmissão é utilizada para fazer mudança de
direção de movimento.
Neste caso a relação de transmissão é um. As
hélices são projetadas para proporcionar mudança
de direção de movimento em 90o.

Figura 1.1.7 – Engrenagens cilíndricas de dentes


helicoidais entre eixos concorrentes
A transmissão por engrenagem com helicóide
dupla tem a vantagem de transmitir grandes
carregamentos sem gerar carga axial sobre os
mancais, dado que a hélice tem direção oposta.
Este efeito também pode ser conseguido através da
montagem de duas engrenagens helicoidais,
montadas com a hélice oposta uma em relação a
outra.
Necessita de precisão de montagem e recomenda-se
alta rigidez para o eixo e mancais.
Estas engrenagens exigem máquinas especiais para
sua fabricação. Há engrenagens helicoidais duplas
Figura 1.1.8 – Engrenagens helicoidais duplas com dentes não contínuos, o que facilita a saída da
ferramenta e, por sua vez, a fabricação.
Engrenagens cilíndricas de dentes internos são
usadas onde há restrição de espaço ou quando se
quer proteger os dentes da engrenagem. Os dois
eixos possuem o mesmo sentido de rotação.
Este é um recurso utilizado para redutores
planetários. Obtém-se boa relação de transmissão
em espaços muito pequenos.

Figura 1.1.9 – Engrenagens cilíndricas de dentes


internos
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A transmissão por engrenagem de face, representa


o caso limite das engrenagens cônicas, com um
ângulo de abertura de 180o.
A ação da engrenagem de face corresponde a da
cremalheira, onde os dentes se movem em um
plano.

Figura 1.1.10 – Engrenagens de face


A transmissão por engrenagens cônicas
descentradas (hipóides), possuem grande
capacidade de carga e permitem grande variação
nas velocidades..
São empregadas extensivamente em carros,
caminhões e tratores.
Exige maior precisão na montagem.
Tem a vantagem de ocupar pouco espaço.

Figura 1.1.11 – Engrenagens cônicas


descentradas (hipóides)

1.4 Aplicações

1.4.1 Engrenagens para brinquedos, mecanismos e eletrodomésticos

No setor de brinquedos e mecanismos há a aplicação de engrenagens que não precisam


de vida muito elevada, trabalham a baixas velocidades e as tensões nos dentes são pequenas e
têm pouca importância em relação aos esforços ou a vida esperada dos elementos. Nessas
situações o projetista deve priorizar a escolha de processos de fabricação, material adequado,
baixo custo e produção em larga escala.
Deve-se sempre atentar às características de utilização destes elementos em
eletrodomésticos como por exemplo: engrenagens de ventiladores não podem apresentar ruído e
em outros aparelhos como processadores de comida, máquinas de lavar, não haverá lubrificação
além daquela feita em fábrica.

Figura 1.1.12 – Engrenagens montadas em um brinquedo


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1.4.2 Engrenagens para Máquinas Ferramenta

Precisão e capacidade de transmissão de potência é absolutamente importante em


máquinas ferramenta. Engrenagens de dentes retos, helicoidais e parafusos-sem-fim são usados
para controle da velocidade de avanço e da rotação de trabalho.
Na realidade, máquina ferramenta representa um bom exemplo para o projetista em relação
a grande complexidade no dimensionamento da engrenagem. As cargas variam amplamente
dependendo dos avanços, velocidades de corte, dimensões do trabalho e material que está sendo
usinado, a forma como o operador utiliza a máquina também é um fator importante. Como
certas máquinas têm preço bastante competitivo, o superdimensionamento pode se tornar
relativamente muito caro. O projetista então precisa conciliar o superdimensionamento, no
sentido do aumento da rigidez, sabendo que a máquina está sujeita a sobrecargas, dentro de
custo competitivo.

Figura 1.1.14 – Acionamento de máquina ferramenta

1.4.3 Engrenagens de Controle

O objetivo principal desses tipos de engrenagem é a transmissão de movimento. A potência


envolvida é secundária em relação ao controle preciso do movimento angular. Esse
engrenamento deve ser mantido com a folga de flanco (backlash) mínima possível, tal que, por
exemplo, a redução de apenas 0,01mm na espessura do dente seja considerada uma falha na
engrenagem. Significa dizer que as falhas por desgaste ou por dimensionamento indevido são
mais presentes do que as falhas por fadiga superficial ou ruptura de dentes.
Para eliminar a folga de flanco (backlash) e obter este tipo de precisão é necessário
dimensionar os dentes com rigor no ajuste e utilizar técnicas especiais de fabricação e inspeção.
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Equipamentos bélicos em navios, helicópteros e tanques, sistemas de controle em


indústrias, robôs entre outros são controladas por esses tipos de engrenagens. Em alguns casos
as engrenagens de controle são construídas em diâmetros enormes como em telescópios de
observatórios e antenas de rastreamento de satélites.

Figura 1.1.15 – Engrenagem de acionamento e controle de radar

1.4.4 Engrenagens para veículos automotivos

Automóveis geralmente usam engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais, de dentes


retos e engrenagens cônicas em transmissões e diferenciais. O uso de transmissões automáticas
não descarta engrenagens, pelo contrário, a maioria das transmissões automáticas tem mais
engrenagens que as transmissões normais.
Engrenagens de veículos sofrem a ação de cargas elevadas em relação ao espaço
ocupado, mas as cargas de maior intensidade são de curta duração. Isso torna possível projetar
as engrenagens para vida limitada em máximo torque e ainda obter engrenagens que duram
muitos anos trabalhando no torque médio de funcionamento.
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Figura 1.1.16 – Acionamento

1.4.5 Engrenagens veículos de transporte de carga

Ônibus, metrôs, veículos mineradores, trens usam engrenagens onde a ação das cargas
elevadas, ao contrário dos automóveis, duram longos períodos de tempo (exemplo: um trem
atravessando uma longa cadeia de montanhas). Em algumas aplicações ocorrem ainda cargas
geradas por impactos, reversão das cargas.

1.4.6 Engrenagens navais

A propulsão em navios mercante ou de combate requer engrenagens de grandes dimensões,


que possam trabalhar com alta potência e em altas velocidades. São utilizadas potências na
ordem de 30.000-40.000kW e velocidades tangenciais na ordem de 100m/s.
Devido à alta velocidade, a precisão de fabricação deve ser grande. Em rotações elevadas,
a velocidade de engrenamento pode ser tal que até 6000 pares de dentes podem entrar em
contato num tempo muito curto. Isto requer muito cuidado em relação ao acabamento
superficial, processo de lubrificação, rigidez dos mancais e eixos.
O projetista deve-se preocupar com ambos, ruído e capacidade de carga. Tratados
isoladamente as cargas nos dentes não são elevadas em comparação àquelas em engrenagens de
transporte. Em função da vida do navio ser longa, o ciclo de carga num pinhão de alta
velocidade pode variar entre 10 e 11 bilhões de ciclos, tornando crítico o dimensionamento para
fadiga.
Em todas as engrenagens de um navio é requerido um nível de ruído baixo. Depende do
conforto requerido para os passageiros e para a saúde de operadores da casa de máquinas.
Devido a isso, há que tomar cuidado com as engrenagens dos sistemas auxiliares, localizadas
próximas as acomodações como, por exemplo, em geradores, elevadores.
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Figura 1.1.17 – Engrenagens para acionamento de navio

1.4.7 Aplicações aeroespaciais

Em aviões os sistemas com engrenagens são usados em propulsores, geradores, bombas,


reguladores hidráulicos, trens de pouso e outros acessórios. Nos helicópteros, o motor principal
e de cauda utilizam várias engrenagens.
Os esforços sobre os dentes e as velocidades são sempre elevados. O projeto deve ainda se
preocupar com o tipo de lubrificação que pode ser aplicado e o espaço disponível.

1.4.8 Engrenagens industriais

Engrenagens industriais são assim chamadas por serem utilizadas nas fábricas e nos
equipamentos por elas fabricados que, normalmente, são utilizadas em edifícios comerciais e
residenciais. Geralmente essas engrenagens são usadas com motores elétricos no acionamento
de dispositivos como bombas, misturadores de líquido, abertura de porta de garagem,
compressor de ar, sistemas de refrigeração, misturadores de concreto em caminhões,
eletrodomésticos.
As engrenagens deste setor trabalham em relativa baixa potência e baixa velocidade.
Tipicamente velocidades tangenciais variam em torno de 0.5m/s a 20m/s , as potências vão de
menos de 1kW a algumas centenas de kW. As rotações de acionamento são as comuns aos
motores elétricos, como 1800,1500,1200 e 1000 rpm.
Nesse campo, exige-se engrenagens com vida razoavelmente longa e boa confiabilidade.

1.4.9 Engrenagens para a indústria de petróleo e gás

Potência e velocidade também são elevadas nesse campo de aplicação. As engrenagens são
usadas nos equipamentos localizados nas plataformas de extração, como: estações de
bombeamento, perfurações, refinarias e turbinas. A potencia de acionamento, na maioria dos
casos, é turbina ou motor diesel. A potência de acionamento varia em torno de 750kw a mais de
50.000kw, as velocidades variam entre 20 a 200m/s.
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1.4.10 Engrenagens para moinhos e laminadores

Indústrias de fabricação de cimento, de borracha, de aço e em tratamento de minério é


comum à transmissão de elevada potência e torque através de redutores dois ou mais estágios
para acionar processos massivos de trituração ou laminação.
A confiabilidade deve ser alta pois esses processos precisam prosseguir continuamente
durante meses e qualquer parada cessa completamente a produção.

1.5 Bibliografia [itens 1.4.2 até 1.4.10 Petes Lenwander e Marrit –falta
detalhar a bibliografia]

Tarefa 01 - Grupo de 3 alunos

1. Identificar duas aplicações de engrenagens, e apresentar estas aplicações através de


desenhos, fotografias, figuras copiadas, e descrever o mais detalhado possível as
características relativas ao tipo de engrenamento, materiais, lubrificação, manutenção,
fabricação.
2. Expressar uma dúvida relativa a aplicação de engrenagens que gostarias de ver resolvida no
decorrer do curso de elementos de máquinas .

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